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CURSO SUPERIOR DE BACHAREL EM EDUCAÇÃO FÍSICA 7º SEMESTRE PROFESSOR: Emanuelle Camelo ALUNA: Medelyn Pinheiro da Costa dos Santos DISCIPLINA: Saúde do homem, indígena, população negra e quilombola. OAT 2 1) Quais os grandes desafios dos indígenas na atualidade? A constituição Brasileira de 1988 reconhece os povos originários e seus direitos. Para cumprir tal feito, o governo disponibiliza um órgão oficial, a FUNAI, como protetor e promovedor destes povos. O serviço da FUNAI é garantir que o estatuto do índio seja cumprido, além de identificar, delimitar, demarcar, fiscalizar, monitorar e regularizar os registros das terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas. Ressaltando também a importância de seus costumes, alimentação e línguas na formação da cultura brasileira. Segundo o IBGE em 2010 a população indígena brasileira está em 818 mil, uma redução drástica da população original que foi estimada em 5 milhões nos anos 1.500 desde o “descobrimento” do Brasil. Grande parte dessa redução populacional, advém dos genocídios implantados durante o sistema colonial com a transformação dos indígenas em escravos agrícolas, a invasão e perda da posse de suas terras, e catequização obrigatória decorrente da exploração sexual e falta de pudor ao olhos dos brancos colonizadores, o que justificaria a exploração de suas riquezas, uma vez que não eram dignos de possuí-las. Atualmente a situação dos povos indígenas é considerada dramática, quase uma novela predestinada a um final não feliz. Em função da política do atual governo, quando o assunto é relacionado aos direitos constitucionais dos povos indígenas e baseado nas notícias, alguns fatores pontuais estão direcionando a extinção, pode-se dizer até mesmo premeditada destes povos. O primeiro ponto, é o desmonte da FUNAI nas surdinas parlamentaristas e de gestão, uma instituição criada justamente para proteger os povos indígenas, está sendo sucateada devido à escassez de recursos humanos e materiais, o que vai inviabilizando sua atuação como principal órgão de proteção destes povos. O segundo ponto é desencadeado pelo primeiro, pois na ausência das fiscalizações da FUNAI, como relatado nas mídias recentes, os povos indígenas estão vulneráveis a viver novamente uma redução de sua população pela contaminação com COVID-19 durante a pandemia. O homem branco ainda inflado pelo ar de sua superioridade e poder, protagoniza um flashback colonialista em pelo século XXI organizando e realizando festas em aldeias que estão isoladas em suas terras. Colocando o índio como espetáculo e usando crueldade disfarçada em aplausos para inserir a doença nos povos tupiniquins. O terceiro ponto é a crescente ameaça na invasão de terras indígenas pela Bancada Ruralista. Os grandes proprietários rurais e grileiros que compõe essa bancada tentam reverter que as demarcações de terras indígenas tradicionalmente e historicamente ocupadas pela sua presença, sejam apenas aquelas anteriores a constituição de 1988. Em termos subentendidos para esses parlamentares a demarcação atual de terras indígenas representam um obstáculo para o avanço do agronegócio, uma vez que financeiramente o não acesso á estas terras não faz a roda capitalista girar.
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