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Capitalismo e Revoluções Tecnológicas

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Emerge a partir da dissolução do modo de produção feudal, predominante na Europa até meados 
do século XV, estando ligado ao Renascimento Comercial, responsável por gerar condições para a 
industrialização a partir do século XVIII. 
 Propriedade privada dos meios de produção (fatores necessários para a geração de novas 
riquezas na sociedade – terras, instrumentos de trabalho, ferramentas, máquinas, fábricas etc.); 
 Divisão da sociedade em classes: burguesia e proletariado, as quais estabelecem entre si uma 
relação mútua – relação social; 
o Burguesia: donos dos meios de produção de riqueza; 
o Proletariado: donos da força de trabalho. 
 Defesa da propriedade privada e mediação entre classes sociais, impedindo conflitos diretos 
entre elas, por parte do Estado; 
 Se inicia no período do Mercantilismo (século XV) e perdura até o século XVIII; 
o A burguesia começou a se formar, mas dependia de uma aliança com a nobreza para 
firmar e mobilizar grandes empreendimentos comerciais, uma vez que o acúmulo de 
capital se dava pela exploração direta das colônias – acumulação primitiva de capital; 
o É a fase responsável por gerar o capital acumulado que proporcionará os recursos 
financeiros para a Revolução Industrial; 
o Origem da DIT (Divisão Internacional do Trabalho). 
 
 Século XVIII ao XX; 
 Tem como marco inicial a Revolução Industrial, inaugurando a acumulação de capital de 
fato, baseada na exploração do trabalho livre, na aplicação de avanços técnicos aos meios 
de produção e na concentração da riqueza gerada nas mãos da burguesia; 
o A acumulação do capital se dá através da exploração do trabalho proletário marcado 
por jornadas extenuantes e insalubres de trabalho e uso em larga escala de trabalho 
infantil. 
 
 Século XX (pós-Segunda Guerra Mundial) até os dias atuais; 
 Caracterizado pela concentração da economia nas mãos de grupos cada vez mais restritos e 
menos numerosos – oligopólios – grandes conglomerados empresariais capazes de exercer 
forte influência política e de controlar mercados; 
 As antigas colônias deixam de ser meras compradoras de produtos excedentes ou 
fornecedoras de matérias-primas e passam a receber os capitais acumulados nos países ricos 
e se tornam locais de produção para um mercado cada vez mais integrado em escala global. 
Há o surgimento de uma nova DIT, baseada na exportação de capitais para os países 
periféricos; 
o Surgimento das empresas transnacionais, por meio das quais países industrializados 
exploram mão de obra de países menos industrializados; 
 Práticas monopolistas; 
o Cartel: prática ilegal na qual empresas de um mesmo ramo combinam preços e 
estratégias para controlar o mercado. Exemplos: cartel de drogas e postos de gasolina; 
o Dumping: prática ilegal baseada em tentativas de falir a concorrência. Exemplo: 
espionagem; 
o Truste: prática legal baseada na compra e venda de empresas; 
▪ Vertical: compra de vários setores de produção. Exemplo: grupo Pão de Açúcar; 
▪ Horizontal: compra de um único setor de produção. Exemplo: um dono de uma 
mercearia compra outras duas mercearias. 
o Holding: grupo empresarial que controla empresas de diversos ramos. Exemplo: Coca-
Cola; 
o Joint Venture: associação econômica entre duas empresas, a partir da criação de uma 
terceira, que podem ou não ser do mesmo ramo, durante um período específico e 
limitado; 
▪ A Samarco Mineração S.A. é uma mineradora brasileira fundada em 1977 e 
atualmente controlada através de uma joint-venture entre a Vale S.A. e a anglo-
australiana BHP Billiton. 
o Monopólio: uma empresa domina toda a cadeia produtiva de um determinado 
produto; 
▪ Ilegal em grande parte dos países, uma vez que implica a ausência de 
concorrência. 
o Oligopólio: poucas empresas dominam toda a cadeia produtiva de um determinado 
produto; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O avanço do capitalismo ao longo da história foi acompanhado pela emergência de uma base 
tecnológica que proporcionou grandes saltos nas possibilidades e permitiu a crescente integração 
dos mercados até atingir o estágio globalizado da atualidade. Grande parte dessas tecnologias 
originou-se na Revolução Industrial, que, além de transformar significativamente a organização da 
produção, permitiu mudanças significativas nas relações entre as sociedades e seu espaço. 
Teve início na Inglaterra, a partir da segunda metade do século XVIII. 
A grande novidade tecnológica do período foi a introdução da máquina a vapor, dependente da 
queima do carvão. Esse sistema foi acoplado a ferramentas rudimentares, principalmente os teares 
usados nas manufaturas de produtos têxteis. Assim, permitiu-se a substituição parcial da forma 
humana por uma forma de energia incansável, que dependia apenas da disponibilidade do 
combustível para trabalhar de forma ininterrupta. Houve, portanto, a passagem do sistema de 
manufatura para o sistema de maquinofatura, fato que proporcionou imensos saltos na capacidade 
produtiva, acelerando o tempo e a capacidade de fabricação de produtos, reduzindo, por 
consequência, seu preço. 
Assim, abriu-se caminho para que a produção industrial se massificasse. 
Entre as inovações geradas pela Segunda Revolução Industrial – compreendida entre a segunda 
metade do século XIX e a primeira metade do século XX - estão inclusas novas tecnologias e formas 
pioneiras de organizar o processo produtivo dentro da fábrica. 
Nessa nova fase, o desenvolvimento de novos materiais e produtos fez emergir uma série de setores 
industriais até então inexistentes. O uso do ferro, base do maquinário da primeira fase, foi substituído 
pelas ligas metálicas, com destaque para o aço, o qual tinha propriedades vantajosas, como a 
maleabilidade, resistência, flexibilidade e versatilidade. O domínio da química do petróleo também 
teve impacto significativo no período, fosse pelo uso combustível ou pela possibilidade de extração 
de uma variedade de derivados. Além disso, em termos de energia, a introdução da energia elétrica 
e do petróleo fez decrescer drasticamente o emprego do carvão na atividade industrial. 
Nesse contexto, uma série de ramos industriais inéditos passou por forte desenvolvimento, como a 
siderurgia, a metalurgia, a petroquímica etc. Além disso, no início do século XX, houve o surgimento 
da indústria automobilística. Tais ramos emergentes excederam o espaço britânico, se espalhando 
por vários países da Europa, atingindo, posteriormente, os Estados Unidos e o Japão. 
Criado por Henry Ford e Frederick Taylor, é caracterizado por um conjunto de práticas de 
organização da produção dentro da fábrica que permitiram simplificar e acelerar brutalmente o 
processo de produção, fato que gerou a possibilidade de baratear o custo dos produtos, tornando-os 
mais acessíveis aos consumidores e mais lucrativos para os empresários. Estes propunham: 
 Padronização da produção, para que os bens fossem produzidos em grande quantidade; 
o Produção em massa e em série. 
 Separação entre a concepção e a execução do trabalho na linha de montagem; 
 Decomposição do processo de trabalho em várias etapas simples, que seriam executadas por 
operários especializados em uma única função, os quais receberiam os produtos em esteiras 
contínuas, o que resultava na criação de uma linha de montagem praticamente ininterrupta. 
Tais modificações permitiram um enorme salto de produtividade, uma vez que aceleravam e 
simplificavam o trabalho. As fábricas, por sua vez, se tornaram aglomerados de operários que 
produziam incessantemente bens que, quando não fossem vendidos, seriam armazenados em 
grandes estoques. Além disso, havia uma tendência à verticalização da produção, isto é, fabricar a 
maior parte possível dos componentes do produto final, uma vez que havia pouca mobilidade em 
função do baixo desenvolvimento das técnicas de transporte na época. Assim, as fábricas tendiam a 
se aglomerar e formar grandesconcentrações em torno de matérias-primas ou de mercados 
consumidores. 
Apesar do conjunto de procedimentos do fordismo-taylorismo ter sido revolucionário para o seu 
tempo, mostrou seus limites na Crise de 1929, fortemente influenciada pela imensa concentração de 
capital na forma de estoques. 
As inovações trazidas pela Segunda Revolução Industrial e pelo fordismo-taylorismo foram 
dominantes a maior parte do globo até a década de 1970 e, em certa medida, permanecem até 
hoje, principalmente em países menos desenvolvidos. Com o passar do tempo, porém, uma nova 
revolução começou a trazer novos conjuntos de tecnologias, de grande impacto na forma de 
produzir, além de novos processos que aprimorariam ou superariam o fordismo. 
Até a Segunda Revolução Industrial, a ciência havia sido um ramo auxiliar da produção. Entretanto, 
ao longo do século XX, essa se tornou de fato uma atividade profissional atrelada às necessidades da 
produção, de forma que hoje a capacidade de inovação tornou-se um dos principais elementos de 
competitividade entre as diferentes empresas. Foi da ciência aplicada à guerra que nasceu grande 
parte das tecnologias que estruturam o mundo produtivo e as sociedades atuais. A polarização 
política entre EUA e URSS, durante a Guerra Fria, gerou uma intensa corrida tecnológica, permitindo 
que grandes descobertas da ciência fossem incorporadas ao uso civil, tornando-se base da 
sociedade contemporânea. 
Entre as principais descobertas do período, podemos destacar a informática, a robótica, o uso dos 
satélites, a genética e a biotecnologia, além da energia nuclear e das fontes energéticas 
alternativas. No plano dos transportes, a generalização do transporte aéreo, aliada aos avanços no 
rodoviário, proporcionaram um novo paradigma de mobilidade. Nas comunicações, a incorporação 
da informática e dos satélites fez surgir a tecnologia informacional, capaz de multiplicar a forma e a 
intensidade da circulação de informações em escala global. 
Assim, a expressão “tecnocientífica” se refere ao elevado grau de desenvolvimento das técnicas no 
período, somado ao papel desempenhado pela ciência. 
A partir da década de 1970, no Japão, emergiram propostas que aprimoravam o fordismo, buscando 
torná-lo mais funcional aos tempos atuais. Surge assim o padrão de organização produtiva toyotista. 
Entre suas propostas, estavam: 
 Redução do tamanho dos estoques, os quais causavam grandes prejuízos para as empresas (o 
Japão, por ser um país pequeno, não tinha espaço para estoque); 
 Aumento da variedade de produtos, de forma a estimular o consumo; 
 Diminuição do emprego da mão de obra, fazendo uso da robotização ou automação. 
Assim, foi implementada a produção flexível, a qual buscava produzir uma grande variedade de 
produtos em pequenos lotes, minimizando os estoques. Para realizar essa mudança, surgiram técnicas 
como o “just-in-time” (produção de acordo com a demanda → evita desperdício) e “kanban” na 
organização das fábricas. Além disso, surgiu a ideia de centrar a empresa em um negócio principal, 
transferindo etapas intermediárias para outras empresas, prática conhecida como terceirização 
(desconcentração industrial), que permitiu um corte expressivo nos gastos trabalhistas. 
Relacionado ao modelo de produção realizado nas fábricas da Volvo e marcado pela forte 
presença de sindicatos trabalhistas. Nele, o funcionário apresenta um papel diferenciado e relevante, 
a partir de autonomia e representatividade no processo de produção, agregando valor ao produto 
final. Na indústria sueca, a mão de obra qualificada é vista como uma oportunidade de obter um 
envolvimento mais avançado do funcionário. Entre suas principais características, destacam-se: 
 Valorização da presença humana, a partir de ações de planejamento dos Recursos Humanos; 
 Incentivo para aperfeiçoamento e treinamento do trabalhador; 
 Ausência de linhas de montagem em série e produção em larga escala. 
Por apresentar especificações que exigem profissionais altamente qualificados e uma infraestrutura 
com ambientes diferenciados, exige-se um maior investimento financeiro. Por conta do tempo e do 
custo para estabelecer e consolidar esse tipo de sistema, ele é visto com uma desvantagem. 
Atualmente, este modelo de produção é utilizado em pequenas empresas, especialmente àquelas 
relacionadas à tecnologia e não em grandes fábricas. 
 Aglomerações industriais – principalmente voltadas a atividades de inovação e criação – em torno 
de centros de pesquisa e de universidades que estabelecem laços de cooperação. Nos centros de 
pesquisa, novas tecnologias são criadas e aperfeiçoadas. As universidades concentram a pesquisa 
básica e a formação de mão de obra qualificada de cientistas e pesquisadores. As empresas, por 
sua vez, desenvolvem as novas tecnologias para atingir uma escala comercial. 
Uma das tendências dominantes do Toyotismo foi a dispersão industrial, apoiada nas possibilidades 
criadas pelas comunicações e pelos transportes, que permitem a integração virtual de cadeias 
produtivas, mesmo que espalhadas por diferentes países. As tradicionais aglomerações fordistas 
tornaram-se muito custosas aos investidores, devido ao elevado custo dos terrenos, mão de obra 
amplamente sindicalizada e congestionamentos nos transportes de mercadorias, dentre outros 
fatores de repulsão. 
Ocorreu, a partir de então, uma desconcentração espacial das unidades produtivas. Centenas de 
empresas sediadas em países ricos migraram suas linhas de produção para países pobres, atraídas 
pelo menor custo de mão de obra, incentivos fiscais, leis ambientais frágeis entre outros fatores. 
Como resultado, surge uma nova Divisão Internacional do Trabalho (D.I.T.), segundo a qual os países 
ricos deixam de ser produtores industriais e se tornam inovadores e administradores, ao passo que os 
países pobres, antes meros exportadores de produtos minerais ou agrícolas, assumem também a 
função de grandes produtores industriais. 
 
É caracterizada pelo desenvolvimento de tecnologias em áreas como genética, física, tecnologias e 
avanços digitais (inteligência artificial). Os impactos desses avanços já podem ser percebidos em 
diversos setores da sociedade e afetam o desenvolvimento dos mercados e dos negócios, as 
relações de emprego e as relações sociais. 
É nesse contexto em que há um aumento do desemprego estrutural, chamado também de 
desemprego tecnológico, a partir do momento em que a mão de obra humana passa a ser 
substituída por novas e sofisticadas tecnologias. Por essa razão, é um fator de desemprego que é 
muitas vezes irreversível: uma vez que máquinas substituem o trabalho humano, dificilmente o 
emprego para essa função voltará a existir, levando a um consequente aumento das desigualdades. 
 
Novo período de revolução na 
indústria, tendo início a partir da 
década de 2010, em países como a 
China, EUA, Coreia do Sul e 
Alemanha, e sendo marcado pela 
presença de novas tecnologias.

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