Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
APOSTILA POLÍCIA CIVIL DO CEARÁ 2019 01 – PORTUGUÊS............................................................................... 03 02 – INFORMÁTICA............................................................................ 86 03 – DIREITO CONSTITUCIONAL....................................................... 306 04 – DIREITO ADMINISTRATIVO......................................................510 05 – DIREITO PENAL PARTE GERAL..................................................636 06 – DIREITO PENAL PARTE ESPECIAL..............................................703 07 – DIREITO PROCESSUAL PENAL...................................................776 08 – LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL...................................................892 09 – REGIME JURÍDICO ÚNICO LEI 9826/74....................................1043 10 – ESTATUTO DA POLÍCIA CIVIL ..................................................1091 1 DISCIPLINA: ÍNDICE: 01 – Ler, Interpretar e Compreender Textos......................................................................03 02 – Erros Clássicos de Compreensão do Texto.................................................................... 06 03 – Paráfrase, Perífrase e Síntese........................................................................................ 09 04 – Tipologia Textual............................................................................................................ 10 05 –Coesão................................. ......................................................................................... 1 – Ler, Interpretar e Compreender Textos. • Leitura sf. 1. Ato, arte ou hábito de ler. 2. Aquilo que se lê. 3. Tec. Operação de percorrer, em um meio físico, sequências de marcas codificadas que representam informações registradas, e reconvertê-las à forma anterior (como imagens, sons, dados para processamento). • Interpretar v.t.d. 1. Ajuizar a intenção, o sentido de, 2. Explicar ou declarar o sentido de (texto, lei, etc. 3. Tirar de (sonho, visão, etc.) indução ou presságio. 4. Traduzir de língua estrangeira 5. Representar no teatro, cinema, televisão, etc. • Compreender v.t.d. 1. Conter em si; abranger 2. Alcançar com a inteligência; perceber, entender 3. Perceber as intenções ou sentido de 4. Entender (alguém), aceitando-o como é 5. Perceber, ouvir 6. Estar incluído ou contido Buarque de Holanda Ferreira Aurélio. Mini Aurélio Séc. XXI 5º. Ed. Rio de Janeiro Ed. Nova Fronteira 2004 p. 179; 427 e 453. 16 06 –Estrutura da Palavra ................................................................................................. 18 07 – Formação de Palavras.............................................................................................. 19 08 – Ortografia — Como Escrever Certo?......................................................................... 21 09 – Verbos Terminados em -EAR.................................................................................... 24 10 – Grafia de Algumas Palavras ...................................................................................... 24 PORTUGUÊS 11 – Acentuação Gráfica.................................................................................................. 26 12 – Sílaba Tônica............................................................................................................ 27 13 – Separação Silábica................................................................................................... 28 14 – Significação das Palavras.......................................................................................... 30 15 – Sintaxe da Oração e do Período............................................................................... 37 16 – Tipos de Sujeito....................................................................................................... 38 17 – Tipos de Predicado................................................................................................... 40 18 – Período Composto................................................................................................... 41 19 – Emprego das Classes de Palavras............................................................................. 43 20 – Concordância Verbal................................................................................................ 60 21 – Concordância Nominal............................................................................................. 63 22 – Regência.................................................................................................................. 65 23 – Crase....................................................................................................................... 72 24 – Pontuação............................................................................................................... 72 25 – Redação Oficial.........................................................................................................75 03 Texto (do latim textus, a, um, tecido, particípio passado de texere, tecer, urdir, entrelaçar, compor) é uma ideia ou um conjunto de ideias expressas através de frases, orações, períodos e parágrafos; com um estilo e estrutura próprios escritas por um sujeito. O texto pode apresentar duas estruturas em sua natureza. A estrutura literária e a não-literária. • O texto literário expressa a opinião pessoal do autor que também é transmitida através de figuras de linguagem (texto figurado, conotativo), impregnado de subjetivismo. – conotação, figuras, ficção, subjetividade e pessoalidade. • O texto não-literário transmite a mensagem de forma clara e objetiva. – denotação, transparência, objetividade e informação. Compreender um texto é obter resultado da união da decodificação (domínio dos mecanismos de base; o Bê-A-BÁ) com a interpretação; é a última etapa do processo de leitura; é a consequência da leitura; é levar em conta os vários aspectos que ele possui, ou seja, perceber se ele possui aspecto moral, social, econômico, conforme a intenção do autor; para confirmar este aspecto, o autor se utiliza de um vocabulário próprio para a sua intenção. Para se compreender um texto, é preciso perceber a sua estrutura interna (ideias básicas e acessórias). As básicas são percebidas no tópico frasal que vem esplanadas em cadeia; as acessórias aparecem no desdobramento da ideia básica nos parágrafos subsequentes a fim de discutir e aprofundar o assunto. Ou seja; Ler não é só decifrar ou dar sentido ao texto; mas entender os motivos do autor, perceber sua ideologia diante daquilo que ele escreve, é encontrar um significado para aquilo que o autor escreve. É ai que ocorre a interação entre autor e leitor. O primeiro direcionando suas ideias através de sentidos e intenção comunicativa; o segundo, lendo, relendo fazendo inferências, comparando e buscando o objetivo do autor. DICAS DE COMPREENSÃO “A compreensão de um texto é um processo que se caracteriza pela utilização de conhecimento prévio: o leitor utiliza na leitura o que ele já sabe, o conhecimento adquirido ao longo de sua vida. É mediante a interação de diversos níveis de conhecimento, como o conhecimento linguístico, o textual, o conhecimento de mundo, que o leitor consegue construir o sentido do texto”. Antes de tudo é importante entender que a compreensão de um texto, qualquer que seja ele, precisa ser considerada a partir de seus próprios elementos internos, o que significa dizer que não existe o que normalmente se costuma chamar de “uma verdadeira viagem”. A dificuldade está centrada, portanto, em umponto básico: conseguir perceber, dentro de um senso comum o que o texto está sugerindo. Para isso, é importante que qualquer leitor, pessoa disposta a compreender o texto literário ou o não-literário tenha, sobretudo, boa vontade e paciência. 1 – A leitura do texto deve ser silenciosa. Várias vezes, duas, três, quatro... tantas, quantas vezes precisar. Geralmente bastam três. Evidentemente não dispomos de muito tempo. Diante do fator tempo; então leia com o máximo de atenção, procurando identificar a Temática Central. 2 – Identificar o que o enunciado solicita. É muito comum o candidato errar a resposta de uma questão por não perceber com exatidão, o que o enunciado deseja saber. - Assim sendo, concentre-se em todas as palavras presentes no enunciado. - Um ponto muito importante: observe se o enunciado da questão está abordando o texto como um todo ou se faz referência a apenas uma parte do texto. 3 – A escolha da melhor opção, em se tratando de uma prova de múltipla escolha. - Chegamos ao ponto mais problemático de todos: a opção correta. NOTA: É muito comum os candidatos se queixarem de que chegam a duas opções e quase sempre acabam marcando a opção errada. 04 3 Calma!!! Muita calma!!! Atenção!!! Imagine o seguinte: Se você conseguiu eliminar três das opções, chegou a duas e marcou a errada, mas uma delas estava certa, você estava no caminho certo. O que faltou foi um pouco mais de atenção, experiência, ou talvez quem sabe, um pouco mais de habilidade para conseguir perceber as minúcias das duas opções, verificar pelo enunciado se a questão era de cunho interpretativo ou compreensivo. 4 – Certificação das respostas. Uma vez escolhida a opção tente verificar se nenhuma outra poderia ser aceita. Tente ser isento nesta análise. - Lembre-se de que, às vezes, uma vírgula é suficiente para modificar completamente a significação de uma frase. Sempre tenha em mente que o texto literário é, por excelência, plurissignificativo, o que significa dizer que, sua significação extrapola uma simples leitura técnica. Para entendê-lo, é preciso, como dito anteriormente, decodificar as figuras de linguagem. COMO FAZER ISSO? Procure perceber o vocábulo em seu sentido denotativo (isto é, real) a partir daí, veja se, naquele contexto, o vocábulo está assumindo uma outra significação, ou seja, se está sendo utilizado em seu sentido conotativo. Relacione este vocábulo aos demais que estão a sua volta, na frase, até que como na montagem de um quebra-cabeça, todas as peças possam se encaixar devidamente. Não é um processo fácil, mas com prática constante se consegue atingir ótimos resultados. Não só os alunos afirmam gratuitamente que a compreensão depende de cada um. Na realidade, isto é para fugir a um aparentemente válido, mas, na realidade, não problema que não é de difícil solução por meio de sofisma (argumento conclusivo, e – que supõe má fé por parte de quem o apresenta). Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa compreensão de um texto. TÓPICO FRASAL É a menor expressão de palavras que resume de forma abrangente possível a ideia do parágrafo. Para se chegar ao TÓPICO FRASAL, deve-se passar pelas seguintes fases: 1. Eliminar do texto lido as partes redundantes ou sem importância para o essencial; 2. Generalizar as ideias para se chegar ao TEMA DO ASSUNTO; 3. Selecionar os subtópicos que comporão o texto final do TÓPICO FRASAL. __________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ 05 CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 4 2 – Erros Clássicos de Compreensão do Texto 1. Extrapolação: Ir além dos limites do texto. Acrescentar elementos desnecessários à compreensão do texto. 2. Redução: Ater-se apenas a uma parte do texto, quebrar o conjunto, isolar o texto do contexto. 3. Contradição: Chegar a uma conclusão contaria à do texto, invertendo o seu sentido. PRESSUPOSTOS São ideias que não foram expressas de maneira explícita, mas que podem ser percebidas através de expressões e palavras contidas no texto. INTERTEXTUALIDADE É a relação que se estabelece entre dois textos, isto é, quando um faz referência a palavras já existentes no outro. Uma boa leitura permite ao leitor seja capaz de identificar o tema e o assunto de um texto; distinguir informações explícitas de pressupostos e subentendidos; distinguir um fato da opinião do autor sobre este fato; relacionar as informações fornecidas pelo autor com outras informações de momentos distintos do texto; construir e interpretar o texto através de seus aspectos gráficos verbais e não verbais. LEMBRETE 01. Ler todo o texto, procurando adquirir uma visão generalizada do assunto. 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura; vá até o fim. Na maioria das vezes o contexto lhe dá o significado da palavra. 03. Ler o texto quantas vezes forem necessárias. 04. Ler com atenção, sutileza, malícia nas entrelinhas. 05. Não permitir que as suas opiniões prevaleçam sobre as do autor. 06. Verificar com máxima atenção o enunciado da questão. 07. Cuidados com os vocábulos: não correto, correto, incorreto, certo, errada, falso, verdadeiro, exceto e outras palavras novas, modernas que surgem nas perguntas e que criam dificuldades ao leitor sobre o que se quer. 08. Quando duas alternativas lhe parecerem corretas, procure a mais exata ou a mais completa. 09. Não procure, na resposta, a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no contexto do texto lido. 10. Olhe para o texto como um objeto de ajuda, não construa uma imagem de algo chato, feio ou indecifrável. Nossa forma de ver o texto contribui para os resultados de nossa leitura. TEXTOS COMPLEMENTARES TEXTO A Filosofando sobre a leitura. A sociedade é, em sua maioria, feita de homens sem liberdade, pessoas que tolhidas na educação, imaginação e, fundamentalmente, na ação; tornam-se, geralmente, repetidoras de ideias, soluções e emoções distorcidas; equívocos que tornam a própria evolução do pensar um gesto estático. O que pode um “inocente” contra o maquiavelismo social? Sim, pois a carência do saber torna o ser um alvo fixo, ingênuo, para onde se “disparam” pensamentos predeterminados, conclusões ultrapassadas e ideias equivocadas. Essa afirmação pode parecer obscura para a maioria das pessoas, pois a concepção de liberdade está ligada à visão de cárcere ou de escravidão no sentido concreto, e não, à consciência individual do pensar. Muito se tem discutido sobre a importância da evolução do raciocínio humano, mas o único raciocínioplausível para o combate de tal realidade é a Leitura. No entanto, pouco, verdadeiramente, tem- se feito para tornar a Leitura um habito em ação. O resultado da carência dessa atitude está na maioria das mazelas sociais que o homem discute e lamenta, 06 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 5 OS: 0149/2/18-Gil posicionando-se como prisioneiro delas. Não se trata de reproduzir um pensamento intelectual sem bases práticas, mas uma afirmação fundamentada nos resultados de eleições, nas práticas profissionais, no desempenho econômico nacional e principalmente nos resultados pessoais de cada cidadão. Ler é aprender a decidir, não só tomar uma decisão, mas aprender a conhecer literalmente as consequências dessa decisão; ler é ganhar experiência, ganhar liberdade de ter suas próprias ideias, de gerar, produzir e evoluir seu próprio ser. É antecipar-se ao tempo e gerir experiência, transformar futuros e saciar a vaidade. Ler é adquirir sabedoria antes da velhice. Sim, pois o conhecimento antecipado lapida o homem para um melhor viver, sentir e decidir. A leitura pode fazer do leitor o médico, o professor, o bom gestor público, o bom cidadão. A leitura transforma a estampa do mundo, pois transforma a maneira de olhá-lo, torna o ser um artesão, um mestre do construir, do criar, do transformar. É compreender parafrasticamente o desejo de Deus, já que ensina o homem a perceber melhor a paixão e a oportunidade que o milagre da vida representa. Arnaldo Filho TEXTO B “Todos lemos a nós e ao mundo à nossa volta para vislumbrar o que somos e onde estamos. Lemos para compreender, ou para começar a compreender. Não podemos deixar de ler. Ler, como respirar, é nossa função essencial” Miguel Alberto. Uma história de leitura TEXTO C A Importância da Leitura A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos, de certa forma, lendo - embora, muitas vezes, não nos demos conta. A atividade de leitura não corresponde a uma simples decodificação de símbolos, mas significa, de fato, interpretar e compreender o que se lê. Segundo Angela Kleiman, a leitura precisa permitir que o leitor apreenda o sentido do texto, não podendo transformar-se em mera decifração de signos linguísticos sem a compreensão semântica dos mesmos. Nesse processamento do texto, tornam-se imprescindíveis também alguns conhecimentos prévios do leitor: os linguísticos, que correspondem ao vocabulário e regras da língua e seu uso; os textuais, que englobam o conjunto de noções e conceitos sobre o texto; e os de mundo, que correspondem ao acervo pessoal do leitor. Numa leitura satisfatória, ou seja, na qual a compreensão do que se lê é alcançada, esses diversos tipos de conhecimento estão em interação. Logo, percebemos que a leitura é um processo interativo. Quando citamos a necessidade do conhecimento prévio de mundo para a compreensão da leitura, podemos inferir o caráter subjetivo que essa atividade assume. Conforme afirma Leonardo Boff, cada um lê com os olhos que tem. E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre um releitura. [...] Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor. A partir daí, podemos começar a refletir sobre o relacionamento leitor-texto. Já dissemos que ler é, acima de tudo, compreender. Para que isso aconteça, além dos já referidos processamento cognitivo da leitura e conhecimentos prévios necessários a ela, é preciso que o leitor esteja comprometido com sua leitura. Ele precisa manter um posicionamento crítico sobre o que lê, não apenas passivo. Quando atende a essa necessidade, o leitor se projeta no texto, levando para dentro dele toda sua vivência pessoal, com suas emoções, expectativas, seus preconceitos etc. É por isso que consegue ser tocado pela leitura. Assim, o leitor mergulha no texto e se confunde com ele, em busca de seu sentido. Isso é o que afirma Roland Barthes, quando compara o leitor a uma aranha: [...] o texto se faz, se trabalha através de um entrelaçamento perpétuo; perdido neste tecido - nessa textura -, o sujeito se desfaz nele, qual uma aranha que se dissolve ela mesma nas secreções construtivas de sua teia. 07 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 6 OS: 0149/2/18-Gil Dessa forma, o único limite para a amplidão da leitura é a imaginação do leitor; é ele mesmo quem constrói as imagens acerca do que está lendo. Por isso ela se revela como uma atividade extremamente frutífera e prazerosa. Por meio dela, além de adquirirmos mais conhecimentos e cultura - o que nos fornece maior capacidade de diálogo e nos prepara melhor para atingir às necessidades de um mercado de trabalho exigente -, experimentamos novas experiências, ao conhecermos mais do mundo em que vivemos e também sobre nós mesmos, já que ela nos leva à reflexão. E refletir, sabemos, é o que permite ao homem abrir as portas de sua percepção. Quando movido por curiosidade, pelo desejo de crescer, o homem se renova constantemente, tornando-se cada dia mais apto a estar no mundo, capaz de compreender até as entrelinhas daquilo que ouve e vê, do sistema em que está inserido. Assim, tem ampliada sua visão de mundo e seu horizonte de expectativas. Desse modo, a leitura se configura como um poderoso e essencial instrumento libertário para a sobrevivência do homem. Há, entretanto, uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do leitor. Como afirma Daniel Pennac, "o verbo ler não suporta o imperativo". Quando transformada em obrigação, a leitura se resume a simples enfado. Para suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, Pennac prescreve alguns direitos do leitor, como o de escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar, ou, até mesmo, o de não ler. Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma forma, passa a respeitar e valorizar a leitura. Está criado, então, um vínculo indissociável. A leitura passa a ser um imã que atrai e prende o leitor, numa relação de amor da qual ele, por sua vez, não deseja desprender- se. Maria Carolina Professora de Língua Portuguesa e Redação do Ensino Médio e Normal. TEXTO D Exercitando TEXTO I (Ano: 2015 - Banca: CESPE - Órgão: Telebrás) Prova: Conhecimentos Básicos para o Cargo 3 José Claudio Linhares Pires. A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil. Internet: <www.bndespar.com.br> (com adaptações). 08 https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2015-telebras-conhecimentos-basicos-para-o-cargo-3 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 7 OS: 0149/2/18-Gil Conforme as ideias veiculadas no texto, A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil, 01. O rompimento do monopólio do Sistema TELEBRAS ocorreu com vistas à adequação desse sistema às necessidades do mercadoglobalizado. ( ) Certo ( ) Errado 02. Antes da privatização do Sistema TELEBRAS, a prestação de serviços básicos de telecomunicações era feita de forma global e universal, abrangendo todos os rincões do país. ( ) Certo ( ) Errado 03. Com a reestruturação do setor de telecomunicações brasileiro, o Estado, por meio da ANATEL, passou a exercer controle total desse setor de serviços, definindo, entre outros aspectos, o modo como as empresas prestadoras de serviços de telecomunicação devem se comportar no mercado, quanto investirão e de que modo o farão. ( ) Certo ( ) Errado 04. Relativamente à adequação do setor de telecomunicações ao novo contexto de evolução tecnológica setorial e de diversificação e modernização das redes e dos serviços, o pressuposto era o de que a administração privada, mas regulada, dos serviços de telecomunicação poderia proporcionar eficiência, qualidade, presteza e resultados positivos a esses serviços. ( ) Certo ( ) Errado 05. A substituição de “autônoma” (L.19) por com autonomia prejudicaria a correção gramatical do texto. ( ) Certo ( ) Errado GABARITO 01 02 03 04 05 E E E C E 3 – Paráfrase, Perífrase e Síntese PARÁFRASE Paráfrase é a reprodução explicativa de um texto ou de unidade de um texto, por meio de uma linguagem mais longa ou mais curta. Na paráfrase sempre se conservam basicamente as ideias do texto original. O que se inclui são comentários, ideias e impressões de quem faz a paráfrase. Na escola, quando o professor, ao comentar um texto, inclui outras ideias, alongando-se em função do propósito de ser mais didático, faz uma paráfrase. Parafrasear consiste em transcrever, com novas palavras, as ideias centrais de um texto. O leitor deverá fazer uma leitura cuidadosa e atenta e, a partir daí, reafirmar e/ou esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando aspectos relevantes de uma opinião pessoal ou acercando-se de críticas bem fundamentadas. Portanto, a paráfrase repousa sobre o texto-base, condensando-o de maneira direta e imperativa. Consiste em um excelente exercício de redação, uma vez que desenvolve o poder de síntese, clareza e precisão vocabular. Acrescenta-se o fato de possibilitar um diálogo intertextual, recurso muito utilizado para efeito estético na literatura moderna. Observe: O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente. Utilizou-se a expressão "povo lusitano" para substituir "os portugueses". Esse rodeio de palavras que substituiu um nome comum ou próprio chama-se perífrase. PERÍFRASE Perífrase é a substituição de um nome comum ou próprio por uma expressão que a caracterize. Nada mais é do que um circunlóquio, isto é, um rodeio de palavras. SÍNTESE A síntese de texto é um tipo especial de composição que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o que o autor expressou amplamente. Desse modo, só devem ser aproveitadas as ideias essenciais, dispensando-se tudo o que for secundário. 09 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 8 OS: 0149/2/18-Gil 4 – Tipologia Textual Toda forma escrita recebe o nome de redação. MODALIDADES DE REDAÇÃO As reflexões recentes sobre tipos ou tipologias de texto têm por base fundamentalmente as propostas de Jean-Michel Adam (1992)1, segundo as quais, a partir da heterogeneidade composicional dos discursos reais, são definidos padrões de textualização As modalidades exploradas são: dissertação, narração, descrição, predição e dialogal. 1 – Narração Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certas personagens. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis, como o Chapeuzinho Vermelho ou A Bela Adormecida, até as picantes piadas do cotidiano. O Texto é alterado de forma constante. É encontrado em reportagens, novelas, contos etc. Na conhecida parábola do filho pródigo, Jesus narra a história de um pai e seus dois filhos. O mais moço resolveu pedir ao pai a parte da herança que lhe cabia, partindo depois para uma terra distante, onde dissipou todos os seus bens a viver dissolutamente. Sobrevindo àquele país uma grande fome, ele começou a passar necessidade e foi trabalhar guardando porcos no campo. Ali, desejava fartar-se do que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada. (Lc. 15) 2 – Descrição É a modalidade em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. Tem no adjetivo a ferramenta mais importante, pela sua função caracterizadora. Pode-se descrever sensações ou sentimentos. É a construção, com palavras, da imagem do objeto ou personagem descrito. Dificilmente essa tipologia será predominante em um texto. É comum é trechos descritivos introduzidos em textos narrativos e dissertativos. “Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada, ninguém podia entrar nela não, porque na casa, não tinha chão, ninguém podia dormir na rede, porque na casa não tinha parede, ninguém podia fazer pipi, porque penico, não tinha ali”. 3 – Dissertação Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo- argumentativo. “O Brasil é um país de crescimento desordenado porque a sua realidade econômica é desordenada. O acesso à riqueza está sempre restrito ao poder da elite. Não há uma distribuição de renda justa. Seu desenvolvimento econômico também não é bem distribuído porque encontramos em suas regiões uma grande população muito pobre comandada e oprimida por uma pequena população extremamente rica”. 4 – Injunção É a modalidade que prescreve como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos, com linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex.: receitas culinárias, manuais, leis, convenções, regras, etc. - Cuidado com o cão! Afaste-se! - Se preferir, acrescente coco ralado à mistura. - Dobre a primeira à direita e depois siga em frente até o final da rua. 10 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 9 OS: 0149/2/18-Gil - Venha para a minha festa de aniversário. Estou aguardando. - Pode esfriar à noite. Leve mais este casaco. - Certifique-se de que a peça foi colocada 5 – Predição É a modalidade que busca predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas. Capricórnio 02/09 QUA - Um dia com energia favorável e realizadora aos capricornianos. Momento de forte tom afetivo e criativo. É hora de desenvolver os seus projetos com mais confiança. Leia mais: http://horoscopovirtual.uol.com.br/horoscopo/capricornio# ixzz3kYU58Qzj 6 – Dialogal / Conversacional Caracteriza-sepelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat, etc. www.facebook.com TEXTO V (CESPE – 2015 – TELEBRÁS – CONHEC. BÁSICOS) O ambiente socioeconômico do setor de telecomunicações. In: O desempenho do setor de telecomunicações no Brasil. Séries temporais 1S15. Elaborado pela Telebrasil em parceria com o Teleco. Rio de Janeiro, agosto de 2015, p. 7-9. Internet: <www.telebrasil.org.br > (com adaptações). Com relação às estruturas linguísticas do texto O ambiente socioeconômico do setor de telecomunicações, julgue o seguinte item. 01. Desde que fossem feitas as necessárias adaptações redacionais, o conteúdo veiculado no texto em apreço poderia compor o corpo de um relatório referente ao crescimento socioeconômico do setor de telecomunicações no Brasil, desde a privatização do setor. ( ) Certo ( ) Errado 11 http://horoscopovirtual.uol.com.br/horoscopo/capricornio#ixzz3kYU58Qzj http://horoscopovirtual.uol.com.br/horoscopo/capricornio#ixzz3kYU58Qzj PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 10 OS: 0149/2/18-Gil TEXTO VI (CESPE – 2015 – TELEBRÁS – CONHEC. BÁSICOS) Com relação às tirinhas I e II apresentadas, julgue o seguinte item. 01. No título da tirinha II, a expressão “tivesse bombando” é característica da linguagem informal, típica do gênero textual tirinha. ( ) Certo ( ) Errado GABARITO DOS TEXTOS V E VI TEXTO V – C TEXTO VI - C TEXTO VII O engano Um estudante, passando pela frente de uma loja, olhou a vitrine e resolveu comprar um par de luvas para a namorada. Pediu à balconista para embrulhá-la para presente e foi ao caixa para pagar. A moça, por distração, entregou as luvas a uma freguesa que havia comprado calcinhas e a compra dela, deu-a ao estudante. O rapaz pegou o pacote e enviou-o a namorada com uma carta onde escreveu: “Meu bem, lembrei-me de que hoje é seu aniversário e, na oportunidade, mando-lhe este presente, embora saiba que você não costuma usar. Achei-as bonitas, mas não sei se você vai gostar da cor. A moça da loja experimentou-as na minha frente e eu gostei muito. Ficaram um pouco largas na frente, mas ela disse que é para as mãos entrarem melhor e para facilitar o movimento dos dedos. Ela disse também que, quando as tirar, é melhor colocar um pouco de talco para evitar o mau cheiro. Meu bem, quero que você as use, pois vão cobrir aquilo que pedirei um dia. Um grande beijo no lugar onde você vai usá-las. Compreensão do texto 01. Pode-se inferir do texto que o estudante: A) Apesar de querer mandar uma luva para a namorada acabou intencionalmente mandando calcinhas. B) Mandou calcinhas por engano, mas com intenção da vendedora da loja. C) Por descuido da vendedora da loja mandou um par de luvas no lugar de calcinhas, o que acabou criando uma situação inusitada. D) Tratou a namorada com todo respeito, através da mensagem, embora não soubesse que o presente tivesse sido trocado por engano. E) Procurou ser o mais gentil possível, mesmo sabendo que a namorada jamais desse a ele o que ele mais queria: a mão em casamento. 02. Em qual momento do texto a confusão começa? A) “... olhou a vitrine e resolveu comprar as luvas...”. 12 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 11 OS: 0149/2/18-Gil B) “... entregou as luvas a uma freguesa que havia comprado calcinhas...”. C) “... o rapaz pegou o pacote...”. D) “... hoje é seu aniversário...”. E) “... é melhor colocar talco...”. 03. Qual das passagens referentes à carta cria uma situação de embaraço ao receptor da mensagem? A) “Lembrei-me que hoje é seu aniversário...”. B) “Achei-as bonitas, mas não sei se você vai gostar...”. C) “A moça da loja experimentou na minha frente...”. D) “ficaram um pouco largas na frente...”. E) “Um beijo no lugar aonde você vai usá-las...”. GABARITO 01 02 03 C B E TEXTO VII Drogas: cada vez mais perto Há dez anos, quando foi realizado o primeiro levantamento do CEBRID (Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas), apenas 0,4% dos jovens admitiam uso frequente (mais de seis vezes por mês) das drogas: agora são 1,7% - quatro vezes mais. Uma outra pesquisa realizada pelo IBOPE e a pedido da ONG Associação Parceira Contra as Drogas, entrevistou 700 jovens de 9 a 22 anos em cinco capitais, mostrando que as crianças e adolescentes estão cada vez mais expostos à oferta de drogas. A porcentagem de jovens classificados como “mais próximos” às drogas (já usam alguma droga ilícita além da maconha e/ou têm algum amigo que usa) subiu de 22% (na pesquisa semelhante de 1996) para 35% em um ano. O grau de facilidade para obtenção de todas as drogas aumentou significativamente. No caso da maconha, por exemplo, 49% dos entrevistados acham fácil ou muito fácil conseguir a erva (42% em 93); no caso do CRACK esse índice aumenta de 19% para 26%. (Pais e Filhos, 1998). 01. Acerca do texto VIII, e levando em conta o ano da reportagem, todas as afirmativas abaixo não estão corretas, exceto? A) Em dez anos de entrevistas realizadas pelo CEBRID houve um aumento no consumo de drogas entre jovens em 0,4%; B) Nos últimos dez anos de entrevistas realizadas pelo CEBRID, houve uma redução de consumo de drogas entre os jovens em 1,7%; C) Na pesquisa realizada pelo IBOPE, a pedido da ONG Associação Parceria contra as Drogas constatou-se que, em cinco capitais brasileiras, há mais consumo de drogas entre os jovens do que nos demais estados brasileiros; D) Os jovens considerados “mais próximos”, ou seja, aqueles que, além da maconha, usam outro tipo de droga ilícita; em um ano, passaram a consumir mais CRACK do que maconha; E) Pode-se inferir da leitura que a facilidade na obtenção da erva maconha, segundo a entrevista cresceu em números percentuais 7% entre os casos de 93 a 98; 02. A ideia central tratada pelo texto concerne A) Facilidade na obtenção de drogas ilícitas; B) A luta das ONGS contra as drogas ilícitas; C) Ao maior consumo de drogas entre os jovens brasileiros; D) Ao percentual maior de jovens que usam drogas; E) Aos jovens de cinco estados que estão mais expostos ao caminho das drogas; 03. Infere-se do primeiro período do texto todas as asserções abaixo, exceto: A) Houve um levantamento sobre os jovens que usavam drogas, há dez anos; B) Um centro de informações sobre drogas realizou a pesquisa; C) No entremeio de dez anos, houve um aumento da admissão de consumo de drogas entre os jovens, de 1,3%; D) Dez anos após a primeira entrevista, constatou-se que o número de jovens que usam drogas como CRACK e maconha cresceu para 1,7%; 13 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 12 OS: 0149/2/18-Gil E) Há dez anos, apenas 0,4% dos jovens admitiam que usavam drogas; 04. Atente para a seguinte passagem do texto: “... Agora são 1,7% , quatro vezes mais.”. Qual a informação contida na passagem destacada: A) aumento no percentual de drogas; B) aumento do percentual de jovens que admitem usar drogas. C) percentual de jovens drogados no período de dez anos; D) queda da taxa de jovens drogados; E) n.d.a. 05. O texto“Drogas cada vez mais perto” apresenta apenas um parágrafo, em cinco períodos. Observe a sequência de argumentos a seguir: I – Jovens entrevistados em cinco capitais brasileiras; II – Aumento no uso de maconha e CRACK; III – Centro brasileiro constata que, no período de dez anos, houve aumento de jovens usuários de drogas; IV – Facilidade na consecução de drogas; V – Jovens “mais próximos” usam mais drogas no período de 12 meses; A sequência de períodos que completa o sentido do texto é: A) III, I, V, II, IV; B) III, I, V, IV, II; C) III, V, I, IV, II; D) II, I, V, IV, III; E) II, V, I, IV, III; GABARITO 01 02 03 04 E A D B TEXTO IX O problema ecológico Se uma nave extraterrestre invadisse o espaço aéreo da Terra, com certeza seus tripulantes diriam que neste planeta não habita uma civilização inteligente, tamanho é o grau de destruição dos recursos naturais. Essas são palavras de um renomado cientista americano. Apesar dos avanços obtidos, a humanidade ainda não descobriu os valores fundamentais da existência. O que chamamos orgulhosamente de civilização nada mais é do que uma agressão às coisas naturais. A grosso modo, a tal civilização significa a devastação das florestas, a poluição dos rios, o envenenamento das terras e a deterioração da qualidade do ar. O que chamamos de progresso não passa de uma degradação deliberada e sistemática que o homem vem promovendo há muito tempo, uma autêntica guerra contra a natureza. Afrânio Primo. Jornal Madhva (adaptado). 01. Segundo o Texto III, o cientista americano está preocupado com: A) a vida neste planeta. B) a qualidade do espaço aéreo. C) o que pensam os extraterrestres. D) o seu prestígio no mundo. E) os seres de outro planeta. 02. Para o autor, a humanidade: A) demonstra ser muito inteligente. B) ouve as palavras do cientista. C) age contra sua própria existência. D) preserva os recursos naturais. E) valoriza a existência sadia. 03. Da maneira como o assunto é tratado no Texto IX, é correto afirmar que o meio ambiente está degradado porque: A) a destruição é inevitável. B) a civilização o está destruindo. C) a humanidade preserva sua existência. D) as guerras são o principal agente da destruição. E) os recursos para mantê-lo não são suficientes. 14 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 13 OS: 0149/2/18-Gil 04. A afirmação: “Essas são palavras de um renomado cientista americano. ”, quer dizer que o cientista é: A) inimigo. B) velho. C) estranho. D) famoso. E) desconhecido. GABARITO 01 02 03 04 A C B D TEXTO X (CESPE – TJ-Pe – 2001 Luz no Campo Mudando o campo da noite para o dia O governo federal, por intermédio do Ministério das Minas e Energia e da ELETROBRÁS; está lançando o Programa Luz no Campo. Um projeto que vai levar energia elétrica para mais de um milhão de domicílios e propriedades rurais no interior do país. Junto com o programa, vão chegar desenvolvimento, conforto e todos os benefícios que a energia traz. Com isso, o homem do campo vai poder continuar morando no campo. E o sonho de dona Alzira, e de todas as pessoas que estavam esperando a energia elétrica chegar, vai poder ser realizado. VEJA, 23.12.1999, P. 72 (COM ADAPTAÇÃO) 01. De acordo com as ideias do texto X, assinale a opção correta. A) O título do texto sugere que, após chegar a eletricidade ao campo, a natureza estará tão clara, à noite, que parecerá um pasto verdinho durante o dia. B) Destinado exclusivamente às comunidades pobres do Nordeste, o Programa tem alcance eficaz, porém muito limitado, geograficamente. C) O Programa Luz no Campo é apresentado no texto como uma iniciativa positiva do governo, porque estimula a eletrificação rural do país. D) O desenvolvimento chegará apenas às propriedades urbanas, porque elas já possuem os benefícios e o conforto proporcionados pela energia elétrica. E) O Programa Luz no Campo vai realizar o sonho de muitas mulheres trabalhadoras, a exemplo de dona Alzira, cujo desejo é possuir uma geladeira. TEXTO XI Falar de boca cheia não é mais falta de educação Todo mundo concorda que educação é básico. O que muita gente não sabe é que uma alimentação inadequada na primeira infância compromete qualquer projeto de educação no futuro. A Ação Criança atua em vários estados, garantindo alimentação para milhares de crianças, de zero a sete anos, a partir da gestação. É uma entidade sem fins lucrativos, apoiada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Ajude a alimentar o futuro desde já. Colabore coma Ação Criança. Isto É, n. 1640, 07.03.2001. p. 65 (com adaptações) 02. O texto XI deixa claro que A) Houve um tempo em que falar de boca cheia era considerado falta de educação. B) O básico, em educação, é que ela seja estendida a todos os cantos do país. C) A alimentação, a saúde dentária e a educação são fatores essenciais para as crianças do mundo inteiro. D) A única preocupação do Programa Ação Criança é o futuro, já que ao passado não se retorna. E) Todo o cidadão cuja mãe teve acompanhamento pré-natal tem o futuro garantido. 15 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 14 OS: 0149/2/18-Gil 5 – Coesão É o processo pelo qual frases ou parte delas se relacionam para assegurar contexto, nexo entre as partes do texto. É a articulação que estabelece a ligação de uma ideia à outra, ou especifica o tipo de relação no discurso. É formada por elementos linguísticos: nomes, conjunções, pronomes relativos, preposições, advérbios, locuções adverbiais, formas verbais. É o elemento responsável pela textualidade, diz respeito a todos os processos de referenciarão ou segmentação que remetem elementos mencionados no texto. TEXTO XII “A polícia abriu inquérito para investigar a morte de mais um bebê na Santa Casa de Misericórdia de Belém, no Pará. O óbito ocorreu no mesmo dia em que gêmeos nasceram dentro de uma viatura de bombeiros em frente ao hospital, após a mãe não receber atendimento. ” .com R7 - publicado em 29/08/2011 às 14h21: 01. Pode-se perceber que o texto acima tem um caráter: A) literário; B) político C) informativo; D) narrativo; E) dissertativo; GABARITO 01 C TEXTO XIII Na década de 70, prognósticos sombrios alertavam para o risco de extinção dos povos indígenas no Brasil. Após 30 anos, o censo de 2009 do IBGE afastou esse temor, ao constatar que em 1991 a 2000 a população indígena cresceu mais do que todos ou outros grupos étnicos. Eles eram 294 mil em 1991 e passaram a ser 734 mil em 2000, uma variação de 149,6%, enquanto o restante da população cresceu 8,2%. Uma análise mais aparada nos dados mostra, no entanto, que não houve um “boom populacional” causado por altíssimas taxas de fecundidade ou migração de povos de países vizinhos. O crescimento foi causado por gente que já vivia em áreas urbanas em 1991, mas que, no censo daquele ano, não se declarou como indígena passando a fazer isso apenas nove anos mais tarde. Em 1991, dos 294 mil índios, 71 mil (24,1%) viviam na área urbana. Nove anos depois, esse contingente urbano deu um salto de 440% e passou a representar 52,2% do total, ou 383 mil pessoas. “Não se trata de aumento demográfico. O que sobressai na análise desse crescimento é o componente de autodeclaração”, afirma Luiz Antônio Oliveira, coordenador de População e Indicadores Sociais do IBGE. Folha de São Paulo, quarta-feira, 14 de dezembro de 2005 Responda as questões referentes ao texto acima: 01. O propósito principal do texto é noticiar o: A) afastamento dos prognósticos sombrios da década de 70 sobre a extinção dos povos indígenas do Brasil a partir de dados do Censo 2000 do IBGE. B) crescimento no número de indígenas como resultado do fato de esses povos terem decidido se declararem como indígenas no Censo 2000. C) aumento, entre 1991 e 2000, da população indígena brasileira de forma superior ao que ocorreu com os outros grupos étnicos. D) “boom populacional” indígena causado por altíssimas taxas de fecundidade ou pela migração de povos de países vizinhos. 02. No texto, a expressão “fazer isso” recupera a seguinte ideia: A) autodeclarar-se como indígena B) causar o crescimento populacional C) viver em áreas urbanas D) Não se declarar como indígena 16 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 15 OS: 0149/2/18-Gil 03. Na matéria, há determinadas expressões que denotam variação de modalidade no uso da língua portuguesa, como “boom populacional” e “deu um salto”, que podem ser substituídas, sem prejuízo de sentido no texto, por, respectivamente: A) contingente urbano e teve altíssimas taxas B) prognostico sombrio e cresceu mais C) aumento demográfico e teve um salto crescimento D) risco de extinção dos povos e sofreu variação. GABARITO 01 02 03 A C TEXTO XIV DOM CASMURRO Capítulo CXXIII – Olhos de ressaca Machado de Assis Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas... As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora como se quisesse tragar também o nadador da manhã. 01. O trecho acima nos revela que a despedida de Sancha do marido foi A) contida, mas cheia de ternura. B) dramática e comovente. C) tranquila e rápida. D) inquietante e estranha. 02. Qual dos trechos apresenta uma impressão do narrador ao relatar os fatos? A) “Sancha quis despedir-se do marido,” B) “Muitos homens choravam também, as mulheres todas.” C) “Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la;” D) “Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma.” GABARITO 01 02 B D __________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ LÍNGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL Linguagem verbal é a que utiliza a palavra falada ou escrita. “Estacionamento para deficientes.” “Reciclagem” Linguagem não-verbal é a que utiliza outros sinais para transmitir uma mensagem. 17 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 16 OS: 0149/2/18-Gil 6 – Estrutura da Palavra É o estudo dos elementos mórficos (morfemas ou monemas) que formam uma unidade lexical. Raiz Radical Vogal temática Tema Desinência Afixos Letras de ligação Raiz ou radical primitivo é o elemento originário, que concentra a significação (semântica) da palavra. As raízes vêm de outras línguas (no português, geralmente do grego ou latim) e são, sobretudo, monossilábicas. Podem sofrer alteração. São irredutíveis. Ex.: criança, irredutível, Evangelho O Radical, Semantema, Lexema ou Elemento de Composição é o elemento básico das palavras. O radical é a parte invariável da palavra, presente em todas as palavras derivadas. É encontrado através do despojo dos elementos secundários (quando houver) da palavra. Ex.: pedra, pedreiro, pedraria Vogais temáticas são vogais que são acrescentadas ao radical, preparando-o para receber as desinências. As vogais temáticas podem ser anuladas. São elas: A → São usadas em verbos e em nomes. Falar, Olhar, Colocar, Boneca, Mala. E → São usadas em verbos e em nomes. Receber, Tremer, Escrever, Omelete. I → São usadas em verbos. Dormir, Mentir, Exibir, Incubir. O → São usadas em nomes. Repor, Entrepor, Amor. OBS. Quando átonas finais. Ex.: sofá não tem VT. Tema é o grupo formado pelo radical mais vogal temática. Ex.: terr+a (radical + vogal temática); Am+or Desinências ou morfemas flexionais são elementos colocados após os radicais. Podem ser nominais (indicam gênero e número) ou verbais (indicam modo, tempo, númeroe pessoa). Ex.: gato, gata/ gatos, gatas –NOMINAL Ex.: amava- Desinência modo-temporal Ex.: amavas – Desinência número-pessoal Afixos são morfemas que podem ser ligados ao radical da palavra, formando assim uma nova palavra. Dependendo do local onde se encontram, os morfemas podem ser chamados de PREFIXOS, SUFIXOS ou INFIXOS. Na língua portuguesa os afixos podem ser classificados em prefixos e sufixos, conforme a posição que são colocados na palavra em relação ao radical. Na língua portuguesa não há infixos Prefixo É o afixo que se acrescenta antes do radical (ex.: bibliografia, internet), no acréscimo muda o sentido básico do radical. Sufixo É o afixo que se acrescenta depois do radical (ex.: plantação, globalização), no acréscimo muda o sentido básico e até a própria classe gramatical da palavra OBS. Um infixo (ou interfixo) é um afixo que se localiza dentro da raiz, dividindo-a em duas partes descontínuas. Exemplo: o morfema nasal do latim que era marca de presente do indicativo: rumpo 'rompo', vinco 'venço' etc. O infixo pode ser ainda um fonema que se intercala, para fins de eufonia, entre a raiz e o sufixo de uma palavra (como por exemplo o/z/ em cafezal); vogal ou consoante de ligação. 18 https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Prefixo_gramatical https://pt.wikipedia.org/wiki/Sufixo https://pt.wikipedia.org/wiki/Infixo https://pt.wikipedia.org/wiki/Afixo https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Presente_do_indicativo&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Fonema https://pt.wikipedia.org/wiki/Eufonia PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 17 OS: 0149/2/18-Gil SUFIXO LATINO EXEMPLO SUFIXO GREGO EXEMPLO -ada Paulada -ia Geologia -eria Selvageria -ismo Catolicismo -ável Amável -ose Micose LETRAS DE LIGAÇÃO são morfemas que só servem para facilitar a pronúncia, ligando outros morfemas.São infixas. Essas letras são chamadas de termos eufônicos: Ex.: Anuro, Gasoduto __________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ 7 – Formação de Palavras Inicialmente, alguns conceitos sobre palavras primitivas e derivadas e palavras simples e compostas: PALAVRAS PRIMITIVAS – palavras que não são formadas a partir de outras. Exemplo: pedra, casa, paz, etc. PALAVRAS DERIVADAS – palavras que são formadas a partir de outras já existentes. Exemplo: pedrada (derivada de pedra), ferreiro (derivada de ferro). PALAVRAS SIMPLES – são aquelas que possuem apenas um radical. Exemplo: cidade, casa, pedra. PALAVRAS COMPOSTAS – são palavras que apresentam dois ou mais radicais. Exemplo: pé-de-moleque, pernilongo, guarda-chuva. AFIXOS: São elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras. Na língua portuguesa existem dois processos de formação de novas palavras: derivação e composição. DERIVAÇÃO É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras que já existem (primitivas). Podem ocorrer das seguintes maneiras: Prefixal; Sufixal; Parassintética; Regressiva; Imprópria. 19 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 18 OS: 0149/2/18-Gil PREFIXAL – quando um afixo é colocado antes do radical; SUFIXOS – quando afixo é colocado depois do radical Exemplo: Pedrada. Inviável. Infelizmente PARASSINTÉTICA Processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo e sufixo simultaneamente ao radical. Exemplo: anoitecer, pernoitar. OBSERVAÇÃO: Existem palavras que apresentam prefixo e sufixo, mas não são formadas por parassíntese. Para que ocorra a parassíntese é necessários que o prefixo e o sufixo juntem-se ao radical ao mesmo tempo. Para verificar tal derivação basta retirar o prefixo ou o sufixo da palavra. Se a palavra deixar de ter sentido, então ela foi formada por derivação parassintética. Caso a palavra continue a ter sentido, mesmo com a retirada do prefixo ou do sufixo, ela terá sido formada por derivação prefixal e sufixal. REGRESSIVA – processo de derivação em que são formados substantivos a partir de verbos. Exemplo: Ninguém justificou o atraso. (do verbo atrasar) O debate foi longo. (do verbo debater) IMPRÓPRIA – processo de derivação que consiste na mudança de classe gramatical da palavra sem que sua forma se altere. Exemplo: fumar (verbo) – o fumar (substantivo). COMPOSIÇÃO É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A composição pode ocorrer de duas formas: JUSTAPOSIÇÃO e AGLUTINAÇÃO. JUSTAPOSIÇÃO – quando não há alteração nas palavras e continua a serem faladas (escritas) da mesma forma como eram antes da composição. Exemplo: girassol (gira + sol), pé-de-moleque (pé + de + moleque), passatempo (passa+tempo), vaivém, mestre-sala, guarda-roupa. AGLUTINAÇÃO – quando há alteração em pelo menos uma das palavras seja na grafia ou na pronúncia. Exemplo: planalto (plano + alto), petróleo (petra + óleo), fidalgo (filho+de+algo), planalto (plano + alto). Além da derivação e da composição existem outros tipos de formação de palavras que são hibridismo, abreviação e onomatopéia. ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO É a forma reduzida apresentada por algumas palavras: Exemplo: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto (motocicleta), Zé de José, pólio de poliomelite, cine de cinema, extra de extraordinário. HIBRIDISMO É a formação de palavras a partir da junção de elementos de idiomas diferentes. Exemplo: automóvel (auto – grego + móvel – latim), burocracia (buro – francês + cracia – grego), sociologia (sócio -latim + logia -grego). ONOMATOPEIA Consiste na criação de palavras através da tentativa de imitar vozes ou sons da natureza. 20 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 19 OS: 0149/2/18-Gil Exemplo: fonfom, cocoricó, tique-taque, boom!. NEOLOGISMO Termo utilizado para classificar uma palavra nova que surge numa língua devido à necessidade de designar novas realidades - novos conhecimentos técnicos, objetos gerados pelo progresso científico (neologismos técnicos e científicos) e até por questões estilísticas e literárias, tornando a língua mais expressiva e rica (neologismos literários). __________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ 8 – Ortografia — Como Escrever Certo? Do grego orthographia (escrita correta), trata do uso correto das letras e dos sinais gráficos na língua escrita. Faz-se uso, na comunicação escrita, de letras, sinais diacríticos e sinais de pontuação. O sistema ortográfico vigente em nosso país foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995 e elaborado pela Academia Brasileira de Letras Foi assinado em Lisboa, Portugal, no dia 16 de dezembro de 1990, não só por representantes de Brasil e Portugal, mas também de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Nosso alfabeto, que é o conjunto de símbolos gráficos (grafemas) que utilizamos para transcrever a maioria dos sons da linguagem articulada, compõe-se, atualmente, de 26 letras. São elas: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y e z.. A letra h não tem valor fonético, pois não representa som nenhum, sendo, portanto, denominada letra muda. Cerca de 80% das palavras de nossa língua vieram do latim, aproximadamente 15%, do grego e o restante, de outros idiomas (alemão, inglês, italiano, espanhol, francês, árabe, japonês, chinês, sânscrito, hindi, línguas africanas, indígenas, etc.). Teoricamente, para que uma pessoa domine com absoluta segurança a ortografia de nossa língua, é preciso que ela conheça profundamente todos ou a maioria desses idiomas. Calma! Não é preciso chegar a tanto. Há outros meios mais fáceis. A maneira mais simples, prática e objetiva de adquirir um bom conhecimento de ortografia é ler e escrever bastante, ver as palavras, familiarizar-secom elas. E sempre que tiver dúvida quanto à grafia desta ou daquela palavra, não seja orgulhoso nem preguiçoso: consulte um bom dicionário. Não “chute” na hora de escrever a palavra, nem “fuja” dela; tenha o bom senso e __ por que não dizer? __ a humildade de consultar um dicionário, um bom dicionário. Apenas a título de ilustração, há a seguir algumas regras de fácil memorização, que lhe serão muito úteis: 21 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 20 OS: 0149/2/18-Gil ■ TREMA Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Ex.: aguentar, arguir, bilíngue, cinquenta Obs. o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano. ■ ACENTUAÇÃO 1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Ex.: alcaloide, alcateia, androide, assembleia Obs.: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Ex.: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc. 2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. Ex.: bocaiuva Obs.: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. Se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. Exemplos: guaíba, Guaíra. ■ USO DO HÍFEN 1. Sempre que um prefixo terminar com vogal e a palavra seguinte iniciar com R OU S, não se usa mais hífen. Essas duas letras duplicam. Ex.: autossuficiente, contrarregra, minissaia, antissocial, antirrugas, antessala, ultrassonografia, megassena. ■ EMPREGO DE X E CH 1) Grafa-se x depois de ditongos. Ex.: abaixo, ameixa, caixa, peixe, queixo, trouxa, etc. Exceções: caucho e seus derivados, como recauchutar e recauchutagem. 2) Grafa-se x depois de en-. Ex.: enxada, enxame, enxertar, enxerto, enxurrada, enxofre, enxoval, enxotar, etc. Atenção: se, contudo, houver o prefixo en- + palavra iniciada por ch, claro está que se deve grafar com ch. Ex.: encharcar (de charco), enchente (de cheio), enchiqueirar (de chiqueiro), etc. A palavra enchova, posto que seja grafada com ch, foge a essa regra. ■ EMPREGO DE -EZ(A) E -ÊS/-ESA 1) Grafa-se -e, -esa quando for substantivo concreto, que indica origem, nacionalidade, posição social, títulos honoríficos, etc. Ex.: burguês (de burgo), camponês (de campo), japonês (de Japão), marquesa, princesa, etc.. Exceção: tez (pele) e xadrez. 2) Grafam-se também com -ês ou -esa os adjetivos derivados de substantivos concretos. Ex.: burguês (de burgo), cortês (de corte), milanês ou milanesa (de Milão, na Itália), montanhês (de montanha), etc. 3) Os substantivos abstratos, derivados de adjetivos, geralmente são grafados com -ez ou - eza. Ex. acidez (de ácido), altivez (de altivo), avidez (de ávido). aridez (de árido). beleza (de belo). dureza (de duro), 22 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 21 OS: 0149/2/18-Gil braveza (de bravo), leveza (de leve), fineza (de fino). natureza (de natural), magreza (de magro), etc. ■ EMPREGO DE -IZA OU -ISA Os substantivos femininos terminados em - isa são grafados sempre com s. Ex.: poeta/poetisa, papa/papisa, profeta/profetisa, sacerdote/sacerdotisa, etc. ■ EMPREGO DE -IZAR OU -ISAR? Os verbos terminados em -izar e -isar seguem os seguintes critérios: a) Quando o substantivo correspondente ao verbo traz is + vogal, deve ser grafado com -isar. Ex.: aviso/avisar, paralisia/paralisar, friso/frisar, análise/analisar, pesquisa/pesquisar, etc. Exceções: iris/irisar e bis/bisar. b) Quando o verbo cujo substantivo correspondente não traz is + vogal, deve ser grafado com -izar. Ex.: economia/economizar, humano/humanizar, catequese/catequizar, fiscal/fiscalizar, etc. ■ CASOS DIVERSOS 1) O sufixo -oso ou -osa sempre se grafa com s. Ex.: horror/horroroso, fama/famoso(a), gosto/gostoso(a) etc. 2) Os verbos usar, pôr e querer não possuem formas com z, portanto: uso, usei, usou; quis, quisesse, quiseram; pus, pusesse, pusemos, pusera etc. 3) Os verbos terminados em -uir têm suas formas das 2.a e 3.a pessoas do presente do indicativo grafadas com i. Exemplos: Possuir tu possuis ele possui construir tu constróis ele constrói influir tu influis ele influi ele influi moer tu móis ele mói 4) Os verbos terminados em -ir têm suas formas da 2.a e da 3.a pessoa do presente do indicativo terminadas em e. Exemplos: abolir tu aboles ele abole aderir tu aderes ele adere aferir tu aferes ele afere admitir tu admites ele admite 5) Os verbos terminados em -uar e -oar têm suas formas de 1.a, 2.a e 3.a pessoas do presente do subjuntivo grafadas em e. Exemplos: abençoar que eu abençoe que tu abençoes que ele abençoe entoar que eu entoe que tu entes que ele entoe continuar que eu continue que tu continues que ele continue efetuar que eu efetue que tu efetues que ele efetue recuar que eu recue que tu recues que ele recue 23 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 22 OS: 0149/2/18-Gil 9 – Verbos Terminados em -EAR 1) Os verbos terminados em -ear recebem um i nas formas rizotônicas, ou seja, aquelas cujo acento prosódico se localiza no radical. Exemplos: Passear eu passeio Frear eu freio tu passeias tu freias ele passeia ele freia eles passeiam eles freiam que eu passeie que eu freie que tu passeies que tu freies que ele passeie que ele freie que eles passeiem que eles freiem As formas arrizotônicas desses verbos, cujo acento prosódico está fora do radical, não trazem i, como podemos verificar nos exemplos abaixo: passear nós passeamos vós passeais que nós passeemos que vós passeeis ele passeava tu passeavas Também não recebem i o particípio passeado, o gerúndio passeando. O verbo frear segue o mesmo paradigma. __________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ 10 – Grafia de Algumas Palavras MAS/MAIS: Mas: conjunção adversativa equivale a, porém, contudo, entretanto: Ex.: Tento não sofrer, mas a dor é muito forte. Mais: pronome ou advérbio de intensidade, opõe-se a menos: Ex.: É um dos garotosmais bonitos da escola. ONDE/AONDE: Onde: lugar em que se está ou que se passa algum fato: Ex.: Onde você está? Aonde: indica movimento (refere-se a verbos de movimento): Ex.: Aonde você vai? QUE/QUÊ Que: pronome, conjunção, advérbio ou partícula expletiva: Ex.: Convém que o assunto seja esquecido rapidamente. Quê: monossílabo tônico, substantivo, ou interjeição. Ex.: Você precisa de quê? MAL/MAU Mal: advérbio (opõe-se a bem), como substantivo indica doença, algo prejudicial: Ex.: Ele se comportou muito mal. (Advérbio) Ex.: A prostituição infantil é um mal presente em todas as partes do Brasil. (substantivo) Mau: adjetivo (ruim, de má qualidade) Ex.: Ele não é um mau sujeito. AO ENCONTRO DE/DE ENCONTRO A Ao encontro de: significa “ser favorável a”, “aproximar-se de”. 24 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 23 OS: 0149/2/18-Gil Ex.: Quando avistei minha mãe fui correndo ao encontro dela. De encontro a: indica oposição, colisão. Ex.: Suas ideias sempre vieram de encontro às minhas. Somos mesmo diferentes. AFIM/A FIM Afim: adjetivo que indica igual, semelhante. Ex.: Temos objetivos afins. A fim: indica finalidade: Ex.: Trabalho hoje a fim de folgar amanhã. A PAR/ AO PAR A par: sentido de “bem informado” Ex.: Eu estou a par de todas as fofocas. Ao par: indica igualdade entre valores financeiros. Ex.: O real está ao par do dólar. DEMAIS/DE MAIS Demais: advérbio de intensidade, sentido de “muito”. Ex.: Você é chato demais. Demais também pode ser pronome indefinido, sentido de “os outros”. Ex.: Alguns professores saíram da sala enquanto os demais permaneceram atentos às orientações. De mais: opõe-se a de menos. Ex.: Não vejo nada demais em seu comportamento. SENÃO/SE NÃO Senão: sentido de “caso contrário”, “a não ser”. Ex.: não fazia coisa alguma senão conversar. Se não: sentido de “caso não”. Ex.: Se não houver conscientização, haverá escassez de água. NA MEDIDA EM QUE/ À MEDIDA QUE Na medida em que: equivale a porque, já que, uma vez que. Ex.: Na medida em que os projetos foram abandonados, os estagiários ficaram desmotivados. À medida que: indica proporção, equivale a à proporção que. Ex.: A emoção aumentava à medida que o momento da apresentação se aproximava. EM NÍVEL / A NÍVEL DE a) A nível de: não existe. Foi um modismo criado nos últimos anos. Devemos evitá-lo: Ex.: "A nível de relatório, o trabalho está muito bom." O certo é: "Quanto ao relatório... ou Com referência ao relatório..." Ex.: "Levou um pontapé ao nível do joelho." O certo é: "Levou um pontapé na altura do joelho." b) Em nível de. Só pode ser usado em situações em que existam "níveis": Ex.: "Este problema só pode ser resolvido em nível de diretoria." Ex.: "Isso será analisado em nível federal." EM VEZ DE /AO INVÉS DE a) Em vez de: é o mesmo que “no lugar de”. Ex.: Em vez de reclamar, você deveria ajudar. b) Ao invés de: é o mesmo que “ao contrário de”. Ex.: Ao invés de dormir, ficou acordado. ACERCA DE/ A CERCA DE/ HÁ CERCA DE a) Acerca de: a respeito de ou sobre. Ex.: Estamos falando acerca de ortografia. b) A cerca de: perto de, aproximadamente, próximo de. Ex.: A vítima foi encontrada a cerca de 100m do banco. c) Há cerca de: indica tempo decorrido (tempo ido). Ex.: Vim para Fortaleza há cerca de 2 anos. 25 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 24 OS: 0149/2/18-Gil A POUCO / HÁ POUCO a) A pouco: indica ação que ainda vai ocorrer. Ex.: A aula começará daqui a pouco. b) Há pouco: indica ação que já ocorreu. Ex.: Ela saiu há pouco daqui. BIMENSAL /BIMESTRAL a) Bimensal: o que se realiza quinzenalmente, duas vezes no mês. Ex.: Ocorrem aqui reuniões bimensais. b) Bimestral: o que se realiza de dois em dois meses. Ex.: As provas bimestrais começarão amanhã. CONTUDO / COM TUDO a) Contudo: conjunção adversativa, equivale a “porém”. Ex.: O candidato estava cansado, contudo foi estudar. b) Com tudo: preposição “com” mais pronome “tudo”. Ex.: Ela chegou com tudo. DEMAIS /DE MAIS a) Demais: é advérbio, refere-se geralmente a um verbo ou a um adjetivo. Ex.: Você demorou demais. b) De mais: é locução adjetiva, refere-se a um substantivo ou a um equivalente. Ex.: Há dúvidas de mais sobre matemática. ENTORNO / EM TORNO a) Entorno: espaço circundante, ao redor. É substantivo. Ex.: Os candidatos ocupavam o entorno da escola b) Em torno: algo que fica a volta. É locução adverbial Ex.: O policial abriu a porta e olhou em torno. Ex: Ao invés de dormir, ficou acordado. 11 – Acentuação Gráfica ■ TIPOS DE ACENTO Na língua portuguesa distinguem-se três tipos de acentos gráficos. • ACENTO AGUDO – indica a tonicidade das vogais abertas a, e, o e das vogais fechadas i e u: vatapá, café, máscara, núpcias, cipó; • ACENTO CIRCUNFLEXO – indica o timbre semifechado das vogais tônicas a, e e o: mês, cônjuge; • ACENTO GRAVE – indica a ocorrência de crase, ou seja, a contração da preposição a com o artigo feminino a(s) e com os pronomes demonstrativos a(s), aquele(s), aquela(s), aquilo; A Lei se refere à violência doméstica. __________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ 26 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 25 OS: 0149/2/18-Gil 12 – Sílaba Tônica As palavras (quase todas) apresentam uma sílaba tônica – a que é pronunciada com maior intensidade. Essa sílaba tônica, entretanto, nem sempre deve ser marcada, na escrita, por um acento gráfico. Observe em cadeira, por exemplo, que a sílaba tônica dei não leva acento gráfico. ■ CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO AO NÚMERO DE SÍLABAS Oxítonas - São palavras cuja sílaba tônica é a última. Ex.: ca - fé / Pa - ra - ti Paroxítonas - São palavras cuja sílaba tônica é a penúltima. Ex.: Ca - dá - ver / pos - sí – vel Proparoxítonas - São palavras cuja sílaba tônica é a antepenúltima. Ex.: ri- dí - cu - lo / ár - vo – re Ditongo - Ocorre quando, ao separarmos uma palavra em sílabas, duas vogais permanecem na mesma sílaba. Ex.: cha - péu / he- rói – co Hiato - Ocorre quando, ao separarmos uma palavra em sílabas, uma das vogais vai para a outra sílaba. Ex.: ca
Compartilhar