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APOSTILA 
POLÍCIA CIVIL 
DO CEARÁ 
2019
01 – PORTUGUÊS............................................................................... 03
02 –
 
INFORMÁTICA............................................................................ 86
03
 
– DIREITO CONSTITUCIONAL....................................................... 306
 
 
04 – DIREITO ADMINISTRATIVO......................................................510
05 – DIREITO PENAL PARTE GERAL..................................................636
06 – DIREITO PENAL PARTE ESPECIAL..............................................703
07 – DIREITO PROCESSUAL PENAL...................................................776
08 – LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL...................................................892
09 – REGIME JURÍDICO ÚNICO LEI 9826/74....................................1043
10 – ESTATUTO DA POLÍCIA CIVIL ..................................................1091
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
DISCIPLINA: 
 
ÍNDICE: 
01 – Ler, Interpretar e Compreender Textos......................................................................03 
02 – Erros Clássicos de Compreensão do Texto.................................................................... 06 
03
 
–
 
Paráfrase, Perífrase e Síntese........................................................................................
 
09 
04
 
–
 
Tipologia Textual............................................................................................................ 10
 05
 
–Coesão................................. 
 
.........................................................................................
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – Ler, Interpretar e Compreender 
Textos. 
• Leitura sf. 
1. Ato, arte ou hábito de ler. 
2. Aquilo que se lê. 
3. Tec. Operação de percorrer, em um meio 
físico, sequências de marcas codificadas que 
representam informações registradas, e 
reconvertê-las à forma anterior (como 
imagens, sons, dados para processamento). 
• Interpretar v.t.d. 
1. Ajuizar a intenção, o sentido de, 
2. Explicar ou declarar o sentido de (texto, lei, 
etc. 
3. Tirar de (sonho, visão, etc.) indução ou 
presságio. 
4. Traduzir de língua estrangeira 
5. Representar no teatro, cinema, televisão, etc. 
• Compreender v.t.d. 
1. Conter em si; abranger 
2. Alcançar com a inteligência; perceber, 
entender 
3. Perceber as intenções ou sentido de 
4. Entender (alguém), aceitando-o como é 
5. Perceber, ouvir 
6. Estar incluído ou contido 
Buarque de Holanda Ferreira Aurélio. Mini Aurélio Séc. XXI 
5º. Ed. Rio de Janeiro Ed. Nova Fronteira 2004 p. 179; 427 e 453. 
 
16 
06 –Estrutura da Palavra ................................................................................................. 18 
07 – Formação de Palavras.............................................................................................. 19 
08 – Ortografia — Como Escrever Certo?......................................................................... 21
09 – Verbos Terminados em -EAR.................................................................................... 24 
10 – Grafia de Algumas Palavras ...................................................................................... 24
PORTUGUÊS 
11 – Acentuação Gráfica.................................................................................................. 26
12 – Sílaba Tônica............................................................................................................ 27
13 – Separação Silábica................................................................................................... 28
14 – Significação das Palavras.......................................................................................... 30
15 – Sintaxe da Oração e do Período............................................................................... 37
16 – Tipos de Sujeito....................................................................................................... 38
17 – Tipos de Predicado................................................................................................... 40
18 – Período Composto................................................................................................... 41
19 – Emprego das Classes de Palavras............................................................................. 43
20 – Concordância Verbal................................................................................................ 60
21 – Concordância Nominal............................................................................................. 63
22 – Regência.................................................................................................................. 65
23 – Crase....................................................................................................................... 72
24 – Pontuação............................................................................................................... 72
25 – Redação Oficial.........................................................................................................75
03
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto (do latim textus, a, um, tecido, particípio 
passado de texere, tecer, urdir, entrelaçar, compor) é 
uma ideia ou um conjunto de ideias expressas através 
de frases, orações, períodos e parágrafos; com um 
estilo e estrutura próprios escritas por um sujeito. 
O texto pode apresentar duas estruturas em sua 
natureza. A estrutura literária e a não-literária. 
• O texto literário expressa a opinião pessoal do 
autor que também é transmitida através de figuras de 
linguagem (texto figurado, conotativo), impregnado 
de subjetivismo. – conotação, figuras, ficção, 
subjetividade e pessoalidade. 
• O texto não-literário transmite a mensagem de 
forma clara e objetiva. – denotação, transparência, 
objetividade e informação. 
Compreender um texto é obter resultado da 
união da decodificação (domínio dos mecanismos de 
base; o Bê-A-BÁ) com a interpretação; é a última 
etapa do processo de leitura; é a consequência da 
leitura; é levar em conta os vários aspectos que ele 
possui, ou seja, perceber se ele possui aspecto moral, 
social, econômico, conforme a intenção do autor; 
para confirmar este aspecto, o autor se utiliza de um 
vocabulário próprio para a sua intenção. 
Para se compreender um texto, é preciso 
perceber a sua estrutura interna (ideias básicas e 
acessórias). As básicas são percebidas no tópico frasal 
que vem esplanadas em cadeia; as acessórias 
aparecem no desdobramento da ideia básica nos 
parágrafos subsequentes a fim de discutir e 
aprofundar o assunto. 
Ou seja; Ler não é só decifrar ou dar sentido ao 
texto; mas entender os motivos do autor, perceber 
sua ideologia diante daquilo que ele escreve, é 
encontrar um significado para aquilo que o autor 
escreve. É ai que ocorre a interação entre autor e 
leitor. O primeiro direcionando suas ideias através de 
sentidos e intenção comunicativa; o segundo, lendo, 
relendo fazendo inferências, comparando e buscando 
o objetivo do autor. 
 
 DICAS DE COMPREENSÃO 
 “A compreensão de um texto é um processo 
que se caracteriza pela utilização de conhecimento 
prévio: o leitor utiliza na leitura o que ele já sabe, o 
conhecimento adquirido ao longo de sua vida. É 
mediante a interação de diversos níveis de 
conhecimento, como o conhecimento linguístico, o 
textual, o conhecimento de mundo, que o leitor 
consegue construir o sentido do texto”. 
Antes de tudo é importante entender que a 
compreensão de um texto, qualquer que seja ele, 
precisa ser considerada a partir de seus próprios 
elementos internos, o que significa dizer que não 
existe o que normalmente se costuma chamar de 
“uma verdadeira viagem”. 
A dificuldade está centrada, portanto, em umponto básico: conseguir perceber, dentro de um senso 
comum o que o texto está sugerindo. 
Para isso, é importante que qualquer leitor, 
pessoa disposta a compreender o texto literário ou o 
não-literário tenha, sobretudo, boa vontade e 
paciência. 
1 – A leitura do texto deve ser silenciosa. Várias 
vezes, duas, três, quatro... tantas, quantas vezes 
precisar. Geralmente bastam três. Evidentemente não 
dispomos de muito tempo. 
Diante do fator tempo; então leia com o máximo 
de atenção, procurando identificar a Temática 
Central. 
 
2 – Identificar o que o enunciado solicita. É 
muito comum o candidato errar a resposta de uma 
questão por não perceber com exatidão, o que o 
enunciado deseja saber. 
- Assim sendo, concentre-se em todas as 
palavras presentes no enunciado. 
- Um ponto muito importante: observe se o 
enunciado da questão está abordando o texto como 
um todo ou se faz referência a apenas uma parte do 
texto. 
 
3 – A escolha da melhor opção, em se tratando 
de uma prova de múltipla escolha. 
- Chegamos ao ponto mais problemático de 
todos: a opção correta. 
NOTA: É muito comum os candidatos se 
queixarem de que chegam a duas opções e quase 
sempre acabam marcando a opção errada. 
04
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Calma!!! Muita calma!!! Atenção!!! Imagine o 
seguinte: 
Se você conseguiu eliminar três das opções, 
chegou a duas e marcou a errada, mas uma delas 
estava certa, você estava no caminho certo. O que 
faltou foi um pouco mais de atenção, experiência, ou 
talvez quem sabe, um pouco mais de habilidade para 
conseguir perceber as minúcias das duas opções, 
verificar pelo enunciado se a questão era de cunho 
interpretativo ou compreensivo. 
 
4 – Certificação das respostas. 
Uma vez escolhida a opção tente verificar se 
nenhuma outra poderia ser aceita. 
Tente ser isento nesta análise. 
- Lembre-se de que, às vezes, uma vírgula é 
suficiente para modificar completamente a 
significação de uma frase. 
Sempre tenha em mente que o texto literário é, 
por excelência, plurissignificativo, o que significa dizer 
que, sua significação extrapola uma simples leitura 
técnica. Para entendê-lo, é preciso, como dito 
anteriormente, decodificar as figuras de linguagem. 
 
 COMO FAZER ISSO? 
 Procure perceber o vocábulo em seu sentido 
denotativo (isto é, real) a partir daí, veja se, naquele 
contexto, o vocábulo está assumindo uma outra 
significação, ou seja, se está sendo utilizado em seu 
sentido conotativo. Relacione este vocábulo aos 
demais que estão a sua volta, na frase, até que como 
na montagem de um quebra-cabeça, todas as peças 
possam se encaixar devidamente. Não é um processo 
fácil, mas com prática constante se consegue atingir 
ótimos resultados. 
Não só os alunos afirmam gratuitamente que a 
compreensão depende de cada um. Na realidade, isto 
é para fugir a um aparentemente válido, mas, na 
realidade, não problema que não é de difícil solução 
por meio de sofisma (argumento conclusivo, e – que 
supõe má fé por parte de quem o apresenta). 
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa 
compreensão de um texto. 
 TÓPICO FRASAL 
É a menor expressão de palavras que resume 
de forma abrangente possível a ideia do parágrafo. 
Para se chegar ao TÓPICO FRASAL, deve-se passar 
pelas seguintes fases: 
1. Eliminar do texto lido as partes redundantes ou 
sem importância para o essencial; 
2. Generalizar as ideias para se chegar ao TEMA DO 
ASSUNTO; 
3. Selecionar os subtópicos que comporão o texto 
final do TÓPICO FRASAL. 
__________________________________________
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05
 
 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
4 
 
 
2 – Erros Clássicos de Compreensão do 
Texto 
1. Extrapolação: Ir além dos limites do texto. 
Acrescentar elementos desnecessários à 
compreensão do texto. 
2. Redução: Ater-se apenas a uma parte do texto, 
quebrar o conjunto, isolar o texto do contexto. 
3. Contradição: Chegar a uma conclusão contaria à 
do texto, invertendo o seu sentido. 
 
 PRESSUPOSTOS 
 São ideias que não foram expressas de 
maneira explícita, mas que podem ser percebidas 
através de expressões e palavras contidas no texto. 
 
 INTERTEXTUALIDADE 
 É a relação que se estabelece entre dois 
textos, isto é, quando um faz referência a palavras já 
existentes no outro. 
Uma boa leitura permite ao leitor seja capaz de 
identificar o tema e o assunto de um texto; distinguir 
informações explícitas de pressupostos e 
subentendidos; distinguir um fato da opinião do 
autor sobre este fato; relacionar as informações 
fornecidas pelo autor com outras informações de 
momentos distintos do texto; construir e interpretar 
o texto através de seus aspectos gráficos verbais e 
não verbais. 
 
 LEMBRETE 
01. Ler todo o texto, procurando adquirir uma visão 
generalizada do assunto. 
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não 
interrompa a leitura; vá até o fim. Na maioria 
das vezes o contexto lhe dá o significado da 
palavra. 
03. Ler o texto quantas vezes forem necessárias. 
04. Ler com atenção, sutileza, malícia nas 
entrelinhas. 
05. Não permitir que as suas opiniões prevaleçam 
sobre as do autor. 
06. Verificar com máxima atenção o enunciado da 
questão. 
07. Cuidados com os vocábulos: não correto, 
correto, incorreto, certo, errada, falso, 
verdadeiro, exceto e outras palavras novas, 
modernas que surgem nas perguntas e que criam 
dificuldades ao leitor sobre o que se quer. 
08. Quando duas alternativas lhe parecerem 
corretas, procure a mais exata ou a mais 
completa. 
09. Não procure, na resposta, a verdade exata 
dentro daquela resposta, mas a opção que 
melhor se enquadre no contexto do texto lido. 
10. Olhe para o texto como um objeto de ajuda, não 
construa uma imagem de algo chato, feio ou 
indecifrável. Nossa forma de ver o texto 
contribui para os resultados de nossa leitura. 
 
 TEXTOS COMPLEMENTARES 
TEXTO A 
Filosofando sobre a leitura. 
A sociedade é, em sua maioria, feita de 
homens sem liberdade, pessoas que tolhidas na 
educação, imaginação e, fundamentalmente, na ação; 
tornam-se, geralmente, repetidoras de ideias, 
soluções e emoções distorcidas; equívocos que 
tornam a própria evolução do pensar um gesto 
estático. O que pode um “inocente” contra o 
maquiavelismo social? Sim, pois a carência do saber 
torna o ser um alvo fixo, ingênuo, para onde se 
“disparam” pensamentos predeterminados, 
conclusões ultrapassadas e ideias equivocadas. Essa 
afirmação pode parecer obscura para a maioria das 
pessoas, pois a concepção de liberdade está ligada à 
visão de cárcere ou de escravidão no sentido 
concreto, e não, à consciência individual do pensar. 
Muito se tem discutido sobre a importância da 
evolução do raciocínio humano, mas o único 
raciocínioplausível para o combate de tal realidade é 
a Leitura. No entanto, pouco, verdadeiramente, tem-
se feito para tornar a Leitura um habito em ação. O 
resultado da carência dessa atitude está na maioria 
das mazelas sociais que o homem discute e lamenta, 
06
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
| Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
5 
 
OS: 0149/2/18-Gil 
posicionando-se como prisioneiro delas. Não se trata 
de reproduzir um pensamento intelectual sem bases 
práticas, mas uma afirmação fundamentada nos 
resultados de eleições, nas práticas profissionais, no 
desempenho econômico nacional e principalmente 
nos resultados pessoais de cada cidadão. Ler é 
aprender a decidir, não só tomar uma decisão, mas 
aprender a conhecer literalmente as consequências 
dessa decisão; ler é ganhar experiência, ganhar 
liberdade de ter suas próprias ideias, de gerar, 
produzir e evoluir seu próprio ser. É antecipar-se ao 
tempo e gerir experiência, transformar futuros e 
saciar a vaidade. Ler é adquirir sabedoria antes da 
velhice. Sim, pois o conhecimento antecipado lapida o 
homem para um melhor viver, sentir e decidir. A 
leitura pode fazer do leitor o médico, o professor, o 
bom gestor público, o bom cidadão. A leitura 
transforma a estampa do mundo, pois transforma a 
maneira de olhá-lo, torna o ser um artesão, um 
mestre do construir, do criar, do transformar. É 
compreender parafrasticamente o desejo de Deus, 
já que ensina o homem a perceber melhor a paixão e 
a oportunidade que o milagre da vida representa. 
Arnaldo Filho 
TEXTO B 
“Todos lemos a nós e ao mundo à nossa volta 
para vislumbrar o que somos e onde estamos. Lemos 
para compreender, ou para começar a compreender. 
Não podemos deixar de ler. Ler, como respirar, é 
nossa função essencial” 
Miguel Alberto. Uma história de leitura 
 
TEXTO C 
A Importância da Leitura 
A prática da leitura se faz presente em nossas 
vidas desde o momento em que começamos a 
"compreender" o mundo à nossa volta. No constante 
desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas 
que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas 
perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a 
que vivemos, no contato com um livro, enfim, em 
todos estes casos estamos, de certa forma, lendo - 
embora, muitas vezes, não nos demos conta. 
A atividade de leitura não corresponde a uma 
simples decodificação de símbolos, mas significa, de 
fato, interpretar e compreender o que se lê. Segundo 
Angela Kleiman, a leitura precisa permitir que o leitor 
apreenda o sentido do texto, não podendo 
transformar-se em mera decifração de signos 
linguísticos sem a compreensão semântica dos 
mesmos. 
Nesse processamento do texto, tornam-se 
imprescindíveis também alguns conhecimentos 
prévios do leitor: os linguísticos, que correspondem 
ao vocabulário e regras da língua e seu uso; os 
textuais, que englobam o conjunto de noções e 
conceitos sobre o texto; e os de mundo, que 
correspondem ao acervo pessoal do leitor. Numa 
leitura satisfatória, ou seja, na qual a compreensão do 
que se lê é alcançada, esses diversos tipos de 
conhecimento estão em interação. Logo, percebemos 
que a leitura é um processo interativo. 
Quando citamos a necessidade do 
conhecimento prévio de mundo para a compreensão 
da leitura, podemos inferir o caráter subjetivo que 
essa atividade assume. Conforme afirma Leonardo 
Boff, cada um lê com os olhos que tem. E interpreta 
onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de 
um ponto. Para entender o que alguém lê, é 
necessário saber como são seus olhos e qual é a sua 
visão de mundo. Isto faz da leitura sempre um 
releitura. [...] Sendo assim, fica evidente que cada 
leitor é co-autor. 
A partir daí, podemos começar a refletir sobre 
o relacionamento leitor-texto. Já dissemos que ler é, 
acima de tudo, compreender. Para que isso aconteça, 
além dos já referidos processamento cognitivo da 
leitura e conhecimentos prévios necessários a ela, é 
preciso que o leitor esteja comprometido com sua 
leitura. Ele precisa manter um posicionamento crítico 
sobre o que lê, não apenas passivo. Quando atende a 
essa necessidade, o leitor se projeta no texto, levando 
para dentro dele toda sua vivência pessoal, com suas 
emoções, expectativas, seus preconceitos etc. É por 
isso que consegue ser tocado pela leitura. 
Assim, o leitor mergulha no texto e se 
confunde com ele, em busca de seu sentido. Isso é o 
que afirma Roland Barthes, quando compara o leitor a 
uma aranha: 
[...] o texto se faz, se trabalha através de um 
entrelaçamento perpétuo; perdido neste tecido - 
nessa textura -, o sujeito se desfaz nele, qual uma 
aranha que se dissolve ela mesma nas secreções 
construtivas de sua teia. 
07
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
| Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
6 
 
OS: 0149/2/18-Gil 
Dessa forma, o único limite para a amplidão 
da leitura é a imaginação do leitor; é ele mesmo quem 
constrói as imagens acerca do que está lendo. Por isso 
ela se revela como uma atividade extremamente 
frutífera e prazerosa. Por meio dela, além de 
adquirirmos mais conhecimentos e cultura - o que nos 
fornece maior capacidade de diálogo e nos prepara 
melhor para atingir às necessidades de um mercado 
de trabalho exigente -, experimentamos novas 
experiências, ao conhecermos mais do mundo em que 
vivemos e também sobre nós mesmos, já que ela nos 
leva à reflexão. 
E refletir, sabemos, é o que permite ao 
homem abrir as portas de sua percepção. Quando 
movido por curiosidade, pelo desejo de crescer, o 
homem se renova constantemente, tornando-se cada 
dia mais apto a estar no mundo, capaz de 
compreender até as entrelinhas daquilo que ouve e 
vê, do sistema em que está inserido. Assim, tem 
ampliada sua visão de mundo e seu horizonte de 
expectativas. 
Desse modo, a leitura se configura como um 
poderoso e essencial instrumento libertário para a 
sobrevivência do homem. 
Há, entretanto, uma condição para que a 
leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do 
leitor. Como afirma Daniel Pennac, "o verbo ler não 
suporta o imperativo". Quando transformada em 
obrigação, a leitura se resume a simples enfado. Para 
suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, 
Pennac prescreve alguns direitos do leitor, como o de 
escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em 
qualquer lugar, ou, até mesmo, o de não ler. 
Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma forma, 
passa a respeitar e valorizar a leitura. Está criado, 
então, um vínculo indissociável. A leitura passa a ser 
um imã que atrai e prende o leitor, numa relação de 
amor da qual ele, por sua vez, não deseja desprender-
se. 
Maria Carolina Professora de Língua Portuguesa e Redação do 
Ensino Médio e Normal. 
 
 
 
 
 
TEXTO D 
 
 
Exercitando 
TEXTO I 
 
(Ano: 2015 - Banca: CESPE - Órgão: Telebrás) 
Prova: Conhecimentos Básicos para o Cargo 3 
 
 
 
 
José Claudio Linhares Pires. A reestruturação do setor de 
telecomunicações no Brasil. Internet: <www.bndespar.com.br> (com 
adaptações). 
 
08
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2015-telebras-conhecimentos-basicos-para-o-cargo-3
PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
| Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
7 
 
OS: 0149/2/18-Gil 
Conforme as ideias veiculadas no texto, A 
reestruturação do setor de telecomunicações no 
Brasil, 
 
01. O rompimento do monopólio do Sistema 
TELEBRAS ocorreu com vistas à adequação desse 
sistema às necessidades do mercadoglobalizado. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
02. Antes da privatização do Sistema TELEBRAS, a 
prestação de serviços básicos de 
telecomunicações era feita de forma global e 
universal, abrangendo todos os rincões do país. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
03. Com a reestruturação do setor de 
telecomunicações brasileiro, o Estado, por meio 
da ANATEL, passou a exercer controle total desse 
setor de serviços, definindo, entre outros 
aspectos, o modo como as empresas prestadoras 
de serviços de telecomunicação devem se 
comportar no mercado, quanto investirão e de 
que modo o farão. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
04. Relativamente à adequação do setor de 
telecomunicações ao novo contexto de evolução 
tecnológica setorial e de diversificação e 
modernização das redes e dos serviços, o 
pressuposto era o de que a administração 
privada, mas regulada, dos serviços de 
telecomunicação poderia proporcionar eficiência, 
qualidade, presteza e resultados positivos a esses 
serviços. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
05. A substituição de “autônoma” (L.19) por com 
autonomia prejudicaria a correção gramatical do 
texto. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 
E E E C E 
 
3 – Paráfrase, Perífrase e Síntese 
 
 PARÁFRASE 
Paráfrase é a reprodução explicativa de um 
texto ou de unidade de um texto, por meio de uma 
linguagem mais longa ou mais curta. Na paráfrase 
sempre se conservam basicamente as ideias do texto 
original. O que se inclui são comentários, ideias e 
impressões de quem faz a paráfrase. Na escola, 
quando o professor, ao comentar um texto, inclui 
outras ideias, alongando-se em função do propósito 
de ser mais didático, faz uma paráfrase. 
Parafrasear consiste em transcrever, com 
novas palavras, as ideias centrais de um texto. O leitor 
deverá fazer uma leitura cuidadosa e atenta e, a partir 
daí, reafirmar e/ou esclarecer o tema central do texto 
apresentado, acrescentando aspectos relevantes de 
uma opinião pessoal ou acercando-se de críticas bem 
fundamentadas. Portanto, a paráfrase repousa sobre 
o texto-base, condensando-o de maneira direta e 
imperativa. Consiste em um excelente exercício de 
redação, uma vez que desenvolve o poder de síntese, 
clareza e precisão vocabular. Acrescenta-se o fato de 
possibilitar um diálogo intertextual, recurso muito 
utilizado para efeito estético na literatura moderna. 
 Observe: 
O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente. 
 Utilizou-se a expressão "povo lusitano" para 
substituir "os portugueses". Esse rodeio de palavras 
que substituiu um nome comum ou próprio chama-se 
perífrase. 
 
 PERÍFRASE 
Perífrase é a substituição de um nome comum ou 
próprio por uma expressão que a caracterize. Nada 
mais é do que um circunlóquio, isto é, um rodeio de 
palavras. 
 
 SÍNTESE 
A síntese de texto é um tipo especial de composição 
que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o 
que o autor expressou amplamente. Desse modo, só 
devem ser aproveitadas as ideias essenciais, 
dispensando-se tudo o que for secundário. 
09
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4 – Tipologia Textual 
 Toda forma escrita recebe o nome de 
redação. 
 MODALIDADES DE REDAÇÃO 
 As reflexões recentes sobre tipos ou tipologias 
de texto têm por base fundamentalmente as 
propostas de Jean-Michel Adam (1992)1, segundo as 
quais, a partir da heterogeneidade composicional dos 
discursos reais, são definidos padrões de textualização 
As modalidades exploradas são: dissertação, 
narração, descrição, predição e dialogal. 
1 – Narração 
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, 
que ocorreu num determinado tempo e lugar, 
envolvendo certas personagens. O tempo verbal 
predominante é o passado. Estamos cercados de 
narrações desde as que nos contam histórias infantis, 
como o Chapeuzinho Vermelho ou A Bela 
Adormecida, até as picantes piadas do cotidiano. O 
Texto é alterado de forma constante. É encontrado 
em reportagens, novelas, contos etc. 
Na conhecida parábola do filho pródigo, 
Jesus narra a história de um pai e seus dois filhos. O 
mais moço resolveu pedir ao pai a parte da herança 
que lhe cabia, partindo depois para uma terra 
distante, onde dissipou todos os seus bens a viver 
dissolutamente. Sobrevindo àquele país uma grande 
fome, ele começou a passar necessidade e foi 
trabalhar guardando porcos no campo. Ali, desejava 
fartar-se do que os porcos comiam; mas ninguém lhe 
dava nada. (Lc. 15) 
 
2 – Descrição 
É a modalidade em que se faz um retrato por 
escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um 
objeto. Tem no adjetivo a ferramenta mais 
importante, pela sua função caracterizadora. Pode-se 
descrever sensações ou sentimentos. É a construção, 
com palavras, da imagem do objeto ou personagem 
descrito. Dificilmente essa tipologia será 
predominante em um texto. É comum é trechos 
descritivos introduzidos em textos narrativos e 
dissertativos. 
 “Era uma casa muito engraçada, não tinha 
teto, não tinha nada, ninguém podia entrar nela não, 
porque na casa, não tinha chão, ninguém podia 
dormir na rede, porque na casa não tinha parede, 
ninguém podia fazer pipi, porque penico, não tinha 
ali”. 
 
3 – Dissertação 
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou 
explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o 
texto dissertativo pertence ao grupo dos textos 
expositivos, juntamente com o texto de apresentação 
científica, o relatório, o texto didático, o artigo 
enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não 
está preocupado com a persuasão e sim, com a 
transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um 
texto informativo. Quando o texto, além de explicar, 
também persuade o interlocutor e modifica seu 
comportamento, temos um texto dissertativo-
argumentativo. 
 “O Brasil é um país de crescimento 
desordenado porque a sua realidade econômica é 
desordenada. O acesso à riqueza está sempre 
restrito ao poder da elite. Não há uma distribuição 
de renda justa. Seu desenvolvimento econômico 
também não é bem distribuído porque encontramos 
em suas regiões uma grande população muito pobre 
comandada e oprimida por uma pequena população 
extremamente rica”. 
 
4 – Injunção 
É a modalidade que prescreve como realizar 
uma ação. Também é utilizado para predizer 
acontecimentos e comportamentos, com linguagem 
objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, 
empregados no modo imperativo, porém nota-se 
também o uso do infinitivo e o uso do futuro do 
presente do modo indicativo. Ex.: receitas culinárias, 
manuais, leis, convenções, regras, etc. 
- Cuidado com o cão! Afaste-se! 
- Se preferir, acrescente coco ralado à mistura. 
- Dobre a primeira à direita e depois siga em frente 
até o final da rua. 
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- Venha para a minha festa de aniversário. Estou 
aguardando. 
- Pode esfriar à noite. Leve mais este casaco. 
- Certifique-se de que a peça foi colocada 
 
5 – Predição 
É a modalidade que busca predizer algo ou 
levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual 
ainda está por ocorrer. É predominante nos gêneros: 
previsões astrológicas, previsões meteorológicas, 
previsões escatológicas/apocalípticas. 
Capricórnio 
02/09 QUA - Um dia com energia favorável e 
realizadora aos capricornianos. Momento de forte 
tom afetivo e criativo. É hora de desenvolver os seus 
projetos com mais confiança. 
Leia 
mais: http://horoscopovirtual.uol.com.br/horoscopo/capricornio#
ixzz3kYU58Qzj 
 
6 – Dialogal / Conversacional 
Caracteriza-sepelo diálogo entre os 
interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: 
entrevista, conversa telefônica, chat, etc. 
 
www.facebook.com 
 
 
 
 
TEXTO V 
(CESPE – 2015 – TELEBRÁS – CONHEC. BÁSICOS) 
 
 
 
O ambiente socioeconômico do setor de 
telecomunicações. In: O desempenho do setor de 
telecomunicações no Brasil. Séries temporais 1S15. 
Elaborado pela Telebrasil em parceria com o Teleco. 
Rio de Janeiro, agosto de 2015, p. 7-9. Internet: 
<www.telebrasil.org.br > (com adaptações). 
 
Com relação às estruturas linguísticas do texto O 
ambiente socioeconômico do setor de 
telecomunicações, julgue o seguinte item. 
 
01. Desde que fossem feitas as necessárias 
adaptações redacionais, o conteúdo veiculado no 
texto em apreço poderia compor o corpo de um 
relatório referente ao crescimento 
socioeconômico do setor de telecomunicações 
no Brasil, desde a privatização do setor. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
 
11
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TEXTO VI 
(CESPE – 2015 – TELEBRÁS – CONHEC. BÁSICOS) 
 
 
Com relação às tirinhas I e II apresentadas, julgue o 
seguinte item. 
 
01. No título da tirinha II, a expressão “tivesse 
bombando” é característica da linguagem 
informal, típica do gênero textual tirinha. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
 
 
GABARITO DOS TEXTOS V E VI 
 
TEXTO V – C 
TEXTO VI - C 
 
 
 
 
TEXTO VII 
O engano 
 Um estudante, passando pela frente de uma 
loja, olhou a vitrine e resolveu comprar um par de 
luvas para a namorada. Pediu à balconista para 
embrulhá-la para presente e foi ao caixa para pagar. A 
moça, por distração, entregou as luvas a uma freguesa 
que havia comprado calcinhas e a compra dela, deu-a 
ao estudante. O rapaz pegou o pacote e enviou-o a 
namorada com uma carta onde escreveu: 
“Meu bem, lembrei-me de que hoje é seu 
aniversário e, na oportunidade, mando-lhe este 
presente, embora saiba que você não costuma usar. 
Achei-as bonitas, mas não sei se você vai gostar da 
cor. A moça da loja experimentou-as na minha frente 
e eu gostei muito. Ficaram um pouco largas na frente, 
mas ela disse que é para as mãos entrarem melhor e 
para facilitar o movimento dos dedos. Ela disse 
também que, quando as tirar, é melhor colocar um 
pouco de talco para evitar o mau cheiro. 
 Meu bem, quero que você as use, pois vão 
cobrir aquilo que pedirei um dia. Um grande beijo no 
lugar onde você vai usá-las. 
 
Compreensão do texto 
 
01. Pode-se inferir do texto que o estudante: 
 
A) Apesar de querer mandar uma luva para a 
namorada acabou intencionalmente 
mandando calcinhas. 
B) Mandou calcinhas por engano, mas com 
intenção da vendedora da loja. 
C) Por descuido da vendedora da loja mandou 
um par de luvas no lugar de calcinhas, o que 
acabou criando uma situação inusitada. 
D) Tratou a namorada com todo respeito, 
através da mensagem, embora não soubesse 
que o presente tivesse sido trocado por 
engano. 
E) Procurou ser o mais gentil possível, mesmo 
sabendo que a namorada jamais desse a ele 
o que ele mais queria: a mão em casamento. 
 
02. Em qual momento do texto a confusão começa? 
 
A) “... olhou a vitrine e resolveu comprar as 
luvas...”. 
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OS: 0149/2/18-Gil 
B) “... entregou as luvas a uma freguesa que 
havia comprado calcinhas...”. 
C) “... o rapaz pegou o pacote...”. 
D) “... hoje é seu aniversário...”. 
E) “... é melhor colocar talco...”. 
 
03. Qual das passagens referentes à carta cria uma 
situação de embaraço ao receptor da 
mensagem? 
 
A) “Lembrei-me que hoje é seu aniversário...”. 
B) “Achei-as bonitas, mas não sei se você vai 
gostar...”. 
C) “A moça da loja experimentou na minha 
frente...”. 
D) “ficaram um pouco largas na frente...”. 
E) “Um beijo no lugar aonde você vai 
usá-las...”. 
 
GABARITO 
 
01 02 03 
C B E 
 
 
TEXTO VII 
Drogas: cada vez mais perto 
 Há dez anos, quando foi realizado o primeiro 
levantamento do CEBRID (Centro Brasileiro de 
Informação sobre Drogas), apenas 0,4% dos jovens 
admitiam uso frequente (mais de seis vezes por mês) 
das drogas: agora são 1,7% - quatro vezes mais. Uma 
outra pesquisa realizada pelo IBOPE e a pedido da 
ONG Associação Parceira Contra as Drogas, 
entrevistou 700 jovens de 9 a 22 anos em cinco 
capitais, mostrando que as crianças e adolescentes 
estão cada vez mais expostos à oferta de drogas. A 
porcentagem de jovens classificados como “mais 
próximos” às drogas (já usam alguma droga ilícita 
além da maconha e/ou têm algum amigo que usa) 
subiu de 22% (na pesquisa semelhante de 1996) para 
35% em um ano. O grau de facilidade para obtenção 
de todas as drogas aumentou significativamente. No 
caso da maconha, por exemplo, 49% dos 
entrevistados acham fácil ou muito fácil conseguir a 
erva (42% em 93); no caso do CRACK esse índice 
aumenta de 19% para 26%. 
(Pais e Filhos, 1998). 
01. Acerca do texto VIII, e levando em conta o ano da 
reportagem, todas as afirmativas abaixo não 
estão corretas, exceto? 
 
A) Em dez anos de entrevistas realizadas pelo 
CEBRID houve um aumento no consumo de 
drogas entre jovens em 0,4%; 
B) Nos últimos dez anos de entrevistas 
realizadas pelo CEBRID, houve uma redução 
de consumo de drogas entre os jovens em 
1,7%; 
C) Na pesquisa realizada pelo IBOPE, a pedido 
da ONG Associação Parceria contra as 
Drogas constatou-se que, em cinco capitais 
brasileiras, há mais consumo de drogas 
entre os jovens do que nos demais estados 
brasileiros; 
D) Os jovens considerados “mais próximos”, ou 
seja, aqueles que, além da maconha, usam 
outro tipo de droga ilícita; em um ano, 
passaram a consumir mais CRACK do que 
maconha; 
E) Pode-se inferir da leitura que a facilidade na 
obtenção da erva maconha, segundo a 
entrevista cresceu em números percentuais 
7% entre os casos de 93 a 98; 
 
02. A ideia central tratada pelo texto concerne 
 
A) Facilidade na obtenção de drogas ilícitas; 
B) A luta das ONGS contra as drogas ilícitas; 
C) Ao maior consumo de drogas entre os 
jovens brasileiros; 
D) Ao percentual maior de jovens que usam 
drogas; 
E) Aos jovens de cinco estados que estão mais 
expostos ao caminho das drogas; 
 
03. Infere-se do primeiro período do texto todas as 
asserções abaixo, exceto: 
 
A) Houve um levantamento sobre os jovens 
que usavam drogas, há dez anos; 
B) Um centro de informações sobre drogas 
realizou a pesquisa; 
C) No entremeio de dez anos, houve um 
aumento da admissão de consumo de 
drogas entre os jovens, de 1,3%; 
D) Dez anos após a primeira entrevista, 
constatou-se que o número de jovens que 
usam drogas como CRACK e maconha 
cresceu para 1,7%; 
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OS: 0149/2/18-Gil 
E) Há dez anos, apenas 0,4% dos jovens 
admitiam que usavam drogas; 
 
04. Atente para a seguinte passagem do texto: “... 
Agora são 1,7% , quatro vezes mais.”. 
Qual a informação contida na passagem 
destacada: 
 
A) aumento no percentual de drogas; 
B) aumento do percentual de jovens que 
admitem usar drogas. 
C) percentual de jovens drogados no período 
de dez anos; 
D) queda da taxa de jovens drogados; 
E) n.d.a. 
 
05. O texto“Drogas cada vez mais perto” apresenta 
apenas um parágrafo, em cinco períodos. 
Observe a sequência de argumentos a seguir: 
 
I – Jovens entrevistados em cinco capitais 
brasileiras; 
II – Aumento no uso de maconha e CRACK; 
III – Centro brasileiro constata que, no período 
de dez anos, houve aumento de jovens 
usuários de drogas; 
IV – Facilidade na consecução de drogas; 
V – Jovens “mais próximos” usam mais drogas 
no período de 12 meses; 
 
A sequência de períodos que completa o sentido 
do texto é: 
 
A) III, I, V, II, IV; 
B) III, I, V, IV, II; 
C) III, V, I, IV, II; 
D) II, I, V, IV, III; 
E) II, V, I, IV, III; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 
E A D B 
 
TEXTO IX 
O problema ecológico 
Se uma nave extraterrestre invadisse o espaço aéreo 
da Terra, com certeza seus tripulantes diriam que 
neste planeta não habita uma civilização inteligente, 
tamanho é o grau de destruição dos recursos naturais. 
Essas são palavras de um renomado cientista 
americano. Apesar dos avanços obtidos, a 
humanidade ainda não descobriu os valores 
fundamentais da existência. O que chamamos 
orgulhosamente de civilização nada mais é do que 
uma agressão às coisas naturais. A grosso modo, a tal 
civilização significa a devastação das florestas, a 
poluição dos rios, o envenenamento das terras e a 
deterioração da qualidade do ar. O que chamamos de 
progresso não passa de uma degradação deliberada e 
sistemática que o homem vem promovendo há muito 
tempo, uma autêntica guerra contra a natureza. 
Afrânio Primo. Jornal Madhva (adaptado). 
01. Segundo o Texto III, o cientista americano está 
preocupado com: 
 
A) a vida neste planeta. 
B) a qualidade do espaço aéreo. 
C) o que pensam os extraterrestres. 
D) o seu prestígio no mundo. 
E) os seres de outro planeta. 
 
02. Para o autor, a humanidade: 
 
A) demonstra ser muito inteligente. 
B) ouve as palavras do cientista. 
C) age contra sua própria existência. 
D) preserva os recursos naturais. 
E) valoriza a existência sadia. 
 
03. Da maneira como o assunto é tratado no Texto 
IX, é correto afirmar que o meio ambiente está 
degradado porque: 
 
A) a destruição é inevitável. 
B) a civilização o está destruindo. 
C) a humanidade preserva sua existência. 
D) as guerras são o principal agente da 
destruição. 
E) os recursos para mantê-lo não são 
suficientes. 
 
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OS: 0149/2/18-Gil 
04. A afirmação: “Essas são palavras de um 
renomado cientista americano. ”, quer dizer que 
o cientista é: 
 
A) inimigo. 
B) velho. 
C) estranho. 
D) famoso. 
E) desconhecido. 
 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 
A C B D 
 
TEXTO X 
(CESPE – TJ-Pe – 2001 
 
Luz no Campo Mudando o campo da noite para 
o dia 
 O governo federal, por intermédio do 
Ministério das Minas e Energia e da ELETROBRÁS; está 
lançando o Programa Luz no Campo. Um projeto que 
vai levar energia elétrica para mais de um milhão de 
domicílios e propriedades rurais no interior do país. 
Junto com o programa, vão chegar desenvolvimento, 
conforto e todos os benefícios que a energia traz. 
Com isso, o homem do campo vai poder continuar 
morando no campo. E o sonho de dona Alzira, e de 
todas as pessoas que estavam esperando a energia 
elétrica chegar, vai poder ser realizado. 
VEJA, 23.12.1999, P. 72 (COM ADAPTAÇÃO) 
 
01. De acordo com as ideias do texto X, assinale a 
opção correta. 
 
A) O título do texto sugere que, após chegar a 
eletricidade ao campo, a natureza estará tão 
clara, à noite, que parecerá um pasto 
verdinho durante o dia. 
B) Destinado exclusivamente às comunidades 
pobres do Nordeste, o Programa tem 
alcance eficaz, porém muito limitado, 
geograficamente. 
C) O Programa Luz no Campo é apresentado no 
texto como uma iniciativa positiva do 
governo, porque estimula a eletrificação 
rural do país. 
D) O desenvolvimento chegará apenas às 
propriedades urbanas, porque elas já 
possuem os benefícios e o conforto 
proporcionados pela energia elétrica. 
E) O Programa Luz no Campo vai realizar o 
sonho de muitas mulheres trabalhadoras, a 
exemplo de dona Alzira, cujo desejo é 
possuir uma geladeira. 
 
 
TEXTO XI 
Falar de boca cheia não é mais falta de educação 
 Todo mundo concorda que educação é básico. 
O que muita gente não sabe é que uma alimentação 
inadequada na primeira infância compromete 
qualquer projeto de educação no futuro. A Ação 
Criança atua em vários estados, garantindo 
alimentação para milhares de crianças, de zero a sete 
anos, a partir da gestação. É uma entidade sem fins 
lucrativos, apoiada pela Organização das Nações 
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura 
(UNESCO). Ajude a alimentar o futuro desde já. 
Colabore coma Ação Criança. 
Isto É, n. 1640, 07.03.2001. p. 65 (com adaptações) 
 
02. O texto XI deixa claro que 
 
A) Houve um tempo em que falar de boca cheia 
era considerado falta de educação. 
B) O básico, em educação, é que ela seja 
estendida a todos os cantos do país. 
C) A alimentação, a saúde dentária e a 
educação são fatores essenciais para as 
crianças do mundo inteiro. 
D) A única preocupação do Programa Ação 
Criança é o futuro, já que ao passado não se 
retorna. 
E) Todo o cidadão cuja mãe teve 
acompanhamento pré-natal tem o futuro 
garantido. 
 
 
 
 
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5 – Coesão 
É o processo pelo qual frases ou parte delas se 
relacionam para assegurar contexto, nexo entre as 
partes do texto. É a articulação que estabelece a 
ligação de uma ideia à outra, ou especifica o tipo de 
relação no discurso. É formada por elementos 
linguísticos: nomes, conjunções, pronomes relativos, 
preposições, advérbios, locuções adverbiais, formas 
verbais. É o elemento responsável pela textualidade, 
diz respeito a todos os processos de referenciarão ou 
segmentação que remetem elementos mencionados 
no texto. 
 
TEXTO XII 
 “A polícia abriu inquérito para investigar a morte de 
mais um bebê na Santa Casa de Misericórdia de 
Belém, no Pará. O óbito ocorreu no mesmo dia em 
que gêmeos nasceram dentro de uma viatura de 
bombeiros em frente ao hospital, após a mãe não 
receber atendimento. ” .com R7 
- publicado em 29/08/2011 às 14h21: 
 
01. Pode-se perceber que o texto acima tem um 
caráter: 
 
A) literário; 
B) político 
C) informativo; 
D) narrativo; 
E) dissertativo; 
 
 
GABARITO 
 
01 
C 
 
 
TEXTO XIII 
Na década de 70, prognósticos sombrios alertavam 
para o risco de extinção dos povos indígenas no 
Brasil. Após 30 anos, o censo de 2009 do IBGE afastou 
esse temor, ao constatar que em 1991 a 2000 a 
população indígena cresceu mais do que todos ou 
outros grupos étnicos. Eles eram 294 mil em 1991 e 
passaram a ser 734 mil em 2000, uma variação de 
149,6%, enquanto o restante da população cresceu 
8,2%. 
Uma análise mais aparada nos dados mostra, no 
entanto, que não houve um “boom populacional” 
causado por altíssimas taxas de fecundidade ou 
migração de povos de países vizinhos. O crescimento 
foi causado por gente que já vivia em áreas urbanas 
em 1991, mas que, no censo daquele ano, não se 
declarou como indígena passando a fazer isso apenas 
nove anos mais tarde. 
Em 1991, dos 294 mil índios, 71 mil (24,1%) viviam na 
área urbana. Nove anos depois, esse contingente 
urbano deu um salto de 440% e passou a representar 
52,2% do total, ou 383 mil pessoas. 
“Não se trata de aumento demográfico. O que 
sobressai na análise desse crescimento é o 
componente de autodeclaração”, afirma Luiz 
Antônio Oliveira, coordenador de População e 
Indicadores Sociais do IBGE. 
Folha de São Paulo, quarta-feira, 14 de dezembro de 2005 
 
Responda as questões referentes ao texto acima: 
 
01. O propósito principal do texto é noticiar o: 
 
A) afastamento dos prognósticos sombrios da 
década de 70 sobre a extinção dos povos 
indígenas do Brasil a partir de dados do 
Censo 2000 do IBGE. 
B) crescimento no número de indígenas como 
resultado do fato de esses povos terem 
decidido se declararem como indígenas no 
Censo 2000. 
C) aumento, entre 1991 e 2000, da população 
indígena brasileira de forma superior ao que 
ocorreu com os outros grupos étnicos. 
D) “boom populacional” indígena causado por 
altíssimas taxas de fecundidade ou pela 
migração de povos de países vizinhos. 
 
02. No texto, a expressão “fazer isso” recupera a 
seguinte ideia: 
 
A) autodeclarar-se como indígena 
B) causar o crescimento populacional 
C) viver em áreas urbanas 
D) Não se declarar como indígena 
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03. Na matéria, há determinadas expressões que 
denotam variação de modalidade no uso da 
língua portuguesa, como “boom populacional” e 
“deu um salto”, que podem ser substituídas, sem 
prejuízo de sentido no texto, por, 
respectivamente: 
 
A) contingente urbano e teve altíssimas taxas 
B) prognostico sombrio e cresceu mais 
C) aumento demográfico e teve um salto 
crescimento 
D) risco de extinção dos povos e sofreu 
variação. 
 
GABARITO 
 
01 02 03 
 A C 
 
 
 
TEXTO XIV 
DOM CASMURRO 
Capítulo CXXIII – Olhos de ressaca 
Machado de Assis 
 Enfim, chegou a hora da encomendação e da 
partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o 
desespero daquele lance consternou a todos. Muitos 
homens choravam também, as mulheres todas. Só 
Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si 
mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A 
confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns 
instantes para o cadáver tão fixa, tão 
apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem 
algumas lágrimas poucas e caladas... 
 As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; 
Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a 
gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a 
amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a 
retinha também. Momento houve em que os olhos de 
Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o 
pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, 
como a vaga do mar lá fora como se quisesse tragar 
também o nadador da manhã. 
 
 
 
 
01. O trecho acima nos revela que a despedida de 
Sancha do marido foi 
 
A) contida, mas cheia de ternura. 
B) dramática e comovente. 
C) tranquila e rápida. 
D) inquietante e estranha. 
 
02. Qual dos trechos apresenta uma impressão do 
narrador ao relatar os fatos? 
 
A) “Sancha quis despedir-se do marido,” 
B) “Muitos homens choravam também, as 
mulheres todas.” 
C) “Redobrou de carícias para a amiga, e quis 
levá-la;” 
D) “Só Capitu, amparando a viúva, parecia 
vencer-se a si mesma.” 
 
 
GABARITO 
 
01 02 
B D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL 
Linguagem verbal é a que utiliza a palavra 
falada ou escrita. 
“Estacionamento para deficientes.” 
“Reciclagem” 
 
Linguagem não-verbal é a que utiliza outros 
sinais para transmitir uma mensagem. 
 
 
 
 
 
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6 – Estrutura da Palavra 
É o estudo dos elementos mórficos (morfemas ou 
monemas) que formam uma unidade lexical. 
 Raiz 
 Radical 
 Vogal temática 
 Tema 
 Desinência 
 Afixos 
 Letras de ligação 
 
Raiz ou radical primitivo é o elemento originário, que 
concentra a significação (semântica) da palavra. As 
raízes vêm de outras línguas (no português, 
geralmente do grego ou latim) e são, sobretudo, 
monossilábicas. Podem sofrer alteração. São 
irredutíveis. 
Ex.: criança, irredutível, Evangelho 
 
O Radical, Semantema, Lexema ou Elemento de 
Composição é o elemento básico das palavras. O 
radical é a parte invariável da palavra, presente em 
todas as palavras derivadas. É encontrado através do 
despojo dos elementos secundários (quando houver) 
da palavra. 
Ex.: pedra, pedreiro, pedraria 
 
Vogais temáticas são vogais que são acrescentadas ao 
radical, preparando-o para receber as desinências. As 
vogais temáticas podem ser anuladas. São elas: 
A → São usadas em verbos e em nomes. Falar, Olhar, 
Colocar, Boneca, Mala. 
E → São usadas em verbos e em nomes. Receber, 
Tremer, Escrever, Omelete. 
I → São usadas em verbos. Dormir, Mentir, Exibir, 
Incubir. 
O → São usadas em nomes. Repor, Entrepor, Amor. 
OBS. Quando átonas finais. Ex.: sofá não tem VT. 
Tema é o grupo formado pelo radical mais vogal 
temática. 
Ex.: terr+a (radical + vogal temática); Am+or 
 
Desinências ou morfemas flexionais são elementos 
colocados após os radicais. Podem ser nominais 
(indicam gênero e número) ou verbais (indicam modo, 
tempo, númeroe pessoa). 
Ex.: gato, gata/ gatos, gatas –NOMINAL 
Ex.: amava- Desinência modo-temporal 
Ex.: amavas – Desinência número-pessoal 
 
Afixos são morfemas que podem ser ligados ao radical 
da palavra, formando assim uma nova palavra. 
Dependendo do local onde se encontram, os 
morfemas podem ser chamados de PREFIXOS, 
SUFIXOS ou INFIXOS. 
Na língua portuguesa os afixos podem ser 
classificados em prefixos e sufixos, conforme a 
posição que são colocados na palavra em relação ao 
radical. Na língua portuguesa não há infixos 
 
Prefixo 
É o afixo que se acrescenta antes do radical 
(ex.: bibliografia, internet), no acréscimo muda o 
sentido básico do radical. 
Sufixo 
É o afixo que se acrescenta depois do radical (ex.: 
plantação, globalização), no acréscimo muda o 
sentido básico e até a própria classe gramatical da 
palavra 
OBS. Um infixo (ou interfixo) é um afixo que se 
localiza dentro da raiz, dividindo-a em duas partes 
descontínuas. Exemplo: o morfema nasal do latim que 
era marca de presente do indicativo: rumpo 'rompo', 
vinco 'venço' etc. O infixo pode ser ainda 
um fonema que se intercala, para fins de eufonia, 
entre a raiz e o sufixo de uma palavra (como por 
exemplo o/z/ em cafezal); vogal ou consoante de 
ligação. 
18
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Prefixo_gramatical
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sufixo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Infixo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Afixo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Presente_do_indicativo&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fonema
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eufonia
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SUFIXO 
LATINO 
EXEMPLO 
SUFIXO 
GREGO 
EXEMPLO 
-ada Paulada -ia Geologia 
-eria Selvageria -ismo Catolicismo 
-ável Amável -ose Micose 
 
LETRAS DE LIGAÇÃO são morfemas que só servem 
para facilitar a pronúncia, ligando outros morfemas.São infixas. Essas letras são chamadas de termos 
eufônicos: 
Ex.: Anuro, Gasoduto 
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7 – Formação de Palavras 
Inicialmente, alguns conceitos sobre palavras 
primitivas e derivadas e palavras simples e compostas: 
 
PALAVRAS PRIMITIVAS – palavras que não são 
formadas a partir de outras. 
Exemplo: pedra, casa, paz, etc. 
 
PALAVRAS DERIVADAS – palavras que são formadas a 
partir de outras já existentes. 
Exemplo: pedrada (derivada de pedra), ferreiro 
(derivada de ferro). 
 
PALAVRAS SIMPLES – são aquelas que possuem 
apenas um radical. 
Exemplo: cidade, casa, pedra. 
 
PALAVRAS COMPOSTAS – são palavras que 
apresentam dois ou mais radicais. 
Exemplo: pé-de-moleque, pernilongo, guarda-chuva. 
 
AFIXOS: São elementos que se juntam aos radicais 
para formação de novas palavras. 
Na língua portuguesa existem dois processos de 
formação de novas palavras: derivação e composição. 
 DERIVAÇÃO 
É o processo pelo qual palavras novas 
(derivadas) são formadas a partir de outras que já 
existem (primitivas). Podem ocorrer das seguintes 
maneiras: 
Prefixal; 
Sufixal; 
Parassintética; 
Regressiva; 
Imprópria. 
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PREFIXAL – quando um afixo é colocado antes do 
radical; 
 
SUFIXOS – quando afixo é colocado depois do radical 
Exemplo: 
Pedrada. 
Inviável. 
Infelizmente 
 
PARASSINTÉTICA 
Processo de derivação pelo qual é acrescido um 
prefixo e sufixo simultaneamente ao radical. 
Exemplo: anoitecer, pernoitar. 
 
OBSERVAÇÃO: Existem palavras que apresentam 
prefixo e sufixo, mas não são formadas por 
parassíntese. Para que ocorra a parassíntese é 
necessários que o prefixo e o sufixo juntem-se ao 
radical ao mesmo tempo. Para verificar tal derivação 
basta retirar o prefixo ou o sufixo da palavra. Se a 
palavra deixar de ter sentido, então ela foi formada 
por derivação parassintética. Caso a palavra continue 
a ter sentido, mesmo com a retirada do prefixo ou do 
sufixo, ela terá sido formada por derivação prefixal e 
sufixal. 
 
REGRESSIVA – processo de derivação em que são 
formados substantivos a partir de verbos. 
Exemplo: Ninguém justificou o atraso. (do verbo 
atrasar) 
 O debate foi longo. (do verbo debater) 
 
IMPRÓPRIA – processo de derivação que consiste na 
mudança de classe gramatical da palavra sem que sua 
forma se altere. 
Exemplo: fumar (verbo) – o fumar (substantivo). 
 
 COMPOSIÇÃO 
É o processo pelo qual a palavra é formada pela 
junção de dois ou mais radicais. A composição pode 
ocorrer de duas formas: JUSTAPOSIÇÃO e 
AGLUTINAÇÃO. 
 
JUSTAPOSIÇÃO – quando não há alteração nas 
palavras e continua a serem faladas (escritas) da 
mesma forma como eram antes da composição. 
Exemplo: girassol (gira + sol), pé-de-moleque (pé + de 
+ moleque), passatempo (passa+tempo), vaivém, 
mestre-sala, guarda-roupa. 
 
AGLUTINAÇÃO – quando há alteração em pelo menos 
uma das palavras seja na grafia ou na pronúncia. 
Exemplo: planalto (plano + alto), petróleo (petra + 
óleo), fidalgo (filho+de+algo), planalto (plano + alto). 
Além da derivação e da composição existem 
outros tipos de formação de palavras que são 
hibridismo, abreviação e onomatopéia. 
 
ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO 
É a forma reduzida apresentada por algumas 
palavras: 
Exemplo: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto 
(motocicleta), Zé de José, pólio de poliomelite, cine de 
cinema, extra de extraordinário. 
 
 HIBRIDISMO 
É a formação de palavras a partir da junção de 
elementos de idiomas diferentes. 
Exemplo: automóvel (auto – grego + móvel – latim), 
burocracia (buro – francês + cracia – grego), sociologia 
(sócio -latim + logia -grego). 
 
 ONOMATOPEIA 
Consiste na criação de palavras através da 
tentativa de imitar vozes ou sons da natureza. 
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Exemplo: fonfom, cocoricó, tique-taque, boom!. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 NEOLOGISMO 
Termo utilizado para classificar uma palavra 
nova que surge numa língua devido à necessidade de 
designar novas realidades - novos conhecimentos 
técnicos, objetos gerados pelo progresso científico 
(neologismos técnicos e científicos) e até por 
questões estilísticas e literárias, tornando a língua 
mais expressiva e rica (neologismos literários). 
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8 – Ortografia — Como Escrever Certo? 
 Do grego orthographia (escrita correta), trata 
do uso correto das letras e dos sinais gráficos na 
língua escrita. Faz-se uso, na comunicação escrita, de 
letras, sinais diacríticos e sinais de pontuação. 
O sistema ortográfico vigente em nosso país 
foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de 
abril de 1995 e elaborado pela Academia Brasileira de 
Letras 
Foi assinado em Lisboa, Portugal, no dia 16 de 
dezembro de 1990, não só por representantes de 
Brasil e Portugal, mas também de Angola, Cabo Verde, 
Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. 
Nosso alfabeto, que é o conjunto de símbolos 
gráficos (grafemas) que utilizamos para transcrever a 
maioria dos sons da linguagem articulada, compõe-se, 
atualmente, de 26 letras. São elas: a, b, c, d, e, f, g, h, 
i, j, k, l, m, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y e z.. 
A letra h não tem valor fonético, pois não 
representa som nenhum, sendo, portanto, 
denominada letra muda. 
Cerca de 80% das palavras de nossa língua 
vieram do latim, aproximadamente 15%, do grego e o 
restante, de outros idiomas (alemão, inglês, italiano, 
espanhol, francês, árabe, japonês, chinês, sânscrito, 
hindi, línguas africanas, indígenas, etc.). 
Teoricamente, para que uma pessoa domine com 
absoluta segurança a ortografia de nossa língua, é 
preciso que ela conheça profundamente todos ou a 
maioria desses idiomas. 
 Calma! Não é preciso chegar a tanto. Há outros 
meios mais fáceis. A maneira mais simples, prática e 
objetiva de adquirir um bom conhecimento de 
ortografia é ler e escrever bastante, ver as palavras, 
familiarizar-secom elas. E sempre que tiver dúvida 
quanto à grafia desta ou daquela palavra, não seja 
orgulhoso nem preguiçoso: consulte um bom 
dicionário. Não “chute” na hora de escrever a palavra, 
nem “fuja” dela; tenha o bom senso e __ por que não 
dizer? __ a humildade de consultar um dicionário, um 
bom dicionário. 
Apenas a título de ilustração, há a seguir 
algumas regras de fácil memorização, que lhe serão 
muito úteis: 
 
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■ TREMA 
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a 
letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos 
grupos gue, gui, que, qui. 
Ex.: aguentar, arguir, bilíngue, cinquenta 
Obs. o trema permanece apenas nas palavras 
estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, 
mülleriano. 
 
■ ACENTUAÇÃO 
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi 
e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm 
acento tônico na penúltima sílaba). 
Ex.: alcaloide, alcateia, androide, assembleia 
Obs.: essa regra é válida somente para palavras 
paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas 
as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos 
terminados em éis e ói(s). 
Ex.: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis 
etc. 
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o 
acento no i e no u tônicos quando vierem depois 
de um ditongo. 
 Ex.: bocaiuva 
Obs.: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem 
em posição final (ou seguidos de s), o acento 
permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. 
Se o i ou o u forem precedidos de ditongo 
crescente, o acento permanece. Exemplos: 
guaíba, Guaíra. 
 
■ USO DO HÍFEN 
1. Sempre que um prefixo terminar com vogal e a 
palavra seguinte iniciar com R OU S, não se usa 
mais hífen. Essas duas letras duplicam. 
Ex.: autossuficiente, contrarregra, minissaia, 
antissocial, antirrugas, antessala, 
ultrassonografia, megassena. 
 
■ EMPREGO DE X E CH 
1) Grafa-se x depois de ditongos. 
Ex.: abaixo, ameixa, caixa, peixe, queixo, trouxa, 
etc. 
Exceções: caucho e seus derivados, como 
recauchutar e recauchutagem. 
2) Grafa-se x depois de en-. 
 Ex.: enxada, enxame, enxertar, enxerto, 
enxurrada, enxofre, enxoval, enxotar, etc. 
 Atenção: se, contudo, houver o prefixo en- + 
palavra iniciada por ch, claro está que se deve grafar 
com ch. 
Ex.: encharcar (de charco), enchente (de cheio), 
enchiqueirar (de chiqueiro), etc. 
A palavra enchova, posto que seja grafada com ch, 
foge a essa regra. 
 
 ■ EMPREGO DE -EZ(A) E -ÊS/-ESA 
1) Grafa-se -e, -esa quando for substantivo 
concreto, que indica origem, nacionalidade, 
posição social, títulos honoríficos, etc. 
Ex.: burguês (de burgo), camponês (de campo), 
japonês (de Japão), marquesa, princesa, etc.. 
Exceção: tez (pele) e xadrez. 
2) Grafam-se também com -ês ou -esa os adjetivos 
derivados de substantivos concretos. 
Ex.: burguês (de burgo), cortês (de corte), 
milanês ou milanesa (de Milão, na Itália), 
montanhês (de montanha), etc. 
3) Os substantivos abstratos, derivados de 
adjetivos, geralmente são grafados com -ez ou -
eza. 
Ex. 
acidez (de ácido), altivez (de altivo), 
avidez (de ávido). aridez (de árido). 
beleza (de belo). dureza (de duro), 
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braveza (de bravo), leveza (de leve), 
fineza (de fino). natureza (de natural), 
magreza (de magro), etc. 
 
 ■ EMPREGO DE -IZA OU -ISA 
Os substantivos femininos terminados em - isa são 
grafados sempre com s. 
Ex.: poeta/poetisa, papa/papisa, profeta/profetisa, 
sacerdote/sacerdotisa, etc. 
 
 ■ EMPREGO DE -IZAR OU -ISAR? 
Os verbos terminados em -izar e -isar seguem os 
seguintes critérios: 
a) Quando o substantivo correspondente ao verbo 
traz is + vogal, deve ser grafado com -isar. 
Ex.: aviso/avisar, paralisia/paralisar, friso/frisar, 
análise/analisar, pesquisa/pesquisar, etc. 
Exceções: iris/irisar e bis/bisar. 
b) Quando o verbo cujo substantivo correspondente 
não traz is + vogal, deve ser grafado com -izar. 
Ex.: economia/economizar, humano/humanizar, 
catequese/catequizar, fiscal/fiscalizar, etc. 
■ CASOS DIVERSOS 
1) O sufixo -oso ou -osa sempre se grafa com s. 
Ex.: 
horror/horroroso, 
fama/famoso(a), 
gosto/gostoso(a) etc. 
2) Os verbos usar, pôr e querer não possuem formas 
com z, portanto: uso, usei, usou; quis, quisesse, 
quiseram; pus, pusesse, pusemos, pusera etc. 
3) Os verbos terminados em -uir têm suas formas 
das 2.a e 3.a pessoas do presente do indicativo 
grafadas com i. Exemplos: 
Possuir tu possuis 
 ele possui 
construir tu constróis 
 ele constrói 
influir tu influis 
 ele influi 
 ele influi 
moer tu móis 
 ele mói 
 
4) Os verbos terminados em -ir têm suas formas da 
2.a e da 3.a pessoa do presente do indicativo 
terminadas em e. Exemplos: 
 abolir tu aboles 
 ele abole 
aderir tu aderes 
 ele adere 
aferir tu aferes 
 ele afere 
admitir tu admites 
 ele admite 
 
5) Os verbos terminados em -uar e -oar têm suas 
formas de 1.a, 2.a e 3.a pessoas do presente do 
subjuntivo grafadas em e. Exemplos: 
 abençoar que eu abençoe 
 que tu abençoes 
 que ele abençoe 
entoar que eu entoe 
 que tu entes 
 que ele entoe 
continuar que eu continue 
 que tu continues 
 que ele continue 
efetuar que eu efetue 
 que tu efetues 
 que ele efetue 
recuar que eu recue 
 que tu recues 
 que ele recue 
 
 
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9 – Verbos Terminados em -EAR 
1) Os verbos terminados em -ear recebem um i nas 
formas rizotônicas, ou seja, aquelas cujo acento 
prosódico se localiza no radical. Exemplos: 
Passear eu passeio Frear eu freio 
 tu passeias tu freias 
 ele passeia ele freia 
 eles passeiam eles freiam 
 que eu passeie que eu freie 
 que tu passeies que tu freies 
 que ele passeie que ele freie 
 que eles passeiem que eles freiem 
As formas arrizotônicas desses verbos, cujo 
acento prosódico está fora do radical, não trazem i, 
como podemos verificar nos exemplos abaixo: 
passear nós passeamos 
 vós passeais 
 que nós passeemos 
 que vós passeeis 
 ele passeava 
 tu passeavas 
 Também não recebem i o particípio passeado, o 
gerúndio passeando. 
O verbo frear segue o mesmo paradigma. 
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10 – Grafia de Algumas Palavras 
 MAS/MAIS: 
 
Mas: conjunção adversativa equivale a, porém, 
contudo, entretanto: 
Ex.: Tento não sofrer, mas a dor é muito forte. 
 
Mais: pronome ou advérbio de intensidade, opõe-se a 
menos: 
Ex.: É um dos garotosmais bonitos da escola. 
 
 
 ONDE/AONDE: 
 
Onde: lugar em que se está ou que se passa algum 
fato: 
Ex.: Onde você está? 
 
Aonde: indica movimento (refere-se a verbos de 
movimento): 
Ex.: Aonde você vai? 
 
 
 QUE/QUÊ 
 
Que: pronome, conjunção, advérbio ou partícula 
expletiva: 
Ex.: Convém que o assunto seja esquecido 
rapidamente. 
 
Quê: monossílabo tônico, substantivo, ou interjeição. 
Ex.: Você precisa de quê? 
 
 
 MAL/MAU 
 
Mal: advérbio (opõe-se a bem), como substantivo 
indica doença, algo prejudicial: 
Ex.: Ele se comportou muito mal. (Advérbio) 
 
Ex.: A prostituição infantil é um mal presente em 
todas as partes do Brasil. (substantivo) 
 
Mau: adjetivo (ruim, de má qualidade) 
Ex.: Ele não é um mau sujeito. 
 
 
 AO ENCONTRO DE/DE ENCONTRO A 
 
Ao encontro de: significa “ser favorável a”, 
“aproximar-se de”. 
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PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
| Apostila 2018 – Prof. Arnaldo Filho 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
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OS: 0149/2/18-Gil 
Ex.: Quando avistei minha mãe fui correndo ao 
encontro dela. 
 
De encontro a: indica oposição, colisão. 
Ex.: Suas ideias sempre vieram de encontro às minhas. 
Somos mesmo diferentes. 
 
 
 AFIM/A FIM 
 
Afim: adjetivo que indica igual, semelhante. 
Ex.: Temos objetivos afins. 
 
A fim: indica finalidade: 
Ex.: Trabalho hoje a fim de folgar amanhã. 
 
 
 A PAR/ AO PAR 
A par: sentido de “bem informado” 
Ex.: Eu estou a par de todas as fofocas. 
 
Ao par: indica igualdade entre valores financeiros. 
Ex.: O real está ao par do dólar. 
 
 
 DEMAIS/DE MAIS 
Demais: advérbio de intensidade, sentido de “muito”. 
Ex.: Você é chato demais. 
 
Demais também pode ser pronome indefinido, 
sentido de “os outros”. 
Ex.: Alguns professores saíram da sala enquanto os 
demais permaneceram atentos às orientações. 
 
De mais: opõe-se a de menos. 
Ex.: Não vejo nada demais em seu comportamento. 
 
 
 SENÃO/SE NÃO 
 
Senão: sentido de “caso contrário”, “a não ser”. 
Ex.: não fazia coisa alguma senão conversar. 
 
Se não: sentido de “caso não”. 
Ex.: Se não houver conscientização, haverá escassez 
de água. 
 
 
 NA MEDIDA EM QUE/ À MEDIDA QUE 
 
Na medida em que: equivale a porque, já que, uma 
vez que. 
Ex.: Na medida em que os projetos foram 
abandonados, os estagiários ficaram desmotivados. 
 
À medida que: indica proporção, equivale a à 
proporção que. 
Ex.: A emoção aumentava à medida que o momento 
da apresentação se aproximava. 
 
 
 EM NÍVEL / A NÍVEL DE 
 
a) A nível de: não existe. Foi um modismo criado nos 
últimos anos. Devemos evitá-lo: 
Ex.: "A nível de relatório, o trabalho está muito bom." 
 
O certo é: "Quanto ao relatório... ou Com referência 
ao relatório..." 
Ex.: "Levou um pontapé ao nível do joelho." 
 
O certo é: "Levou um pontapé na altura do joelho." 
 
b) Em nível de. Só pode ser usado em situações em 
que existam "níveis": 
Ex.: "Este problema só pode ser resolvido em nível de 
diretoria." 
 
Ex.: "Isso será analisado em nível federal." 
 
 
 EM VEZ DE /AO INVÉS DE 
 
a) Em vez de: é o mesmo que “no lugar de”. 
Ex.: Em vez de reclamar, você deveria ajudar. 
 
b) Ao invés de: é o mesmo que “ao contrário de”. 
Ex.: Ao invés de dormir, ficou acordado. 
 
 
 ACERCA DE/ A CERCA DE/ HÁ CERCA DE 
 
a) Acerca de: a respeito de ou sobre. 
Ex.: Estamos falando acerca de ortografia. 
 
b) A cerca de: perto de, aproximadamente, próximo 
de. 
Ex.: A vítima foi encontrada a cerca de 100m do 
banco. 
 
c) Há cerca de: indica tempo decorrido (tempo ido). 
Ex.: Vim para Fortaleza há cerca de 2 anos. 
 
 
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 A POUCO / HÁ POUCO 
 
a) A pouco: indica ação que ainda vai ocorrer. 
Ex.: A aula começará daqui a pouco. 
 
b) Há pouco: indica ação que já ocorreu. 
Ex.: Ela saiu há pouco daqui. 
 
 
 BIMENSAL /BIMESTRAL 
 
a) Bimensal: o que se realiza quinzenalmente, duas 
vezes no mês. 
Ex.: Ocorrem aqui reuniões bimensais. 
 
b) Bimestral: o que se realiza de dois em dois meses. 
Ex.: As provas bimestrais começarão amanhã. 
 
 
 CONTUDO / COM TUDO 
 
a) Contudo: conjunção adversativa, equivale a 
“porém”. 
Ex.: O candidato estava cansado, contudo foi estudar. 
 
b) Com tudo: preposição “com” mais pronome 
“tudo”. 
Ex.: Ela chegou com tudo. 
 
 
 DEMAIS /DE MAIS 
a) Demais: é advérbio, refere-se geralmente a um 
verbo ou a um adjetivo. 
Ex.: Você demorou demais. 
 
b) De mais: é locução adjetiva, refere-se a um 
substantivo ou a um equivalente. 
Ex.: Há dúvidas de mais sobre matemática. 
 
 
 ENTORNO / EM TORNO 
 
a) Entorno: espaço circundante, ao redor. É 
substantivo. 
Ex.: Os candidatos ocupavam o entorno da escola 
 
b) Em torno: algo que fica a volta. É locução adverbial 
Ex.: O policial abriu a porta e olhou em torno. 
 
Ex: Ao invés de dormir, ficou acordado. 
 
 
11 – Acentuação Gráfica 
■ TIPOS DE ACENTO 
Na língua portuguesa distinguem-se três tipos 
de acentos gráficos. 
• ACENTO AGUDO – indica a tonicidade das vogais 
abertas a, e, o e das vogais fechadas i e u: vatapá, 
café, máscara, núpcias, cipó; 
• ACENTO CIRCUNFLEXO – indica o timbre 
semifechado das vogais tônicas a, e e o: mês, 
cônjuge; 
• ACENTO GRAVE – indica a ocorrência de crase, ou 
seja, a contração da preposição a com o artigo 
feminino a(s) e com os pronomes demonstrativos 
a(s), aquele(s), aquela(s), aquilo; A Lei se refere à 
violência doméstica. 
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12 – Sílaba Tônica 
As palavras (quase todas) apresentam uma sílaba 
tônica – a que é pronunciada com maior intensidade. 
Essa sílaba tônica, entretanto, nem sempre deve ser 
marcada, na escrita, por um acento gráfico. Observe 
em cadeira, por exemplo, que a sílaba tônica dei não 
leva acento gráfico. 
■ CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO AO 
NÚMERO DE SÍLABAS 
 Oxítonas - São palavras cuja sílaba tônica é a 
última. 
Ex.: ca - fé / Pa - ra - ti 
 Paroxítonas - São palavras cuja sílaba tônica é a 
penúltima. 
Ex.: Ca - dá - ver / pos - sí – vel 
 Proparoxítonas - São palavras cuja sílaba tônica é a 
antepenúltima. 
Ex.: ri- dí - cu - lo / ár - vo – re 
 Ditongo - Ocorre quando, ao separarmos uma 
palavra em sílabas, duas vogais permanecem na 
mesma sílaba. 
Ex.: cha - péu / he- rói – co 
 Hiato - Ocorre quando, ao separarmos uma 
palavra em sílabas, uma das vogais vai para a outra 
sílaba. 
Ex.: ca

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