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concordancia_verbal_e_nominal (2)

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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Prof. Doutora ROSANE REIS PROMILITARES  COLÉGIO NAVAL/EPCAR  MÓDULO 12 
 
 
 
2 
SUMÁRIO 
 
CONCORDÂNCIA ____________________________________________________________ 3 
1. CONCORDÂNCIA VERBAL ___________________________________________________ 3 
1.1. REGRA GERAL ___________________________________________________________ 3 
1.2. SUJEITO COMPOSTO _____________________________________________________ 7 
1.3. VOZ PASSIVA ___________________________________________________________ 8 
1.4. A CONCORDÂNCIA COM AS EXPRESSÕES “UM E OUTRO” E “ NEM UM NEM OUTRO”. 
 __________________________________________________________________________ 13 
1.5. A CONCORDÂNCIA DE VERBOS EM UTILIZAÇÃO IMPESSOAL: SER, FAZER, HAVER (ESTE 
ÚLTIMO EM OPOSIÇÃO AO “EXISTIR”) __________________________________________ 13 
1.6. CONCORDÂNCIA COM O PRONOME RELATIVO ________________________________ 15 
1.7. A CONCORDÂNCIA DO VERBO “SER” COM O PREDICATIVO ______________________ 18 
1.8. USO DO INFINITIVO ______________________________________________________ 20 
1.8.1. NÃO FLEXIONADO ______________________________________________________ 20 
1.8.2. USO DO INFINITIVO FLEXIONADO _________________________________________ 21 
1.9. A CONCORDÂNCIA NAS EXPRESSÕES DE PORCENTAGEM ________________________ 22 
1.10. A CONCORDÂNCIA COM OS PRONOMES DE TRATAMENTO _____________________ 22 
1.11. A CONCORDÂNCIA COM A EXPRESSÃO “A MAIORIA DE” E SIMILARES ____________ 23 
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO ________________________________________________ 32 
GABARITO _________________________________________________________________ 40 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Prof. Doutora ROSANE REIS PROMILITARES  COLÉGIO NAVAL/EPCAR  MÓDULO 12 
 
 
 
3 
CONCORDÂNCIA 
1. CONCORDÂNCIA VERBAL 
Com objetivos muito próprios, as regras gramaticais têm especial importância na estruturação das frases 
que formam o texto. O conhecimento dessas regras possibilita que os propósitos comunicativos do sujeito 
autor sejam específicos e próprios para que façam sentido a escrita, o relato, a descrição, a argumentação 
etc. Neste módulo, estudaremos as regras de concordância verbal, que vão auxiliá-lo a construir orações, 
obedecendo a modelos formais que constituem os padrões estruturais da nossa língua. 
É importante dizer que os conteúdos de concordância verbal circunscritos às provas das bancas 
examinadoras de vestibulares militares são bem delimitados e não correspondem ao conjunto total de 
regras estabelecidas pelas gramáticas da língua. Por isso, vamos tratar apenas das regras principais que 
interferem na produção textual do texto dissertativo e na resolução das provas objetivas. 
1.1. REGRA GERAL 
Começaremos a abordagem teórica com a regra geral de concordância: o verbo concorda em número e 
pessoa com o sujeito. Com sujeito simples e singular ou substantivo coletivo, o verbo irá para o singular; 
com sujeito simples e plural, o verbo irá para o plural. Para mostrar a relação que há entre sujeito e verbo, 
Walmirio Macedo diz o seguinte: 
O sujeito se atualiza no verbo. Essa atualização chega a tal nível que a omissão do sujeito é suprida pela 
desinência verbal. 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Prof. Doutora ROSANE REIS PROMILITARES  COLÉGIO NAVAL/EPCAR  MÓDULO 12 
 
 
 
4 
Vejamos um exemplo: 
Uma mãe e um bebê camelo estavam por ali, à toa, quando de repente o bebê camelo perguntou: 
- Por que os camelos têm corcovas? 
- Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto; precisamos das corcovas para reservar água e, por isso 
mesmo, somos conhecidos por sobreviver no deserto. 
- Certo, e por que nossas pernas são longas e nossas patas, arredondadas? 
- Filho, certamente elas são assim para permitir caminhar no deserto. Sabe, com essas pernas longas, eu 
mantenho meu corpo mais longe do chão do deserto, que é mais quente que a temperatura do ar, e assim 
fico longe do calor. Com as patas arredondadas, eu posso me movimentar melhor na consistência da areia! 
- disse a mãe. 
- Certo! Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles atrapalham minha visão. 
- Meu filho! Esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para os olhos. Eles ajudam a 
proteger seus olhos, quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto! - respondeu a mãe com orgulho. 
- Tá. Então a corcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto, as pernas, para caminhar 
através do deserto e os cílios são para proteger meus olhos do deserto. Então o que é que estamos fazendo 
aqui no zoológico??? 
MORAL DA HISTÓRIA: Habilidade, conhecimento, capacidade e experiências, só são úteis se você estiver no 
lugar certo! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Prof. Doutora ROSANE REIS PROMILITARES  COLÉGIO NAVAL/EPCAR  MÓDULO 12 
 
 
 
5 
QUADRO 1 
 
 SUJEITO VERBO 
1 Uma mãe e um bebê camelo estavam 
2 o bebê camelo perguntou 
3 os camelos têm 
4 nós somos 
5  Precisamos, somos 
6 Nossas pernas são 
7 elas são 
8 Eu mantenho 
9  fico 
10 eu posso 
11 A mãe disse 
12 Nossos cílios são 
13 Eles atrapalham 
14 Esses cílios longos e grossos são 
15 eles ajudam 
16 A mãe respondeu 
17 A corcova é 
18 Os cílios são 
19  estamos 
 
COMENTÁRIOS: Esse quadro demonstra que os verbos concordam com os sujeitos. 
Nos exemplos 5, 9 e 19 há omissão dos sujeitos, mas facilmente reconhecidos pelas desinências verbais: 
Precisamos, somos, estamos = nós 
Fico = eu 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Prof. Doutora ROSANE REIS PROMILITARES  COLÉGIO NAVAL/EPCAR  MÓDULO 12 
 
 
 
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No exemplo nº 1, temos um sujeito composto, o que leva o verbo ao plural. 
Para identificar os sujeitos, deve-se, primeiramente, destacar os verbos a fim de identificar-lhes as 
desinências número-pessoais. Feito isso, busca-se, pela semântica verbal, o termo que se adapta ao 
projeto de dizer inscrito no verbo em estudo. Para realizar esse tipo de estratégia, é preciso sempre um 
olhar minucioso no texto. Isso porque, em alguns casos, o sujeito está oculto, ou seja, implícito na 
desinência verbal. 
Vejamos um exemplo: 
Caberia aos cidadãos ocidentais, cujas leis se estabeleceram em sua própria tradição, o direito de 
reclamar. 
Este período foi retirado de uma questão onde figurava como a opção correta. A inversão do sujeito com o 
verbo e a intercalação de uma oração subordinada adjetiva entre eles são dificuldades que se enfrenta 
para o reconhecimento das relações sintáticas entre esses termos. Por conta dessa dificuldade, a busca 
pela resposta certa fica comprometida. 
Muitas vezes, o fato gerador dessa dificuldade é a explicação de um aspecto gramatical por meio de um só 
critério – o sintático. A identificação do sujeito e do predicado, por exemplo, pode ser trabalhada também 
pelo critério nocional (ou semântico), conforme já explicitamos anteriormente. É preciso chamar a atenção 
para a necessidade de se recorrer a vários critérios no tratamento dos fatos gramaticais: os que operam 
nas formas, nas noções, nas articulações etc. Pode-se concretizar essa integração na junção tema/rema ou 
tópico/comentário, formando a estrutura temática e a estrutura de informação. 
O texto deve ser entendido como um conjunto de informações compartilhadas entre o enunciador e o 
interlocutor. No texto, introduzem-se elementos novos que se integram aos já conhecidos. Esse processo é 
responsável pelo encadeamento das estruturas do texto e está diretamente relacionado à estruturaçãosintática. Assim se dá a sintonia entre semântica e sintaxe. 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
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Na frase citada como exemplo, o aluno que conhece a relação tema/rema reconhece que o tema da frase é 
“o direito de reclamar“; a seguir, detecta o que se acrescentou como informação nova sobre ele, ou seja, o 
comentário: “caberia aos cidadãos”. Então, pelo encadeamento das informações estarão reconhecidas as 
funções de sujeito e predicado, fundamentais para a flexão que compõe a concordância entre o verbo 
“caber” e o sujeito “direito”. 
1.2. SUJEITO COMPOSTO 
1. Se o sujeito for composto, o verbo irá, normalmente, para o plural, qualquer que seja a sua posição em 
relação ao verbo. 
2. Pode dar-se a concordância com o núcleo mais próximo, principalmente se o sujeito vem depois do 
verbo. 
3. Pode ocorrer o verbo no singular ainda nos casos seguintes: 
a) se a sucessão dos substantivos indicar gradação de um mesmo fato; 
b) se se tratar de substantivos sinônimos ou assim considerados; 
 e o segundo substantivo exprimir o resultado ou a consequência do primeiro. 
 
 
 
 
 
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Prof. Doutora ROSANE REIS PROMILITARES  COLÉGIO NAVAL/EPCAR  MÓDULO 12 
 
 
 
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Organizamos as informações num quadro: 
 
1.3. VOZ PASSIVA 
A concordância na voz passiva merece destaque, pois há uma tendência a formular a frase de voz passiva 
pronominal com verbo no singular, impessoalizando o sujeito. Vamos recordar: 
1. a voz passiva analítica apresenta o verbo em qualquer pessoa, ao passo que a passiva pronominal só 
se constrói na 3ª pessoa com o pronome se (apassivador): 
Eu fui reconhecido pelo professor. 
Nós fomos reconhecidos pelos professores. 
 
 
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2. A passiva analítica pode seguir-se de agente da passiva, enquanto a pronominal, no português 
contemporâneo, o dispensa: 
Eu fui reconhecido pelo professor. 
Vende-se uma casa. (não se diz: vende-se uma casa pelo proprietário) 
O modo como se decide usar uma ou outra construção depende necessariamente do propósito 
comunicativo do enunciador. Se o enunciador pretende esclarecer ao interlocutor quem é o agente do 
processo verbal, então deve optar pela construção analítica. Esta é uma construção icônica, porque o 
verbo auxiliar de passiva só aparece em construções de passividade. Ele é a marca de voz mais 
representativa. Tanto é verdade que dizemos que um verbo está na voz ativa quando não possui nenhuma 
marca de voz, ou seja, a voz ativa não possui marca icônica, mas indicial. No entanto, se a intenção é omitir 
o agente, a melhor redação será a de passiva pronominal. 
É preciso também levar em conta que a escolha por uma ou outra formulação de frase pela categorização 
de voz verbal, se dá não só no aspecto sintático, mas igualmente no semântico1. 
A rigor, somente os verbos transitivos diretos admitem construção de voz passiva. Isso porque o objeto 
direto da ativa passa a sujeito da passiva, e o sujeito da ativa, a agente da passiva. É importante observar 
que o tempo verbal da voz ativa deverá ser repetido pelo verbo auxiliar da voz passiva. 
 
 
 
 
1 Bechara (2005, p. 222) enfatiza a necessidade de distinguir voz passiva de passividade. Na frase O menino levou uma surra do pai, pode-se ver nitidamente a 
passividade do sujeito diante do sentido passivo do verbo, ainda que indicado por uma voz ativa. Não há, neste caso, nenhuma marca morfológica de voz em 
levou. 
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EXEMPLO: 
 
A seguir, apresentamos uma formulação prática de transformação de voz ativa em passiva. 
 
 
 
 
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Note-se que: 
1. O que era sujeito ativo transformou-se em agente da passiva. 
2. O verbo de tempo simples passou a locução verbal. 
3. O objeto direto transformou-se em sujeito paciente. 
4. Surgiu, na voz passiva, a preposição por (em alguns casos aparecerá no lugar de por a preposição de - 
Estava rodeado de várias pessoas) 
Na voz passiva pronominal, o verbo concordará normalmente com o sujeito passivo. 
Ex.: 
Vendem-se apartamentos. 
Faz-se chave. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VEJA OS QUADROS EXPLICATIVOS: 
 
 
 
 
 
 
Embora haja nomenclaturas diferentes para as construções frasais com verbo associado à 
palavra “se” (voz passiva sintética e voz ativa com índice de indeterminação do sujeito), os 
desvios de concordância são frequentes. A flexão inadequada dos verbos dessas frases 
deve-se à palavra “se” que acaba sendo um signo desorientador, já que pode ser pronome 
apassivador ou índice de indeterminação do sujeito. A posição do sujeito-paciente em 
frases com verbo na passiva pronominal também se torna um signo desorientador, visto 
ser idêntica à das frases com verbo na voz ativa acrescido de índice de indeterminação do 
sujeito. Isso pode ser fato determinante para a confusão do falante no momento de 
realizar a concordância. O sujeito da passiva é confundido, por seu papel de paciente e pela 
posição posterior ao verbo, com o objeto direto. A partir desse evento, torna-se natural 
que se realize a concordância de forma a indeterminar ou até mesmo impessoalizar o 
sujeito. 
 
 
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1.4. A CONCORDÂNCIA COM AS EXPRESSÕES “UM E OUTRO” E “ NEM UM NEM OUTRO”. 
a) A expressão um e outro pode deixar, indiferentemente, o verbo no singular ou no plural. 
Ex.: 
"Um e outro contiveram-se." (M. de Assis, "Quincas Borba") 
"Um e outro acompanharam com os olhos o par de valsistas." (ibidem) 
b) Com a expressão nem um nem outro, o verbo ficará rigorosamente no singular. 
Ex.: 
Nem um nem outro aluno saiu da sala. 
1.5. A CONCORDÂNCIA DE VERBOS EM UTILIZAÇÃO IMPESSOAL: SER, FAZER, HAVER (ESTE ÚLTIMO EM 
OPOSIÇÃO AO “EXISTIR”) 
Nas orações sem sujeito o verbo assume a forma de 3ª pessoa do singular: 
Havia muitas dúvidas entre os alunos. 
Deve haver dez lápis no estojo. 
Não vejo Maria há três meses. 
Não vejo Maria faz três meses. 
VAMOS A UMA EXPOSIÇÃO MAIS DIDÁTICA: 
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A impessoalidade deste verbo estende-se também aos auxiliares que com ele formam perífrases, como se 
vê nos exemplos seguintes: 
Ex.: 
Então, senhores, pode haver questões mais difíceis de resolver. 
Claro que deverá haver candidatos bem preparados. 
No caso de o verbo principal ser o existir, o auxiliar concordará com o sujeito. 
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Ex.: 
Claro que deverão existir candidatos bem preparados. 
 
1.6. CONCORDÂNCIA COM O PRONOME RELATIVO 
Se o sujeito da oração é o pronome relativo que, o verbo varia de acordo com o número e a pessoa do 
antecedente do pronome. 
Ex.: 
Alguns animais marinhos têm dentes que brilham no escuro. 
Neste exemplo, já que o antecedente do que é dentes, o verbo ocorre na terceira pessoa do plural. 
Para facilitar o entendimento, vamos analisar os quadros abaixo: 
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Quando o antecedente é um pronome demonstrativo, o verbo da oração adjetiva vai para a 3ª pessoa do 
singular ou do plural, conforme seja o antecedente. 
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Se o antecedente do pronome relativo funciona como predicativo, o verbo da oração adjetiva pode 
concordar com o sujeito de sua principal ou ir para a 3ª pessoa. 
 
Em expressões de tipo sou eu que, és tu que, foste tu que, etc. o verbo concorda rigorosamente com o 
sujeito do ser. 
 
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Se ocorrer o pronome relativo quem, o verbo da oração subordinada vai para a 3ª pessoa do singular, 
qualquer que seja o antecedente do relativo, ou concorda com este antecedente: 
 
1.7. A CONCORDÂNCIA DO VERBO “SER” COM O PREDICATIVO 
Sabe-se que, pela regra geral, sujeito e verbo concordam em número. Diferente não seria com o verbo ser. 
Assim, o usual é dizer “Paulinho era um menino educado”. Não obstante, há casos em que o verbo ser se 
acomoda à flexão do predicativo especialmente quando se acha no plural. 
Abaixo, relacionamos os casos: 
SUJEITO 
COMPORTAMENTO 
DO VERBO SER 
PREDICATIVO EXEMPLOS 
Pronomes 
isso, isto, aquilo, tudo, ninguém, 
nenhum. 
Concorda com o sujeito ou com 
o predicativo. 
Plural 
Singular 
Aquilo eram 
manifestações de alegria. 
Aquilo era 
manifestações de alegria. 
Pronomes interrogativos 
Quem, que, o que 
Concorda com o predicativo Plural 
Quem são essas pessoas? 
O que eram aqueles sinais? 
Pronome pessoal Concorda com o sujeito 
Plural 
Singular 
Eu sou as expectativas de ascensão 
da família. 
Eles são a única alegria da mãe. 
Plural 
singular 
Concorda com o predicativo Pronome pessoal Aqui em casa, o chefe sou eu. 
Pessoa Concorda com o sujeito Qualquer caso O menino era as alegrias da família. 
É importante que, além das regras básicas do verbo ser, conheçam-se também alguns comentários 
necessários. Para isso, apresentamos as palavras do professor Bechara 2. 
 
2 BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa, 2005, pp.559 e 560. Ed. Lucerna. Rio de Janeiro. 
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Na expressão, que introduz narrações, do tipo de era uma princesa, o verbo ser é intransitivo, com o 
significado de existir, funcionando como sujeito o substantivo seguinte, com o qual concorda: 
Era uma princesa muito formosa que vivia num castelo de cristal. 
Eram quatro irmãs tatibitates e a mãe delas tinha muito desgosto com esse defeito [CC.l, 292]. 
Com a expressão era uma vez uma princesa, continua o verbo ser como intransitivo e o substantivo 
seguinte como sujeito; todavia, como diz A.G.Kury, “a atração fortíssima que exerce o numeral uma da 
locução uma vez", leva a que o verbo fique no singular ainda quando o sujeito seja um plural: 
Disse que era uma vez dois ( ... ) compadres, um rico e outro pobre [CC.l, 31]. 
Era uma vez três moças muito bonitas e trabalhadeiras [CC.l, 120]. 
A moderna expressão é que, de valor reforçativo de qualquer termo oracional, aparece em geral com o 
verbo ser invariável em número: 
Nós é que somos brasileiros / Nós somos brasileiros. 
Esses livros é que não compraremos agora. 
Afastado do que e junto do termo no plural, aparece às vezes o verbo, no plural: 
São de homens assim que depende o futuro da pátria / De homens assim é que depende o futuro da pátria. 
Foram nesses livros que estavam as respostas / Nesses livros foi que estavam as respostas. 
Este último caso pode levar o candidato a se confundir quando separa orações. Se não souber identificar a 
expressão de realce, facilmente vai marcar o verbo ser como sintagma verbal de uma das orações do 
 
 
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suposto período composto, entendendo o que, constante da expressão, como pronome relativo. Para 
dirimir essa dúvida, o professor pode retirar a expressão de realce e mostrar que a frase se mantém com 
integridade sintática e semântica. 
1.8. USO DO INFINITIVO 
1.8.1. NÃO FLEXIONADO 
CASOS EXEMPLOS 
Verbo nominalizado com valor indeterminado, sem se 
referir a nenhum sujeito. 
"Viver é lutar." (GONÇALVES DIAS) 
 
Com sentido de imperativo Abrir as comportas! 
Regido da preposição de com sentido passivo de 
complemento de um adjetivo 
As regras de concordância são difíceis de 
decorar. 
Em locução com um verbo auxiliar, precedido da 
preposição a, equivalendo a um gerúndio. 
Os alunos estavam a estudar na sala de aula. 
= 
Os alunos estavam estudando na sala de aula 
Quando forma com um verbo auxiliar uma unidade 
semântica.3 
Todos já podem sair. 
Quando seu sujeito é um pronome pessoal oblíquo 
átono, concomitantemente servindo de complemento a 
um dos cinco verbos - ver, ouvir, deixar, fazer e mandar 
Mandei-os sair da sala. 
 
O professor viu-nos chegar atrasados. 
 
1.8.2. USO DO INFINITIVO FLEXIONADO 
Emprega-se obrigatoriamente o infinitivo flexionado quando este verbo apresenta sujeito próprio, 
diferente do sujeito da oração principal.4 
 
3 Em português, esses verbos auxiliares são os seguintes: Poder / Saber / Querer / Dever (auxiliares modais) e Ir / Principiar a / Começar a / Costumar / Acabar 
de / Cessar de / Tornar a / etc. (auxiliares acurativos) 
 
 
 
4 Salvo o caso dos verbos ver, ouvir, deixar, fazer e mandar. 
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Ex.: 
Recebemos a notícia de estarem aprovados os candidatos com nota acima de oito. 
CASOS QUE ADMITEM DUPLA CONSTRUÇÃO 
CASOS EXEMPLOS 
Quando o infinitivo estiver afastado do auxiliar. Devem os professores de cursos preparatórios, sempre 
no final do mês, aplicarem um teste simulado 
O sujeito do infinitivo é um substantivo que serve 
ao mesmo tempo de complemento a um dos 
cinco verbos: ver, ouvir, deixar, fazer e mandar. 
O professor ouviu os alunos chamarem. 
OU 
O professor fez estudar os alunos. 
Apesar de possuir sujeito igual ao da oração 
principal, há necessidade ou propósito em 
evidenciar o agente da ação. 
Saíram dois alunos da sala, a fim de chamarem o diretor 
da escola. 
 
Na maioria dos casos, o uso do infinitivo flexionado ou não flexionado é mais uma questãode estilo do que 
propriamente de Gramática. 
1.9. A CONCORDÂNCIA NAS EXPRESSÕES DE PORCENTAGEM 
Se o sujeito é quantificado por expressão de porcentagem, o verbo vai regularmente à terceira pessoa do 
plural: 
Ex.: 
Estima-se que, no Brasil, 23% dos analfabetos nasceram em condições de pobreza extrema. 
Mas o verbo pode, opcionalmente, ficar na terceira pessoa do singular se o substantivo que denota a coisa 
 
 
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quantificada estiver no singular: 
Ex.: 
Desde 2001, cerca de 40% do corpo administrativo desta empresa é composto de empregados mal 
qualificados. 
1.10. A CONCORDÂNCIA COM OS PRONOMES DE TRATAMENTO 
Esta é uma regra bem simples e de fácil memorização. O verbo, cujo sujeito é um pronome de tratamento, 
flexiona-se em 3ª pessoa do singular ou do plural. 
Ex.: 
Vossa Excelência quer que levemos seus documentos para o cartório? 
Uma dificuldade nesta regra surge de um signo desorientador – o pronome vossa – que induz o falante a 
usar o verbo flexionado em 2ª pessoa do plural, supondo estar assim usando a norma culta. 
Note que os pronomes de tratamento equivalem a você. 
Se o núcleo do sujeito está no singular, representado por um substantivo, um pronome de 3ª pessoa ou um 
pronome de tratamento, o verbo flexiona-se normalmente no singular: 
Ex.: 
O amigo chegou cedo. 
Ninguém sairá da sala. 
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23 
Vossa Excelência governa este país com dedicação. 
1.11. A CONCORDÂNCIA COM A EXPRESSÃO “A MAIORIA DE” E SIMILARES 
Esta é uma regra que tem sido muito cobrada nos concursos. Com a expressão a maioria de e similares, o 
verbo poderá concordar com a expressão núcleo do sintagma, ficando no singular, ou com o termo 
partitivo, ficando no plural. 
Ex.: 
A maior parte dos candidatos não soube a matéria. 
Grande parte dos professores já viram que tem de estudar todos os dias para se atualizarem. 
VAMOS ANALISAR OUTROS CASOS: 
1. O SUJEITO PODE SER UMA ORAÇÃO. 
a) Iniciada por uma conjunção 
Deve espantar-nos que sejam consideradas crimes, na Nigéria, atitudes... 
b) Iniciada por um verbo no infinitivo 
Não ocorre aos cientistas imaginar que os leigos não entendam suas teorias 
Nos dois casos – em que o sujeito de um verbo é uma oração – o verbo da oração principal ficará na 
3ª pessoa do singular. 
É necessário que haja mudanças na economia Brasileira. 
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2. CONCORDÂNCIA NOMINAL: Consiste no estudo de relações entre adjetivo e substantivo, pronome e 
substantivo, artigo e substantivo, numeral e substantivo. É, enfim, a relação entre nomes. 
 CONDIÇÃO GERAL: 
 1. O nome impõe seu gênero e seu número a seus determinantes e aos pronomes que o substituem. 
a) Meu irmão, minhas irmãs, dois reis, duas rainhas, este tronco, estas árvores. 
b) Comprei alguns livros e já os li. 
2. Um determinante se referindo a mais de um substantivo. 
2.1.1. Dois ou mais substantivos do mesmo gênero equivalem a um do mesmo gênero no plural: 
a) vinho e pão velhos 
b) mãe e filha teimosas 
2.2.2. Dois ou mais substantivos de gêneros diferentes equivalem a um masculino plural: 
a) “Tinha a cabeça rachada, uma perna e o ombro partidos.” 
2.2. Quando o determinante vem antes dos nomes: a concordância será com o substantivo mais próximo. 
Todavia, se os substantivos forem nomes de pessoa, o adjetivo concorda com todos os núcleos, apenas. 
a) Sua mulher e filhos tinham viajado. 
b) Você escolheu má hora e lugar para o nosso encontro 
c) Você escolheu mau lugar e hora para o nosso encontro. 
d) Os destemidos César e Napoleão... 
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3. Um determinante [predicativo do sujeito]: observe a concordância verbal e acompanhe com a 
concordância nominal. 
a) O clima e a água eram ótimos. 
b) Eram ótimos o clima e a água. 
c) Era ótimo o clima e a água. 
d) Era ótima a água e o clima. 
4. Um determinante [predicativo do objeto]: a concordância será com o substantivo mais próximo ou 
com todos os substantivos. Porém, se o contexto não permite a concordância com todos os núcleos, 
claro que a concordância será apenas com o mais próximo (exemplo “c”). 
a) Considero o chapéu e o colete supérfluo(s) 
b) Considero a gravata e a blusa supérflua(s) 
c) Comi uva e carne frita 
d) Considero supérflua(os) a gravata e o terno. 
5. Um substantivo para mais de um adjetivo: se o substantivo estiver no plural, não use artigo ou 
qualquer adjunto adnominal antes do segundo adjetivo; se o substantivo estiver no singular, é 
necessário o emprego de artigo ou de qualquer adjunto adnominal antes do segundo adjetivo, pois será 
o ícone a deixar implícito o substantivo antes empregado no singular. 
a) Ele conhece bem as línguas grega e latina. 
b) Ele conhece bem a língua grega e a latina. 
6. Embora o predicativo deva concordar com o sujeito, há casos em que isso não ocorre, assumindo o 
gênero masculino. Aparentemente, porque, na realidade, trata-se de uma reminiscência do gênero 
neutro em latim. Isso ocorre quando a palavra feminina aparece sem nenhuma determinação, tomando 
um sentido vago, abstrato. Assim: 
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a) Pinga não é bom para a saúde. 
b) É proibido entrada. 
c) Cerveja é bom. 
d) É necessário coragem. 
Tão logo esses substantivos recebam uma determinação, a concordância passa a ser com o gênero do 
substantivo. 
a) A cerveja é boa. 
b) Esta pinga não é boa para a saúde. 
c) É ardida a pimenta. 
7. O particípio concorda com seu substantivo. 
a) Estabelecidas essas premissas, vamos à conclusão. 
b) Postos estes fundamentos, pode-se afirmar que... 
Todavia, se o particípio integrar uma locução verbal, apenas se flexiona o particípio da locução de voz 
passiva (verbos ser, estar, ficar + particípio). 
a) Ele tem participado 
b) Elas têm participado 
c) Estão sendo elaboradas as provas. 
8. ANEXO / INCLUSO / APENSO / JUNTO 
Concordam com quem se relacionam. Porém, ANEXO precedido da preposição EM não varia. 
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a) As estatísticas vão anexas ao relatório. 
b) Os gráficos inclusos esclarecem a tese. 
c) O formulário e a carta estão apensos. 
d) À ficha está anexo o ofício. 
e) As fichas seguem em anexo 
9. MEIO 
Pode ser substantivo, adjetivo, numeral e advérbio. Só não se flexiona quando advérbio. 
a) O que ela disse é apenas meia verdade. 
b) Ela ficou meio tonta. 
c) Ao meio-dia e meia, saímos. 
d) Ao meio-dia e meio defronte à farmácia, ficamos. 
e) Meias palavras bastam 
f) Bebi meia chávena de café. 
10. MENOS / PSEUDO / A OLHOS VISTOS são sempre invariáveis. 
a) Há menos pessoas aqui. 
b) Ela é uma pseudo-advogadac) A crianças continuam a olhos vistos 
11. TAL ... QUAL: “tal” concorda com o substantivo posposto imediatamente a ele; “qual” concorda com 
o substantivo posposto imediatamente a ele. 
a) Tal pai, qual filho 
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b) Tal pai, quais filhos 
12. OBRIGADO / GRATO / AGRADECIDO concordam com o gênero do emissor (feminino = obrigada / 
masculino = obrigado). 
a) “Obrigada!” – disse Eliane aos coordenadores. 
b) – Nós estamos gratos. 
c) “Obrigados!” – falaram os convidados. 
d) Agradecidos estão Lourdes e Marcos. 
13. SÓ / SÓS / A SÓS 
a) Só estamos nós. (invariável, pois o termo grifado é advérbio) 
b) Sós, estamos nós. (o termo grifado é predicativo do sujeito, concordando com o sujeito) 
c) Elas estão sós. (trata-se de um adjetivo, concordando com seu sujeito) 
d) Elas estão a sós. (a locução “a sós” não se flexiona) 
e) Só estudamos Contabilidade. (trata-se de um advérbio de limitação, não se declinando) 
f) Sós, estudamos Contabilidade. (flexiona-se, pois é adjetivo/predicativo do sujeito) 
14. MAL / MAU: 
Mal: advérbio (invariável) * O advérbio mantém relação com um verbo, com um adjetivo ou com outro 
advérbio) 
Conjunção subordinada adverbial temporal (invariável) 
Substantivo (variável) * o mal / os males 
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Mau: adjetivo (variável: mau/má/maus/más) 
a) Mal chegamos, pediram satisfações. [conjunção subordinada adverbial temporal] 
b) Conduzimos mal os trabalhos. [advérbio] 
c) Ele é mau. [adjetivo] 
d) Ela é má. [adjetivo] 
e) Más pessoas assaltaram aquele homem idoso. [adjetivo] 
f) O mal destrói o homem; o bem edifica-o [substantivo] 
15. QUITE / ALERTA 
* QUITE varia em número, apenas. * ALERTA só varia quando for substantivo 
a) Ela está quite, mas nós não estamos quites. 
b) Ela está alerta. 
c) Elas estão alerta. 
d) Alerta e preocupadas continuam as garotas. 
e) Os americanos estão alerta aos alertas. 
16. CARO / BARATO 
Quando advérbios, são invariáveis; quando adjetivos, flexionam-se. 
 a) As laranjas custaram caro. 
b) As cebolas foram caras. 
c) Aquelas caras mangas custaram barato, naquela outra loja. 
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d) Champanhe é caro, amigo. 
17. O PRONOME RELATIVO “CUJO”: Flexiona-se em gênero e número. 
a) O livro a cuja páginas me referi está sobre a mesa. 
b) A revista cujos textos li ontem sumiu. 
c) A menina a cuja beleza aludiram com entusiasmo viajou. 
 Não use artigo após o pronome relativo “cujo”. 
 O pronome relativo “cujo” concorda em gênero e número com o substantivo subsequente. 
 Caso o verbo da oração que se inicia com o pronome “cujo” peça preposição, use-a antes do pronome 
relativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de acordo com a norma culta: 
a) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova. 
b) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha. 
c) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui. 
d) Bateu três horas quando o entrevistador chegou. 
e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo. 
 
2. Assinale a frase em que há erro de concordância verbal: 
a) Um ou outro escravo conseguiu a liberdade. 
b) Não poderia haver dúvidas sobre a necessidade da imigração. 
c) Faz mais de cem anos que a Lei Áurea foi assinada. 
d) Deve existir problemas nos seus documentos. 
e) Choveram papéis picados nos comícios. 
 
3. Assinale a opção em que há concordância inadequada: 
a) A maioria dos estudiosos acha difícil uma solução para o problema. 
b) A maioria dos conflitos foram resolvidos. 
c) Deve haver bons motivos para a sua recusa. 
d) De casa à escola é três quilômetros. 
e) Nem uma nem outra questão é difícil. 
 
4. Verbo deve ir para o plural: 
a) Organizou-se em grupos de quatro. 
b) Atendeu-se a todos os clientes. 
c) Faltava um banco e uma cadeira. 
d) Pintou-se as paredes de verde. 
e) Já faz mais de dez anos que o vi. 
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5. Verbo certo no singular: 
a) Procurou-se as mesmas pessoas 
b) Registrou-se os processos 
c) Respondeu-se aos questionários 
d) Ouviu-se os últimos comentários 
e) Somou-se as parcelas 
 
6. Opção correta: 
a) Há de ser corrigidos os erros 
b) Hão de ser corrigidos os erros 
c) Hão de serem corrigidos os erros 
d) Há de ser corrigidos os erros 
e) Há de serem corrigidos os erros 
 
7. “A elevação da temperatura no terceiro planeta do sistema solar tornará inviável a sobrevivência de 
qualquer criatura”;. Sobre os aspectos da concordância nominal e verbal dessa frase, podemos dizer que: 
a) o adjetivo inviável concorda com criatura; 
b) a forma verbal tornará concorda com o sujeito posposto; 
c) o pronome qualquer é invariável; 
d) o numeral terceiro não concorda com o substantivo planeta; 
e) no plural, quaisquer criaturas não modificaria a forma do adjetivo inviável. 
 
8. Assinale a alternativa em que a concordância nominal NÃO é adequada: 
a) A temperatura do Sol obrigava a cuidado e proteção obrigatória; 
b) A temperatura do Sol obrigava a cuidado e proteção obrigatórios; 
c) A temperatura do Sol obrigava a cuidado e proteção forçadas; 
d) A temperatura do Sol obrigava a obrigatório cuidado e proteção; 
e) A temperatura do Sol obrigava a obrigatória proteção e cuidado. 
 
9. “Cerca de 75% do total de recursos doados nacionalmente vem de pessoas físicas”; a respeito da 
concordância verbal e nominal presente nesta frase, pode-se verificar que: 
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a) a forma verbal concorda com a porcentagem; 
b) o adjetivo “doados” deveria estar no singular, concordando com “total”; 
c) a forma verbal concorda com “recursos”; 
d) a forma verbal concorda com a porcentagem ou com “total”; 
e) a forma verbal concorda com “total”. 
 
10. – “Gates e Buffett doaram eles .......... .......... recursos para homens e mulheres ..........”; a alternativa 
cuja sequência preenche adequadamente as três lacunas desse período é: 
a) mesmos – bastantes – desabrigados; 
b) mesmo – bastante – desabrigadas; 
c) mesmo – bastantes – desabrigados; 
d) mesmos – bastante – desabrigadas; 
e) mesmo – bastante – desabrigado. 
 
11. A alternativa em que há ERRO de concordância quanto à norma culta é: 
a) Terminadas as doações, os milionários viajaram; 
b) A situação das doações foi considerada meia tranquila; 
c) O rosto dos necessitados era de uma coloração vermelho-escura; 
d) Dinheiro, equipamentos, nada podia ser dado; 
e) Ajudaram as fundações empresários e políticos. 
 
12. A alternativa abaixo em que ocorre a presença de um só adjetivo que se refere a um só substantivo é: 
a) “hierarquias, estruturas nem códigos canônicos”; 
b) “lutas sociais e políticas”; 
c) “disciplina mental e espiritual”; 
d) “diferentes tradiçõesreligiosas”; 
e) “vaidades e ambições desmedidas”. 
 
 
 
 
 
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13. Leia com atenção este poema de Adélia Prado. 
 
Impressionista 
Uma ocasião, 
meu pai pintou a casa toda 
de alaranjado brilhante. 
Por muito tempo moramos numa casa, 
como ele mesmo dizia, 
constantemente amanhecendo. 
 
O verbo amanhecer é impessoal, mas, por vezes, é usado em frases como “O dia está amanhecendo”, na 
qual há sujeito. 
Mas alguns verbos, como ter ou haver, quando impessoais, sofrem a flexão por parte do falante, como se 
observa em: 
a) Quando chegamos ao banco, na fila, tinham vinte pessoas, aproximadamente. 
b) Na reunião, houveram por bem deixar o tal assunto por último. 
c) Os grupos haviam, naturalmente, naquela situação, recebido água e comida para o fim de semana. 
d) Os buquês de flores, tendo ficado a tarde toda ao sol, tinham murchado. 
 
14. (Ufsm 2007) "A partir da eleição deste ano, a votação portando a bandeira do partido ou estampando 
a camiseta com o nome e o número do candidato está .......... pela Justiça Eleitoral. As novas regras, em 
razão da minirreforma eleitoral .......... pelo TSE, deixaram a campanha mais rígida e .......... resultar em 
cidades mais limpas." 
 
Assinale a alternativa que contemple as formas adequadas para completar as lacunas. 
a) proibida - aprovada - vão. 
b) proibido - aprovado - vão. 
c) proibido - aprovada - vai. 
d) proibida - aprovadas - vão. 
e) proibida - aprovada - vão. 
 
15. Assinale a alternativa que reescreve o texto a seguir de acordo com a norma culta, mantendo-lhe o 
sentido. 
 
Os presídios não é uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa que esteja lá presa, um 
marginal que já fez de tudo na vida não é que vai preso que ele vai mudar totalmente. 
a) Os presídios não é uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa que esteje lá preso. Um 
marginal que já fez de tudo na vida não é porque vai preso que ele vai mudar totalmente. 
b) Os presídios não são uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa que esteja lá presa, um 
marginal que já fez de tudo na vida não é que vão preso que vão mudar totalmente. 
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c) Os presídios não são uma forma de mudar o ponto de vista de quem esteja lá preso. Não é porque foi 
preso que um marginal que já fez de tudo na vida vai mudar totalmente. 
d) Presídio não é uma forma de mudar o ponto de vista das pessoas presas, um marginal não vai mudar 
totalmente por tudo que já fez na vida e então vai preso. 
e) Os presídios não são uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa presa. Um marginal que 
já fez de tudo na vida vai preso e vai mudar totalmente. 
 
16. Assinale a afirmação INCORRETA sobre uma frase de propaganda, veiculada pela mídia, do refrigerante 
Coca-Cola: "Todos falamos futebol". 
a) A concordância do verbo não é gramatical (com o sujeito "todos"), mas sim ideológica. 
b) Ao procedimento usado dá-se o nome de silepse de pessoa. 
c) O emissor da mensagem se inclui entre aqueles que falam futebol. 
d) O mesmo fenômeno de silepse ocorre na frase: "Vossa Excelência deve estar equivocado.", 
diferenciando-se apenas para a manipulação de gênero. 
e) O uso da preposição "de" com o verbo falar é optativo, fazendo com que o complemento "futebol" ou 
"de futebol" tenham a mesma função sintática. 
 
17. Leia o texto para fazer a questão 
 
Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os 
de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o 
objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à 
física. 
 William Blake* sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". 
Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça 
ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a 
morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a 
sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo. 
 Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma 
pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema. 
 
 (Rubem Alves, "A complicada arte de ver". Folha de S. Paulo, 26.10.2004) 
 
*William Blake (1757-1827) foi poeta romântico, pintor e gravador inglês. Autor dos livros de poemas 
Song of Innocence e Gates of Paradise. 
 
Assinale a alternativa em que a concordância é feita pelo mesmo motivo em que aparece na frase: "Ver é 
muito complicado". 
a) O amor próprio do tolo é mais escandaloso. b) Depois de ter errado, sentiu-se rebaixado. 
c) Não era mais prestativo, por ter sido ridicularizado. d) Não precisava saber que era o mais amado. 
e) Pôr duas colheres de açúcar é suficiente. 
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18. O Salman Rushdie era para ser a estrela da terceira Festa Literária Internacional de Parati e foi. Só 5se 
decepcionou quem esperava que ele 6se comportasse como estrela. É um homem 1........ e afável, e 7sua 
participação foi um dos pontos altos de um acontecimento que 10de tantos pontos altos pareceu uma 
cordilheira. A começar pelo 15começo, uma bela homenagem a Clarice Lispector, 11seguida de 
um 18magnífico 13show de Paulinho da Viola que acabou com todo 2........ sambando 30- 24até, 25não duvido, 
o Salman Rushdie. 
Outro 34pico do evento foi a palestra do Ariano Suassuna, cujo tema era para ser "Brasil, arquipelago de 
culturas", mas no fim foi o espetáculo de Ariano Suassuna sendo 16Ariano Suassuna, outro show 
inesquecível. Das outras mesas (que eu vi, esqueci a 26ubiquidade em casa e não pude 27ir a tudo), 
destaque para o isralense David Grossman e o sri-landês, 28se é assim que se diz, Michael Ondaatje falando 
sobre 39suas obras, a 20crítica argentina Beatriz Sarlo e o Roberto Schwartz - na mesa em que foi servida 
a 35iguaria intelectual mais fina da festa - , Jô Soares e Isabel Lustosa falando de humor com muito humor, 
o "rapper" e sociólogo 36espontâneo MV Bill, com Luiz Eduardo Soares e 31Arnaldo Jabor, no que foi 
certamente a 3........ mais 17emocional e emocionante de 32todas, e o americano John Lee Anderson e 
o 22português Pedro Rosa Mendes 12falando de suas 21experiências como repórteres de guerra no Iraque e 
em Angola, 29respectivamente. 
Eu falei para um grande grupo de crianças na Flipinha, um programa paralelo dirigido a escolares da região, 
e uma das perguntas que 40vieram da plateia foi: "O senhor sabe ler?" Pergunta 19básica e perfeita e mais 
importante do que imaginava a pequena autora. Ela 4checava as minhas credenciais para ser escritor e 
estar ali mandando todos 41lerem. Saber ler não significa apenas ser 37alfabetizado ou interpretar um texto 
como faz o Salman Rushdie, que lê como o ator frustado que 8confessou ser. Também significa saber ler a 
realidade à 9sua volta, como fazem David Grossman, que vive em Jerusalém e tenta se manter racional e 
humano em meio 42aos ódios dos dois lados, 33ou MV Bill, que nasceu na Cidade de Deus e sobreviveu e 
hoje faz a leitura mais certa do que é ser negro e pobre no Brasil. E aprender a ler também significa 
descobrir escritores, como se faz na Flip.23Saí de Parati 38decidido a ler 14tudo que encontrar do Grossman 
e da Beatriz Sarlo, por exemplo. Poderia ter respondido à menina que não, ainda não sabia ler como 
deveria, mas que chegaria lá. 
(Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando. Zero Hora, 14 jul. 2005, p. 3.) 
 
Considere o enunciado a seguir e as quatro propostas para completá-lo. 
Sem prejuízo da correção gramatical, seria possível substituir 
1 - SUAS OBRAS (ref. 39) por A SUA OBRA. 
2 - VIERAM (ref. 40) por VEIO. 
3 - LEREM (ref. 41) por LER. 
4 - AOS ÓDIOS (ref. 42) por AO ÓDIO. 
 
Quais propostas estão corretas? 
a) Apenas 1 e 2. 
b) Apenas 1 e 3. 
c) Apenas 3 e 4. 
d) Apenas 2, 3 e 4. 
e) 1, 2 , 3 e 4. 
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19. No ensino, como em outras coisas, a liberdade deve ser questão de grau. Há liberdades que não podem 
ser toleradas. Uma vez conheci uma senhora que afirmava não se dever proibir coisa alguma a uma 
criança, pois ela deve desenvolver sua natureza de dentro para fora. "E se a sua natureza a levar a engolir 
alfinetes?" indaguei; lamento dizer que a resposta foi puro vitupério. No entanto, toda criança abandonada 
a si mesma, mais cedo ou mais tarde engolirá alfinetes, tomará veneno, cairá de uma janela alta ou doutra 
forma chegará a mau fim. Um pouquinho mais velhos, os meninos, podendo, não se lavam, comem 
demais, fumam até enjoar, apanham resfriados por molhar os pés, e assim por diante - além do fato de se 
divertirem importunando anciãos, que nem sempre possuem a capacidade de resposta de Eliseu. Quem 
advoga a liberdade da educação não quer dizer que as crianças devam fazer, o dia todo, o que lhes der na 
veneta. Deve existir um elemento de disciplina e autoridade: a questão é até que ponto, e como deve ser 
exercido. 
(Bertrand Russell, Ensaios céticos.) 
"- Quem advoga a liberdade da educação não quer dizer que as crianças devam fazer, o dia todo, o que lhes 
der na veneta." 
Substituindo-se "Quem" por "As pessoas que", obtém-se: 
 
a) As pessoas que advoga a liberdade da educação não querem dizer que as crianças devam fazer, o dia 
todo, o que lhes der na veneta. 
b) As pessoas que advogam a liberdade da educação não quer dizerem que as crianças devam fazer, o dia 
todo, o que lhes derem na veneta. 
c) As pessoas que advogam a liberdade da educação não quer dizer que as crianças devam fazer, o dia 
todo, o que lhes der na veneta. 
d) As pessoas que advogam a liberdade da educação não querem dizer que as crianças devam fazer, o dia 
todo, o que lhes der na veneta. 
e) As pessoas que advogam a liberdade da educação não querem dizerem que as crianças devam fazer, o 
dia todo, o que lhes derem na veneta. 
 
20. 
A situação da leitura no Brasil é muito precária, e nem é preciso dizer 1aqui as consequências dessa 
nossa debilidade. Todo o conhecimento acadêmico da humanidade está nos livros. É preciso ler, e 5saber 
ler. Nos países chamados de Primeiro Mundo, a média de leitura é de dez livros por ano. Na França, cada 
pessoa lê, em média, 25 livros por ano; no Brasil, pouco mais de um. A justificativa que tem sido 
apresentada constitui um círculo vicioso: as pessoas não 9leem porque os livros são caros, mas os livros são 
caros porque as pessoas não 10leem, as tiragens são pequenas e o custo torna-se mais alto. 2Essa é uma 
explicação 6simplista. 3A questão é cultural, profunda, vem desde 4nosso passado colonial. 
 Creio que é muito difícil tornar leitor um adulto não leitor. Seria preciso fazer uma longa e massiva 
campanha, como a que vem sendo feita há décadas por diversos setores da sociedade, como médicos, 
imprensa e poderes públicos, em favor da mudança nos hábitos relativos à saúde física. Nunca houve algo 
parecido no que toca à leitura. As campanhas são isoladas, restritas. 
 Mas é muito fácil transformar uma criança em leitor. As crianças costumam adorar os livros, as 
histórias e as ilustrações; têm 7sede de conhecimento, fantasias e descobertas; e estão em fase de 
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formação e aquisição dos gostos e hábitos que as acompanharão por toda a vida. A solução, portanto, seria 
introduzir no currículo escolar a matéria leitura. Uma matéria agradável, de baixo custo e de grande 
rendimento. 8Basta instruir os professores: leiam com as crianças, todos os dias. 
(Adaptado de Miranda, Ana. Sobre o hábito da leitura. Caros Amigos, n. 109, abr. 2006.) 
 
Considere o enunciado a seguir e as quatro propostas para completá-lo. 
 
"As crianças costumam adorar os livros, as histórias e as ilustrações; têm sede de conhecimento, fantasias 
e descobertas; e estão em fase de formação e aquisição dos gostos e hábitos que as acompanharão por 
toda a vida." 
 
No trecho, a substituição de AS CRIANÇAS por A CRIANÇA tornaria necessária, entre outras, a substituição 
de 
 
1 - COSTUMAM por COSTUMA. 
2 - TÊM por TEM. 
3 - AS por A. 
4 - ACOMPANHARÃO por ACOMPANHARÁ. 
 
Quais propostas estão corretas? 
a) Apenas 1 e 2. 
b) Apenas 2 e 3. 
c) Apenas 3 e 4. 
d) Apenas 1, 2 e 3. 
e) 1, 2 , 3 e 4. 
 
21. 
NEM MÉDICO COMPREENDE LETRA DE COLEGA 
 
 "Nem mesmo os médicos conseguem, muitas vezes, entender o diagnóstico escrito pelos colegas 
durante o atendimento a pacientes. É isso que mostra uma pesquisa realizada na Universidade Federal de 
São Paulo (Unifesp). 
 O estudo comparou prontuários médicos e comprovou que a letra ilegível impede que médicos da 
mesma especialidade cheguem a um diagnóstico igual sobre o quadro clínico do paciente. 
 A pesquisa foi tese de mestrado do fisioterapeuta Maurício Merino Nunes, do Departamento de 
Informática em Saúde. Ele avaliou o grau de entendimento de prontuários feitos por médicos ortopedistas 
do grupo de joelho do Cete (Centro de Traumatologia do Esporte) da Unifesp. 
 O prontuário deve ser compreendido por outros profissionais para que seja possível dar 
continuidade ao tratamento de um paciente. "Se o médico não tem a informação adequada, existe a 
possibilidade de não fazer o tratamento correto", afirmou Nunes, autor da tese. A legibilidade dos 
prontuários médicos é exigida no código de ética da profissão. 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Prof. Doutora ROSANE REIS PROMILITARES  COLÉGIO NAVAL/EPCAR  MÓDULO 12 
 
 
 
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 A ilegibilidade da letra do médico pode acarretar uma advertência ao profissional. A necessidade de 
o prontuário ser compreensível faz parte do Código de Ética Médica e de uma resolução do Conselho 
Federal de Medicina." 
(Folha de S. Paulo, 09.07.2005. Adaptado.) 
 
A frase - "Se o médico não tem a informação adequada, existe a possibilidade de não fazer o tratamento 
correto..." 
 
Assinale a frase correta quanto à concordância. 
a) Existem possibilidades de o médico não fazer o tratamento adequado, caso não tenha informações 
adequadas. 
b) É possível que os médicos não façam o tratamento adequado, caso não tenha a informação adequada. 
c) Sem que hajam informações adequadas, o médico pode não fazer o tratamento correto. 
d) Como não têm as informações adequadas, existe a possibilidade de o médico não fazer o tratamento 
correto. 
e) Vislumbra-se possibilidades de os médicos não fazer o tratamento adequado, se não tiver as 
informações adequadas. 
 
22. Antes de mais nada, é preciso esclarecer que há uma diferença bastante significativa entre 
responsabilidade social e ação social. Enquanto o primeiro compreende uma série de itens nos quais a 
empresa deve ter comprometimentoético, com fornecedores, acionistas, empregados e o meio ambiente, 
por exemplo, o segundo se dá exclusivamente na relação da empresa com a comunidade. Entender essas 
definições é de fundamental importância para as empresas que já desenvolveram, vêm desenvolvendo ou 
querem desenvolver alguma atividade na área social. (...) 
Há várias explicações para esse processo de conversão de pensamento das empresas. A mais difundida 
delas é justamente a mais simples e também a mais lógica: com a redemocratização, as relações tomaram-
se mais transparentes. E, na era das comunicações, com a sociedade tomando conhecimento de 
movimentos como "Ação pela Cidadania Contra a Fome e a Miséria", de eventos como a "Rio 92" e com o 
crescimento de ONGs, ao redor do Brasil, nasceu uma cobrança de postura. Cobrança essa que é de todos 
e recai na área social, pela percepção dos problemas, como pobreza, fome, violência. Logo, ficaria difícil 
criar "ilhas de prosperidade" no meio dos problemas. 
 (Jornal do Commercio: 21/07/2002. Fragmento) 
 
 
A concordância verbal e a nominal estão de acordo com a norma padrão em: 
a) Houveram implicações boas e más naquelas atitudes dos empresários de Pernambuco. 
b) Propostas, o mais adequadas possíveis, em termos de qualidade, foi apresentada aos trabalhadores. 
c) Quaisquer deslizes perante o consumidor, nessa área, provoca problemas para a empresa. 
d) É necessário paciência para poderem os trabalhadores conseguirem seus plenos direitos. 
e) A ação social, um dos temas mais discutidos atualmente, faz os interessados repensarem a política fiscal. 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Prof. Doutora ROSANE REIS PROMILITARES  COLÉGIO NAVAL/EPCAR  MÓDULO 12 
 
 
 
40 
 
1. 
RESPOSTA: C 
 
2. 
RESPOSTA: D 
 
3. 
RESPOSTA: D 
 
4. 
RESPOSTA: D 
 
5. 
RESPOSTA: C 
 
6. 
RESPOSTA: B 
 
7. 
RESPOSTA: E 
 
8. 
RESPOSTA: C 
 
9. 
RESPOSTA: E 
 
10. 
RESPOSTA: A 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Prof. Doutora ROSANE REIS PROMILITARES  COLÉGIO NAVAL/EPCAR  MÓDULO 12 
 
 
 
41 
11. 
RESPOSTA: B 
 
12. 
RESPOSTA: A 
 
13. 
RESPOSTA: A 
 
14. 
RESPOSTA: A 
 
15. 
RESPOSTA: C 
 
16. 
RESPOSTA: E 
 
17. 
RESPOSTA: E 
 
18. 
RESPOSTA: E 
 
19. 
RESPOSTA: D 
 
20. 
RESPOSTA: E 
 
21. 
RESPOSTA: A 
 
22. 
RESPOSTA: E