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Sistema Respiratório- VAI

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BIANCA ABREU-MD3 1 
 
1. Descrever a anatomia macroscópica do sistema respiratório 
1.1 Diferenciar a via aérea superior e inferior 
1.2 Citar os músculos ventilatórios (principais e acessórios) 
1.3 Caracterizar as pleuras (visceral e parietal) 
 
2. Descrever a histologia da via aérea inferior 
2.1. Distinguir os bronquíolos terminais e respiratórios 
2.2. Descrever a membrana alvéolo capilar 
 
3. Conceituar e diferenciar ventilação e respiração 
3.1. Conceituar e diferenciar complacência e elastância 
3.2. Descrever a mecânica respiratória 
3.3. Relacionar a mecânica respiratória com os músculos respiratórios e com a lei de Boyle 
3.4. Conceituar ciclo respiratório 
3.5. Citar as pressões que favorecem ou se opõem a mecânica respiratória 
3.6. Descrever a lei de Dalton 
3.7. Conceituar débito respiratório (volume pulmonar total, volume X corrente) 
3.8. Descrever o mecanismo de secreção do surfactante e de que maneira ele contribui para a 
mecânica respiratória 
4. Descrever o funcionamento da membrana alvéolo-capilar 
4.1. Correlacionar a lei de Henry com a solubilidade dos gases (O2 e CO2) 
4.2. Descrever o processo fisiológico das trocas gasosas 
4.3. Conceituar e diferenciar o efeito Bohr e Haldane. Onde eles acontecem, como eles 
acontecem e qual a relação com o PH sanguíneo 
4.4. Definir os limites normais do PH ideal do sangue, do HCO3 e CO2 
4.5. Conceituar e diferenciar hipóxia e hipoxemia, hipercapnia e hipocapnia 
5. Citar os valores de 02 e CO2 no sangue arterial e venoso 
6. Conceituar e caracterizar a cianose central e periférica 
 
 
BIANCA ABREU-MD3 2 
 
Sistema Respiratório 
A função mais relevante do sistema respiratório é a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o 
ambiente e as células do corpo. Ar fresco é trazido para o interior dos pulmões durante a fase inspiratória 
do ciclo respiratório, oxigênio e dióxido de carbono são trocados entre o ar inspirado e o sangue capilar 
pulmonar, e o ar é, então, expirado. 
Os pulmões consistem em um epitélio de troca com vasos sanguíneos associados, sendo assim, algumas 
das funções desse sistema são: 
• Troca de gases entre sangue e atmosfera 
• Regulação homeostática do Ph do corpo 
• Proteção 
• contra patógenos e substancias irritantes que podem ser inaladas 
• Vocalização 
Importante lembrar que o fluxo de ar entre atmosfera e corpo requer uma bomba muscular para gerar 
gradiente de pressão, a qual é constituída pela cavidade torácica e seus músculos! 
O fluxo segue das regiões de alta pressão para as regiões de baixa pressão, do mesmo modo como 
ocorre no sistema cardiovascular 
Anatomia macroscópica do sistema respiratório 
O sistema respiratório é constituído por vias aéreas, as quais são responsáveis pelo processo de 
condução do ar. Podendo ser vias aéreas superiores e vias aéreas inferiores. 
A via aérea superior é composta pela boca, cavidade nasal, faringe e laringe. Aqui se localiza tudo que 
está fora da caixa torácica. 
A via aérea inferior é composta pela 
traqueia, os 2 brônquios principais, as 
ramificações desses brônquios e os 
pulmões. Aqui se localiza tudo que está 
inserido na caixa torácica. 
 
 
 
BIANCA ABREU-MD3 3 
 
Músculos Respiratórios 
O ciclo respiratório contem 2 fenômenos, a inspiração (entrada de ar) e a expiração (saída de ar), para 
cada um dele é necessária uma “família” de músculos para auxiliar, exceto pela expiração, tendo em 
conta que é um processo passivo de relaxamento. 
Músculos respiratórios da inspiração NORMAL: 
Diafragma e intercostais externos 
Músculos respiratório da inspiração FORÇADA: 
Escaleno anterior, médio e posterior+ Esternocleidomastoideo + Peitoral menor 
Músculos respiratórios da expiração NORMAL: 
Apenas o relaxamento dos músculos 
Músculos respiratórios da expiração FORÇADA: 
Obliquo interno + Obliquo externo + Reto Abdominal + Intercostais Internos + Transverso Abdominal 
IMPORTANTE! 
Durante a inspiração, os músculos intercostais externos contraem e 
tracionam as costelas para cima e para fora, ampliando a caixa 
torácica! O movimento dela para cima é comparado a uma alavanca, e 
o movimento dela para baixo é comparado a uma alça de balde. 
Lembrando também, que nesse movimento o diafragma desce devido 
a sua contração. Já no processo de inspiração forçada, os músculos 
acessórios atuam para promover uma inspiração mais vigorosa, tendo 
em conta que geram um aumento significativo de volume nos pulmões. 
Durante a expiração, o ar é conduzido para fora dos pulmões pelo 
gradiente reverso de pressão entre os pulmões e a atmosfera, até que 
o sistema alcance de novo seu ponto de equilíbrio. No entanto, quando 
ocorre o processo de expiração forçada, os músculos abdominais 
comprimem a cavidade abdominal e empurram o diafragma para cima, 
e os músculos intercostais internos empurram as costelas para baixo e 
para dentro. 
 
 
 
 
 
 
BIANCA ABREU-MD3 4 
 
Mecânica respiratória 
Para que a mecânica respiratória aconteça, os pulmões são submetidos a diversas pressões, sendo as 
principais a pressão atmosférica e a pressão alveolar (ou intrapulmonar). É necessário que haja 
diferença de pressão entre a parte externa (ar ambiente) e interna (alvéolos) dos pulmões para que o ar 
possa entrar e sair dos pulmões. É importante lembrar que os gases sempre se movimentam de um 
meio de maior pressão, para um meio de menor pressão. 
No processo de inspiração, os músculos inspiratórios aumentam o volume da caixa torácica, os 
pulmões se expandem e a pressão em seu interior diminui, ficando menor do que a pressão atmosférica e 
o ar entra nos pulmões. Na inspiração, os pulmões apresentam pressão negativa (menor do que a 
pressão atmosférica) e o ar ambiente apresenta pressão positiva (maior do que a pressão intrapulmonar) 
e por este motivo o ar consegue entrar nos pulmões. 
No processo de expiração, a retração do tecido pulmonar 
diminui o volume da caixa torácica, os pulmões retraem e a 
pressão em seu interior aumenta, ficando maior do que a 
pressão atmosférica e o ar sai dos pulmões. Na expiração, os 
pulmões apresentam pressão positiva (maior do que a pressão 
atmosférica) e o ar ambiente apresenta pressão 
negativa (menor do que a pressão intrapulmonar) e por este 
motivo o ar consegue sair dos pulmões. 
 
 
 
 
LEI DE BOYLE E A MECÂNICA RESPIRATÓRIA 
P1 x V1= P2 x V2 
“Mudanças no volume da cavidade torácica durante a 
ventilação causam gradientes de pressão que geram fluxo de 
ar. Quando o volume do tórax aumenta, a pressão alveolar 
diminui e o ar flui para dentro do sistema respiratório. Por 
outro lado, quando o volume do tórax diminui, a pressão 
alveolar aumenta e o ar flui para a atmosfera. Esse 
movimento é chamado de fluxo de massa, visto que toda a 
mistura de gases está se movendo, não apenas um gás distribuído pelo ar” 
 
Pulmões 
http://anatomiafacil.com.br/wp-content/uploads/2016/06/muscresp8.png
http://anatomiafacil.com.br/wp-content/uploads/2016/06/muscresp9.png
 
BIANCA ABREU-MD3 5 
 
São órgãos de formato cônico, intratorácicos e protegidos pelos arcos intercostais. Eles são essenciais 
para a respiração e são responsáveis pela captação de oxigênio para o sangue e pela remoção do 
dióxido de carbono. Eles estão localizados de cada lado do coração e de outras estruturas mediastinais. 
O seu ápice está apontado para cima e a sua base localizada embaixo, diferindo do sistema 
cardiovascular. Ele possui três faces, costal, diafragmática e mediastinal, sendo que os nomes são 
sugestivos da sua localidade. 
O pulmão direito difere do esquerdo, tendo em conta a sua localização anatômica na cavidade torácica. 
O pulmão direito possui 3 lobos (Médio, inferior e posterior) e 2 fissuras (Obliqua direita e horizontal); já o 
pulmão esquerdo possui 2 lobos (Inferior e posterior) e 1 fissura (Obliqua esquerda). 
Interessante ressaltar que no pulmão esquerdo existem adaptações anatômicas devidoa presença do 
ápice do coração, assim surge a incisura cardíaca e abaixo dela está situada a língula pulmonar. 
Cada pulmão é coberto pela pleura, uma membrana serosa disposta como um saco fechado invaginado. 
A pleura visceral ou pulmonar adere intimamente à superfície pulmonar e a suas fissuras interlobares. 
Sua continuação, a pleura parietal, reveste a metade correspondente da parede torácica e cobre grande 
parte do diafragma e das estruturas que ocupam a região média do tórax. As pleuras visceral e parietal 
são contínuas uma com a outra em torno das estruturas hilares e permanecem em contato íntimo, ainda 
que deslizando uma sobre a outra, em todas as fases da respiração. O espaço potencial entre elas é a 
cavidade pleural, que é mantida a uma pressão negativa (pressão intrapleural) pelo recolhimento elástico 
do pulmão e o empuxo externamente dirigido da parede torácica. 
Obs.: Hilo pulmonar são orifícios 
localizados nas porções internas 
dos pulmões. A região 
do hilo localiza-se na face 
mediastinal de cada pulmão sendo 
formado pelas estruturas que 
chegam e saem dele, onde temos: 
os brônquios principais, 
artérias pulmonares, 
veias pulmonares, artérias e veias 
bronquiais e vasos linfáticos. 
 
 
Traqueia 
É um órgão tubular, constituído de 
cartilagem traqueal, a qual tem um 
formato de ferradura, ou seja, não 
se fecham anteriormente, possuindo 
uma membrana elástica que limita a 
área. Inicia no ligamento 
 
BIANCA ABREU-MD3 6 
 
cricotraqueal e segue ate a cartilagem carina. O epitélio respiratório típico (pseudoestratificado colunar 
ciliado) reveste a traqueia e a sua principal função é servir como um conduto de ar. 
A traqueia possui 4 subcamadas: 
• Mucosa: composta de um epitélio pseudoestratificado ciliado e uma lâmina própria rica em fibras 
elásticas 
• Submucosa: composta de um tecido conjuntivo ligeiramente mais denso que a lâmina própria 
• Camada cartilaginosa: composta de cartilagem hialina em formato de C 
• Adventícia: composta de tecido conjuntivo que liga a traqueia às estruturas adjacentes 
Na lâmina própria da traqueia encontramos tecido conjuntivo frouxo típico e linfócitos. Já no epitélio de 
revestimento, é possível encontrar células colunares ciliadas (funcionam como uma “escada rolante 
mucociliar” que serve como um importante mecanismo protetor para a remoção de pequenas partículas 
inaladas dos pulmões.), células mucosas, células basais (mantem a renovação do epitélio), células em 
escova e células granulares (o representantes respiratórias da classe geral das células enteroendócrinas 
do intestino e derivadas do intestino. Sua presença é explicada pelo desenvolvimento do trato respiratório 
e dos pulmões a partir de uma evaginação do intestino anterior primitivo). 
Brônquios 
É uma extensão da traqueia, ele se divide em brônquio principal D/E, depois em brônquio 
secundário/lobar e, por último, em brônquio terciário/segmentar (os que vão formar os segmentos do 
pulmão). 
O pulmão esquerdo é dividido em dois lobos: o pulmão direito é dividido em três lobos. Portanto, o 
brônquio direito divide-se em três ramos brônquicos lobares, e o esquerdo, em dois ramos brônquicos 
lobares, cada brônquio suprindo um lobo. 
Obs.: o limite entre a mucosa e a submucosa é a membrana elástica, já o limite entre a submucosa e a 
adventícia é ajustado pelas cartilagens e músculos traqueais. 
Os brônquios possuem 5 camadas 
• Mucosa, composta de epitélio pseudoestratificado com a mesma composição celular da traqueia. 
• Muscular, uma camada contínua de músculo liso nos brônquios mais calibrosos. Ela é mais 
atenuada e frouxamente organizada nos brônquios menores, onde pode parecer descontínua 
devido ao seu curso em espiral. A contração do músculo regula o diâmetro apropriado da via 
respiratória. 
• Submucosa permanece como um tecido conjuntivo relativamente frouxo. Estão presentes 
glândulas bem como tecido adiposo nos brônquios maiores. 
• Uma camada cartilaginosa consiste em placas cartilaginosas descontínuas que se tornam 
menores à medida que o diâmetro brônquico diminui. 
• A adventícia é composta de tecido conjuntivo moderadamente denso que é contínuo com o das 
estruturas adjacentes, como a artéria pulmonar e o parênquima pulmonar 
Bronquíolos 
 
BIANCA ABREU-MD3 7 
 
À medida que os brônquios diminuem de tamanho devido a ramificação, as placas de cartilagem tornam-
se menores e menos numerosas. Assim, o ramo é designado bronquíolo. 
Os bronquíolos são ductos condutores de ar. Os bronquíolos maiores representam ramos dos brônquios 
segmentares. Esses ductos ramificam-se repetidamente, dando origem aos bronquíolos terminais 
menores que também se ramificam. Os bronquíolos terminais geralmente dão origem aos bronquíolos 
respiratórios. 
Bronquíolos terminais: são revestidos por um epitélio simples cúbico no qual as células de Clara estão 
entremeadas com as células ciliadas, ainda assim células em escova e ocasionais células granulares 
pequenas também estão presentes. Uma pequena quantidade de tecido conjuntivo encontra-se 
subjacente ao epitélio, e uma camada circunferencial de músculo liso encontra-se subjacente ao tecido 
conjuntivo nas porções condutoras 
Obs.: Células de clara→ células não ciliadas que têm uma projeção característica arredondada ou em 
forma de cúpula na superfície apical; secretam um agente tensoativo, uma lipoproteína que impede a 
adesão luminal caso as paredes das vias respiratórias colabem, sobretudo durante a expiração. 
Bronquíolos respiratórios: são a primeira parte da árvore brônquica que permite a troca gasosa; zona de 
transição no sistema respiratório; revestidos por epitélio cúbico; contém tanto células ciliadas quanto 
células de Clara e células em escova e células granulares de núcleo denso também estão 
ocasionalmente presentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alvéolos 
Os alvéolos são o espaço de troca gasosa do sistema respiratório, eles possuem uma rede de capilares 
que auxilia diretamente nesse processo, colocando o sangue e o ar inalado bem próximos. 
Os alvéolos possuem estruturas que confluem com ele: 
 
BIANCA ABREU-MD3 8 
 
Ductos alveolares: vias respiratórias alongadas que quase não têm parede, apenas alvéolos, como seu 
limite periférico. 
Sacos Alveolares: espaços circundados por agrupamentos de alvéolos 
Septo Interalveolar: camada de tecido conjuntivo excessivamente delgada entre os espaços aéreos 
alveolares adjacentes que contém capilares sanguíneos. 
Obs.: O septo alveolar é o local da barreira hematoaérea, refere-se às células e produtos celulares 
através dos quais os gases devem se difundir entre os compartimentos alveolares e capilares 
O epitélio alveolar é composto de células alveolares dos tipos I e II e de células em escova ocasionais. 
As células alveolares do tipo I ou pneumócitos do tipo I, compreendem apenas 40% de todas as células 
do revestimento alveolar. Elas são células pavimentosas extremamente finas e revestem a maior parte 
(95%) da superfície dos alvéolos. Essas células são unidas entre si e a outras células do epitélio alveolar 
por zônulas de oclusão. Importante salientar que as células alveolares do tipo I não são capazes de 
divisão celular. 
As células alveolares do tipo II ou pneumócitos do tipo II, são células secretoras. Essas células cúbicas 
estão entremeadas com as células do tipo I, porém tendem a congregar-se nas junções septais. As 
células do tipo II representam 60% das células do revestimento alveolar, porém, devido a seu formato 
diferente, cobrem apenas cerca de 5% da superfície aérea alveolar. Seu citoplasma apical é preenchido 
com grânulos, os quais tem formato de pilhas de lamelas de membrana paralelas, os corpos lamelares. 
Elas são ricas em uma mistura de fosfolipídios, lipídios neutros e proteínas, que é secretada por 
exocitose para formar o revestimento alveolar, um agente tensoativo denominado surfactante. 
Além da secreção desurfactante, as células alveolares do tipo II são células progenitoras para as 
células alveolares do tipo I. Após lesão pulmonar, elas proliferam e restauram ambos os tipos de 
células alveolares nos alvéolos. 
Obs.: As proteínas do surfactante ajudam a organizar a camada de surfactante e modulam as 
respostas imunes alveolares. 
Além dos fosfolipídios, as proteínas hidrofóbicas são necessárias para a estrutura e a função do 
surfactante. Essas proteínas são relacionadas aqui: 
• A proteína A do surfactante (SP-A), a proteína do surfactante mais abundante. A SP-A é 
responsável pela homeostase do surfactante (regulação da síntese e secreção do surfactante 
pelas células alveolares do tipo II). Ela também modula as respostas imunes a vírus, bactérias e 
fungos. 
• A proteína B do surfactante (SP-B), uma proteína importante para a transformação dos corpos 
lamelares no delgado filme de superfície de surfactante. A SP-B é uma proteína importante na 
organização do surfactante responsável pela absorção e disseminação do surfactante na 
superfície do epitélio alveolar. 
• A proteína C do surfactante (SP-C), que representa apenas 1% da massa total de proteína do 
surfactante. Juntamente com a SP-B, a SP-C auxilia na orientação da DPPC dentro do 
surfactante na manutenção da fina camada de filme dentro dos alvéolos. 
• A proteína D do surfactante (SP-D) é uma proteína primária envolvida na defesa do hospedeiro. 
Ela se liga a vários microrganismos (p. ex., bactérias Gram-negativas) e aos linfócitos. 
 
BIANCA ABREU-MD3 9 
 
OBS.: MACRÓFAGOS ALVEOLARES 
São incomuns uma vez que funcionam tanto no tecido conjuntivo do septo quanto no espaço aéreo do 
alvéolo. Nos espaços aéreos, eles varrem a superfície para remover material particulado inalado e, por 
conseguinte, recebe o nome alternativo de células da poeira. 
 
 
Ventilação e Respiração 
A respiração celular refere-se à reação intracelular de oxigênio com moléculas orgânicas para produzir 
CO2, H2O e ATP. 
 
BIANCA ABREU-MD3 10 
 
A respiração externa pode ser subdivida em 4 processos: 
• Ventilação→ troca de ar entre a atmosfera e os pulmões 
• Troca de CO2 e O2 entre os pulmões e o sangue 
• Transporte de O2 e CO2 pelo sangue 
• Troca de gases entre o sangue e as células 
Volume e Capacidade Pulmonar 
O ar movido durante a respiração pode ser dividido em quatro volumes pulmonares: (1) volume corrente, 
(2) volume de reserva inspiratório, (3) volume de reserva expiratório e (4) volume residual 
Os volumes pulmonares variam consideravelmente com a idade, o sexo, a altura e o peso 
Única inspiração ou expiração; aproximadamente 500ml 
Volume adicional inspirado, acima do volume corrente; aproximadamente 6x maior que o volume corrente 
Expiração vigorosa após expiração espontânea; aproximadamente 1100ml 
Aproximadamente 1200ml, não pode ser medido diretamente pois sempre sobrara ar nos pulmões e nas 
vias aéreas. Ele existe porque os pulmões são mantidos estirados aderidos pelo líquido pleural às 
costelas. 
A capacidade é a soma de volumes pulmonares 
A capacidade vital (CV) é a soma do volume de reserva inspiratório, volume de reserva expiratório e 
volume corrente. A capacidade vital representa a quantidade máxima de ar que pode ser voluntariamente 
movida para dentro ou para fora do sistema respiratório a cada respiração (ciclo ventilatório) 
 
Ciclo Respiratório 
Esse ciclo consiste em uma inspiração seguida por uma expiração. 
O ar flui para dentro dos pulmões devido ao gradiente de pressão criado por uma bomba 
No sistema respiratório, os músculos da caixa torácica e o diafragma funcionam como uma bomba, uma 
vez que a maior parte do tecido pulmonar é um fino epitélio de troca. Quando esses músculos se 
contraem, os pulmões expandem-se, uma vez que estão presos à parede interna do tórax pelo líquido 
pleural 
 
BIANCA ABREU-MD3 11 
 
A inspiração ocorre quando a pressão alveolar reduz, assim fazendo com o que o ar entre devido ao 
gradiente de pressão. 
Alterações de pressão alveolar durante a inspiração 
Tempo 0. Na breve pausa entre as respirações, a pressão alveolar é igual à pressão atmosférica (0 
mmHg no ponto A1). Quando as pressões são iguais, não há fluxo de ar. 
Tempo 0 a 2 segundos: inspiração. Quando a inspiração inicia, os músculos inspiratórios contraem, e o 
volume torácico aumenta. Com o aumento do volume, a pressão alveolar diminui cerca de 1 mmHg 
abaixo da pressão atmosférica (1 mmHg, ponto A2), e o ar flui para dentro dos alvéolos (ponto C1 a C2). 
A mudança do volume torácico ocorre mais rapidamente do que a velocidade do ar fluindo para dentro 
dos pulmões, e, assim, a pressão alveolar atinge o seu valor mais baixo no meio do processo de 
inspiração (ponto A2). Como o ar continua a fluir para dentro dos alvéolos, a pressão aumenta até a caixa 
torácica parar de expandir-se, imediatamente antes do término da inspiração. O movimento do ar 
continua por mais uma fração de segundo, até que a pressão dentro dos pulmões se iguala à pressão 
atmosférica (ponto A3). Ao término da inspiração, o volume pulmonar está no seu valor máximo no ciclo 
respiratório (ponto C2), e a pressão alveolar é igual à pressão atmosférica. 
Alterações de pressão alveolar durante a expiração 
Tempo 2 a 4 segundos: expiração. Como os volumes pulmonares e torácicos diminuem durante a 
expiração, a pressão de ar nos pulmões aumenta, atingindo cerca de 1 mmHg acima da pressão 
atmosférica (ponto A4). A pressão alveolar é agora maior do que a pressão atmosférica, de modo que o 
fluxo de ar se inverte, e o ar move-se para fora dos pulmões. 
Tempo 4 segundos. No 
final da expiração, o 
movimento de ar cessa 
quando a pressão 
alveolar novamente se 
iguala à pressão 
atmosférica (ponto A5). 
O volume pulmonar 
atinge o seu valor 
mínimo dentro do ciclo 
respiratório (ponto C3). 
Nesse ponto, o ciclo 
respiratório terminou e 
está pronto para ser 
iniciado novamente com 
a próxima respiração. 
 
 
BIANCA ABREU-MD3 12 
 
Pressão intrapleural 
A pressão intrapleural no fluido entre as membranas pleurais é normalmente subatmosférica. Ela surge 
durante o desenvolvimento fetal, quando a caixa torácica associada com sua membrana pleural cresce 
mais rapidamente que o pulmão com sua membrana pleural associada. As duas membranas pleurais são 
mantidas unidas pelo líquido pleural, de modo que os pulmões são forçados a se estirarem, a fim de se 
adaptarem ao maior volume da cavidade torácica. Ao mesmo tempo, no entanto, o recolhimento elástico 
dos pulmões cria uma força direcionada para dentro, que tenta puxar os pulmões para longe da caixa 
torácica. A combinação da caixa torácica puxando para fora e a retração elástica dos pulmões 
puxando para dentro cria uma pressão intrapleural subatmosférica de cerca de 3 mmHg 
No início da inspiração, a pressão intrapleural é de cerca de 3 mmHg (ponto B1). À medida que a 
inspiração prossegue, a membrana pleural e os pulmões acompanham a expansão da caixa torácica 
devido a interações com o líquido pleural, porém o tecido pulmonar elástico resiste a ser estirado. A 
tendência de os pulmões ficarem o mais distante possível da caixa torácica faz a pressão intrapleural se 
tornar ainda mais negativa 
No final de uma inspiração tranquila, quando os pulmões são totalmente expandidos, a pressão 
intrapleural cai para aproximadamente 6 mmHg (ponto B2). Durante o exercício, ou outras inspirações 
vigorosas, a pressão intrapleural pode alcançar 8 mmHg, ou menos. 
Durante a expiração, a caixa torácica retorna à sua posição de repouso. Os pulmões deixam a sua 
posição de estiramento, e a pressão intrapleural retorna ao seu valor normal de cerca de 3 mmHg (ponto 
B3). Observe que a pressão intrapleural nunca se equilibra com a pressão atmosférica, pois a 
cavidade pleural é um compartimento fechado. 
Obs.: a pressão transmural é a diferença entre a pressão alveolar e a intrapleural 
OBS.: PNEUMOTÓRAXO pneumotórax é definido como a presença de ar livre na cavidade pleural; O ar move-se para os locais 
de menor pressão, de modo que a abertura entre a cavidade pleural e a atmosfera permite que o ar flua 
para dentro da cavidade. O ar que entra na cavidade pleural desfaz as interações do líquido que mantêm 
o pulmão aderido à caixa torácica. A parede torácica expande-se, ao passo que os pulmões elásticos 
colapsam para um estado não estirado, como um balão esvaziado. 
Complacência e Elastância 
Complacência é a quantidade de forca que deve ser exercida sobre um corpo (nesse caso, pulmão) para 
gerar deformação. 
CONTEXTUALIZAÇÃO CLÍNICA! 
Doenças Pulmonares Restritivas 
A diminuição da complacência pulmonar afeta a ventilação, visto que mais trabalho deve ser realizado 
para estirar um pulmão mais rígido. Condições patológicas nas quais a complacência está reduzida são 
chamadas de doenças pulmonares restritivas. Nessas condições, a energia necessária para estirar os 
pulmões menos complacentes pode exceder muito o trabalho respiratório normal. Duas causas comuns 
 
BIANCA ABREU-MD3 13 
 
de diminuição da complacência são o tecido cicatricial não elástico formado em doenças pulmonares 
fibróticas e a produção alveolar inadequada de surfactante, uma substância química que facilita a 
expansão do pulmão. 
A fibrose pulmonar é caracterizada pelo desenvolvimento de tecido fibroso cicatricial rígido que 
restringe a insuflação pulmonar. 
Elastância é a capacidade de resistir a deformação mecânica, sendo a capacidade que um corpo (nesse 
caso, pulmão) tem de voltar a sua forma original quando a força que promove a sua deformação é 
removida. 
CONTEXTUALIZAÇÃO CLÍNICA! 
O enfisema, um componente da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), está associado à perda das 
fibras elásticas nos pulmões. Como resultado, a Elastância dos pulmões diminui, assim, a força 
colapsante (retração elástica) dos pulmões fica aumentada. Sabe-se que paciente com enfisema respira 
a volumes pulmonares mais altos (fazem altos processos ativos e forçados) e com tórax com formato de 
barril.] 
Surfactante 
São moléculas que rompem as forças coesivas entre as moléculas de agua ao se substituírem por agua 
junto a superfície. 
CONTEXTO 
TENSÃO SUPERFICIAL 
Os alvéolos são revestidos internamente por delgada camada de líquido. As forças atrativas entre as 
moléculas adjacentes do líquido são mais fortes que as forças atrativas entre as moléculas do líquido e as 
moléculas do gás, nos alvéolos, o que cria a tensão superficial. Enquanto as moléculas do líquido são 
mantidas juntas por forças atrativas, a área da superfície se torna tão pequena quanto possível, formando 
uma esfera. A tensão superficial gera pressão que tende a colapsar essa esfera. 
A lei de Laplace (𝑃 =
2𝑇
𝑟
) diz que a pressão que tende a colapsar os alvéolos é, diretamente, 
proporcional à tensão superficial, gerada pelas moléculas de líquido, revestindo o alvéolo e inversamente 
proporcional ao raio. Devido à sua relação inversa com o raio, o alvéolo grande (com grande raio) 
terá baixa pressão colapsante e, assim, vai necessitar apenas de pressão mínima para se manter 
aberto. Por outro lado, o alvéolo pequeno (com pequeno raio) terá elevada pressão colapsante e 
necessitará de mais pressão para se manter aberto. Assim, pequenos alvéolos não são ideais, devido 
à sua tendência de colapsar. Por outro lado, do ponto de vista das trocas gasosas, os alvéolos 
necessitam ser tão pequenos quanto possível para aumentar a sua área total de superfície em 
relação ao volume. Esse conflito fundamental é resolvido pelo surfactante. 
Mais sobre o surfactante: 
 
BIANCA ABREU-MD3 14 
 
O surfactante é sintetizado a partir de ácidos graxos pelas células alveolares do tipo II. A composição 
exata do surfactante permanece desconhecida, mas o constituinte mais importante é a dipalmitoil 
fosfatidilcolina (DPPC). 
“O mecanismo pelo qual o DPPC reduz a tensão superficial é baseado na natureza anfipática da 
molécula fosfolipídica (i.e., hidrofóbica em uma extremidade e hidrofílica na outra). As moléculas da 
DPPC se alinham na superfície alveolar, com suas porções hidrofóbicas atraídas entre si e suas porções 
hidrofílicas repelidas. As forças intermoleculares entre as moléculas da DPPC rompem as forças de 
atração entre as moléculas do líquido que revestem o interior dos alvéolos (a responsável pela grande 
tensão superficial). Assim, quando o surfactante está presente, a tensão superficial e a pressão 
colapsante são reduzidas, e os pequenos alvéolos são mantidos abertos.” 
A diminuição da tensão superficial dos alvéolos menores reduz o trabalho no ciclo respiratório e aumenta 
a complacência pulmonar. 
A menor tensão superficial ajuda a igualar a pressão entre alvéolos de tamanhos distintos, tornando o 
inflar dos alvéolos menores mais fácil. 
 
INTERESSANTE! 
A síntese de surfactante inicia na 25ª semana de desenvolvimento fetal sob a influência de vários 
hormônios. A produção normalmente atinge níveis adequados na 34ª semana (cerca de 6 semanas antes 
do parto normal). 
Os bebês que nascem prematuramente sem concentrações adequadas de surfactante em seus alvéolos 
desenvolvem a síndrome da angústia respiratória do recém-nascido (SARNN). Além do “endurecimento” 
(baixa complacência) dos pulmões, bebês com SARNN também possuem alvéolos que colapsam cada 
vez que eles expiram. Esses bebês precisam usar uma grande quantidade de energia para expandir seus 
pulmões colapsados a cada respiração. 
Lei de Dalton 
A lei de Dalton diz que a pressão total de uma mistura de gases é a soma das pressões dos gases 
individuais. A pressão de um gás individual em uma mistura é conhecida como a pressão parcial do gás 
(Pgás). 
A pressão exercida por um gás individual é determinada somente por sua abundância relativa na mistura 
e é independente do tamanho ou da massa molecular do gás. 
 
BIANCA ABREU-MD3 15 
 
 
Conceitos importantes 
DÉBITO RESPIRATÓRIO 
Volume de ar ventilado por unidade de tempo 
VENTILAÇÃO PULMONAR TOTAL→ VOLUME DE AR MOVIDO PARA DENTRO E PARA 
FORA DOS PULMÕES A CADA MINUTO 
Frequência ventilatória X Volume corrente 
VENTILAÇÃO ALVEOLAR→ QUANTIDADE DE AR NOVO QUE ALCANÇA OS ALVÉOLOS 
Frequência ventilatória X Volume corrente- Volume do espaço morto 
ESPAÇO MORTO 
É o volume das vias aéreas e pulmões que não participa das trocas gasosas. 
O espaço morto anatômico é o volume das vias condutoras aéreas, incluindo o nariz (e/ou boca), 
traqueia, brônquios e bronquíolos, já o espaço morto fisiológico é o volume total dos pulmões que não 
participa na troca gasosa. O espaço morto fisiológico inclui o espaço morto anatômico das vias 
condutoras aéreas mais o espaço morto funcional nos alvéolos. 
IMPORTANTE! 
Resistência das Vias Aéreas 
Broncoconstrição e Broncodilatação 
A broncoconstrição aumenta a resistência ao fluxo de ar e diminui a quantidade de ar novo que alcança 
os alvéolos, já a broncodilatação é provocada pelo aumento de CO2 expirado, que relaxa o musculo liso 
bronquiolar. 
“o músculo liso dos bronquíolos é bem suprido por receptores B2, que respondem a adrenalina” 
A histamina atua na broncoconstrição→ relacionar com alergias 
Funcionamento da membrana alvéolo-capilar 
A transferência de O2 dos alvéolos para o sangue requer a difusão criada pelas células alveolares tipo I e 
pelo endotélio capilar. 
 
BIANCA ABREU-MD3 16 
 
 
Trocas de gases nos pulmões e nos tecidos i 
Ocorre nos Alvéolos, os quais estão agrupados nas 
extremidades dos Bronquíolos Terminais. 
Se a difusão dos gases entre os Alvéolos e o sangue 
é significativamente prejudicada, ou se o transporte 
de oxigênio no sangue é inadequado, o sujeito entra 
em Hipóxia (estado de muito pouco oxigênio nos 
tecidos). Por outro lado, a Hipoxemia é a deficiência 
anormal de concentração de oxigênio no sangue 
arterial. 
A hipóxia é frequentemente acompanhadade 
Hipercapnia, isto é, uma concentração elevada de 
CO2. No entanto A hipocapnia é o estado do dióxido 
de carbono reduzido no sangue, sendo 
habitualmente resultado de respiração profunda ou 
rápida, conhecida como hiperventilação 
Esse sistema é controlado por três variáveis 
importantíssimas 
1.Oxigênio (O2): o fornecimento de oxigênio arterial para as células deve ser adequado para manter 
a Respiração Aeróbia e a produção de ATP; 
2.Dióxido de Carbono (CO2): é produzido como um produto residual durante o ciclo do Ácido Cítrico. 
A eliminação de CO2 pelos Pulmões é importante por duas razões: altos níveis de CO2 atuam como 
um depressor do Sistema Nervoso Central e provocam um estado de Acidose (pH baixo) através 
da seguinte reação: CO2 + H2O -> H2CO3 -> H+ + HCO3. 
3.pH: a homeostasia do pH é crítica para impedir a desnaturação de proteínas. O Sistema 
Respiratório monitora o pH plasmático e utiliza as alterações na ventilação para equilibrar o pH. 
O2 “caminha” da área de maior pO2 (maior afinidade O2-Hb) até a de menor (menor 
afinidade O2-Hb) 
Trajeto de O2 
 
BIANCA ABREU-MD3 17 
 
Alvéolo→Sangue→Tecidos 
CO2 tem a vantagem de ser mais solúvel que o O2. 
Trajeto de CO2 
Tecido→Sangue→Alvéolos 
“As trocas gasosas no sistema respiratório se referem à difusão do O2 e do CO2 nos pulmões e 
nos tecidos periféricos. O O2 é transferido do gás alveolar para o sangue capilar pulmonar e, em 
última instância, entregue aos tecidos, onde se difunde do sangue capilar sistêmico para dentro 
das células. O CO2 é entregue dos tecidos ao sangue venoso, para o sangue capilar pulmonar, 
sendo transferido para o gás alveolar para ser expirado” 
Ocorre pelo processo de Difusão, que consiste na passagem do gás do meio mais concentrado ao meio 
menos concentrado. A concentração dos gases é expressa em Pressão Parcial. A Pressão de O2 do 
Sangue Venoso ao entrar no pulmão é de cerca de 40 mmHg. O oxigênio, portanto, move-se a favor do 
seu gradiente de Pressão Parcial (concentração), dos Alvéolos para os. A difusão tenta manter a 
homeostasia e, assim, a do sangue arterial que deixa os pulmões é a mesma que a dos alvéolos: 100 
mmHg. 
Quando o Sangue Arterial alcança os capilares teciduais, o gradiente é invertido. As células usam 
continuamente o oxigênio para a Fosforilação Oxidativa. Nas células de uma pessoa em repouso, a PO2 
intracelular média é de 40 mmHg. O sangue arterial que chega às células tem uma de 100 mmHg. Devido 
a uma menor PO2 nas células, o oxigênio difunde-se a favor do gradiente de Pressão Parcial, ou seja, do 
plasma para as células. Mais uma vez, a difusão ocorre até o seu equilíbrio. Como resultado, o Sangue 
Venoso tem a mesma PO2 que as células. 
Por outro lado, a PCO2 é mais elevada nos tecidos do que no sangue capilar sistêmico, devido à 
produção elevada de CO2 durante o Metabolismo Celular. A PCO2 intracelular em uma pessoa em 
repouso é de cerca de 46 mmHg, comparada à arterial, que gira em torno de 40 mmHg. Essa diferença 
faz o CO2 se difundir para fora das células, em direção aos capilares. A difusão ocorre até o equilíbrio, 
fazendo a média do Sangue Venoso Sistêmico girar em torno de 46 mmHg. 
Nos capilares pulmonares, o processo é inverso. O sangue venoso trazendo o CO2 das células tem uma 
de 46 mmHg. A alveolar é de 40 mmHg. Devido ao fato de a PCO2 no Sangue Venoso ser mais elevada 
que a alveolar, o CO2 move-se dos capilares para os alvéolos. Quando o sangue sai da Circulação 
Pulmonar, ele tem uma de 40 mmHg, idêntica à dos Alvéolos. 
As trocas gasosas, então, ocorrem entre o gás alveolar e o capilar pulmonar: o O2 se difunde do gás 
alveolar para o interior do capilar pulmonar, e o CO2 se difunde do sangue, no capilar pulmonar, para o 
interior do gás alveolar. O sangue que deixa o capilar pulmonar é levado para o lado esquerdo do 
coração e se torna o sangue arterial sistêmico. 
 
BIANCA ABREU-MD3 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transporte de gases no sangue 
Os gases que entram nos capilares primeiramente se dissolvem no plasma 
Os eritrócitos tem um papel relevante em garantir o transporte de gás entre o pulmão e as células de 
modo eficiente e suficiente para a homeostasia. 
a Lei da Difusão de Flick admite que a Taxa de Difusão de um gás é diretamente proporcional à Área de 
Superfície x o Gradiente de Concentração do Gás x a Permeabilidade da Membrana Respiratória para o 
gás; dividido pela Espessura da Membrana Respiratória, a qual é inversamente proporcional. 
A lei de fick tambem é representada como a quantidade de oxigenio presente, podendo ser 
representada→ QO2= DC X (conteúdo arterial de oxigênio - conteúdo venoso de oxigênio) 
Existem fatores que afetam a intensidade da Difusão Gasosa através da Membrana Respiratória, são 
fatores que determinam a rapidez com que um gás atravessa a membrana; (1) espessura da 
membrana/ distância de difusão; (2) área de superfície da membrana; (3) permeabilidade ou 
coeficiente de difusão do gás na substância da membrana; e (4) a diferença de Pressão Parcial do 
gás entre os dois lados da membrana. 
1.Espessura da Membrana/ Distância de Difusão: normalmente, a distância de difusão pulmonar é 
pequena, uma vez que os Alveólos e as Células Alveolares são finos e existe pouco ou nenhum Líquido 
Intersticial entre as duas camadas de células. Entretanto, em condições patológicas, como no Edema 
Pulmonar, a distância é aumentada pelo acúmulo de Líquido no Espaço Intersticial da membrana e nos 
Alvéolos. Além disso, algumas doenças podem causar Fibrose Pulmonar, o que pode aumentar a 
espessura de algumas porções da Membrana Respiratória, o que interfere diretamente na Troca Gasosa. 
2.Área de Superfície da Membrana Respiratória: a diminuição da Área de Superfície Alveolar pode ter 
efeitos devastadores, como o que ocorre no Enfisema Pulmonar, uma Doença Pulmonar Degenerativa 
que está intimamente relacionada ao Tabagismo. O efeito irritante de produtos químicos da fumaça e do 
alcatrão nos alvéolos ativa os Macrófagos Alveolares, os quais liberam Elastase e outras Enzimas 
 
BIANCA ABREU-MD3 19 
 
Proteolíticas. Essas enzimas destroem as Fibras Elásticas dos pulmões e induzem a apoptose das 
células, degradando as paredes dos Alvéolos. O resultado é alta Complacência/baixa Retração Elástica 
Pulmonar com Alvéolos maiores, menos alvéolos e menos área de superfície para as trocas gasosas. 
3.Difusão pela Barreira de Permeabilidade/ Coeficiente de Difusão do Gás: depende da solubilidade do 
gás na membrana e inversamente, da raiz quadrada do peso molecular do gás. Em determinada 
diferença de pressão, o CO2 se difunde por cerca de 20 vezes mais rapidamente que o O2 e este se 
difunde cerca de duas vezes mais rápido que o N2. 
4.Diferença de Pressão Parcial do Gás entre os dois polos da Membrana: representa a diferença entre a 
Pressão Parcial do gás nos Alvéolos e no sangue dos Capilares Pulmonares. Quando a Pressão Parcial 
do gás é maior nos Alvéolos é maior do que a PP do gás no sangue, como é o caso do O2, ocorre 
difusão efetiva dos Alvéolos para o sangue; o inverso, como é o caso do CO2, ocorre difusão efetiva do 
sangue aos Alvéolos. 
A hemoglobina transporta mais do que 98% do oxigênio 
A hemoglobina, a proteína de ligação do oxigênio, que da cor aos eritrócitos, liga-se reversivelmente ao 
oxigênio. 
Hb + O2 <=> HbO2 
A hemoglobina ligada ao oxigênio é a oxi-hemoglobina 
A reação de ligação da hemoglobina obedece à lei de ação das massas. À medida que a concentração 
de O2 livre aumenta, mais oxigênio liga-se à hemoglobina, e, assim, a equação desloca-se para a direita, 
produzindo mais HbO2. Se a concentração de O2 diminui, a equação desloca-se para a esquerda. A 
hemoglobina libera o oxigênio, e a quantidade de oxi-hemoglobina diminui. 
A hemoglobina age como uma esponja, captando o oxigênio do plasma até que a reação atinja o 
equilíbrio. 
A transferência de oxigênio do ar alveolar parao plasma, para os eritrócitos e, então, para a hemoglobina 
ocorre tão rapidamente que o sangue nos capilares pulmonares normalmente capta tanto oxigênio quanto 
a PO2 plasmática e o número de eritrócitos permitirem. 
Uma vez que o sangue arterial alcance os tecidos, o processo de troca que acontece nos pulmões se 
inverte. O oxigênio dissolvido difunde-se dos capilares sistêmicos para as células, que têm uma menor 
PO2. Este fluxo diminui a PO2 plasmática e altera o equilíbrio da reação de ligação oxigênio-hemoglobina 
pela remoção de O2 do lado esquerdo da equação. O equilíbrio desloca-se para a esquerda, de acordo 
com a lei de ação das massas, fazendo as moléculas de hemoglobina liberarem as suas reservas de 
oxigênio 
Assim como o oxigênio carregado nos pulmões, a transferência de oxigênio para as células do corpo 
acontece muito rapidamente, ocorrendo até o equilíbrio. A PO2 das células determina o quanto de 
oxigênio é transferido da hemoglobina. À medida que as células aumentam a sua atividade 
metabólica, a PO2 diminui, e, assim, a hemoglobina libera uma quantidade maior de oxigênio. 
 
BIANCA ABREU-MD3 20 
 
EXISTEM DOIS FATORES QUE 
DETERMINAM A QUANTIDADE DE O2 
QUE SE LIGA NA HB 
• A PO2 que circunda os eritrócitos e o 
número de locais disponíveis para a 
ligação de Hb 
• A PO2 ainda é a mais relevante, e 
ela é determinada pela composição 
do ar inspirado, pela eficiência das 
trocas gasosas e pela frequência da 
ventilação pulmonar. Já o numero de 
locais para a ligação de Hb depende 
do número de moléculas de Hb nos 
eritrócitos. 
É importante lembrar que existem fatores que alteram a ligação de O2 à HB, dentre eles estão Ph, 
temperatura entre outros. 
 
BIANCA ABREU-MD3 21 
 
INTERESSANTE! 
O metabolismo anaeróbio 
durante o exercício físico nas 
fibras musculares libera H 
para o citoplasma e para o 
líquido extracelular. Como as 
concentrações de H 
aumentam, o pH diminui, a 
afinidade da hemoglobina 
pelo oxigênio diminui e a 
curva de saturação da HbO2 
desloca-se para a direita. 
Mais oxigênio é liberado para 
o tecido à medida que o 
sangue se torna mais ácido 
(decréscimo de pH). 
 
 
Observe que, quando a curva se desloca em qualquer direção, a 
mudança é muito mais pronunciada na parte íngreme da curva. 
Fisiologicamente, isso implica que a ligação de oxigênio nos pulmões 
não é afetada de forma importante, porém o fornecimento de oxigênio 
aos tecidos é significativamente alterado 
 
 
INTERESSANTE! 
Um fator adicional que afeta a ligação oxigênio-hemoglobina é o 2,3-bifosfoglicerato (2,3-BPG; também 
conhecido como 2,3-difosfoglicerato ou 2,3-DPG), um composto intermediário da via da glicólise. A 
hipóxia crônica (períodos prolongados de oxigênio baixo) desencadeia um aumento na produção de 2,3-
BPG nos eritrócitos. A concentração aumentada de 2,3-BPG diminui a afinidade da hbo2 e desloca a 
curva de saturação para a direita. Subir a uma grande altitude e anemia são duas situações que 
aumentam a produção de 2,3-BPG. 
A hemoglobina fetal (hbf) tem duas cadeias proteicas gama no lugar das duas cadeias beta, encontradas 
na hemoglobina de um indivíduo adulto. A presença das cadeias Aumenta a capacidade da hemoglobina 
fetal de ligar o oxigênio no ambiente de baixo oxigênio da placenta. A afinidade alterada é um reflexo de 
uma diferença na curva de saturação da hbo2 fetal (Fig. 18.9b). Em qualquer placentária, o oxigênio 
liberado pela hemoglobina materna é captado pela hemoglobina fetal, que tem maior afinidade para 
liberar ao feto em desenvolvimento. Logo após o nascimento, a hemoglobina fetal é substituída pela 
forma adulta à medida que novos eritrócitos são produzidos 
 
BIANCA ABREU-MD3 22 
 
 
Transporte de CO2 
O dióxido de carbono é um subproduto da respiração celular e é potencialmente toxico quando não é 
excretado! 
“O dióxido de carbono é mais solúvel nos fluidos corporais do que o oxigênio, porém as células produzem 
muito mais CO2 do que a capacidade de solubilização plasmática desse gás. Apenas cerca de 7% do 
CO2 está dissolvido no plasma do sangue venoso. O restante, aproximadamente 93%, difunde-se para 
os eritrócitos, sendo que 23% desse conteúdo se liga à hemoglobina (HbCO2) e 70% são convertidos em 
bicarbonato (HCO3 )” 
O CO2 que chega aos pulmões, vindo do sangue, na forma de bicarbonato dissolvido no plasma. O 
bicarbonato é importante porque fornece uma via extra para o transporte de CO2 das células para os 
pulmões e além disso, ele atua como um tampão para ácidos metabólicos. 
O gas carbônico é convertido em bicarbonato pela presença da anidrase carbônica, enzima presente nos 
eritrócitos. De acordo com essa reação: 
 
No entanto, para essa reação continuar ocorrendo, os produtos devem ser removidos do plasma. 
ISSO É EQUILIBRIO! LEMBRAR E.M! 
 
BIANCA ABREU-MD3 23 
 
 
Mecanismos que removem o H+ e o bicarbonato 
1. O bicarbonato deixa o eritrócito por uma proteína de antiporte. Este transporte, conhecido como 
desvio de cloreto, permite a troca de HCO3 por Cl nos eritrócitos. A troca de ânions mantém a 
neutralidade elétrica da célula. A transferência de HCO3 para o plasma torna este tampão 
disponível para as reações de manutenção do pH, neutralizando os ácidos produzidos pelo 
metabolismo. 
2. Remove-se o hidrogênio do citoplasma dos eritrócitos. A hemoglobina dentro do eritrócito atua 
como um tampão e liga o íon hidrogênio na reação. O tamponamento de H realizado pela 
hemoglobina é um passo importante, pois impede grandes variações no pH do corpo. 
Hemoglobina e CO2 
A maior parte do dióxido de carbono que entra nos eritrócitos é convertida em bicarbonato, porém cerca 
de 23% do CO2 no sangue venoso se liga diretamente à hemoglobina. Nos tecidos, quando o oxigênio 
deixa a hemoglobina, o CO2 liga-se aos grupamentos amino (ONH2) da hemoglobina livre, formando 
carbaminoemoglobina 
 
A presença de CO2 e de H facilita a formação de carbaminoemoglobina, uma vez que ambos diminuem a 
afinidade da hemoglobina pelo oxigênio 
Remoção de CO2 do pulmão 
 
BIANCA ABREU-MD3 24 
 
Quando o Sangue Venoso chega nos pulmões, o processo que ocorre nos capilares se inverte. A PCO2 
dos Alvéolos menor que a do Sangue Venoso. Por isso, o CO2 se difunde a favor do seu gradiente de 
pressão para dentro dos Alvéolos e a PCO2 no plasma começa a cair. A diminuição de CO2 no plasma 
permite que o CO2 dissolvido se difunda para dentro dos Eritrócitos. Quando os níveis de CO2 nos 
Eritrócitos diminuem, o equilíbrio da reação CO2-HCO3- é alterado, deslocando-se para produzir mais 
CO2. A remoção do CO2 faz com que o H+ deixe a molécula de Hemoglobina e o Cloreto se desloca 
para o sentindo inverso: o Cl- retorna para o plasma e p HCO3- se move para dentro dos eritrócitos. O 
HCO3- e o H+ formam novamente o CO2, que está livre para se difundir dos Eritrócitos e para os 
Alvéolos. 
IMPORTANTE! 
Perfusão é o processo pelo qual o sistema cardiovascular bombeia o sangue pelos pulmões. 
A circulação sanguínea é um elo fundamental entre a atmosfera, que contém oxigênio e as células do 
corpo, que consomem oxigênio. Por exemplo, o fornecimento de oxigênio para as células musculares em 
todo o corpo não depende só dos pulmões, mas também da capacidade do sangue de transportar 
oxigênio, e do sistema circulatório de transportar sangue para os músculos. Além disso, uma pequena 
fração do sangue bombeado do coração entra nas artérias brônquicas e nutre as vias aéreas. 
Lei de Henry 
A lei de Henry lida com gases dissolvidos em solução. Tanto o O2 quanto o CO2 são dissolvidos no 
sangue (uma solução) indo para ou vindos dos pulmões. No equilíbrio a pressão parcial de um gás na 
fase líquida é igual à pressão parcial na fase gasosa. 
A lei de Henry fornece a relação entre a pressão parcial do gás e sua concentração na solução; para 
dada pressão parcial, quanto maior a solubilidade dogás, maior a concentração do gás em solução. Em 
solução, apenas as moléculas de gás dissolvido contribuem para a pressão parcial. Em outras palavras, o 
gás ligado e o quimicamente modificado não contribuem para a pressão parcial. 
O CO2 possui uma polaridade maior do que o do O2, pois já não é uma substância simples, mas sim um 
composto, com diferença de eletronegatividade entre seus elementos, por isso o CO2 é mais solúvel. 
 
Efeito Bohr e Efeito Haldene 
Efeito bohr 
 
BIANCA ABREU-MD3 25 
 
Fenômeno que descreve a tendência da hemoglobina a perder afinidade pelo oxigênio em ambientes 
mais ácidos (e a ganha em ambientes mais alcalinos). Este efeito é mais bem observado no sangue na 
circulação próxima aos tecidos não-alveolares, longe das trocas de 
gases dos pulmões. Ele consiste na capacidade da Hemoglobina de 
liberar O2 para os tecidos quando o mesmo está com um pH ácido. 
Esse efeito alerta a Hemoglobina sobre o momento correto de liberar 
as moléculas de O2 para os tecidos adjacentes a partir da 
concentração de H+ no meio intravascular. O metabolismo energético 
das células produz o CO2 como principal Catabólito, e esse, ao 
penetrar no sangue, reage com a H2O e forma o HCO3- e o íon H+ 
(Ácido Carbônico), o qual reduz o pH sanguíneo. Como os tecidos 
estão em alta atividade metabólica, a eliminação de CO2 é constante, 
acidificando o meio intravascular e permitindo que o efeito Bohr ocorra 
nas hemácias. 
Efeito haldene 
Fenômeno onde a hemoglobina tende a perder afinidade pelo gás carbônico quando há alta concentração 
de oxigênio no sangue (e vice-versa). Este efeito é mais bem observado nos tecidos alveolares, onde 
há a troca de gases e, portanto, o suprimento de oxigênio é renovado. Ele consiste na capacidade da 
Hemoglobina em liberar CO2 e H+ em locais com elevada concentração de O2, ocorrendo o tempo todo nos 
Capilares Pulmonares durante o processo de Hematose. A hemoglobina que veio da circulação venosa é 
rica em CO2 e H+ (carbo-hemoglobina) vindos do Metabolismo Tissular, e ao chegar nos Alvéolos 
Pulmonares, detectando a elevada [O2], rapidamente libera o CO2 para a Circulação Sanguínea, o qual é 
rapidamente expulso para o lúmen dos Alvéolos Pulmonares, pela diferença de pressão entre o Alvéolo e 
o Ar Atmosférico. 
Valores ideias de Ph, CO2, O2 e HCO3 no sangue 
 ARTERIAL VENOSO 
PCO2 40mmhg 46mmhg 
PO2 95mmhg 40mmhg 
Ph 7,4 (7,38-7,42) 7,37 
HCO3 = 22 – 26 mEq/L

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