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Simulado Bernoulli volume 1 prova 2021 segunda série

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Prévia do material em texto

PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E 
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
ESTA PROVA SOMENTE PODERÁ SER APLICADA
A PARTIR DO DIA , ÀS 13H00*.
1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a 
Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira:
a. as questões de número 01 a 45 são relativas à área de Linguagens, 
Códigos e suas Tecnologias;
b. Proposta de Redação;
c. as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências 
Humanas e suas Tecnologias.
2 Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a quantidade de questões 
e se essas questões estão na ordem mencionada na instrução anterior. Caso o 
caderno esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente divergência, 
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3 Escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com 
caneta esferográfica de tinta preta.
4 Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA, pois ele não poderá 
ser substituído.
5 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identificadas 
com as letras , , , e . Apenas uma responde corretamente 
à questão.
6 Marque no CARTÃO-RESPOSTA a opção de língua estrangeira.
7 Use o código presente nesta capa para preencher o campo correspondente no 
CARTÃO-RESPOSTA.
8 Com seu RA (Registro Acadêmico), preencha o campo correspondente ao 
código do aluno. Se o seu RA não apresentar 7 dígitos, preencha os primeiros 
espaços e deixe os demais em branco.
9 No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço destinado à opção escolhida 
para a resposta. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo 
que uma das respostas esteja correta.
10 O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
11 Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. 
Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não 
serão considerados na avaliação.
12 Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
13 Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este 
CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA / FOLHA DE REDAÇÃO.
14 Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do 
início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em 
definitivo a sala de provas nos últimos 30 minutos que antecedem o término 
das provas.
15 Você será excluído do Exame, a qualquer tempo, no caso de:
a. prestar, em qualquer documento, declaração falsa ou inexata;
b. agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante 
ou pessoa envolvida no processo de aplicação das provas;
c. perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de aplicação das 
provas, incorrendo em comportamento indevido durante a realização 
do Exame;
d. se comunicar, durante as provas, com outro participante verbalmente, 
por escrito ou por qualquer outra forma;
e. portar qualquer tipo de equipamento eletrônico e de comunicação 
durante a realização do Exame;
f. utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em benefício próprio ou 
de terceiros, em qualquer etapa do Exame;
g. utilizar livros, notas ou impressos durante a realização do Exame;
h. se ausentar da sala de provas levando consigo o CADERNO DE 
QUESTÕES antes do prazo estabelecido e / ou o CARTÃO-RESPOSTA 
a qualquer tempo.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES
*de acordo com o horário de Brasília
Simulado Ensino Médio – 2ª série – Prova I
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO – VOLUME 1
2021
Eliton Mendes Pedrosa Simes
28/06/2021
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
‘Big Brother’ Eyes Encourage Honesty, Study Shows
A team from Newcastle University found people put 
nearly three times as much money into an ‘honesty box’ 
when they were being watched by a pair of eyes on a poster, 
compared with a poster that featured an image of flowers. 
An honesty box is a system of payment which relies on people’s 
honesty to pay a specified price for goods or services – 
there is no cashier to check whether they are doing so.
The researchers say the eye pictures were probably 
influential because the brain naturally reacts to images of 
faces and eyes. They also say the findings show how people 
behave differently when they believe they are being watched 
because they are worried what others will think of them. 
Lead author of the study, Dr. Melissa Bateson said: “Our 
findings suggest that people are less likely to be selfish if they 
feel they are being watched, which has huge implications 
for real life. For example, this could be applied to warnings 
about speed cameras. A sign bearing an image of a camera 
would have to be actively processed by our brains, as it is 
an artificial stimulus. Our research and previous studies 
suggest drivers would react much more quickly and positively 
to natural stimuli such as eyes and faces.”
Disponível em: <https://www.sciencedaily.com/>. Acesso em: 07 jun. 
2019. [Fragmento adaptado]
O estudo mencionado no texto revelou uma nova aplicação 
para placas com imagens de olhos. Sugere-se que elas 
sejam usadas para
A. 	 indicar que o local é monitorado por câmeras dispostas 
em pontos inusitados.
B. 	 substituir o monitoramento tradicional feito por câmeras 
no comércio.
C. 	 induzir as pessoas a comprarem mais produtos no 
sistema honesty box.
D. 	 melhorar o comportamento e as atitudes dos motoristas 
no trânsito.
E. 	 reduzir o número de pessoas que saem dos 
estabelecimentos sem pagar.
QUESTÃO 02 
I’m perfectly happy to be impressed by New York, but 
like any other first-time visitor […] I can’t help but arrive with 
a record of previous convictions gained from a million TV cop 
shows, Batman comics, magazines, novels, films, plays and 
songs. As soon as I arrive, I set out to find the Empire State 
Building. Suddenly there it is in front of me, disappearing miles 
up into the sky. It is some sight. I buy a ticket and head for 
the 86th floor in a lift that goes so fast the passengers have 
no time to get embarrassed with each other’s company. 
From the top I can see the Chrysler building, the General 
Electric building and thousands of other buildings I don’t know 
the names of yet, and far below the streets jammed with little 
winking toy yellow cabs pointlessly swinging out from one 
slow lane to the next. Over there is the Hudson, the East river, 
Central Park to the north, the Statue of Liberty, copper green 
against the bay, welcoming huddled masses on tiny tour boats. 
I remember someone in my guidebook saying that New York 
seems like chaos, but to me from the air, it’s a work of art.
CAPEL, A.; SHARP, W. Objective proficiency. 
Cambridge University Press, 2002. p. 16.
O texto anterior registra as impressões de uma pessoa que 
visita a cidade de Nova Iorque pela primeira vez. O autor 
mostra-se
A. 	 surpreso com o fato de Nova Iorque não ser tão 
perigosa como mostram os programas de TV.
B. 	 incomodado com a enorme quantidade de táxis 
amarelos que congestionam as ruas.
C. 	 deslumbrado com a beleza da cidade quando vista do 
topo do Empire State Building.
D. 	 perplexo com a imponência da Estátua da Liberdade 
diante dos arranha-céus da cidade.
E. 	 desnorteado com o caos causado pelo grande fluxo de 
turistas nos pontos turísticos da cidade.
QUESTÃO 03 
How long can humans conceivably live? In most 
developed countries, life expectancy has grown steadily to 
an average of 75 years. But scientists are exploring ways to 
extend lifespan to lengths that seem inconceivable now – 
perhaps 120 years and beyond. Ideally, future centenarians 
who avail themselves to life-prolonging advances won’t suffer 
the familiar frailties of old age. The goal is for them to retain 
their youthful vitality, rather than add extra years of decline. 
Several studies show lifespans can be stretched far 
beyond normal limits. In one example, Cynthia Kenyon, 
a professor at the University of California in San Francisco,has doubled the lifespans of simple roundworms from two 
weeks to a month by altering the function of a single gene, 
known as daf-2. Even near death, these mutated worms 
look better than normal worms half their age. Their bodies 
are smooth and plump, and they wriggle along like much 
younger worms. 
Disponível em: <https://www.worldhealth.net>. 
Acesso em: 27 dez. 2018. [Fragmento]
De acordo com o texto, os cientistas que procuram ampliar 
a expectativa de vida dos seres humanos têm como objetivo 
principal
A. 	 manter nos idosos a vitalidade que eles tinham quando 
mais jovens.
B. 	 eliminar, na juventude, doenças debilitantes que 
afligem os idosos.
C. 	 dobrar a expectativa de vida nos países em 
desenvolvimento.
D. 	 provar que a longevidade pode ser estendida até 
determinado ponto.
E. 	 alterar geneticamente o gene daf-2, responsável pelo 
envelhecimento.
EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 3BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 04 
HOW TO SP T FAKE NEWS
CONSIDER THE SOURCE
CHECK THE AUTHOR
READ BEYOND
Click away from the story to investigate
the site, its mission and its contact info.
Do a quick search on the author. Are
they credible? Are they real?
ASK THE EXPERTS
Ask a librarian, or consult a
fact-checking site.
CHECK YOUR BIASES
Consider if your own beliefs could
affect your judgement.
IS IT A JOKE?
If it is too outlandish, it might be satire.
Research the site and author to be sure.
CHECK THE DATE
Reposting old news stories doesn’t
mean they’re relevant to current events.
SUPPORTING SOURCES?
Click on those links. Determine if the
info given actually supports the story.
Headlines can be outrageous in an effort
to get clicks. What’s the whole story?
Disponível em: <https://www.ifla.org/>. Acesso em: 12 ago. 2018.
O termo fake news tem sido usado com frequência para chamar atenção para o crescente compartilhamento de informações 
falsas na mídia. Entre as recomendações do infográfico anterior sobre como identificar fake news, os leitores devem
A. 	 descartar material que não tenha sido escrito por autores renomados.
B. 	 desconfiar das manchetes que receberam um grande número de cliques.
C. 	 confiar em seu posicionamento ideológico como um dos critérios de seleção.
D. 	 verificar com especialistas a veracidade das datas indicadas nas matérias.
E. 	 questionar se o texto publicado na mídia é uma sátira ou uma piada.
QUESTÃO 05 
Cuba’s communist ice-cream cathedral
Analies Gómez Coyula is deep into her third bowl of helado (ice cream). Her boyfriend, Daniel, is equally engrossed as 
he spoons up his 13th scoop of vanilla. Aunt Ana Lidia seems content, with two ensaladas – five scoops apiece – already 
devoured. We’re at Parque Coppelia, the world’s largest ice cream parlour and an iconic institution in Cuba. This state-run 
“people’s park” serves an average of 30,000 customers a day.
Cubans can be some of the most talkative people in the world. But all talk ends once they’re seated with ice cream. 
Slurping helado is a heads-down, communal homage. Conversation at the shared tables barely rises above a murmur, as if 
Coppelia truly were a cathedral.
When it opened on 4 June 1966, Coppelia served “only” 26 flavours – from almond and banana to vanilla and walnut – 
as homage to the launch of the Revolution on 26 July 1953.
Then came the Special Period – the time of terrible scarcity caused by the collapse of the Soviet Bloc. Cuba lost its main 
supplies of butter and powdered milk. Unable to produce enough milk itself, the Cuban government had to choose between 
butter and ice cream. A hot climate. A feverish addiction to sugar. It was a no-brainer. Rations were reduced. But Coppelia kept 
on serving one peso (three pence) scoops, albeit reduced to only one or two flavours – an appetising indulgence that neither 
economic hardship nor the US’ stiffened embargo could stop.
BAKER, C. P. Disponível em: <http://www.bbc.com>. Acesso em: 13 mar. 2019. [Fragmento]
O texto traz um relato sobre o histórico Parque Coppelia com a intenção de
A. 	 criticar o governo cubano por deixar faltar alimentos básicos e manter itens supérfluos.
B. 	 exemplificar a dificuldade que os cubanos enfrentam para comprar alimentos.
C. 	 contar a história de um local que foi um dos cenários da Revolução Cubana.
D. 	 mostrar a decadência de uma das principais atrações turísticas de Cuba.
E. 	 revelar o fato curioso de os cubanos terem uma antiga paixão por sorvete.
LCT – PROVA I – PÁGINA 4 EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
¿Qué es el acoso escolar cibernético?
El acoso escolar cibernético se trata del uso de la 
tecnología para acosar, amenazar, intimidar o perseguir a 
los niños o jóvenes, generalmente es más común que se 
produzca con estos últimos pues son quienes más están en 
contacto con los medios electrónicos.
En ocasiones este ciber-acoso puede ser directo, 
mediante el envío de mensajes crueles a través de los 
celulares o a través de comentarios maliciosos enviados 
por correo electrónico. Existen también otras formas de 
acoso, como suplantar a alguien a través de Internet o colgar 
información o videos que hagan daño o avergüencen a los 
adolescentes, por lo general.
En países como los Estados Unidos se han realizado 
encuestas a través de organizaciones de lucha contra el 
crimen que han revelado que uno de cada tres adolescentes 
y una de cada 6 preadolescentes han sido víctimas del ciber-
acoso y claro, se teme que mientras mayor acceso tengan 
a las computadoras, el Internet y los celulares, la incidencia 
de esta clase de acoso aumentará.
CEVALLOS, Italo. Disponible en: <http://nuevotiempo.org/
mundoactual/2010/08/02/%C2%BFque-es-el-acoso-escolar-
cibernetico/> Acceso en: 13 ene. 2012 (Adaptación). 
Observando-se a pergunta proposta pelo autor no título do 
texto, pode-se constatar que a reportagem foi escrita com 
a intenção de
A. 	 informar o leitor a respeito do surgimento de uma nova 
modalidade de assédio escolar.
B. 	 aconselhar os pais, para que proíbam que seus filhos 
utilizem tecnologias na escola.
C. 	 determinar medidas punitivas para os jovens que 
praticam o assédio escolar cibernético.
D. 	 alertar sobre os perigos da má utilização da tecnologia 
nas escolas.
E. 	 promover medidas de segurança que protejam as 
crianças e os jovens das ameaças de seus colegas.
QUESTÃO 02 
Esta piedra maravillosa se conoce con el nombre de 
piedra de Rosetta, porque se encontró bajo la escarpa del 
fuerte moderno de Rosetta. Los ingleses, apoderándose de 
ella, se la llevaron a Inglaterra, donde los hombres de más 
sabiduría la estudiaron durante varios años, hasta que por 
fin el arabista francés Silvestre de Sacy y el físico inglés 
Tomás Young, sabios de gran cultura, averiguaron que 
las otras dos lenguas empleadas en la inscripción eran el 
lenguaje dibujado o jeroglífico y el idioma corriente o vulgar 
del antiguo país del Nilo.
Ahora bien, el griego no ofrece dificultad alguna, y por 
tanto, cuando se hubo averiguado el sentido de la inscripción, 
se les ocurrió a los expertos que los jeroglíficos debían 
significar lo mismo; y así era, efectivamente. Con esto pudo 
el gran egiptólogo francés Juan F. Champollion interpretar 
la escritura jeroglífica; quedó así descifrada la clave de 
la escritura egipcia y desapareció el misterio que hasta 
entonces había rodeado a esas inscripciones. 
Después de leer esta inscripción se descifraron con 
facilidad todas las que figuran en las piedras y en las 
columnas egipcias.
Disponível em: <http://www.escolar.com/>. Acesso em: 10 dez. 2014. 
O texto informa a descoberta da Pedra de Rosetta e afirma 
que esse achado
A. 	 atrasou o estudo dos pesquisadores que levaram a 
pedra de Rosetta para a Inglaterra.
B. 	 confirmou as hipóteses anteriores de que os egípcios 
possuíam uma linguagem em signos.
C. 	 demonstrou diferentes inscrições feitas em uma 
mesmalíngua antiga não decifrada.
D. 	 dificultou o trabalho dos estudiosos que decifraram 
apenas as inscrições em grego.
E. 	 possibilitou a leitura dos códigos hieroglíficos egípcios 
com base em técnicas comparativas.
QUESTÃO 03 
Para demostrar que has llegado sudado del gimnasio, 
para enseñar el café que te tomas en una mañana de trabajo 
o para fardar de tus vacaciones. Cualquier excusa es buena 
para hacerse un selfie y publicarlo ante todos tus seguidores. 
Este comportamiento cada vez más habitual y obsesivo está 
empezando a considerarse un “trastorno mental serio” según 
un estudio de la Asociación Americana de Psiquiatría.
El estudio ha llegado de la mano de la India por dos 
científicos, Mark Griffiths y Janarthanan Balakrishnan. 
Por lo visto, India ha resultado ser el país con más muertes 
por los lugares peligrosos en los que la gente ha decidido 
hacerse selfies.
Como ya se ha demostrado, se relaciona el hecho de 
hacerse estas fotografías con la falta de autoestima del 
usuario, lo cual puede derivar en comportamientos adictivos. 
“Ahora que la existencia de la condición parece haber sido 
confirmada, se espera que se puedan llevar a cabo más 
investigaciones para tratar de entender cómo y por qué 
la gente desarrolla este comportamiento potencialmente 
obsesivo, y qué se puede hacer para ayudar a las personas 
que estén más afectadas”, ha concluido Balakrishnan.
Disponível em: <https://as.com/epik/2018/02/13/
portada/1518527297_057630.html?omnil=resrelrecom>. 
Acesso em: 23 fev. 2018.
Algumas pessoas podem desenvolver uma dependência 
psicológica que as leva a tirar selfies de modo obsessivo. 
A reportagem aponta como fator desencadeante desse 
comportamento:
A. 	 A morte de várias pessoas que tiravam fotos em 
lugares arriscados.
B. 	 O desejo de mostrar aos seguidores momentos da vida 
cotidiana. 
C. 	 A vontade de exibir fotos de viagens de férias nas 
redes sociais.
D. 	 O diagnóstico médico de um sério transtorno mental e 
psicológico.
E. 	 A falta de autoestima que afeta parte dos usuários 
dessa tecnologia.
EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 5BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 04 
TABARÉ. Diógenes y el linyera. Disponível em: <https://www.clarin.com/humor/tabare/>. Acesso em: 21 jan. 2019.
O pensamento do cachorro no último quadrinho da tira denota
A. 	 crítica ao procedimento antiético de seu dono.
B. 	 cinismo ao elogiar uma atitude traiçoeira do homem.
C. 	 admiração pelas ideias inteligentes que o homem sempre tem.
D. 	 reconhecimento pela estratégia de esperar ter fome para ter uma ideia.
E. 	 valorização do altruísmo do homem por preocupar-se com a fome de ambos.
QUESTÃO 05 
Chile busca producir energía del nopal
En la región de Atacama, en Chile, terreno árido y poca agua son constantes. Una planta que habitualmente necesita 
de estos dos ingredientes podría resolver un problema de la región. Se trata de la tuna o nopal, con la cual un equipo de 
científicos chilenos planea producir energía eléctrica.
¿Alternativa sustentable?
Según el doctor Vega, en Chile hay una nueva y creciente demanda de combustibles renovables para la generación de 
energía eléctrica. Esto se debe a una nueva legislación aprobada en 2010, según la cual para el año 2024, las centrales 
termoeléctricas deberán producir el 10% de la electricidad a base de energías renovables no convencionales, una normativa 
que permitirá reducir las emisiones de gases de efecto invernadero.
La bioenergía se genera a través de cualquier masa biológica obtenida a partir de materia vegetal o animal, 
lo que se denomina biomasa.
Se trata de un combustible renovable y no contaminante, como lo son la energía solar, eólica, hidroeléctrica o geotérmica.
El uso de biomasa para producir energía ha sido cuestionado ya que algunos alimentos tradicionales como el trigo, 
algodón, soya o maíz, o árboles como los eucaliptos y álamos, pueden ser utilizados para bioenergía.
Sin embargo, es más frecuente el uso de residuos de actividades agrícolas, forestales y residuos domiciliarios e industriales 
para producir bioenergía.
En Europa, por ejemplo, donde la biomasa constituye la mayor fuente de energía renovable, se siembran los llamados 
cultivos de segunda generación para producir biomasa.
El doctor Alexis Vega insiste en que el nopal podría ser un ejemplo muy efectivo.
HEREDERO, L. Disponível em: <http://www.bbc.com>. 
Acesso em: 05 set. 2017. [Fragmento]
Na atualidade, há uma crescente demanda por energias renováveis, limpas e seguras. De acordo com o texto e considerando 
a alternativa encontrada pelos cientistas chilenos, a bioenergia é uma opção 
A. 	 inquestionável, pois utiliza resíduos para a sua produção. 
B. 	 sustentável e efetiva para a produção de energia limpa. 
C. 	 necessária para cumprir as metas contra o aquecimento global.
D. 	 aceitável, pois não há meios de produzir energia totalmente renovável.
E. 	 paliativa, que precisa ser aprimorada até se tornar totalmente sustentável.
LCT – PROVA I – PÁGINA 6 EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 06 
O folhetim se originou da França, no início do século XIX, 
num momento em que se iniciava uma cultura de mercado 
e que se reorganizavam as relações no campo da cultura. 
Como espaço localizado no rodapé do jornal, na sua faixa 
inferior, configurou como seção de “variedades”, em que 
se publicavam contos, críticas literárias e teatrais, poesia, 
moda, conselhos, romances em capítulos seriados, estes, às 
vezes, denominados simplesmente por folhetim ou romance-
-folhetim. Nele, a crônica e o romance-folhetim conquistaram 
o público dos jornais, e o século XIX tornou-se o século 
do romance, o qual, na Inglaterra, desde os setecentos, 
entrava em ascensão até configurar em forma literária 
predominante e de grande popularidade. O romance, como 
gênero marcado pelo realismo formal, que incorporava uma 
visão circunstancial da vida, constituindo-se num relato da 
experiência humana, desprezava os antigos valores literários 
e sua ornamentação. Preocupava-se em fornecer ao leitor 
os detalhes da história, a individualidade dos personagens, 
as particularidades das épocas e os locais das ações, numa 
linguagem que transmitia o conhecimento das coisas e 
transcrevia o real e o atraia.
BORGES, V. R. O “romance brasileiro” de José de Alencar nas 
páginas da imprensa fluminense de seu tempo. 
Uberlândia: EDUFU, 2013. p. 2.
No contexto apresentado, a divulgação das produções 
literárias em jornais objetivava, socialmente, 
A. 	 democratizar o acesso à literatura. 
B. 	 impedir a leitura dos textos eruditos.
C. 	 eliminar a forma livresca importada da Europa.
D. 	 impulsionar o acelerado crescimento da imprensa.
E. 	 criar uma modalidade de literatura pouco atrativa 
aos leitores.
QUESTÃO 07 
A fascinante astronomia
Olhar para o céu e admirar a sua beleza está ao alcance 
de qualquer um de nós (desde que estejamos em um lugar 
de céu limpo e pouco iluminado). Um céu estrelado sempre 
foi inspirador não somente para os cientistas, mas também 
para os poetas e artistas. Com um pequeno telescópio, 
é possível ir além e ver coisas maravilhosas que estão fora 
do alcance do olho nu, como as crateras na Lua, as luas de 
Júpiter e os anéis de Saturno.
Com o advento da Internet, tornou-se extremamente 
fácil conseguir imagens feitas pelos grandes telescópios de 
planetas, nebulosas, galáxias, quasares, entre outros. Com um 
clique, podemos encontrar milhares de belas imagens. Uma 
imagem como a da galáxia de Andrômeda é bela e intrigante. 
Ela fica mais fascinante quando descobrimos que uma galáxia 
é composta por bilhões de estrelas unidas gravitacionalmente.
OLIVEIRA, A. Ciência Hoje. Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje, 
2015. [Fragmento]
O artigo de opinião tem por objetivo demonstrar o ponto de 
vista do autor sobre um determinado tema. Nesse fragmento, 
a parcialidade do autor fica evidente por meio do(a)
A. 	 uso de adjetivos subjetivos.
B. 	 emprego de vocabuláriotécnico.
C. 	 referência a elementos científicos.
D. 	 relato da sua experiência com a tecnologia.
E. 	 paralelo traçado entre a astronomia e a arte.
QUESTÃO 08 
A obsessão do Estado em controlar todos os 
comportamentos dos cidadãos tem como resultado um 
enfraquecimento da responsabilidade moral e cívica dos 
mesmos. A lei deveria ser o último recurso – depois da 
educação, da ética, da negociação e do compromisso entre 
os indivíduos. É agora o primeiro recurso. 
Assino por baixo. Entendo que a sociedade moderna 
não se pode resumir aos Dez Mandamentos que Moisés 
trouxe do Sinai. E muitos comportamentos que os 
nossos antepassados consideravam “normais” – violência 
doméstica, por exemplo – são hoje punidos como crimes 
públicos (e ainda bem). 
Mas como garantir que outros comportamentos normais 
(agora sem aspas) não serão apanhados pela rede da 
sobrecriminalização? 
Imagino potenciais crimes que os filhos dos nossos filhos 
terão receio de cometer:
Crime de ódio privado: qualquer cidadão que expresse 
preconceitos raciais, sexuais, culturais ou religiosos em 
privado poderá conhecer denúncia se alguma testemunha 
entender fazê-lo. Com a evolução tecnológica, os 
apartamentos serão obrigatoriamente equipados com 
sensores antiódio, bastante semelhantes aos sensores 
antifumo, diretamente conectados com a delegacia do bairro.
Crime de envelhecimento público: com os avanços 
da Medicina, será intolerável que um cidadão recuse 
tratamentos / cirurgias para ocultar / reverter o seu processo 
de envelhecimento, exibindo em público as marcas da 
decadência física e / ou neurológica. A imposição da velhice 
à sociedade será equiparada a um ato obsceno.
COUTINHO, J. P. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 09 dez. 2017. [Fragmento adaptado]
O planejamento argumentativo requer a estruturação de 
um projeto de texto que tenha como intenção a persuasão 
do interlocutor. No texto, de forma irônica, esse projeto 
argumentativo tem por objetivo central criticar o(a)
A. 	 caráter absurdo das leis que serão criadas no país num 
futuro próximo.
B. 	 existência de leis que controlam o cidadão a despeito 
de sua vontade.
C. 	 criminalização preocupante que os comportamentos 
civis têm sofrido.
D. 	 excesso de leis desnecessárias que têm sido criadas 
nos dias atuais.
E. 	 endurecimento da responsabilidade moral e cívica dos 
cidadãos.
EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 7BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 09 
Disponível em: <https://www.facebook.com/ArtesDepressao/photos/a.1
96281473834625.41807.196260080503431/590786087717493/?type=
1&theater>. Acesso em: 15 nov. 2014. 
Com a popularização das redes sociais, diversificam-se 
as postagens feitas no ambiente digital. O post anterior, 
extraído da página do Facebook “Artes depressão”, efetua 
uma montagem sobre a tela São Miguel Arcanjo, do 
renascentista italiano Rafael Sanzio, com o auxílio de uma 
letra de funk carioca atual. 
O humor produzido por essa postagem deve-se, de forma 
global, à 
A. 	 expressão facial e corporal das personagens retratadas 
na tela. 
B. 	 incoerência da junção entre a letra de funk e a peça 
artística. 
C. 	 irreverência na mescla de elementos clássicos e 
contemporâneos.
D. 	 oposição entre a seriedade do quadro e o tom 
inapropriado da música. 
E. 	 presença de termos e expressões giriáticas na parte 
não verbal. 
QUESTÃO 10 
Escola com estudo
Vittorio Alfieri (1749-1803) é o maior autor de tragédias 
da literatura italiana. Para vencer seu espírito impulsivo e 
inquieto, ele inventou um remédio contra o transtorno de 
deficit de atenção e hiperatividade, TDAH: ele pedia para 
ser amarrado na cadeira onde sentava para escrever. 
O remédio funcionava pela determinação de Alfieri. Sem isso, 
mesmo amarrado, ele brincaria com sua caneta e sonharia 
com aventuras e amores, sem escrever nada. 
Muitos pensam que as crianças de hoje sofrem mais 
de TDAH porque são expostas a mais estímulos do que no 
passado. Concordo, mas elas são também privadas de uma 
boa parte de suas obrigações: portanto, só lhes resta se 
divertir, o que é eminentemente provocador de ansiedade. 
Como me divertirei? O que me divertirá? E se – Deus não 
permita – eu me entediasse?
CALLIGARIS, C. Disponível em: <https://www.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 17 mar. 2019. [Fragmento]
A fim de desenvolver sua visão crítica sobre a maior 
recorrência de TDAH entre as crianças de hoje, Contardo 
Calligaris inicia seu texto com uma alusão histórica de caráter 
biográfico, que serve para 
A. 	 enaltecer a genialidade dos indivíduos portadores 
desse transtorno. 
B. 	 estabelecer uma oposição moral entre Vittorio e as 
crianças de hoje.
C. 	 sugerir que o tratamento contra o TDAH exige esforço 
do indivíduo. 
D. 	 trazer um tom crítico e ácido à abordagem de um tema 
sério. 
E. 	 defender que, ao contrário dos antigos, as crianças de 
hoje não sonham.
QUESTÃO 11 
Foi no domingo de Páscoa que se soube em Leiria, que 
o pároco da Sé, José Miguéis, tinha morrido de madrugada 
com uma apoplexia. O pároco era um homem sanguíneo e 
nutrido, que passava entre o clero diocesano pelo comilão 
dos comilões. O Carlos da Botica – que o detestava – 
costumava dizer, sempre que o via sair depois da sesta, com 
a face afogueada de sangue, muito enfartado: 
– Lá vai a jiboia esmoer. Um dia estoura! 
Com efeito estourou, depois de uma ceia de peixe – 
à hora em que defronte, na casa do doutor Godinho que 
fazia anos, se polcava com alarido. Ninguém o lamentou, e 
foi pouca gente ao seu enterro. Em geral não era estimado. 
Era um aldeão; tinha os modos e os pulsos de um cavador, 
a voz rouca, cabelos nos ouvidos, palavras muito rudes. 
Nunca fora querido das devotas; arrotava no 
confessionário, e não compreendia certas sensibilidades 
requintadas da devoção: perdera por isso, logo ao princípio, 
quase todas as confessadas, que tinham passado para o 
polido padre Gusmão, tão cheio de lábia! 
E quando as beatas, que lhe eram fiéis, lhe iam falar 
de escrúpulos de visões, José Miguéis escandalizava-as, 
rosnando: 
– Ora histórias, santinha! Peça juízo a Deus! Mais miolo 
na bola! 
QUEIRÓS, E. O crime do padre Amaro. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 
2012. [Fragmento] 
Uma das características do Naturalismo é o enfoque da 
natureza animal do ser humano, guiado por instintos naturais 
e por vícios de todas as ordens. No fragmento da obra de 
Eça de Queirós, essa característica está evidenciada na
A. 	 descrição do comportamento do padre José Miguéis, 
que é qualificado como rude e guloso. 
B. 	 referência à falta de estima de que sofria o padre José, 
fator responsável por seu comportamento. 
C. 	 alusão à rivalidade entre os padres José e Gusmão, 
que se comportam de maneira animalesca.
D. 	 menção às beatas, que rotineiramente frequentavam a 
Igreja e iam se confessar com o padre José. 
E. 	 presença de uma linguagem formal e padronizada, que 
é desprovida de marcas visíveis de coloquialidade.
LCT – PROVA I – PÁGINA 8 EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 12 
Ensinamento
Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
“Coitado, até essa hora no serviço pesado.”
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.
PRADO, A. Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/
ad.html#ensi>. Acesso em: 30 jan. 2015.
Os hiperônimos são palavras que pertencem ao mesmo 
campo semântico de outras, embora com o sentido mais 
abrangente que estas. 
No poema, há a presença de hiperônimo atuando como 
elemento coesivo nos versos:
A. 	 “a coisa mais fina do mundo.” / “Essa palavra de luxo.”.
B. 	 “A coisa mais fina do mundo é o sentimento.” / “Não me 
falou em amor.”.
C. 	 “Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,” / “‘Coitado, 
até essa hora no serviço pesado.’”.
D. 	 “Arrumou pão e café, deixou tacho no fogocom água 
quente.” / “Não me falou em amor.”.
E. 	 “Não me falou em amor.” / “Essa palavra de luxo.”.
QUESTÃO 13 
O consumismo é considerado uma doença psicológica 
que afeta principalmente as mulheres, pois, na maior parte 
das famílias, é a elas que cabe o dever de fazer as compras 
e manter a casa com os produtos necessários. A definição 
correta de consumismo é: “o ato de consumir produtos ou 
serviços, muitas vezes, sem consciência”. Portanto, esse 
tipo de distúrbio está relacionado ao consumo de uma 
quantidade exagerada de produtos ou consumo de produtos 
desnecessários. São comuns, no dia a dia, casos de pessoas 
afetadas pelas ideias consumistas, o que torna evidente que 
o consumismo é uma doença grave, pois lesa uma parte 
considerável da população, gerando-lhe problemas financeiros.
Disponível em: <http://consumo1pi.blogspot.com.br/>. 
Acesso em: 09 mar. 2015 (Adaptação).
O gênero artigo de opinião, para efeito de convencimento, 
utiliza, recorrentemente, pontos de vista sobre os fatos 
apresentados. No trecho em questão, caracteriza-se como 
um ponto de vista a ideia de que o consumismo é um(a)
A. 	ato de se adquirir produtos ou serviços desnecessários. 
B. 	distúrbio presente no cotidiano das pessoas. 
C. 	doença grave que afeta parte considerável da população.
D. 	fator relacionado ao dever das mulheres de efetuar as 
compras.
E. 	motivador de diversos problemas sociais e financeiros.
QUESTÃO 14 
Um foguete, uma varinha mágica, um trem ou qualquer 
tipo de animal estão entre as muitas formas que um 
simples graveto pode tomar pela criatividade e imaginação 
(principalmente) das crianças. O exercício é importante 
para o desenvolvimento e para a construção autoral dos 
pequenos, e ter esta consciência ajuda os adultos a garantir 
que haja momentos livres de brinquedos prontos.
“É preciso não planejar tantas atividades e não deixar tantas 
opções de brinquedos com uma função específica disponível”, 
afirma Tatiana Weberman, responsável pelo SlowKids, 
movimento que propõe a desaceleração para a infância. 
“Deixar menos opções, muitas vezes, é abrir uma porta para 
a criatividade e uma vastidão de possibilidades.”
RODRIGUES, C. Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br>. 
Acesso em: 21 out. 2017. [Fragmento]
De acordo com a argumentação desenvolvida no texto, 
o ponto de vista defendido diz respeito ao
A. 	 planejamento de atividades monitoradas e objetivas 
que desenvolvem a criatividade.
B. 	 sistema educativo que propõe às crianças brincarem 
com brinquedos específicos.
C. 	 método que atende à demanda dinâmica e acelerada 
das crianças em brincadeiras.
D. 	 movimento que solicita aos pais suprimirem brinquedos 
como modo de educar as crianças.
E. 	 exercício que incentiva crianças a brincarem sem 
brinquedos com usos predeterminados.
QUESTÃO 15 
Aos sete anos entrou para a escola. Que horror! 
O mestre, um tal Antônio Pires, homem grosseiro, bruto, de 
cabelo duro e olhos de touro, batia nas crianças por gosto, 
por um hábito do ofício. Na aula só falava a berrar, como se 
dirigisse uma boiada. Tinha as mãos grossas, a voz áspera, 
a catadura selvagem. 
Todos os pequenos da aula tinham birra do Pires. Nele 
enxergavam o carrasco, o tirano, o inimigo e não o mestre; 
Os pais ignorantes, viciados pelos costumes bárbaros 
do Brasil, atrofiados pelo hábito de lidar com escravos, 
entendiam que aquele animal era o único professor capaz 
de “endireitar os filhos”.
AZEVEDO, A. Casa de pensão. Disponível em: <http://www.
dominiopublico.gov.br/>. Acesso em: 21 ago. 2019. [Fragmento]
O fragmento de Aluísio Azevedo, uma produção do 
Naturalismo, reflete a época em que foi produzido ao trazer 
à tona o(a)
A. 	 conjunto de valores sociais vigentes na educação 
nacional.
B. 	 atenção dada aos problemas educacionais do Brasil. 
C. 	 construção de uma identidade nacional brasileira. 
D. 	 violência paterna no ambiente familiar nacional. 
E. 	 desvalorização da família tradicional brasileira. 
EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 9BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 16 
O menino das meias vermelhas
Todos os dias, ele ia para o colégio com meias 
vermelhas. Era um garoto triste, procurava estudar muito, 
mas na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como 
se estivesse procurando alguma coisa. 
Os outros guris zombavam dele, implicavam com as 
meias vermelhas que ele usava. Um dia, perguntaram porque 
o menino das meias vermelhas só usava meias vermelhas.
Ele contou com simplicidade: “No ano passado, quando 
fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo. Botou em mim 
essas meias vermelhas. Eu reclamei, comecei a chorar, disse 
que todo mundo ia zombar de mim por causa das meias 
vermelhas. Mas ela disse que se me perdesse, bastaria olhar 
para o chão e quando visse um menino de meias vermelhas 
saberia que o filho era dela”.
Os garotos retrucaram: “Você não está num circo! 
Porque não tira essas meias vermelhas e joga fora?” Mas o 
menino das meias vermelhas explicou: “É que a minha mãe 
abandonou a nossa casa e foi embora. Por isso eu continuo 
usando essas meias vermelhas. Quando ela passar por mim 
vai me encontrar e me levará com ela”.
CONY, C. H. Os anos mais antigos do passado: crônicas. 7. ed. 
Rio de Janeiro: Record, 2010.
Na crônica, o título constitui um importante elemento de 
significação, pois guarda uma mensagem que só é revelada 
à medida que a leitura progride. Essa mensagem pode ser 
sintetizada pelas ideias de
A. 	abandono e reencontro.
B. 	choro e riso.
C. 	ficção e realidade.
D. 	ódio e amor.
E. 	revolta e aceitação.
QUESTÃO 17 
Quando regressou dessa longa viagem ao sul, estava 
ainda mais forte, mais viçoso e mais homem. Era uma massa 
bruta de músculos ao serviço de um magnífico aparelho 
humano. No tocante à disciplina mudara também um 
pouco: já ninguém lhe via certos escrúpulos de obediência e 
seriedade, perdera mesmo aquele ar, aquela compostura de 
respeito que o fazia estimado pelos oficiais em Villegaignon, 
e o distinguia da marinhagem insubmissa e desbriada. 
A maioria dominara-o positivamente; aquele caráter 
dócil e tolerante, deixara-o ele no alto mar ou nas terras 
por onde andara. Agora tratava com desdém os superiores, 
abusando se esses lhe faziam concessões, maldizendo-os 
na ausência, achando-os maus e injustos. Uma cousa, 
porém, ele soubera conservar: a força física, impondo-se 
cada vez mais aos outros marinheiros, que não ousavam 
agredi-lo nem brincando. Sua fama de homem valente 
alargara-se de modo tal que mesmo na província falava-se 
com prudência no “Bom-Crioulo”. – Quem é que não o 
conhecia, meu Deus? Por sinal tinha sido escravo e até nem 
era feio o diabo do negro.
CAMINHA, A. Bom-crioulo. São Paulo: Difusão Cultural do Livro, 2005. 
[Fragmento]
As mudanças sofridas em curto período pelo protagonista, 
relatadas no fragmento anterior desse romance naturalista, 
ressaltam como traços importantes da personagem 
apresentada
A. 	 a força física e a indisciplina.
B. 	 o caráter submisso e a ignorância.
C. 	 a coragem inabalável e a tolerância.
D. 	 a limitação cognitiva e a cordialidade.
E. 	 a mentalidade animalesca e a passividade.
QUESTÃO 18 
Sobrou para as redes sociais. Se até há pouco eram 
vistas como promessa de liberdade, agora são apontadas 
como ameaça à democracia. São acusadas tanto de fomentar 
a crescente polarização como de terem se convertido no 
celeiro onde surgem e prosperam as “fake news”. Será que 
é para tanto?
Não há dúvida de que vivemos numa época de 
radicalismos. Meu palpite pessoal é o de que a Internet tem 
algo a ver com isso. Mas, se formos em busca de evidências, 
veremos que os processos pelos quais isso ocorre não são 
tão simples nem diretos como normalmente se presume.
Num trabalho cujas conclusões são bem contraintuitivas, 
Boxell, Gentzkow e Shapiro mostraram que, nos EUA, 
a polarização cresceu mais justamente nos grupos 
demográficos que utilizam menos a Internet, como os idosos 
com mais de 75 anos.
Quanto às“fake news”, embaladas tanto pela conexão 
russa como pelos tuítes de Trump, elas são, com o perdão 
do trocadilho, reais. Mas é importante notar que mentiras, 
boatos e campanhas de desinformação sempre existiram. 
A Internet apenas os torna mais efetivos.
A democracia não passa por turbulências por causa 
da Internet, mas porque ela é um regime imperfeito, cheio 
de vulnerabilidades. Só que ela também tem a virtude 
de adaptar-se com facilidade, sobrevivendo a muitos dos 
ataques a que é submetida.
SCHWARTSMAN, H. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 13 nov. 2017. [Fragmento]
No artigo de opinião, as redes sociais são colocadas no 
centro da discussão sobre sua influência. Nesse sentido, 
o trecho que sintetiza a defesa central do autor é:
A. 	 “Se até há pouco eram vistas como promessa de 
liberdade, agora são apontadas como ameaça à 
democracia”.
B. 	 “veremos que os processos pelos quais isso ocorre 
não são tão simples nem diretos como normalmente 
se presume”.
C. 	 “a polarização cresceu mais justamente nos grupos 
demográficos que utilizam menos a Internet”.
D. 	 “Mas é importante notar que mentiras, boatos e 
campanhas de desinformação sempre existiram”.
E. 	 “A democracia não passa por turbulências por causa 
da Internet, mas porque ela é um regime imperfeito, 
cheio de vulnerabilidades”.
LCT – PROVA I – PÁGINA 10 EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 19 
QUINO. Toda Mafalda. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2012. 424 p.
A crítica e o humor presentes na tirinha anterior são consequência da
A. 	 exigência de um termo relacionado à política, tendo em vista a situação comunicativa expressa no texto.
B. 	 incompreensão de Manolito quanto ao pedido da professora, comprovada pela resposta dele no terceiro quadrinho.
C. 	 visão de política compartilhada por Mafalda e Manolito, que interpretam a palavra como um palavrão.
D. 	 divergência entre Mafalda e Manolito referente a política, vista na insatisfação da menina no último quadrinho.
E. 	 quebra de expectativa gerada pela palavra citada por Manolito, à qual Mafalda atribui uma acepção negativa.
QUESTÃO 20 
A sustentabilidade para as empresas não é um custo, é um investimento. 
Empresas que investem em sustentabilidade possuem uma melhor visibilidade e aceitação pelos clientes, sendo um 
diferencial competitivo.
Existem diversas maneiras de as empresas investirem em sustentabilidade, seja na logística reversa, utilização de energias 
renováveis (solar, eólica, etc.), contratação de terceiros que praticam a sustentabilidade, etc.
Se todas as empresas aderirem a todas as práticas possíveis de sustentabilidade, além de reduzirem os seus custos, 
demonstrarão preocupação com os clientes e a sociedade, gerando uma boa visibilidade e preferência pelos consumidores.
MONTEIRO, P. Disponível em: <http://www.administradores.com.br>. Acesso em: 10 dez. 2017. [Fragmento adaptado]
A tese defendida pelo autor se baseia principalmente na abordagem da sustentabilidade como uma estratégia de
A. 	 aumentar o alcance da atuação empresarial na geração de benefícios para a sociedade.
B. 	 estender o prazo de disponibilidade dos recursos naturais para utilização das empresas.
C. 	 investir nos recursos da natureza para atender comercialmente às próximas gerações.
D. 	 ampliar o prestígio e a evidência das empresas frente aos clientes e consumidores.
E. 	 reduzir o impacto da indústria por meio da implantação de medidas de preservação.
QUESTÃO 21 
Esse “papo” de educação e estímulo à leitura desde a infância não vai resolver todos os nossos males, claro, mas a 
mudança passa por eles. Meu desejo é que os nossos distintos representantes despertem e comecem desde já a construir 
um país educador e uma sociedade justa com raízes fincadas na razão às próximas gerações.
Otimismo demais? Sim, necessitamos de um pouco de otimismo nesses tempos em que os debates públicos andam tão 
tresloucados.
MELO, G. Disponível em: <http://observatoriodaimprensa.com.br>. Acesso em: 19 set. 2018.
Morfemas são pequenas unidades linguísticas dotadas de sentido utilizadas no processo de formação de palavras. 
O prefixo empregado na última palavra do texto é um morfema que apresenta sentido semelhante ao de
A. 	 “bendito”.
B. 	 “subjugado”.
C. 	 “analfabeto”.
D. 	 “intravenoso”.
E. 	 “ultrapassado”.
EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 11BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 22 
O velho não deu atenção ao honesto suspiro da digna 
esposa; ficou por alguns segundos remexendo o queixo 
escalavrado pelos anos e salpicado de raros fios de barba 
retorcida e branca. Os olhinhos castanhos piscavam-lhe 
vivamente, testemunhando o fervet opus de raciocínios que 
trabalhavam naquele crânio de setenta anos.
Depois, a fim de reatar a conversação, voltou-se para 
a velha: 
– Não acha?... Demais, a gratidão nos obriga... 
Por nosso filho ter sido empregado do duque, não se pode 
dizer que este tenha o dever de nos dar casa e alimento até 
o fim da vida... Os favores escravizam um pouco a gente... 
E de que se trata? Não há nenhum sacrifício... É só vencer 
um escrúpulo... Isto para nós... A idiota da nora não tem 
energia para se opor, nem entenderá o riscado. Quanto 
à menina... O que vai sofrer?... As doces torturas que nós 
sabemos e depois levar a vida tranquila de quem tem certeza 
de ser amparada em qualquer dia de necessidade... Suponho 
que as grandes chuvas, que tanto nos têm incomodado, 
cessaram de uma vez... Ela vai morar com o Pavia algum 
tempo, diverte-se, sai a passeio com a gente dele, vai ao 
teatro, coisa que ela nunca provou... Um belo dia, quando 
estiver sonhando alegrias nos cômodos agasalhos que lhe 
reserva o Manuel de Pavia, será visitada por uma sombra... 
Conversarão durante várias entrevistas, etc., etc. Há de ser 
bonito... Garanto que a Conceição não chorará.
POMPEIA, R. As joias da coroa. 2. ed. São Paulo: Scipione, 2005. 
[Fragmento] 
As obras do período realista desprezam a romantização 
típica do período anterior. Nesse contexto, a caracterização 
da prosa realista desse fragmento da obra de Raul Pompeia 
ocorre por
A. 	 revelar a subordinação de sentimentos a interesses 
pessoais. 
B. 	 fazer referência a um futuro incerto na vida de 
Conceição.
C. 	 aludir a personagens-tipo sem uma caracterização 
particularizada.
D. 	 descrever idealizadamente as personagens que 
compõem a cena.
E. 	 evidenciar a maldade dos seres humanos em uma 
alusão à religiosidade.
QUESTÃO 23 
Quando aos quatorze anos, após um dia de quebramento 
e cansaço, se mostrara o fenômeno pela primeira vez ela 
ficara louca de terror, acreditara-se ferida de morte, e, com 
a impudícia da inocência, correra em gritos para o pai, 
contara-lhe tudo. 
Lopes Matoso procurara sossegá-la – que não era 
nada; que isso se dava com todas as mulheres; que evitasse 
molhadelas, Sol, sereno, que dentro de três dias, ou de cinco 
ao mais tardar, havia de estar boa, que se não assustasse 
da repetição todos os meses. 
Com o tempo, os livros de Fisiologia acabaram de a 
edificar; em Püss aprendera que a menstruação é uma muda 
epitelial do útero, conjunta por simpatia com a ovulação, 
e que o terrível e caluniado corrimento é apenas uma 
consequência natural dessa muda.
RIBEIRO, J. A carne. São Paulo: Martin Claret, 2002. 
O trecho do romance de Júlio Ribeiro, escritor associado 
ao Naturalismo, apresenta, como traço desse movimento, a
A. 	 idealização juvenil da passagem para a vida adulta.
B. 	 melancolia causada pela transição para a juventude.
C. 	 animalidade das relações humanas no âmbito familiar.
D. 	 busca pela razão científica condutora dos fenômenos 
da vida.
E. 	 separação entre seres humanos e animais pelo uso da 
razão.
QUESTÃO 24 
Na escola da minha filha, toda quarta é dia da fantasia. 
Vou levá-la até a sala e quase sou atropelado por um 
Homem-Aranha em fuga, perseguido por uma Frozen e uma 
bailarina. Deixo minha filha (Pequena Sereia) na classe e, 
atravessando aquelecarnaval, me volta a eterna constatação 
de quem convive com crianças: como adulto é chato. 
Na mesma noite, porém, vou ao shopping Frei Caneca 
assistir a um filme, entro na fila e, ainda contaminado pela 
visão daquele pátio, percebo que eu estava redondamente 
enganado: os adultos também estão fantasiados, muito mais 
fantasiados – e não só às quartas-feiras. 
Primeiro, vejo o magrelo de boina, óculos de aro fininho 
e suspensórios. Veio vestido de cinéfilo, é claro. Não 
de qualquer cinéfilo, mas de amante do cinema francês 
(boina) dos anos 60 (aro fininho) puxando um pouco para o 
neorrealismo italiano (suspensórios). 
Atrás do cinéfilo, um lutador de jiu-jítsu com orelha de 
couve-flor, bermuda, chinelo Rider, camiseta com um urso 
e os dizeres “Team Guigo” está vestido não para entrar no 
cinema, mas no octógono do UFC. Imagino que, passada 
a catraca, vá pedir uma pipoca com açaí e uma Sprite com 
proteinado de soja. 
Perto de tamanho apuro cenográfico, a saia de sereia 
da minha filha e a máscara de Peppa da amiga parecem 
coisa de criança. 
PRATA, A. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 19 dez. 2016. [Fragmento adaptado] 
Com grande frequência, as tipologias textuais mesclam-se 
ao compor os gêneros textuais. Na crônica anterior, 
identificam-se, na ordem em que são estruturados, os tipos 
A. 	 argumentativo, narrativo e expositivo. 
B. 	 descritivo, expositivo e narrativo. 
C. 	 descritivo, narrativo e argumentativo. 
D. 	 narrativo, descritivo e argumentativo. 
E. 	 narrativo, expositivo e descritivo. 
LCT – PROVA I – PÁGINA 12 EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 25 
Reza a metáfora que, se você joga o sapo na água 
fervendo, ele pula fora, mas se você joga na água fria e vai 
esquentando a água aos poucos, ele não percebe e morre 
cozido. Pura lenda urbana (na verdade, rural – dificilmente 
você encontrará sapos pra ferver na cidade). Recentemente, 
biólogos fizeram o teste e descobriram que o sapo, ao 
perceber que está virando caldo, pula fora da panela, 
estragando ao mesmo tempo a sopa e a metáfora. Malditos 
biólogos. Que obsessão em estragar metáforas.
A parábola servia muito bem para explicar um fenômeno 
tão comum quanto difícil de entender: por que as pessoas 
demoram tanto a pular fora de casamentos falidos, empregos 
deprimentes e governos autoritários. O ser humano demora 
pra perceber que a água está fervendo – e inventou a 
metáfora do sapo, coitado, logo ele que é tão melhor que a 
gente na sensibilidade à fervura. Seria mais justo se os sapos 
usassem, entre eles, a metáfora do humano.
A água está esquentando, pessoal. E tem sapo achando 
que é jacuzzi.
DUVIVIER, G. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 13 nov. 2017. [Fragmento]
No fragmento anterior, a partir da análise das tipologias 
textuais que o compõem, identifica-se como objetivo 
comunicativo central do autor 
A. 	 defender um ponto de vista crítico sobre a lenta 
percepção das sociedades. 
B. 	 descrever o contexto social atual que ilustra a parábola 
acerca dos sapos. 
C. 	 expor a recente pesquisa científica que derrubou a 
metáfora dos sapos. 
D. 	 relatar uma já superada crença popular acerca do 
comportamento dos sapos. 
E. 	 sugerir que os brasileiros devem ser mais perspicazes 
ao tomarem decisões.
QUESTÃO 26 
Tentarei recrear meu espírito e recriar teu vício.
Desatarei o laço da saudade que de lasso adoeceu.
BANTIM, E. Disponível em: <http://www.gostodeler.com.br>. 
Acesso em: 26 out. 2017.
Sobre as relações entre forma e significado nos vocábulos, 
considerando o texto anterior, identifica-se que
A. 	 “recrear” e “recriar” são diferentes em sentido e iguais 
em pronúncia.
B. 	 “recrear” e “recriar” são iguais na pronúncia e diferentes 
na grafia.
C. 	 “recrear” e “recriar” são diferentes em grafia e iguais 
em sentido.
D. 	 “laço” e “lasso” são iguais na pronúncia e diferentes 
na grafia.
E. 	 “laço” e “lasso” são iguais em sentido e em pronúncia.
QUESTÃO 27 
A imprensa foi pródiga em elogios ao anúncio das bodas 
entre o príncipe Harry e a atriz americana Meghan Markle. 
Como a futura duquesa de Sussex, além de estrangeira 
e plebeia, é filha de negra e divorciada, a interpretação 
prevalecente é a de que a conservadora monarquia inglesa 
está se modernizando e se adaptando aos novos tempos. 
A monarquia é, a meu ver, um dos mais chocantes 
paradoxos da modernidade. Como é que, em pleno século XXI, 
no qual a igualdade se tornou um dos principais objetivos 
perseguidos tanto no campo econômico como no político, 
algumas das mais avançadas sociedades do planeta, como 
Reino Unido, Holanda, Suécia, Noruega, ainda mantêm 
uma instituição que tem como ponto de partida a distinção 
jurídica entre nobres e plebeus? Não só a mantêm como 
ainda pagam para sustentá-la.
E é até mais grave do que parece. Se, no plano da 
economia, ainda dá para argumentar que é preciso permitir 
alguma desigualdade – quem produz mais ou tem melhores 
ideias ganha mais – para assegurar o dinamismo do mercado 
e estimular o crescimento, nada parecido ocorre na política. 
Não vejo aqui nenhum raciocínio para justificar que um grupo 
de pessoas, apenas por ter nascido numa família, goze de 
um estatuto jurídico diferente daquele conferido ao restante 
dos cidadãos.
Num mundo um pouco mais racional, a discussão não 
seria em torno de a monarquia estar ou não se modernizando, 
mas sim sobre a extinção desse fóssil institucional. Acredito, 
porém, que nosso essencialismo inato, somado a alguns 
milênios de propaganda pró-monárquica, em que príncipes 
e princesas são sempre retratados como heróis, nos fizeram 
perder a cabeça.
SCHWARTSMAN, H. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 09 dez. 2017. [Fragmento] 
O artigo alude à repercussão midiática de um casamento 
na família real britânica para, então, defender um ponto 
de vista mais amplo. O trecho do texto que explicita a tese 
endossada pelo autor é: 
A. 	 “a interpretação prevalecente é a de que a conservadora 
monarquia inglesa está se modernizando e se 
adaptando aos novos tempos.”
B. 	 “algumas das mais avançadas sociedades do planeta 
[...] ainda mantêm uma instituição que tem como ponto 
de partida a distinção jurídica entre nobres e plebeus?”
C. 	 “Se, no plano da economia, ainda dá para argumentar 
que é preciso permitir alguma desigualdade [...], nada 
parecido ocorre na política.”
D. 	 “Não vejo aqui nenhum raciocínio para justificar que 
um grupo de pessoas [...] goze de um estatuto jurídico 
diferente daquele conferido ao restante dos cidadãos.”
E. 	 “Acredito, porém, que nosso essencialismo inato 
somado a alguns milênios de propaganda pró- 
-monárquica [...] nos fizeram perder a cabeça.”
EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 13BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 28 
No fim dos anos oitenta, quando a comunicação por texto 
se limitava aos caracteres, havia o emoticon, representações 
geralmente do rosto humano, feitas apenas através de sinais 
de texto, como pontuação, letras e números. Isto aqui, por 
exemplo, seria um vampiro :-[ . A partir do avanço técnico 
dos aparelhos, os emoticons foram aos poucos sendo 
substituídos pelos emojis, pequenas imagens originadas nos 
desenhos com caracteres. Um rosto assustado assim :*O 
tomou ares mais artísticos a partir de O grito, de Edvard 
Munch, assim: . 
[...] Mas por mais familiar ou específica, por mais 
matizada que seja a linguagem escrita, falta a ela ainda algo 
da presença física, especialmente em conversas íntimas. 
Os emojis, memes e gifs animados cumprem justamente 
esse papel. Estranho misto entre a pop arte e a pontuação, 
eles reinserem na comunicação as microvariações de 
sentido que a voz, o gesto e as expressões faciais produzem 
quando se está presente. O emoji é um atenuador que 
garante a possibilidade da presença diluída e multiplicada 
da contemporaneidade.
ISABEL, T. A. Disponível em: <https://www.revistaforum.com.br>. 
Acesso em: 07 jun.2018 (Adaptação).
De acordo com o texto, o emprego de emojis possibilita o(a)
A. 	 substituição da pontuação no texto.
B. 	 informatização da linguagem escrita.
C. 	 inserção da arte na comunicação cotidiana.
D. 	 expressão simbólica de impressões subjetivas.
E. 	 aumento da intimidade na troca de mensagens.
QUESTÃO 29 
O perigo mora na rede social
Quanto da vida acontece ou deixa de acontecer por 
algo que registramos nas redes sociais? Quanto da vida 
e da morte pode ser determinado pela nossa atuação no 
Facebook ou no Instagram? Eu desconfio que muito mais 
do que possamos imaginar.
As mentirinhas sedutoras que contamos, as fotos que 
postamos, as atitudes que endossamos, ou ainda os links 
que compartilhamos, podem ser determinantes na hora de 
conseguir um trabalho e vencer a concorrência.
Já não é mais novidade que os setores de recursos 
humanos das grandes, médias, e pequenas empresas 
recorrem à rede para saber como é o perfil social do 
candidato, e a maneira como ele se apresenta ajuda a decidir 
quem vai levar a vaga de trabalho.
Recentemente, a Receita Federal admitiu manter um 
número considerável de perfis anônimos no Facebook 
apenas para bisbilhotar contribuintes selecionados 
aleatoriamente para saber se as fotos que foram postadas, 
exibindo viagens, casas, carros e bens de consumo, 
condizem com a declaração de renda que foi apresentada. 
Se não condiz a devassa está decretada e o contribuinte vai 
para a malha fina.
Diante desse quadro, rever os nossos comportamentos 
é uma providência sábia. Podemos não ter nada a esconder 
e ainda assim podemos escolher o que devemos mostrar, 
o que nos é conveniente revelar.
BERNADELLI, A. M. R. Disponível em: <http://www.contioutra.com>. 
Acesso em: 04 set. 2017. [Fragmento]
Nos parágrafos introdutórios do texto, a autora expõe a tese 
de seu texto, que consiste na
A. 	importância social e profissional da imagem construída 
pelo indivíduo nas redes sociais.
B. 	valorização da honestidade na atuação das pessoas no 
Facebook ou no Instagram.
C. 	conveniência de se auxiliar as empresas e órgãos 
públicos com o registro de informações.
D. 	construção orientada de um perfil social que seja atraente 
para possíveis empregadores. 
E. 	manutenção da privacidade do indivíduo por meio da 
pouca divulgação de informações.
QUESTÃO 30 
Teoria do medalhão
Venhamos ao principal. Uma vez entrado na carreira, 
deves pôr todo o cuidado nas ideias que houveres de 
nutrir para uso alheio e próprio. O melhor será não as ter 
absolutamente; coisa que entenderás bem, imaginando, 
por exemplo, um ator defraudado do uso de um braço. Ele 
pode, por um milagre de artifício, dissimular o defeito aos 
olhos da plateia; mas era muito melhor dispor dos dois. 
O mesmo se dá com as ideias; pode-se, com violência, 
abafá-las, escondê-las até à morte; mas nem essa habilidade 
é comum, nem tão constante esforço conviria ao exercício 
da vida. O passeio nas ruas, mormente nas de recreio 
e parada, é utilíssimo, com a condição de não andares 
desacompanhado, porque a solidão é oficina de ideias, 
e o espírito deixado a si mesmo, embora no meio da multidão, 
pode adquirir uma tal ou qual atividade.
ASSIS, M. In: Papéis Avulsos. São Paulo: Penguin Companhia, 2011. 
No conto, a crítica às instituições sociais e aos valores 
burgueses constrói-se por meio da ironia presente nos 
conselhos do pai para seu filho, o que se verifica pelo(a) 
A. 	 desaprovação da solidão enquanto propiciadora de 
estados mentais negativos.
B. 	 dissimulação dos problemas pessoais para melhor 
desempenhar o ofício artístico. 
C. 	 anulação de ideias fruto da reflexão pessoal com o 
objetivo de agradar a sociedade.
D. 	 estímulo à convivência em sociedade para desenvolver 
habilidades de comunicação.
E. 	 ocultamento de opiniões polêmicas para não o 
prejudicar na carreira e na vida social.
LCT – PROVA I – PÁGINA 14 EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 31 
A grande novidade introduzida pelos meios digitais prende-se com o aparecimento de bibliotecas híbridas nas quais os seus 
usuários podem desfrutar das vantagens de acessar a bibliotecas digitais, bem como podem requerer os serviços presenciais 
de um bibliotecário na orientação da sua pesquisa. Esse fato traduz-se na necessidade das bibliotecas em “incorporar o 
livro eletrônico como mais um elemento do serviço bibliotecário” (Garcia, Díaz & Arévalo, 2011). Podemos, pois, inferir que 
esse tipo de biblioteca vem dar resposta a variados tipos de públicos de bibliotecas, correspondendo às suas necessidades 
diversificadas, uma vez que “o que está em causa não é morte do livro ou o fim das bibliotecas, mas sim o reposicionamento 
da leitura enquanto prática cultural no contexto da emergência da ‘sociedade da informação’”, (Ventura, 2002).
CRISTÓVÃO, A. F. M. Disponível em: <https://repositorio.iscte-iul.pt>. Acesso em: 05 jun. 2018 (Adaptação).
A biblioteca híbrida combina as vantagens da era digital com o conceito tradicional de biblioteca. Identificam-se, nesse novo 
modelo, características necessárias para sua adequação à sociedade da informação, como
A. 	 a priorização do indivíduo autônomo como público ideal.
B. 	 a orientação mediada pelos funcionários das bibliotecas.
C. 	 a valorização do livro como fonte de conhecimento irrefutável.
D. 	 a substituição do acervo físico pelo digital sob uma óptica ecológica.
E. 	 o acesso às diversas possibilidades de leitura abertas pelo hipertexto.
QUESTÃO 32 
Disponível em: <http://deposito-de-tirinhas.tumblr.com/page/2>. Acesso em: 28 dez. 2012.
A produção de sentido nas tirinhas comumente se dá a partir da relação entre a linguagem verbal e a não verbal. Nessa 
charge, a função da linguagem não verbal é de
A. 	 manter a atenção do leitor voltada para apenas um dos sentidos possíveis de “negativo” nos dois primeiros quadrinhos. 
B. 	 contribuir para que o leitor seja capaz de compreender os dois sentidos possíveis de negativo desde o primeiro quadrinho. 
C. 	 revelar a ironia presente na frase “quem me disse isso foi minha gerente de banco!”, que aparece no terceiro quadrinho.
D. 	 demarcar a oposição existente entre os dois sentidos possíveis do termo “negativo” em todos os três quadrinhos.
E. 	 criar uma relação de empatia e de solidariedade entre os leitores e o personagem retratado na charge.
QUESTÃO 33 
Era um dia abafadiço e aborrecido. A pobre cidade de São Luís do Maranhão parecia entorpecida pelo calor. Quase que se 
não podia sair à rua: as pedras escaldavam; as vidraças e os lampiões faiscavam ao sol como enormes diamantes, as paredes 
tinham reverberações de prata polida; as folhas das árvores nem se mexiam; as carroças d’água passavam ruidosamente a 
todo o instante, abalando os prédios; e os aguadeiros, em mangas de camisa e pernas arregaçadas, invadiam sem cerimônia 
as casas para encher as banheiras e os potes.
Em certos pontos não se encontrava viva alma na rua; tudo estava concentrado, adormecido; só os pretos faziam as 
compras para o jantar ou andavam no ganho.
AZEVEDO, A. O mulato. São Paulo: Saraiva, 2010. [Fragmento] 
A obra O mulato apresenta um olhar característico da prosa realista iniciada no fim do século XIX. Esse olhar é representado 
no fragmento pela
A. 	 idealização do espaço romantizado pelo narrador em sua narrativa.
B. 	 alusão aos “pretos” como uma crítica ao racismo vigente no período. 
C. 	 descrição detalhada do cenário tal como ele se encontra na realidade.
D. 	 presença de injunção para orientar o leitor sobre a apresentação do local.
E. 	 referência à morbidez dos grandes centros urbanos devido a uma crise política.
EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 15BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 34 
Um dia de chuva, entrou um ladrão do pavilhão Sete enrolado num cobertor, feito um beduíno do deserto, apenas os 
olhos de fora. Tinha os lábios rachados de febre, a conjuntiva amarelo-avermelhada e uma dor tão forte nos músculos que 
gritou quando lhe apertei a panturrilha.Era leptospirose, doença transmitida pela urina do rato, comum naquela época do ano em que chovia toda tarde, 
o Tietê transbordava para a Marginal e o trânsito na região do Carandiru virava um inferno. Com tantos ratos e tantos esgotos 
entupidos, não era de estranhar a ocorrência de um ou outro caso. Aquela manhã, entretanto, estava atípica: em duas horas 
de atendimento, era o quarto doente com os mesmos sintomas. Muita coincidência.
VARELLA, D. Estação Carandiru. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 95. [Fragmento]
O texto de Drauzio Varella narra, com detalhes, alguns de seus atendimentos em um dos maiores presídios brasileiros, 
o Carandiru, já extinto. Essa obra, embora contemporânea, relaciona-se com o Naturalismo em virtude do(a)
A. 	 linguagem técnica relacionando-se à medicina, por citar a leptospirose e seus sintomas. 
B. 	 clareza linguística compondo-se de vocabulário simples, quando explica quais as origens da doença.
C. 	 tempo cronológico encerrando-se com conclusão, ao se estruturar em análise de sintomas e diagnóstico.
D. 	 composição detalhada contendo pormenores psicológicos, quando descreve a reação de espanto do médico.
E. 	 estilo realista apresentando traços de crueza, ao evidenciar as realidades violentas e precárias nos presídios.
QUESTÃO 35 
ROSA, R.; JAF, I. O Cortiço. Clássicos Brasileiros em HQ. 
São Paulo: Ática, 2010. [Fragmento]
As imagens são quadrinhos da adaptação de O Cortiço. Apesar de adaptada, a narrativa ainda apresenta o princípio naturalista 
que afirma que o ser humano
A. 	 apresenta caráter mutável pela educação escolar. 
B. 	 tem liberdade de escolher em qual meio vai viver.
C. 	 manifesta uma personalidade adulta diferente da infantil. 
D. 	 possui características específicas em cada fase de sua vida.
E. 	 é resultado da influência do meio e das forças de sua origem.
LCT – PROVA I – PÁGINA 16 EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 36 
A ecovila também é chamada de ecoaldeia e ecocomunidade, o modelo de vida que preserva áreas já degradadas ou 
que podem estar se degradando, que encontram soluções viáveis para a erradicação da pobreza.
Essas comunidades, urbanas ou rurais, são locais onde as pessoas vivem em harmonia com a natureza e com o seu 
estilo de vida sustentável. Mas, para que dê certo, é necessário seguir algumas práticas, como utilização de energia solar, 
produção de produtos orgânicos, economia solidária, preservação da natureza, entre muitos outros.
A prática surgiu em 1998, e se consagra como uma das 100 melhores práticas para o desenvolvimento sustentável.
SOUSA, L. F. Revista Meio Ambiente. Disponível em: 
<http://www.pensamentoverde.com.br>. Acesso em: 25 nov. 2018.
O texto permite inferir, por meio de suas características predominantes, que ele se enquadra na tipologia
A. 	 expositiva, pois conceitua e explica o modelo de vida na ecovila.
B. 	 argumentativa, pois defende a aplicabilidade do projeto sustentável.
C. 	 descritiva, pois descreve o ambiente de desenvolvimento das ecovilas.
D. 	 narrativa, pois expõe o cotidiano da comunidade que adota a prática.
E. 	 prescritiva, pois sugere atividades voltadas para a sustentabilidade.
QUESTÃO 37 
Saímos à varanda, dali à chácara, e foi então que notei uma circunstância. Eugênia coxeava um pouco, tão pouco, que 
eu cheguei a perguntar-lhe se machucara o pé. A mãe calou-se; a filha respondeu sem titubear: 
 – Não, senhor, sou coxa de nascença. 
O pior é que era coxa. Uns olhos tão lúcidos, uma boca tão fresca, uma compostura tão senhoril; e coxa! Esse contraste 
faria suspeitar que a natureza é às vezes um imenso escárnio.
Por que bonita, se coxa? Por que coxa, se bonita? Tal era a pergunta que eu vinha fazendo a mim mesmo ao 
voltar para casa, de noite, sem atinar com a solução do enigma. O melhor que há, quando se não resolve um enigma, 
é sacudi-lo pela janela fora; foi o que eu fiz; lancei mão de uma toalha e enxotei essa outra borboleta preta, que me adejava 
no cérebro. Fiquei aliviado e fui dormir. Mas o sonho, que é uma fresta do espírito, deixou novamente entrar o bichinho, e aí 
fiquei eu a noite toda a cavar o mistério, sem explicá-lo.
ASSIS, M. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Penguin e Companhia das Letras, 2014. [Fragmento]
Um aspecto da prosa realista que se opõe ao Romantismo, evidenciado nesse fragmento de Memórias Póstumas de Brás 
Cubas, é a
A. 	 narração em primeira pessoa. 
B. 	 ausência de idealização feminina.
C. 	 alusão a acontecimentos oníricos. 
D. 	 descrição detalhada das personagens.
E. 	 apresentação exclusiva de cenários urbanos. 
QUESTÃO 38 
Falava uma vez sobre educação. 
Discutiu a questão do internato. Divergia do parecer vulgar, que o condena. 
É uma organização imperfeita, aprendizagem de corrupção, ocasião de contato com indivíduos de toda origem? 
O mestre é a tirania, a injustiça, o terror? O merecimento não tem cotação, cobrejam as linhas sinuosas da indignidade, 
aprova-se a espionagem, a adulação, a humilhação, campeia a intriga, a maledicência, a calúnia, oprimem os prediletos 
do favoritismo, oprimem os maiores, os mais fortes, abundam as seduções perversas, triunfam as audácias dos nulos? 
A reclusão exacerba as tendências ingênitas?
Tanto melhor: é a escola da sociedade. 
POMPEIA, R. O Ateneu. 16. ed. São Paulo: Ática, 1996. (Coleção Bom Livro).
O trecho de Raul Pompeia permite localizar a obra em análise no Realismo brasileiro, pois
A. 	 reforça o negativismo do internato pelo exagero do discurso.
B. 	 torna natural a hierarquização existente entre os grupos do internato.
C. 	 distorce as relações de poder com uma apresentação idealizada.
D. 	 representa a entidade escolar por meio da experiência individual. 
E. 	 descreve criticamente as relações pessoais dentro do internato.
EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 17BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 39 
CÍCERO. Disponível em: <http://www.cicero.art.br>. 
Acesso em: 04 set. 2017. 
Os recursos verbais e não verbais atuam em conjunto na produção de sentido da charge, principalmente na polissemia do 
verbo “baixar”, construindo uma crítica ao(s) 
A. 	 poder das novas mídias, que fazem as pessoas desejarem o que não podem ter. 
B. 	 produtos da cesta básica, que se mostram insuficientes para alimentar a família. 
C. 	 recursos tecnológicos, que obrigam as pessoas a buscarem a instantaneidade. 
D. 	 modelo tradicional de família, que é caracterizado pela formalidade à mesa. 
E. 	 valor elevado dos alimentos, que os torna inalcançáveis para a população. 
QUESTÃO 40 
[Luísa] ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta, bordado a sutache, com 
largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, 
torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo 
encostado à mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis miudinhos davam 
cintilações escarlates. 
Tinham acabado de almoçar. 
A sala esteirada, alegrava, com o seu teto de madeira pintado a branco, o seu papel claro de ramagens verdes. Era em julho, 
um domingo, fazia um grande calor; as duas janelas estavam cerradas, mas sentia-se fora o sol faiscar nas vidraças, escaldar 
a pedra da varanda; havia o silêncio recolhido e sonolento de manhã de missa; uma vaga quebreira amolentava, trazia desejos 
de sestas ou de sombras fofas debaixo de arvoredos, no campo, ao pé da água; nas duas gaiolas, entre as bambinelas de 
cretone azulado, os canários dormiam; um zumbido monótono de moscas arrastava-se por cima da mesa, pousava no fundo 
das chávenas sobre o açúcar mal derretido, enchia toda a sala de um rumor dormente.
QUEIRÓS, E. O primo Basílio. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 01 abr. 2019. [Fragmento]
O Realismo, que sucedeu ao Romantismo, difere-se deste por característicasestéticas e temáticas. Nesse sentido, observa-se 
no fragmento da obra de Eça de Queirós, como característica realista, a
A. 	 crítica aos preceitos de idealização da figura feminina, mostrando-a como frágil e delicada.
B. 	 descrição objetiva da personagem feminina e do ambiente, resultando menor idealização.
C. 	 banalização das ações diárias, opondo-se à idealização anteriormente feita pelos escritores.
D. 	 alusão a eventos cotidianos, banalizando os romances arrebatadores dos sujeitos românticos. 
E. 	 descrição psicológica, contrapondo-se ao ambiente desenhado segundo o olhar da personagem.
LCT – PROVA I – PÁGINA 18 EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 41 
Não se lembrava de ter amado nunca ou de haver sequer 
arriscado uma dessas aventuras tão comuns na mocidade, 
em que entram mulheres fáceis, não: pelo contrário, sempre 
fora indiferente a certas coisas.
E agora, como é que não tinha forças para resistir aos 
impulsos do sangue? Como é que se compreendia o amor, 
o desejo da posse animal entre duas pessoas do mesmo 
sexo, entre dois homens?
Tudo isto fazia-lhe confusão no espírito, baralhando 
ideias, repugnando os sentidos, revivendo escrúpulos.
É certo que ele não seria o primeiro a dar exemplo, 
caso o pequeno se resolvesse a consentir... Mas – instinto 
ou falta de hábito – alguma coisa de si revoltava-se contra 
semelhante imoralidade que outros de categoria superior 
praticavam quase todas as noites ali mesmo sobre convés... 
Não vivera tão bem sem isso? Então, que diabo! 
CAMINHA, A. Bom-crioulo. 8. ed. São Paulo: Ática, 2012. [Fragmento]
Na passagem anterior, observa-se o conflito interno vivido 
pela personagem Amaro ao ter seus desejos despertados 
por outro homem, o jovem Aleixo. Esse conflito reflete, 
no contexto naturalista, uma
A. 	 aceitação dos sentimentos vistos como próprios do ser 
humano. 
B. 	 idealização das afeições amorosas nutridas pelo 
protagonista. 
C. 	 individualização do sujeito ao evidenciar sentimentos 
dessa natureza. 
D. 	 particularização do indivíduo por características que 
lhe são próprias. 
E. 	 caracterização do homem a partir de seus instintos e 
desejos naturais.
QUESTÃO 42 
Desde os anos 1990, o mundo tem assistido a uma 
revolução dos meios de comunicação por meio do advento e 
popularização do computador e, especialmente, da Internet, 
a rede mundial de computadores. Tal transformação afeta a 
todos em toda parte, em maior ou menor grau. Todo esse 
processo não deixa incólume o mundo da linguagem e, assim, 
parâmetros novos têm surgido também no mundo textual.
Na verdade, esses parâmetros talvez não possam ser 
simplesmente considerados novos, uma vez que dialogam 
com formas textuais já preexistentes. Um bom exemplo 
disso é o e-mail, “correio eletrônico”, que é uma adaptação 
da velha carta ao mundo cibernético.
Do mesmo modo, os recados ou mensagens de 
comunidades de relacionamentos são adaptações, 
em diferentes níveis de formalidade e mesmo de sigilo do 
recado, agora não mais no papel, mas em novo suporte.
NASCIMENTO, A. U. S. Disponível em: <http://educacao.globo.com>. 
Acesso em: 21 set. 2017. [Fragmento adaptado]
De acordo com o texto, os novos parâmetros que têm 
surgido no mundo textual digital não podem ser considerados 
completamente novos porque, muitas vezes, são
A. 	 adaptações dos gêneros para a Internet, mas com um 
nível de formalidade menor.
B. 	 modificações no estilo dos textos, para possibilitar a 
despreocupação com a linguagem.
C. 	 transformações da nomenclatura dos gêneros, embora 
mantenham as suas características.
D. 	 interlocuções com gêneros textuais precedentes, 
embora estejam em outro suporte.
E. 	 processos de popularização dos textos, para validar a 
informalidade em todos os âmbitos.
QUESTÃO 43 
Fora ali, contemplando aquele delicioso sítio, que, logo 
à chegada padre Antônio de Moraes vira a Clarinha, a neta 
de João Pimenta, de pé sobre o tronco de palmeira que 
servia de ponte ao bem tratado porto. Era uma mameluca, 
de quinze a dezesseis anos de idade, uma fisionomia 
petulante e decididamente desagradável, tão desagradável 
que padre Antônio sentiu uma necessidade imperiosa de não 
se demorar nesta recordação, desejando já terminar com 
o passado e chegar ao presente, naquele quarto, naquela 
cama, para indagar de si, da sua situação e do seu futuro. [...]
E daí em diante, nos dias seguintes, sempre aquele 
vulto de mulher, indo e vindo pelo quarto, cuidadosa, falando 
meigamente, e com uma solicitude incômoda. [...] Aquela 
mameluca incomodava-o, irritava-lhe os nervos doentes, 
com o seu pisar firme de moça do campo, a voz doce e 
arrastada, os olhos lânguidos de crioula derretida. Não lhe 
parecia formosa, tanto quanto podia julgar olhando-a por 
baixo das pálpebras, porque jamais fitara de frente a uma 
mulher qualquer, ou pelo menos, a sua beleza, se beleza 
tinha, não o atraía, achava-a petulante demais, provocadora, 
quase impudente, com o seu arzinho ingênuo, visivelmente 
enganador, como devem ter todas as mulheres que o 
demônio excita a tentar os servos de Deus.
SOUZA, I. O missionário. 3. ed. São Paulo: Ática, 1992 (Adaptação). 
No romance naturalista O missionário, Inglês de Souza narra 
a história do Padre Antônio de Moraes, que vê sua vocação 
ser colocada à prova pela sedutora Clarinha. No fragmento, 
a tese determinista é confirmada pelo(a)
A. 	 análise cientificista do padre acerca do ambiente. 
B. 	 prevalecimento do instinto animal sobre o juízo.
C. 	 sensualização descabida de sujeitos rurais. 
D. 	 conflito religioso do temeroso sacerdote.
E. 	 beleza paradoxal e natural de Clarinha.
EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 LCT – PROVA I – PÁGINA 19BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 44 
COURBET, G. O homem desesperado. 1843-1845. Óleo sobre tela. 45 x 55 cm. 
A obra de Gustave Courbet, um autorretrato, é representativa do Realismo. Entre as marcas imagéticas que evidenciam a 
filiação a esse movimento artístico, está em destaque a
A. 	 referência ao contexto natural da época.
B. 	 exaltação do artista como homem nobre.
C. 	 expressão exagerada do desespero do autor.
D. 	 representação detalhada das características do pintor.
E. 	 cumplicidade entre a personagem e a paisagem de fundo.
QUESTÃO 45 
A luta contra o aquecimento global é hoje liderada por garotas de vários países do mundo. Estudantes secundaristas, 
a maioria. Mulheres muito jovens, carregando um novo espírito do tempo no mundo sem tempo, em que só há 12 
anos para tentar impedir que o planeta aqueça mais do que 1,5 graus Celsius e o futuro logo ali seja uma vida muito 
ruim para todos, impossível para os mais pobres e os mais frágeis. Jovens mulheres com muito pânico porque os 
pais e avós ferraram o planeta em que vão viver e se comportam como gente mimada e egoísta que faz apenas o 
que quer sem se preocupar com as consequências nem mesmo para seus próprios filhos e netos. Uma parcela da 
espécie humana chegou a um nível de individualismo que nem mesmo protege a prole naquilo que é fundamental – 
e o presente se torna absoluto. De repente, os mais jovens perceberam que a sobrevivência está comprovadamente ameaçada.
BRUM, E. As crianças tomam conta do mundo. Disponível em: <https://elpais.com>. Acesso em: 20 mar. 2019. [Fragmento]
O trecho aborda o aquecimento global e o contexto sócio-histórico desse problema. Como tese central, a autora se foca no(a) 
A. 	 relação entre juventude e política, instituída pelo apoio dos governantes mundiais.
B. 	 proporcionalidade entre os mais pobres e frágeis em relação às mulheres militantes.
C. 	 papel das mulheres jovens nas manifestações, como ativistas por um mundo melhor.
D. 	 noção de preservação globalizada, proposta pelos pais e avós das mulheres mais novas.
E. 	 influência mercadológica sobre o estilo de vida individualista de, sobretudo, mulheres jovens.
LCT – PROVA I – PÁGINA 20 EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2021 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
TEXTO I
Cerca de 80 mil toneladas de resíduos

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