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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II - RECURSOS
Unifacema – centro universitário de ciências e tecnologia do maranhão
Curso de direito
Embargos de declaração
- Embargos de declaração
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o.
Embargos de declaração
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
§ 1o Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229.
§ 2o O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada.
Embargos de declaração
Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias.
§ 1o Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente.
§ 2o Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente.
§ 3o O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1o.
§ 4o Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração.
§ 5o Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.
Embargos de declaração
Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
Embargos de declaração
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.
§ 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
§ 2o Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa.
§ 3o Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.
§ 4o Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.
Embargos de declaração
CONCEITO: Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão: acordão, sentença, despachos, decisão interlocutória. 
‘Em suma, não importa a natureza da decisão. Seja interlocutória, sentença ou acórdão, se a decisão for obscura, omissa, contraditória ou contiver erro material, pode vir a ser sanada por meio dos embargos de declaração. Nada impede que os embargos também sejam opostos contra despachos. É que, apesar de estes pronunciamentos serem desprovidos de conteúdo decisório, é inconcebível que um despacho “viciado” fique sem remédio, de modo a comprometer até a possibilidade prática de cumpri-lo’ (Elpídio Donizetti)
Embargos de declaração
"Os declaratórios visam à integração do pronunciamento judicial embargado. São cabíveis em qualquer processo, em qualquer procedimento, contra decisão monocrática ou de colegiado, e resistem, mesmo, à cláusula da irrecorribilidade.” (Trecho de despacho do Ministro Marco Aurélio, do STF, nos Embargos no Agravo de Instrumento n. 260.674/2001).
Cláusula de irrecorribilidade:
Art. 1.001. Dos despachos não cabe recurso.
Embargos de declaração
Hipóteses de cabimento 
I - Obscuridade: qualquer coisa que torna a decisão ininteligível é obscuridade;
II - Contradição: é aquela contradição entre as proposições e conclusões do próprio julgado. 
‘A contradição que autoriza a reforma pela via dos embargos de declaração é tão-somente aquela que ocorre entre as proposições e conclusões do próprio julgado, ou seja, interna, e não entre o que ficou decidido e as teses defendidas pelo embargante [externa]. ‘ (STJ, REsp 1.050.208/2008).
Embargos de declaração
III - Erro material: novidade do CPC/15 (STJ já admitia. CPC só concretizou)
Erro material ocorre quando o juiz se manifesta de forma claramente contraria da pretendida. 
Ex.: erro de cálculo, troca de nomes, etc.
‘Os embargos de declaração somente são cabíveis quando houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade, contradição, omissão ou erro material, consoante dispõe o art. 535 do CPC. (STJ, EDcl no AgRg no REsp 1494263/2015).’
Embargos de declaração
IV - Omissão: juiz passou por um tema e não decidiu uma questão admitida ao juízo. (EX.: deixar de analisar um pedido, deixar de analisar um fundamento de defesa – ‘esquecimento). Também há omissão quando houver inobservância ao dever de fundamentação real. 
Fundamentação real: encontra-se disposta no art. 489, p. 1° do CPC/15. Não são aceitas ‘fundamentações falsas’, genéricas. 
Art. 489, § 1º do CPC.
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
Embargos de declaração
- Quando há inobservância ao dever de autorreferência, que é o dever não ignorarem seus próprios precedentes.
Se o tribunal julga determinado caso, mas não dialoga com precedente firmado em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência, seja para aplicá-lo ao caso, seja para realizar a distinção, não terá cumprido o DEVER DE AUTORREFERÊNCIA [dever dos tribunais de não ignorarem seus próprios precedentes]. Há, então, uma omissão, a ser suprida por embargos de declaração. (DIDIER, Fredie. Ob. cit., p. 253)
Embargos de declaração
Embargos de declaração com efeito infringente/modificativo:O acolhimento de embargos de declaração que gera modificação na decisão. Nessa hipótese, os embargos de declaração tem que ter contraditório. Os embargos de declaração com a pretensão modificativa tem contraditório.
Embargos de declaração
A Seção julgou procedente pedido aviado em ação rescisória para declarar a nulidade de acórdão proferido em julgamento de embargos de declaração aos quais foram emprestados efeitos infringentes, sem, contudo, intimar-se a parte contrária. No entendimento do Min. Relator para o acórdão, houve ofensa ao art. 5º da CF, que rege os princípios do contraditório e da ampla defesa. (STJ, AR 2.702/2011).
Embargos de declaração
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: MPE-RR Prova: Promotor de Justiça Substituto 
A parte autora interpôs embargos de declaração de sentença de improcedência sob a alegação de obscuridade na fundamentação, e a de que isso dificultará a interposição de futuro recurso para o tribunal. Nessa situação, o juiz deverá intimar o embargado para manifestar-se sobre os embargos opostos porque essa providência decorre de determinação normativa e independe da finalidade do embargante.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
PROCEDIMENTO
Prazo: 5 dias;
Não têm preparo.
Embargos de declaração
Fungibilidade dos embargos de declaração com efeito infringente: 
Decisão monocrática --- ED com efeito infringente – como foi interposto com o objetivo de modificar a decisão monocrática --- serão recebidos agravo interno (principio da fungibilidade) --- será dado o prazo de 5 dias ao recorrente para adequar o recurso ao recurso de agravo interno, para colocar a impugnação especificada.
Os embargos de declaração opostos com o fito de rediscutir a causa devidamente decidida podem ser recebidos como agravo regimental, em conformidade com o princípio da fungibilidade recursal e economia processual. (STJ, EDcl no REsp 1.250.953/2015).
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Citada fungibilidade ocorre quando:
(i) o ato recorrido consista em decisão de relator e, 
(ii) em vez de buscar o esclarecimento ou a integração da decisão embargada, os declaratórios ataquem os fundamentos da decisão, com vistas à sua reforma.
Aplica-se, portanto, os princípios da instrumentalidade das formas e da fungibilidade.
Embargos de declaração
Embargos de declaração + recurso principal quando feito por parte distinta: 
Exemplo: acordão do tribunal de justiça – contra esse acordão o autor vai opor embargos de declaração – só que o réu vai interpor recurso especial contra essa decisão -- os embargos interpostos pelo autor tem efeito modificativo e são providos -- logo o acordão foi modificado – é natural que se permita que o réu adite (complementar o seu REsp). Se os embargos de declaração opostos pela parte contraria modificarem a decisão originária, aquele que já tiver interposto recurso contra decisão principal poderá complementar as suas razões recursais. Essa complementação não é a reabertura da oportunidade recursal. A complementação ela tem que ser feita nos exatos limites da modificação.
Embargos de declaração
Quem já interpôs o recurso especial pode complementar ou no mínimo ratifica-lo. Se quem interpôs o recurso especial não quiser alterar nada, tem que no mínimo ratifica-lo. Se não ratificar o recurso não vai ser conhecido. Todavia, se os embargos de declaração forem rejeitados ou acolhidos sem efeito modificativo o recurso principal independe de ratificação. Nesse sentido, súmula 579 do STJ.
Súmula 579 STJ: Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendência do julgamento dos embargos de declaração, quando inalterado o resultado anterior.
Embargos de declaração
Se os embargos de declaração forem interpostos pela parte A forem providos e alterarem o resultado do julgamento, a parte B que já tiver interposto recurso principal poderá complementar o recurso, caso não queira complementar, terá que ao menos ratificar, caso contrario o seu recurso não será conhecido. Todavia, se os embargos de declaração forem rejeitados ou acolhidos sem efeito modificativo o recurso principal independe de ratificação.
Embargos de declaração
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: Defensor Público Federal 
Sob pena de ser julgado extemporâneo, o recurso especial interposto antes do julgamento de embargos de declaração deve ser ratificado, ainda que o resultado do julgamento anterior não seja alterado.
Embargos de declaração
Embargos de declaração e prequestionamento: 
O que é o prequestionamento: requisito específico de admissibilidade do recurso extraordinário e recurso especial -- art. 102, III e 105, III da CF/88 -- as causas decididas: significa que a instância de origem deve ter enfrentado, debatido, decido aquela questão constitucional ou infraconstitucional.
Embargos de declaração
Quem que prequestiona? O tribunal. 
Na medida em que o tribunal enfrenta a questão o tribunal prequestiona (ou seja, o acordão faz o prequestionamento). 
O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. (STF, RE 789.780/2014)
Embargos de declaração
ATENÇÃO: O acordão faz o prequestionamento mesmo apenas no voto vencido.
Art. 941. Proferidos os votos, o presidente anunciará o resultado do julgamento, designando para redigir o acórdão o relator ou, se vencido este, o autor do primeiro voto vencedor. [...]
§ 2º No julgamento de apelação ou de agravo de instrumento, a decisão será tomada, no órgão colegiado, pelo voto de 3 (três) juízes. 
§ 3º O voto vencido será necessariamente declarado e considerado parte integrante do acórdão para todos os fins legais, inclusive de pré-questionamento.
Embargos de declaração
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TJ-PR Prova: Juiz Substituto 
Para o preenchimento do requisito do prequestionamento, a matéria suscitada no recurso especial deve ter sido debatida no voto condutor do acórdão recorrido e não apenas no voto vencido, porque este não compõe o acórdão para fins de impugnação. 
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária 
No caso de interposição de recurso especial, a questão federal que tiver sido debatida somente no voto vencido deverá ser considerada como parte integrante do acórdão, inclusive para fins de prequestionamento.
Embargos de declaração
Exemplo: acordão que não enfrenta a questão trazida pela parte – logo não há prequestionamento -- pois há uma omissão do acordão – sendo assim cabem embargos de declaração. Se os embargos de declaração forem acolhidos, o tribunal sana a omissão e o prequestionamento está feito. Se o tribunal rejeita os embargos de declaração, mesmo que os embargos sejam rejeitados o prequestionamento também está feito. É chamado de prequestionamento ficto ou virtual. Nesse sentido, art. 1.025 do CPC.
Embargos de declaração
Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.
§ 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
§ 2o Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa.
§ 3o Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa,à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.
§ 4o Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
--- Efeitos dos embargos de declaração: os embargos de declaração não tem efeito suspensivo ope legis (a lei não confere efeito suspensivo via de regra), mas é possível ope judicis (quando a parte pede o efeito suspensivo a partir de alguns requisitos). Para obter efeito suspensivo de forma judicial (ope judicis):
-- probabilidade do provimento: é algo mais forte, tanto que dispensa o risco do dano. Quando esta diante de uma decisão manifestamente ilegal, teratológico ou contraria a precedente obrigatório;
-- a relevância dos fundamentos e o risco de dano: se não tiver efeito suspensivo no recurso, vai ocorrer a execução da sentença.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
---- Efeito interruptivo: a oposição dos embargos de declaração interrompe o prazo para interposição de outro recurso, inclusive nos juizados especiais.
OBS.: Suspensão: prazo começa de onde parou;
 Interrupção: contagem começa do zero.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Quando que os embargos de declaração não têm efeito interruptivo: Os embargos de declaração não interrompem o prazo em algumas situações segundo a jurisprudência vinculante do STJ: 
 Quando intempestivos;
 Quando manifestamente incabíveis;
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
ATENÇÃO: Embargos de declaração não interrompem prazo para contestar, apenas para recorrer. (contestação não e recurso). 
‘A oposição dos embargos de declaração não interrompe o prazo para o oferecimento da contestação, só produzindo esse efeito quanto a recursos. É certo que contestação não é recurso, nem pertence a categoria recursal. E não o é porque representa momento processual único para impugnar ato processual singular, que é a petição inicial. (STJ, REsp 1.542.510/2016).’
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Prova: Procurador do Município 
Situação hipotética: Ao receber a petição inicial de determinada ação judicial, o magistrado deferiu pedido de tutela provisória e determinou que o município réu fosse comunicado para ciência e apresentação de defesa. Assertiva: Nessa situação, a apresentação de embargos de declaração pelo réu pode interromper o prazo para contestação.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
---------- Embargos de declaração protelatórios:
Caracterizam-se como protelatórios os embargos de declaração que visam rediscutir matéria já apreciada e decidida pela Corte de origem em conformidade com súmula do STJ ou STF ou, ainda, precedente julgado pelo rito dos artigos 543-C e 543-B do CPC. (STJ, Informativo 541, REsp 1.410.839/2014).
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Artigos no NCPC: 1.036 e seguintes. 
Exemplo: TJ profere acordão -- esse acordão está alinhado a súmula do STF ou STJ ou julgamento de RE ou Resp repetitivos -- contra esse acordão interpõe embargos de declaração para discutir essa decisão – esses embargos de declaração são protelatórios.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
2017 Banca: CESPE Órgão: TRE-BA Prova: Analista Judiciário – Área Judiciária 
São protelatórios os embargos de declaração cuja finalidade seja rediscutir matéria julgada em conformidade com precedente firmado pelo rito dos recursos repetitivos.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Sanções contra aquele que interpõe embargos de declaração protelatórios:
Multa até 2% sobre o valor da causa. ---------- Reiteração de embargos de declaração protelatórios: Interposição de embargos de declaração protelatórios -- multa de até 2% sobre o valor da causa – reiteração dos embargos de declaração protelatórios -- elevação da multa para até 10% (pega a primeira multa de 2% e eleva até 10%) + O depósito da multa passa a ser condição para outros recursos (a menos que seja beneficiário da justiça gratuita ou fazenda -- vai pagar a multa ao final) + ficam vedados novos embargos de declaração.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Superior Tribunal de Justiça: EDcl nos EDcl nos EDcl nos EDcl nos EDcl nos EDcl nos EDcl no AgRg no REsp 731.024/2015 
“Hipotéticos embargos de declaração de embargos de declaração constituem apenas uma patologia protelatória e que deveria ser eliminada do mundo jurídico.” (Juiz Sérgio Moro, na decisão que decretou a prisão do ex- presidente Lula).
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: DPE-AC Prova: Defensor Público Se manifestamente protelatórios, o juiz, fundamentadamente, condenará o embargante a pagar ao embargado, inicialmente, multa correspondente a dez por cento sobre o valor da causa.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
ATENÇÃO! Se forem interposto perla terceira vez embargos de declaração protelatórios, eles não produziram qualquer efeito (1º ED protelatórios: multa de 2% – 2º ED protelatórios: multa de até 10% -- 3º ED protelatórios: não produzem efeitos). En. 361 FPPC. Na hipótese do art. 1.026, § 4º, não cabem embargos de declaração e, caso opostos, não produzirão qualquer efeito.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
‘Na excepcional hipótese de reiteradas oposições de embargos de declaração manifestamente protelatórios, com o nítido intuito de travar o andamento procedimental, o efeito interruptivo também deve ser afastado. Tendo os embargos de declaração efeito interruptivo, bastará a parte de má-fé, que pretende protelar indefinidamente o andamento procedimental, interpor sucessivos embargos de declaração contra a mesma decisão, fazendo o processo "correr na esteira", ou seja, andar sem sair do lugar.’
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (ROC)
Recurso ordinário 
Previsto nos art. 102, II e art. 105, II da CF/88 e 
arts. 1.027 e 1.028 do CPC.
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (ROC)
a) Recurso ordinário para o STF 
Hipóteses de cabimento 
a.1) Mandado de segurança ou habeas data ou Mandado de injunção + Com competência originária em tribunal superior + Decisão proferida necessariamente denegatória 
Exemplo: mandado de segurança contra ato do Ministro do estado – competência STJ – se STJ proferir decisão denegatória --- recurso ordinário constitucional para o STF.
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (ROC)
De acordo com o STF não se aplica o principio da fungibilidade entre recurso ordinário e recurso extraordinário. 
Súmula 272 do STF. Não se admite como ordinário recurso extraordinário de decisão denegatória de mandado de segurança.
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (ROC)
b) Recurso ordinário para STJ 
- Duas hipóteses de cabimento: 
b.1) Mandado de segurança + competência originaria de TRF ou TJ + com decisão denegatória
Exemplo: sujeito impetra mandado de segurança contra ato de juiz federal – art. 108 da CF/88: compete aos tribunais regionais federais processar e julgar mandado de segurança contra ato de juiz federal – se o TRF profere decisão denegatória – cabe recurso ordinário para o STJ.
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (ROC)
b.2) Estado estrangeiro ou organização internacional X Município ou pessoa residente ou domiciliado no Brasil Competência: justiça federal, nos termos do art. 109, II da CF/88. 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País (...) 
Exemplo: juiz federal profere sentença – de conflito entre Estado estrangeiro ou organização internacional X Município ou pessoa residente ou domiciliado no Brasil – contra essa sentença cabe recurso ordinário para STJ (esse é um tipo de sentença que não desafia apelação e sim RO).
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (ROC)
Dentro do mesmo exemplo acima citado: se o juiz federal proferir uma decisão interlocutória cabe agravo de instrumento interposto no STJ
Aplicando-se as regras do Código de Processo Civil, tem-se que o agravo de instrumento, a teor dos artigos 524 e 525, deveria ter sido dirigido, diretamente, a este Tribunal Superior, competente para julgá-lo. Os agravantes, entretanto, protocolaram a petição recursal perante a secretaria do Tribunal Regional Federal da 1ªRegião, em 13.04.98 (fls. 35). (STJ, Ag 410661/2002).
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (ROC)
Procedimento do recurso ordinário: 
É como se fosse uma apelação para o STF e STJ. 
-- A quem se dirige? Órgão a quo (dirigida ao juízo a quo) 
-- Juízo a quo não faz juízo de admissibilidade
-- Dispensa-se prequestionamento 
-- Admite-se reexame de prova 
-- Aplica-se a teoria da causa madura (art. 1.013, § 3º do CPC).
RECURSO EXTRAORDINÁRIOS
Recursos extraordinários 
Recursos extraordinários (gênero) RE e REsp (espécies) 
Também pode ser chamados: recursos excepcionais ou recurso de superposição. Art. 102, III e art. 105, III da CF/88:
RECURSO EXTRAORDINÁRIOS
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
RECURSO EXTRAORDINÁRIOS
Função nomofilácica do recurso extraordinário e recurso especial: 
A função dos RE e Resp é a tutela a direito objetivo. O escopo desses recursos é a higidez do ordenamento jurídico. 
É devido a função nomofilácica que existem as súmulas 279 do STF e 07 do STJ. 
Súm. 279 STF. Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 
Súm. 7 STJ. A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial. Não há reexame de prova em sede de RE e Resp, uma vez que foge da função nomofilácica desses recursos. A análise do conjunto do acervo fático probatório é das instâncias ordinárias e não dos tribunais superiores.
RECURSO EXTRAORDINÁRIOS
A fixação da verba honorária de sucumbência cabe às instâncias ordinárias, uma vez que resulta da apreciação equitativa e avaliação subjetiva do julgador frente às circunstâncias fáticas presentes nos autos, razão pela qual insuscetível de revisão em sede de recurso especial, a teor da Súmula 7/STJ.(STJ, REsp 1.517.955/2015).
RECURSO EXTRAORDINÁRIOS
“O juiz está adstrito à fixação dos honorários advocatícios no mínimo de 10% e no máximo de 20%, como enunciado pelo §3º do art. 20 do CPC, sob pena de estar violando o dispositivo legal”. (STJ, EREsp 187.876/2000).
RECURSO EXTRAORDINÁRIOS
 NÃO CONFUNDIR
Reexame da prova Valoração da prova
É proibido É permitido
É reapreciar os elementos probatórios, 
para concluir-se se eles foram ou não bem interpretados.
 É a análise do valor jurídico da prova. É a sua admissão ou não pela lei.
RECURSO EXTRAORDINÁRIOS
"Esta Corte já se posicionou no sentido de que a valoração da prova refere-se ao valor jurídico desta, sua admissão ou não, em face da lei que a disciplina, podendo representar, ainda, contrariedade a princípio ou regra jurídica, no campo probatório, questão unicamente de direito, passível de exame, nesta Corte. Diversamente, o reexame da prova implica a reapreciação dos elementos probatórios, para concluir-se se eles foram ou não bem interpretados, matéria de fato, soberanamente decidida pelas instâncias ordinárias de jurisdição e insuscetível de revisão, no Recurso Especial. (STJ, AgInt no REsp 1.560.816/2016). 
RECURSO EXTRAORDINÁRIOS
O STJ, em situações análogas à dos presentes autos, entendeu que, diante da impossibilidade de comprovação dos danos materiais, decorrentes do rompimento de barragem, deve-se considerar a prova testemunhal, já que, com a perda de todos os pertences, em decorrência do alagamento, não há como exigir, da parte autora, outros meios de prova. Tratando-se, pois, de matéria de direito, que não demanda o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, revela-se inaplicável o óbice da Súmula 7/STJ, no caso concreto. Restabelecimento da sentença, quanto à condenação em danos materiais. (STJ, AgRg no REsp 1.443.990/2016). 
RECURSO EXTRAORDINÁRIOS
Devido a função nomofilácica do RE e REsp, não se admite revisão de cláusulas contratuais (por ser análise de um direito subjetivo da parte). Todavia, nada obsta que partindo dessa intepretação que lhe foi dada pela instância ordinária o STF ou STJ faça uma qualificação jurídica dessa cláusula.
Súmula 5 STJ: A simples interpretação de cláusula contratual não enseja Recurso Especial
Súmula 454 STF: Simples interpretação de cláusulas contratuais não enseja Recurso Extraordinário.
RECURSO EXTRAORDINÁRIOS
 NÃO CONFUNDIR
Interpretação de cláusula contratual Qualificação jurídica da cláusula
É vedado É permitido 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
HIPOTÉSES DE CABIMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
 Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
 III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: 
Causas decididas: Dessa expressão se extrai os seguintes requisitos de admissibilidade: 
---------- Prequestionamento: é o enfrentamento da decisão.
O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. (STF, RE 789.780/2014).
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
---------- Necessidade de exaurimento de instância ordinária: tenho que esgotar todos os recursos previstos na instancia ordinária. Se não esgotar a instância ordinária, a causa não esta decidida. 
Súm. 281 STF: É inadmissível Recurso Extraordinário quando couber, na Justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada. 
Exemplo: interpôs apelação – relator negou monocraticamente a apelação por violar texto de lei – dessa decisão cabe agravo interno – se não for interposto o agravo interno a instância ordinária não foi exaurida e, logo, não caberá a interposição de RE. 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
---------- Conceito de causa para fins constitucionais de admissibilidade de RE: decisão do judiciario que revela o exercício da função jurisdicional.
Melhor exemplo de decisão judicial que não se enquadra no conceito de causa:
A atividade desenvolvida pelo Presidente do Tribunal, no processamento do precatório, não é jurisdicional, mas administrativa. O recurso extraordinário pressupõe a existência de causa decidida em única ou última instância por órgão do Poder Judiciário no exercício de função jurisdicional. Proferida a decisão em sede administrativa, não há falar em causa. Não cabimento do recurso extraordinário. (STF, RE 213.696/1997). 
Súmula 733 STF: Não cabe RE contra decisão proferida no processamento de precatórios.
Súm. 311 STJ. Os atos do presidente do tribunal que disponham sobre processamento e pagamento de precatório não têm caráter jurisdicional
Recurso extraordinário
OBS.: Precatório é um ato da Administração Pública com o Judiciário pelo qual se determina ao Governo (União, Estados, Municípios,Autarquias e Fundações) o pagamento de determinada soma para o vencedor de uma disputa judicial.
Se não cabe RE contra decisão proferida no processamento de precatórios, cabe o que? Mandado de segurança.
É firme a jurisprudência desta Corte de que cabe a impetração de Mandado de Segurança contra ato da Presidência de Tribunal, porquanto os atos do Presidente que disponham sobre o processamento dos precatórios possuem caráter administrativo. (STJ, AgRg no REsp 1.288.572/2016).
Recurso extraordinário
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PauliPrev – SP Prova: Procurador Autárquico 
Cabe recurso extraordinário contra decisão proferida no processamento de precatórios. 
Recurso extraordinário
‘em única ou última instância’ proferida por qual órgão?
- Cabe RE contra decisão de Tribunal Superior? Ex.: TST
- Cabe RE contra decisão de tribunal inferior? Ex.: TJ’s e TRF’s
- Cabe RE contra decisão de turma recursal de Juizados Especiais?
Recurso extraordinário
Súmula 640, STF
É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Não cabe RE contra decisão que versa sobre liminar, uma vez que decisão que versa sobre medidas liminares não pode ser considerada de última instância. 
Súmula 735 STF: Não cabe RE contra decisão que defere medida liminar. 
A jurisprudência do STF consolidou o entendimento segundo o qual as decisões que concedem ou denegam antecipação de tutela, medidas cautelares ou provimentos liminares, passíveis de alteração no curso do processo principal, não configuram decisão de última instância a ensejar o cabimento de recurso extraordinário. Aplica-se, portanto, a Súmula 735 do STF ao caso: “Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar”. (STF, ARE 925.235/2016).
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
O Superior Tribunal de Justiça, em sintonia com o disposto na Súmula 735 do STF, entende que, "via de regra, não é cabível recurso especial para reexaminar decisão que defere ou indefere liminar ou antecipação de tutela, em razão da natureza precária da decisão, sujeita à modificação a qualquer tempo, devendo ser confirmada ou revogada pela sentença de mérito. (STJ, AgInt no AREsp 886.909/2016).
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PauliPrev – SP Prova: Procurador Autárquico 
Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar
Recurso extraordinário
Art. 102, III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
 Quando a decisão recorrida: Trata das hipóteses de cabimento. 
a) contrariedade a dispositivo da constituição CF, 102, III, “a”: contrariar dispositivo da CF. 
Tem que ser uma ofensa direta e não reflexa (obliqua). Ofensa reflexa é aquela que pressupõe a interpretação de normas infraconstitucionais.
Recurso extraordinário
Súm. 636 STF. Não cabe RE por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida. 
“A suposta ofensa aos postulados constitucionais invocados no apelo extremo somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Agravo regimental conhecido e não provido”. (STF, ARE 866448/2015).
Recurso extraordinário
Ab initio, a jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do livre acesso à justiça, do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. (STF, ARE 1.122.105 AgRg/2018).
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
FUNGIBILIDADE ENTRE RE E REsp
Quando houver ofensa reflexa e o STF não conhecer o RE, o STF encaminha o processo para o STJ, em observância ao principio da fungibilidade e ao da primazia do julgamento do mérito. 
Nesse sentido, 
Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento como recurso especial.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Deve haver, contudo, prévia oportunidade para a parte recorrente de manifestação acerca da questão infraconstitucional, havendo também com prévia intimação do recorrido para poder realizar uma adaptação das suas contrarrazões (para transformar em contrarrazões de recurso especial). 
En. 566 FPPC. Na hipótese de conversão do recurso extraordinário em recurso especial, nos termos do art. 1.033, cabe ao relator conceder o prazo do caput do art. 1.032 para que o recorrente adapte seu recurso e se manifeste sobre a questão infraconstitucional. 
En. 80, CJF – Quando o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, deverá, antes de remetê-lo ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento como recurso especial, conceder prazo de quinze dias para que as partes complementem suas razões e contrarrazões de recurso.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Exemplo: chegou o RE no STF – STF diz que a ofensa não é direta a constituição e sim uma ofensa reflexa – STF da oportunidade para o recorrente manifestar acerca da questão infraconstitucional – STF intima o recorrido para adaptar as contrarrazões – STF encaminha processo para o STJ.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
b) quando o acordão declara a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal 
CF, 102, III, “b”: quando o acórdão recorrido declara a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal: 
Se um tribunal de justiça ou tribunal regional federal profere um acordão e esse acordão reconhece a inconstitucionalidade da lei federal X, contra esse acordão cabe recurso extraordinário. O acordão proferido pelo tribunal de justiça ou pelo tribunal regional federal que reconhece inconstitucionalidade de lei federal, tem que respeitar a cláusula de reserva de plenário do art. 97 do CF/88, segundo a qual somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
CF, art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Súm. 513, STF: "A decisão que enseja a interposição de recurso ordinário ou extraordinário, não é a do pleno que resolve o incidente de inconstitucionalidade, mas a do órgão (câmaras, grupos ou turmas) que completa o julgamento do feito".
Art. 948. Arguida, em controle difuso, a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público, o relator, após ouvir o Ministério Público e as partes, submeterá a questão à turma ou à câmara à qual competir o conhecimento do processo.
Art. 949. Se a arguição for:
I - rejeitada, prosseguirá o julgamento;
II - acolhida, a questão será submetida ao plenário do tribunal ou ao seu órgão especial, onde houver.
Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário ou ao órgão especial a arguição de inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
Art. 950. Remetida cópia do acórdão a todos os juízes, o presidente do tribunal designará a sessão de julgamento.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Como o trâmite para o cumprimento da cláusula de reserva de plenário é extremamente trabalhoso, a câmara não estava declarando a inconstitucionalidade da lei federal, masapenas, afastando a incidência da lei federal. Devido a isso o STF editou a sumula vinculante 10.
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
C) Acordão que declara a validade de lei ou ato de governo local que estão contestados em face da constituição federal. CF, 102, III, “c”: quando o acórdão recorrido julgar válida lei ou ato de governo local contestada em face da CF: Acordão que declara a validade de lei ou ato de governo local que estão sendo contestados em face da constituição federal.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
(OAB/FGV, Exame X) O Tribunal de Justiça do Estado J julgou improcedente ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo Prefeito do município W, tendo o acórdão declarado constitucional norma da lei orgânica municipal que dispôs que o Prefeito e o Vice-Prefeito não poderiam ausentar-se do país, por qualquer período sem autorização da Câmara Municipal. No prazo recursal foram ofertados embargos declaratórios, improvidos.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Prefeito municipal. Ausência do país. Necessidade de licença prévia da Câmara Municipal, qualquer que seja o período de afastamento, sob pena de perda do cargo. Inadmissibilidade. Ofensa aos arts. 49, III, 83 e 29, caput, da CF. Normas de observância obrigatória pelos estados e municípios. Princípio da simetria. Ação julgada procedente para pronúncia de inconstitucionalidade de norma da lei orgânica. É inconstitucional art. 99, p.ú. da Lei Orgânica do Município de Betim, que não autoriza o Prefeito a ausentar-se do país, por qualquer período, sem prévia licença da Câmara Municipal, sob pena de perda do cargo.” (STF, RE 317.574/2010).
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
d) Quando o acordão recorrido julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
CF, 102, III, “d”: quando o acórdão recorrido julgar válida lei local contestada em face de lei federal:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
‘A questão suscitada não se limita a proteger a incolumidade da lei federal. Também o é, talvez principalmente o seja. Contudo, na base dela está uma questão constitucional, já que se tem que decidir a respeito da competência constitucional para legislar sobre a matéria da lei local. Significa isso que a questão é suscetível de apreciação pelo STF, mediante RE” (DA SILVA, José Afonso. Direito Constitucional Positivo).’
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
(OAB/FGV, Exame VIII) Com fundamento na lei estadual n. 1.234, que exclui as entidades de direito privado da Administração do dever de licitar, o banco público X realiza a contratação direta de uma empresa de informática - a Empresa W - para atualizar os sistemas do banco. José, cidadão local, ajuíza ação popular em face do Presidente do banco X e da empresa W, em que pleiteia a declaração de invalidade do ato de contratação e o pagamento das perdas e danos, ao fundamento de violação ao art. 1º, parágrafo único da Lei n. 8.666/1993 (norma geral sobre licitação e contratos) e a diversos princípios constitucionais. A sentença, entretanto, julgou improcedente o pedido formulado na petição inicial, afirmando ser válida a lei estadual que autoriza a contratação direta, sem licitação, pelas entidades de direito privado da Administração Pública, analisada em face da lei federal, não considerando violados os princípios constitucionais invocados. José interpõe recurso de apelação, ao qual se negou provimento, por unanimidade, pelo mesmo fundamento levantado na sentença.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Recurso extraordinário e repercussão geral: Pressuposto de admissibilidade específico para admissão de recurso extraordinário. Art. 1.035 do CPC.
OBS.: Recurso especial não tem a repercussão geral como pressuposto de admissibilidade. Repercussão geral é apenas para recurso extraordinário.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
O recorrente tem que demonstrar a existência da repercussão geral.
---------- Hipóteses de repercussão geral:  Quando o recorrente demonstra que o recurso dele tem uma questão relevante pelo ponto de vista jurídico, econômico, social ou político. Questão relevante que ultrapasse os direitos subjetivos da parte. 
‘Medina, Wambier e Wambier propõem a seguinte sistematização dos critérios para a aferição da repercussão geral: i) repercussão geral jurídica: a definição da noção de um instituto básico do nosso direito, "de molde a que aquela decisão, se subsistisse, pudesse significar perigoso e relevante precedente"; ii) repercussão geral política: quando "de uma causa pudesse emergir decisão capaz de influenciar relações com Estados estrangeiros ou organismos internacionais"; iii) repercussão geral social: quando se discutissem problemas relacionados "à escola, à moradia ou mesmo à legitimidade do MP para a propositura de certas ações"; iv) repercussão geral econômica: quando se discutissem, por exemplo, o sistema financeiro da habitação ou a privatização de serviços públicos essenciais'". (Fredie Didier, ob. cit., p. 367).’
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Quando o recurso extraordinário impugnar acordão, e esse acordão contrariar súmula ou jurisprudência do STF, independentemente de questão relevante do ponto de vista jurídico, econômico, social ou político a repercussão geral é presumida.
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária
Haverá repercussão geral sempre que o recurso extraordinário atacar decisão contrária à súmula ou à jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal. CERTA
 Quando o acordão declarar a inconstitucionalidade de tratado por lei federal (igual hipótese B de cabimento de recurso extraordinário) a repercussão geral é presumida.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
OBS.: A demonstração da existência de repercussão geral dispensa preliminar formal. Não é necessário abrir um tópico na petição de RE para tratar da repercussão geral. A repercussão geral pode ser deduzida pela leitura do recurso.
2017 – VUNESP - Órgão: Câmara de Mogi das Cruzes – SP Prova: Procurador Jurídico A preliminar de repercussão geral da questão constitucional suscitada é requisito formal necessário para o conhecimento de todos os recursos extraordinários, sob pena de não ser admitido o referido recurso. ERRADA
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
---------- A competência para fazer a análise da repercussão geral é exclusiva do STF. ---------- Exemplo: Interposição de RE – o STF faz a análise da existência ou não da repercussão geral
Para negar repercussão geral: quórum mínimo de 2/3, ou seja, 08 ministros. O RE goza de uma presunção de repercussão geral, uma vez que o quórum para negar a repercussão geral é de 2/3.
RECURSO ESPECIAL
Hipóteses de cabimento de Recurso especial: CF, art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
Cabe REsp contra as causas decididas em única ou última instância no TRF e TJ. Não cabe REsp contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos juizados especiais. Nesse sentido, súmula 203 do STJ. Súmula 203 STJ. Não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
a) Contrariar tratado ou lei federal ou negar-lhe vigência III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; Cuidado! Se o tratado internacional versar sobre direitos humanos e for aprovado em cada casa do congresso nacional, por 3/5 dos votos, será equivalente a emenda constitucional. Nesse caso, caberá RE e não REsp. Art. 5º, § 3º da CF/88. § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos queforem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
RECURSO ESPECIAL
Considera-se lei federal: 
 Lei Complementar Federal; 
 Lei Ordinária Federal; 
 Lei Delegada Federal; 
 Medida Provisória Federal; 
 Decreto-lei Federal; 
 Decreto Autônomo Federal; 
 Decreto Regulamentar.
RECURSO ESPECIAL
Não é lei federal:  Súmula 
Súm. 518, STJ. Para fins do art. 105, III, a, da Constituição Federal, não é cabível recurso especial fundado em alegada violação de enunciado de súmula.
Ano: 2017 Banca: IADES Órgão: Fundação Hemocentro de Brasília – DF Prova: Direito e Legislação
Para fins do art. 105, parágrafo III, inciso a, da Constituição Federal, isto é, permissivo constitucional referente à contrariedade a tratado ou lei federal, ou negativa de vigência, é cabível recurso especial fundado em alegada violação de enunciado de súmula. ERRADA
RECURSO ESPECIAL
 Atos normativos dos tribunais Esta Corte tem entendimento firmado no sentido de que em recurso especial não se pode arguir ofensa a resolução, portaria, regimento interno ou instrução normativa, por não estarem tais atos normativos compreendidos no conceito de tratado ou lei federal, consoante a alínea a do inciso III do art. 105 da CF. (STJ, AgInt no AREsp 1.048.890/2017) ---------- A interposição de REsp com fundamento no art. 105, III, a da CF/88 é necessária a indicação do dispositivo de lei federal que se entende violado.
RECURSO ESPECIAL
É necessária a indicação do dispositivo de lei federal que se entende por violado ou que recebeu interpretação divergente para o conhecimento do recurso especial, seja interposto pela alínea "a", seja pela "c" do art. 105, III, da CF. (STJ, Informativo 506, REsp, AREsp 135.969/2012) ---------- Não se admite uma alegação genérica sem demonstração efetiva da violação.
A jurisprudência desta Corte considera que quando a arguição de ofensa ao dispositivo de lei federal é genérica, sem demonstração efetiva da contrariedade, aplica-se, por analogia, o entendimento da Súmula n. 284, do Supremo Tribunal Federal [É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia]. (STJ, AgInt no AREsp 971.503/2017) Nesse caso, a deficiência na fundamentação foi a ausência de demonstração efetiva da violação.
RECURSO ESPECIAL
Fungibilidade de REsp para RE Foi interposto REsp com fundamento no art. 105, III, a da CF/88. STJ entende que a violação é constitucional. O recurso correto é o RE. O STJ não vai inadmitir o RE e sim mandar para o STF. O fundamento é o princípio da primazia do julgamento do mérito e o princípio da fungibilidade. Prazo de 15 dias para o recorrente demonstrar a existência de repercussão geral e questão constitucional. Prazo para o recorrido editar suas contrarrazões.
RECURSO ESPECIAL
b) Quando o acordão reconhecer a validade de ato de governo local contestada em face de lei federal 
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
RECURSO ESPECIAL
	RECURSO ESPECIAL	RECURSO EXTRAORDINÁRIO
	ART 105, III, b	ART 102, III, c e d.
	JULGAR ATO DE GOVERNO VÁLIDO EM FACE DE LEI FEDERAL	JULGAR VÁLIDA LEI OU ATO DE GOVERNO LOCAL EM FACE DESTA CONSTITUIÇÃO
		JULGAR VÁLIDA LEI LOCAL EM FACE DE LEI FEDERAL
RECURSO ESPECIAL
c) Dissídio jurisprudencial III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. 
Tribunais divergindo quanto a interpretação de leis federais, a divergência vai ser levada ao STJ por meio de REsp, para que o STJ resolva a questão de divergência. 
Súm. 13, STJ: A divergência entre julgados do mesmo tribunal não enseja REsp.
RECURSO ESPECIAL
Essa divergência tem que ser atual. Exemplo: processo no TJMA – perdeu o processo e procura divergência – acha uma divergência no TJPI -- só que essa divergência não vai ser não vai ser suficiente para admissibilidade do REsp, uma vez que o posicionamento do TJMA está alinhada ao posicionamento do STJ – existe de fato uma divergência entre o TJMA e o TJPI, mas ela não é atual, vez que o posicionamento do TJMA já esta alinhado ao do STJ. 
Súm. 83 STJ: “Não se conhece do REsp pela divergência quando a orientação do tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida”.
RECURSO ESPECIAL
ATENÇÃO! Não se admitem paradigmas da justiça especializada (justiça eleitoral, justiça do trabalho e justiça militar). Os julgados da justiça especializada não servem à demonstração de dissídio jurisprudencial para a apreciação em sede de recurso especial, haja vista que seus órgãos não estão sujeito à jurisdição do STJ. (STJ, Informativo 510, AgRg no REsp 1.344.635/2012) 
ATENÇÃO 2! Não satisfaz o requisito a mera transcrição de ementas. O STJ exige o chamado cotejo analítico. E para cotejar analiticamente os julgados não será possível pela mera transcrição de emendas.
A demonstração da divergência não se satisfaz com a simples transcrição de ementas, mas com o confronto entre trechos do acórdão recorrido e das decisões apontadas como divergentes, mencionando-se as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados. (STJ, AgRg no REsp 1.322.710/2016)
PROCEDIMENTO
Procedimento no RE e no Resp
Prazo: 15 dias;
Preparo: Sim;
Dirigido ao órgão o quo: Presidente ou vice – presidente, a depender do regimento interno;
Juízo de admissibilidade desdobrado: a verificação dos pressupostos de admissibilidade ocorre no juízo de origem e também no tribunal destinatário do recurso (duplo juízo de admissibilidade).
PROCEDIMENTO
Efeitos: Devolutivo. 
Suspensivo pode ser requerido se comprovados os requisitos necessários.
PROCEDIMENTO
Interposição simultânea de RE e Resp:
É possível que uma mesma decisão afronte lei federal e norma constitucional, o que permite a interposição simultânea de RE e REsp.
MICROSSISTEMA DE FORMAÇÃO DE PRECEDENTES JUDICIAIS
Precedente é qualquer julgamento que venha a ser utilizado como fundamento de um outro julgamento que venha a ser posteriormente proferido. Dessa forma, sempre que um órgão jurisdicional se valer de uma decisão previamente proferida para fundamentar sua decisão, empregando-a como base de tal julgamento, a decisão anteriormente prolatada será considerada um precedente.
Jurisprudência, por sua vez, é o resultado de um conjunto de decisões judiciais no mesmo sentido sobre uma mesma matéria proferidas pelos tribunais. É formada por precedentes, vinculantes e persuasivos, desde que venham sendo utilizados como razões do decidir em outros processos, e de meras decisões.
A súmula é uma consolidação objetiva da jurisprudência, ou seja, é a materialização objetiva da jurisprudência'. O tribunal, reconhecendo já ter formado um entendimento majoritário a respeito de uma determinada questão jurídica tem o dever' de formalizar esse entendimento por meio de um enunciado, dando notícia de forma objetiva de qual é a jurisprudência presente naquele tribunal a respeito da matéria.
MICROSSISTEMA DE FORMAÇÃO DE PRECEDENTES JUDICIAIS
Jurisprudência estável, íntegra e coerente
- Dever de uniformização da jurisprudência;
- Jurisprudência estável
A estabilidade da jurisprudência impede que os tribunais simplesmente abandonem ou modifiquem sem qualquer justificativa plausível (por vezes até mesmo sem qualquer justificativa) seus entendimentos consolidados. Não pode o tribunal, sob pena de violar o princípio da isonomia jurídica e, principalmente, da segurança jurídica, simplesmente deixar de aplicar um entendimento consolidado sem justificativa séria, palatávele devidamente exposta.
MICROSSISTEMA DE FORMAÇÃO DE PRECEDENTES JUDICIAIS
- Jurisprudência íntegra
Jurisprudência íntegra é aquela construída levando-se em consideração o histórico de decisões proferidas pelo tribunal a respeito da mesma matéria jurídica, ou seja, para se formar uma jurisprudência íntegra devem ser considerados todos os fundamentos rejeitados e acolhidos nos julgamentos que versam sobre a mesma matéria jurídica.
- Jurisprudência coerente
A coerência exigida pelo art. 926, caput, do Novo CPC, é da própria essência da ideia de uniformização de jurisprudência, porque assegura uma aplicação isonômica do entendimento consolidado em casos semelhantes, ou seja, que versem sobre a mesma questão jurídica. Cria um dever ao tribunal de decidir casos análogos com a mesma interpretação da questão jurídica comum a todos eles". Não há dúvida de que casos análogos devem ter uma mesma interpretação e aplicação do Direito, sendo a coerência exigência pelo dispositivo ora analisado a forma de se garantir tal tratamento isonômico.
MICROSSISTEMA DE FORMAÇÃO DE PRECEDENTES JUDICIAIS
- A (in) constitucionalidade do art. 927 do CPC/15?
RE E Resp repetitivos
RE e REsp repetitivos Arts. 1.036 a 1.041 do CPC.
Os RE e REsp repetitivos devem ser entendidos no contexto de microssistema de formação concentrada de precedentes obrigatórios (também pode ser chamados de precedentes vinculantes ou qualificados). Quais são os precedentes obrigatórios segundo o CPC? Art. 927 do CPC.
Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:
I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;
II - os enunciados de súmula vinculante;
III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos;
IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional;
V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados.
RE E Resp repetitivos
Súmula vinculante ----- Decisão do STF em controle concentrado de constitucionalidade Alguns autores afirmam que as hipóteses abaixo são inconstitucionais, vez que só a constituição pode criar precedente vinculante. Mas não é essa posição que prevalece. Prevalece que todo o art. 927 do CPC é constitucional. ----- Súmula STJ e STJ ----- Decisão do pleno e órgão especiais dos tribunais ----- Teses fixadas nos julgamentos de:
RE E Resp repetitivos
IAC (art. 947 do CPC): acidente de assunção e competência IRDR (art. 976 e ss do CPC): incidente de resolução de demandas repetitivas RE/REsp repetitivos (art. 1036/1041 do CPC) IAC, IRDR e RE/REsp repetitivos são institutos feitos para criar precedente obrigatório. 
Formam um microssistema de formação concentrada de precedentes obrigatórios. Dentro do microssistema de formação concentrada de precedentes obrigatórios existe o procedimento de causa piloto e o procedimento modelo
RE E Resp repetitivos
		
	PROCEDIMENTO DE CAUSA PILOTO	PROCEDIMENTO MODELO
	Conceito: é quando o tribunal julga um caso concreto (piloto) e desse julgamento nasce um precedente obrigatório.	Conceito: é aquele que é instaurado independente da existência de um caso concreto perante o tribunal.
	IAC e RE/REsp repetitivos (julga o caso concreto e fixa a tese vinculante)	IRDR (tem apenas uma tese, não tem um caso concreto).
IAC
IAC (incidente de assunção de competência)
Conceito: Trata-se de um dos institutos que visam a fixação de precedentes obrigatórios e será admitido quando “o julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo de competência originária envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos” (art. 947).
É cabível quando o julgamento do recurso envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição de múltiplos processos;
Somente os tribunais terão competência para decidi-lo;
Pode tratar de direito material ou de direito processual.
IAC
Objetivos:
1º- Provocar um julgamento colegiado por um órgão superior, para prevenir discussões futuras, ou solucionar conflitos relevantes;
2°- Prevenir ou compor uma divergência interna entre os tribunais a respeito daquela questão;
3°- Formação de precedente obrigatório que vinculará todos os magistrados subordinados àquele tribunal.
IAC
Pode ser proposto de ofício pelo relator ou a requerimento das partes, Ministério Público ou Defensoria Pública
Vinculará todos os magistrados, de forma horizontal e vertical, enquanto não for superado.
IRDR
IRDR (incidente de resolução de demandas repetitivas)
Conceito: é um instituto introduzido no ordenamento jurídico brasileiro com o Novo CPC. Como o próprio nome revela, relaciona-se com a existência de demandas repetitivas em um determinado órgão de julgamento.
Segundo Alexandre Freitas Câmara: ‘ é um incidente processual destinado a, através de julgamento de um caso piloto, estabelecer um precedente dotado de eficácia vinculante, capaz de fazer com que casos idênticos, dentro do limite de competência territorial do tribunal, tenham soluções idênticas, sem que, com isso, esbarre nos entraves típicos do processo coletivo.’
Natureza jurídica: Incidental. Não é uma ação. Ocorre dentro de um processo já existente.
IRDR
Requisitos cumulativos de cabimento:
Efetiva multiplicidade de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito;
Risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.
OBS.: NÃO TÊM CARÁTER PREVENTIVO: deve haver efetiva repetição de processos.
É necessário que haja decisões conflitantes;
Não será admitido se já houver RE ou Resp repetitivos versando sobre a mesma questão.
IRDR
Legitimidade:
Juiz ou relator;
Partes;
Ministério Público ou Defensoria Pública.
IRDR
Procedimento:
Suspensão do processo
O Novo CPC, então, prevê a suspensão do processo diante de IRDR. Instaurado o incidente de resolução de demandas, os processos que possuam como objeto a matéria sobre a qual ele verse deverão ser suspensos por até 1 ano, conforme o art. 313, IV, Novo CPC.
No entanto, Daniel Amorim Assumpção Neves faz uma ressalva quanto ao aspecto dessa suspensão. “O processo em que foi instaurado será suspenso, mas na realidade o que fica suspenso é o procedimento principal desse processo, porque sendo o incidente parte dele, o processo parcialmente continuará seu trâmite, por meio do incidente processual”
Consequências:
Tese jurídica será aplicada em todos os juízos subordinados aquele tribunal, inclusive juizados e em casos futuros.
RE E Resp repetitivos
Julgamento por amostragem. Ocorre quando se tem RE ou REsp versando sore a mesma questão jurídicas, alguns são escolhidos como amostras e são enviados para Brasília. Essas amostras serão julgadas e do julgamento dessas amostras é desencadeado a formação de um precedente obrigatório.
RE E Resp repetitivos
Procedimento de RE e REsp repetitivos.
No procedimento de formação de precedentes vinculantes tem o tema RE/Resp repetitivos – RE/REsp repetitivos são julgados por amostragem – reconhecendo a presidência ou vicepresidência de um tribunal local que existem recursos múltiplos sobre a mesma controvérsia – ele vai selecionar dois ou mais casos representativos da controvérsia e mandar para o tribunal competente – feito isso suspendem-se todos os processos do estado ou da região e vai para Brasília – chegando em Brasília vai ser proferida a decisão de afetação – a decisão de afetação o tribunal superior delimita com precisão a controvérsia a ser decidida e suspende todos os processos que versem sobre a mesma questão jurídica do país – podendo a parte interessada arguir que o caso concreto do seu processo de distingue da hipótese afetada e requerer a continuidade do seu processo ao juiz ou ao tribunal – STJ/STF vai ouvir MP para dar o seu parecer antes do julgamento, e pode ouvir amicus curiae ou designar audiência pública – julgamento – após o julgamentos osprocessos sobrestados em todo país terão continuidade e nestes processos será aplicado o padrão decisório definido.
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Quando houver multiplicidade de RE ou REsp versando sobre a mesma questão jurídica, vai se instaurar o procedimento do julgamento por amostragem.
No julgamento por amostragem, o próprio tribunal local seleciona dois ou mais paradigmas (recursos representativos da controvérsia) e manda esses paradigmas (recursos representativos da controvérsia) para o STJ ou STF. Como serão escolhidos esses recursos (recursos representativos da controvérsia - paradigmas)? São os recursos admissíveis e com abrangente fundamentação. Lembrando que essa escolha não vincula os tribunais superiores. Os tribunais superiores podem escolher outros recursos se assim entenderem, não são obrigados a julgar necessariamente os recursos que subiram. Feita a escolha do recurso representativo da controvérsia, o tribunal local determina a suspensão de todos os processos que estejam tramitando naquele estado ou naquela região até o julgamento desses casos.
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OBS.: O RE/REsp que versa da mesma questão jurídica do paradigma, mas não foi escolhido como paradigma, fica sobrestado (suspenso) até o julgamento do paradigma.
Se esse RE/REsp for intempestivo, o recorrido pode requerer a exclusão da decisão de sobrestamento do recurso intempestivo (contraditório prévio em 05 dias). O recorrido peticiona ao tribunal pedindo a exclusão do recurso da decisão de sobrestamento, para que o recurso seja inadmitido por intempestividade.
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Os recursos representativos da controvérsia chegam aos tribunais superiores. Os tribunais superiores pegam os recursos representativos da controvérsia e profere a decisão de afetação.
A decisão de afetação determina a afetação dos recursos representativos da controvérsia, o que significa que esses recursos estão separados para o julgamento qualificado. É um julgamento qualificado, uma vez que desse julgamento vai surgir uma tese vinculante. O tribunal vai fazer uma delimitação precisa da controvérsia.
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Exemplo de decisão de afetação:
PREVIDENCIÁRIO. PROPOSTA DE AFETAÇÃO. RECURSO ESPECIAL. RITO DOS RECURSOS ESPECIAIS REPETITIVOS. DEVOLUÇÃO DE VALORES RECEBIDOS DE BOA-FÉ. EM RAZÃO DE INTERPRETAÇÃO ERRÔNEA, MÁ APLICAÇÃO DA LEI OU ERRO DA ADMINISTRAÇÃO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. 1. Delimitação da controvérsia: Devolução ou não de valores recebidos de boa-fé, a título de benefício previdenciário, por força de interpretação errônea, má aplicação da lei ou erro da Administração da Previdência Social. 2. Recurso especial afetado ao rito do art. 1.036 e seguintes CPC/2015 e art. 256-I do RISTJ, incluído pela Emenda Regimental 24, de 28/09/2016. (STJ, ProAfR no REsp 1.381.734/2017)
Após o proferimento da decisão de afetação, o STF/STJ manda suspender todos os processos do país, a suspenção é nacionalizada (a suspensão da etapa anterior é no estado ou na região).
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O interessado pode arguir a distinção entre o seu caso e a matéria que foi objeto da afetação. O requerimento vai ser feito ao juiz de primeira instância ou ao tribunal (relator do TJ/TRF/STF/STJ depende de onde o processo está). Desse pedido vai ser proferida uma decisão. Contra essa decisão cabe:
-- Juiz: agravo de instrumento
--Tribunal: agravo interno
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O STF/STJ vai ouvir o ministério público, uma vez que o MP tem que dar um parecer antes do julgamento desses recursos. O STF/STJ podem ouvir amicus curiae. O STF/STJ pode inclusive designar audiências públicas. Tudo isso serve para ampliar a cognitividade em torno do tema e propiciar debates mais qualificados, é uma medida de qualificação do precedente a ser formado. Depois de feita toda a preparação é feito o julgamento e se tem então a formação de uma tese vinculante de um precedente obrigatório. Essa tese vinculante passa a ser um padrão decisório. Após o julgamento, os processos que forem sobrestados em todo o país passam a ter continuidade e será aplicado o padrão decisório definido.
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A jurisprudência do STJ entende que aplicação da tese vinculante independe do trânsito em julgado.
"A jurisprudência do STJ firmou entendimento no sentido de ser desnecessário aguardar o trânsito em julgado para a aplicação do paradigma firmado em sede de Recurso Repetitivo ou de Repercussão Geral". (STJ, AgInt no REsp 1.645.431/2018).
RE E Resp repetitivos
OBSERVAÇÃO:
O CPC não quer que as partes fiquem postulando contra a jurisprudência que já virou padrão decisório. O CPC é preocupado com a aplicação dos padrões decisórios fixados em RE/Resp repetitivos.

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