Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TESTES BIOQUÍMICO Prof. Antonio Carlos Identificação de microrganismos; Tratamento; Epidemiologia – fontes de infecção - rastreabilidade Desenvolvimento de produtos biotecnológicos; Capacidade de metabolização de substratos particulares; Presença de enzimas específicas; Indicadores para a identificação de uma bactéria. IMPORTÂNCIA UM TESTE BIOQUÍMICO PODE DISTINGUIR GÊNEROS E ESPÉCIES Provas rápidas – seg. a min. Catalase É uma enzima que decompõe o peróxido de hidrogênio (3%) em oxigênio e água; Indispensável na identificação de cocos Gram positivos; Estafilococos são catalase positivos; Estreptococos são catalase negativos; Exceto os estreptococos, a maioria das bactérias aeróbias e anaeróbias decompõe o peróxido de hidrogênio Testes de Metabolismo Prova da Catalase Controle positivo: Staphylococcus aureus Controle negativo: Streptococcus spp. O teste da catalase não tem qualquer aplicação na distinção do grupo Enterobacter pois todos são catalase (+)s. Coagulase Presença desta enzima indica patogenicidade Na presença de plasma, os produtores de coagulase, como o Staphylococcus aureus, vão desencadear os mecanismos da coagulação Proteína de composição química desconhecida, com atividade semelhante a protrombina, capaz de transformar o fibrinogênio em fibrina (coágulo) Diferenciar espécies de Staphylococcus (S. aureus e S. epidermidis) Testes de Metabolismo - + Coagulase Oxidase Tetrametil-p-fenilenodiamina (1% segundo Kovacs) Citocromo oxidase do tipo AA3 Diferenciar os gêneros Neisseria e Pseudomonas (oxidase positiva) de outros cocos Gram - ; Distinguir a família Enterobacteriaceae (oxidase negativa) de outros bacilos Gram negativos (oxidase positiva); Testes de Metabolismo Prova da Oxidase Interpretação do Teste Azul (Púrpura): reação + Rosa: reação – Provas lentas – 24 h ou mais Enterobacteriaceae (Gram –) A- Escherichia, Enterobacter, Citrobacter e Klebsiella fermentam lactose produzindo ácido e gás B- Shigella e Salmonella não utilizam lactose em seu metabolismo. Degradam a peptona formando amônia. Testes de Metabolismo Enterobacteriaceae (Gram –) Testes de Metabolismo A B A Ágar MacConkey - contém bile que inibe o crescimento da maioria das bactérias Gram +, cristal violeta (inibe algumas bactérias Gram +) e vermelho neutro (indicador de pH), lactose e peptona. Diferenciação de Salmonella e Shigella Testes de Metabolismo Ágar XLD – Xilose, lisina e deoxicolato (ácido biliar). Meio seletivo usado para isolamento de Salmonella e Shigella a partir de amostras clínicas e alimentos. Contém phenol red como indicador de pH (ácido – amarelo; alcalino – rosa a vermelho). Salmonella metaboliza o tiosulfato produzindo H2S que reage com o ferro produzindo um composto escuro (centro da colônia negro). PROVAS IMViC Indol , Vermelho de Metila, Voges-Proskauer, Citrato Esta série de quatro provas permite identificar um organismo do grupo coliforme. IMViC - Enterobactérias Teste de Indol (reativo de Kovacs) Detecta a ação da enzima triptofanase, determinando a capacidade do microrganismo produzir Indol através da degradação do aminoácido L-triptofano. Após a incubação, adiciona-se o reativo de Kovacs (p-dimetil aminobenzaldeído). O indol se complexa ao reativo de Kovacs produzindo um anel rosa. Reação positiva Reação Negativa IMViC - Enterobactérias Teste de MR – Vermelho de metila Reação negativa Reação positiva pH >6,2 – Amarelo (negativo) pH< 4,4 – Vermelho (positivo) - O Vermelho de Metila é o indicador de pH; - O teste é utilizado na verificação da produção de grandes quantidades de ácidos, como o ácido pirúvico no metabolismo da glicose; - As enterobactérias usam o ácido pirúvico para produzir outros ácidos como ác.lático, ác.acético e ác.fórmico. IMViC - Enterobactérias Teste de Voges-Proskauer (produção de acetoína) Verifica a capacidade do microrganismo em produzir ácidos como o Acetilmetilcarbinol (acetoína) como um precursor da síntese de 2,3 butanediol. Adiciona-se NaOH que reage com a acetoína produzindo um composto vermelho. Reação negativa Reação positiva IMViC - Enterobactérias Teste de Citrato de Simmons Diferencia os microrganismos pela capacidade de usarem o Citrato como única fonte de carbono. Azul de bromotimol como indicador de pH Para que a bactéria possa utilizar o citrato é necessário que ela tenha a Citrato permease, que vai permitir a entrada desse composto no interior da célula; Uma vez incorporado, o citrato será degradado pela enzima Citrase, produzindo compostos alcalinos. Enterobactérias Alguns testes bioquímicos para Enterobactérias Bioquimismo - Salmonella spp. Teste da Uréia: Uréia alcalina: PROF. ANTONIO CARLOS JÚNIOR 22 23 24 25 26 27 Principais gêneros e espécies 28 Enterobacteriaceae A B C A: Escherichia coli B: Salmonella typhi C: Proteus mirabilis 29 E. coli S. typhi S. dysenteriae P. mirabilis K. pneumoniae Y. pestis 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 Escherichia coli Theodor Escherich (1885) - Bacterium coli commune Microbiota intestinal normal 1935 => Diarréias Indicador de contaminação fecal (“coliformes fecais”) E. coli diarreiogênicas: EPEC, EHEC, ETEC, 48 Cepas são classificadas em sorogrupos e sorotipos, de acordo com a presença dos antígenos O, K e H; antígenos O - localizados na parede antígenos K - localizados na cápsula - antígenos H - localizados nos flagelos 49 50 Grupos de E. coli virulentos E. coli enteroagregativas (EAEC): adesão à mucosa; diarreia aquosa E. coli enterohemorrágicas (EHEC): produtora de verotoxina, colite hemorrágica, síndrome hemolítico-urémico; col. sorbitolnegativas; testes serológicos específicos (carne mal cozinhada) E. coli enteroinvasivas (EIEC): disenteria com sangue e leucócitos nas fezes; 51 Grupos de E. coli virulentos E. coli enteropatogênicas (EPEC): adesão mediada cromossómicamente perda das vilosidades, diarreia aquosa aguda/crónica do RN E. coli enterotoxigênicas (ETEC): diarreia viajante e crianças países em desenvolvimento; exotoxinas promovem adesão e aumentam AMPc, com produção diarreia aquosa (idêntico V. cholerae) 52 EPEC (Enteropatogênica): humanos EHEC (Enterohemorrágica): humanos e animais (bovinos) carne moída mal passada águas, verduras, legumes, frutas sucos fermentados 53 EPEC: Cultivo em meios seletivos (MacConkey) padrão de adesão, testes bioquímicos e moleculares EHEC: MacConkey com sorbitol (sem lactose) PCR 54 Klebsiella Presente por vezes trato respiratório e nas fezes sem causar problemas Espécies mais frequentes: K. pneumoniae, K. oxytoca, K. planticola e K. terrigena Por vezes têm cápsula bem desenvolvida. 55 56 57 58 59 Citrobact e r freundii*, divers u s* Edwardsiella tarda Enterobacter aerogenes*cloacae* Escherichia coli*, ferguson i i, hermannii Hafnia alvei Klebsie l la pneumoniae*, oxytoca* Morganella morgan i i* Proteus mira b il i s*, vulgaris*, penneri* Providencia rett g e ri*, stuar t ii*, alca l ifacie n s* Salmone l la enterica*, gomboni Shigella dysente r iae, flexneri*, boydii, sonnei* Serratia marcescens*, liqu e faciens* Yersinia enteroco l i t ica*, pseudotuberculo s i s ,pestis Citrobacter freundii*, diversus* Edwardsiella tarda Enterobacter aerogenes*cloacae* Escherichia coli*, fergusonii, hermannii Hafnia alvei Klebsiella pneumoniae*, oxytoca* Morganella morganii* Proteus mirabilis*, vulgaris*, penneri* Providencia rettgeri*, stuartii*, alcalifaciens* Salmonella enterica*, gomboni Shigella dysenteriae, flexneri*, boydii, sonnei* Serratia marcescens*, liquefaciens* Yersinia enterocolitica*, pseudotuberculosis, pestis
Compartilhar