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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
2020
MAGISTRATURA
ESTADUAL
DIREITO ELEITORAL
Das condutas vedadas aos agentes públicos
nas campanhas eleitorais. 
Do abuso de poder nas eleições. 
(PONTO 10)
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Sumário
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ....................................................................................3
1. DOUTRINA (RESUMO)..............................................................................................5
2. LEGISLAÇÃO ..........................................................................................................18
3. JURISPRUDÊNCIA ...................................................................................................22
4. QUESTÕES DE CONCURSOS ..................................................................................25
4.1 COMENTÁRIOS................................................................................................27
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DIREITO ELEITORAL
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
(Conforme Edital Mege)
Atualizado em 07/05/2020
10 Das condutas vedadas aos agentes públicos nas campanhas eleitorais. 
Do abuso de poder nas eleições. 
Camila Penteado
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Neste ponto, discorreremos sobre as condutas vedadas pelos agentes públicos em 
campanhas eleitorais. Como sempre, a leitura da lei seca é imprescindível para a realização das 
provas de concurso público. Todavia, no ponto em questão, é de grande importância o 
conhecimento das decisões do TSE, uma vez que a jurisprudência tem interpretado os 
disposi�vos legais em análise ao caso concreto. Não se esqueçam de resolver questões sobre o 
assunto para melhor fixação do conteúdo estudado.
Bons estudos!
Camila Penteado.
Apresentação
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1. DOUTRINA (RESUMO)
1.1. ASPECTOS GERAIS
A legislação eleitoral tem por obje�vo garan�r a normalidade e a legi�midade do 
poder de sufrágio popular. Desse modo, busca-se inserir mecanismos que garantam o 
prevalecimento da vontade soberana expressa pelos eleitores nas urnas, trazendo-se um 
resultado justo às eleições correspondentes.
A maior ameaça à normalidade das eleições decorre de abuso de poder, que pode ser 
vislumbrado até mesmo antes das eleições.
A doutrina aponta as principais formas de abuso:
i) Abuso do poder polí�co: apresenta-se pelo abuso de autoridade come�do por 
agentes detentores de poder, com o intuito de desviar a vontade popular – a 
liberdade de voto; há uma conduta improba do agente público com finalidade de 
influenciar no pleito eleitoral;
- Veja o conceito trazido no presente trecho da ementa do julgado do TSE: O abuso do poder 
polí�co caracteriza-se quando o agente público, valendo-se de sua condição funcional e em 
manifesto desvio de finalidade, compromete a igualdade da disputa e a legi�midade 
do pleito em bene�cio de sua candidatura ou de terceiros, o que não se verificou no 
caso. (TSE - Ac. de 4.8.2015 no REspe nº 55547, rel. Min. João Otávio de Noronha.)
- Por exemplo: desviar recursos públicos para fazer propaganda eleitoral.
ii) Abuso do poder econômico: trata-se do uso abusivo dos recursos (financeiros, bens 
e serviços) em desconformidade com os parâmetros legais determinados ao 
financiamento de campanha; observa-se quando do extrapolamento no exercício 
desse poder a ponto de interferir na normalidade e legi�midade do voto. 
- Por exemplo: uma pessoa �sica pode realizar doações em campanhas eleitorais, desde 
que obedecidos os limites legais; caso sejam doadas quan�as acima do limite legal, a ponto 
de interferir no processo eleitoral, poder-se-á evidenciar o abuso do poder econômico.
- Pode-se citar, ainda, o caso de transporte irregular de eleitores; u�lização de recursos 
vedados; entre outros.
iii) Abuso do poder dos meios de comunicação: u�lização indevida dos meios de 
comunicação (TV; rádio; internet; etc.) favorecendo ou prejudicando candidatos, 
implicando em distorções capazes de interferir no resultado das eleições.
- Por exemplo: imagine que um candidato seja apresentador de televisão e essa rede 
televisiva faça inúmeras exaltações às qualidades desse candidato.
Atente que não há impedimento ao exercício do poder ou de um direito, mas o abuso 
dele que intervenha no processo eleitoral, na livre escolha do eleitor. Como se verá melhor 
adiante, em face da alteração trazida pela LC 135/2010 (Lei da Ficha Limpa) e, de acordo com os 
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julgados mais recentes do TSE, a necessidade de comprovação da potencialidade lesiva para a 
caracterização do abuso está superada.
Nesse sen�do, veja o posicionamento do TSE:
“A par�r da Lei Complementar n° 135/2010, que inseriu inciso XVI ao art. 22 da Lei 
Complementar n° 64/90, não mais se cogita de potencialidade como critério para 
configuração do abuso de poder, mas apenas a gravidade do ato perpetrado” (Ac. de 
9.4.2019 no RO nº 763425, rel. Min. João Otávio de Noronha, red. designado Min. 
Tarcisio Vieira de Carvalho Neto).
1.2. CONDUTAS VEDADAS AOS AGENTES PÚBLICOS EM CAMPANHAS ELEITORAIS 
A eleição deve ocorrer, dentro de um processo democrá�co, em igualdade de 
oportunidades entre os candidatos, razão pela qual a legislação eleitoral busca coibir a prá�ca 
de abusos visando essa finalidade, com a imposição de limites de atuação no processo eleitoral.
A Lei das Eleições apresenta normas des�nadas a conter certas condutas de agentes 
públicos em campanhas eleitorais que interfiram na normalidade das eleições.
O art. 73, § 1º, da Lei das Eleições, conceitua agente público nos seguintes termos:
Art. 73. (...)
§ 1º Reputa-se agente público, para os efeitos deste ar�go, quem exerce, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação 
ou qualquer outra forma de inves�dura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função 
nos órgãos ou en�dades da administração pública direta, indireta, ou fundacional.
Esse disposi�vo elenca em seus incisos, ainda, diversas condutas proibidas e as 
classifica, em presunção legal, como “tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre 
candidatos nos pleitos eleitorais”.
Nesse sen�do, importante salientar que o TSE tem o entendimento de que a mera 
prá�ca de conduta vedada materializa a conduta proibida pela norma, sendo desnecessária a 
comprovação de potencialidade lesiva. Veja: 
As condutas do art. 73 da Lei nº 9.504/97 se configuram com a mera prá�ca dos atos, 
os quais, por presunção legal, são tendentes a afetar a isonomia entre os candidatos, 
sendo desnecessário comprovar a potencialidade lesiva. (TSE - Ac. de 5.8.2014 no 
REspe nº 1429, rel. Min. Laurita Vaz.)
As condutas vedadas são infrações eleitorais de natureza obje�va cuja prá�ca 
importa na responsabilização do agente, dispensando-se a análise de sua 
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potencialidade lesiva. Precedentes da Corte (Agravo de Instrumento nº 58368, 
Acórdão, Relator(a) Min. Edson Fachin, Publicação:DJE - Diário de jus�ça eletrônico, 
Tomo 46, Data 09/03/2020).
De outra forma, ainda que constatada a conduta vedada, cabe ao julgador aplicar as 
sanções de forma proporcional à gravidade.
Interessante fazer a leitura atenta dos incisos do art. 73 antes mencionado, com alguns 
apontamentos pontuais, no intuito de visualizar as proibições legais e diferenciá-las de algumas 
situações. Transcreve-se:
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas 
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
I - ceder ou usar, em bene�cio de candidato, par�do polí�co ou coligação, bens 
móveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, ressalvada a realização 
de convenção par�dária;
Essa vedação não se aplica ao uso, em campanha, de transporte oficial pelo Presidente 
da República, nem ao uso, em campanha, pelos candidatos à reeleição de Presidente e Vice-
Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, 
Prefeito e Vice-Prefeito, de suas residências oficiais para realização de contatos, encontros e 
reuniões per�nentes à própria campanha, desde que não tenham caráter de ato público (art. 
73, § 2º, Lei das Eleições).
De todo modo, conforme o art. 76 da Lei das eleições, o uso de transporte oficial pelo 
Presidente da República e sua comi�va, em campanha eleitoral, deverá ter um ressarcimento 
ao erário, de responsabilidade do par�do polí�co ou coligação a que esteja vinculado.
Os valores a serem ressarcidos terão por base o �po de transporte usado e a respec�va 
tarifa de mercado cobrada no trecho correspondente, ressalvado o uso do avião presidencial, cujo 
ressarcimento corresponderá ao aluguel de uma aeronave de propulsão a jato do �po táxi aéreo.
II - usar materiais ou serviços, custeados pelos Governos ou Casas Legisla�vas, que 
excedam as prerroga�vas consignadas nos regimentos e normas dos órgãos que 
integram;
Nesse inciso, observa-se que deve haver um respeito às prerroga�vas constantes nos 
regimentos e normas dos órgãos de onde o agente público se encontre integrado.
Para que seja afastada tal vedação, a conduta deve estar respaldada nas prerroga�vas 
do cargo e nas normas e regimentos dos respec�vos órgãos.
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ATENÇÃO!
III - ceder servidor público ou empregado da administração direta ou indireta federal, 
estadual ou municipal do Poder Execu�vo, ou usar de seus serviços, para comitês de 
campanha eleitoral de candidato, par�do polí�co ou coligação, durante o horário de 
expediente normal, salvo se o servidor ou empregado es�ver licenciado;
O que a norma proíbe neste inciso é a par�cipação de agente público, pago pelos cofres 
estatais, que esteja, em horário de expediente, trabalhando para um determinado candidato, 
par�do ou coligação. 
Destarte, nada impede que o agente faça campanha eleitoral para um determinado 
candidato fora de seu horário do expediente, ou, ainda, esteja afastado por férias, licença etc.
Destaque-se, ainda, que de acordo com entendimento do TSE, a efe�va u�lização de 
bens públicos para promoção de candidatura polí�ca configura conduta vedada prevista tanto 
no inciso I, quanto neste inciso III (Ac.-TSE, de 28.11.2016, no AgR-RO nº 137994).
IV - fazer ou permi�r uso promocional em favor de candidato, par�do polí�co ou 
coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou 
subvencionados pelo Poder Público;
Não há uma proibição de prestação de serviço social por parte do poder público, mas 
sim o uso desses serviços com fins promocionais de candidato, par�do ou coligação.
Contudo, essa prestação deve ser restringida, de forma ampla, no período do ano da 
eleição. Aqui, qualquer forma de distribuição gratuita de bens e serviços por parte da 
Administração Pública se encontra vedada, salvo em caso de calamidade pública, de estado de 
emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no 
exercício anterior, casos em que o Ministério Público poderá promover o acompanhamento de 
sua execução financeira e administra�va (art. 73, § 10, Lei das Eleições).
Em regra, é possível a prestação gratuita de bens e de serviços de caráter social custeados ou 
subvencionados pelo Poder Público.
Excepcionalmente no ano da eleição, fica proibida a distribuição gratuita de quaisquer bens, 
valores ou bene�cios por parte da Administração Pública.
Não obstante, ainda é possível, no ano eleitoral, essa distribuição gratuita de bens e serviços 
em três situações: 
i) calamidade pública;
ii) estado de emergência;
iii) programas sociais autorizados em lei, desde que já em execução orçamentária no 
exercício anterior.
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Nesse sen�do, importante destacar a excepcionalíssima situação de pandemia do novo 
coronavírus. O ano de 2020 terá (por ora, ao menos¹) eleição para a escolha dos cargos de 
prefeitos municipais e vereadores. Com base nisso, há preocupação dos atuais prefeitos na 
implementação de ações e programas sociais que possam ser enquadrados na lista de 
condutas proibidas aos gestores em ano de eleição. 
A Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo (PRE-SP) emi�u uma instrução aos promotores 
eleitorais no estado, orientando que acompanhem as medidas adotadas por prefeitos, vereadores 
e secretários contra a pandemia de covid-19. O obje�vo é coibir o uso de recursos emergenciais em 
bene�cio de candidato ou par�do polí�co, sobretudo em ano de eleições municipais.
No documento, expedido em 02 de abril de 2020, os promotores são instruídos a enviar 
recomendações a prefeitos e secretários municipais, ressaltando que em ano eleitoral é 
proibida a distribuição de verbas e bene�cios, como doação de alimentos, quitação de contas 
de água e energia elétrica, isenção de tributos, entre outros, sob pena de multa e cassação de 
registro ou de diploma do candidato favorecido, além de inelegibilidade por abuso de poder.
A Procuradoria realçou que os gestores públicos também devem estar atentos à legalidade de 
programas sociais em con�nuidade no ano de 2020, verificando se foram norma�zados e se 
estão em execução orçamentária desde pelo menos 2019. Neste caso, enfa�za a PRE-SP, não 
são permi�das alterações substa.
Para os presidentes de Câmaras Municipais, a orientação é de não dar prosseguimento a 
votação de projetos de lei que ensejem a distribuição gratuita de bens, valores e bene�cios a 
pessoas �sicas ou jurídicas.
No documento, contudo, a PRE-SP observa que, havendo a necessidade de socorrer a população 
em razão da situação de emergência causada pela pandemia do novo coronavírus, que sejam 
fixados critérios obje�vos e de estrita observância ao princípio da impessoalidade.
Nesses casos emergenciais, os gestores deverão informar à Promotoria Eleitoral qual o fato 
caracterizador da calamidade ou emergência, os bene�cios que se pretende distribuir, o 
período de distribuição e as pessoas e faixas sociais que serão beneficiadas.
Nesse mesmo sen�do, uma recomendação enviada pelo Ministério Público Eleitoral do 
estado do Ceará aos promotores tem causado polêmica, mas o órgão esclarece que ações das 
prefeituras são permi�das em caso de calamidade pública ou emergência, desde que não 
tenham fins eleitorais. A situação provoca efeitos polí�cos entre os prefeitos, muitos dos 
quais pré-candidatos à reeleição.
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¹ A possibilidade de adiamento das eleições municipais de 2020 foi ven�ladapor integrantes da Jus�ça Eleitoral e 
parlamentares, diante da pandemia. De acordo com o Ministro Luís Roberto Barroso, junho é o prazo máximo para que seja 
proposto o adiamento do pleito, porquanto essa é a data limite para que a Jus�ça Eleitoral inicie os testes das urnas eletrônicas. 
Ressalte-se que, ainda de acordo com o Ministro – futuro presidente do TSE –, a alteração precisa ser feita pelo Congresso 
Nacional, já que a marcação das eleições para o primeiro fim de semana de outubro está prevista na Cons�tuição Federal. 
Importante acompanhar as posteriores alterações!
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ATENÇÃO!
V - nomear, contratar ou de qualquer forma admi�r, demi�r sem justa causa, 
suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o 
exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor 
público, na circunscrição do pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos 
eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, RESSALVADOS:
a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de 
funções de confiança;
b) a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais 
ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República;
c) a nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início 
daquele prazo;
d) a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável 
de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder 
Execu�vo;
e) a transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes 
penitenciários;
Vislumbre que o inciso obsta a nomeação e exoneração de cargos públicos nos 3 
meses que antecedem o pleito até a posse dos eleitos, ressalvando diversas hipóteses nas 
alíneas respec�vas.
Dentre essas ressalvas, destaca-se a possibilidade de nomeação, nesse período, de 
membros do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de Contas e dos 
órgãos da Presidência da República.
Quanto a esse úl�mo, impende registrar que con�nua o impedimento para os demais 
cargos do Execu�vo, pois apenas são excepcionados os órgãos da Presidência da República. Os 
cargos do Legisla�vo também se encaixam na proibição em comento, seja ele de qualquer 
esfera federa�va.
Convém mencionar também o caso dos aprovados em concursos públicos. Para que 
seja possível a nomeação dos candidatos, perfaz-se necessário que a homologação do concurso 
tenha ocorrido até 3 meses antes das eleições.
Não é vedada a realização do concurso público entre os 3 meses que antecedem o pleito e a 
posse dos eleitos, mas sim a nomeação do aprovado caso o concurso não tenha sido 
homologado antes desse prazo.
A VUNESP considerou errada a seguinte asser�va (Assessor Jurídico, Prefeitura de 
Caieiras/SP, 2015): “(...) se configura como conduta vedada aos agentes públicos, nos três 
meses antes da eleição, até a posse dos eleitos, a realização de concursos públicos.”.
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ATENÇÃO!
Evidencia-se, ainda, a possibilidade de nomeação ou contratação necessária à 
instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais, desde que haja 
prévia e expressa autorização do chefe do Poder Execu�vo. Nessa nomeação ou contratação, o 
agente público deve jus�ficar tal necessidade e, ainda, ter a aprovação do Execu�vo.
VI - nos três meses que antecedem o pleito:
a) realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios, e 
dos Estados aos Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os 
recursos des�nados a cumprir obrigação formal preexistente para execução de obra 
ou serviço em andamento e com cronograma prefixado, e os des�nados a atender 
situações de emergência e de calamidade pública;
b) com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no 
mercado, autorizar publicidade ins�tucional dos atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respec�vas 
en�dades da administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade 
pública, assim reconhecida pela Jus�ça Eleitoral;
c) fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral 
gratuito, salvo quando, a critério da Jus�ça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, 
relevante e caracterís�ca das funções de governo.
Em relação a esse inciso VI, convém apenas destacar que suas normas devem ser 
interpretadas de forma restri�va. Por isso, a alínea “a” apenas proíbe as transferências da União aos 
Estados, DF e Municípios, não abarcando, por exemplo, as realizadas para associações privadas.
No caso de extensão dos efeitos da pandemia do novo coronavírus para período posterior a 4 
de julho de 2020 (3 meses antes do pleito eleitoral), a conduta vedada descrita no item “a” 
pode ser flexibilizada, a fim de atender às necessidades dos Estados e Municípios no 
enfrentamento da Covid-19. 
Quanto às alíneas “b” e “c”, aplicam-se apenas aos agentes públicos das esferas 
administra�vas cujos cargos estejam em disputa na eleição, conforme dispõe o § 3º do art. 73 da 
Lei das Eleições.
O TSE já decidiu que a “veiculação de postagens sobre atos, programas, obras, serviços 
e/ou campanhas de órgãos públicos federais, estaduais ou municipais em perfil privado de rede 
social não se confunde com publicidade ins�tucional autorizada por agente público e custeada 
com recursos públicos, a qual é vedada nos três meses que antecedem as eleições” (Agravo 
Regimental no Recurso Especial Eleitoral nº 376-15, Conceição da Barra/ES, julgado na sessão 
virtual de 20 a 26.3.2020, Informa�vo TSE nº 03, Ano XXII).
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VII - realizar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos 
órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respec�vas en�dades da 
administração indireta, que excedam a média dos gastos no primeiro semestre dos 
três úl�mos anos que antecedem o pleito; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
Atente que essa vedação do inciso VII somente a�nge o primeiro semestre do ano de eleição.
VIII - fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores 
públicos que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisi�vo ao longo do 
ano da eleição, a par�r do início do prazo estabelecido no art. 7º desta Lei e até a posse 
dos eleitos.
Esse inciso veda o aumento da remuneração dos servidores públicos desde o dia 20 de 
julho (início do prazo para as convenções par�dárias) até a posse dos eleitos. A ressalva é a 
previsão cons�tucional da revisão remuneratória pela perda inflacionária, prevista no art. 37, X, 
da CF, in verbis:
Art. 37. (...)
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 
somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a inicia�va 
priva�va em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem 
dis�nção de índices; 
Com isso, percebe-se que a proibição se consubstancia apenas na hipótese de o ajuste 
ultrapassar os índices oficiais da inflação.
Todas essas condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas eleitorais trazem, 
como consequências, caso infringidas, a suspensão da conduta, a aplicação de multa e a cassação 
do registro ou do diploma do candidato beneficiado, nos termos dos §§ 4º e 5º do art. 73. Veja:
§ 4º O descumprimento do disposto neste ar�go acarretará a suspensão imediata da 
condutavedada, quando for o caso, e sujeitará os responsáveis a multa no valor de 
cinco a cem mil UFIR.
Essas sanções se aplicam tanto aos agentes públicos responsáveis pelas condutas vedadas 
quanto aos par�dos, coligações e candidatos que delas se beneficiarem (§ 8º, art. 73, Lei das Eleições).
§ 5º Nos casos de descumprimento do disposto nos incisos do caput e no § 10, sem 
prejuízo do disposto no § 4º, o candidato beneficiado, agente público ou não, ficará 
sujeito à cassação do registro ou do diploma.
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OBSERVAÇÃO:
A imposição dessas sanções dos §§ 4º e 5º acima dar-se-á sem prejuízo de outras de 
caráter cons�tucional, administra�vo ou disciplinar fixadas pelas demais leis vigentes (art. 78, 
Lei das Eleições).
Como visto acima, de acordo com o TSE, as hipóteses de conduta vedada previstas neste 
ar�go têm natureza obje�va. Desta forma, cabe ao julgador aplicar as sanções previstas nos 
§§ 4º e 5º de forma proporcional (Ac.-TSE, de 7.4.2016, no REspe nº 53067).
Caso o agente seja reincidente nessas condutas vedadas previstas no art. 73 da Lei das 
Eleições, terá sua multa aplicada em dobro (art. 73, § 6º, Lei das eleições).
A Lei das Eleições, em atenção ao princípio da impessoalidade e da moralidade, classifica 
como ato de abuso de autoridade e, portanto, conduta vedada ao agente público, a publicidade 
dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos que não sejam de caráter 
educa�vo, informa�vo ou de orientação social (art. 37, § 1º, CF c/c art. 74 da Lei das Eleições). 
Também é vedada a contratação, com recursos públicos, de shows ar�s�cos para se 
realizarem nas inaugurações de obras públicas nos 3 meses que antecederem as eleições, sob 
pena de suspensão do ato e a cassação do registro ou do diploma do candidato beneficiado, seja 
ele agente público ou não (art. 75 da Lei das Eleições). 
Há, ainda, a impossibilidade de o candidato comparecer à inauguração de obra 
pública dentro dos 3 meses que precedem o pleito, sob pena de sujeição do infrator à cassação 
de seu registro ou de seu diploma (art. 77 da Lei das Eleições).
Frisa-se que o TSE vem perfilhando o entendimento de que essas vedações devem ser 
interpretadas de forma restri�va, razão pela qual o Tribunal decidiu que a par�cipação de 
candidato em inauguração de obra de ins�tuição privada não caracteriza a conduta vedada 
prevista no art. 77 da Lei nº 9.504/1997, ainda que a obra tenha sido subsidiada com dinheiro 
público.
Nesse sen�do, veja trecho da ementa da decisão do TSE adiante:
(...) 1. In casu, a orientação perfilhada no acórdão regional foi a de que o 
comparecimento de vereadores candidatos à reeleição, durante o período crí�co, à 
inauguração de obra realizada por universidade privada, construída em terreno doado 
pelo município e patrocinada, em parte, com recursos públicos repassados por meio 
de convênio estadual, nos três meses que antecederam a data do pleito, caracteriza a 
conduta vedada descrita no art. 77 da Lei nº 9.504/97.
2. Tal entendimento, contudo, contraria remansosa jurisprudência desta Corte 
Superior, no sen�do de que as normas que encerram condutas vedadas devem ser 
interpretadas restri�vamente.
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ATENÇÃO!
3. O ar�go 77 da Lei das Eleições veda o comparecimento de candidatos à 
inauguração de obra pública stricto sensu, assim considerada aquela que integra o 
domínio público. Incidência dos princípios da �picidade e da legalidade estrita, 
devendo a conduta corresponder exatamente ao �po previamente definido na norma. 
4. Recurso especial ao qual se dá provimento. (TSE - Recurso Especial Eleitoral nº 
18212, Acórdão, Relator(a) Min. Tarcisio Vieira De Carvalho Neto, Publicação: DJE - 
Diário de jus�ça eletrônico, Tomo 216, Data 08/11/2017)
Importante mencionar que as reclamações ou representações rela�vas ao descumprimento 
dessas condutas vedadas podem ser feitas por qualquer par�do polí�co, coligação ou 
candidato e serão estudadas no ponto referente às ações eleitorais e seus recursos.
1.3. CAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIO
Um dos maiores problemas ocorridos nas eleições é a compra de votos.
Por isso, visando a proteção do sufrágio universal, foi ins�tuído o art. 41-A na Lei das 
Eleições:
Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, cons�tui captação de sufrágio, 
vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o 
fim de obter-lhe o VOTO, BEM ou VANTAGEM PESSOAL de qualquer natureza, inclusive 
emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, 
inclusive, sob pena de multa de mil a cinquenta mil Ufir, e cassação do registro ou do 
diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar nº 64, de 
18 de maio de 1990. 
§ 1º Para a caracterização da conduta ilícita, é DESNECESSÁRIO o pedido explícito de 
votos, bastando a evidência do dolo, consistente no especial fim de agir. 
§ 2º As sanções previstas no caput aplicam-se contra quem pra�car atos de violência 
ou grave ameaça a pessoa, com o fim de obter-lhe o voto. 
§ 3º A representação contra as condutas vedadas no caput poderá ser ajuizada até a 
data da diplomação.
§ 4º O prazo de recurso contra decisões proferidas com base neste ar�go será de 3 
(três) dias, a contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial. 
Como se observa no caput transcrito, não é necessário que haja a obtenção de 
vantagem financeira para sua caracterização, mas sim qualquer vantagem (dinheiro, bens, 
pres�gio polí�co, cargos, etc.).
Nesse sen�do, já decidiu o TSE que a doação indiscriminada de combus�vel a eleitores 
caracteriza captação ilícita de sufrágio (Ac.-TSE, de 6.9.2016, no REspe nº 35573).
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Atente-se, no entanto, para recente decisão do TSE no sen�do de que, para incidência 
deste ar�go, não basta promessa genérica de vantagem, mas oferta de bene�cio a ser ob�do 
concreta e individualmente por eleitor determinado ou determinável. Nessa linha, atente ao 
seguinte trecho da decisão:
(...) 4. A quaes�o juris subme�da a esta Corte cinge-se, portanto, em saber se 
configura captação ilícita de sufrágio a distribuição de panfletos com promessa de 
ex�nção de taxa condominial em empreendimentos residenciais inseridos no 
programa Minha Casa Minha Vida.
5. A incidência do art. 41-A da Lei nº 9.504/97 exige prova inconteste da ilicitude 
consistente na promessa de bem ou vantagem pessoal capaz de interferir na liberdade 
de voto do cidadão - bem jurídico tutelado pela norma.
6. Na linha da jurisprudência desta Corte, para a configuração do ilícito previsto no art. 
41-A da Lei 9.504/97, a promessa de vantagem pessoal em troca de voto deve 
corresponder a bene�cio a ser ob�do concreta e individualmente por eleitor 
determinado ou determinável.
7. Na espécie, conforme a moldura fá�ca delineada no acórdão regional, não houve 
promessa de bem ou vantagem pessoal, consoante exige a norma em epígrafe, mas, 
sim, promessa dirigida a uma cole�vidade. A delimitação dos des�natários da 
propaganda eleitoral - moradores dos condomínios Nova Caraguá e Jetuba - não re�ra 
o caráter genérico da promessa, uma vez que a isenção da taxa condominial 
beneficiaria os condôminos indis�ntamente.
8. Esta Corte já decidiu que as promessas genéricas, sem o obje�vo de sa�sfazer 
interesses individuais e privados, não são capazes de atrair a incidência do art. 41-A da 
Lei nº 9.504/97.9. É assente, no ordenamento jurídico pátrio, o postulado segundo o qual a boa-fé se 
presume, a má-fé se prova (Recurso Especial Eleitoral nº 47444, Acórdão, Relator(a) 
Min. Tarcisio Vieira De Carvalho Neto, Publicação: DJE - Diário de jus�ça eletrônico, 
Data 30/04/2019).
Outrossim, a vantagem deve ser oferecida de forma pessoal. É certo que não há 
necessidade de se iden�ficar o eleitor, mas, caso seja realizada indis�ntamente, não restará 
configurada a captação ilícita do sufrágio, segundo entendimento do TSE:
De acordo com a jurisprudência do TSE, as 'promessas de campanha dirigidas 
indis�ntamente a eleitores sem referência a pedido de voto não cons�tuem 
captação ilícita de sufrágio, a que alude o art. 41-A da Lei nº 9.504/97' [...]. (TSE - Ac. 
de 24.6.2014 no AgR-AI nº 44498, rel. Min. Luciana Lóssio)
Por outro lado, dada a gravidade da conduta, não se exige a potencialidade lesiva para 
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a configuração da captação ilícita do sufrágio. Basta a comprovação da compra de um voto para 
sua efe�vação.
[...] Ademais, para a condenação por captação ilícita de sufrágio, basta que haja o 
oferecimento, promessa ou doação de bem ou vantagem em troca do voto do eleitor, 
com a par�cipação ou anuência do candidato, não se exigindo a demonstração da 
potencialidade lesiva da conduta ou da significância ou valor da benesse oferecida. 
(TSE - Ac. de 6.5.2010 no AgR-AC nº 76516, rel. Min. Marcelo Ribeiro.)
Impende destacar ainda que, embora o caput do art. 41-A aponte a conduta de o 
“candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor”, o TSE entende ser desnecessária a 
par�cipação direta do candidato, bastando sua anuência, isto é, a par�cipação indireta. 
Em verdade, segundo o TSE, exige-se a constatação de 3 requisitos:
i) a realização de quaisquer das condutas do art. 41-A (doar, oferecer, prometer ou 
entregar bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza a eleitor, bem como pra�car 
violência ou grave ameaça ao eleitor);
ii) anuência do candidato e a evidência do especial fim de obter o voto do eleitor; e
iii) a ocorrência do fato durante o período eleitoral (desde o registro da candidatura 
até o dia da eleição).
1.4. DO FORNECIMENTO GRATUITO DE TRANSPORTE E ALIMENTAÇÃO NO DIA 
DA ELEIÇÃO
Essas condutas estão disciplinadas na Lei nº 6.091/74.
Conforme esse diploma legal, cabe à JE o transporte gratuito de passageiros na zona 
rural em dias de eleição.
Apenas excepcionalmente, a JE requisitará que esse transporte seja realizado por 
par�culares e, preferencialmente, pelos veículos de aluguel. Nesse caso, os serviços 
requisitados serão pagos, até 30 dias depois do pleito, a preços que correspondam aos critérios 
da localidade, cuja despesa será realizada por conta do Fundo Par�dário.
Cumpre registrar que esse transporte de eleitores somente será feito dentro dos 
limites territoriais do respec�vo município e quando das zonas rurais para as mesas receptoras 
distar pelo menos 2 (dois) km.
Tem-se, portanto, que a regra é a vedação de transporte de passageiros. Essa vedação 
ocorre desde o dia ANTERIOR até o dia POSTERIOR À ELEIÇÃO, nos termos do art. 5º da Lei nº 
6.091/74:
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ATENÇÃO!
Art. 5º Nenhum veículo ou embarcação poderá fazer transporte de eleitores desde o 
dia anterior até o posterior à eleição, SALVO:
I - a serviço da Jus�ça Eleitoral;
II - cole�vos de linhas regulares e não fretados;
III - de uso individual do proprietário, para o exercício do próprio voto e dos membros 
da sua família;
IV - o serviço normal, sem finalidade eleitoral, de veículos de aluguel não a�ngidos 
pela requisição de que trata o art. 2º.
O eleitor não pode se eximir de votar sob a alegação de ausência ou deficiência do transporte.
Do mesmo modo que o transporte, somente a JE poderá fornecer alimentação aos 
eleitores, quando imprescindível, em razão da absoluta carência de recursos de eleitores da 
zona rural, cujas despesas correrão por conta do Fundo Par�dário.
Por fim, frisa-se a vedação aos candidatos ou órgãos par�dários, ou a qualquer pessoa, 
do fornecimento de transporte ou refeição aos eleitores da zona urbana, cons�tuindo crime 
eleitoral a transgressão dessa proibição.
Transcreve-se os ar�gos da Lei 6.091/74 em questão:
Art. 10. É vedado aos candidatos ou órgãos par�dários, ou a qualquer pessoa, o 
fornecimento de transporte ou refeições aos eleitores da ZONA URBANA.
Art. 11. Cons�tui crime eleitoral:
III - descumprir a proibição dos ar�gos 5º, 8º e 10º;
Pena - reclusão de quatro a seis anos e pagamento de 200 a 300 dias-multa (art. 302 do 
Código Eleitoral);
Por fim, segue uma esquema�zação sobre o transporte de eleitores:
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2. LEGISLAÇÃO
Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleições)
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas 
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
I - ceder ou usar, em bene�cio de candidato, par�do polí�co ou coligação, bens móveis ou 
imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Territórios e dos Municípios, ressalvada a realização de convenção par�dária;
II - usar materiais ou serviços, custeados pelos Governos ou Casas Legisla�vas, que excedam as 
prerroga�vas consignadas nos regimentos e normas dos órgãos que integram;
III - ceder servidor público ou empregado da administração direta ou indireta federal, estadual 
ou municipal do Poder Execu�vo, ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral 
de candidato, par�do polí�co ou coligação, durante o horário de expediente normal, salvo se o 
servidor ou empregado es�ver licenciado;
IV - fazer ou permi�r uso promocional em favor de candidato, par�do polí�co ou coligação, de 
distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo 
Poder Público;
V - nomear, contratar ou de qualquer forma admi�r, demi�r sem justa causa, suprimir ou 
readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex 
officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos três 
meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, 
RESSALVADOS:
a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de 
confiança;
b) a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou 
Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República;
c) a nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início daquele prazo;
d) a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de 
serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Execu�vo;
e) a transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes penitenciários;
VI - nos três meses que antecedem o pleito:
a) realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios, e dos 
Estados aos Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos 
des�nados a cumprir obrigação formal preexistente para execução de obra ou serviço em 
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andamento e com cronogramaprefixado, e os des�nados a atender situações de emergência e 
de calamidade pública;
b) com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado, 
autorizar publicidade ins�tucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos 
órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respec�vas en�dades da 
administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim 
reconhecida pela Jus�ça Eleitoral;
c) fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral gratuito, 
salvo quando, a critério da Jus�ça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e 
caracterís�ca das funções de governo;
VII - realizar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos órgãos 
públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respec�vas en�dades da administração 
indireta, que excedam a média dos gastos no primeiro semestre dos três úl�mos anos que 
antecedem o pleito; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
VIII - fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públicos 
que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisi�vo ao longo do ano da eleição, a 
par�r do início do prazo estabelecido no art. 7º desta Lei e até a posse dos eleitos.
§ 1º Reputa-se agente público, para os efeitos deste ar�go, quem exerce, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou 
qualquer outra forma de inves�dura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nos 
órgãos ou en�dades da administração pública direta, indireta, ou fundacional.
§ 2º A vedação do inciso I do caput não se aplica ao uso, em campanha, de transporte oficial 
pelo Presidente da República, obedecido o disposto no art. 76, nem ao uso, em campanha, 
pelos candidatos a reeleição de Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, de suas residências oficiais 
para realização de contatos, encontros e reuniões per�nentes à própria campanha, desde que 
não tenham caráter de ato público.
§ 3º As vedações do inciso VI do caput, alíneas b e c, aplicam-se apenas aos agentes públicos das 
esferas administra�vas cujos cargos estejam em disputa na eleição.
§ 4º O descumprimento do disposto neste ar�go acarretará a suspensão imediata da conduta 
vedada, quando for o caso, e sujeitará os responsáveis a multa no valor de cinco a cem mil UFIR.
§ 5º Nos casos de descumprimento do disposto nos incisos do caput e no § 10, sem prejuízo do 
disposto no § 4º, o candidato beneficiado, agente público ou não, ficará sujeito à cassação do 
registro ou do diploma.
§ 6º As multas de que trata este ar�go serão duplicadas a cada reincidência.
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§ 7º As condutas enumeradas no caput caracterizam, ainda, atos de improbidade administra�va, 
a que se refere oo art. 11, inciso I, da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, e sujeitam-se às 
disposições daquele diploma legal, em especial às cominações do art. 12, inciso III.
§ 8º Aplicam-se as sanções do § 4º aos agentes públicos responsáveis pelas condutas vedadas e 
aos par�dos, coligações e candidatos que delas se beneficiarem.
§ 9º Na distribuição dos recursos do Fundo Par�dário (Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995) 
oriundos da aplicação do disposto no § 4º, deverão ser excluídos os par�dos beneficiados 
pelos atos que originaram as multas.
§ 10. No ano em que se realizar eleição, fica proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou 
bene�cios por parte da Administração Pública, exceto nos casos de calamidade pública, de 
estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução 
orçamentária no exercício anterior, casos em que o Ministério Público poderá promover o 
acompanhamento de sua execução financeira e administra�va. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 
2006)
§ 11. Nos anos eleitorais, os programas sociais de que trata o § 10 não poderão ser executados 
por en�dade nominalmente vinculada a candidato ou por esse man�da. (Incluído pela Lei nº 
12.034, de 2009)
§ 12. A representação contra a não observância do disposto neste ar�go observará o rito do art. 
o22 da Lei Complementar n 64, de 18 de maio de 1990, e poderá ser ajuizada até a data da 
diplomação. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 13. O prazo de recurso contra decisões proferidas com base neste ar�go será de 3 (três) dias, a 
contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009
Art. 74. Configura abuso de autoridade, para os fins do disposto no art. 22 da Lei Complementar 
nº 64, de 18 de maio de 1990, a infringência do disposto no § 1º do art. 37 da Cons�tuição 
Federal, ficando o responsável, se candidato, sujeito ao cancelamento do registro ou do 
diploma. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
Art. 75. Nos três meses que antecederem as eleições, na realização de inaugurações é vedada a 
contratação de shows ar�s�cos pagos com recursos públicos.
Parágrafo único. Nos casos de descumprimento do disposto neste ar�go, sem prejuízo da 
suspensão imediata da conduta, o candidato beneficiado, agente público ou não, ficará sujeito à 
cassação do registro ou do diploma. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Art. 76. O ressarcimento das despesas com o uso de transporte oficial pelo Presidente da 
República e sua comi�va em campanha eleitoral será de responsabilidade do par�do polí�co 
ou coligação a que esteja vinculado.
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§ 1º O ressarcimento de que trata este ar�go terá por base o �po de transporte usado e a 
respec�va tarifa de mercado cobrada no trecho correspondente, ressalvado o uso do avião 
presidencial, cujo ressarcimento corresponderá ao aluguel de uma aeronave de propulsão a 
jato do �po táxi aéreo.
§ 2º No prazo de dez dias úteis da realização do pleito, em primeiro turno, ou segundo, se 
houver, o órgão competente de controle interno procederá ex officio à cobrança dos valores 
devidos nos termos dos parágrafos anteriores.
§ 3º A falta do ressarcimento, no prazo es�pulado, implicará a comunicação do fato ao 
Ministério Público Eleitoral, pelo órgão de controle interno.
§ 4º Recebida a denúncia do Ministério Público, a Jus�ça Eleitoral apreciará o feito no prazo de 
trinta dias, aplicando aos infratores pena de multa correspondente ao dobro das despesas, 
duplicada a cada reiteração de conduta.
Art. 77. É proibido a qualquer candidato comparecer, nos 3 (três) meses que precedem o pleito, 
a inaugurações de obras públicas. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
Parágrafo único. A inobservância do disposto neste ar�go sujeita o infrator à cassação do 
registro ou do diploma. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
Art. 78. A aplicação das sanções cominadas no art. 73, §§ 4º e 5º, dar-se-á sem prejuízo de outras 
de caráter cons�tucional, administra�vo ou disciplinar fixadas pelas demais leis vigentes.
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3. JURISPRUDÊNCIA
JULGADOS DO TSE
- Recurso ordinário. Eleições 2014. Governador. Ação de inves�gação judicial eleitoral (AIJE). 
Conduta vedada. Art. 73, VIII, da Lei 9.504/97. Abuso de poder polí�co. Art. 22 da LC n° 64/90. 
Revisão geral da remuneração acima da inflação. Configuração. Gravidade. Parâmetro adotado 
a par�r da LC n° 135/2010. Inclusão do inciso XVI ao art. 22 da LC n° 64/90. Potencialidade. 
Critério superado. Opção legisla�va.Mandato. Transcurso do prazo. Cassação prejudicada. 
Inelegibilidade. Incidência. Resultado ú�l e prá�co do recurso. Preservação nessa parte. 
Reforma parcial do acórdão regional. Recurso ordinário do parquet. Provimento. Recurso 
especial do inves�gado. Recebimento na via ordinária. Fungibilidade. Desprovimento. [...] 7. O 
abuso do poder polí�co decorre da u�lização da estrutura da administração pública em 
bene�cio de determinada candidatura ou, ainda, como forma de prejudicar adversário. 8. A 
par�r da Lei Complementar n° 13512010, que inseriu inciso XVI ao art. 22 da Lei Complementar 
n° 64/90, não mais se cogita de potencialidade como critério para configuração do abuso de 
poder, mas apenas a gravidade do ato perpetrado. 9. ln casu, a própria corrente majoritária 
formada no TRE/RJ reconheceu que 'o ato é grave, mas não [ ... ] capaz de abalar o pleito a ponto 
de invalidá-lo. A Jus�ça Eleitoral tem o dever de proteger, dentro do possível, o voto, não o 
polí�co ou candidato. Não se jus�fica invalidar 4.343.298 votos'(fI. 1997). 10. O prejuízo à 
normalidade e à legi�midade do pleito, dado o contexto revelador de gravidade, foi 
reconhecido pelo TSE, sobremodo ante a revisão remuneratória - em patamares superiores à de 
mera recomposição inflacionária - de 24 (vinte e quatro) categorias profissionais do Estado do 
Rio de Janeiro, o que representou, na época, 336.535 servidores públicos. Jus�ficada, na quadra 
da conduta vedada, a imposição da pena mais grave. No âmbito do abuso de poder, que não 
admite gradações sancionatórias, a procedência da AIJE. 11. Logo, merece reforma parcial o 
acórdão regional, pelo qual imposta apenas a sanção de multa por conduta vedada, pois, 
embora assentada a gravidade, trilhou-se, cumula�vamente, o caminho da potencialidade, em 
contrariedade às normas de regência e à jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral. 12. 
Tendo sido a ação julgada parcialmente procedente na origem, o transcurso do prazo do 
mandato não inviabiliza, por si só, a modificação do decisum na linha da procedência in totum, 
uma vez não esgotado o prazo da inelegibilidade. 13. Recurso especial de Luiz Fernando de 
Souza recebido como ordinário e a ele negado provimento. Recurso ordinário do Parquet 
provido para julgar totalmente procedente a AIJE (Ac. de 9.4.2019 no RO nº 763425, rel. Min. 
João Otávio de Noronha, red. designado Min. Tarcisio Vieira de Carvalho Neto).
- A configuração de captação ilícita de sufrágio (art. 41-A da Lei 9.504/97) demanda a existência 
de prova robusta de que a doação, o oferecimento, a promessa ou a entrega da vantagem tenha 
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sido feita em troca de votos, o que não ficou comprovado nos autos. 2. Conforme a 
jurisprudência do TSE, o fornecimento de comida e bebida a serem consumidas durante evento 
de campanha, por si só, não configura captação ilícita de sufrágio. 3. A alteração das conclusões 
do aresto regional com fundamento nos fatos nele delineados não implica reexame de fatos e 
provas. Na espécie, a mudança do que decidido pela Corte Regional quanto à finalidade de 
angariar votos ilicitamente foi realizada nos limites da moldura fá�ca do acórdão, sem a 
necessidade de reexame fá�co-probatório [...]. (TSE - Ac. de 28.4.2015 no AgR-REspe nº 47845, 
rel. Min. João Otávio de Noronha.)
- Não se reveste de relevante força probatória para a condenação por captação ilícita de sufrágio 
a testemunha que não presenciou os fatos, mas apenas ouviu relato de terceiros que 
supostamente teriam conhecimento do ilícito (testemunhos de "ouvir dizer") (TSE - Recurso 
Especial Eleitoral nº 66863, Acórdão, Relator(a) Min. Tarcisio Vieira De Carvalho Neto, 
Publicação: 24/09/2019).
- Consoante a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, a captação ilícita de sufrágio pode ser 
comprovada mediante prova exclusivamente testemunhal, desde que demonstrada, de forma 
inconteste, a ocorrência de uma das condutas previstas no art. 41-A da Lei nº 9.504/97. 2. 
Conforme se infere do acórdão regional, o conjunto probatório - depoimentos prestados no 
processo de inves�gação prévia e fotografias que atestam os fatos -, reforçado pelos depoimentos 
das testemunhas, comprova a distribuição de materiais de construção e de dinheiro pela 
agravante em troca de votos. Configuração do ilícito do art. 41-A da Lei nº 9.504/97 [...]. (TSE - Ac. 
de 25.11.2014 no AgR-REspe nº 36552, rel. Min. João Otávio de Noronha.)
- É incabível aferir a potencialidade lesiva em se tratando da prá�ca de captação ilícita de 
sufrágio. [...]. (TSE - Ac. de 1º.3.2007 no REspe nº 26.118, rel. Min. Gerardo Grossi.)
- “[...] Captação ilícita de sufrágio. Pedido expresso de voto. [...] 4. A jurisprudência desta Corte, 
antes mesmo da entrada em vigor da Lei nº 12.034/09, já se havia firmado no sen�do de que, 
para a caracterização de captação ilícita de sufrágio, é desnecessário o pedido explícito de votos, 
bastando a anuência do candidato e a evidência do especial fim de agir. Descabe, assim, falar em 
aplicação retroa�va do novel diploma legal na hipótese. [...]” (TSE - Ac. de 5.4.2011 no AI nº 
392027, rel. Min. Marcelo Ribeiro.)
- Ação de impugnação de mandato ele�vo. Eleições de 1998. Governador e vice-governador. 
Abuso de poder econômico, corrupção e fraude. Distribuição de �tulos de domínio a ocupantes 
de lotes. Não-caracterização em face da prova coligida. Potencialidade para repercu�r no 
resultado das eleições. Não-ocorrência. Fato isolado que não evidencia, por si só, a existência de 
abuso de poder econômico, corrupção ou fraude, tampouco a potencialidade necessária para 
influir no resultado das eleições. Recurso ordinário �do por prejudicado, em parte, e desprovido 
no restante. (TSE - Ac. no 502, de 4.6.2002, rel. Min. Barros Monteiro.)
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ATENÇÃO!
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- A aferição da gravidade, para fins da caracterização do abuso de poder, deve levar em conta as 
circunstâncias do fato em si, não se prendendo a eventuais implicações no pleito, muito embora 
tais implicações, quando existentes, reforcem a natureza grave do ato (TSE - AgR-REspe nº 259-
52/RS, DJe de 14.8.2015).
- Para caracterizar a conduta vedada prevista no art. 73, § 10, da Lei 9.504/97, não é necessário 
demonstrar caráter eleitoreiro ou promoção pessoal do agente público, bastando a prá�ca do ato 
ilícito (AgR-REspe 36.026 [42074-81]/BA, Rel. Min. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, DJe de 5.5.2011).
- A adoção de critérios técnicos previamente estabelecidos, além da exigência de contrapar�das 
a serem observadas pelos pais e alunos, também descaracterizam a conduta vedada em exame 
(art. 73, § 10, da Lei 9.504/97), pois não se configurou o elemento norma�vo segundo o qual a 
distribuição de bens, valores ou bene�cios deve ocorrer de forma gratuita (REspe 555-47/PA, 
Rel. Min. JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, DJe de 21.10.2015).
- A norma do § 10 do ar�go 73 da Lei nº 9.504/1997 é obstáculo a ter-se, no ano das eleições, o 
implemento de bene�cio fiscal referente à dívida a�va do Município bem como o 
encaminhamento à Câmara de Vereadores de projeto de lei, no aludido período, obje�vando a 
previsão norma�va voltada a favorecer inadimplentes. (TSE - Ac. de 20.9.2011 na Cta nº 153169, 
rel. Min. Marco Aurélio.)
Não obstante, em regra, não poder ser concedido esses bene�cios fiscais no ano da eleição, 
em atenção ao art. 73, § 10, da Lei das Eleições, o TSE, ao analisar o caso concreto de renúncia 
fiscal realizado pelo Estado da Paraíba no ano da eleição, entendeu que tal conduta não 
configurara a distribuição gratuitade bens porque: i) colocação de critérios obje�vos para 
serem preenchidos pelo contribuinte, não tendo sido o bene�cio concedido a todos; ii) já 
havia uma polí�ca fiscal no Estado, de outras administrações anteriores, concedendo esses 
bene�cios fiscais; iii) não houve prejuízo para a Administração Pública, mas, ao contrário, um 
aumento na arrecadação de receitas; iv) toda concessão do bene�cio fiscal seguiu o decidido 
no convênio do CONFAZ. Diante de tais circunstâncias, o TSE entendeu que, no caso 
analisado, não houve uma concessão gratuita dos bene�cios e, assim, não se perfez uma 
conduta vedada. (TSE - Recurso Ordinário nº 171821, João Pessoa/PB, rel. Min. Napoleão 
Nunes Maia Filho, julgado em 24.4.2018.)
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1. (FAURGS/TJRS/JUIZ DE DIREITO/2016) Tendo 
em vista as condutas vedadas do ar�go 73 da 
Lei nº 9.504/1997, assinale a alterna�va 
correta. 
a) No ano em que se realizar eleição, é proibido 
a o s a g e n t e s p ú b l i c o s d a s e s f e r a s 
administra�vas cujos cargos estejam em 
disputa na eleição fazer pronunciamento em 
cadeia de rádio e televisão, fora do horário 
eleitoral gratuito. 
b) No primeiro semestre do ano de eleição, é 
proibido remover, transferir ou exonerar 
servidor público, na circunscrição do pleito. 
c) No ano em que se realizar eleição, é proibida 
toda e qualquer distribuição gratuita de bens, 
v a l o r e s o u b e n e � c i o s p o r p a r t e d a 
Administração Pública. 
d) No primeiro semestre do ano de eleição, é 
proibido realizar transferência voluntária de 
recursos da União aos Estados e Municípios, e 
dos Estados aos Municípios. 
e) No primeiro semestre do ano de eleição, é 
proibido realizar despesas com publicidade 
dos órgãos públicos que excedam a média dos 
gastos do primeiro semestre dos três úl�mos 
anos que antecedem o pleito. 
2. (CESPE/TJDFT/JUIZ DE DIREITO/2015) 
Assinale a opção correta acerca da captação 
ilícita de sufrágio.
a) Para que determinada conduta seja 
caracterizada como captação ilícita de 
sufrágio, é indispensável a demonstração de 
potencialidade lesiva ao resultado das 
eleições.
b) Para a caracterização da captação ilícita de 
sufrágio, exige-se a iden�ficação dos eleitores 
que receberam dádivas em troca de seus 
votos.
c) A promessa de dádiva para o eleitor que se 
comprometer a não votar em candidato 
adversário caracteriza captação ilícita de sufrágio.
d) O dolo específico para a caracterização de 
captação ilícita de sufrágio exige pedido 
expresso de voto.
e) Haverá captação ilícita de sufrágio se o 
candidato, embora sem conhecimento, for 
beneficiado por oferta de dádivas realizada 
por terceiros em seu nome a eleitores.
3. (VUNESP/TJRO/JUIZ DE DIREITO/2019) O 
prefeito do município “A”, no exercício do 
cargo e candidato à reeleição, procedeu a 
confecção e distribuição de uniformes para os 
alunos da rede municipal com verbas 
repassadas pela União e, no ano em que se 
realizará a eleição, efe�vou a entrega, 
inclusive, com cerimônia realizada por 
en�dade man�da por ele e mediante 
gravação para divulgação à imprensa local. 
Com base nessa conduta, o referido prefeito: 
a) não responderá a qualquer responsabilização, 
pois a conduta não é ilícita. 
b) poderá ser condenado a pagamento de multa 
de cinco a dez mil Ufir somente a ele, além de 
cassação do registro ou do diploma, após o 
regular processamento de representação 
eleitoral.
c) poderá ser condenado a pagamento de multa 
de cinco a cinquenta mil Ufir a ele e ao par�do, 
após o regular processamento de ação de 
inves�gação judicial eleitoral. 
d) poderá ser condenado a pagamento de multa 
de cinco a cem mil Ufir, além de cassação do 
registro ou do diploma, após o regular 
processamento da ação de inves�gação 
judic ia l e le itoral e eventual ação de 
improbidade administra�va. 
4. QUESTÕES DE CONCURSOS
OBSERVAÇÕES: Ler os comentários somente após a tenta�va de resolução das questões sem consulta.
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e) poderá ser condenado a pagamento de multa 
de R$ 5.000,00 a R$ 10.000,00 após o regular 
processamento da representação eleitoral.
4. (NC-UFPR/TJPR/JUIZ DE DIREITO/2013) 
Cícero, candidato à reeleição como prefeito, 
cedeu servidor público municipal para 
trabalhar em seu comitê durante a campanha 
eleitoral. Tratando-se de matéria vinculada às 
condutas vedadas previstas em lei (art. 73, da 
Lei Eleitoral) e cuidando de representação 
jurisdicional eleitoral, considere as seguintes 
afirma�vas:
1- Caso o servidor seja ocupante de cargo em 
comissão para assessoramento, de estrita 
confiança do prefeito, não há qualquer 
impedimento legal para tal cessão.
2- Se o servidor �ver autorização expressa de seu 
superior hierárquico para pra�car atos de 
campanha, não há incidência da conduta vedada.
3- O servidor pode fazer campanha para o 
candidato desde que não seja durante o 
horário de expediente normal, salvo se o 
servidor ou empregado es�ver licenciado.
Assinale a alterna�va correta. 
a) Somente a afirma�va 1 é verdadeira. 
b) Somente a afirma�va 2 é verdadeira. 
c) Somente a afirma�va 3 é verdadeira.
d) Somente as afirma�vas 1 e 3 são verdadeiras.
5. (FCC/TJPE/JUIZ DE DIREITO/2013) É proibido 
aos agentes públicos, servidores ou não, 
nomear, contratar ou de qualquer forma 
admi�r, demi�r sem justa causa, suprimir ou 
readaptar vantagens ou por outros meios 
dificultar ou impedir o exercício funcional e, 
ainda, ex officio, remover, transferir ou 
exonerar servidor público, na circunscrição do 
pleito, nos três meses que o antecedem e até 
a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de 
pleno direito, com ressalvas legais que NÃO 
incluem a: 
a) nomeação ou contratação necessária à 
instalação ou ao funcionamento inadiável de 
serviços públicos essenciais, com prévia e 
expressa autorização do Chefe do Poder 
Execu�vo.
b) transferência ou remoção ex officio de 
mil itares, policiais civis e de agentes 
penitenciários.
c) nomeação ou exoneração de cargos em 
comissão e designação ou dispensa de funções 
de confiança.
d) nomeação para cargos do Poder Judiciário, do 
Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos 
de Contas e dos órgãos da Presidência da 
República.
e) nomeação dos aprovados em concursos 
p ú b l i co s co n c l u í d o s , a i n d a q u e n ã o 
homologados, até o início daquele prazo.
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4.1 COMENTÁRIOS
1. E
LETRA A - ERRADA
Lei das Eleições
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, 
servidores ou não, as seguintes condutas 
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades 
entre candidatos nos pleitos eleitorais:
VI - nos três meses que antecedem o pleito: 
c) fazer pronunciamento em cadeia de rádio e 
televisão, fora do horário eleitoral gratuito, salvo 
quando, a critério da Jus�ça Eleitoral, tratar-se de 
matéria urgente, relevante e caracterís�ca das 
funções de governo;
LETRA B - ERRADA
Lei das Eleições
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, 
servidores ou não, as seguintes condutas 
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades 
entre candidatos nos pleitos eleitorais:
V - nomear, contratar ou de qualquer forma 
admi�r, demi�r sem justa causa, suprimir ou 
readaptar vantagens ou por outros meios dificultar 
ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, 
remover, transferir ou exonerar servidor público, 
na circunscrição do pleito, nos três meses que o 
antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena denulidade de pleno direito, ressalvados:
LETRA C - ERRADA
Lei das Eleições
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, 
servidores ou não, as seguintes condutas 
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades 
entre candidatos nos pleitos eleitorais:
§ 10. No ano em que se realizar eleição, fica 
proibida a distribuição gratuita de bens, valores 
ou bene�cios por parte da Administração Pública, 
exceto nos casos de calamidade pública, de 
estado de emergência ou de programas sociais 
a u t o r i za d o s e m l e i e j á e m exe c u ç ã o 
orçamentária no exercício anterior, casos em que 
o Ministério Público poderá promover o 
acompanhamento de sua execução financeira e 
administra�va
LETRA D - ERRADA
Lei das Eleições
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, 
servidores ou não, as seguintes condutas 
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades 
entre candidatos nos pleitos eleitorais:
VI - nos três meses que antecedem o pleito:
a) realizar transferência voluntária de recursos 
da União aos Estados e Municípios, e dos Estados 
aos Municípios, sob pena de nulidade de pleno 
direito, ressalvados os recursos des�nados a 
cumprir obrigação formal preexistente para 
execução de obra ou serviço em andamento e 
com cronograma prefixado, e os des�nados a 
atender s i tuações de emergência e de 
calamidade pública;
LETRA E - CORRETA
Lei das Eleições
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, 
servidores ou não, as seguintes condutas 
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades 
entre candidatos nos pleitos eleitorais:
VII - realizar, no primeiro semestre do ano de 
eleição, despesas com publicidade dos órgãos 
públicos federais, estaduais ou municipais, ou 
das respec�vas en�dades da administração 
indireta, que excedam a média dos gastos no 
primeiro semestre dos três úl�mos anos que 
antecedem o pleito;
2. C
LETRA A – ERRADA
“Ademais, para a condenação por captação ilícita 
de sufrágio, basta que haja o oferecimento, 
promessa ou doação de bem ou vantagem em 
troca do voto do eleitor, com a par�cipação ou 
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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anuência do candidato, não se exigindo a 
demonstração da potencialidade lesiva da 
conduta ou da significância ou valor da benesse 
oferecida." (TSE - Ac. de 6.5.2010 no AgR-AC nº 
76516, rel. Min. Marcelo Ribeiro.)
LETRA B – ERRADA
“[...]. Representação. Captação ilícita de sufrágio. 
Art. 41-A da Lei nº 9.504/97. Não-caracterizado. 
[...]. A jurisprudência desta Corte não exige a 
iden�ficação do eleitor para caracterizar a conduta 
do art. 41-A da Lei das Eleições. Todavia, nessa 
hipótese, deve ter cautela redobrada. [...].” (TSE - 
Ac. de 6.3.2008 no REspe nº 28.441, rel. Min. José 
Delgado, rel. designado Min. Marcelo Ribeiro.)
LETRA C – CORRETA
1. O núcleo do ar�go 41-A da Lei nº 9.504/1997 
não exige, para a sua configuração, apenas a 
entrega do bem ou da vantagem pessoal, 
contentando-se com o oferecimento ou a 
promessa de entrega, a fim de obter o voto do 
eleitor. (TSE - Ac. de 29.8.2013 no REspe nº 
403803, rel. Min. Henrique Neves, red. designado 
Min. Luciana Lóssio.)
LETRA D – ERRADA
Lei das Eleições
Art. 41-A.
§ 1º Para a caracterização da conduta ilícita, é 
DESNECESSÁRIO o pedido explícito de votos, 
bastando a evidência do dolo, consistente no 
especial fim de agir.
LETRA E – ERRADA
A caracterização da captação ilícita de sufrágio 
pressupõe a ocorrência simultânea dos seguintes 
requisitos: a) prá�ca de uma das condutas previstas 
no art. 41-A da Lei 9.504/97; b) fim específico de 
obter o voto do eleitor; c) par�cipação ou anuência 
do candidato beneficiário na prá�ca do ato. (TSE - 
Ac. de 1.12.2011 no AgR-REspe nº 815659, rel. Min. 
Nancy Andrighi.)
Assim, necessita-se da anuência ou par�cipação 
do candidato.
3. D
Lei 9.504/97
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, 
servidores ou não, as seguintes condutas 
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades 
entre candidatos nos pleitos eleitorais:
IV - fazer ou permi�r uso promocional em favor 
de candidato, par�do polí�co ou coligação, de 
distribuição gratuita de bens e serviços de 
caráter social custeados ou subvencionados pelo 
Poder Público;
§ 4º O descumprimento do disposto neste ar�go 
acarretará a suspensão imediata da conduta 
vedada, quando for o caso, e sujeitará os 
responsáveis a multa no valor de cinco a cem mil 
UFIR.
§ 10. No ano em que se realizar eleição, fica 
proibida a distribuição gratuita de bens, valores 
ou bene�cios por parte da Administração Pública, 
exceto nos casos de calamidade pública, de estado 
de emergência ou de programas sociais 
autorizados em lei e já em execução orçamentária 
no exercício anterior, casos em que o Ministério 
Público poderá promover o acompanhamento de 
sua execução financeira e administra�va. (Incluído 
pela Lei nº 11.300, de 2006)
Art. 74. Configura abuso de autoridade, para os fins 
do disposto no art. 22 da Lei Complementar nº 64, 
de 18 de maio de 1990, a infringência do disposto 
no § 1º do art. 37 da Cons�tuição Federal, ficando o 
responsável, se candidato, sujeito ao cancelamento 
do registro ou do diploma. 
Art. 78. A aplicação das sanções cominadas no 
art. 73, §§ 4º e 5º, dar-se-á sem prejuízo de 
outras de caráter cons�tucional, administra�vo 
ou disciplinar fixadas pelas demais leis vigentes.
4. C
O item 1 está errado porque o servidor em 
comissão apenas pode ser nomeado ou 
exonerado (art. 73, V, “a”, Lei das Eleições). Não 
há disposi�vo que lhe permita a cessão.
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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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O item 2 está errado porque a Lei não traz essa 
exceção.
O item 3 está correto, diante do art. 73, III, da Lei 
das Eleições:
Lei das Eleições
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, 
servidores ou não, as seguintes condutas 
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades 
entre candidatos nos pleitos eleitorais: 
III - ceder servidor público ou empregado da 
administração direta ou indireta federal, estadual 
ou municipal do Poder Execu�vo, ou usar de seus 
serviços, para comitês de campanha eleitoral de 
candidato, par�do polí�co ou coligação, durante 
o horário de expediente normal, salvo se o 
servidor ou empregado es�ver licenciado;
5. E
Lei das Eleições
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, 
servidores ou não, as seguintes condutas 
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades 
entre candidatos nos pleitos eleitorais:
V - nomear, contratar ou de qualquer forma 
admi�r, demi�r sem justa causa, suprimir ou 
readaptar vantagens ou por outros meios dificultar 
ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, 
remover, transferir ou exonerar servidor público, 
na circunscrição do pleito, nos três meses que o 
antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de 
nulidade de pleno direito, RESSALVADOS:
a) a nomeação ou exoneração de cargos em 
comissão e designação ou dispensa de funções 
de confiança; (LETRA C - CORRETA)
b) a nomeação para cargos do Poder Judiciário, 
do Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos 
de Contas e dos órgãos da Presidência da 
República; (LETRA D - CORRETA)
c) a nomeação dos aprovados em concursos 
públicos homologados até o início daquele prazo; 
(LETRA E – CORRETA)
d) a nomeação ou contratação necessária à 
instalação ou ao funcionamento inadiável de 
serviços públicos essenciais, com prévia e 
expressa autorização do Chefe do Poder 
Execu�vo; (LETRA A - CORRETA)
e) a transferência ou remoção ex officio de 
m i l i ta re s , p o l i c i a i s c i v i s e d e a ge nte s 
penitenciários. (LETRA B - INCORRETA).
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