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p-valor - Itens essenciais em bioestatística

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1 
 
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás 
Saúde, Família e Comunidade IV – Bioestatística II 
 
Aluno: Rafael Caetano da Silva Santana 
 
 
RESUMO: “ITENS ESSENCIAIS EM BIOESTATÍSTICA” 
 
 Desde o século XVII, a estatística vem sido utilizada em diversas áreas do 
conhecimento como método de análise, tanto dentro quanto fora das exatas. Com 
suas técnicas em desenvolvimento e resultados confiáveis, cada vez mais os médicos 
usaram esse campo para suas análises científicas, a um ponto que foi criada até 
mesmo uma vertente para as áreas da saúde, a bioestatística. 
 Nos estudos da bioestatística, costuma-se utilizar o teste de hipóteses para 
sugerir explicações para os fatos estudados, sendo levantada uma hipótese nula (Ho), 
para indicar que os fatores estudados não interferem nos resultados, e uma hipótese 
alternativa (H1), que sugere uma interferência dos fatores quanto a H0 pode ser 
rejeitada. Por exemplo, em um estudo sobre as chances de um infarto agudo do 
miocárdio (IAM) em pessoas obesas e não obesas, a H0 indicaria que a obesidade 
não afeta nos riscos do IAM, enquanto a H1 indicaria que há interferência. 
 Todavia, apesar de ser uma disciplina das exatas, os testes de hipóteses 
podem apresentar erros, como quando se encontra uma associação que não existe, 
ou quando se rejeita uma relação que existe (erros tipo I e tipo II, respectivamente). A 
probabilidade do erro tipo I ocorrer em um estudo é denominada nível de significância, 
representada por a. 
 Até para os estatísticos, o estudo do nível descritivo (p) pode ser complexo, 
mas, de modo geral, é definido como o menor valor de a para se rejeitar H0, ou, 
consequentemente, a menor chances de erro ao aceitar o H1, ou ao assumir que existe 
uma significância estatística nos resultados. Para maior confiabilidade, é melhor que 
o valor de p seja pequeno o suficiente para concluir a existência da significância em 
uma margem de erro aceitável. 
 2 
 De forma geral, o a define um limite de erro máximo permitido e é definido pelo 
pesquisador. Já o p-valor é um resultado encontrado com cálculos e indica a menor 
chance de erro que podemos estar cometendo. Portanto, no estudo, quando se 
encontra que p < a, aceita-se o resultado encontrado. Entretanto, se p > a, a chance 
mínima de estar sendo cometido um erro é maior que o limite máximo aceitado, 
fazendo com que não se aceite o resultado encontrado, devido à chance de um erro 
estar sendo cometido. Além disso, quantificar o p-valor pode dar uma noção de quais 
as chances de a conclusão não cair em erros. Por exemplo, um p-valor de 0,0002 é 
muito mais significante que um p-valor de 0,048. 
 Sobre intervalos na estatística, eles existem mostrando e dando uma sensação 
de variabilidade nos valores do estudo, todavia, quanto menor o intervalo, mais 
preciso é o valor indicado. O mais conhecido é o “intervalo de confiança”, que permite 
calcular uma probabilidade de erro a partir da variância conhecida, podendo ser 
construídos com diferentes coeficientes de confiança. 
 É importante saber analisar na prática o que os resultados do estudo em 
bioestatística significam. Muitas vezes, os valores numéricos obtidos podem não 
apresentar muita importância, porém, quando transferidos para sua representação na 
clínica, podem ser de extrema relevância. Assim, um resultado “estatisticamente 
importante” pode não ser “clinicamente importante” e vice-versa. A importância dos 
valores descobertos na prática não deve ser definida pelo bioestatístico, mas sim por 
um profissional da área da pesquisa. Dessa forma, podem haver diversas situações: 
quando os resultados são importantes na estatística e na clínica, quando são 
importantes apenas em uma das áreas e quando não são importantes em nenhuma 
delas. 
 Por fim, é importante saber o tamanho da amostra para que os resultados 
encontrados realmente possam ser aplicados em todo o plano real estudado. Para 
isso, é preciso realizar um plano detalhado para definir a amostra levando em conta 
as características do estudo. Isso é importante tanto para evitar erros estatísticos 
quanto para economia, pois muitas vezes o pesquisador utiliza uma amostra muito 
maior do que a necessária para o seu estudo. A técnica estatística utilizada para 
analisar essa amostra é altamente variável, pois na prática a Estatística não é 
completamente objetiva, sendo que cada caso carece de um estudo individual. 
 
 
 3 
REFERÊNCIA 
 
PAES A.T. Itens essenciais em bioestatística. Arq Bras Cardiol, v. 71, n. 4, p. 575-
80, 1998.

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