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Tema 07_ Caminhos para o combate à violência obstetrícia no Brasil

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Tema de Redação – Monitor Marcos Teodoro 
Tema: Caminhos para o combate à violência obstetrícia no Brasil 
Data: 28/05/2021 
 
 
Caminhos para o combate à violência obstetrícia no Brasil 
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO 
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. 
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas 
copiadas desconsiderado para efeito de correção. 
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 
4.1 tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”. 
4.2 fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 
4.3 apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. 
4.4 apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto. 
TEXTOS MOTIVADORES 
TEXTO I 
Entende-se por violência obstétrica qualquer ato exercido 
por profissionais da saúde no que cerne ao corpo e aos 
processos reprodutivos das mulheres, exprimindo através 
de uma atenção desumanizada, abuso de ações 
intervencionistas, medicalização e a transformação 
patológica dos processos de parturição fisiológicos (JUARES 
et al; 2012 apud ANDRADE; AGGIO, 2014, p. 1). 
De acordo com Andrade e Aggio (2014, p. 5 apud BRASIL, 
2001), 
“A medicalização envolta no processo de trabalho de parto e 
parto vem retirando o protagonismo da mulher, onde o 
profissional da saúde passa de coadjuvante a ator principal 
dessa experiência, enfatizando o aspecto patológico e 
biológico como se a gravidez fosse doença, e reforçando as 
relações desiguais, o que pode vir a contribuir para o grande 
número de intervenções desnecessárias, como consequência 
a violência obstétrica e de gênero”. 
A violência obstétrica tem implicações sobre a 
morbimortalidade materna. Dentre os motivos estão: (a) o 
manejo agressivo do parto vaginal; (b) o constrangimento 
ou coerção à cesárea; (c) a negligência em atender mulheres 
que expressam seu sofrimento ou que pedem ajuda de 
modo insistente; (d) a hostilidade contra maneiras de 
assistência que fogem do modelo hegemônico – o uso de 
doulas, por exemplo; (e) a hostilidade, negligência e retardo 
em dar atendimento à mulheres que sofreram aborto por 
acreditar que esse foi provocado; (f) o impedimento à 
presença de um acompanhante (DINIS; et. al.; 2015, p. 382). 
 A violência obstétrica pode-se mostrar de diversas formas 
no trabalho de parto e parto, desde a não explicação e 
solicitação de autorização para a realização de 
procedimentos, até a injúria verbal, exprimida por palavras 
ofensivas, visando impedir a mulher de demonstrar os seus 
sentimentos antes e durante o parto (ANDRADE; AGGIO, 
2014, p. 6). 
DISPONÍVEL EM: https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-
167/violencia-obstetrica-no-brasil-uma-questao-de-saude-
publica/. ACESSO EM: 29/05/2021. 
TEXTO II 
Como identificar, prevenir ou denunciar um caso de violência 
obstétrica 
Normalmente, as definições presentes em documentos 
oficiais ou legislações que tratam de violência obstétrica – 
mesmo que não utilizando este termo específico – não são 
limitadoras. Não existe uma lista fixa de procedimentos ou 
situações que são condenadas ou proibidas. As definições 
existentes são construídas com termos mais subjetivos 
como “abuso”, “desrespeito”, “atendimento de qualidade”, 
entre outros. Algumas organizações ou meios de 
comunicação procuram divulgar situações mais comuns que 
acontecem com mulheres para que fique mais fácil que 
outras mulheres identifiquem se passaram por uma 
experiência de violência obstétrica. 
 
Tema de Redação – Monitor Marcos Teodoro 
Tema: Caminhos para o combate à violência obstetrícia no Brasil 
Data: 28/05/2021 
 
 
Caminhos para o combate à violência obstetrícia no Brasil 
De acordo com a pesquisa citada anteriormente, da 
Fundação Perceu Abramo, as situações mais comuns são: 
“…gritos, procedimentos dolorosos sem consentimento ou 
informação, falta de analgesia e até negligência”. Ana 
Cristina Duarte, obstetriz e ativista pelo parto humanizado, 
aponta para tipos mais sutis de violência obstétrica, mas 
difíceis de identificar. Estes seriam: 
“impedir que a mulher seja acompanhada por alguém de 
sua preferência, tratar uma mulher em trabalho de parto de 
forma agressiva, não empática, grosseira, zombeteira, ou de 
qualquer forma que a faça se sentir mal pelo tratamento 
recebido, tratar a mulher de forma inferior, dando-lhe 
comandos e nomes infantilizados e diminutivos, submeter a 
mulher a procedimentos dolorosos desnecessários ou 
humilhantes, como lavagem intestinal, raspagem de pelos 
pubianos, posição ginecológica com portas abertas, 
submeter a mulher a mais de um exame de toque, 
especialmente por mais de um profissional, dar hormônios 
para tornar o parto mais rápido, fazer episiotomia sem 
consentimento”. 
Para se prevenir contra a violência obstétrica é importante 
que a mulher se informe durante o pré-natal e tome 
conhecimento das opções que possui para a hora do parto. 
Além disso, é importante que a mulher tome conhecimento 
dos tipos de intervenções podem ser necessárias para poder 
optar pelas quais não aceita ser submetida. 
Na questão do atendimento médico durante o pré-natal e o 
parto, a comunicação entre a equipe médica e a futura mãe 
é essencial. Isso torna possível lidar de maneira efetiva com 
as necessidades médicas que posam surgir e evita que a 
mulher passe por alguma experiência desagradável 
desnecessária. 
A advogada Gabriella Sallit aconselha que, para se 
prevenirem contra a violência obstétrica, as mulheres levem 
consigo para a maternidade uma carta de intenções que 
deixe claro que procedimentos aceitam e não aceitam 
durante o parto. Ela diz ainda para que a mulher faça a 
equipe médica que vai prestar seu atendimento assinar a 
carta e que, antes de deixar a maternidade a mulher peça o 
seu prontuário e o do bebê. De acordo com a advogada este 
é “… um direito que muitas mulheres desconhecem. Isso é 
mais importante do que a mala da maternidade, fraldas e 
roupas. Estamos falando de algo que pode te marcar para o 
resto da vida”. 
Para a professora da Universidade Federal de São 
Carlos, Carla Andreucci Polido, denunciar casos de violência 
obstétrica é muito importante para a diminuição dos 
mesmos. Existem diferentes canais pelos quais a denúncia 
pode ser feita. Um deles é a Sala de Atendimento ao 
Cidadão, no site do Ministério Público Federal. Outra 
possibilidade seria procurar a Defensoria Pública dentro do 
seu estado ou, ainda, fazer a denúncia via telefone pelos 
canais “disque-saúde” no número 136 ou “violência contra a 
mulher” no número 180. Para fazer a denúncia é importante 
reunir todos os documentos necessários como o prontuário 
médico e quaisquer documentos de acompanhamento da 
gestação. 
Disponível em: https://www.politize.com.br/violencia-
obstetrica/. Acesso em 19/05/2021. 
TEXTO III 
Disponível em: 
https://www.brasildefato.com.br/especiais/dor-ignorada-or-
vitimas-de-violencia-obstetrica-relatam-agressoes-durante-
o-parto. Acesso em 19/05/2021
 
 
Tema de Redação – Monitor Marcos Teodoro 
Tema: Caminhos para o combate à violência obstetrícia no Brasil 
Data: 28/05/2021 
 
 
Caminhos para o combate à violência obstetrícia no Brasil 
PROPOSTA DE REDAÇÃO 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua 
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “Caminhos 
para o combate à violência obstetrícia no Brasil” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos 
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto 
de vista.

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