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Universidade Luterana do Brasil ULBRA – Campus Torres Pró-Reitoria de Graduação Tipo de Atividade: Semipresencial Data: 16/05/2021 Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: História e Teoria do Urbanismo e Paisagismo Turma: 77595 SEMESTRE Professor (a): Ana Paula Nogueira Acadêmico (a): Gabriela Machado dos Santos Na comemoração do 60º aniversário de Brasília, o cineasta Pedro Rodolpho disponibilizou ao público seu documentário O Corpo e a Cidade Modernista, que participou de alguns dos mais prestigiados festivais de cinema da Europa em 2018, ano de seu lançamento. Ao longo de 40 minutos, o documentário reúne conversas com moradores da capital e registros históricos que traçam o objetivo para reflexões sobre a influência do urbanismo de Brasília no dia a dia de quem vive e trabalha até sobre a importância da predominância do automóvel como meio de transporte e um observar para regiões além de do eixo monumental, área central do projeto de Lúcio Costa. "É uma abordagem sobre Brasília além dos cartões postais; mas de como a cidade é vista e vivenciada por seus moradores”, explica Rodolpho. A capital do Brasil é conhecida pela sua arquitetura modernista e através seu esboço urbano, sendo também o seu centro de decisão política. A capital vivida pelos seus habitantes, no entanto, tendo aspectos negativos e positivos. O filme explora se conforme a extensão influencia os habitantes da cidade, a sua existência urbana e as suas relações sociais. Cenas do movimento dos percursos de automóvel pela cidade são recorrentes nos filmes brasilienses. Na vida cotidiana, os deslocamentos em automóvel pelos eixos retilíneos enquadram paisagens de edificações que se repetem em regularidade constante, criando uma forte identificação com a imagem em movimento do cinema. Portanto, Brasília parece inserir a velocidade do automóvel em sua vivência. Os espaços planejados e a rede de circulação hierárquica de sua criação urbanística modernista compõem uma figura da cidade ligada aos fluxos da circulação, do movimento e da velocidade, e resultam numa maneira característica de percorrer Brasília. A circulação criada por Lucio Costa com “o propósito de aplicar princípios da técnica rodoviária à técnica urbanística” (COSTA, 1995, p. 284) tornou-se característica do aperfeiçoamento que Brasília representou por consolidar alguns preceitos de circulação propostos na Carta de Atenas. Reflexão Seu plano urbanístico resultou em premissas do urbanismo moderno, que procurava introduzir os avanços tecnológicos e absorver as novas experiências de tempo e espaço produzidas pela máquina e pela velocidade, através da melhoria de espaços concebidos plausivelmente, que englobassem as principais funções da capital moderna. Essas questões, trazidas pela modernidade, surgiram em consequência do crescimento das cidades, da circulação e das tecnologias da indústria e da informação, que possibilitaram novas experiências espaciais e corporais. Essa atmosfera de multiplicidade e autonomia também incentivou a criação do cinema.
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