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Fisiologia Endócrina- GH, Paratireoide e Metabolismo do Cálcio com patologias

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Thiago Mendes- MED104 1 
hormônio do crescimento (GH), paratireoides e metabolismo do cálcio 
HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) 
É produzido pela adenohipófise (hipófise anterior) e diferente dos 
outros hormônios dessa glândula ele não atua em outras glândulas e 
sim em vários órgãos, tecidos do corpo (fígado, osso, músculo). 
A imagem ao lado mostra a produção no hipotálamo de GHRH 
(hormônio de liberação do GH) que vai estimular a produção e 
secreção pela adenohipófise de GH. Esse GH vai até o fígado e vai levar 
a produção de IGF-1 (somatomedina c ou fator de crescimento 
semelhante a insulina) que vai atuar amplificando a atuação do GH 
nos tecidos. O GH possui duas formas de atuar, ação direta nos tecidos 
e ação indireta (IGF-1) nos tecidos. A produção de GH é inibida pela somatostatina e pelo feedback negativo resultado 
do aumento da concentração de IGF-1. 
 
Hormônio do crescimento (metabolismo das proteínas) 
 Aumento da entrada de aminoácidos na célula; 
 Aumento na tradução do RNA aumentando a síntese proteica; 
 Aumento da transcrição nuclear do DNA, levando a formação de quantidades aumentadas de RNA; 
 Redução na quebra das proteínas celulares; 
 Aumento da deposição de proteínas nos tecidos. 
Ganho de massa magra por aumentar a proteína e lipólise diminuindo gordura. 
 
Hormônio do crescimento (metabolismo das gorduras) 
 Aumenta a liberação de ácidos graxos livres pelo tecido adiposo para fornecimento de energia; 
 Aumenta a conversão de ácidos graxos em acetilcoenzima A e sua utilização como fonte de energia; 
 Com isso poupa a degradação de carboidratos e proteínas; 
 Com o aumento da utilização da gordura e o efeito anabólico proteico ocorre aumento da massa corporal 
magra; 
 Excesso de hormônio do crescimento pode levar a uma produção exagerada de ácido acetoacético originando 
um quadro de cetose e às vezes esteatose hepática. 
Hormônio do crescimento (metabolismo dos carboidratos) 
 Aumento da produção de glicose pelo fígado; 
 Aumento da secreção de insulina; 
 Aumento da resistência à insulina levando a redução da captação de glicose pelos tecidos 
musculoesqueléticos e adiposo. (aumenta a dificuldade da glicose entrar nos tecidos, aumenta a glicose no 
sangue)→ efeito diabetogênico 
EFEITOS DIRETOS DO GH 
✓ Aumento da produção de IGF-1 no fígado e demais tecidos 
(insulin-like growth factor); 
✓ Lipólise→ tecido adiposo; 
✓ Elevação da glicemia (pelo aumento da resistência à insulina); 
✓ Aumento da resistência periférica à insulina; 
✓ Efeito diabetogênico; 
✓ GH estimula gliconeogênese e aumento da utilização de gordura. 
GH estimula a produção de somatomedinas pelo fígado 
Hipófise produz GH→ aumenta produção de somatomedina c no fígado 
(IGF-1)→ vai na placa de crescimento ósseo a IGF-1 ou diretamente o GH. 
 
Thiago Mendes- MED104 2 
Somatomedina C ou IGF-1 
 O hormônio do crescimento leva o fígado e outros tecidos a formar diversas proteínas pequenas chamadas 
somatomedinas (IGFs) 
 A mais importante destas proteínas é a somatomedina C ou IGF 1 
 Os pigmeus africanos apresentam GH sérico normal, porem quantidades reduzidas de somatomedina C no 
plasma, pois eles apresentam incapacidade congênita de sintetizar quantidade significativas desta proteína. 
EFEITOS INDIRETOS DO GH- MEDIADOS PELA IGF1 
✓ Aumento da síntese proteica; 
✓ Condrogênese; 
✓ Crescimento linear do esqueleto; 
✓ Crescimento da espessura dos ossos; 
✓ Crescimento dos órgãos. 
O hormônio do crescimento não é capaz de causar crescimento em animais desprovidos de pâncreas ou na ausência 
de carboidratos na dieta. Insulina e carboidratos são necessários neste processo (energia necessária ao metabolismo 
do crescimento e aumento do transporte de aminoácidos pela insulina). 
 
Ação do hormônio do crescimento no tecido ósseo 
✓ Aumento da deposição de proteínas pelas células osteogênicas e condrocíticas; 
✓ Aumento da reprodução dessas células; 
✓ Efeito especifico de conversão de condrócitos em células osteogênicas ocasionando 
a deposição de osso novo; 
✓ Estimula a ação dos osteoblastos. 
O hormônio do crescimento é metabolizado rapidamente (meia vida de 20 min) enquanto 
a somatomedina é liberada lentamente para os tecidos (meia vida de 20h), tendo esta 
última ação mais prolongada. 
 
FATORES QUE CONTROLAM A SECREÇÃO DE GH 
Aumentam a produção: 
1. Sono profundo 
2. Exercício 
3. Estresse 
4. Redução da glicose sérica 
5. Redução dos ácidos graxos séricos 
6. Traumatismos 
Reduzem a produção: 
1. Idade avançada 
2. Obesidade 
3. Alta ingesta de carboidratos 
4. Aumento dos ácidos graxos séricos 
5. Somatostatina 
6. Somatomedinas (IGF-1) 
 
METABOLISMO ÓSSEO 
Cálcio 
 0,1% deste elemento corporal total encontra-se no líquido extracelular; 
 1% nas células e suas organelas; 
 O restante 98,9% é armazenado nos ossos. (reabsorção óssea se nosso 
organismo precisar de cálcio, mesma coisa do fosfato). 
 
Thiago Mendes- MED104 3 
 41% (1 mmol/L) do cálcio encontra-se combinado às 
proteínas plasmáticas. 
 
 9% dos íons cálcio (0,2 mmol/L) são difusíveis através da 
membrana dos capilares, mas não são ionizados. (combinados às 
substâncias aniônicas do plasma). 
 
 Os 50% restante do cálcio no plasma apresentam-se como 
difusíveis através da membrana dos capilares e ionizados. (mais 
atravessam as membranas, mais interações) 
 
O cálcio iônico é a forma relevante para a maior parte das 
funções do cálcio no corpo, incluindo seu efeito sobre o coração, o sistema nervoso ( e a formação óssea. 
Fosfato 
 Aproximadamente 85% do fosfato corporal se encontram armazenados nos ossos. 
 14% a 15% nas células. 
 Menos de 1% no liquido extracelular. 
 A variação dos níveis de fosfato no meio extracelular não provoca efeitos imediatos no organismo, enquanto 
pequenos aumentos ou quedas do íon cálcio no liquido extracelular podem causar efeitos fisiológicos 
extremos e imediatos. 
 A hipocalcemia ou a hipofosfatemia crônicas reduzem intensamente a mineralização óssea. (assim se um 
individuo parar de consumir cálcio e fosfato os níveis de cálcio do sangue permanecem constantes devido a 
desmineralização óssea, ou seja, retirada de cálcio e fosfato do local de maior armazenamento o osso) 
Obs.: HIPOCALCEMIA (redução de cálcio) ≠ HIPOCALEMIA (redução de potássio) 
 
HIPOCALCEMIA 
A hipocalcemia causa excitação do sistema nervoso -convulsão- e tetania- no músculo- (aumento do sódio 
intracelular). Quando ocorre a hipocalcemia ocorre um aumento da permeabilidade da membrana neuronal ao sódio 
que irá fazer com entre sódio e ocorra a despolarização (aumente a diferença de potencial da membrana). 
HIPERCALCEMIA 
A hipercalcemia deprime o sistema nervoso e a atividade muscular. (redução do sódio intracelular) 
O aumento do sódio iônico provoca falta de apetite e constipação, provavelmente em decorrência da contratilidade 
deprimida das paredes musculares do trato gastrintestinal. 
 
INGESTA DE CÁLCIO E FOSFATO 
Aproximadamente 90% (900mg/dia) da ingestão diária de cálcio é excretada nas fezes (cátions divalentes são mal 
absorvidos no intestino) 
Quase todo o fosfato da dieta é absorvido para o sangue do intestino e depois excretado na urina 
EXCREÇÃO RENAL DE CÁLCIO E FOSFATO 
 Normalmente, os túbulos renais reabsorvem 99% do cálcio filtrado. 
 A excreção do cálcio pode aumentar ou reduzir com as necessidades do organismo. (PTH→ fator mais 
importante de controle da reabsorção de cálcio) 
 A excreção renal do fosfato é controlada pelo PTH, que pode aumentar intensamente essa excreção pelos 
rins. 
TECIDO ÓSSEO 
 O osso costuma ser composto por 30% de matriz orgânica (fibras colágenas e substância fundamental- sulfato 
de condroitina e ácido hialurônico, glicosaminoglicanos) e 70% de sais (cálcio e fosfato) nos adultos. 
 Resistências tênsil e compressiva do osso. 
Formação e reabsorção óssea (sempre sendo formado e reabsorvido) 
1. Os osteoclastos emitem suas projeções semelhantes a vilos em direção ao osso, formandouma borda 
pregueada adjacente ao osso. 
Thiago Mendes- MED104 4 
2. Esses vilos secretam dois tipos de substâncias: (1) 
enzimas proteolíticas, liberadas de lisossomos dos 
osteoclastos; e (2) diversos ácidos, incluindo o 
ácido cítrico e o ácido lático. (As enzimas digerem 
ou dissolvem a matriz orgânica do osso, enquanto 
os ácidos provocam a dissolução dos sais ósseos). 
 
Efeitos do PTH na diferenciação dos osteoclastos 
Em resumo o PTH estimula a diferenciação do percursor de 
osteoclasto em osteoclasto ativo, ou seja, irá aumentar a 
reabsorção óssea. 
Como ocorre esse processo: o PTH irá estimular os osteoblastos 
produzirem RANK-L (ligante da osteoprotegerina) e o fator 
estimulador de colônias de macrófagos (M-CSF), que atuarão na 
diferenciação dos osteoclastos. Esse RANK-L e o M-CSF irão se ligar 
ao precursor de osteoclasto, o RANK-L se liga ao receptor RANK e 
daí ocorre a diferenciação em osteoclasto maduro que irá fazer a 
reabsorção óssea. 
Em contrapartida, a osteoprotegerina (OPG) é uma proteína 
também produzida pelos osteoblastos, ela muitas vezes, se liga ao 
RANK-L, impedindo a ligação deste com o RANK e isso faz com que 
não ocorra a diferenciação e, dessa forma, promove a deposição 
óssea. 
PTH, vitamina D, interleucina IL-11 (em caso de inflamação pode ter mais reabsorção óssea), prostaglandina (PGE2, 
também ligada a inflamação)➔ essas substâncias estimulam o osteoblasto a produzir RANK-L e M-CSF (fator 
estimulador e colônia de macrófagos). 
✓ A deposição óssea ocorre proporcionalmente à carga compressiva suportada pelo osso. (exercício estimula a 
formação óssea, idoso deve fazer musculação, ossos dos atletas mais fortes). 
✓ O estresse físico continuo estimula a deposição osteoblástica e a calcificação óssea. 
Equilíbrio OPG/RANKL 
 PTH estimula a produção de osteoclastos maduros através de uma dupla ação, inibindo a produção de OPG 
e estimulando a formação de RANKL. 
 Os glicocorticoides também favorecem a atividade osteoclástica e a reabsorção óssea ao aumentar a 
produção de RANKL e reduzir a formação de OPG. 
 O hormônio estrogênio estimula a produção de OPG. 
Resumo: PTH, glicorticoide → favorece reabsorção óssea/ estrogênio→ estimula a 
deposição óssea. 
Fratura 
A fratura de osso ativa ao máximo todos os osteoblastos periosteais e intraósseos 
envolvidos na ruptura. Além disso, ocorre a formação, quase imediata, de inúmeros novos 
osteoblastos. Ocorre o desenvolvimento de ampla protuberância, constituída por tecido 
osteoblástico e matriz óssea orgânica recém-formada chamada de calo ósseo. 
 
VITAMINA D 
✓ Formada na pele, em consequência da irradiação do 7-desidrocolesterol pelos 
raios ultravioleta provenientes do sol. 
✓ A vitamina D tem potente efeito de aumentar a absorção de cálcio e fosfato no trato intestinal e reduzir a 
eliminação renal de cálcio e fosfato. 
✓ O colecalciferol é convertido em 25-hidroxicolecalciferol no fígado. 
✓ A vitamina D desempenha papéis relevantes na absorção e deposição óssea. 
✓ Ocorre conversão do 25-hidroxicolecalciferol em 1,25-di-hidroxicolecalciferol (forma mais ativa que veio do 
fígado até os rins pelo sangue) nos túbulos proximais do rins. (PTH) 
Thiago Mendes- MED104 5 
 
 
Geralmente nos exames de sangue dosa-se 
a 25(OH)D, porém se a pessoa possuir 
alguma insuficiência renal a forma mais 
ativa 1,25(OH)2D pode ser pequena. A 
vitamina D aumenta a absorção intestinal 
de cálcio e fosfato e nos ossos pode 
estimular a deposição ou reabsorção óssea, 
ainda não tem uma conclusão (quantidade 
alta de vitamina D→ reabsorção/ 
quantidade baixa de vitamina D→ 
deposição). 
Vitamina D3→ colecalciferol (ingerida pela 
alimentação ou metabolizada através da 
exposição solar, essa vitamina vai pro 
fígado e rim). 
PTH 
As quatros paratireoides se localizam na região posterior da tireoide, elas secretam o paratormônio, que interfere 
diretamente nas concentrações plasmáticas de cálcio. PTH→ reestabelecer cálcio no sangue a todo custo, reabsorção 
óssea. 
Caiu calcio sérico→ estímulo a paratireoide que irá liberar 
PTH→ tira calcio do osso→ aumenta cálcio sérico→ 
estimula tireoide a liberar calcitonina→ calcitonina 
aumenta a formação óssea. 
O PTH é mais atuante do que a calcitonina, por mais 
tempo. 
Ações do PTH: 
1. Mobiliza cálcio e fosfato do osso; 
2. Provoca ativação dos osteoclastos (RANK-L); 
3. Diminui a excreção de cálcio e aumenta a 
excreção de fosfato pelos rins (fosfatúria, 
formação de cálculos renais); 
4. Aumenta a absorção intestinal de cálcio e 
fosfato; 
5. Estimula a conversão de 25-hidroxicolecalciferol em 1,25-di-
hidroxicolecalciferol nos rins. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Thiago Mendes- MED104 6 
CALCITONINA 
✓ Produzida pelas células c/parafoliculares da tireoide; 
✓ Reduz a atividade dos osteoclastos; 
✓ Promove a diminuição da formação de novos osteoclastos; 
✓ Favorece a deposição de cálcio no tecido ósseo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OSTEOMALÁCIA 
Doença óssea do adulto, caracterizada por ossos frágeis e quebradiços, 
devido a defeitos de mineralização da matriz do osso, que geralmente é 
causada por uma deficiência de vitamina D. Uma vez que esta vitamina é 
importante para a absorção de cálcio pelo osso, quando está em falta, 
resulta na sua desmineralização. 
A osteomalácia pode ser assintomática ou causar sintomas como 
desconforto nos ossos ou pequenas fraturas e pode gerar deformidades 
ósseas (raro, mais comum em crianças pois o osso já está formado) se 
descoberta tardiamente. Nos casos da criança, a falta de vitamina D e 
enfraquecimento dos nossos não é conhecida como osteomalácia e sim 
como raquitismo. 
A diferença dessa doença para o osteoporose é que a osteoporose resulta 
da combinação de três fatores (1) baixo pico de massa ósseas, (2) aumento 
da reabsorção óssea e (3) deficiência na formação óssea e a osteomalácia 
somente é causada pela deficiência de mineralização causada por 
deficiência grave ou metabolismo anormal de vitamina D. 
Pode-se pedir exame dosagem de vitamina D, fósforo e cálcio. 
RAQUITISMO 
A causa mais comum é falta de vitamina D e cálcio em crianças, essa vitamina D é obtida em grande parte a partir da 
exposição da pele à luz solar, mas também é encontrada em alguns alimentos (óleo de peixe e ovos), já o cálcio é 
encontrado em alimento derivados do leite e o próprio leite. Sem vitamina D não absorve cálcio. 
É caracterizada pela baixa estatura, pernas arqueadas (má formação). O raquitismo pode ser de dois tipos: 
Thiago Mendes- MED104 7 
 Hipercalcêmico: pela resistência à ação da vitamina D ou sua deficiência. 
 Hipofosfatêmico: causado pela perda de fosfato pelos rins. (pode ser hereditário, doença genética em que 
os rins e ossos não metabolizam o fosfato 
de cálcio de forma adequada, esse 
componente que faz os ossos e dentes 
serem rígidos, daí esses ossos ficam fracos 
e moles) 
O tratamento varia de acordo com a causa, 
geralmente é suplemento de vitamina D e 
consumo de alimentos ricos em cálcio. 
GIGANTISMO 
É gerado por uma superprodução do hormônio do crescimento (hipófise anterior→ GH) que 
estimula o crescimento dos ossos, dos músculos e de muitos órgãos internos. Essa 
hiperprodução, na maioria das vezes, é causada por um tumor da hipófise não canceroso 
(benigno) chamado de adenoma, determinados tumores raros do pâncreas e dos pulmões 
também podem produzir hormônios que estimulam a hipófise a produzir quantidade excessivas 
do hormônio do crescimento, com consequências semelhantes. 
O gigantismo ocorre somente na infância quando os discos/placas epifisária-cartilagem hialina- 
ainda existem e a epífise não se fundiu com a diáfise, se for no adulto não consegue alongar os 
ossos e aumentar de tamanho com tanta eficiência pois não tem esse disco epifisário e, dessa 
forma, vai gerar deformidades ósseas caracterizando a acromegalia. (aumento de GH: 
gigantismo→ infância/ acromegalia→adulto) 
Pode gerar diabetes tipo 2 (o GHaumenta a glicose no sangue), pode ter acometimento de visão 
(devido o tumor na hipófise), apneia do sono, aumento do tamanho do coração (aumenta a 
demanda de sangue pelas coronárias pois aumentou o tecido cardíaco e dessa forma pode ter 
uma isquemia- deficiência de O2- e assim está mais propensa ao infarto). 
ACROMEGALIA 
É uma doença rara causada pela produção excessiva do hormônio do 
crescimento (GH) no adulto e de uma proteína chamada IGF-1. O que 
mais caracteriza esta doença é o crescimento exagerado de partes do 
corpo como mãos, pés e nariz, mas ela pode gerar complicações como 
diabetes, hipertensão e insuficiência cardíaca. Preocupar-se com o 
ecocardiograma, glicemia etc. 
As causas são análogas ao do gigantismo sendo tumor benigno (não 
canceroso) na hipófise chamado adenoma a principal causa. 
Importante no diagnóstico: observar a facie, perguntar se percebeu o 
crescimento da mandíbula/nariz/mãos e ver se trocou o número de 
sapato sendo adulto, pedir foto de antes para comparar o rosto. 
O ator Maurice Tillet possuía essa doença e morreu de doença cardíaca pelo aumento do coração. 
HIPERPARATIREOIDISMO 
É a condição em que há excesso do hormônio paratormônio (PTH), responsável pelo equilíbrio do cálcio, vitamina D 
e fósforo presente no sangue e nos tecidos que precisam desses nutrientes, como os ossos, por exemplo. 
É diagnosticado antes de os sintomas se tornarem aparentes e graves, os que se manifestam antes do diagnóstico 
são: fadiga ou fraqueza, dor nos olhos e articulações e depressão. Pode evoluir para: osteoporose, cálculo renal e 
doenças cardiovasculares (esses dois últimos pelo excesso de cálcio no sangue). Pode ser de 3 formas: 
 Hiperparatireoidismo primário: acontece quando uma doenças das próprias paratireoides provoca uma 
hipersecreção do PTH, principalmente devido a um adenoma (tumor benigno) ou hiperplasia (aumento de 
tamanho do órgão) dessas glândulas. 
 Hiperparatireoidismo secundário: surge devido a um distúrbio no metabolismo do corpo, que estimula as 
paratireoides, especialmente devido à uma insuficiência renal, e que provoca diminuição dos níveis de cálcio 
e fosforo na circulação. 
 Hiperparatireoidismo terciário: é mais rara, se caracteriza quando as paratireoides passam a secretar mais 
PTH por conta, e pode surgir após algum tempo de hiperparatireoidismo secundário, por exemplo. 
Thiago Mendes- MED104 8 
HIPERPRODUÇÃO/INGESTÃO DE GH NOS ADULTOS 
✓ Formigamentos; 
✓ Dor nos músculos; 
✓ Dor nas articulações; 
✓ Retenção de líquidos; 
✓ Síndrome do túnel do carpo (nervo mediano comprimido pois o GH faz aumentar os tecidos, gerando dor); 
✓ Aumentos dos níveis de colesterol; 
✓ Aumento da resistência à insulina, em caso de diabetes tipo 2 (efeitos anti-insulina, ou seja, o GH reduz os 
efeitos da insulina no sangue e por mais que a insulina esteja sendo produzida pelo pâncreas ele não deixa 
que a glicose entre na célula, gerando aumento da glicose sérica) 
✓ Acromegalia; 
✓ A reposição de GH em pessoas com deficiência deste hormônio possuem menores riscos de doenças 
cardiovasculares. 
O GH é anabolizante, assim faz o crescimento dos músculos além de diminuir o percentual de gordura por estimular 
a lipólise, dessa forma ele é usado clandestinamente e por isso no Brasil ele só pode ser utilizado nos seguintes 
casos: 
1. Na deficiência de GH causada por um tumor ou alteração genética; 
2. Perda de massa muscular grave de uma infecção pelo HIV; 
3. Condição intestinal chamada de síndrome do intestino curto (é um distúrbio que causa diarreia e absorção 
deficiente de nutrientes -má absorção- que geralmente ocorre após a remoção cirúrgica de uma grande 
parte do intestino delgado). 
Em idosos não é recomendado o uso em hipótese alguma. 
Bibliografia: Guyton 13 edição, capítulos 76 e 80.

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