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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Disciplina: Psicologia Organizacional Professora: Caroline Serra Soares Aluno: Benedito Santiago C. Viana Matricula: 2020054165 RESENHA CAPITULO 16 : PSICOLOGIA E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM ORGANIZAÇÕES E TRABALHO Jairo Eduardo Borges-Andrade e José Carlos Zanelli São Luís-junho 2021 RESENHA PSICOLOGIA E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM ORGANIZAÇÕES E TRABALHO A Psicologia do Trabalho e das Organizações é um campo de conhecimento e de atuação profissional que historicamente tem sido motivo de muitas polêmicas no Brasil, seja por razões ideológicas, seja por razões teórico-metodológicas. Apresenta, também, um crescimento com descontinuidades, tanto em termos da produção de conhecimento quanto em termos dos investimentos dos psicólogos na sua formação. Os relatos sobre história da Psicologia no Brasil (por exemplo, Bastos, 1990; Pessotti, 1988; Zanelli & Bastos, 2004) desde a primeira metade do século XX, passando pelo processo da regulamentação da profissão na década de 1960, incluem fatos, eventos e conteúdos que mencionam a Psicologia do Trabalho e das Organizações. Mas, houve momentos em que a produção na área e os investimentos na formação quase desapareceram. Nas décadas de 1970 e 1980, esse campo de conhecimento e de atuação profissional, aos olhos de muitos (por exemplo, Codo, 1984; Moura, 1988), representava compromissos com setores ideologicamente muito conservadores e/ou a aliança da Psicologia com a manutenção do status quo, como se houvesse homogeneidade de visões de mundo entre aqueles implicados com um campo do saber e de atuação profissional. Esse modo de ver, entre outras razões, afastou profissionais e pesquisadores. As publicações em tal período eram raras e, nos cursos de graduação em todo o país, usavam-se repetidamente uns poucos livros, que eram traduções de publicações de autores de outros países. Além da limitação de referências, o campo sofria produzindo poucos conhecimentos contextualizados para a realidade nacional e a comunidade de pesquisadores era restrita (Bastos, 2003). O mercado de trabalho, entretanto, nunca deixou de demandar a atuação desse profissional de Psicologia, embora tal demanda pudesse ser maior, se a própria Psicologia o valorizasse mais. Por que a pesquisa em psicologia organizacional e do trabalho é necessária? Serve para desvendar capacidade a capacidade de cada indivíduo na estrutura organizacional do trabalho buscando uma maior equidade entre os indivíduos igualmente capacitados fazer uma investigação para identificar para identificar as possíveis razões dessas diferenças de desempenho tendo profissional como fator de análise e pesquisa para poder reorganizar e criar uma e criar uma estratégia de melhor desempenho diz profissional O profissional de psicologia conhecendo os colaboradores e repassando às devidas orientações de psicologia organizacional, os gestores conseguirão saber qual o perfil da sua equipe, o que a deixa mais motivada, quais atividades se encaixam mais para cada colaborador. Com o profissional mais engajado, a produtividade tende a aumentar. Maior engajamento, quando a empresa e os líderes conhecem bem seus colaboradores, é muito mais fácil mantê-los felizes com o ambiente de trabalho e com a sua função. Por isso, a psicologia organizacional promove mais engajamento – com ela os profissionais são ouvidos. Ocasionando uma maior redução de custos, com colaboradores mais produtivos e engajados, a rotatividade tende a baixar, já que você contará com profissionais satisfeitos no trabalho. Consequentemente, você vai reduzir os seus custos com processos de recrutamento e seleção, treinamento e etc. O ajuste do clima organizacional, essa é uma outra grande vantagem de contar com a ajuda de um psicólogo dentro da empresa: o clima no ambiente de trabalho fica muito melhor, favorecendo o dia a dia de trabalho, a produtividade, a interação dos colaboradores entre si e com a diretoria. Isso gera ótimos resultados internos e externos para a empresa, não só em questão de lucro efetivo, mas também de imagem positiva no mercado. O mercado de trabalho brasileiro tem efetivamente se modificado, de modo que, entre suas novidades estão diferentes tipos de oportunidades. Isso não significa que o problema do desemprego deixou de rondar a vida de todos brasileiros. Segue sim sendo um desafio difícil de ser enfrentado por muitos. Chiavenato, pesquisador da área, relaciona a teoria de Maslow com o trabalho. Em relação às Necessidades Fisiológicas, aponta a importância dos horários de descanso, conforto físico; Necessidades de Segurança, condições de trabalho seguras e estáveis; Necessidades Sociais, bom relacionamento com colegas, supervisores, clientes; Necessidades de Estima, bons resultados, reconhecimento; e Necessidades de Autorrealização, desafios, autonomia, participação em decisões. Ou seja, a motivação, na área do trabalho, é a fonte de todo o desempenho do colaborador. É importante que as necessidades dos colaboradores sejam supridas para que constitua um ambiente propício ao desempenho máximo. Cabe ao psicólogo organizacional, junto à equipe de Recursos Humanos e o supervisor de cada colaborador, conhecer as motivações dos funcionários da organização para promover condições de trabalho que propiciem satisfação e, consequentemente, potencialização do rendimento. https://blog.solides.com.br/indicadores-de-produtividade/ https://blog.solides.com.br/employer-branding/ https://blog.solides.com.br/employer-branding/ Atualmente, com a forte competitividade presente no mercado, o grande diferencial de uma empresa são as pessoas. Portanto, para atingir seus objetivos, as organizações devem se preocupar com as pessoas e com a implementação de estratégias que melhorem a qualidade de vida dos colaboradores e proporcionem um ambiente de trabalho saudável. Desta forma, o psicólogo organizacional tem a importante função de identificar as características da organização (cultura, missão, clima) e dos colaboradores (valores, comportamentos, expectativas) e trabalhar com as equipes a melhor forma para atingir os objetivos da organização. Registra-se, por fim, o desejo de que o campo da Psicologia do Trabalho siga traçando sua trajetória de forma que seu florescimento não seja apenas uma primavera, mas que se consolide por todas as estações, tornando-se duradoura. Espera-se também que não se perca o gosto pela discussão, mas que esse seja bem vivido, mantendo-se o respeito e inclusão de todas as tendências e abordagens, as quais colorem e enriquecem o referido campo. Atribui-se, por fim, a este dossiê, o papel de ser um dos componentes que ilustram e/ou demonstram o tal florescimento em sua concretude Este capítulo explicou o que é a pesquisa em POT, por que ela é necessária e quem precisa dela. Delimitou esse campo de investigação e produção do conhecimento e seus principais desafios. Descreveu as crenças e normas que orientam essa pesquisa. Em seguida, descreveu o processo pelo qual essa produção ocorre, em sete etapas, que vão da identificação dos problemas de pesquisa a sua realização e divulgação. Por fim, identificou onde essa pesquisa é realizada e divulgada no Brasil. Avanços que beneficiariam a POT nacional certamente ocorreriam, se fossem criadas interfaces entre: A graduação e a pós-graduação, a psicologia e outras áreas, ou. os pesquisadores e os profissionais que estão fora do meio acadêmico. REFERENCIAS Psicologia, organizações e trabalho no Brasil [recurso eletrônico] / Organizadores, José Carlos Zanelli, Jairo Eduardo Borges-Andrade, Antonio Virgílio Bittencourt Bastos.– 2. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2014 Editado também como livro impresso em 2014. ISBN 978-85-8271-085-2 Bastos, A. V. B. & Galvão-Martins, A. H. C. (1990). O que fazer o psicólogo organizacional. Psicologia: Ciência e Profissão, 1, 10-18. Borges-Andrade, J. E., & Zanelli, J. C. (2001). Desafios metodológicos da pesquisa em psicologia organizacional e do trabalho [Número especial]. Estudos de Psicologia (Natal), 7, 53-63. Borges-Andrade, J. E., & Pagotto, C. P. (2010). O estado da arte e da pesquisa brasileira em Psicologia do Trabalho e das Organizações. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26(especial), 37-50. Moura, G. A. P. (1988). O ensino da psicologia organizacional: uma reflexão. Revista de Psicologia, 6(1), 31-52. Pessotti, I. (1988). Notas para uma história da psicologia brasileira. In Conselho Federal de Psicologia (Org.), Quem é o psicólogo brasileiro? (pp.17-31). São Paulo: EDICON. Zanelli, J. C., & Bastos, A. V. B. (2004). Inserção profissional do psicólogo em organizações e no trabalho. In J. C. Zanelli, J. E. Borges-Andrade, & A. V. B. Bastos (Orgs.), Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil (pp. 466-491). Porto Alegre: Artmed
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