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SISTEMA DE ENSINO
MEDICINA LEGAL
Sexologia médico-legal. Psicopatologia 
médico-legal. Embriaguez alcoólica. 
Toxicofilias
Livro Eletrônico
MARIANA VASCONCELOS
Especialista em Direito Constitucional pela 
Faculdade Integrada AVM/Unyleya, sendo sua 
linha de pesquisa voltada ao estudo do Ciclo 
Completo de Polícia. Possui graduação em 
Direito pela Universidade Salgado de Oliveira 
(UNIVERSO). Advogada atuante e consultora 
junto à Organização Pan-Americana da Saúde 
(OPAS), prestando serviço à Secretaria 
Executiva da Câmara de Regulação do Mercado 
de Medicamentos (SCMED), órgão instituído 
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
– ANVISA para execução de ações voltadas 
à regulação do mercado de medicamentos. 
Atua na assessoria e consultoria de projetos 
governamentais com foco na implementação de 
políticas públicas de direitos difusos e coletivos. 
Integrou a equipe da Secretaria Nacional do 
Consumidor do Ministério da Justiça, atuando 
como Coordenadora de Orientações Técnicas 
em Defesa do Consumidor. Experiência na 
educação a distância de servidores públicos 
federais, estaduais e municipais em parceria com 
Escolas de Governo. Atuou como conteúdista 
na elaboração de materiais de ensino técnico 
e universitário nas áreas de Direitos Difusos, 
Direito Constitucional, Direitos Humanos, 
Direito Penal e Ciências Sociais
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MEDICINA LEGAL
Sexologia médico-legal. Psicopatologia médico-legal. 
Embriaguez alcoólica. Toxicofilias
Prof.ª Mariana Carvalho
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SUMÁRIO
Medicina Legal ...........................................................................................4
1. Sexologia Médico-Legal ...........................................................................4
1.1. Gravidez, Parto, Puerpério, Aborto, Infanticídio e Reprodução Assistida – 
Obstetrícia Forense .....................................................................................4
1.2. Transtornos da Sexualidade e da Identidade Sexual – Erotologia Forense ...18
1.3. Crimes contra a Dignidade Sexual e Provas Periciais ...............................22
2. Toxicofilias ...........................................................................................26
2.1. Embriaguez Alcoólica e Alcoolismo ........................................................27
3. Psicopatologia Médico-Legal ...................................................................31
3.1. Imputabilidade Penal e Capacidade Civil ................................................34
3.2. Limite e Modificadores da Responsabilidade Penal e Capacidade Civil .........38
3.3. Simulação, Dissimulação e Supersimulação ...........................................41
3.4. Repercussões Médico-Legais dos Distúrbios Psíquicos ..............................42
Resumo ...................................................................................................44
Questões de Concurso ...............................................................................47
Gabarito ..................................................................................................63
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MEDICINA LEGAL
Sexologia médico-legal. Psicopatologia médico-legal. 
Embriaguez alcoólica. Toxicofilias
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MEDICINA LEGAL
1. Sexologia Médico-Legal
É a disciplina científica que estuda as questões relacionadas com o sexo, em 
seus aspectos médicos, jurídicos, filosóficos e sociológicos, ou seja, estuda os pro-
blemas jurídicos relacionados ao sexo. 
O estudo da sexologia forense ou sexologia médico-legal divide-se em obstetrí-
cia forense, herotologia forense e himenologia forense. A fim de abordarmos cada 
tópico na medida da sua importância, e para que fique claro para o(a) candidato(a), 
aplicaremos cada um dos aspectos da sexologia de acordo com o formato apresen-
tado pelo edital do concurso. Vejamos.
1.1. Gravidez, Parto, Puerpério, Aborto, Infanticídio e Repro-
dução Assistida – Obstetrícia Forense
A ciência que estuda os aspectos médico-legais que possuem referência com a 
fecundação, gestação, parto, puerpério, aborto e infanticídio recebe a denominação 
de Obstetrícia Forense.
Quando falamos em fecundação, estamos nos referindo à união do óvulo com o 
espermatozoide de modo a originar a célula-ovo, chamada de zigoto. A fecundação 
não se origina apenas da conjunção carnal, ela pode advir também de ato libidinoso 
diverso da conjunção carnal, pela fecundação artificial (bebê de proveta), pela inse-
minação artificial homóloga (sêmen do próprio marido) e pela inseminação artificial 
heteróloga (doador não marido).
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Nos casos em que a mulher, no desejo de realizar a conjunção carnal, não dese-
ja a consequente gravidez, pode utilizar os métodos de anticoncepção, que podem 
se apresentar como cirúrgicos (laqueadura na mulher e vasectomia no homem), 
mecânicos (preservativos, diafragma, DIU), fisiológicos (coito interrompido) e quí-
micos (pílulas anticoncepcionais, espermaticidas, injeções anticoncepcionais).
Fecundado o óvulo, por quaisquer meios possíveis de fecundação já abordados 
nesta aula, a mulher apresenta estado gravídico. Para os atos jurídicos, a gravidez 
é um fator correspondente da perda da virgindade, ainda que não tenha acontecido 
a conjunção carnal propriamente dita.
a) Gravidez 
Para efeitos de diagnóstico, a amenorreia (ausência de menstruação); o cres-
cimento do volume do útero; o surgimento de pelos macios e finos no rosto ou 
couro cabeludo (Sinal de Halban); alterações pigmentares dos mamilos, rosto e 
abdômen; surgimento da rede de Haller nas mamas (veias aparentes); aumento 
do volume dos seios; varizes; Sinal de Jacquemier (coloração violácea do vestíbulo 
e meato urinário); e crescimento dos Tubérculos de Montgomery ao redor dos ma-
milos são sinais de presunção de gravidez que, por si só, não são suficientes para o 
diagnóstico concreto do estado gravídico, tendo em vista que podem ser motivados 
por outras questões ou doenças.
Outrossim, a presença de batimentos cardíacos fetais; os movimentos fetais 
passivos e ativos; a presença gonadotropina coriônica (hormônio secretado pela 
placenta) são sinais indiscutíveis de gravidez que podem ser diagnosticados por 
exames clínicos e laboratoriais.
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Vejamos como as bancas examinadoras já abordaram esse tema:
(2015/FUNIVERSA/PC-DF) O diagnóstico de gravidez pode ter um interesse médi-
co-legal significativo e deveser feito por meio da anamnese, do exame objetivo e 
dos exames complementares de imagem e laboratoriais. Quanto ao exame objeti-
vo, considera-se um sinal de presunção de gravidez o(a)
a) cianose na vulva.
b) flexibilidade do istmo do útero.
c) pulsação vaginal.
d) sinal de Halban
e) sinal de Puzos.
Letra d.
O sinal de Halban é verificado por meio de exames objetivos que permitem a ve-
rificação do surgimento de pelos finos e macios na face e no couro cabeludo da 
provável gestante.
Voltando ao assunto, confirmada a gravidez, durante aproximadamente 9 me-
ses, o óvulo irá se desenvolver, transformando-se inicialmente em um embrião, que 
se desenvolve até o 3º mês, e a partir de então temos o feto propriamente dito, que 
se desenvolve até o momento do parto. 
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b) Parto e Puerpério
O parto é o momento em que o feto alcançou seu grau adequado de desenvol-
vimento e se coloca para fora do útero materno e, normalmente, tem início com a 
dilatação do colo do útero (provoca contrações e leves dores), passa pelo processo 
de expulsão do feto que é quando as contrações se aceleram e finaliza com a fase 
da dequitação, que é expulsão fisiológica de todos os anexos embrionários do or-
ganismo materno.
O período compreendido entre o fim do parto e a volta do organismo às condi-
ções normais preexistentes antes do estado gravídico é denominado puerpério.
Para fins jurídicos, a fase de expulsão do feto é considerada como o momento do 
parto propriamente dito.
É importante que o(a) candidato(a) saiba que em alguns casos pode ocorrer a 
aceleração do parto. A aceleração do parto é caracterizada por lesões ou acidentes 
que provocam a expulsão do feto do útero materno antes de alcançado o grau de 
desenvolvimento suficiente para a vida extrauterina. 
Os casos em que a aceleração do parto for causada por dolo ou culpa de terceiros 
podem ser caracterizados como lesão corporal, de acordo com art. 129 do Código 
Penal.
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Outrossim, existem episódios em que ocorre a antecipação do parto, procedi-
mento médico em que é escolhido o momento adequado para a realização do parto 
a depender do estado clínico da gestante.
O corpo apresenta diversos sinais característicos da realização de partos recen-
tes, como edema dos pequenos e grandes lábios da vagina, sinais de episiotomia 
(corte), diminuição do volume do útero, pigmentação da pele, hipertrofia dos Tu-
bérculos de Montgomery e estrias gravídicas, flacidez da pele do abdômen, leite 
nas mamas, secreções vaginais, presença de gonadotropina coriônica. Já em par-
tos antigos é possível verificar a diferença do orifício do colo uterino que se apre-
senta em forma de fenda ou multifendilhado nos casos em que ocorreram mais de 
um parto e vulva flácida.
c) Aborto
Conceitua-se aborto como a interrupção, espontânea ou provocada, da gesta-
ção que ocorre com a expulsão provocada ou remoção espontânea de um embrião 
ou feto do útero materno causando, dessa forma, a morte do feto ou embrião.
Para a doutrina o aborto é classificado quanto ao tempo de gestação, quanto à 
época e quanto à causa.
Quanto à causa:
• Provocado: parte da ação voluntária da mulher ou de terceiros. É motivada 
por necessidade (perigo de vida para a mãe); por sentimento (quando é con-
sequência de estupro); por eugenia (o feto apresenta deficiência que o impe-
de de ter um desenvolvimento normal); por motivos sociais e econômicos; e 
por motivo de honra. Os abortos provocados são puníveis de acordo com os 
arts. 24 e seguintes do Código Penal, com exceção dos abortos necessário, 
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desde que seja o único meio capaz de salvar a vida da gestante, e por sen-
timento, desde que precedido de autorização do juiz ou do representante do 
Ministério público.
Art. 124. Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lhe provoque: 
Pena – detenção, de um a três anos.
Aborto provocado por terceiro
Art. 125. Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Pena – reclusão, de três a dez anos.
Art. 126. Provocar aborto com o consentimento da gestante 
Pena – reclusão, de um a quatro anos.
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de qua-
torze anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante 
fraude, grave ameaça ou violência
Forma qualificada
Art. 127. As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, 
se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante 
sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas cau-
sas, lhe sobrevém a morte.
Art. 128. Não se pune o aborto praticado por médico: Aborto necessário
I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da ges-
tante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
Os abortos provocados são realizados por meio de medicamentos ou substâncias 
tóxicas, por meios mecânicos diretamente usados no interior da vagina (duchas de 
água quente e fria, cópulas repetidas, tamponamentos, esponjas, dilatadores, cau-
terização, punção das membranas por meio de agulhas de croché, palitos de picolé, 
varetas e desprendimento da membrana por meio da aspiração a vácuo) e meios 
indiretos (uso de raio-x, traumatismos abdominais, compressão do ventre).
• Espontâneo: é aquele causado por motivos alheios à vontade da gestante ou 
de terceiros, pode ocorrer devido a acidentes ou por falha genética.
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Quanto à época:
• recente em mulher viva: a gestação mostra menos ou mais modificações no 
corpo da mulher de acordo com a duração. O exame pericial deve ser procedi-
do por meio da biópsia da mucosa uterina buscando a presença de vilosidades 
coriais (substância responsável pela formação do cordão umbilical).
• antigo em mulher viva: o diagnóstico do aborto realizado há tempos é tarefa 
difícil aos peritos, tendo em vista que a apresentação de cicatrizes e restos de 
membranas não determinam a prática abortiva.
• recente em mulher morta: um dos exames realizadospelos peritos é a obser-
vância do útero, se apresenta volume aumentado e ainda há presença de em-
bolia de células trofoblásticas em arteríolas e capilares do pulmão da vítima.
• antigo em mulher morta: é o diagnóstico mais complicado, o perito deve bus-
car informações médicas da vítima.
Quanto ao tempo:
• Subclínico: até 4 semanas de gestação.
• Precoce: entre 4 e doze semanas de gestação.
• Tardio: após a 12ª semana de gestação.
O perito não tem um trabalho fácil na identificação do diagnóstico do aborto, 
contudo, verifica-se que no aborto espontâneo a evolução clínica da paciente é 
mais rápida apresentando pouca hemorragia, já no aborto provocado, a paciente 
apresenta dores intensas, hemorragia intensa, lesões no aparelho reprodutor, in-
fecções e/ou intoxicações, retenção de restos embrionários e alguns casos apre-
sentam o comprometimento do aparelho reprodutor incapacitando que a vítima 
engravide novamente.
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Vamos agora treinar um pouco com algumas questões já abordadas pelas ban-
cas examinadoras!
(2013/FUNCAB/PC-ES) Constituem elementos do crime de aborto, EXCETO:
a) expulsão de feto inviável.
b) uso de meios eficazes na provocação.
c) gravidez pregressa.
d) morte do concepto.
e) dolo.
Letra a. 
Conforme abordado no material, o aborto caracteriza-se pela interrupção, espontâ-
nea ou provocada, da gestação que ocorre com a expulsão provocada ou remoção 
espontânea de um embrião ou feto do útero materno causando, dessa forma, a 
morte do feto ou embrião.
(2013/FUMARC/PC-MG) O aborto indicado nos casos de estupro denomina-se:
a) social. 
b) eugênico. 
c) terapêutico. 
d) sentimental.
Letra d. 
O aborto provocado por sentimento é caracterizado, também pela doutrina, como 
piedoso e/ou moral. É quando a mulher engravida em consequência de estupro e 
justifica-se pela indignidade fruto de uma gravidez humilhante.
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(2008/PC-MG/PC-MG) O aborto realizado por médico para salvar a vida da gestante 
amparado pelo estado de necessidade é denominado 
a) eugênico.
b) moral.
c) piedoso.
d) terapêutico.
Letra d. 
O aborto necessário ou terapêutico ocorre quando a vida da gestante está em risco, 
nesse caso, o médico realiza o aborto com o intuito de salvar a vida da mãe.
d) Infanticídio
Já abordamos logo no início deste item o conceito de puerpério, que é aquele 
período compreendido entre a eliminação da placenta e o retorno do ciclo mens-
trual. A partir desse conceito, verificou-se que o puerpério abrange um outro fenô-
meno patológico denominado estado puerperal. 
Durante o puerpério, a gestante pode ser acometida de alterações biopsicos-
sociais que alteram o humor, causam angústias, dores, podendo levar à confusão 
mental, tais sensações, consequentemente, podem acarretar em fatalidades, como 
nos casos de infanticídio.
O Infanticídio é tipificado pelo Código Penal, que constitui no art. 23 ser crime, 
com pena de detenção, “matar, sob influência do estado puerperal, o próprio filho, 
durante o parto ou logo após.”
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É interessante que o(a) candidato(a) se atente para os termos trazidos pela 
lei penal no que dizem respeito a “durante o parto” ou “logo após o parto”. Esses 
termos trazem a dimensão e o período de tempo que deve ser considerado para a 
caracterização do infanticídio.
O termo “durante o parto” já traz o conceito de que é o período compreendido 
entre a rotura da bolsa até a expulsão do feto e da placenta. Já o termo “logo após 
o parto” pode trazer dúvidas.
Desse modo, a doutrina trouxe o conceito que define que o estado puerperal 
para caracterização de infanticídio cometido logo após o parto compreende o perí-
odo imediatamente após o nascimento e antes de encerrado os primeiros cuidados 
com a criança. 
É um conceito que deve ser explicado detalhadamente, tendo em vista que a 
caracterização do infanticídio é tarefa desafiadora para os peritos. Portanto, se a 
mulher está, durante o parto e logo após a ele, inconsciente e após algumas horas 
recobra os sentidos e logo depois, ao ver o filho, mata-o, podemos estar diante de 
crime de infanticídio. Por outro lado, se a mãe se encontra lúcida no parto e, logo 
após, passado o momento dos primeiros cuidados com a criança, vir a matá-lo, 
podemos estar diante de um crime de homicídio.
Perceba que a complexidade da tipificação do crime atribui ao perito médico-le-
gal a responsabilidade de diagnosticar, inicialmente, o estado psíquico da mulher, 
além da comprovação do parto pregresso, a determinação da causa e do momento 
da morte do bebê a fim de não confundir o infanticídio com o aborto provocado ou 
espontâneo ou qualquer outro motivo do óbito. Vejamos:
• natimorto: óbito ocorrido entre a 20ª semana de gestação e o início do par-
to. Os casos em que o feto morre antes da 20ª semana denomina-se aborto 
espontâneo.
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• feto nascente: óbito ocorrido entre o início do parto e o momento antes de 
estabelecido o processo respiratório autônomo. 
• infante nascido: óbito ocorrido logo após a primeira respiração.
• recém-nascido: óbito ocorrido entre a primeira respiração e o 7º dia após o 
nascimento.
Cabe ainda destacar que o infanticídio é definido, pelo Código Penal, no título 
que versa sobre os crimes contra a vida, não é considerado um crime sexual e, 
diferente do homicídio, apresenta elementos próprios como, sujeito ativo próprio, 
circunstância de tempo e sujeito passivo único, além de receber tratamento dife-
renciado pelo diploma penal, que o considera menos grave que o homicídio sendo 
conceituado como crime privilegiado.
Agora, vamos dar uma olhada em como as bancas examinadoras já trataram 
esse caso.
(2013/FUNCAB/POLITEC-MT) No crime de infanticídio, a expressão “durante o par-
to ou logo após” significa:
a) desde o período expulsivo do parto até a dequitação placentária.
b) ainda no canal do parto e depois da separação materno-fetal, pela ligadura e 
secção do cordão umbilical.
c) do início do trabalho de parto até o puerpério tardio.
d) da expulsão do concepto até o puerpério remoto.
e) antes que o recém-nascido receba os primeiros cuidados.
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Letra e.
Essa é uma das questões mais recorrentes sobre infanticídio nas provas de concur-
so que trazem no edital a disciplina Medicina Legal. Conforme abordado no mate-
rial, o estado puerperal para caracterização de infanticídio cometido “logo após” o 
parto compreende o período imediatamente após o nascimento e antes de encerra-
do os primeiros cuidados com a criança e a expressão “durante o parto” é o período 
compreendido entre a rotura da bolsa até a expulsão do feto e da placenta.
(2016/CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE) Acerca do crime de infanticídio, é correto 
afirmar que:
a) a legislação prevê que o infanticídio ocorre durante o puerpério e que o período 
limite para enquadramento desse crime está entre trinta e seis e noventa e seis 
horas, após o parto.
b) o infanticídio é considerado crime idêntico ao homicídio, diferenciando apenas 
por ser a vítima um recém-nascido.
c) só pode ser cometido por quem assiste ao parto ou tem a obrigação de zelar 
pelo bem-estar do recém-nascido.
d) quando tem o objetivo de ocultar a gravidez resultante de estupro, não é 
punível.
e) dores do parto, estresse do período expulsivo, solidão do parto causada pela 
gravidez desonrosa ou indesejada, além da pouca irrigação cerebral associada à 
hemorragia no puerpério são fatores que explicam a perturbação da afetividade no 
infanticídio.
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Letra e.
Durante o puerpério, a gestante pode ser acometida de alterações biopsicossociais 
que alteram o humor, causam angústias, dores, podendo levar à confusão mental, 
tais sensações, consequentemente, podem acarretar em fatalidades como nos ca-
sos de infanticídio.
(2013/CESPE/DPF) Tão logo recebeu alta hospitalar, uma mãe saiu da maternidade 
com seu filho, recém-nascido, e colocou-o, ainda com vida, em um depósito de lixo. 
Localizada por um indivíduo que passava perto desse depósito, a criança foi levada 
para um pronto-socorro, mas, apesar de ter recebido o necessário atendimento 
médico, faleceu por hipotermia.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
A mãe em questão cometeu o crime de infanticídio, pois estava movida pelo estado 
puerperal.
Errado. 
Discorremos bastante sobre esse assunto e procurei deixar bem claro os conceitos 
e diferenças que envolvem o estado puerperal. A questão trouxe a indagação sobre 
o estado puerperal logo após o parto, pois bem, conforme exemplificado acima, se 
a mãe, logo após e passado o momento dos primeiros cuidados com a criança, vir 
a matá-lo, podemos estar diante de um crime de homicídio, no caso da questão, a 
mãe não mais se encontrava em estado puerperal, de acordo com os critérios es-
tabelecidos pela medicina legal e a legislação penal, portanto, não cometeu crime 
de infanticídio.
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e) Reprodução Assistida
Diferente da reprodução natural, a reprodução assistida consiste na execução 
de procedimentos médicos que permitam substituir ou facilitar o processo de repro-
dução dos seres humanos ou animais.
Existem no Brasil e no mundo diferentes técnicas de reprodução assistida, den-
tre as mais simples e as mais complexas, vejamos:
• Inseminação Artificial: é a inseminação realizada dentro do corpo da mulher, 
se os gametas utilizados forem do próprio casal, a inseminação é denominada 
de homóloga; se os gametas forem obtidos a partir de doadores, é chamada 
de heteróloga.
• Fertilização in Vitro: é realizada fora do corpo da mulher, podendo ser realiza-
da por meio de diversas técnicas diferentes, como:
− Gift: transferência do gameta masculino e feminino diretamente na tuba 
uterina da mulher;
− Tv-Test: transferência de um embrião já formado, por meio vaginal, na al-
tura das tubas uterinas;
− Icsi: fertilização in vitro seguida da transferência via vaginal do embrião 
formado;
− Iaiu: colocação de espermatozoides diretamente na altura da tuba uterina.
Por fim, a doação de óvulos, de sêmen, de embriões e o congelamento de ma-
terial biológico reprodutivo são técnicas complementares na reprodução assistida, 
lembrando que os embriões congelados não podem ser descartados, de acordo com 
determinação do Conselho Federal de medicina preconizada por meio da Resolução 
CRM n. 1358/1992.
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1.2. Transtornos da Sexualidade e da Identidade Sexual – 
Erotologia Forense
O estudo dos transtornos da sexualidade e da identidade sexual leva à de-
nominação de Erotologia Forense. É uma ciência que estuda os desvios sexuais 
em seus diversos aspectos. Esses desvios são caracterizados, em grande parte, 
pelas modificações qualitativas ou quantitativas do instinto sexual (Costa Filho, 
2010).
A Erotologia é classificada em:
a) inadequações sexuais: é o transtorno ocorrido em pelo menos uma 
das fases sexuais:
a.1) desejo: coitofobia, desejo sexual hipoativo, desejo sexual hipera-
tivo;
a.2) excitação: disfunção erétil, secura vaginal, dispareunia, vaginismo, 
anedonia sexual;
a.3) orgasmo: anorgasmia e ejaculação precoce;
a.4) resolução: priapismo.
b) transtornos de identidade sexual: esse tipo de transtorno é deter-
minado pela confusão de gênero.
b.1) transexualismo: o indivíduo vive com uma identidade de gênero 
diferente daquela designada no nascimento;
b.2) travestimento de duplo papel: vontade de experimentar, por tempo 
determinado, as vestimentas e modo de vida do gênero oposto;
b.3) transtorno de identidade sexual na infância: desejo da criança em 
ser do sexo oposto.
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c) transtornos de preferências sexuais: determinado pela orientação 
sexual.
c.1) assexualismo: o indivíduo não sente atração sexual;
c.2) bissexualismo: atração sentida pelo mesmo gênero e pelo gênero 
oposto;
c.3)homossexualismo: atração sentida por indivíduo do mesmo gênero;
c.4) pansexualismo: atração por qualquer pessoa ou animal, independente 
do gênero.
d) anomalias sexuais: caracterizado pela compulsão dos anseios sexu-
ais, demonstrado também por meio de desejos sexuais em padrões fora do 
normal.
d.1) exibicionismo: desejo de exibir a genitália para outras pessoas (ato 
obsceno);
d.2) agorafilia: desejo de praticar ato sexual ao ar livre (ato obsceno);
d.3) frotagem ou frotteurismo: necessidade de esfregar os órgãos genitais 
em outrem (ato obsceno);
d.4) erotografomania: desejo incontrolável de escrever sobre sexo (ato 
obsceno);
d.5) pedofilia: desejo por crianças (crime de estupro de vulnerável/corrup-
ção de menores/art. 240 e 241 do Estatuto da Criança e Adolescente);
d.6) efebofilia: atração por adolescentes (crime de estupro de vulnerá-
vel/corrupção de menores/art. 240 e 241 do Estatuto da Criança e Ado-
lescente).
d.7) algofilia: obtenção de prazer sexual pela dor (sadismo, relaciona-se ao 
crime de estupro e lesão corporal);
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d.8) necrofilia: prazer sexual por cadáveres (crime de vilipêndio a cadáver);
d.9) vampirismo: prazer sexual por meio da ingestão do sangue do parcei-
ro (lesão corporal);
d.10) coprolalia ou erotolalia: prazer sexual em ouvir ou dizer palavras 
obscenas (ato obsceno);
d.11) pigmalionismo: desejo sexual por estátuas (Lei de Contravenções 
Penais/importunação ofensiva ao pudor);
d.13) voyeurismo, ou escoptofilia, ou mixoscopismo: prazer sexual em ob-
servar a atividade sexual de terceiros;
d.14) gerontofilia: desejo por pessoa senil;
d.15) etnoinversão ou cromoinversão: desejo sexual por pessoas de gru-
pos étnicos ou cor da pele diferentes;
d.16) apotemnofilia: desejo incontroláver de se ver amputado;
d.17) acrotomofilia: desejo sexual por pessoas amputadas.
A lista de anomalias sexuais é exaustiva, existem diversos padrões anormais de 
comportamento sexual. No nosso material, priorizei os casos interessantes à Medi-
cina Legal por estarem ligados às contravenções penais e/ou crimes.
(IBADE/2017/PC-AC) Uma pessoa vai até a Delegacia de Polícia relatar que um 
indivíduo do sexo masculino reiteradamente é visto à noite, num cemitério, prati-
cando atos sexuais com cadáveres femininos retirados dos túmulos. Com base nas 
informações acima, pode-se afirmar que se está diante de um caso de: 
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a) necrofilia. 
b) anafrodisia. 
c) autoerotismo
d) sadismo. 
e) frigidez.
Letra a. 
Necrofilia é prazer sexual por cadáveres (crime de vilipêndio a cadáver).
(VUNESP/2014/PC-SP) A atração sexual por estátuas, manequins ou bonecos, que 
poderá redundar em prática de simulação de carícias ou de atos libidinosos com 
tais objetos em locais públicos, é denominada
a) necrofilia ou necromania.
b) agalmatofilia ou pigmalionismo.
c) zoofilia ou zooerastia.
d) cleptomania ou exibicionismo.
e) complexo de Édipo ou bestialismo.
Letra b. 
O pigmalionismo é o desejo sexual por estátuas (Lei de Contravenções Penais/im-
portunação ofensiva ao pudor).
(2017/FUNDATEC/IGP-RS) Escoptofilia é uma perversão sexual caracterizada:
a) Pelo prazer erótico despertado em certos indivíduos em presenciar o coito de 
terceiros.
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b) Pelo prazer erótico em manter relações sexuais ou praticar atos libidinosos di-
versos com cadáveres.
c) Pela admiração pelo próprio corpo ou o culto exagerado de sua própria persona-
lidade e cuja excitação sexual tem como referência o próprio corpo. 
d) Pelo prazer sexual que certos indivíduos têm ao aproveitarem-se de certas aglo-
merações em transportes públicos ou outros locais de ajuntamento humano com o 
objetivo de encostar seus órgãos sexuais principalmente em mulheres, sem que a 
vítima perceba ou identifique suas intenções.
e) Pela fixação sexual por determinada parte do corpo ou pertences da pessoa-alvo.
Letra a. 
A escoptofilia, mais comumente chamada de voyeurismo, consiste no desejo sexual 
em observar a atividade sexual de terceiros.
1.3. Crimes contra a Dignidade Sexual e Provas Periciais
O Código Penal define os crimes sexuais e aplicação de sanções, abordando os 
crimes de perigo de contágio venéreo e os crimes contra a dignidade sexual.
O art. 130 do Código Penal preconiza o Crime de Perigo de Contágio Vené-
reo, que se caracteriza pela exposição de alguém, por meio de relação sexual ou 
ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea de que se sabe ou deveria saber que 
está contaminado. 
É importante que o(a) candidato(a) entenda que moléstia venérea são as DST’s 
(Doenças Sexualmente Transmissíveis) e ato libidinoso é toda prática de volúpia di-
ferente da conjunção carnal, podendo ser caracterizado pelo beijo, toque, felação, 
cunilíngua, heteromasturbação, entre outros.
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Não é necessário o ato sexual em si, nem mesmo o contágio para a consuma-
ção desse tipo penal. A comprovação do contato sexual, feita por meio de exame 
pericial na vítima, aponta para a consumação do crime.
O art. 231 do Código Penal, estabelece que crime de Estupro é ação de cons-
tranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a 
praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.
O crime de Estupro é considerado hediondo pela Lei n. 8.930/1994 e a violência 
pode ser acometida tanto contra mulher quanto contra homem, de acordo com a 
Lei n. 12.015/2009, podendo ser efetiva (emprego de força física ou artifícios que 
impossibilite a reação da vítima) ou presumida (contra menor ou contra o absolu-
tamente incapaz).
O crime comprova-se por meio do exame pericial e a presença de secreções na 
vítima podem ser identificadas por meio de alguns métodos como: a Reação de 
Florence, a Reação de Baecchi, os Cristais de Bokarius, os Cristais de Dominicis, 
Reações de Barbério, as Provas de Corin-Stockis e a Lâmpada de Wood.
Da perícia de conjunção carnal extrai-se os diagnósticos de ruptura himenal 
recente (sangramento evidente, secreções, esquimoses e cicratizações), presença 
de espermatozoides, presença de fostatase (decorrente de vasectomia), presença 
de proteína P30, gravidez.Dando continuidade aos estudos sobre os crimes contra a dignidade sexual, 
o art. 215 do Código Penal traz o tipo denominado Violação Sexual Mediante 
Fraude, que é crime de ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com 
alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifesta-
ção da vontade da vítima.
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A fraude, no tipo penal de violação sexual mediante fraude, relaciona-se com a in-
dução da vítima em erro. 
O crime de Assédio Sexual é caracterizado pela condição de superioridade 
profissional do agente em relação à vítima, consiste em constranger alguém com 
o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente 
da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerente ao exercício de 
emprego, cargo ou função (CP, art.216-A)
No crime de Estupro de Vulnerável (CP, art. 217-A), a pena é aumentada em 
relação ao crime do art. 213 do CP e a vítima, do sexo masculino ou feminino, é 
menor de 14 anos. O exame pericial é realizado por meio da verificação de secre-
ção, escoriações especialmente no pescoço, face, braços e interior da coxa.
Diversos são os crimes contra a dignidade sexual, além dos aqui abordados, como 
o favorecimento à prostituição, corrupção de menores, o rufianismo, o tráfico inter-
nacional para fins de exploração sexual, ato obsceno. Todos esses crimes são tipi-
ficados pelo Código Penal, Parte Especial, Título I, Capítulo II e Título IV, Capítulos 
de I a VI. É extremamente importante que o(a) candidato(a) utilize o Código Penal 
nos estudos relacionados aos crimes sexuais.
Vamos treinar um pouco respondendo questões sobre os crimes sexuais!
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(2017/FUNDATEC/IGP-RS) A respeito da perícia médico-legal em crimes contra a 
dignidade sexual, assinale a alternativa correta.
a) Conjunção carnal é a introdução completa ou incompleta do pênis na cavidade 
vaginal ou no ânus, ocorrendo ou não ejaculação. 
b) A constatação de esperma na cavidade vaginal é de muita importância na com-
provação da conjunção carnal e pode auxiliar na identificação do agressor.
c) Ruptura himenal recente é conclusiva com relação à ocorrência de estupro.
d) Não é possível encontrar integridade himenal em mulher com vida sexual ini-
ciada. 
e) O encontro de fosfatase ácida na cavidade vaginal permite o diagnóstico médi-
co-legal de conjunção carnal.
Letra b.
São sinais que apresentam certeza no diagnóstico de crimes contra a dignidade 
sexual, a ruptura do hímen, presença de esperma na cavidade vaginal ou anal, 
gravidez e cancro sifílico no colo do útero.
(2017/CESPE/PC-GO) Em relação aos aspectos médico-legais dos crimes contra a 
liberdade sexual, assinale a opção correta.
a) A presença de escoriação em cotovelo e de esperma na cavidade vaginal são 
suficientes para caracterizar o estupro.
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b) Equimoses da margem do ânus, hemorragias por esgarçamento das paredes 
anorretais e edemas das regiões circunvizinhas são características de coito anal 
violento.
c) Em crianças com mudanças de comportamento, a presença de eritemas confir-
ma o diagnóstico de abuso sexual.
d) A vasectomia feita no indivíduo antes de ele cometer um crime de estupro im-
pede a obtenção de dados objetivos desse crime.
e) A integridade do hímen invalida o diagnóstico de conjunção carnal.
Letra e.
Nem sempre o hímen se rompe com a conjunção carnal, são os casos dos himens 
complacentes que apresentam espessura mais grossa e elástica, que normalmente 
não se rompe durante a relação sexual.
2. Toxicofilias
A toxicofilia é estudada, nos casos em se apresentam interessantes à justiça, 
por meio da toxicologia forense. É conceituada como o estado de intoxicação perió-
dico ou crônico, nocivo ao indivíduo e à sociedade, produzida pelo uso contínuo de 
droga natural, sintética ou álcool.
A substâncias mais comuns que geram dano ao organismo humano são as subs-
tâncias psicotrópicas que agem diretamente no Sistema Nervoso Central, mas não 
podemos nos abster do álcool, que atua diretamente no Sistema Nervoso Central.
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Os agentes psicoativos são classificados em:
• psicolépticos: são os ansiolíticos, os calmantes, os depressivos que acalmam 
e deprimem o Sistema Nervoso Central. Normalmente são medicamentos de 
venda controlada;
• psicanalépticos: são contrários aos psicolépticos, pois estimulam o Sistema 
Nervoso Central, causando excitação e euforia. Normalmente são drogas sin-
téticas, como o ecstasy e as metanfetaminas;
• psicodislépticos: são drogas que provocam alteração do comportamento, 
como o álcool, a maconha, a cocaína, a heroína, entre outros.
Com exceção do álcool e de algumas substâncias solventes inalantes encontra-
das no mercado, os agentes psicodislépticos são proibidos em todo território nacio-
nal, de acordo com a Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006.
2.1. Embriaguez Alcoólica e Alcoolismo
A embriaguez é o estado de intoxicação aguda, episódica e passageira provoca-
da pelo consumo excessivo de álcool e é composta por três fases:
• excitação: alegria, superestimulação, sociabilidade e consciência;
• confusão: linguagem desconexa, ofensas, desejos insaciáveis, perda da auto-
crítica, perda de reflexo, é também chamada de fase médico-legal;
• sono: a consciência já não se faz tão presente e o indivíduo apresenta falta de 
equilíbrio e sono profundo, pupilas dilatadas e sudorese profunda.
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Não são todos os casos em que a embriaguez se dá de maneira patológica, em 
muitos casos, o indivíduo apresenta tolerância ao álcool e apresenta reações diver-
sas. A consequência de ingestão de álcool depende da idade do indivíduo, do peso, 
do hábito debeber, do estado emotivo, de fenômenos gástricos.
A embriaguez patológica é considerada pela Organização Mundial de Saúde 
como Alcoolismo e é classificada como uma anomalia clínica que gera consequên-
cias drásticas na saúde física e mental do indivíduo e ainda nas relações sociais e 
econômicas.
Ainda não existem estudos que afirmam a causa do Alcoolismo, acredita-se que 
a patologia é concebida de acordo com a predisposição individual de cada um rela-
cionada a transtornos psicoemocionais.
Não é comum que o alcoolismo se instale no indivíduo de maneira abrupta, le-
va-se tempo para que a doença apareça e pode ser percebida por meio da classifi-
cação das fases, vejamos:
• fase pré-alcoólica sintomática: o indivíduo faz o uso de álcool socialmente e 
moderadamente, essa fase dura até dois anos;
• fase prodômica: essa fase caracteriza-se pelo sentimento de vergonha do in-
divíduo, que leva ao consumo escondido de bebida, à agressividade e à perda 
de consciência quando do consumo do álcool;
• fase crucial: nesse momento o indivíduo já faz uso excessivo do álcool e se 
apresenta agressivo, com episódios de atritos familiares e desleixo com rela-
ção à higiene e ao trabalho. Apresenta desequilíbrio dos esfíncteres e redução 
do apetite sexual;
• fase crônica: fase crítica do alcoolismo, o indivíduo apresenta alucinações e 
psicoses alcoólicas, além da nítida decadência física, mental, social e psico-
lógica.
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Existem casos em que o indivíduo apresenta síndrome de abstinência. Quando 
faz uso excessivo de álcool e a parada brusca leva a sintomas caracterizados por 
alucinações, descontrole psicológico, agitação, dores físicas, contrações muscula-
res, agonias, entre outros sintomas.
O diagnóstico da embriaguez é realizado por meio de testes clínicos (exame de 
pupila, sinais vitais, hálito, motricidade) e laboratoriais, como o método Forrester 
(expiração em recipiente contendo perclorato de mercúrio) e método Harger (ex-
piração em recipiente contendo permanganato de potássio e ácido sulfúrico – teste 
do bafômetro).
Vamos treinar!
(2017/FCC/POLITEC-AP) A intoxicação alcoólica patológica é caracterizada por 
a) rebaixamento do nível de consciência após a ingestão de qualquer quantidade 
de bebida alcoólica. 
b) carência emocional exacerbada com necessidade de toque interpessoal, inclusi-
ve com pessoas desconhecidas. 
c) apego demasiado em relação às próprias vestes e de terceiros. 
d) desproporção entre a quantidade de álcool ingerida e a magnitude da reação 
apresentada pela pessoa. 
e) memória e atenção preservadas em relação a todos os atos efetuados durante 
a intoxicação.
Letra d.
Os casos de intoxicação patológica alcoólica apresentam características no indiví-
duo, no sentido de apresentar alterações intensas de comportamento após a inges-
tão de quantidade de álcool considerada particularmente pequena.
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(2016/CESPE/PC-PE) Assinale a opção que apresenta uma droga considerada psi-
canaléptica.
a) haloperidol
b) clorpromazina
c) pentobarbital
d) meprobamato
e) MDMA (ecstasy)
Letra e.
MDMA (ecstasy) é uma droga da classe dos alucinógenos que possui característica 
estimulantes e são classificadas como psicanalépticas, como a cocaína, o crack e 
as anfetaminas.
(2008/PC-MG/PC-MG) Considerando as etapas clínicas da embriaguez alcoólica, 
qual delas é denominada fase médico-legal?
a) Confusão.
b) Comatosa.
c) Excitação.
d) Sono.
Letra a.
A embriaguez é o estado de intoxicação aguda, episódica e passageira provocada 
pelo consumo excessivo de álcool e é composta por três fases: excitação (alegria, 
superestimulação, sociabilidade e consciência); confusão (linguagem desconexa, 
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ofensas, desejos insaciáveis, perda da autocrítica, perda de reflexo, é também 
chamada de fase médico-legal); e sono (a consciência já não se faz tão presente e 
o indivíduo apresenta falta de equilíbrio e sono profundo, pupilas dilatadas e sudo-
rese profunda).
3. Psicopatologia Médico-Legal
O estudo da psicopatologia médico-legal refere-se à aplicação da psicologia e 
da psicopatologia nas ciências forenses, no sentido de avaliar os estados mentais 
patológicos do indivíduo manifestados de forma etiológica (psicopatologia orgânica 
e psicológica) ou por tipo de alteração (neurose e psicose).
Nesse sentido, analisaremos detalhadamente as seguintes manifestações psi-
copatológicas.
a) Retardo Mental
O retardo mental, também chamado de Oligofrenia, pode ocorrer tanto por 
anomalias genéticas, como a Síndrome de Down, Síndrome de Edwards, Síndrome 
de Patau, Síndrome de Kleinefelter e Síndrome de Turner, quanto por malformação 
do Sistema Nervoso Central. Sua principal característica é o baixo desempenho in-
telectual provocado pelo desenvolvimento incompleto da mentalidade, de forma a 
avultar o deficit do quociente de inteligência (QI).
A Oligofrenia manifesta-se comumente na infância, apresentando os seguintes 
sintomas:
• o bebê apresenta dificuldade em sugar o leite do seio da mãe;
• o bebê grita e chora continuamente;
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• expressão fisionômica apática e dificuldade em fixar o olhar;
• lentidão dos movimentos;
• fala e locomoção retardadas;
• baixo rendimento escolar.
Ressalta-se que o retardo mental também pode ser diagnosticado na fase adul-
ta, sem que o indivíduo tenha apresentado sintomas na infância, as características 
mais comuns são a incapacidade intelectual e a incapacidade de socialização, além 
da dificuldade na locomoção.
A oligofrenia classifica-se em:
• Leve: QI entre 50 e 69 e idade mental de 9 a 11 anos;
• Moderada: QI entre 35 e 49 e idade mental de 6 a 8 anos;
• Grave: QI entre 20 e 34 e idade mental de 3 a 5 anos;
• Profunda: QI de no máximo 20 e idade mental de até 3 anos.
b) Demência 
O indivíduo acometido de demência apresenta diminuição ou perda da capacida-
de cognitiva, de forma momentânea ou permanente, provocada pela degeneração 
neurológica que atinge o Sistema Nervoso Central. 
Os sintomas da demência se apresentam, principalmente, por meio do sur-
gimento de ataxia (disfunção de movimentos voluntários e do equilíbrio);afasia 
(disfunção da linguagem); agrafia (disfunção da capacidade de escrever); e alexia 
(disfunção da capacidade de leitura). Nota-se que a demência apresenta sintomas 
de perda de habilidade já adquiridas, o que caracteriza uma doença neurodegene-
rativa.
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Muitas vezes a demência é provocada por disfunções endócrinas e metabólicas, 
quadros infecciosos, depressão e outras doenças, como o Alzheimer, a doença de 
Pick, a doença de Creutzfeld-Jacob, a doença de Huntington, o Parkinson e o HIV.
c) Transtornos Mentais e Comportamentais
Os transtornos mentais e comportamentais são caracterizados pela anormalida-
de psíquica do indivíduo e se apresentam de 2 formas:
• Psicoses: estado mental grave em que o indivíduo apresenta a perda de 
conexão com a realidade, podendo provocar alucinações e alterações de per-
sonalidade, são elas: 
− esquizofrenia: surge, principalmente, na adolescência e compromete o psi-
quismo, provocando alucinações e delírios com consequente disfunção so-
cial crônica. Os delitos cometidos por esquizofrênicos possuem a caracte-
rística da inutilidade uma vez que são inesperados e desmotivados.
− transtorno bipolar ou psicose maníaco-depressiva: surge, principalmente, 
na fase de transição entre a adolescência e a fase adulta (15 a 25 anos) 
e apresenta variações entre período de elevada excitação e de elevado 
estado depressivo, nas mulheres, o transtorno bipolar pode desenvolver 
ninfomania.
− paranoia: manifestada por meio de delírios de viés egocêntrico e autofílico, 
contudo, não afeta a função cognitiva e se apresentam, comumente, na 
forma de crises de ciúme e de perseguição, em que o paciente pode come-
ter crimes de falso testemunho, calúnia, lesão corporal e até homicídio em 
estado de crise paranoica.
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− personalidades psicopáticas: os psicopatas não possuem a capacidade de 
sentir culpa, são indivíduos que apresentam personalidade bastante inteli-
gente, contudo, inconstante e com marcas de mentira, são egocêntricos, im-
previsíveis e possuem plena consciência dos seus atos, crimes e intenções.
− desilusão: o paciente apresenta alucinações que o levam a crer em ideias 
mórbidas que acabam provocando sofrimento, muito comum em pacientes 
com quadros psicóticos e esquizofrênicos. A desilusão, por apresentar sin-
tomas de melancolia e perseguição, pode tornar o paciente violento. 
− transtornos psicóticos por substâncias psicoativas: são aqueles transtor-
nos causados pela ingestão de uma ou mais substâncias psicoativas, e as 
características do transtorno dependem de qual substância foi ingerida, 
podendo causar depressão, delírio, paranoia, violência, entre outros.
• Neuroses: os distúrbios neuróticos são classificados como distúrbios depressi-
vos ou de ansiedade. O indivíduo permanece com a racionalidade intacta, con-
tudo, apresentam dificuldade no contato com outras pessoas, tensão, agressi-
vidade, isolamento, transtornos obsessivos compulsivos, fobias, entre outros.
3.1. Imputabilidade Penal e Capacidade Civil
A imputabilidade não é definida pelo Código Penal, uma vez que o termo carac-
teriza a possibilidade de atribuir a alguém a responsabilidade por algum fato que 
lhe possa ser juridicamente imputada a prática de uma infração penal (Gonçalves, 
2014). Desse modo, os tipos penais estão consignados junto ao Código Penal e se 
aplicam a qualquer pessoa, salvo os casos de inimputabilidade penal.
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A inimputabilidade é defina na Parte Geral, Título III, do Código Penal que enu-
mera, nos artigos 26 a 28, as hipóteses de inimputabilidade.
Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujei-
tos às normas estabelecidas na legislação especial. 
Art. 28. 
§ 1º É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso 
fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Além disso, a Lei de Tóxicos (Lei n. 11.343/2006) preconiza, no art. 45, o caso 
de inimputabilidade decorrente de dependência ou efeito de substância entorpe-
cente.
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, 
proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da 
omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este 
apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput 
deste artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para trata-
mento médico adequado. 
Tratando-se de capacidade civil, a legislação brasileira prevê que o cidadão po-
derá adquirir:
• Capacidade Jurídica Plena: aquela em que o indivíduo pode exercer plena-
mente e totalmente todos os atos da vida civil;
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• Incapacidade Jurídica Relativa: aquela em que o indivíduo possui restrições 
para o exercício dos atos da vida civil, devendo ser representado por pessoa 
com capacidade jurídica plena (menores de 18 anos e maiores de dezesseis, 
ébrios habituais, aqueles que, por causa transitória ou permanente, não pu-
derem exprimir sua vontade e os pródigos);
• Incapacidade Absoluta: aquela em que o indivíduo não pode exercer, pessoal 
e diretamente, nenhum ato da vida civil, devendo ser representado por pes-
soa com capacidade jurídica plena (os menores de 16 anos).
(VUNESP/2014/PC-SP) Indivíduo envolveu-se em um acidente automobilístico, sem 
vítima fatal, por avançar o sinal vermelho em cruzamento. Recusou-se a fazer o 
teste do bafômetro no local, tendo sido levado à delegacia e ao IML para exame de 
corpo de delito. Lá, foi submetido a exameclínico e autorizou a coleta de sangue 
para a dosagem bioquímica de álcool, a qual revelou 0,7 g/L. Frente a esse dado, 
é correto afirmar que
a) irá responder apenas por infração de trânsito, por estar alcoolizado.
b) a dosagem de álcool é mínima, sendo insuficiente para definir entre alcoolizado 
e embriaguez.
c) não será penalizado, pois o resultado foi limítrofe, devendo ser mais bem carac-
terizado pelo exame clínico.
d) irá responder por crime, por dirigir sob efeito do álcool.
e) não será penalizado, pois não houve vítima fatal.
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Letra d.
Nesse caso o indivíduo responderá pelo crime estabelecido no art. 306 do Código de 
Trânsito Brasileiro, tendo em vista que a inimputabilidade em casos de embriaguez 
ocorre somente nos casos em que agente, por embriaguez completa, proveniente 
de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com 
esse entendimento.
(VUNESP/2015/PC-CE) Considere que determinado sujeito, portador de desenvol-
vimento mental incompleto, ao tempo da ação tinha plena capacidade de entender 
o caráter ilícito do fato, mas era inteiramente incapaz de determinar-se de acordo 
com esse entendimento – o que fora clinicamente atestado nos autos em perícia 
oficial. Em consonância com o texto legal do art. 26 do CP, ao proferir sentença 
deve o juiz reconhecer sua
a) inimputabilidade.
b) imputabilidade.
c) semi-imputabilidade, absolvendo-lhe e aplicando-lhe medida de segurança.
d) semi-imputabilidade, condenando-lhe e aplicando-lhe pena diminuída.
e) semi-imputabilidade, condenando-lhe e aplicando-lhe medida de segurança.
Letra a.
Você lembra que na apresentação eu falei sobre a importância da leitura da lei? 
Essa questão apresentou exatamente a letra do artigo 26 do Código Penal e ain-
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da o citou, ou seja, quem leu a lei respondeu tranquilamente essa questão, uma 
vez que o art. 26 versa que é isento de pena o agente que, por doença mental ou 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da 
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento.
Nunca se esqueça que em uma questão pode estar a sua aprovação.
3.2. Limite e Modificadores da Responsabilidade Penal e Ca-
pacidade Civil
As circunstâncias limítrofes e modificadoras da responsabilidade penal e da ca-
pacidade civil são, basicamente:
• Idade: com 18 anos completos o indivíduo adquire capacidade plena para o 
exercício dos atos da vida civil, tornando-se imputável, contudo, a capacida-
de civil do maior do 18 anos cessa com a interdição, e incapacidade civil de 
menor de 18 anos cessa com a emancipação;
• Gênero: no caso das mulheres, o estado fisiológico (período menstrual, gravi-
dez, menopausa, estado puerperal) é critério modificador da responsabilidade 
penal, mas não é excludente;
• Estados emotivos: a alteração da consciência, da vontade e a emoção são 
circunstâncias que atenuam a pena, porém, não excluem;
• Embriaguez e a Toxicomania: a embriaguez e a toxicomania completa, prove-
niente de caso fortuito ou força maior, que provoque no indivíduo, ao mesmo 
tempo da ação ou da omissão, a incapacidade de entender o caráter ilícito do 
fato, é circunstância de isenção de pena.
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• Doença Mental: conforme já explanado anteriormente, é inimputável o agen-
te que era, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou re-
tardado, ao tempo da ação ou omissão, incapaz de entender o caráter ilícito 
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Para tanto, 
não basta somente a doença mental, a inimputabilidade só é permitida se a 
circunstância vier acompanhada da incapacidade do indivíduo em entender o 
caráter ilícito da conduta.
• Silvícolas Inadaptados: esse tema é bastante controverso, mas, caso caia na 
sua prova, considere os silvícolas inadaptados inimputáveis se forem inteira-
mente incapazes de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com este entendimento.
Ressalta-se que responsabilidade penal possui modificadores até mesmo no que 
se relaciona a circunstâncias que envolvam muitas pessoas. Serei mais clara, o Có-
digo Penal traz, no art. 65, a circunstância atenuante provocada pelo cometimento 
de crime sob influência de multidão ou tumulto, se não o provocou.
 Daí concluímos que a imputabilidade está intimamente ligada à capacidade de 
discernimento do indivíduo, seja no aspecto intelectivo, seja no aspecto volitivo.
Vejamos agora algumas questões aplicadas em concursos sobre o tema.
(2013/FUNCAB/PC-ES) Dentre os modificadores da imputabilidade penal assinala-
mos os seguintes, EXCETO:
a) idade.
b) emoção e paixão.
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c) multidão.
d) silvícolas.
e) epilepsia generalizada.
Letra e.
Nosso estudo do item está praticamente inteiro nessa questão. Conforme estuda-
mos logo acima, as circunstâncias limítrofes e modificadoras da responsabilidade 
penal e da capacidade civil são, basicamente, a idade, o gênero, os estados emo-
tivos, a embriaguez e a toxicomania, a doença mental e os silvícolas inadaptados.
(2013/FUNCAB/PC-ES) São incapazes de exercer relativamente os atos da vida 
civil, EXCETO:
a) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
b) os ébrios habituais.
c) os viciados em tóxicos.
d) os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
e) os pródigos.
Letra c.
São considerados relativamente incapazes os indivíduos que possuem restrições 
para o exercício dos atos da vida civil, devendo ser representados por pessoa com 
capacidade jurídica plena, são eles: menores de 18 anos e maiores de dezesseis, 
ébrios habituais, aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem 
exprimir sua vontade e os pródigos, conforme art. 4º do Código Civil.
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3.3. Simulação, Dissimulação e Supersimulação
Já dizia o renomado professor Veiga de Carvalho, “simulação é o ato ou atitude 
pelo qual se busca disfarçar o intento de induzir os outros em erro”. Na Medicina 
Legal, o estudo da simulação, dissimulação e supersimulação é de fundamental 
importância no sentido de buscar o entendimento quanto aos fins idealizados pelo 
agente simulador.
Na simulação, o agente, buscando evitar uma sanção penal ou a condenação, 
alega possuir uma doença ou ter agido sob o efeito da doença. Existe também os 
casos em que, por motivo de vingança, o agente se autoflagela a fim de imputar 
falsa agressão a terceiros.
Já a dissimulação caracteriza-se pelo fingimento, em que o agente esconde um es-
tado preexistente a fim de obter vantagem, como, por exemplo, a raiva, o ciúme, a ira.
Na supersimulação o agente exagera na simulação da doença ou dos efeitos da 
doença. Nos casos de supersimulação, o perito sente grande dificuldade em veri-
ficar o que é verdade e o que é mentira, uma vez que em muitos casos existem 
sinais e sintomas verdadeiros, mas o agente exagera na descrição.
É importante ressaltar que na simulação, na dissimulação e na supersimulação 
não são todos os agentes que atuam buscando a má-fé, em transtornos psiquiátri-
cos a simulação é uma caraterística do transtorno. 
Seguem algumas questões já abordadas em concurso.
(2015/CESPE/TJ-DFT) Julgue o item subsequente relativo à simulação.
São indícios de simulação a confirmação indiscriminada de sintomas e um número 
elevado de sintomas raros.
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Certo.
A característica essencial da simulação é a produção intencional de sintomas físicos 
ou psicológicos falsos ou amplamente exagerados, com o fito de esquivar-se de 
sanção penal ou condenação.
(2015/CESPE/TJ-DFT) Julgue o item subsequente relativo à simulação.
Na simulação, há uma produção intencional de sintomas por motivações incons-
cientes.
Errado. 
A simulação é caracterizada pelo objetivo de enganar com fins de obter vantagem, 
não são inconscientes ainda que, muitas vezes, são considerados sintomas patoló-
gicos.
3.4. Repercussões Médico-Legais dos Distúrbios Psíquicos
Eu deixei este tema como último tópico desta aula pelo fato que as avaliações, 
para fins de diagnósticos de anomalias mentais nas questões que envolvam o di-
reito penal, dependem quase que exclusivamente da Medicina Legal. O exame de 
sanidade mental é aplicado com o objetivo de confirmar se o indivíduo possui facul-
dade mental para agir ou no ato da ação, de modo que o diagnóstico aplicado pelo 
perito é que determinará a forma de sua punição. 
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Partindo dessa premissa é que as perícias médico-legais são procedimentos téc-
nico-científicos, realizados por profissionais legalmente habilitados, em que esses 
profissionais devem agir com estrita observância das normas, vez que o princípio 
da verdade presente na atuação de tais profissionais caracteriza a idoneidade im-
prescindível para que o profissional exerça o melhor desempenho, com fins de au-
xiliar efetivação da justiça em prol do interesse social.
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RESUMO
Ufa! Conseguimos vencer o conteúdo programático do edital relacionado à Dis-
ciplina de Medicina Legal e você está cada vez mais próximo(a) da aprovação.
Nesta última aula, detalhamos os assuntos relacionados à Sexologia Médico-Le-
gal, a Psicopatologia Médico-Legal e as Toxicofilias.
Identificamos que: 
• o estudo da sexologia forense ou sexologia médico-legal se divide em obste-
trícia forense, herotologia forense e himenologia forense;
• a obstetrícia forense estuda os aspectos médico-legais que possuem referên-
cia com a fecundação, gestação, parto, puerpério, aborto e infanticídio;
• a fecundação é a união do óvulo com o espermatozoide, de modo a originar 
a célula ovo, chamada de zigoto;
• fecundado o óvulo, a mulher apresenta estado gravídico e que o diagnóstico 
concreto da gravidez se dá quando presentes batimentos cardíacos fetais, os 
movimentos fetais passivos e ativos e a presença gonadotropina coriônica 
(hormônio secretado pela placenta);
• o parto é o momento em que o feto alcançou seu grau adequado de desen-
volvimento e se coloca para fora do útero materno;
• o período compreendido entre o fim do parto e a volta do organismo às con-
dições normais preexistentes antes do estado gravídico é denominado puer-
pério;
• o aborto é a interrupção, espontânea ou provocada, da gestação;
• o infanticídio é difícil de diagnosticar e ocorre no puerpério quando a mãe se 
encontra em estado puerperal;
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• o estado puerperal compreende o período entre o parto e logo após o parto;
• a reprodução assistida é diferente da reprodução natural, uma vez que con-
siste na execução de procedimentos médicos que permitam substituir ou fa-
cilitar o processo de reprodução dos seres humanos ou animais;
• o estudo dos transtornos da sexualidade e da identidade sexual leva a deno-
minação de Erotologia Forense;
• a Erotologia é classificada em inadequações sexuais, transtornos de preferên-
cias sexuais e anomalias sexuais;
• são crimes contra a dignidade sexual os crimes de perigo de contágio vené-
reo, o estupro, a violação mediante fraude, o assédio sexual e o estupro de 
vulnerável;
• a Toxicofilia é conceituada como o estado de intoxicação periódico ou crônico, 
nocivo ao indivíduo e à sociedade, produzida pelo uso contínuo de droga na-
tural, sintética ou álcool;
• os agentes psicoativos são classificados em psicolépticos, psicanalépticos e 
psicodislépticos;
• a embriaguez é o estado de intoxicação aguda, episódico e passageiro provo-
cado pelo consumo excessivo de álcool;
• o diagnóstico da embriaguez é realizado por meio de testes clínicos e labora-
toriais;
• o estudo da psicopatologia médico-legal refere-se à aplicação da psicologia e 
da psicopatologia nas ciências forenses;
• as

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