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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE NUTRIÇÃO Nome: Luiza Pereira Gonçalves O filme "Eu, Daniel Blake", produzido por Ken Loach e roteirizado por Paul Laverty em 2016, retrata a precariedade do Sistema de Saúde de Proteção Social inglês. A obra conta a história de um carpinteiro que sofre um ataque cardíaco durante seu expediente no trabalho. O protagonista, Daniel Blake, recorre ao seguro de saúde por ser proibido pelos seus médicos de trabalhar. No entanto, passa por algumas dificuldades para a concessão de benefícios. Ao ser atendido no Departamento de Serviço Social Inglês, o personagem se depara com problemas na comunicação, como telefonemas de longa duração e preenchimentos de formulários online. Além disso, Daniel passa por atendimentos hostis com agentes do Estado e empresas terceirizadas. Em um desses atendimentos, ele conhece Katie, uma mãe solteira em busca do seguro-desemprego com a dificuldade em relação ao sistema burocrático e o longo período sem o auxílio. Assim, o filme aborda a assistência desumanizada oferecida pelo departamento, a falta acessibilidade ao idoso e uma burocracia humilhante para quem precisa do seguro social. Embora o protagonista tenha sido considerado incapaz de retornar ao trabalho pelos profissionais da saúde, a empresa terceirizada responsável por avaliar o caso, considerou que Daniel não apresentava condições para receber o seguro por invalidez. Com isso, ele só poderia recorrer ao seguro desemprego ou aposentadoria, mas também teve dificuldade para conseguir. Para adquirir o seguro desemprego, injustamente, o personagem deveria se comprometer a procurar emprego 35h por semana, mesmo estando doente. Portanto, existe uma série de diferenças da seguridade social inglesa e brasileira. Ao contrário do sistema de saúde de proteção social inglês, no Brasil, apenas os médicos concursados pelo INSS podem avaliar o estado de saúde de quem solicitou o benefício por invalidez. Os beneficiários brasileiros do seguro desemprego, por sua vez, não precisam comprovar que estão em busca de trabalho. Além disso, o acesso à informação é mais deficitário, porque o Brasil, como país subdesenvolvido, apresenta grande número de pessoas sem internet, aparelhos eletrônicos ou escolaridade. Dessa forma, torna-se o sistema de saúde de proteção social brasileiro mais precarizado.
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