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APOSTILA COMPLETA PORT FABIANA

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nuceconcursos.com.br 
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1 
 
PORTUGUÊS 
1. ORTOGRAFIA 
 
 
 EMPREGO DOS “PORQUÊS” 
 
01. PORQUE – Conjunção coordenativa explicativa (= 
pois) ou subordinativa causal. 
 Ex.: Passou, porque estudou muito. (explicação) 
 Porque estava doente, faltou ao trabalho. (causa) 
 
02. PORQUÊ – Usado como substantivo, sinônimo de 
motivo, razão. Vem sempre precedido por uma palavra 
determinante = artigo, pronome etc.) 
 Ex.: Não sei o porquê de tanta complicação. 
 (= o motivo / a razão) 
 
03. POR QUE 
 Nas interrogativas diretas vem anteposto. 
 Ex.: Por que você não estuda com mais empenho? 
 Quando equivale a “pelo(a)(s) qual(is)” e flexões. 
 Ex.: São muitas as dificuldades por que passamos. 
 Quando depois dele vier subentendida ou expressa a 
palavra razão (ou motivo) nas frases interrogativas 
indiretas. 
 Ex.: Não sei por que você se foi tão depressa. 
 (por que motivo / razão) 
 
04. POR QUÊ – É usado em fim de frase interrogativa ou 
de oração. 
 Ex.: Você não estuda com mais empenho por quê? 
 
 Observação 
 
 Em final de frase, a palavra que deve ser sempre 
acentuada, por se tratar de um monossílabo tônico 
terminado em e. 
 Ex.: Está preocupado com quê?/ Medo de quê? 
 
 
OUTRAS EXPRESSÕES 
 
01. ONDE / AONDE 
 
 AONDE – Dá ideia de movimento ou aproximação. 
Usado diante de verbos que indicam movimento. (ir, 
chegar, dirigir-se etc.) 
 ONDE – Indica lugar fixo ou onde se passa algo. 
 
02. MAU / MAL 
 
 MAU – É adjetivo (contrário de BOM). 
 MAL 
• Advérbio (= “erradamente”; oposto de BEM) 
• Substantivo (= “doença”, “moléstia”). 
• Conjunção temporal (= “assim que”, “quando”). 
 
03. CESSÃO / SESSÃO / SECÇÃO / SEÇÃO 
 CESSÃO (= ceder, dar; doação). 
 SESSÃO (= Intervalo de tempo, encontro / evento). 
 SECÇÃO ou SEÇÃO (= parte / segmento / 
subdivisão). 
 
 
04. ACERCA DE / HÁ CERCA DE / CERCA DE / 
A CERCA DE 
 
• ACERCA DE – “sobre”, “a respeito de”. 
• HÁ CERCA DE – “Indica um período aproximado de 
tempo já transcorrido”. 
• CERCA DE – “durante, aproximadamente”. 
• A CERCA DE – “ideia de distância / tempo 
aproximado”. 
 
05. HÁ / A – Na indicação de tempo 
 
• HÁ – Indica tempo passado (= fazer). 
• A – Preposição, usada para indicar tempo futuro. 
 
06. AFIM / A FIM 
 
• AFIM – É adjetivo (igual, semelhante); relaciona- 
-se com a ideia de afinidade. 
• A FIM – Surge na locução prepositiva “a fim de”, que 
significa “para” e indica ideia de finalidade. 
 
07. AO INVÉS DE / EM VEZ DE 
 
• AO INVÉS DE – “inverso / contrário de”. 
• EM VEZ DE – “no lugar de”. 
 
08. EM PRINCÍPIO / A PRINCÍPIO 
 
• EM PRINCÍPIO – “= em geral”. 
• A PRINCÍPIO – “= no início”. 
 
09. AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A 
 
• AO ENCONTRO DE – Favorável, “aproximar-se de”. 
• DE ENCONTRO A – Indica oposição, choque, 
colisão. 
 
10. SE NÃO / SENÃO 
 
• SE NÃO – Usado equivalendo a caso não. 
• SENÃO – Usado equivalendo a: 
 
* do contrário 
* a não ser 
* mas sim 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIQUE ATENTO ÀS DICAS 
 
 
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PORTUGUÊS 
 
1. SÃO ou SSÃO ou ÇÃO? 
a) em todos os substantivos derivados de verbos 
terminados em GREDIR, MITIR e CEDER, devemos 
usar “ss”: 
Agredir – Agressão 
Progredir – Progressão 
Admitir – Admissão 
Omitir – Omissão 
Ceder – Cessão 
Conceder – Concessão 
 
b) Em todos os substantivos derivados de verbos 
terminados em ENDER, VERTER, PELIR, devemos 
usar “s”: 
Compreender – Compreensão 
Pretender – Pretensão 
Converter – Conversão 
Reverter – Reversão 
Expelir – Expulsão 
Repelir – Repulsão 
 
c) Em todos os substantivos derivados dos verbos TER e 
TORCER e seus derivados, devemos usar “ç”: 
Reter – Retenção 
Obter – Obtenção 
Torcer – Torção 
Contorcer – Contorção 
 
2. ISAR OU IZAR? 
a) Escrevem-se com “s” os verbos derivados de palavras 
que já possuem o “s”: 
aviso – avisar 
pesquisa – pesquisar 
 
b) Escrevem-se com “z” os verbos derivados de palavras 
que não possuem a letra “s”: 
 legal – legalizar 
 ameno – amenizar 
 
3. SINHO OU ZINHO? 
a) Escrevem-se com “s” os diminutivos derivados de 
palavras que já possuem o “s”: 
 casa – casinha 
 lápis – lapisinho 
 
b) Escrevem-se com “z” os diminutivos derivados de 
palavras que não possuem a letra “s”: 
 flor – florzinha 
 café – cafezinho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. ACENTUAÇÃO 
 
 
 REGRAS GERAIS 
 
1. MONOSSÍLABAS 
 
 Acentuam-se as monossílabas tônicas terminadas em A, 
E e O. 
 Ex.: PÁ(S), FÉ(S), NÓ(S) 
 
2. OXÍTONAS 
 
 Acentuam-se oxítonas e monossílabos tônicos 
terminados em A, E, O seguidas ou não de S, mesmo 
seguidos de LO(S), LA(S). 
 Ex.: cajá(s) café(s), jiló(s); 
 cantá-la(s), fazê-la(s), pô-lo(s) 
 
 Acentuam-se oxítonas terminadas por -em, -ens 
 (com duas ou mais sílabas). 
 Ex.: armazém, parabéns 
 
  Observação: Não se acentuam as oxítonas 
 terminadas em u(s) ou i(s). Ex.: caju, pitu, tupi 
 
3. PAROXÍTONAS 
 
 Acentuam-se as terminadas em: I, L, N, PS, R, US, 
UM (UNS), X; ditongo oral (crescente ou decrescente) 
seguido ou não de S. 
 Ex.: ímã(s), órgão(s); pônei(s), hífen; júri, lápis; 
iândom, íons; bônus, álbum (uns); série(s), jóquei(s); 
bíceps; éter, látex, próton, cônsul. 
 
 Paroxítonas não acentuadas: 
• Os prefixos paroxítonos terminados em i e r: 
 Ex.: anti, semi, super, inter 
 
4. PROPAROXÍTONAS 
 
 Acentuam-se todas. 
 Ex.: mágico, trêmulo, síndico 
 
MUDANÇAS NAS REGRAS DE ACENTUAÇÃO 
(Novo Acordo Ortográfico) 
 
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói 
das palavras paroxítonas (palavras que têm acento 
tônico na penúltima sílaba). 
 
Como era Como fica 
andróide androide 
apóia (verbo apoiar) apoia 
apóio (verbo apoiar) apoio 
asteróide asteroide 
bóia boia 
estréia estreia 
estréio (verbo estrear) estreio 
heróico heroico 
idéia ideia 
 
 
 Atenção: essa regra é válida somente para palavras 
 
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3 
 
PORTUGUÊS 
paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as 
palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. 
Ex.: papéis, herói, heróis, troféu, troféus. 
 
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no 
i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. 
 
Como era Como fica 
baiúca baiuca 
bocaiúva bocaiuva 
cauíla cauila 
feiúra feiura 
 
 Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem 
em posição final (ou seguidos de s), o acento 
permanece. 
 Ex.: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. 
 
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em 
êem e ôo(s). 
 
Como era Como fica 
abençôo abençoo 
crêem (verbo crer) creem 
dêem (verbo dar) deem 
dôo (verbo doar) doo 
enjôo enjoo 
lêem (verbo ler) leem 
magôo (verbo magoar) magoo 
perdôo (verbo perdoar) perdoo 
povôo (verbo povoar) povoo 
vêem (verbo ver) veem 
vôos voos 
zôo zoo 
 
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares 
pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), 
pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. 
 
 
 Atenção: 
• Permanece o acento diferencial em pôde / pode. 
 Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito 
perfeito do indicativo), na terceira pessoa do singular. 
 Pode é a forma do presente do indicativo, na terceira 
pessoa do singular. 
 Ex.: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele 
pode. 
 
• Permanece o acento diferencial em pôr / por. Pôr é 
verbo. Por é preposição. 
 Ex.: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. 
• Permanecem os acentos que diferenciamo singular do 
plural dos verbos ter e vir, assim como de seus 
derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, 
advir etc.). 
 
 Exemplos: 
 Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. 
 Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. 
 Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. 
 Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos 
estudantes. 
 Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. 
 Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em 
todas as aulas. 
 
• É facultativo o uso do acento circunflexo para 
diferenciar as palavras forma / fôrma. Em alguns casos, 
o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este 
exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo? 
 
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas 
(tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do 
indicativo dos verbos arguir e redarguir. 
 
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados 
em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, 
desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses 
verbos admitem duas pronúncias em algumas formas 
do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e 
também do imperativo. 
 
 VEJA: 
a) Se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas 
formas devem ser acentuadas. 
 
 Exemplos: 
• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, 
enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. 
• verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, 
delínquem; delínqua, delínquas, delínquam. 
 
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas 
deixam de ser acentuadas. Veja as frases a seguir (a 
vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada 
mais fortemente que as outras): 
 
 Exemplos: 
• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, 
enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. 
• verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, 
delinquem; delinqua, delinquas, delinquam. 
 
 Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a 
primeira, aquela com a e i tônicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÍLABA TÔNICA DE ALGUNS VOCÁBULOS 
Como era Como fica 
Ele pára o carro. Ele para o carro. 
Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte. 
Ele gosta de jogar 
pólo. 
Ele gosta de jogar 
polo. 
Esse gato tem pêlos 
brancos. 
Esse gato tem pelos 
brancos. 
Comi uma pêra. Comi uma pera. 
 
 
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PORTUGUÊS 
 
01. São Oxítonos – cateter, condor, ruim, ureter, Nobel, 
mister; 
 
02. São Paroxítonos – avaro, austero, aziago, ciclope, 
filantropo, ibero, pudico, juniores, látex, recorde, 
rubrica, têxtil, dúplex. 
03. São Proparoxítonos – aerólito, ínterim, aríete, 
lêvedo, bávaro, crisântemo, monólito, trânsfuga. 
 
 Observação: Há palavras que admitem dupla 
pronúncia (prosódia): 
 
• ajax / ájax; alópata / alopata; anídrido / anidrido; 
• acróbata / acrobata; biópsia / biopsia; 
• crisântemo / crisantemo; Dário / Dario; 
• Gândavo / Gandavo; hieróglifo / hieroglifo ; 
• Madagáscar / Madagascar (mais geral); 
• Oceânia / Oceania; ortoépia / ortoepia; 
• oxímoro / oximoro; projétil / projetil; réptil / reptil; 
• sóror / soror; transístor / transistor; xérox / xerox; 
etc. 
 
 O melhor mesmo é não “chutar”. As dúvidas quanto à 
prosódia devem ser resolvidas por meio de consulta a 
um bom dicionário. 
 
 
 
 
3. CLASSES GRAMATICAIS 
 
 
CLASSE CARACTERÍSTICA EXEMPLO 
Substantivo 
Designa os seres 
em geral. 
casa, 
homem, 
país, Brasil 
Adjetivo 
Caracteriza o 
substantivo, 
indicando 
qualidade, estado, 
modo de ser ou 
aspecto. 
Homem 
feliz, grande 
país 
Artigo 
Especifica ou 
generaliza o 
substantivo, 
indicando-lhe o 
gênero e o 
número. 
a casa, uma 
casa 
Numeral 
Indica quantidade, 
ordem, fração ou 
multiplicação. 
dois, 
terceiro, 
terço, 
quíntuplo 
Pronome 
Substitui ou 
acompanha o 
substantivo, 
indicando-o como 
pessoa do 
discurso. 
Homem fez 
linda casa. 
Ele esta 
Verbo 
Situa um 
Acontecimento 
(ação, estado, 
mudança de 
estado ou 
fenômeno) no 
tempo. 
cantar, 
passei, 
partiremos 
Advérbio 
Modifica, indicando 
uma circunstância: 
➢ verbo, 
➢ adjetivo, 
➢ outro advérbio. 
Anda 
devagar. 
Homem 
muito feliz. 
Anda muito 
devagar. 
Preposição 
Relaciona uma 
palavra a outra. 
café com 
leite, lata de 
óleo 
Conjunção 
Possibilita a 
ligação entre duas 
frases ou duas 
palavras. 
Pegou tudo. 
Saiu de 
casa. 
Pegou tudo 
e saiu de 
casa. 
Interjeição 
Exprime sentimento 
repentino. 
Ai! Oh! 
Puxa! Opa! 
Ora! 
 
 
 
 
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS 
Substantivo Advérbio 
Adjetivo Preposição 
Artigo Conjunção 
Numeral Interjeição 
Pronome 
Verbo 
 
• SUBSTANTIVO 
 
 FLEXÃO DO SUBSTANTIVO 
 
 FLEXÃO DE GÊNERO: 
 
1) Uniforme (grafia única para masculino e feminino) 
• Epiceno: cobra macho / fêmea 
• Comum-de-dois: o / a estudante 
• Sobrecomum: a criança, o indivíduo 
 
2) Biforme (duas grafias: masculino e feminino) 
• Desinenciais: aluno / aluna 
• Heterônimos: homem / mulher 
 
 
 Observações: 
1) Substantivo tido como de gênero duvidoso ou livre: o 
/ a personagem. 
 
2) Gênero aparente: Existem certos substantivos que, 
variando de gênero, variam em seu significado. Por 
 
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5 
 
PORTUGUÊS 
exemplo, o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação 
emissora), o capital (dinheiro) e a capital (cidade) etc. 
 
3) Substantivos de origem grega terminados em EMA ou 
OMA são masculinos. Por exemplo: o axioma, o 
fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema etc. 
 
 FLEXÃO DE NÚMERO: 
 
1) Substantivos Simples 
 
A) Os terminados em vogal, ditongo oral e N fazem o 
plural pelo acréscimo de S. 
 Ex.: troféu  troféus; ímã  ímãs, 
 elétron  elétrons 
 
 Casos particulares: 
 
cânon e cânones 
espécimen (espécimens ou espécimenes) 
hífen (hifens ou hífenes) 
pólen (polens ou pólenes) 
 
B) Os terminados em IL fazem o plural de duas maneiras: 
• Quando oxítonos, em IS. 
 Ex.: canil  canis. 
 
• Quando paroxítonos, em EIS. 
 Ex.: míssil  mísseis. 
 
 Atenção: 
• réptil (répteis) ou reptil (reptis) 
 projétil (projéteis) ou projetil (projetis) 
• mal (males), mel (méis ou meles) 
 cônsul (cônsules) 
 
C) Os terminados em S fazem o plural de duas maneiras: 
• Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o 
acréscimo de ES. 
 Ex.: ás  ases, retrós  retroses. 
• Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam 
invariáveis. 
 Ex.: o lápis  os lápis; o ônibus  os ônibus. 
 
 Observação: Cais e cós são invariáveis. 
 
D) Os terminados em ÃO fazem o plural de três maneiras. 
 Ex.: avião  aviões 
 (a maioria e muitos aumentativos) 
 alemão  alemães 
 cidadão  cidadãos 
 
E) Os terminados em X: 
• Monossílabo – Ex.: fax  os fax ou faxes 
• Dissílabo – Ex.: tórax  os tórax (invariáveis) 
 
2) Substantivos Compostos 
 
 NÃO SEPARADOS POR HÍFEN: 
 Acrescenta-se o -s. 
 Ex.: pernalongas, pontapés, passatempos 
 
 SEPARADOS POR HÍFEN: 
 
A) Flexionam-se os dois elementos, quando for: 
• substantivo + substantivo  couves-flores 
• substantivo + adjetivo  amores-perfeitos 
• adjetivo + substantivo  gentis-homens 
• numeral + substantivo  quintas-feiras 
 
B) Flexiona-se somente o 2º elemento, quando for: 
• verbo + substantivo 
 guarda-roupas, tira-dúvidas 
 
• palavra invariável + palavra variável 
 contra-ataques 
 
• grão, grã e bel seguidos de substantivos 
 grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres 
 
• palavras repetidas ou imitativas 
 reco-recos 
 
 Observações: 
1) Se os elementos repetidos forem verbos: 
Ex.: corre(s)-corres, pisca(s)-piscas 
 
2) Só devem ir para o plural os elementos representados 
por substantivos, adjetivos e numerais.Verbos, 
advérbios e prefixos (co-, 
ex-, vice- etc.) ficam invariáveis. 
C) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando 
formados de: 
• substantivo + preposição clara + substantivo 
 pés-de-moleque 
 
• substantivo + preposição oculta + substantivo 
 cavalos-vapor 
 
• um segundo elemento limitando (ou determinando) a 
ideia do primeiro, indicando tipo, espécie ou finalidade. 
 bananas-maçã, tatus-bola, canetas-tinteiro. 
 
 Observação: No padrão culto, também é lícita a 
pluralização de ambos os elementos “bananas- 
-maçãs”, “canetas-tinteiros”... − Fonte: HOUAISS. 
 
D) Permanecem invariáveis, quando formados de: 
• verbo + advérbio 
 os bota-fora, os pisa-mansinho 
 
• verbo + substantivo no plural 
 os porta-lápis 
 
• verbos opostos 
 os leva-e-traz, os ganha-perde 
 
 Observações: 
1) Substantivos estrangeiros aportuguesados: o chope – os 
chopes; o drope – os dropes; o clipe – os clipes); para os 
não aportuguesados, acrescenta-se o -s: o show – os 
shows. 
 
2) Mudança de número com mudança de sentido: bem 
(felicidade, virtude, benefício) / bens (propriedades), 
 
 
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PORTUGUÊS 
costa (litoral) / costas (dorso). 
 
3) Outros plurais: pores-do-sol, os sem-terra, 
os capitães-mores; os arco-íris, os louva-a-deus, os diz-
que-diz, os maria-vai-com-as-outras; bem- 
te-vis, bem-me-queres. 
 
4) Duas formas de plural: guardas-marinha(s), padre(s)-
nossos, salvo(s)-condutos, terra(s)- 
-novas, salários-família(s), máquinas-caixão(ões). 
 
FLEXÃO DE GRAU DO SUBSTANTIVO 
 
 Aumentativos e diminutivos formais 
 Ex.: cartão, portão, caldeirão etc. 
 
 O grau com valor afetivo ou pejorativo 
 Ex.: paizinho, mãezinha (afetivo); gentinha 
(pejorativo). 
 
 Formação do diminutivo plural: 
 Ex.: bar  bares (plural)  bare + s  barezinhos 
 
• ADJETIVO 
 
 FLEXÃO DO ADJETIVO 
 
 
 FLEXÃO DE GÊNERO 
 
1) UNIFORME 
(grafia única para masculino e feminino) 
Ex.: rapaz inteligente / moça inteligente 
 
2) BIFORME 
(duas grafias: masculino e feminino) 
Ex.: rapaz bonito / moça bonita 
 FLEXÃO DE NÚMERO 
 
1) ADJETIVOS SIMPLES: 
• Seguem a mesma forma dos substantivos simples. 
 Ex.: pessoas amigas, cães ferozes, crianças amáveis. 
• Substantivo usado como adjetivo fica invariável. 
 Ex.: calças vinho, cursos relâmpago. 
 
1) ADJETIVOS COMPOSTOS: 
 
 REGRA GERAL: Somente o último elemento varia em 
gênero e número. 
 Ex.: pastas verde-claras 
 acordos luso-brasileiros... 
 
 Casos Específicos: 
 
A) Se o último elemento for substantivo, o adjetivo 
composto mantém no plural a mesma forma do 
singular. 
 Ex.: pastas verde-abacate 
 blusas vermelho-vinho 
 
B) Azul-marinho e azul-celeste são invariáveis, assim 
como os compostos formados por locuções adjetivas 
(na cor de, da cor de, cor de, de cor) e a expressão rosa-
choque. 
 Ex.: camisas azul-marinho, calças azul-celeste, 
sapatos cor de azul (da cor da terra), pulseiras cor de 
rosa. 
 
C) Os componentes sendo palavra (ou elemento) invariável + 
adjetivo, somente esse último se flexionará. 
 Ex.: garotos mal-educados, esforços sobre- 
-humanos, crianças recém-nascidas. 
 
D) surdos-mudos; surdas-mudas. 
 
 FLEXÃO DE GRAU 
 
 Comparativo – Pode ser: 
 
A) de igualdade: tão + adjetivo + quanto (ou como) 
 Ex.: Ela é tão inteligente quanto eu. 
 
B) de superioridade: mais + adjetivo + (do) que 
 Ex.: Ela é mais inteligente (do) que eu. 
 
C) de inferioridade: menos + adjetivo + (do) que 
 Ex.: Ela é menos inteligente (do) que eu. 
 
 Observações: 
1) Duas qualidades do mesmo ser. (forma analítica) 
 Ex.: Ele é mais bom que inteligente. 
 
2) Dois seres com a mesma qualidade. (forma sintética) 
 Ex.: Ela é melhor que você. 
 
 Superlativo – Pode ser: 
 
A) ABSOLUTO: a qualidade expressa não é posta em 
relação a outros elementos. 
 
• Analítico (duas ou mais palavras) 
 Ex.: Este assunto é muito fácil. 
• Sintético (uma palavra) 
 Ex.: Este assunto é facílimo. 
 
B) RELATIVO: a qualidade expressa é posta em relação a 
outros elementos. 
• de superioridade 
 Ex.: Cláudia é a mais inteligente. 
 
• de inferioridade 
 Ex.: Eles são os menos inteligentes. 
 
 SEMÂNTICA: 
 
1) Alguns adjetivos podem assumir significação variada de 
acordo com a posição em que aparecem: 
 Ex.: 
grande homem (bom, correto...) 
homem grande (proporções físicas destacadas) 
o cético Marx (adjunto adnominal) 
Marx, o cético (aposto, título) 
 
2) O contexto é determinante para se especificar o valor 
semântico de algumas locuções adjetivas. 
 Ex.: água de chuva (pluvial) 
 dia de chuva (chuvoso) 
 problema de coração (cardíaco) 
 
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7 
 
PORTUGUÊS 
 atendimento de coração (cordial) 
 
• VERBO 
 
 Indica ação, estado, mudança de estado ou 
fenômeno da natureza 
 
MODO SUBJUNTIVO − Ação possível, hipótese 
 
PRESENTE 
(QUE) 
 
IMPERFEITO 
(SE) 
 
FUTURO 
(QUANDO) 
 
eu estude eu estudaSSE eu estudaR 
tu estudes tu estudasses tu estudaRES 
ele estude ele estudasse ele estudaR 
nós estudemos Nós estudássemos nós estudaRMOS 
vós estudeis Vós estudásseis vós estudaRDES 
eles estudem Eles estudassem eles estudaREM 
 
MODO IMPERATIVO – Indica ordem, sugestão 
AFIRMATIVO NEGATIVO 
--------------------------- --------------------------- 
estuda tu não estudes tu 
estude você não estude você 
estudemos nós não estudemos nós 
estudai vós não estudeis vós 
estudem vocês não estudem vocês 
 
FORMAS NOMINAIS DO VERBO 
INFINITIVO PESSOAL INFINITIVO 
IMPESSOAL 
estudar eu Estudar 
estudares tu GERÚNDIO 
estudar ele Estudando 
estudarmos nós PARTICÍPIO 
estudardes vós Estudado 
estudarem eles 
 
DESTAQUES VERBAIS I 
 
TER 
 
entreter, manter, abster... 
 
VER 
 
“quando” ou “se”: ver → vir; vir → vier 
 
VIR 
 
intervir, desavir, ... 
 
PÔR 
 
propor, dispor, compor, pressupor... 
 
DESTAQUES VERBAIS II * Haver (V) 
 
 
REAVER 
*pres. indic.: reavemos, reaveis 
* reouve (e não, “reaveu”) 
* reouvesse (e não, “reavesse”) 
 
 
PRECAVER(-SE) 
 
*pres. indic.: precavemos, precaveis 
 
DESTAQUES VERBAIS III 
 
 
 
 
PRECAVER(SE) 
 
*PRET. PERF.: precavi, 
precaveSTE, precaveU, 
precaveMOS, 
precaveSTES, precaveRAM 
 
*PRET. MQP.: precaveRA, ... 
 
*IMPERF. SUBJ.: precaveSSE, ... 
 
*FUT. SUBJ.: precaveR, ... 
 
 
 
 
PROVER 
 
 
*PRET. PERF.: provi, proveSTE, 
proveU, proveMOS, proveSTES, 
proveRAM 
 
*PRET. MQP.: proveRA, 
proveRAS... 
 
*IMPERF.SUBJ.: proveSSE, ... 
 
*FUT. SUBJ.: proveR, proveRES... 
 
 
 
 
 
REQUERER 
 
 
 
 
 
 
*PRES. INDIC.: requeiro, 
requeres... 
 
*PRET. PERF.: requeri, 
requereSTE, requereU, 
requereMOS, requereSTES, 
requereRAM 
 
*PRET. MQP.: requereRA, ... 
 
*IMPERF. SUBJ.: requereSSE, ... 
 
*FUT. SUBJ.: requereR, ... 
 
DESTAQUES VERBAIS IV 
 
 
- EAR 
 
NORTEAR 
* norteio, norteias, norteia, norteamos, 
norteais, norteiam 
 
MODO INDICATIVO − Ação real, certa 
 
PRESENTE 
 
FUTURO DO 
PRESENTE 
 
FUTURO DO 
PRETÉRITO 
 
eu estudo eu estudaREI eu estudaRIA 
tu estudas tu estudaRÁs tu estudarias 
ele estuda ele estudará ele estudaria 
Nós estudamos Nós estudaremos Nós estudaríamos 
vós estudais vós estudareis vós estudaríeis 
eles estudam eles estudarão Eles estudariam 
 
 
PRETÉRITO 
PERFEITO 
 
PRETÉRITO 
IMPERFEITO 
 
PRETÉR. 
MAIS QUE 
PERFEITO 
eu estudei eu estudaVA eu estudaRA 
Tu estudaSTE tu estudavas tu estudaras 
ele estudoU ele estudava ele estudara 
Nós estudaMOS Nós estudávamos Nós estudáramos 
Vós estudaSTES vós estudáveis vós estudáreis 
Eles estudaRAM eles estudavam eles estudaram 
 
Observação: 
Pretérito imperf.do indicativo: AR = “VA” 
(cantava); ER / IR = “-IA” (fazia, partia); 
Exceções: tinha, vinha, punha. 
 
 
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PORTUGUÊS 
 
 
 
- IAR 
 
 
“M-A-R-I-O” (mediar, ansiar, remediar, 
incendiar, odiar) 
* medeio, medeias, medeia, mediamos, 
mediais, medeiam 
 
 
 
VOZES DO VERBO 
 
ATIVA  sujeito pratica a ação 
 (1 verbo / 1 locução verbal) 
 
Ex.: Cláudia pintou um quadro. 
 (sujeito agente/ativo = Cláudia) 
 
PASSIVA  sujeito sofre a ação 
 
• Analítica  2 ou mais verbos 
 (auxiliar + principal no particípio) 
Ex.: Um quadro foi pintado por Cláudia. 
* sujeito paciente/passivo = Um quadro 
* agente da passiva = por Cláudia 
 
• Sintética ou pronominal  verbo + SE (partíc. 
passiva.) 
Ex.: Pintou-se um quadro. 
 
REFLEXIVA  sujeito pratica e sofre a ação 
Ex1.: Daniela cortou-se com a faca. 
 (SE  pronome reflexivo / reflexividade = “a si 
mesma”) 
 
Ex2.: Os convidados cumprimentaram-se. 
 (SE  pron. reflexivo / reciprocidade = “uns aos 
outros”) 
 
 Observações: 
1) Na mudança de voz, o tempo e o modo do(s) verbo(s) 
sempre permanecerão inalterados. 
 
2) As frases que aceitam conversão de voz verbal 
apresentam verbos transitivos diretos (VTD). 
 
 
VOZES VERBAIS E O AGENTE DA PASSIVA 
 
a) Voz ativa = sujeito pratica a ação 
 
b) Voz passiva = sujeito sofre a ação 
 
c) Voz reflexiva = sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo 
tempo 
 
d) Voz recíproca = há correspondência de ações verbais 
 
 Exemplos: 
1. Eu reconheci os criminosos. [voz ativa] 
 
2. Os criminosos foram reconhecidos por mim. [voz 
passiva analítica] 
 
3. Reconheceram-se os criminosos. [voz passiva sintética] 
 
4. Paulo feriu-se. [voz reflexiva] 
 
5. Lourdes e Gustavo se amam. [voz recíproca] 
 
 Observação: 
 A voz passiva pode ser sintética e analítica. Havendo 
pronome apassivador, temos a voz passiva sintética 
(v.t.d. + se / v.t.d.i + se). Já a voz passiva analítica não 
apresenta partícula apassivadora. 
 
6. Comunicaram os fatos ao diretor. [voz ativa] 
 
7. Comunicaram-se os fatos ao diretor. [voz passiva 
sintética] 
 
8. Os fatos foram comunicados ao diretor. [voz passiva 
analítica] 
 
9. O que se vê é um poço sem fim, o mal em estado puro. 
 
OBSERVAÇÃO MUITO IMPORTANTE 
 
 Todas as vezes que encontrarmos “o” antes do 
conectivo “que”, podendo substituir “o” por “aquele” 
ou “aquilo”, “o” é pronome demonstrativo e “que” é 
pronome relativo. No exemplo acima, “o” é pronome 
demonstrativo, pois podemos substituí-lo por “aquilo”. 
Sendo “que” pronome relativo, temos o início da 
oração subordinada adjetiva, visto que toda oração 
subordinada adjetiva é iniciada por pronome relativo. 
Trata-se a oração grifada acima de uma oração 
subordinada adjetiva restritiva. Sua voz verbal é passiva 
sintética (verbo transitivo direto acompanhado da 
partícula apassiva “se”). Já a oração principal 
“O ... é um poço sem fim, o mal em estado puro” não 
apresenta voz verbal, pois temos verbo de ligação em 
sua estrutura. Como teríamos voz verbal se verbo de 
ligação não expressa ação? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. SINTAXE DE PERÍODO COMPOSTO 
 
 
 Período é uma frase organizada em orações. O 
período simples é formado por uma única oração e o 
composto por duas ou mais orações, que se podem 
relacionar por meio de dois processos sintáticos 
diferentes: a subordinação e a coordenação. Ocorre 
subordinação quando um termo atua como 
determinante de um outro termo. A subordinação 
 
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PORTUGUÊS 
ocorre no período composto quando surgem orações 
que desempenham funções sintáticas em outras 
orações. São três os tipos de orações subordinadas. 
 
➢ Subordinadas Substantivas são as que exercem 
funções substantivas (sujeito, objeto direto e indireto, 
complemento nominal, aposto e predicativo). 
 
➢ Subordinadas Adjetivas são as que desempenham 
funções adjetivas (adjuntos adnominais). 
 
➢ Subordinadas Adverbiais são as que exercem funções 
adverbiais (adjuntos adverbiais que exprimem as mais 
variadas circunstâncias). 
 
SUBORDINADAS ADJETIVAS 
 
 São as que desempenham funções adjetivas (adjuntos 
adnominais). Há orações subordinadas adjetivas que 
restringem o sentido do termo antecedente, 
individualizando-o: são as chamadas subordinadas 
adjetivas restritivas. Outras realçam um detalhe ou 
amplificam dados sobre o antecedente, que já se 
encontra suficientemente definido: são as subordinadas 
adjetivas explicativas. 
 
 Observe: 
 Pedi ajuda a um homem que passava naquele 
momento. 
 
A miséria parece não sensibilizar o homem, que se 
considera um ser emocionalmente privilegiado. 
 
Leia os períodos abaixo e identifique as diferenças de 
significado que as orações subordinadas adjetivas 
restritivas e explicativas apresentam: 
 
Recebi uma carta de minha irmã que está morando 
em Salvador. 
 
Recebi uma carta de minha irmã, que está morando 
em Salvador. 
 
O país que não investe em seu próprio povo tem 
poucas possibilidades de crescer. 
O país, que não investe em seu próprio povo, tem 
poucas possibilidades de crescer. 
 
Os homens cujos princípios não são sólidos acabam 
se corrompendo. 
 
Os homens, cujos princípios não são sólidos, 
acabam se corrompendo. 
 
SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
 
 Exercem a função de adjunto adverbial em relação 
à oração principal de que dependem. 
Normalmente, são introduzidas pelas seguintes 
conjunções e locuções conjuntivas. 
 
1) Temporais – quando, enquanto, logo que, assim que, 
depois que, até que, apenas, mal etc. 
 Ex.: Todos choramos, quando ele morreu. 
 
2) Finais – a fim de que, para que, que (= para que) 
 Ex.: Fiz-lhe sinal que se calasse. 
 
3) Proporcionais – à proporção que, à medida que, 
quanto mais... etc. 
 Ex.: Quanto mais convivo com ele, mais o aprecio. 
 
4) Causais – porque, visto que, como, uma vez que, já 
que, etc. 
 Ex.: O tambor soa, porque é oco. 
 
5) Condicionais – se, salvo se, contanto que, desde que, 
a menos que etc. 
 Ex.: Se eu tivesse vinte anos, casar-me-ia com você. 
 
6) Consecutiva – (tanto) que, (tão) que, (de tal forma) que 
etc. 
 Ex.: Chovia, que era um horror! 
 
 
7) Comparativas – (tal, como, quanto (mais...) do que, 
(menos...) do que, (tanto) quanto etc. 
 Ex.: O silêncio é mais precioso do que o ouro. 
 
8) Conformativas – como, conforme, segundo, 
consoante etc. 
 Ex.: Cada um colhe conforme semeia. 
 
9) Concessivas – embora, apesar de que, ainda que, se 
bem que, conquanto que etc. (as orações concessivas 
expressam um fato – real ou suposto – que poderia opor-se à 
realização de outro fato principal, porém não frustrará o 
cumprimento deste). 
 Ex.: Mesmo que estivesse doente, ele trabalhava muito. 
 
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO 
 
 Nesse período, as orações não têm função sintática. Na 
coordenação, ligam-se orações de mesmo valor. 
Segundo a natureza das orações que ligam, as orações 
independentes coordenadas classificam-se da mesma 
forma pelo qual classificam as conjunções coordenadas: 
 
1) Aditivas – e, nem, locuções: não só..., mas também, 
tanto... como etc. 
 Ex.: Não veio nem telefonou. 
 
2) Adversativas – mas, porém, contudo, todavia, 
entretanto, no entanto, senão etc. 
 Ex.: Não saía, senão com os primos. 
 
3) Alternativas – ou, ora... ora, quer... quer etc. 
 Ex.: Venha agora ou perderá o lugar. 
4) Conclusivas – logo, portanto, por isso, pois (após o 
verbo), de modo que etc. 
 Ex.: O ideal é nobre; vamos, portanto, lutar por ele. 
 
5) Explicativas – pois (antes do verbo), porque, 
porquanto, que etc. 
 Ex.: Não leias no escuro, pois faz mal à vista. 
 
IMPORTANTE! 
 
DIFERENÇA ENTRECAUSAL E EXPLICATIVA 
 
 
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PORTUGUÊS 
 
 Na oração subordinada adverbial causal, existe, 
necessariamente, uma relação de causa e efeito. Uma 
oração causal é fator determinante de sua principal e, 
no tempo, ocorre antes dela. Em, por exemplo, “A rua 
está molhada porque choveu”, a segunda oração é causa 
da primeira. Por outro lado, com uma oração 
explicativa, o falante esclarece o porquê de ter feito a 
declaração anterior. Assim, em “Choveu, porque a rua 
está molhada”, com a segunda oração, o falante está 
apenas apresentando o motivo que o levou a fazer a 
declaração. É óbvio que não há qualquer relação de 
causa e efeito. Convém lembrar que, estando o verbo 
da primeira oração no imperativo, as conjunções que, 
porque, pois etc. são, segundo os gramáticos, 
coordenativas explicativas: 
 Aguardem um pouco, que o doutor já está chegando. 
 Não falem alto, pois estamos em um hospital. 
 Tenham calma, porque todos serão atendidos. 
 
ORAÇÕES REDUZIDAS 
 
 São aquelas que não apresentam conjunções, sendo 
introduzidas por um verbo em uma de suas formas 
nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio). Classifi-
cam-se da mesma forma que as orações desenvolvidas. 
 Ex.: É proibido fumar. (oração subordinada substantiva 
subjetiva reduzida de infinitivo) 
 
 Terminada a reunião, todos saíram. (oração subordinada 
adverbial temporal reduzida de particípio) 
 
 Chegando à estação, comprei as passagens. (oração 
subordinada adverbial temporal reduzida de gerúndio) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. SINTAXE DE CONCORDÂNCIA 
 Nominal e Verbal 
 
 
1. CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
 Principais casos 
 Ocupa-se da relação entre as classes de palavras que 
compõem o chamado grupo nominal: substantivo, 
artigo, numeral, pronome e adjetivo. 
 
1) Concordância do adjetivo (adjunto adnominal) 
com o substantivo 
 
 O adjetivo concorda em gênero e número com o 
substantivo a que se refere. 
 Ex.: A casa amarela ficava no fim da rua. 
 
 Um só adjetivo referindo-se a mais de um 
substantivo de gênero ou número diferentes: 
• Quando vem após os substantivos, concorda com o 
mais próximo ou com os dois (substantivos). 
 Ex.: O rapaz e a moça apaixonada / apaixonados 
saíram. 
 
 Observação: É importante lembrar o seguinte 
critério, quando o adjetivo concordar com os dois 
substantivos: masc. + masc., masc. + femin. ou 
femin. + masc. = masculino plural; femin. + femin. 
= feminino plural. 
 
• Quando vem antes dos substantivos, concorda com o 
mais próximo. 
 Ex.: Os antigos postes e luminárias eram requintados. 
 
 Dois adjetivos referindo-se ao mesmo substantivo: 
 Ex.: Os líderes japonês e italiano se reuniram hoje. 
 O líder japonês e o italiano se reuniram hoje. 
 
2) Concordância do Particípio com o 
 Substantivo 
 
 O particípio concorda em gênero e número com o 
substantivo a que se refere: 
• nas orações reduzidas 
 Ex.: Dado o sinal, todos se retiraram. 
 Concluídas as pesquisas, detalharemos os dados. 
 
• na voz passiva 
 Ex.: Foram anotadas todas as reclamações. 
 Haviam sido anotados os detalhes. 
 
• Quando o particípio se refere a dois ou mais 
substantivos de gêneros diferentes: 
 Ex.: O empenho e a confiança foram ampliados. 
 
• O particípio não varia quando forma tempo composto 
 Ex.: Ninguém havia anotado as reclamações. 
 Todos haviam anotado as reclamações. 
 
 
 
3) Casos Gerais 
 
 É preciso / É necessário / É proibido ... 
• Sem elemento determinante ficam invariáveis. Caso 
contrário, concordam em gênero com ele. 
 Ex.: É proibido entrada. 
 (sem elemento determinante) 
 É proibida a entrada. 
 (com determinante) 
 É preciso álcool para limpar a mesa. 
 Seriam precisos vários conferencistas. 
 
 Mesmo / próprio / incluso / anexo / obrigado / 
 
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PORTUGUÊS 
quite 
• Concordam em gênero e número com o substantivo a 
que se referem. 
 Ex.: Seguem anexos (ou inclusos) os documentos. 
 Muito obrigadas – responderam elas. 
 Elas mesmas (ou próprias) fizeram o trabalho. 
 Nós estamos quites com a receita federal. 
 
 Observação: “Em anexo” = invariável. 
 
 Bastante / Bastantes 
• Bastante = muito(a), suficiente. 
 (função adverbial) 
 Ex.: Conheceu bastante coisa durante a visita. 
 Estudei bastante hoje. 
 
• Bastantes = muitos (as), suficientes. 
 (função adjetiva) 
 Ex.: Fiz bastantes coisas em casa. 
 Estudei bastantes assuntos para o concurso. 
 
 Caro / barato / alto / baixo 
 Ex.: Elas são altas.(adjetivo) 
 Elas falaram alto. (advérbio) 
 A roupa é cara.(adjetivo) 
 A roupa custou caro. (advérbio) 
 
 Meio 
• = “um pouco”. (invariável - função adverbial) 
 Ex.: Amanda está meio pensativa. 
 
• = “metade”. (variável - função adjetiva) 
 Ex.: Tomamos meia garrafa de vinho. 
 Estava a meio metro de distância. 
• = “veículo, caminho”. (variável - substantivo) 
 Ex.: O(s) meio(s) de comunicação de massa... 
 
 Só / a Sós 
• = “somente, apenas”. 
 (invariável - função adverbial) 
 Ex.: Só eles não concordaram com a proposta. 
 
• = “sozinho”. 
 (variável - função adjetiva) 
 Ex.: Ele(a)(s) estava(m) só(s). (ou “a sós” = invariável) 
 
 Menos / alerta / pseudo / a olhos vistos 
• São invariáveis 
 Ex.: Havia menos pessoas na reunião de hoje. 
 Os policiais estavam alerta. 
 (ou “em alerta” = invariável) 
 Trata-se de pseudo-sábias. 
 O dinheiro inflacionado desaparece a olhos vistos. 
 
 Observação: Alerta = “aviso, sirene” é substantivo e 
sofre flexão. 
 Ex.: Já dei vários alertas ao gerente. 
 
 Possível / Possíveis 
• Usadas em expressões superlativas 
 Ex.: O político obteve o maior elogio possível. 
 As portas estavam o mais bem fechadas possível. 
 As notícias que trouxe são as melhores possíveis. 
 Ela fazia trabalhos os mais completos possíveis. 
 
 Adjetivos adverbializados 
• Ficam invariáveis. 
 Ex.: Márcio foi direto à secretaria. 
(= diretamente) 
 Saiu rápido para o trabalho (= rapidamente) 
 
 Tal qual 
• “Tal” concorda com o antecedente e “qual” com o 
consequente. 
 Ex.: Raphael é tal quais os pais. 
 As meninas eram tais qual a mãe. 
 
2. CONCORDÂNCIA VERBAL 
 Principais casos 
 
1) Com o Sujeito Simples 
 
 O verbo concorda com o sujeito em número e 
pessoa, estando o sujeito antes ou depois do verbo. 
 Ex.: Os presidiários faziam misérias. 
 Vós conseguistes um bom dinheiro. 
 
2) Com sujeito composto anteposto ao verbo 
 
 O verbo concorda com os dois elementos do 
sujeito. 
 Ex.: Ouro Preto e Mariana são cidades históricas. 
 A secretária e o diretor chegaram ontem. 
 
• Se os núcleos forem sinônimos ou formados de 
palavras de um mesmo conjunto significativo. 
(singular ou plural) 
 Ex.: A sinceridade e a franqueza é / são uma virtude. 
 
• Núcleos em sequência gradativa 
 (singular ou plural) 
 Ex.: Uma brisa, um vento, um furacão não o abalava / 
abalavam. 
 
• Núcleos resumidos por pronome indefinido 
 (tudo, nada, todos...) 
 Ex.: Papel, lápis, borracha, tudo era caro na loja. 
 Tios, irmãos, primos, todos chegaram cedo. 
 
3) Com sujeito composto posposto ao verbo 
 
 O verbo concorda com o termo mais próximo ou 
com os dois elementos do sujeito. 
 Ex.: Vende-se (ou vendem-se) casa e apartamentos. 
 Chegou (ou chegaram) a carta e o bilhete. 
 
4) Outros Casos Gerais 
 
 Quando o sujeito é formado de um coletivo: 
 Ex.: O cardume escapou. 
 Os cardumes escaparam. 
 
 Quando o sujeito é formado de um coletivo 
singular: 
 Ex.: Um grupo chegou. (não especificado) 
 Um grupo de mães chegou / chegaram. 
 (especificado) 
 
 
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PORTUGUÊS 
 
 Com nomes próprios só plural: 
 Ex.: Minas Gerais não possui mar. 
 (sem determinante) 
 
 As Minas Gerais não possuem mar. 
 (com determinante) 
 
 Observação: Quando se trata de títulos de obras, 
admite-se o plural ou o singular. 
 Ex.: Os lusíadas conta(m) a história de Portugal. 
 
 Pronomes de tratamento: sempre usar 3ª pessoa. 
 Ex.: Vossa Excelência conhece seu problema. 
 Vossas Excelências conhecem seus problemas. 
 
 Pronomes relativos QUE e QUEM 
 Ex.: Fui eu que paguei a conta. 
 Fomos nós quem pagou / pagamos a conta. 
 
 Núcleos ligados por OU 
 Ex.: Ana ou Júnior vencerá o jogo. 
 (exclusão = verbo no singular) 
 Recife ou Natal possuem belas praias. 
 (adição = verbo no plural) 
 
 Com a palavra “SE” 
 
 Partícula apassivadora 
 Analisou-se o plano de reforma agrária. 
 Analisaram-se os planos de reforma agrária. 
 
 Índice de Indeterminação do Sujeito 
 Precisa-se de homens e mulheres corajosos. 
 Descansa-se muito em Aldeia. 
 
 COM SUJEITO FORMADO POR EXPRESSÕES 
 
a) Um ou outro – o verbo fica no singular. 
 Ex.: Hoje, um ou outro viaja a Brasília. 
 
b) Um e outro, nem um nem outro, nem... nem... – o 
verbo vai, de preferência, para o plural. 
 Ex.: Um e outro esculpiam a madeira da porta. 
 
c) Um dos que, uma das que – o verbo vai, de 
preferência, para o plural. (singular = ênfase) 
 Ex.: Eu era uma das que mais estudavam. 
 O aluno é um dos que menos aparecem no curso. 
d) Mais de, menos de – o verbo concorda com o numeral 
que segue a expressão. 
 Ex.: Mais de um tenista representou o Brasil. 
 Mais de cem pessoas morreram no incêndio. 
 
* Casos especiais: 
 
 Mais de um aluno, mais de um professor faltaram. 
(expressões repetidas na mesma frase) 
 
 Mais de um veículo chocaram-se. 
 (“se” = indicando reciprocidade) 
 
e) A maior parte de (ou uma porção de, grande 
número de, a maioria de, metade de...) – o verbo 
fica, de preferência, no singular. 
 Ex.: A maior parte precisa ler mais. 
 (não especificado) 
 A maior parte dos alunos precisa / precisam ler. 
 
f) Locuções pronominais [Qual(is) de nós...; 
muito(s) de vocês, ... ] – O verbo concorda com o 
pronome indefinido (ou interrogativo) ou com o 
pronome pessoal. 
 Ex.: Qual de vós é humilde? 
 Quais de vós são / sois humildes? 
 
 Com número percentual 
 Ex.: 1% (da produção) foi vendido. 
 5% (das pessoas) discordam da imposição. 
 1% das pessoas discorda(m) da imposição. 
 Os 87% da produção de soja foram negociados. 
 
 Expressão HAJA VISTA: “Vista” é invariável. 
 Ex.: Haja(m) vista os ladrões de colarinho branco. 
 
 CONCORDÂNCIA DOS VERBOS IMPESSOAIS 
 Por não possuírem sujeito, os verbos impessoais ficam 
na 3ª pessoa do singular. 
 
• Haver (singular) usado no sentido de: 
“O F-E-R-A” (ocorrer, fazer, existir, realizar-se e 
acontecer) 
 Ex.: Há alunos que estudam muito. (= existem) 
 Houve uma grande festa. (= realizou-se) 
 Há muitos anos que não nos vemos. (= faz) 
 
• FA-S-E (verbos fazer, ser e estar) indicando: tempo 
decorrido, hora, data ou fenômeno da natureza. 
“Fazer” e “estar” sempre no singular; o verbo “ser”, 
singular ou plural de acordo com o contexto. 
 Ex.: Faz meses que te espero. (e não “fazem”) 
 Era cedo quando cheguei. 
 Estava um dia chuvoso. / Hoje é/são 20 de maio. 
 
• Verbos = Fenômenos da natureza (Chover, nevar, 
ventar, gear, trovejar, relampejar, anoitecer etc.) 
 Ex.: Choveu ontem. / Anoiteceu lentamente. 
• Expressões “basta de”, “chega de”, “passa de” etc. 
 Ex.: Chega de preguiça! Já passa de uma hora. 
 
 
 
 Observações: 
 
1 - Os verbos que exprimem fenômenos da natureza, 
quando usados em sentido figurado, deixam de ser 
impessoais. 
 Ex.: Já amanheci disposto.  Eu 
 Choveram denúncias no INSS.  denúncias. 
 
2 - Quando acompanhado de verbo auxiliar, o verbo 
impessoal transmite a ele a sua impessoalidade. 
 Ex.: Deverá haver feiras de artesanato na praça. 
 Vai fazer cinco anos que te vi. 
 
3 - Na língua popular é comum o uso do verbo ter, 
impessoal, no lugar de haver ou existir. 
 
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PORTUGUÊS 
 Ex.: Tem gente nova no pedaço. 
 Tem dias em que a gente estuda demais. 
 
 Concordância dos verbos dar, soar e bater 
 Na indicação de horas, esses verbos concordam com o 
número de horas que, normalmente, é o sujeito. A não 
ser que sejam usadas outras palavras como sujeito. 
 Ex.: Deu dez horas o relógio da matriz. 
 Bateram cinco horas no relógio da matriz. 
 
 Faltar, sobrar e bastar 
 Esses verbos concordam com o sujeito. 
 Ex.: Basta uma semana para terminar a promoção. 
 Faltam quinze minutos para as duas horas. 
 
 Concordância do verbo SER 
• O verbo ser ora concorda com o sujeito, ora concorda 
com o predicativo. 
 Ex.: Esses sorrisos são a minha alegria. 
 Minha vaidade são minhas filhas. 
 O parlamentar sempre ausente sois vós. 
 
• Se o sujeito indicar peso, medida, quantidade e for seguido 
de palavras ou expressões como pouco, muito, menos de, 
mais de etc., o verbo ser fica no singular. 
 Ex.: Cinco quilos de arroz é mais do que necessário. 
 Trezentos reais pela passagem é muito. 
 
 Concordância do verbo PARECER 
 Antes do infinitivo admite duas concordâncias: 
 Ex.: As brincadeiras pareciam alegrar a criançada. 
 As brincadeiras parecia alegrarem a criançada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. REGÊNCIA NOMINAL 
 
 
 Trata do mecanismo que regula as ligações entre um 
verbo ou nome e os seus complementos. 
 
1. REGÊNCIA NOMINAL 
 O termo regente é um nome 
 
REGÊNCIA DE ALGUNS NOMES 
(Advérbio, Substantivo ou Adjetivo) 
acessível (a) 
acostumado a, com 
afável com, para com 
aflito com, por 
antipatia a, contra, por 
apto a, para 
atencioso com, para com 
compaixão de / para com / por 
compatível com 
compreensível a 
comum a, de 
conforme a, com 
cruel com, para com, para 
cuidadoso com 
descontente com 
devoção a, para com, por 
dúvida acerca de, de, em, sobre 
fácil a, de, para 
falho de, em 
firme em 
generoso com 
grato a 
hábil em 
horror a 
hostil a, para com 
idêntico a 
incompatível com 
indiferente a 
liberal com 
natural de 
necessário a 
nocivo a 
paralelo a 
parecido a, com 
permissivo a 
pertinaz em 
preferível a 
prejudicial a 
propício a 
respeito a / com / de / 
para com / por 
semelhante a 
sensível a 
situado (sito, residente, 
morador) → em, entre 
suspeito a, de 
último a, de, em 
vereador, deputado, 
senador → por, pelo(a)(s) 
versado em 
 
 PREDICAÇÃO VERBAL 
 Trata da “transitividade” do verbo. Este pode ser: 
 
 TRANSITIVO  Precisa de um complemento 
chamado objeto. 
 
A) Direto (VTD) – Precisa de complemento sem 
preposição (objeto direto). 
 Ex.: Martha comprou flores. 
 VTD OD (o quê?) 
 
 Hugo bebeu um refrigerante. 
 VTD OD (o quê?) 
 
B) Indireto (VTI) – Precisa de complemento com 
preposição (objeto indireto). 
 Ex.: Paula gosta de estudar. 
 VTI OI (de quê?) 
 
 Ela obedece ao chefe. 
 VTI OI (a quem?) 
 Todos simpatizam com o diretor. 
 VTI OI (com quem?) 
 
C) Direto e Indireto (VTDI) – Precisa de dois 
complementos: um objeto direto e outro indireto 
 
 Ex.: Ele entregou a encomenda ao rapaz. 
 VTDI OD OI 
 (o quê?) (a quem?) 
 
 INTRANSITIVO  Não precisa de complemento 
ou vem acompanhado por adjunto adverbial. 
 Ex.: Poucos saíram ontem. 
 VI adj. adverbial de tempo(quando?) 
 
 Juliana mora em Paris. 
 
 
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PORTUGUÊS 
 VI adj. adverbial de lugar (onde?) 
 
 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 
 
1) VTI  NÃO admitem voz passiva 
 
Exceção: (des)obedecer 
 
Ex1.:“O filme foi assistido pelos alunos.” (errado) 
Os alunos assistiram ao filme. (certo) 
 
Ex2.: “O cargo era visado pelos gerentes.” (errado) 
Os gerentes visavam ao cargo. (certo) 
 
2) Não se deve dar um único complemento a verbos de 
regências diferentes. 
 
Ex1.: “Entrou e saiu da sala.” (errado) 
 Entrou na sala e saiu dela. (certo) 
 
Ex2.: “Assisti e gostei do filme.” (errado) 
 Assisti ao filme e gostei dele. (certo) 
 
3) Havendo pronome relativo, a preposição desloca-se 
para antes dele. 
 
Ex.: Esta é a faculdade a que aspiro. 
 Este é o autor a cuja obra me refiro. 
 Este é o autor de cuja obra gosto. 
 Este é o autor por cuja obra tenho simpatia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. REGÊNCIA VERBAL 
 
 
1. ASSISTIR 
 No sentido de socorrer, dar assistência é VTD. 
 Ex.: A enfermeira assistiu o doente. 
 
 No sentido de ver, observar, presenciar é VTI (A) 
 Ex.: Paulo assistiu ao (a um) filme na TV. 
 
 Observação: Mesmo com a preposição A, este verbo 
não admite a forma oblíqua LHE (Esse filme? Assisto-
lhe). Usa-se a forma convencional: Assisto a ele. 
 
 No sentido de caber, pertencer é VTI (A) 
 Ex.: Liberdade é um direito que assiste ao homem. 
 
 Observação: Admite a forma oblíqua LHE. 
 Ex.: É um direito que lhe assiste. 
 
 No sentido de morar, residir é VI (EM) 
 Ex.: Jéssica assiste em Recife. 
 
2. ASPIRAR 
 No sentido de respirar, sorver, inspirar é VTD 
 Ex.: Nós aspiramos o/um perfume. 
 
 No sentido de almejar, pretender é VTI (A) 
 Ex.: Pedro aspira ao/a um cargo de chefia. 
 
 Observação: Mesmo com a preposição A, este verbo 
não admite a forma oblíqua LHE (Esse posto? Aspiro-
lhe). Usa-se a forma convencional: Aspiro a ele. 
 
3. VISAR 
 No sentido de mirar ou dar o visto é VTD 
 Ex.: O atirador visou o alvo, mas errou o tiro. 
 O professor visou os exercícios. 
 
 No sentido de almejar, ter em vista é VTI (A) 
 Ex.: Marcos ajudava sem visar a lucros. 
 
 Observação: Nesse sentido, VISAR não admite a 
forma oblíqua LHE (“Esse posto? Viso-lhe”), mas sim 
“Esse posto? Viso a ele”. 
 
4. CHAMAR 
 No sentido de reunir, convocar é VTD 
 Ex.: O presidente chamou a (ou pela) imprensa. 
 O técnico chamou mais (ou por mais) dois jogadores. 
 
 No sentido de apelidar, cognominar 
 Ex.: Chamei (a) Ricardo (de) preguiçoso. 
 
5. PROCEDER 
 É VI no sentido de: originar-se (DE) e ter fundamento 
 Ex.: A carta procede do Japão. 
 Sua acusação não procede. 
 É VTI para: executar (A) 
 Ex.: Vossa Excelência irá proceder ao inquérito. 
 
6. ESQUECER / LEMBRAR 
 Ambos são VTD (quando não pronominais) 
 Ex.: Mariana esqueceu (ou lembrou) tudo. 
 
 São VTI (DE) quando pronominais 
 Ex.: Mariana se esqueceu (se lembrou) de tudo. 
 
7. AGRADAR 
 No sentido de fazer carinho é VTD 
 Ex.: A mãe agradava o seu filho. 
 
 
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PORTUGUÊS 
 No sentido de contentar, satisfazer é VTI (A) 
 Ex.: As notas não agradaram aos professores. 
 (ou não lhes agradaram) 
 
8. INFORMAR, AVISAR, PREVENIR, 
ADVERTIR, NOTIFICAR, CIENTIFICAR e 
CERTIFICAR 
 Apresentam OD (coisa) e OI (pessoa) ou vice- 
-versa: 
 Ex.: Informe os novos prazos aos interessados. 
 Informe os interessados dos novos prazos. 
 (ou sobre os novos prazos) 
 
 Caso se utilizem pronomes como complementos: 
 Ex.: Informe-os aos interessados. 
 (Informe-lhes os novos prazos) 
 Informe-os dos novos prazos. 
 (Informe-se deles ou sobre eles) 
 
9. PAGAR / PERDOAR / AGRADECER 
 Ex.: Paguei o livro. (VTD  OD = coisa) 
 Paguei ao livreiro. (VTI  OI = pessoa) 
 Paguei o livro ao livreiro. (VTDI) 
 
10. QUERER 
 No sentido de desejar é VTD 
 Ex.: “Eu quero uma casa no campo.” (Zé Rodrix) 
 
 No sentido de estimar, ter afeto é VTI (A) 
 Ex.: Quero a meus amigos. 
 
11. IMPLICAR 
 No sentido de acarretar, provocar é VTD 
 Ex.: Sua postura implicará demissões. 
 
 No sentido de incomodar, embirrar é VTI (COM) 
 Ex.: Ana implica com minhas amizades. 
 
 No sentido de envolver-se é VTDI (EM / COM) 
 Ex.: Implicaram o tio em atividades criminosas. 
 
12. CUSTAR 
 No sentido de ter o valor / preço de é VI 
 Ex.: A calça custou vinte reais. 
 
 No sentido de ser penoso / difícil é VTI 
 Ex.: Custa a um cidadão acreditar nos políticos. 
 Custou-nos (ou custou-lhes) ter que agir. 
 
 Observação: São erradas as construções: “Custamos 
 a / para entender o assunto.” 
 *Usa-se: Custou-nos entender o assunto. 
13. PREFERIR (VTDI) 
 Ex.: Prefiro doces a salgados. 
 
14. RESPONDER 
 É VTD para dar o conteúdo da resposta diretamente. 
 Ex.: Ele respondeu que não estava bem hoje. 
 
 É VTI (A) quando se refere a “quem” ou o “que” 
produziu a pergunta. 
 Ex.: Ele respondeu ao questionário / ao seu tio. 
 
OUTRAS REGÊNCIAS 
 
a) São Transitivos Diretos: abandonar, abençoar, 
aborrecer, abraçar, conservar, convidar, proteger, 
respeitar, prejudicar, visitar, socorrer, suportar, 
conhecer, eleger etc. 
 
b) São Transitivos Indiretos: simpatizar/ antipatizar 
(com), consistir (em), obedecer / desobedecer (a). 
 
c) São Indiferentemente Transitivos Diretos ou 
Transitivos Indiretos: abdicar (de), almejar (por), 
ansiar (por), anteceder (a), atender (a), atentar (em, 
para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar-se 
(com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), 
preceder (a), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), 
versar (sobre). 
 
 
8. CRASE 
 
 
 REGRA GERAL 
a) Vou à praia. (Vou ao campo.) 
 
b) As crianças foram à praça. (As crianças foram ao 
parque.) 
 
 PRINCIPAIS CASOS EM QUE NÃO OCORRE 
A CRASE: 
 
1. ANTES DE PALAVRA MASCULINA 
 Ex.: 
• Compramos a TV a prazo. 
• Ele leva tudo a ferro e fogo. 
• Por favor, façam o exercício a lápis. 
 
2. EM LOCUÇÃO FEMININA QUE INDIQUE 
INSTRUMENTO 
 Ex.: 
• Ela escreveu a redação a caneta. 
 
3. ANTES DE VERBO 
 Ex.: 
• A pobre criança ficou a chorar o dia todo. 
• Quando os convidados começaram a chegar, tudo já 
estava pronto. 
 
4. ENTRE PALAVRAS REPETIDAS QUE 
FORMEM UMA EXPRESSÃO 
 Ex.: cara a cara, frente a frente, gota a gota 
 
CUIDADO! 
 
 O PAÍS DECLAROU GUERRA À GUERRA 
 
 EXPLICAÇÃO: Neste caso, a primeira palavra 
GUERRA representa o OD do verbo DECLARAR. A 
segunda, o OI do mesmo verbo. 
 
5. ANTES DE ARTIGO INDEFINIDO 
 
CUIDADO! 
 
 
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PORTUGUÊS 
 
 Cheguei à uma hora da manhã. 
 
6. QUANDO O A ESTIVER NO SINGULAR E A 
PALAVRA POSTERIOR ESTIVER NO PLURAL 
 Ex.: Não me junto a pessoas corruptas. 
 
7. APÓS PREPOSIÇÃO 
 Ex.: Estou aqui DESDE as 8h. 
 
ATENÇÃO! 
 
Cheguei às 8h. 
 
8. ANTES DOS SEGUINTES PRONOMES: 
a) Pessoais 
b) De tratamento (exceções: SENHORA, 
SENHORITA, DONA e MADAME) 
c) Demonstrativo (exceções: ÀQUELE, ÀQUELA e 
ÀQUILO) 
d) Relativos (exceções: À QUAL, ÀS QUAIS) 
e) Indefinidos [exceção: OUTRA (S)] 
 
CASOS FACULTATIVOS 
 
1. ANTES DE NOME DE MULHER 
 EX.: REFIRO-ME À / A MARIA. 
 
 EXCEÇÃO: antes de nome de mulher que seja uma 
personalidade pública ou histórica. 
 
 Ex.: Referiu-se A Joana d’Arc da Revolução Francesa.2. ANTES DE PRONOME POSSESSIVO NO 
SINGULAR 
 Ex.: VOU À / A MINHA CIDADE NATAL. 
 
EXCEÇÕES 
 
a) Não deu valor às SUAS qualidades. 
b) Esta casa é igual à SUA. 
c) Fiz uma promessa a Nossa Senhora. 
 
3. APÓS A PREPOSIÇÃO ATÉ 
 EX.: VOU ATÉ À / A PRAIA. 
 
CASOS ESPECIAIS 
 
1. AS PALAVRAS CASA E DISTÂNCIA DEVEM 
ESTAR ESPECIFICADAS PARA QUE POSSAM 
ADMITIR CRASE ANTES 
 Ex.: 
A) Vou à casa DE MEUS AVÓS. 
B) Olhava a manifestação à distância DE CEM METROS. 
 
2. A palavra TERRA não admite CRASE 
anteriormente se estiver com o significado de 
TERRA FIRME 
 Ex.: Os marinheiros voltaram a terra. 
 
3. ANTES DE NOME DE LUGAR 
a) Vou a Roma (VOLTO DE ROMA) 
b) Vou a Londres (VOLTO DE LONDRES) 
c) Vou à Bahia (VOLTO DA BAHIA) 
d) Vou à Roma dos belos monumentos arquitetônicos. 
(VOLTO DA ROMA DOS BELOS 
MONUMENTOS ARQUITETÔNICOS) 
 
4. CRASE e paralelismo. 
 Escreva assim: 
 De segunda a sexta-feira 
 De terça a quinta-feira 
 Ou 
 Da segunda à sexta-feira 
 Da terça à quinta-feira 
 
 Não escreva assim: 
 De segunda à sexta-feira 
 De terça à quinta-feira 
 
 
 Escreva assim: 
 De 9h a 11h 
 De 8h30min a 11h30min 
 Ou 
 Das 9h às 11h 
 Das 8h30min às 11h30min 
 
 Não escreva assim: 
 De 9h à 11h 
 De 8h30min à 11h30min 
 9h às 11h 
 8h30min às 11h30min 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. PONTUAÇÃO 
 
 
 Os sinais de pontuação são recursos típicos da língua 
escrita porque esta não dispõe do ritmo e da melodia da 
língua falada. É, pois, a pontuação um meio de 
representar, na escrita, as pausas e entonações da fala. 
Desse modo, não há critérios extremamente rígidos 
quanto ao uso dos sinais de pontuação. Mesmo assim, 
faremos um breve estudo acerca das principais regras 
para o emprego dos sinais de pontuação exigidos pelas 
principais bancas examinadoras. 
 
 
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PORTUGUÊS 
 OBSERVAÇÃO INICIAL 
 
SUJEITO VERBO COMPLEMENTO 
ADJUNTO ADVERBIAL 
 
 ORDEM DIRETA DA ORAÇÃO 
 
 OBS.: Quando uma oração está na ordem direta, não 
pode haver pontuação separando seus elementos 
formadores. 
 
 USO DA VÍRGULA 
 
1. ADJUNTO ADVERBIAL DESLOCADO 
 Ex.: Após a explicação sobre o assunto, o aluno 
resolveu as questões. 
 
ATENÇÃO! 
 
 CASO O ADJUNTO ADVERBIAL SEJA 
FORMADO POR APENAS UMA PALAVRA, A 
VÍRGULA SERÁ FACULTATIVA 
 Ex.: Hoje, o aluno resolveu as questões. 
 
2. ORAÇÃO ADVERBIAL DESLOCADA 
(VÍRGULA OBRIGATÓRIA) 
 Ex.: Quando você chegar, avise-me. 
 
3. ORAÇÃO ADVERBIAL EM ORDEM DIRETA 
(VÍRGULA FACULTATIVA) 
 Ex.: Avise-me, quando você chegar. 
 
4. SEPARA ELEMENTOS DE MESMA FUNÇÃO 
SINTÁTICA 
a) João, Pedro e Maria são irmãos. 
b) Comprei frutas, verduras e legumes. 
 
5. SEPARA APOSTO 
 Ex.: O Recife, a Veneza brasileira, é belo. 
 
6. SEPARA VOCATIVO 
 Maria, você irá ao cinema conosco? 
 
7. SEPARA ORAÇÕES COMPOSTAS POR 
SUJEITOS DIFERENTRES E UNIDAS PELA 
CONJUNÇÃO E 
 Ex.: João estuda, e Maria trabalha. 
 
8. SEPARA ORAÇÕES NAS QUAIS HOUVE 
POLISSÍNDETO 
 Ex.: Ele canta, e dança, e pula. 
9. SUBSTITUI VERBO IMPLÍCITO (ZEUGMA = 
OMISSÃO DE TERMO JÁ CITADO) 
 Ex.: Carlos estuda Medicina; Pedro, Engenharia. 
 
10. SEPARA CONJUNÇÃO DESLOCADA 
 Ex.: Ele queria ir à praia; não irá, porém, devido à 
chuva. 
 
OBSERVAÇÃO 
 
 O PONTO E VÍRGULA usado nos casos 9 e 10 
separa orações quando uma delas já possui vírgula. 
 
VÍRGULA E ALTERAÇÃO DE SENTIDO 
 
1. 
a) O advogado do médico, Carlos Silva, requereu no 
Supremo Tribunal de Justiça a anulação da prisão 
temporária de seu cliente. 
b) O advogado do médico Carlos Silva requereu no 
Supremo Tribunal de Justiça a anulação da prisão 
temporária de seu cliente. 
 
 Na letra A, a presença das vírgulas indica que o nome 
do advogado do médico é Carlos Silva e o nome do 
médico é desconhecido por nós. 
 Porém, na letra B, a ausência das vírgulas indica que 
Carlos Silva é o nome do médico. Neste caso, o nome 
do advogado é desconhecido por nós. 
 
2. 
a) João quer almoçar. 
b) João, quer almoçar? 
 
 As duas orações são compostas das mesmas palavras, 
mas a pontuação diferente altera-lhes substancial-
mente o sentido. 
 Na letra A, há uma frase declarativa, marcada pelo 
ponto final. O termo “João” é o sujeito da oração. 
 Na letra B, há uma frase interrogativa. A vírgula, após 
o termo “João”, indica que ele funciona como vocativo 
da oração. 
 
3. 
a) Os alunos que esqueceram o caderno não participaram 
da aula. 
b) Os alunos, que esqueceram o caderno, não participaram 
da aula. 
 
 
 Na letra A, entende-se que apenas os alunos sem o 
caderno não participaram da aula. Já na letra B, 
compreende-se que todos os alunos estavam sem 
caderno e não participaram da aula. 
 
 
OUTRAS PONTUAÇÕES 
 
1. PONTO FINAL  Utilizado para encerrar qualquer 
tipo de frase declarativa ou imperativa. Representa a 
pausa máxima da voz. 
 Ex.: É preciso estudar tudo. 
 
 Observação: Também é usado para indicar 
abreviação de palavras (Sr. / Sra. / Obs.). 
 
2. PONTO DE INTERROGAÇÃO  Usado em frases 
interrogativas diretas, ainda que a pergunta não exija 
resposta. 
 Ex.: Por que você faltou ontem? 
 
3. PONTO DE EXCLAMAÇÃO  Usado ao final de 
frases exclamativas e imperativas. Também é comum 
após interjeições ou orações que indiquem surpresa, 
entusiasmo. 
 Ex.: Saia daqui! / Que bom! 
 
 
 
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PORTUGUÊS 
4. PONTO E VÍRGULA  Pausa superior à vírgula. 
 
A) Separa os diversos itens de uma enumeração. 
 Ex.: Os manifestantes entregaram uma pauta de 
reivindicação constando os seguintes itens: redução da 
jornada de trabalho; direito a descanso remunerado; fim 
das demissões e garantia dos direitos adquiridos na 
última assembleia. 
 
B) Separa orações que em seu interior já tenham vírgula. 
 Ex.: Antes, você dirigia tudo; agora, dirijo eu. 
 
5. DOIS-PONTOS  Usados para “anunciar” algo. 
 
A) Citação. 
 Ex.: Recordando um verso de Manuel Bandeira: “A 
vida inteira que poderia ter sido e que não foi”. 
 
B) Enumeração. 
 Ex.: Ganhei muitos presentes: roupas, sapatos etc. 
 
C) Na invocação das correspondências. 
 Ex.: Prezado Senhor: 
 Penso que não poderei comparecer à sua festa, na 
próxima semana. (...) 
 
6. RETICÊNCIAS  Indicam interrupção do 
pensamento. 
 Ex.: E eu que trabalhei tanto pensando que... 
 
7. ASPAS  
 
A) Para isolar citação textual colhida a outrem. 
 Ex.: Como afirma McLuhan: “O meio é a mensagem”. 
 
B) Para isolar palavras ou expressões estranhas à língua 
culta (expressões populares, gírias, estrangeirismos, 
neologismos, arcaísmos etc.). 
 Ex.: Ele era um “gentleman”. 
 Pedro estava “numa nice”. 
C) Indicar sentido diverso do usual (ironia). 
 Ex.: Ficou “lindo” (= feio). 
 
8. PARÊNTESES  Servem para isolar explicações, 
indicações ou comentários acessórios. 
 Ex.: Marcos leva uma vida mansa (dinheirinho, casa, 
comida, roupa lavada etc.) e ainda reclama da vida. 
 
 
9. TRAVESSÃO  Pode ser usado: 
 
A) nos diálogos, indicando que alguém está falando de viva 
voz (discurso direto), marcando a mudança de 
interlocutor. 
 Ex.: – Olá! Como vai? 
 – Vou bem. E você? (...) 
 
B) para substituir a dupla vírgula (o duplo travessão). 
 Ex.: Castro Alves – poeta romântico – foi um grande 
abolicionista. 
 
C) diante de enumeração, substituindo os dois- 
-pontos. 
 Ex.: Apesar da imensa crise financeira por que passou, 
decidiu comprar tudo – roupas, sapatos, toalhas etc. 
 
 
10. INTERPRETAÇÃO X COMPREENSÃO 
 
 
 É muito comum, entre os candidatos a um cargo 
público, a preocupação com a interpretação de textos. 
Isso acontece porque lhes faltaminformações 
específicas a respeito dessa tarefa constante em provas 
relacionadas a concursos públicos. 
 Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar 
no momento de responder às questões relacionadas a 
textos. 
 
 TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e 
relacionadas entre si, formando um todo significativo 
capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA 
(capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR). 
 
 CONTEXTO – um texto é constituído por diversas 
frases. Em cada uma delas, há uma certa informação 
que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, 
criando condições para a estruturação do conteúdo a 
ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de 
CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre as 
frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu 
contexto original e analisada separadamente, poderá ter 
um significado diferente daquele inicial. 
 
 INTERTEXTO – comumente, os textos apresentam 
referências diretas ou indiretas a outros autores por 
meio de citações. Esse tipo de recurso denomina-se 
INTERTEXTO. 
 
 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – o primeiro 
objetivo de uma interpretação de um texto é a 
identificação de sua ideia principal. A partir daí, 
localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, 
as argumentações, ou explicações, que levem ao 
esclarecimento das questões apresentadas na prova. 
 
 Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 
1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos 
fundamentais de uma argumentação, de um processo, 
de uma época (neste caso, procuram- 
-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 
 
2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança 
ou de diferenças entre as situações do texto. 
 
3. COMENTAR – é relacionar o conteúdo apresen-tado 
com uma realidade, opinando a respeito. 
 
4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou 
secundárias em um só parágrafo. 
 
5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras 
palavras. 
 
EXEMPLO 
TÍTULO DO 
TEXTO 
PARÁFRASES 
 
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PORTUGUÊS 
“O HOMEM 
UNIDO” 
A INTEGRAÇÃO DO MUNDO 
A INTEGRAÇÃO DA 
HUMANIDADE 
A UNIÃO DO HOMEM 
HOMEM + HOMEM = MUNDO 
A MACACADA SE UNIU 
(SÁTIRA) 
 
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA INTERPRETAR 
 
 Fazem-se necessários: 
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros 
literários, estrutura do texto), leitura e prática. 
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do 
texto) e semântico. 
 
 
 OBSERVAÇÃO: Na semântica (significado das 
palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, 
denotação e conotação, sinonímia e antonímia, 
polissemia, figuras de linguagem, entre outros. 
 
 
c) Capacidade de observação e de síntese. 
 
d) Capacidade de raciocínio. 
 
INTERPRETAR X COMPREENDER 
 
INTERPRETAR 
SIGNIFICA 
COMPREENDER 
SIGNIFICA 
− EXPLICAR, 
COMENTAR, 
JULGAR, TIRAR 
CONCLUSÕES, 
DEDUZIR. 
 
TIPOS DE 
ENUNCIADO 
 
• Através do texto, 
INFERE-SE que... 
• É possível 
DEDUZIR 
que... 
• O autor permite 
CONCLUIR que... 
• Qual é a 
INTENÇÃO 
do autor ao afirmar 
que... 
− INTELECÇÃO, 
ENTENDIMENTO, 
ATENÇÃO AO QUE 
REALMENTE ESTÁ 
ESCRITO. 
 
− TIPOS DE 
ENUNCIADO: 
 
• O texto DIZ que... 
• É SUGERIDO pelo autor 
que... 
• De acordo com o texto, é 
CORRETA ou ERRADA a 
afirmação... 
• O narrador AFIRMA... 
 
ERROS DE INTERPRETAÇÃO 
 
 É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência 
de erros de interpretação. Os mais frequentes são: 
a) Extrapolação (viagem) 
 Ocorre quando se sai do contexto, acrescentando ideias 
que não estão no texto, quer por conhecimento prévio 
do tema quer pela imaginação. 
 
b) Redução 
 É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um 
aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de 
ideias, o que pode ser insuficiente para o total do 
entendimento do tema desenvolvido. 
 
c) Contradição 
 Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do 
candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, 
consequentemente, errando a questão. 
 
 OBSERVAÇÃO: Muitos pensam que há a ótica do 
escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas 
numa prova de concurso, o que deve ser levado em 
consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais. 
 
 COESÃO – é o emprego de mecanismo de sintaxe que 
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre 
si. Em outras palavras, a coesão dá- 
-se quando, por meio de um pronome relativo, uma 
conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono 
há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que 
já foi dito. 
 
 OBSERVAÇÃO: São muitos os erros de coesão no dia 
a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo 
e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência 
do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode 
esquecer também de que os pronomes relativos têm, 
cada um, valor semântico, por isso, a necessidade de 
adequação ao antecedente. 
 Os pronomes relativos são muito importantes na 
interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros 
de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração 
que existe um pronome relativo adequado a cada 
circunstância, a saber: 
 
QUE (NEUTRO) – relaciona-se com qualquer 
antecedente, mas depende das condições da frase. 
 
QUAL (NEUTRO) – IDEM AO ANTERIOR. 
 
QUEM (PESSOA) 
 
CUJO (POSSE) – antes dele, aparece o possuidor e, 
depois, o objeto possuído. 
 
COMO (MODO) 
 
ONDE (LUGAR) 
 
QUANDO (TEMPO) 
 
QUANTO (MONTANTE) 
 
EXEMPLO: 
Falou tudo QUANTO queria (correto) 
 
Falou tudo QUE queria (errado – antes do QUE, 
deveria aparecer o demonstrativo O). 
 LOCUTOR E INTERLOCUTOR 
 A noção de interlocução – que envolve os dois 
interlocutores e a situação – é uma noção fundamental 
para qualquer trabalho com a linguagem. É uma das 
 
 
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PORTUGUÊS 
competências necessárias para se chegar a ser um bom 
leitor e um bom usuário da língua, falada e escrita, 
porque a língua que nos interessa estudar e analisar é a 
língua em uso, que se dá entre aquele que fala ou escreve 
e aqueles que leem ou escutam. A noção de 
interlocução, além de supor a existência de um locutor 
(o sujeito que fala ou escreve) e de alguém a quem a 
enunciação é dirigida (o interlocutor), supõe 
necessariamente a existência de uma situação, a 
situação de comunicação. É só no cruzamento de um 
locutor com um interlocutor numa situação específica 
que um enunciado ganha sentido. 
 
* Tomemos como exemplo a frase “Estou com frio”. 
É possível imaginar diversas situações em que ela 
poderia ser proferida e os mais variáveis sentidos 
que poderiam ser a ela atribuídos: 
1) Feche a janela, por favor. 
2) Você sempre deixa a janela aberta. 
3) Me aqueça. 
4) Vamos embora? 
 
 Tomemos como segundo exemplo a frase “Há mendigos 
novamente morando embaixo da ponte”. Imagine a 
diversidade de sentidos que ela pode ter, se proferida 
por um vereador preocupado com o embelezamento de 
sua cidade, se proferida por uma assistente pessoal, se 
proferida por um comerciante das redondezas etc. 
 Uma situação de escrita ou mesmo de fala não se dá 
sempre em forma de diálogo. Isto não significa, no 
entanto, que não haja um locutor, um interlocutor e 
uma situação de comunicação. Um conto, por exemplo: 
ele é narrado por alguém (neste caso, temos um 
narrador como locutor) e ele é escrito para alguém (os 
interlocutores, neste caso, são leitores imaginados). Um 
discurso de um candidato a um cargo político tem como 
locutor, obviamente, o candidato; como interlocutores, 
os possíveis eleitores, os partidários e os adversários; a 
eles o político se dirige e a eles tentará sensibilizar, 
comover, persuadir, dissuadir. 
 Chegamos assim a perceber que a noção de 
interlocução traz outra, atrelada aela: a noção de 
adequação da linguagem aos interlocutores, à 
situação de comunicação e à intenção. 
 
 Concurso público exige adequada preparação em 
interpretação de texto. Não se trata de estudo subjetivo 
como muitos pensam. Assim como as questões de 
gramática, a análise de texto apresenta fundamentos 
bem sólidos em seus critérios de correção. 
 Destaco, aqui, a cobrança de questões com base nas 
ideias explícitas ou implícitas. Explícito é aquilo que, 
literalmente, está escrito. Observe a seguinte 
construção: “Isabela estuda todos os dias apostilas e 
questões relacionadas a concurso público”. Se o 
candidato afirmar que Isabela fará concurso público, a 
resposta será incorreta. A construção apresentada não 
afirma explicitamente que ela fará. Afirma que ela 
estuda apostilas e questões relacionadas a concurso 
público. Comandos comuns para ideias explícitas são: 
“de acordo com o texto”, “com base no texto”, “no 
texto”. 
 Se, no entanto, o comando for apresentado assim: 
depreende-se do texto (infere-se, deduz-se) que Isabela 
fará concurso público, a resposta será correta. Implícito 
é aquilo que não está escrito literalmente, mas você 
pode deduzir ou inferir das construções. Não se pode 
extrapolar. Deve haver relação lógica. O próprio 
comando na prova deve deixar claro qual linha de 
interpretação o candidato deve seguir. 
 Observe texto e questão de prova com interpretação 
explícita. 
 
 “A televisão procura atender ao gosto da população a que se 
dirige. Assim, acomoda essa grande massa de consumidores a 
antigos hábitos e tradições, em vez de propor, aos que assistem a 
ela, inquietações novas e uma visão mais crítica do mundo em que 
vivem.” 
 
 De acordo com o texto: 
a) Porque se dirige a um público desinteressado, a 
televisão não se preocupa com a qualidade de seus 
programas. 
b) A televisão não se preocupa em elevar o nível de seus 
programas já que o público que a ele assiste não se 
interessa por problemas sérios. 
c) Embora resulte do gosto de um público inquieto com 
seus valores, a televisão nega-se a mudar o aspecto 
formal dos programas. 
d) O interesse de baixo nível cultural merece uma televisão 
que não questiona em profundidade os problemas do 
mundo. 
e) O interesse do público determina os conteúdos 
veiculados pela televisão que, assim, se furta às 
propostas culturais novas. 
 
 O gabarito foi a letra “e”. Houve apenas a mudança da 
ordem “televisão” e “público” e termos sinônimos. 
 
 Observe, agora, o concurso do Senado com 
interpretação implícita. 
 
 “O nome é um pouco esquisito, mas se trata de algo 
bastante conhecido: hoax é sinônimo de boato no 
mundo digital. Quem nunca recebeu mensagens 
difamando empresas ou noticiando o caso do garoto 
com câncer? Ou então a história de ter os rins retirados 
e acordar em uma banheira de gelo, que, no final, ainda 
pede para enviar o e-mail para os amigos? Nunca se 
sabe como os boatos surgem. Dizem os especialistas 
que o prazer de quem envia boatos por e-mail é receber 
as histórias escritas por eles mesmos depois de algum 
tempo.” 
 
 A partir das ideias explícitas e implícitas no texto acima, 
julgue os itens abaixo. 
 
1. A grande maioria das pessoas que vivem nos centros 
urbanos costuma receber mensagens eletrônicas 
apelativas, com propagandas de instituições comerciais 
ou com solicitações de auxílio, principalmente 
envolvendo crianças e/ou velhos doentes. 
 
2. A circulação de algumas mensagens, como a de se ter 
os “rins retirados e acordar em uma banheira de gelo”, 
de caráter jocoso e assustador, pode partir do princípio 
de que alguns usuários desse tipo de comunicação são 
ingênuos – acatam e divulgam, sem julgamento prévio, 
 
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PORTUGUÊS 
tudo o que leem. 
 
3. Embora os destinatários possam ignorar a real 
procedência e a veracidade das informações da 
correspondência, geralmente os remetentes últimos 
podem ser reconhecidos pelos recebedores que, a partir 
dos dados do endereçamento, acompanham as 
informações de quem a enviou. 
 
 Geralmente, questões com interpretações implícitas são 
mais difíceis. O gabarito acima foi o seguinte: 1. E 
(extrapolou), 2. C, 3. C (muitos candidatos reclamaram 
na época, mas todo o texto se relaciona ao tema 
informática e fofoca). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11. ANÁLISE DE TEXTOS 
 
 
1.1 TEMA, IDEIA GLOBAL E TÓPICO DE UM 
PARÁGRAFO 
 
➢ Tema: Proposição essencial que vai ser tratada ou 
demonstrada. Assunto primordial de que trata o 
texto. 
➢ Ideia Global: Conceito integral (opinião ou 
pensamento) baseado nos objetivos discursivos do 
emissor que permeia todo o texto e o justifica. 
➢ Tópico de um Parágrafo: Temática central 
apresentada e discutida no parágrafo considerado, 
geralmente mediante desenvolvimento da 
argumentação. 
 
1.2 ARGUMENTO PRINCIPAL 
 
 DEFENDIDO PELO AUTOR 
 Corresponde à tese (proposição exposta para debate). 
Geralmente é apoiada em argumentos com o intuito de 
convencer um público-leitor sobre o ponto de vista 
chave apresentado pelo autor. 
 
1.3 OBJETIVO OU FINALIDADE 
 
 PRETENDIDA 
 Diz respeito ao que o produtor de um texto pretende 
(intencionalidade), tem em mente ou quer que o leitor 
faça, a partir da leitura de seu texto. 
 
1.4 SÍNTESE DO CONTEÚDO GLOBAL 
 
 DO TEXTO 
 É um texto conciso com a seleção e a apresentação, de 
forma global e organizada, de pontos fundamentais 
para a compreensão de um determinado texto. 
 
 
 
 
1.5 GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
 GÊNEROS TEXTUAIS 
 São práticas histórico-sociais que se constituem como 
ações para agir sobre o mundo e dizer o mundo, 
constituindo-o de algum modo. São formas verbais de 
ação social relativamente estáveis realizadas em textos 
situados em comunidades de práticas sociais típicas e 
em domínios discursivos específicos. 
 Em outras palavras, “Gênero Textual é um conceito 
geral que engloba textos com características comuns em 
relação à linguagem, ao conteúdo e à estrutura, 
utilizados em determinadas situações comunicacio-nais, 
orais ou escritas.” Constituem-se como exem-plos de 
gêneros: cartas, bulas, e-mails, anúncios, postais, avisos, 
artigos, requerimentos, editais, crônicas, fábulas, 
contos, rezas, piadas, receitas, notícias, provérbios, 
entre muitos outros. 
 Sempre que nos comunicamos por meio de palavras, 
empregamos um gênero. Os textos (orais ou escritos) 
constituem gêneros cuja especificidade depende da 
situação de interação verbal, do momento em que ela 
ocorre e das relações que a envolvem. 
 Os estudos referentes à comunicação agrupam os 
gêneros textuais por domínio discursivo. Daí encontrarmos 
vários tipos de domínio discursivo: jornalístico, 
didático, científico, religioso, jurídico etc. As fronteiras 
entre esses domínios são, em algumas situações 
comunicativas, meio nebulosas, pois os gêneros podem 
ter uma configuração híbrida, circulando por vários 
domínios. 
 Vejamos agora alguns exemplos de gêneros textuais 
usados no cotidiano e suas respectivas características 
gerais: 
 
• E-mail – É uma mensagem enviada e recebida por 
meio de um sistema de correio eletrônico. Como é 
utilizado em diversas situações comunicacionais, 
formais ou informais, a linguagem pode variar. Tem a 
estrutura padrão da carta e, em geral, os parágrafos são 
curtos. 
 
• Poema – É a unidade da poesia, em versos com ou sem 
rima. Esse gênero textual, em geral, apresenta recursos 
de sonoridade e ritmo, bem como palavras em sentido 
conotativo e figuras de linguagem. O conteúdo da 
composição poética é, em geral, abstrato, expressivo, 
subjetivo e conotativo. 
 
• Fábula – É um gênero textual que transmite um 
ensinamento e cujos personagens, em geral, são animais 
 
 
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