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QUÍMICA GERAL II 121 INTRODUÇÃO As substâncias podem ser encontradas em três estados físicos: o gasoso, o líquido e o sólido. Algumas variáveis são responsáveis pela mudança de estado físico das substâncias. As principais variáveis são: pressão, temperatura, volume, massa ou número de mols. Para representar as variáveis usando os três eixos coordenados, dividimos o volume, que é uma variável extensiva (depende da extensão do sistema), pela massa também extensiva, obtendo uma variável intensiva (tem o mesmo valor em todos os pontos do sistema), que é o volume específico. No lugar da massa, pode ser usado o número de mols e teremos o volume molar. O estado gasoso tem como principal característica a compressibilidade. As características estão ligadas às forças entre as moléculas, ao tamanho das moléculas, à energia e ao choque das moléculas. O gás não tem volume nem forma própria, mas tem alta fluidez e alta difusão. ESTADO GASOSO Para conhecer o estado gasoso, devemos entender inicialmente que a substância, quando muda de estado físico, não muda quimicamente, sendo a mesma substância do estado físico original. Suas propriedades e características mudam em função do novo estado físico. Um gás é constituído por moléculas isoladas, separadas umas das outras por grandes espaços vazios, em relação ao seu tamanho e em contínuo movimento de translação, rotação e vibração. VARIÁVEIS USADAS NO ESTUDO DOS GASES 1) A pressão: A pressão é definida como força por unidade de área. A unidade de medida no SI é o Pascal (Pa), onde 1 Pa = 1 N x m-2. A pressão de 1 Pascal é considerada uma pressão pequena e pouco ligada aos estudos gasosos. Ao estudar o planeta Terra, chamamos a parte sólida de litosfera; a parte líquida, de hidrosfera; e a parte gasosa, de atmosfera. Os gases da atmosfera também são atraídos pela gravidade e, por isto, pesam sobre a superfície da Terra. Como a massa das partículas gasosas é muito pequena, elas não sedimentam na superfície, mas se chocam com a superfície e ocasionam pressão na superfície. Esta pressão ao nível médio dos mares é definida como uma atmosfera (1 atm), sendo 1 atm = 1,01325 x 105 Pa. A pressão atmosférica é medida através de um aparelho chamado barômetro de mercúrio. A unidade adotada está ligada ao aparelho que usa uma coluna de mercúrio para equilibrar a pressão atmosférica. A coluna de mercúrio que equilibra a pressão atmosférica ao nível médio dos mares é de 760 mmHg, tomada como unidade de pressão, onde 1 atm = 760 mmHg. Em homenagem ao físico Evangelista Torricelli foi adotada a unidade de pressão chamada Torr, onde temos 1 Torr = 1 mmHg. O uso do barômetro motivou uma nova unidade chamada bar onde 1 bar = 105 Pa. Vamos observar, na figura nº. 01, a utilização do barômetro na medida da pressão atmosférica. 122 QUÍMICA GERAL II Figura nº. 01 – Barômetro de mercúrio em que um tubo vazado internamente é cheio de mercúrio e colocado com a boca para baixo dentro de uma cuba contendo mercúrio. O nível do mercúrio desce até atingir a altura h correspondente à pressão atmosférica, ficando o vácuo acima da coluna de mercúrio. O aparelho que mede a pressão de um gás em um recipiente é chamado de manômetro; a medida é relativa à pressão atmosférica tanto para pressões mais altas quanto para pressões mais baixas, onde o manômetro é chamado de vacuômetro. Vamos observar, na figura nº. 02, a utilização do manômetro. Figura nº. 02 – Manômetro de mercúrio para medida da pressão absoluta de um gás contido em recipiente. O recipiente é conectado a um tubo em U com mercúrio em seu interior. A pressão do gás é equilibrada pela pressão atmosférica e pela coluna de mercúrio h, de tal modo que a pressão absoluta do gás é igual à atmosférica mais a pressão da altura h. QUÍMICA GERAL II 123 Se o desnível for invertido, a pressão atmosférica será maior que a pressão absoluta do gás e dizemos que a medida é de um vácuo. A pressão da altura h é chamada de pressão manométrica. Como está sempre medida em relação à pressão atmosférica, podemos usar duas fórmulas: • P gás = P atm + P man; no caso da medida de pressões maiores que a pressão atmosférica; • P gás = P atm - P man; no caso da medida de pressões menores que a pressão atmosférica. Nas equações de estado, vamos usar a pressão do gás também chamada de pressão absoluta. Devemos fixar o modo como o gás exerce a pressão sobre uma área delimitada. As moléculas, ao se chocarem com a superfície, transmitem quantidade de movimento e são afastadas pela superfície por sua reação ao choque. É fácil entender que quanto maior for a quantidade de moléculas, maior será a pressão, bem como quanto maior for a velocidade das moléculas, maior será a pressão. Vamos observar, na figura nº. 03, o choque das moléculas com a superfície. Figura nº. 03 – Pressão gasosa exercida pelas moléculas do gás. Na situação (a), temos poucas moléculas do gás; logo poucos choques ocorrem e a pressão é pequena. Em (b), temos maior quantidade de moléculas do gás; logo temos uma maior quantidade de choques de moléculas com a superfície, sendo a pressão maior que em (a). Como conclusão, podemos afirmar que a pressão é proporcional ao número de moléculas N do gás. A maior quantidade de moléculas também pode estar associada ao volume; quanto maior o volume, menor será o número de moléculas, e quanto menor for o volume, maior será a quantidade de moléculas. Como conclusão, podemos afirmar que a pressão é inversamente proporcional ao volume. A energia do choque aparece como o terceiro fator de proporcionalidade com a pressão. A energia cinética das moléculas está diretamente ligada a sua massa e a sua velocidade; logo podemos afirmar que a pressão é diretamente proporcional à massa e à velocidade 124 QUÍMICA GERAL II 2) A temperatura: A temperatura é a variável associada ao sensação de quente ou frio em que se encontra a matéria. Na Físico-Química, a temperatura está associada ao fluxo de energia. No estudo do estado gasoso, no ponto de vista microscópico, a temperatura absoluta é uma variável diretamente proporcional à energia cinética, associada ao movimento aleatório das moléculas dos gases. Sendo a temperatura uma função linear com a energia cinética, sua determinação como linha reta envolve o conhecimento de pelo menos dois pontos. Os pontos adotados para a criação de uma escala estão na pressão de uma atmosfera e a temperatura está associada às propriedades da água. Foi estabelecido o valor 100 para a temperatura de ebulição da água pura e o valor zero para a temperatura de congelamento da água pura. Marcados em escala os dois pontos, o espaço entre eles foi dividido em 100 partes cada parte considerada um grau centígrado por ter 100 divisões. Em homenagem ao astrônomo sueco Anders Celsius, o grau foi também chamado de Celsius. No estudo das leis dos gases, vamos tomar conhecimento da escala absoluta onde o grau de temperatura é chamado de Kelvin, em homenagem ao físico e engenheiro britânico William Thomson, conhecido pelo título de Lord Kelvin. 3) A massa: A massa está relacionada à quantidade de matéria em estudo. Em termos microscópicos, está associada ao número de átomos e de moléculas. É uma propriedade extensiva, pois seu valor só é possível conhecer através da medida de toda a matéria em estudo. A massa tem um valor constante, o que muda é o peso, pois tem valor associado à gravidade local. 4) O volume: O volume está associado ao espaço ocupado pela matéria em estudo. É uma propriedade extensiva, pois seu valor só é possível conhecer através de medida do espaço que contém a matéria em estudo. ESTUDO DAS LEIS EMPÍRICAS DOS GASES O estado mais simples da matéria é o estado gasoso. O estudo do estado gasoso, que utiliza os resultados experimentais, teve início no século XVII. O gás deve ser imaginado como um conjunto de moléculas ou átomos em movimento permanente e aleatório, com velocidades que aumentam quando a temperatura se eleva. O gás é diferentede um líquido por ter as moléculas muito separadas uma das outras, exceto nos instantes das colisões. O estado de um gás puro fica definido pelos valores do volume que ocupa, da quantidade de matéria em geral expressa em número de mols, da pressão e da temperatura. A determinação de três destas variáveis determina a quarta. A relação pode ser chamada de equação de estado. A forma geral da equação de estado é: p = ƒ (T, V, n). Cada substância tem sua própria equação de estado, mas veremos que certas simplificações podem ser feitas para generalizar o uso de determinadas equações. A preocupação sempre foi de a de enquadrar os resultados experimentais em uma única equação. QUÍMICA GERAL II 125 LEI DE BOYLE Em 1662, o irlandês Robert Boyle observou que o volume de uma quantidade fixa de um gás a uma determinada temperatura é inversamente proporcional à pressão exercida pelo gás. Na 3ª unidade, no estudo das soluções, utilizamos o gráfico nº. 04 para estudar a superfície termodinâmica de uma substância pura em que, acima da temperatura crítica, encontramos o estado gasoso. Essa parte da superfície termodinâmica pode ser visualizada com a ajuda do gráfico nº. 01. Gráfico nº. 01 – Parte da superfície termodinâmica que representa uma quantidade fixa de gás estudado com certas simplificações e chamado de gás ideal. Os cortes da superfície mostram linhas com temperatura constante, chamadas isotermas; e linhas com pressão constante, chamadas isóbaras. Nosso estudo utiliza as projeções nos planos P x V, onde as isotermas são representadas por curvas; e no plano V x T, em que as isóbaras são representadas por linhas retas. O resultado experimental da lei de Boyle foi inicialmente representado utilizando o plano P x V, mas, para expressar a proporcionalidade direta, foi melhor usar o plano P x 1/V, utilizando assim a linha reta passando pela origem. Vamos observar no gráfico nº. 02. Gráfico nº. 02 – Medidas de pressão e volume no gráfico P x V e no gráfico P x 1/V. Os resultados estão em proporção direta, mas foi observado que, em altas pressões, os pontos dos resultados se afastam da linha reta. 126 QUÍMICA GERAL II LEI DE CHARLES Em 1787, o francês Jacques Charles verificou que o volume de uma quantidade fixa de gás, à pressão constante, diminui com a diminuição da temperatura e que essa relação indicava ser uma proporção direta. Visando representar em gráfico esse resultado experimental, verificou-se que o volume não se torna zero com a temperatura de zero grau centígrado, o que evitaria a representação como uma proporção direta nos moldes da encontrada para a lei de Boyle, no gráfico P x 1/V. A solução foi encontrada no próprio gráfico, pois, representando os resultados e realizando uma extrapolação, atingimos o ponto zero de volume e uma temperatura negativa em grau centígrado. Para evitar valores negativos, foi definida uma nova temperatura chamada de temperatura absoluta T, em grau Kelvin, conforme já foi antecipado. Vamos observar o gráfico nº. 03 para melhor entendimento. Gráfico nº. 03 – Gráfico do volume versus temperatura em grau Celsius; com a extrapolação, a temperatura que corresponde ao volume zero é - 273,15ºC. Gráfico nº. 03 – Gráfico do volume versus temperatura em grau Celsius; com a extrapolação, a temperatura que corresponde ao volume zero é –273,15°C. A nova temperatura, chamada de absoluta, pode ser calculada pela relação que a define: T(K) = t(°C) + 273,15. Com a temperatura absoluta, podemos ter a representação de uma proporcionalidade direta. A lei de Charles ficou então com novo enunciado: “o volume de uma quantidade fixa de gás, à pressão constante, é diretamente proporcional à temperatura absoluta”. Ver gráfico nº. 04. QUÍMICA GERAL II 127 Gráfico nº. 04 – Medidas do volume e da temperatura absoluta(K) de uma quantidade fixa de gás com pressão constante. Quando a temperatura aumenta, o volume também aumenta. A variação é uma função linear, a linha reta passa pela origem dos eixos, o que demonstra a proporcionalidade direta entre volume e temperatura absoluta. Em temperaturas muito baixas, os resultados se afastam da linha reta. LEI DE AVOGRADO Na 2ª unidade, foram estudadas as leis volumétricas das reações químicas. A primeira, de autoria de Gay-Lussac, em 1808, concluía que os volumes gasosos de uma reação química formam uma proporção de números inteiros e pequenos. Os gases eram estudados como átomos, o que dificultava a explicação da reação: H2(g) + Cl2(g) 2. HCl (g). Como aceitar que um átomo de hidrogênio, reagindo com um átomo de cloro, produzisse dois átomos de gás clorídrico? A explicação foi dada por Avogrado ao afirmar que a partícula do gás é formada por dois átomos. A lei de Avogrado foi então aceita com o seguinte enunciado: “volumes iguais de gases diferentes, na mesma temperatura e pressão, contêm o mesmo número de moléculas”. A conclusão do estudo é a existência de uma proporcionalidade direta entre o volume e o número de mols. Vejamos no quadro-resumo as conclusões das três leis experimentais. Lei de Boyle Lei de Charles Hipótese de avogrado V ∝ (1/P) V ∝ T V ∝ n (n, T constantes) (n, P constantes) (P, T constantes) As três leis combinadas resultam no volume proporcional à expressão: V ∝ (n x T)/P. 128 QUÍMICA GERAL II Como resultado qualitativo, temos relações com todas as variáveis e devemos transformar a proporcionalidade em uma equação quantitativa. Como já foi dito, os gases são diferentes com relação ao tamanho das moléculas e às interações entre elas, o que ocasiona uma equação para cada gás. O consenso foi de estabelecer certas simplificações que possibilitassem usar uma equação de estado para todos os gases, assim foi criado um modelo de gás chamado de gás ideal. Antecipando o estudo cinético dos gases, vamos estabelecer um modelo de gás ideal, que visa reduzir as diferenças entre os gases, baseado em duas hipóteses principais: 1) As moléculas de um gás são pontuais, mas funcionam como centro de massa; 2) Não há forças de atração ou de repulsão entre as moléculas do gás tido como ideal, exceto durante as colisões. Estes são os motivos principais de diferença entre os gases. No modelo cinético, vamos ampliar as hipóteses visando um melhor estudo dos gases. Voltando aos resultados experimentais, com a simplificação que os gases são iguais, a proporcionalidade pode ser transformada em igualdade usando-se a constante R, chamada de constante dos gases ideais. A expressão decorrente fica: V = R [(n x T)/P]. Esta é a equação dos gases ideais que pode ser escrita de uma forma mais conhecida: PV = n x R x T. Para usar a equação, necessitamos de um valor de R, calculado de modo experimental. A determinação cuidadosa de P, V, n e T, em uma amostra gasosa, e a definição de um estado padrão permitem o cálculo de R. Os gases, quando em baixa pressão, apresentam resultados como sendo gases ideais. O estado padrão foi denominado de condições normais de temperatura e pressão (CNTP), onde p = 1 atm; T = 273,15K; n = 1 mol e V = 22,414 litros. Como n = 1; este volume é chamado de volume molar nas CNTP. Substituindo na fórmula, fica: R = [(1,0 atm)(22,414 litros)]/[(1,0 mols)(273,15 K)] = 0,082057 (atm x L)/(mol x K). Outros valores sãoobtidosquandoas variáveis sãomedidasemoutrasunidades: R = 8,31451 joule/(mol x K); R = 62,364 (mmHg x L)/(mol x K); R = 1,9872 caloria/(mol x K). EXERCICIO COMPLEMENTAR Qual a massa de oxigênio que está contida em um tanque de 50,0 litros, na temperatura de 21ºC e na pressão de 15,7 atm? Solução: Para calcular a massa, devemos calcular o número de mols n. Sabemos que n = (P x V)/(R x T) = (15,7 atm x 50,0 L)/{[0,082 (atm x L)/(mol x K)] x [(21 + 273)K]} = 32,5 mol. Usando n = m/MM, temos m = n x MM = 32,5 mol x 32,0 g/mol = 1.040 g = 1,04 Kg. ESTUDO DA MISTURA GASOSA A mistura de gases será estudada usando o modelo de gás ideal, pois podemos imaginar a dificuldade de estudar como gases reais, em que cada gás temsua própria equação de estado. Podemos então afirmar que uma mistura de gases que não reagem entre eles tem comportamento como de um único gás puro. QUÍMICA GERAL II 129 Foi John Dalton, nosso conhecido do modelo de átomo e das leis ponderais, quem, de modo experimental, estabeleceu as fórmulas para as misturas gasosas. Dalton, usando um recipiente de volume conhecido, em temperatura constante, introduziu certa quantidade de oxigênio e mediu a pressão como sendo 0,60 atm. Evacuou completamente o recipiente e, conservando a mesma temperatura, introduziu certa quantidade de nitrogênio, medindo a pressão como sendo de 0,40 atm. Dalton então colocou as quantidades conhecidas dos gases no mesmo recipiente e a pressão medida foi de 1,0 atm. A pressão de cada gás foi chamada de pressão parcial e as conclusões experimentais foram chamadas de lei de Dalton das pressões parciais: a) A pressão parcial do gás em uma mistura gasosa é a pressão que o gás teria se sozinho ocupasse todo o volume da mistura; b) A pressão total da mistura gasosa é a soma das pressões parciais de cada gás; c) A pressão total também pode ser calculada pela equação dos gases ideais, pois a premissa é a de que a mistura se comporta como um único gás. Neste caso, o número de mols da equação é o número total de mols da mistura. Seja a pressão parcial do oxigênio P1, do nitrogênio P2, a pressão total da mistura de PT e o número total de mols de n T, podemos então concluir que: P1 + P2 = PT; PT x V = n T x R x T. O resultado para dois gases pode ser estendido para vários gases. Um modo de relacionar a pressão parcial com a pressão total pode ser calculado usando-se as equações já conhecidas: a) Da definição de pressão parcial, podemos fazer: P1 = n1 x [(RT)/V]; b) Usando a equação dos gases ideais para a mistura: PT = (n1 + n2) x [(RT)/V]; tirando o valor do termo [(RT)/V]; na segunda expressão e substituindo na primeira, fica: P1 = [n1/(n1 + n2)] x PT. Como a expressão [n1/(n1 + n2)] é a fração molar do gás 1, podemos fazer: P1 = x1. PT. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES Exercício 01: Uma mistura gasosa é preparada usando 6,0 g de oxigênio e 9,0 g de metano misturados em um recipiente de 15,0 litros, na temperatura de 0°C. Qual é a pressão parcial de cada gás e a pressão total da mistura no recipiente? Solução: Vamos calcular as pressões parciais de cada gás, usando a equação dos gases ideais: n oxigênio = 6,0 g x (1 mol/32,0 g) = 0,188 mols de oxigênio; n metano = 9,0 g x (1 mol/16,0 g) = 0,563 mols de metano; P oxigênio = {(0,188 mol)[0,082(atm x L)/(mol x K)](273K)}/15,0 L = 0,281 atm P metano = {(0,563 mol) [0,082 (atm x L)/(mol x K)] (273K)}/15,0 L = 0,841 atm. Usando a lei de Dalton das pressões parciais, fica: PT = 0,281 atm + 0,841 atm = 1,122 atm. A equação geral dos gases ideais apresenta várias utilidades. Vamos estudar o cálculo da densidade de um gás ideal. A equação de estado, como já sabemos, relaciona as variáveis a que o gás está sujeito em determinada situação; logo a densidade calculada se refere ao estado estudado. 130 QUÍMICA GERAL II Seja P x V = n x R x T, como n = m/MM, podemos fazer: P x V = (m/ MM) x R x T, que produz: m/V = (P x MM)/(R x T). Como d = m/V, podemos fazer: d = (P x MM)/(R x T). Exercício 02: Calcule a densidade do dióxido de carbono nas CNTP. Solução: Usando a fórmula temos: d = (P x MM)/(R x T) = [(1,0 atm) x (44,0 g/mol)]/[0,082(atm x L)/(mol x K)](273K) = 1,96 g/L. TEORIA CINÉTICA DOS GASES IDEAIS A explicação para a pressão do gás, conforme foi visto na figura 03, é resultado do contínuo bombardeamento das paredes do recipiente pelas moléculas do gás em movimento. Essa explicação foi sugerida pela primeira vez, em 1676, por Robert Hooke, assistente de Boyle. A teoria cinética dos gases foi aceita com os estudos de Rudolf Clausius, em 1857; de James Clerk Maxwell, em 1859; e de Ludwig Boltzmann, em 1870. Essa teoria consiste nas seguintes afirmações ou postulados: 1) Os gases são constituídos por moléculas cujas dimensões são desprezíveis em relação à distância média entre elas. O volume das moléculas é pontual e funciona como centro de massa; 2) As moléculas se movem ao acaso, em linha reta, em todas as direções, com velocidades diferentes e variáveis. Como não há preferência de direção, a pressão é a mesma em todas as direções; 3) As forças de atração ou de repulsão entre duas moléculas em um gás são fracas e, portanto, desprezíveis, exceto quando colidem. Como as forças intermoleculares são desprezíveis, as moléculas possuem movimento retilíneo uniforme até que colidam com outra molécula; 4) Quando as moléculas colidem, transferem energia, mas a energia cinética média das moléculas não varia com o tempo, desde que a temperatura permaneça constante. Isto significa que as colisões são elásticas. Um exemplo de colisão elástica é o choque de esferas de aço em forma de pêndulo. Ao se levantar uma das extremidades, o choque se transmite e levanta a esfera da extremidade oposta na mesma altura da primeira. Ver a figura nº. 04 para melhor entender. Figura nº. 04- Colisão elástica entre esferas de aço, a energia da colisão é transmitida. 5) A energia cinética média das moléculas é diretamente proporcional à temperatura absoluta do gás. Para determinada temperatura absoluta, as moléculas de todos os gases têm a mesma energia cinética média. Quanto maior for a temperatura absoluta, maior será a energia cinética média de suas moléculas. QUÍMICA GERAL II 131 A teoria cinética foi esclarecedora no que se refere ao comportamento da matéria no estado gasoso. Na Físico-Química, vamos estudar as deduções com apoio matemático. No atual estudo, alguma fórmula pode ser utilizada. Por convenção, vamos utilizar o símbolo < > para expressar a média; e a letra c, para a velocidade de uma molécula. A pressão será calculada pela fórmula: P = (N x m x<c²>)/(3 x V); a energia cinética total associada com o movimento ao acaso das moléculas de um mol de gás será chamada de KE e será calculada pela fórmula KE = (3/2) RT. Na afirmativa (5), ficou esclarecido que, em determinada temperatura absoluta, a energia cinética média das moléculas de gases diferentes é igual. Como o modelo de gás ideal mantém o valor da massa, os gases têm moléculas com massas diferentes. Para que as energias cinéticas sejam iguais, as velocidades devem ser diferentes. Podemos ver melhor no gráfico nº 05. Gráfico nº. 05 – Distribuição das velocidades das moléculas de vários gases que estão na mesma temperatura absoluta, mas possuem massas moleculares diferentes. Devemos observar que a fórmula da pressão está coerente com os fatores citados na figura nº. 03. A pressão é diretamente proporcional ao número de moléculas N, à energia cinética m x <c²> e é inversamente proporcional ao volume V. A energia cinética é diretamente proporcional à temperatura absoluta T em uma função linear, tendo energia zero na temperatura zero. Usando a igualdade de energia cinética média entre dois gases, podemos fazer: (m1x <c²1>)/2 = (m2 x <c²2>)/2. Para utilizar a igualdade, devemos definir a velocidade média quadrática c vmq, como: 2cvmq c� � � . Com a definição, podemos fazer: 1 2 2 1 2 1/ / /c vmq c vmq m m MM MM� � . Demonstra-se também que: 3 /cvmq RT MM� , chamada de equação de Maxwell. 132 QUÍMICA GERAL II EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES Exercicio 01: Compare a velocidade média quadrática do hidrogênio com a do oxigênio. Solução: 2 2 / 32 / 2 16 4H Ocvmq cvmq � � � . Conclusão: A velocidade média quadrática do hidrogênio é quatro vezes maior que a do oxigênio. Exercício 02: Calcule a velocidade média quadrática para o oxigênio a 20°C. Solução: Calculando T = 293K, e temos MM = 0,032 Kg /mol, logo: 1 1 1 [3(8,314 )(293 ) 478 / (0,032 ) joule xmol x k K cvmq m s Kg xmol − − −� � Devemos lembrar que joule é a unidade de energia do SI (Joule = Kg x m² x s-2). ESTUDO DA DIFUSÃO E DA EFUSÃO DAS MOLÉCULAS GASOSAS O gráfico nº. 05 já antecipa a informaçãode que gases diferentes têm suas moléculas em movimento com velocidade diferente, mesmo que estejam na mesma temperatura. Devemos iniciar o estudo com o entendimento do que seja a difusão e do que seja a efusão gasosa. Vejamos a figura nº. 04 para entender a diferença. Figura nº. 04 – Difusão e efusão de gases. Na situação (a), temos a difusão entre o gás A e o gás B que vão se misturar com o tempo. Na situação (b), temos a efusão do gás A através de um orifício muito pequeno. Os dois fenômenos são estudados como parte do modelo cinético e podemos usar as definições: a) Difusão é o processo por meio do qual um gás se espalha através de outro para ocupar, uniformemente, todo o espaço disponível. No caso QUÍMICA GERAL II 133 (a) da figura nº. 04, após certo tempo, os gases A e B ocupam todo o volume, sem distinção entre eles. b) Efusão é o processo por meio do qual um gás escoa, através de um orifício muito pequeno, para o vácuo ou para um ambiente de baixa pressão. No caso (b) da figura nº 04, observamos a efusão do gás A. A velocidade de efusão depende de alguns fatores: área do orifício; número de moléculas por unidade de volume no recipiente, velocidade média das moléculas e massa molar do gás. Em 1846, o químico escocês Thomas Grahan estudou a efusão e concluiu, experimentalmente, que, em temperatura constante, a velocidade de efusão de um gás é inversamente proporcional à raiz quadrada de sua massa molar. O resultado experimental foi consolidado pela teoria cinética, sendo o nome de velocidade de efusão trocado por velocidade média quadrática das moléculas. Sejam os gases A e B da figura nº. 04, podemos afirmar que, na efusão gasosa, é valido comparar. Velocidade média quadrática de A/velocidade média quadrática de B = . A expressão ficou conhecida como lei de Graham. O uso da fórmula ajuda na previsão do comportamento de sistemas que operam com gases confinados por membranas porosas. Vejamos o exemplo na figura nº. 05. Figura nº. 05 – Dois gases N2 e He contidos em dois balões com paredes porosas. Em (a), no tempo inicial, ambos cheios. Em (b), decorridas 48 horas, o balão com hélio está menor, porque o He escapa mais rápido que o N2. A fórmula de Grahan permite quantificar o fenômeno. EXERCÍCIO COMPLEMENTAR Calcule em quanto o Hélio vai escapar mais rápido que o nitrogênio na situação (a) da figura nº. 05. Solução: Usando a fórmula de Grahan, temos: (velocidade de He)/ (velocidade de N2) = = = 2,6458. Conclusão: O He escapa 2,6458 vezes mais rápido que o N2. 134 QUÍMICA GERAL II A fórmula também pode ser usada para determinar a massa molar de um gás desconhecido, desde que seja determinada experimentalmente a velocidade de efusão do gás. ESTUDO DOS GASES SEM AS SIMPLIFICAÇÕES ESTABELECIDAS PARA O MODELO DE GÁS IDEAL. Em pressões elevadas ou temperatura muito baixa, os desvios da lei dos gases ideais se tornam muito grandes e colocam em risco os trabalhos em que há necessidade de valores reais para dimensionar os materiais que vão resistir aos esforços decorrentes dos processos envolvendo gases. As duas principais simplificações tratam do volume desprezível e do fato de as interações entre as moléculas serem desprezíveis. É fácil entender que, ao considerar o volume das moléculas, o volume real será menor que o volume ideal. A diferença entre o volume real e o volume ideal foi objeto das primeiras correções efetuadas nos gases ideais. Os resultados experimentais mostram as diferenças entre os gases ideais e os reais. Vamos observar o gráfico nº. 06. Gráfico nº. 06 – Comparação entre o comportamento do gás ideal e do gás real. Fixando uma pressão, podemos observar melhor a diferença entre os dois volumes. Esse estudo motivou a definição do fator de compressibilidade. Em uma determinada pressão, a relação entre o volume real e o volume ideal foi definida como fator de compressibilidade Z, sendo Z = V real/V ideal. Como o volume ideal tem seu valor calculado pela equação dos gases ideais, temos para um mol: V ideal = (RT)/P. Substituindo na fórmula de definição de Z e omitindo a designação real, fica: Z = (PV)/(RT). A equação ficou sendo usada com o seguinte formato: P x V = n x Z x R x T, sendo o Z obtido em gráficos para cada gás. QUÍMICA GERAL II 135 Como os projetos partiam de pressões de trabalhos a serem escolhidas, ficou melhor usar gráficos de Z versus P, modo melhor de visualizar as pressões em que os gases mais se aproximam de um gás ideal. Para Z = 1, o gás tem comportamento de gás ideal, pois o volume real é igual ao volume ideal. O valor de Z é encontrado em tabelas para cada gás específico. Vamos observar no gráfico nº. 07. Gráfico nº. 07 - Fator Z versus Pressão para vários gases, o eixo horizontalestá no valor 1, marcando o gás ideal. Para Z > 1, o volume real é maior que o ideal. Isto ocorre em pressões altas devido às forças de repulsão; ou em pressões baixas, em gases com pequenas forças de atração, com dispersão alta. Observar o exemplo do H2. Os trabalhos práticos evidenciaram que o efeito da interação entre as moléculas devia ser considerado como um fator em separado, tendo em vista sua grande importância no comportamento dos gases. Foi o físico holandês J. D. van der Waals quem pesquisou os desvios dos gases reais e calculou parâmetros para cada gás. As forças fracas de atração entre moléculas ganharam o nome de forças de Van der Waals, em sua homenagem. J. D. van der Waals observou que as forças de atração exerciam forte efeito sobre a pressão real do gás. Podemos observar melhor na figura nº. 06. 136 QUÍMICA GERAL II Figura nº. 06 – Efeito da atração entre as moléculas sobre a pressão do gás. Já está consolidado o estudo cinético, pois sabemos que a pressão do gás é decorrente do choque com transferência de quantidade de movimento para a parede do recipiente que contém o gás. A atração de outras moléculas diminui a velocidade de choque da molécula que está prestes a se chocar com a parede; logo a pressão real é menor que a pressão ideal, ocasionando grande desvio no comportamento do gás. O estudo levou o cientista, em 1873, a publicar um trabalho sobre uma equação empírica nos moldes da equação do gás ideal. Isto significa uma equação também baseada em dados experimentais, com o uso de dois fatores para compensar os desvios observados. O fator a corrige as interações entre as moléculas; o fator b corrige a consideração do volume das moléculas. A nova equação, escrita com base na equação dos gases ideais, tomou a forma mostrada abaixo. Os fatores a e b foram determinados experimentalmente para os gases mais usados; e os valores tabelados, para a consulta dos técnicos que trabalham com gases, em projetos de Engenharia. Alguns valores estão relacionados na tabela nº. 01. QUÍMICA GERAL II 137 Constantes de van der Waals Gás a (litro2 - atm/mol2) b (litro/mol) H2 0,2444 0,02661 He 0,03412 0,02370 N2 1,390 0,03913 O2 1,390 0,03183 CO 1,485 0,03985 NO 1,340 0,02789 CO2 3,592 0,04267 H2O 5,464 0,03049 Tabela nº 01 – Constantes de van der Waals para alguns gases. Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre. Devemos observar três pontos sobre os valores tabelados: 1) A pressão está expressa em atmosfera e o volume em litro; 2) Quanto maiores forem os valores de a, maiores serão as forças intermoleculares. Do mesmo modo, quanto maiores os valores de b, maiores serão os volumes das moléculas. 3) O hélio é um gás com os menores valores de a e b, o que mostra ser um gás momoatômico, com fracas forças de interações entre os átomos. Exemplo: Usando a equação de Van der Waals, calcule a pressão para 8,0 mol do gás cloro em um recipiente de 4,0 litro na temperatura de 27°C. Para o cloro, temos a = 6,49 (atm x L²)/(mol)² e b = 0,0562 L/mol. Compare com a pressão ideal, calculada pela equação dos gases ideais. Solução: Para o cloro foi dado: a = 6,49 (atm x L²)/(mol)² e b = 0,0562 L/ mol. Colocando a equação na forma adequada para o cálculoda pressão fica: P = [(nRT)/(V – nb)] – [(n²a)/V²] = [(8x0,082x300)/(4 – 8x0,0562)] – [(8²x6,49)/4²] = (196,8/3,5504) – (415,36/16) = 55,43 – 25,96 = 29,47 atm. Usando a equação dos gases ideais: P = 196,8 / 4 = 49,2 atm. Verificamos uma diferença de aproximadamente 20 atm entre as duas pressões, o que indica um erro grosseiro quando se usa a pressão ideal. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES Exercício 01: O tetrafluoroetileno, C2F4, efunde-se por um orifício com taxa de 4,6 x 10-6 mol/h. Um gás desconhecido, composto de boro e hidrogênio, efunde-se pelo mesmo orifício com taxa de 5,8 x 10-6 mol/h nas mesmas condições de pressão e temperatura. Calcule a massa molar do gás desconhecido. Solução: Aplicando a lei de efusão de Grahan, temos: Taxa de efusão do gás desconhecido/taxa de efusão do 2 4 2 4 MM C F C F MM desconhecida � 5,8 x 10-6/4,6 x 10-6 = desconhecida. Elevando ao quadrado ambos os lados da equação, fica: 1,6 = 100/MM desconhecida. O que produz MM = 63 g/mol. O gás de MM = 63 com boro e hidrogênio, na análise, deve ser o B5H9, chamado de penta borano. 138 QUÍMICA GERAL II Exercício 02 Calcule a velocidade média quadrática das moléculas do oxigênio na temperatura de 25°C. Solução: Aplicando a fórmula de Maxwell, temos: Velocidade média quadrática = = 1 1 3 1 3(8,314 )(298 ) (32 10 ) Joule xMol x K K x Kg xmol − − − − = 52,32 10 /x Joule Kg . Como 1 J = 1 Kg x (m/s)². Velocidade média quadrática = 5 2 1 22,32 10x Kg xm xKg x S− − = . Velocidade média quadrática = 482 m/s. Exercício 03 Um tubo de televisão contém 0,010 mg de nitrogênio gasoso, considerado gás ideal. O tubo opera na temperatura de 25°C e seu volume é de 5,0 litros. Calcule a pressão em atmosfera dentro do tubo. Solução: Aplicando a equação dos gases ideais, temos: PxV = n x R x T, com os dados do exercício, temos: n = m/MM = 10 x 10-6 g/28 g/mol = 0,357 x 10-6 mols. V = 5,0 litros, T = 298K e R = 0,082 (atm x L)/(mol x K). Substituindo na equação, fica: P = {3,57 x 10-7 mol x 0,082 [(atm x L)/(mol x K)] x 298K}/(5,0 L). P = 1, 75 x 10 -6 atm. O cálculo mostra que a pressão no tubo é menor que a pressão atmosférica. Exercício 04 Um tanque com hélio fica externo ao edifício de uma empresa. A temperatura durante o dia é de 35°C e, durante a noite, 5°C. O volume fixo do tanque é de 20 m³ e ele resiste à pressão absoluta de 20 atm. Considere o hélio um gás ideal e calcule a maior quantidade de massa de hélio que podemos armazenar no tanque. Solução: Usando a equação do gás ideal, temos: P x V = n x R x T. Para que o produto P x V fique fixo, devemos observar a variação da temperatura e do número de mols. Se a temperatura sobe, o número de mols deve diminuir; então vamos usar a maior temperatura para calcular o número de mols máximo. Com os dados temos: p = 20 atm; V = 20 dm³ = 20.000 litros; T = 308K. Aplicando na equação, temos: 20 x 20.000 = (m/4) x 0,082 x 308. Operando, fica: m = 63, 35 Kg. QUÍMICA GERAL II 139 Exercício 05 Uma mistura de gases ideais, composta de N2 e O2, tem densidade de 1,0g/dm³ na temperatura de 27°C e pressão de 600 mmHg. Calcule a fração molar de cada gás. Solução: Usando a equação dos gases ideais, temos: P x V = n x R x T, sendo n o número total de moles, que pode ser calculado, fazendo: n = (P x V)/(R x T) = (600 x 1)/(62,3 x 300) = 600/18.690 = 0,032. Sabemos que a soma das massas é 1, logo: mO2 + mN2 = 1 e 0,032 = nO2 + nN2. Resolvendo o sistema de duas equações com duas incógnitas, temos: mO2 = 0,832g e mN2 = 0,168g. Calculando os números de mols: nO2 = 0,026 e nN2 = 0,006, o que permite calcular: xO2 = 0,81 e xN2 = 0,19. 1º exercício Um tanque com volume fixo de 30 m³, contendo gás hélio na temperatura de 22°C e na pressão de 960 mmHg, apresentou vazamento de gás. Durante o vazamento, a temperatura permaneceu constante, mas a pressão caiu para 850 mmHg. Supondo o hélio gás ideal, calcule a massa de hélio perdida durante o vazamento. Resposta: massa perdida = 718, 24 g. 2º exercício Sabendo-se que 10 mols de metano ocupam 1.756 cm³ na temperatura de 0°C, pede-se o cálculo da pressão, usando: a) a equação dos gases ideais; b) a equação dos gases reais de Van der Waals, sabendo-se que as constantes da equação são: a = 2,25 (atm x L²)/mol² e b = 0,0428 L / mol. Resposta: a) 127,5 atm; b) 95,5 atm. 3º exercício Calcule a pressão total de uma mistura de 2g de eteno e 3g de dióxido de carbono contidos em um recipiente de 5 litros na temperatura de 50ºC. Resposta: p = 0,74 atm. 4º exercício O oxigênio tem fator de compressibilidade Z = 0,927, na temperatura de 0ºC, pressão de 100 atm e volume de 100 litros. Calcule a massa de oxigênio existente no recipiente. Resposta: m = 15,4 Kg. 5º exercício O tempo requerido para um dado volume de nitrogênio se difundir através de um orifício é de 35 segundos. Calcular a massa molar de um gás que requer 50 segundos para difundir do mesmo orifício, nas mesmas condições. Resposta: MM = 57,2 g/mol. 140 QUÍMICA GERAL II ATKINS, Peter e JONES, Loretta. Princípios de Química. Questionando a vida moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Editora Bookman, 2001, 914 p. BROWN, Theodore L.; LEMAY JÚNIOR, H. Eugene e BURSTEN, Bruce E. Química. A ciência central. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2005, 972 p. 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