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HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE E HORMÔNIOS PRODUZIDOS

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HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE E HORMÔNIOS PRODUZIDOS 
- Fisiologia: funcionamento dos organismos vivos
- Galeno: fisiologista mais influente da antiguidade - reconheceu a íntima associação entre o hi-
potálamo e hipófise
- Prolongamento ventral do hipotálamo (afunilado) terminava em uma massa glandular (hi-
pófise), envolvida por um rico aporte sanguíneo
- Adeno-hipófise é maior do que a neuro-hipófise
- Neuro-hipófise: fácil identificação em ressonância magnética pois emite feixes luminosos
- Funções do hipotálamo: 
- Controle de emoções (raiva, agressividade, dor e prazer) e comportamentos (excitação 
sexual)
- Modulação da fome (neurotransmissores orexigênicos) e saciedade (anorexigênicos)
- Regulação da temperatura corporal, estimulando processos como vasoconstrição e con-
tração muscular
- Estabelecimento de ritmos circadianos 
- Controle da hipófise através de hormônios liberadores e inibidores
- Células secretoras hipotalâmicas são capazes de sintetizar hormônios, transportados pelas 
veias porta-hipofisárias até a hipófise. Regulam assim, a síntese e liberação de outros hormô-
nios produzidos pela adeno-hipófise.
- Células secretoras hipotalâmicas também são capazes de sintetizar e secretar outros hormôni-
os: ocitocina e ADH, produzidos no hipotâlamo e secretados na neuro-hipófise. Posteriormente 
esses hormônios caem na corrente sanguínea.
- Ligação anatômica entre hipotálamo e hipófise se dá pelo infundíbulo e funcionalmente por 
neurônios provenientes de distintos núcleos hipotalâmicos (parvocelulares e magnocelulares)
- Hormônios neuro-hipofisários ficam armazenados em vesículas até a sua liberação
- Exemplos hormônios hipotalâmicos: TRH e hormônio liberador de gonadotrofinas
- Exemplos hormônios adeno-hipofisários: TSH, LH e FSH
- Exemplos hormônios neuro-hipofisários: ocitocina e ADH
HORMÔNIOS DA ADENO-HIPÓFISE 
- Hormônio liberador de tireotrofina (TRH) 
- Sintetizado a partir do pré-pró-TRH (242 AA)
- Isolado por Schally (1968)
- 165.000 hipotálamos suínos - cromatografia
- Experimento: grupo de suínos criados em situações controladas e posteriormente 
eutanasiados, com a extração do hipotálamo. Produção de um extrato hipotalâmico 
purificado, isolando um hormônio produzido pelo hipotálamo. Ao injetá-lo no corpo 
de outro animal, percebeu-se que o efeito era o aumento da produção do hormônio 
tireotrófico (TSH) e de prolactina (Prl) produzidos pela adeno-hipófise. Batizou-se o 
hormônio de TRH.
- Hormônio liberador de corticotrofinas (CRH) 
- Peptídeo: 41 AA
- Isolado a partir do hipotálamo de ovinos (Dhariwal APS et al, 1966)
- Experimento: grupo de ovelhas criadas em situações controladas e posteriormente 
eutanasiadas, com a extração do hipotálamo. Produção de um extrato hipotalâmico 
purificado, isolando um hormônio produzido pelo hipotálamo. Ao injetá-lo no corpo 
de outro animal, percebeu-se que o efeito era o aumento da produção de ACTH pro-
duzido pela adeno-hipófise. Batizou-se o hormônio de CRH.
- Hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) 
- Decapeptídeo
- Eixo hipotalâmico-hipófise-gonadal é ativado na puberdade
- Isolado a partir do hipotálamo suíno (Schally, 1971)
- Experimento: grupo de suínos criados em situações controladas e posteriormente 
eutanasiados, com a extração do hipotálamo. Produção de um extrato hipotalâmico 
purificado, isolando um hormônio produzido pelo hipotálamo. Ao injetá-lo no corpo 
de outro animal, percebeu-se que o efeito era o aumento da produção de LH e FSH, 
produzidos pela adeno-hipófise. Batizou-se o hormônio de GnRH
- Hormônio liberador do hormônio de crescimento (GHRH) 
- É sintetizado a partir de pré-pró-GHRH
- Existem três isoformas de GHRH: 37, 40 e 44 AA, todas apresentando atividade biológica 
liberadora de GH
- Isolamento e caracterização do GHRH (River e Guillemin, 1982)
- Experimento: grupo de roedores criados em situações controladas e posteriormente 
eutanasiados, com a extração do hipotálamo. Produção de um extrato hipotalâmico 
purificado, isolando um hormônio produzido pelo hipotálamo. Ao injetá-lo no corpo 
de outro animal, percebeu-se que o efeito era o aumento da produção de GH, produ-
zido pela adeno-hipófise. Batizou-se o hormônio de GHRH
- Hormônio inibidor da liberação do hormônio de crescimento (GHRIH) / somatostatina 
- Isolado em 1973 a partir de hipotálamos de ovinos (Krulich)
- É capaz de inibir a liberação de GH e de TSH
- Duas isoformas:
- S-28: predominante no TGI
- S-14: predominante no cérebro
- Outras informações: 
- TSH: capaz de se ligar na tireoide, estimulando a produção de hormônios tireoidianos, 
como T3 e T4
- ACTH: capaz de se ligar no córtex adrenal, estimulando a produção de hormônios corti-
cais, como o cortisol
- FSH e LH: capazes de se ligar nos testículos, estimulando a produção de testosterona, e 
nos ovários, estimulando a produção de estrógenos
- Prolactina: capaz de se ligar na mama (nas células produtoras de leite), estimulando a 
produção de progesterona
- GH: capaz de se ligar ao fígado, estimulando a produção de IGFs (fatores de crescimento 
semelhantes a insulina), que se ligam em receptores específicos presentes nos ossos, 
músculos, órgãos, tecido adiposo branco, etc
HORMÔNIOS DA NEURO-HIPÓFISE 
- Ocitocina 
- Composta por nove AA
- Produzida pelo hipotálamo e secretado na neuro-hipófise, onde ficam armazenados tem-
porariamente
- Produzida especificamente no núcleo supraóptico e paraventricular do hipotálamo
- Associada ao termo “Oxytoc”: parto rápido - relacionada à parturição
- Atua através da interação com receptores específicos: OXTR-1 e 2.
- Funções:
- Parturição: provoca a contração da musculatura lisa uterina, intensificando-as em 
momentos próximos ao parto
- Lactação: promove a ejeção de leite materno
- Reprodução:
- 1: auxilia a “sucção” do sêmen pelo aparelho reprodutor feminino ao estimular 
as contrações miometriais
- 2: leva a formação de pares e estimula o desejo sexual
- Conhecida como hormônio do amor popularmente: participa do amor ligado ao de-
sejo sexual e outros tipos de amores, como o materno
- Atuação ocitocina: ejeção do leite materno e contração uterina 
- A medida que o bebê suga o peito da mãe, dispara-se po-
tenciais de ação, ganhando áreas cerebrais superiores, es-
timulando células hipotalâmicas neurossecretoras a produzi-
rem ocitocina
- Ocitocina é produzida, encaminhada para neuro-hipófise, 
onde é armazenada, e é secretada, alçando a grande circu-
lação e ligando-se a receptores específicos presentes na 
membrana plasmática das células mioepiteliais presentes 
nos alvéolos mamários e das células musculares lisas do 
miométrio. Assim, ativa-se uma via de sinalização que en-
volve, por exemplo, ativação da proteína G, levando a eje-
ção de leite e contração uterina. 
- Muito importante, por exemplo, no período pós-natal, fa-
zendo com que o útero volte ao seu tamanho normal
- Efeito da ocitocina nas células mioepiteliais: ejeção de leite mater-
no
- Células epiteliais produtoras de leite apresentam receptores 
para prolactina
- Células mioepiteliais apresentam receptores para ocitocina
- Efeito da ocitocina nas células musculares lisas do miométrio: 
contração muscular
- OXTR: receptor de ocitocina
- OXT: ocitocina
- Ligação OXT a OXTR promove ativação da proteína G, que 
ativa a enzima fosfolipase C (PLC), capaz de atuar em fosfoli-
pídeos da membrana, como PiP2. Ocorre liberação de IP3 e 
DAG. IP3 é capaz de ativar canais de cálcio no retículo endo-
plasmático, liberando cálcio aprisionado dentro dele. Cálcio 
segue em direção ao citosol, ativando proteínas do citoes-
queleto celular, levando a sua contração.
- Hormônio antidiurético (ADH) / vasopressina 
- Nonapeptídico com peso molecular de 1228 kDa
- Identificado em 1954
- Produzido pelo hipotálamo e secretado na neuro-hipófise em casos de desidratação e 
queda de PA
- Atua nos rins (ativando aquaporinas 2), glândulas sudoríparas e arteríolas (vasoconstrição) 
para que hajaretenção de água corporal. Assim, o ADH contribui com a constância da 
osmolalidade plasmática e volemia, que por sua vez são fundamentais para manutenção 
da PA ideal.
- Mecanismos de osmorregulação relacionado a secreção do 
ADH:
- Valores ideias de osmolaridade do plasma: 285-295 
mOsm/Kg
- 280 mOsm/Kg: corpo não necessita de retenção de água 
- diminuição da secreção de ADH 
- 290 mOsm/Kg: corpo precisa reter mais água para que 
haja diluição dos solutos - aumento da secreção de ADH
- Ações do ADH:
- A alta pressão sanguínea osmótica (alta osmolalidade) 
estimula osmorreceptores hipotalâmicos ‣ osmorrecepto-
res ativam células neurossecretoras que sintetizam e libe-
ram ADH ‣ impulsos nervosos liberam ADH dos terminais 
axônicos da neuro-hipófise para a corrente sanguínea ‣ 
ADH é direcionado para tecidos alvos (rins, glândulas su-
doríparas e arteríolas). Uma vez alcançada a normalida-
de, a baixa pressão sanguínea osmótica inibe os osmor-
receptores hipotalâmicos ‣ inibição reduz ou interrompe a 
secreção de ADH

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