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Guyton | Capitulo 64 - Propulsão e Mistura dos Alimentos no Trato Alimentar 1 Isis Rabelo Med103 Fisiologia Gastrointestinal Propulsão e Mistura dos Alimentos no Trato Alimentar MASTIGAÇÃO Incisivos – Ação de cortar Molares –Ação de Triturar A maioria dos músculos da mastigação é inervada pelo ramo motor do quinto nervo craniano, e o processo de mastigação é controlado por núcleos no tronco encefálico. DEGLUTIÇÃO A deglutição pode ser dividida em : Um estágio voluntário, que inicia o processo de deglutição; Um estágio faríngeo, que é involuntário, correspondente à passagem do alimento pela faringe até o esôfago; Um estágio esofágico, outra fase involuntária que transporta o alimento da faringe ao estômago. Pares de nervos cranianos envolvidos: V, IX, X e XII e, mesmo, por alguns dosnervos cervicais superiores. Palato mole eleva-se e fecha a nasofaringe e Epiglote fecha a laringe. Estágio Voluntário da Deglutição Quando o alimento está pronto para ser deglutido, ele é “voluntariamente” comprimido e empurrado para trás, em direção à faringe, pela pressão da língua para cima e para trás contra o palato. Estágio Faríngeo Involuntário da Deglutição O bolo de alimento, ao atingir a parte posterior da cavidade bucal e a faringe, estimula as áreas de receptores epiteliais da deglutição ao redor da abertura da faringe, especialmente nos pilares tonsilares e seus impulsos passam para o tronco encefálico, onde iniciam uma série de contrações musculares faríngeas automáticas, como se segue: 1. O palato mole é empurrado para cima, de maneira a fechar a parte posterior da cavidade nasal, evitando o refluxo do alimento. 2. As pregas palatofaríngeas em cada lado da faringe são empurradas medialmente de forma a se aproximarem. Dessa forma, essas pregas formam fenda sagital, por onde o alimento deverá passar para a parte posterior da faringe. 3. As cordas vocais da laringe se aproximam vigorosamente, e a laringe é puxada, para cima e para frente, pelos músculos do pescoço. Essas ações, combinadas com a presença de ligamentos que impedem o movimento para cima da epiglote, fazem com que a epiglote se mova para trás, na direção da abertura da laringe. O conjunto desses efeitos impede a passagem do alimento para o nariz e para a traqueia. 4. O movimento para cima da laringe também puxa e dilata a abertura do esôfago. Ao mesmo tempo, os 3 a 4 centímetros superiores da parede muscular esofágica, referidos como esfíncter esofágico superior (também conhecido como esfíncter faringoesofágico) se relaxam .Entre as deglutições, esse esfíncter permanece fortemente contraído, evitando a entrada de ar no esôfago durante a respiração. O movimento para cima da laringe também eleva a glote afastando-a do fluxo principal de alimento, essa ação confere uma proteção adicional contra a entrada de alimento na traqueia. 5. Quando a laringe é elevada e o esfíncter faringoesofágico relaxado, toda a parede muscular da faringe se contrai, iniciando na parte superior e, então, a contração progredindo para baixo nas áreas medial e inferior da faringe, o que impulsiona o alimento por peristaltismo para o esôfago. Guyton | Capitulo 64 - Propulsão e Mistura dos Alimentos no Trato Alimentar 2 Isis Rabelo Med103 Resumo : Os mecanismos do estágio faríngeo da deglutição: a traqueia se fecha, o esôfago se abre, e a onda peristáltica rápida, iniciada pelo sistema nervoso da faringe, força o bolo de alimento para a parte superior do esôfago; o processo todo dura menos de 2 segundos. O estágio faríngeo da deglutição é essencialmente ato reflexo, quase sempre iniciado pelo movimento voluntário do alimento para a parte posterior da boca, que, por sua vez, excita os receptores sensoriais faríngeos para iniciar a parte involuntária do reflexo da deglutição. Os impulsos são transmitidos dessas áreas pelas porções sensoriais dos nervos trigêmeo e glossofaríngeo para o bulbo, pelo trato solitário ou por nervos intimamente associados a ele, que recebe essencialmente todos os impulsos sensoriais da boca. As áreas no bulbo e na ponte inferior que controlam a deglutição são chamadas coletivamente deglutição ou centro da deglutição. Estágio esofágico da deglutição Peristaltismo primário: continuação da onda peristáltica que começa na faringe. Peristaltismo secundário :resultam da distensão do próprio esôfago pelo alimento distendido. As ondas peristálticas secundárias são deflagradas, em parte, por circuitos neurais intrínsecos do sistema nervoso mioentérico e, em parte, por reflexos iniciados na faringe e transmitidos por fibras vagais aferentes para o bulbo retornando ao esôfago por fibras nervosas eferentes vagais e glossofaríngeas. Faringe e 1/3 superior do esôfago músculo estriado esquelético controle por nervos motores: glossofaríngeo e vago. Outros 2/3 já temos músculo liso controle pelos vagos em conexão com o plexo mioentérico. Relaxamento Receptivo do Estômago : Quando a onda peristáltica esofágica se aproxima do estômago, a onda de relaxamento, transmitida por neurônios inibidores mioentéricos, precede o peristaltismo. Função do Esfíncter Esofágico Inferior (Esfíncter Gastroesofágico): Quando a onda peristáltica da deglutição desce pelo esôfago, ocorre o “relaxamento receptivo” do esfíncter esofágico inferior à frente da onda peristáltica, permitindo a fácil propulsão do alimento deglutido para o estômago. Quando o esfíncter não se relaxa de forma satisfatória, resulta na condição denominada acalasia ,raramente ocorre. A mucosa esofágica, exceto nas porções bem inferiores do esôfago, não é capaz de resistir por muito tempo à ação digestiva das secreções gástricas. FUNÇÕES MOTORAS DO ESTÔMAGO Armazenamento de grande quantidade de alimento; Formação do quimo (alimento + secreções gástricas); Esvaziamento lento para o duodeno Guyton | Capitulo 64 - Propulsão e Mistura dos Alimentos no Trato Alimentar 3 Isis Rabelo Med103 A FUNÇÃO DE ARMAZENAMENTO DO ESTÔMAGO
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