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Direito Administrativo Policia civil aula-12-v1

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Aula 12
Direito Administrativo p/ PC-ES (Investigador) Com videoaulas - 2020
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
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1 Regime disciplinar ....................................................................................................... 2 
1.1 Deveres .................................................................................................................................... 2 
1.2 Proibições ................................................................................................................................ 3 
1.3 Acumulação ............................................................................................................................. 6 
1.4 Responsabilidades ................................................................................................................... 7 
1.5 Penalidades disciplinares ...................................................................................................... 10 
1.6 Competência para aplicar as penalidades ............................................................................ 17 
2 Questões para fixação ............................................................................................... 18 
3 Questões comentadas na aula ................................................................................... 27 
4 Gabarito .................................................................................................................... 32 
5 Referências ............................................................................................................... 32 
 
Olá pessoal, tudo bem? 
Na aula de hoje falaremos sobre a terceira, e última, parte da LC 46/1994, abordando o regime 
disciplinar aplicado aos servidores públicos. 
Vamos à aula, aproveitem! 
 
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1 REGIME DISCIPLINAR 
O regime disciplinar dos servidores públicos está disposto no Título IX da LC 46/1994 (artigos 220 a 
246). Nesse Título, encontramos os deveres e proibições dos servidores, as penalidades a que estão 
sujeitos e as regras sobre as responsabilidades. 
1.1 DEVERES 
Os deveres são as obrigações ou condutas que os agentes devem adotar em conjunto com as suas 
atribuições funcionais. Na LC 46/1994, eles estão dispostos no art. 220, nos seguintes termos: 
Art. 220 São deveres do servidor público: 
I - ser assíduo e pontual ao serviço; 
II - guardar sigilo sobre assuntos da repartição; 
III - tratar com urbanidade os demais servidores públicos e o público em geral; 
IV - ser leal às instituições constitucionais e administrativas a que servir; 
V - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo ou função; 
VI - observar as normas legais e regulamentares; 
VII - obedecer às ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; 
VIII - levar ao conhecimento da autoridade as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ou função; 
IX - zelar pela economia do material e conservação do patrimônio público; 
X - providenciar para que esteja sempre em ordem no assentamento individual, a sua declaração de família; 
XI - atender com presteza e correção: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimentos de situações de interesse 
pessoal; 
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública estadual; 
XII - manter conduta compatível com a moralidade pública; 
XIII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder, de que tenha tomado conhecimento, indicando 
elementos de prova para efeito de apuração em processo apropriado; 
XIV - comunicar no prazo de quarenta e oito horas ao setor competente, a existência de qualquer valor 
indevidamente creditado em sua conta bancária. 
Conforme podemos observar, o inciso XIII determina que o servidor público deve representar contra 
ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
Com efeito, também é dever do servidor cumprir as ordens superiores, com exceção apenas 
daquelas ordens consideradas manifestamente ilegais (inc. VII). Além disso, deve o servidor público 
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levar as irregularidades de que tiver ciência, em razão do seu cargo, ao conhecimento da autoridade 
(inc. VIII). 
Da análise conjunta desses dispositivos, podemos perceber que, sempre que receber uma ordem, o 
servidor público terá algum dever a cumprir. Em regra, ele deve cumprir a ordem emanada da 
autoridade superior. Porém, quando receber uma ordem manifestamente ilegal, ele deverá abster-
se de cumpri-la; devendo, por outro lado, levar a conhecimento da autoridade superior. Portanto, 
ou o servidor cumpre a ordem, ou representa a outra autoridade quando for manifestamente ilegal. 
1.2 PROIBIÇÕES 
As proibições são condutas vedadas aos servidores públicos, estando enumeradas no art. 221 da LC 
46/1994. Interessante notar que o Estatuto prevê, para cada proibição, um tipo de penalidade. 
 
 
Assim, vamos descrever, abaixo, as proibições em conjunto com as respectivas penalidades 
aplicáveis1. 
➢ A pena de advertência será aplicada no caso de violação das seguintes proibições (no caso de 
reincidência, o servidor poderá sofrer a pena de suspensão): 
a) ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; 
b) recusar fé a documentos públicos; 
c) referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso a autoridades publicas ou a atos do poder 
público, ou outro, admitindo-se a critica em trabalho assinado. 
➢ A pena de suspensão será aplicada no caso de reincidência do cometimento das vedações 
acima e também quando o servidor infringir as seguintes proibições: 
a) manter, sob sua chefia imediata, cônjuge, companheira ou parente até o segundo grau civil; 
b) utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; 
c) opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou à realização de 
serviços; 
d) retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto do 
local de trabalho; 
e) cometer a outro servidor público atribuições 
 
1 O quadro destina-se apenas a demonstrar as penalidades previstas para o cometimento das proibições. Contudo, veremos ainda 
nesta aula que existem outras hipóteses de aplicação das penas previstas na LC 46/1994, além das decorrentes de cometimento 
das proibições. 
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f) estranhas às do cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias ou nas 
hipóteses previstas nesta Lei; 
g) compelir ou aliciar outro servidor público a filiar-se a associação profissional ou sindical ou a 
partido político; 
h) cometer a pessoa estranha ao serviço, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de 
encargo que lhe competir ou a seu subordinado; 
i) atuar, como procurador ou intermediário, junto a órgãos públicos estaduais, salvo quando se 
tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais e percepção de remuneração ou proventos 
de cônjuge, companheiro e parentes até terceiro grau civil; 
j) fazer afirmação falsa, como testemunha ou perito, em processo administrativo-disciplinar; 
k) dar causa a sindicância ou processo administrativo-disciplinar, imputando a qualquer servidor 
público infração de que o sabe inocente;l) praticar o comércio de bens ou serviços, no local de trabalho, ainda que fora do horário normal 
do expediente; 
m) representar em contrato de obras, de serviços, de compra, de arrendamento e de alienação 
sem a devida realização do processo de licitação pública competente; 
n) praticar violência no exercício da função ou a pretexto de exercê-la; 
o) entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais ou continuar a 
exercê-las sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, 
substituído ou suspenso; 
p) solicitar ou receber propinas, presentes, empréstimos pessoais ou vantagens de qualquer 
espécie, para si ou para outrem, em razão do cargo 
Dependendo da gravidade dos fatos apurados a pena de demissão poderá́ também ser aplicada 
nessas situações, hipótese em que ficará afastada a aplicação da pena de suspensão. 
➢ A penalidade de demissão será aplicada no caso de infringência das seguintes proibições: 
a) crime contra a administração pública; 
b) abandono de cargo; 
c) inassiduidade habitual; 
d) improbidade administrativa; 
e) incontinência pública; 
f) insubordinação grave em serviço; 
g) ofensa física, em serviço, a servidor público ou a particular, salvo em legítima defesa, própria 
ou de outrem; 
h) aplicação irregular de dinheiros públicos; 
i) procedimento desidioso, entendido como tal a falta ao dever de diligência no cumprimento de 
suas funções; 
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j) revelação de segredo apropriado em razão do cargo; 
k) lesão aos Cofres do Estado e dilapidação do patrimônio estadual; 
l) corrupção; 
m) acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções públicas, ressalvadas as hipóteses 
do permissivo constitucional; 
n) transgressões previstas no art. 221, XIX a XXVI: 
▪ participar, na qualidade de proprietário, sócio ou administrador, de empresa fornecedora 
de bens e serviços, executora de obras ou que realize qualquer modalidade de contrato, 
de ajuste ou compromisso com o Estado; 
▪ praticar usura sob qualquer de suas formas; 
▪ falsificar, extraviar, sonegar ou inutilizar livro oficial ou documento ou usá-los sabendo-os 
falsificados; 
▪ retardar ou deixar de praticar indevidamente ato de ofício ou praticá-lo contra disposição 
expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal; 
▪ dar causa, mediante ação ou omissão, ao não recolhimento, no todo ou em parte, de 
tributos, ou contribuições devidas ao Estado; 
▪ facilitar a prática de crime contra a Fazenda Pública estadual; 
▪ valer-se ou permitir dolosamente que terceiros tirem proveito de informação, prestígio ou 
influência obtidas em função do cargo, para lograr, direta ou indiretamente proveito 
pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; 
▪ exercer quaisquer atividades incompatíveis com o exercício do cargo ou função, ou ainda, 
com o horário de trabalho. 
 
Vejamos como isso aparece em provas. 
 
(Cespe – AJ/CNJ/2013) O servidor que carregar consigo documentos institucionais sem prévia 
autorização não poderá sofrer penalidade se for constatado que não havia ninguém 
responsável por autorizar a retirada dos documentos. 
Comentário: o art. 221, VII, estabelece que o servidor não pode retirar, sem prévia anuência 
da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição. Portanto, ele não 
pode simplesmente alegar que não havia ninguém para autorizá-lo, uma vez que a retirada de 
documentos da repartição sempre depende da devida autorização. 
Gabarito: errado. 
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(Cespe – AJ/CNJ/2013) O servidor público deve adotar um comportamento de colaboração 
com seus colegas quando perceber que, em sua organização, os deveres e os papéis são 
desempenhados adequadamente e em conformidade com a lei. 
Comentário: esse é um item lógico. Ele não possui previsão expressa na LC 46/1994, mas 
decorre da interpretação de seus dispositivos. Nesse contexto, o art. 220, dispõe, entre outras 
coisas, que é dever do servidor exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo (inc. V), 
manter conduta compatível com a moralidade administrativa (inc. XII) e tratar com urbanidade 
as pessoas (inc. III). 
Assim, sempre que os deveres e os papéis são desempenhados adequadamente e em 
conformidade com a lei, o servidor deverá adotar um comportamento de colaboração com 
seus colegas. Logo, o item está correto. 
Por outro lado, se constatar que as condutas não estão em conformidade com a lei, é dever do 
servidor “levar ao conhecimento da autoridade as irregularidades de que tiver ciência em razão 
do cargo ou função” (inc. VIII) e “representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder, 
de que tenha tomado conhecimento, indicando elementos de prova para efeito de apuração 
em processo apropriado” (inc. XIII). 
Portanto, a questão está perfeita. 
Gabarito: correto. 
(Cespe – ATA/Suframa/2014 – adaptada) Considere que, a pessoa sem qualquer relação com 
as funções do seu cargo, um servidor público tenha emprestado dinheiro a juros muito 
superiores aos praticados pelas instituições financeiras. Nesse caso, o servidor praticou a 
usura, conduta proibida na LC 46/1994. 
Comentário: a usura pode ser definida como a cobrança de juros excessivos pelo uso de capital, 
ou seja, é a cobrança de juros acima do que o praticado no mercado pelo empréstimo de 
dinheiro. A usura, sob qualquer de suas formas, é uma prática proibida pela LC 46/1994 (art. 
221, XX). 
Gabarito: correto. 
1.3 ACUMULAÇÃO 
A acumulação já foi mencionada em várias partes de nosso curso. Contudo, vamos esmiuçar o 
assunto. 
De acordo com a Constituição Federal, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, 
exceto, quando houver compatibilidade de horários, a acumulação: 
a) de dois cargos de professor; 
b) de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas 
– o Estatuto menciona dois cargos privativos de médico. 
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O Estatuto ainda traz outras duas situações em que a acumulação é permitida: 
a) um cargo de professor e outro de juiz; 
b) um cargo de professor e outro de promotor público. 
Ademais, a proibição de acumular se estende a cargos, empregos e funções em autarquias, 
fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mantidas pelo poder público (art. 
222, §2º). 
Com efeito, a acumulação, ainda que lícita, deve possuir compatibilidade de horários. 
Ademais, nas hipóteses em que a acumulação é permitida, quando o servidor estiver investido em 
cargo de provimento em comissão, deverá ficar afastado de ambos os cargos efetivos, podendo 
optar pelo vencimento básico dos dois cargos, acrescido da gratificação de 40% do valor do 
vencimento do cargo em comissão (art. 223). 
Por outro lado, verificada em processo administrativo disciplinar a acumulação proibida, dois 
caminhos poderão ser seguidos: 
▪ provada boa-fé́, o servidor público optará por um dos cargos, sem prejuízo do que houver 
percebido pelo trabalho prestado no cargo a que renunciar; 
▪ constatada a má-fé, o servidor público perderá ambos os cargos, empregos ou funções e 
restituirá́ o que tiver recebido indevidamente. Sendo um dos cargos, empregos ou funções 
exercidos em outro órgão ou entidade, a demissão lhe será́ comunicada. 
1.4 RESPONSABILIDADES 
Pelo exercícioirregular de suas atribuições, o servidor público poderá responder nas esferas civil, 
penal e administrativa (art. 225). Basicamente, a esfera civil decorre da ocorrência de dano e 
consiste no respectivo ressarcimento; a espera penal ocasiona a aplicação de sanções penais (p. ex.: 
detenção); por fim, a esfera administrativa decorre da prática dos ilícitos administrativos, previstos 
no Estatuto dos Servidores. 
 
Assim, justamente por possuírem fundamentos diversos, a regra é que cada uma dessas instâncias 
seja independente. Portanto, um mesmo servidor público poderá ser condenado simultaneamente 
a ressarcir o dano (esfera civil), sofrer a pena de demissão (esfera administrativa) e ainda ser 
condenado à prisão (esfera penal). É possível, por outro lado, que um servidor seja condenado civil 
• Prejuízos causados ao erário ou a terceiros, por
dolo ou culpa.Civil
• Prática de infrações funcionais definidas em lei
como crimes ou contravenções.Penal
• Infrações funcionais definidas em leis
administrativas.Administrativa
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e administrativamente, mas absolvido no processo penal. Logo, existem várias combinações 
possíveis. Todavia, veremos, adiante, que a regra da independência das instâncias possui algumas 
exceções. 
A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em 
prejuízo à Fazenda Pública ou a terceiros (art. 226). Nesse caso, exige-se a responsabilidade 
subjetiva ou com culpa do servidor público. Portanto, para que o servidor público seja condenado 
civilmente a ressarcir o dano, deverá ser comprovado que ele agiu com dolo (intenção) ou com culpa 
em sentido estrito. 
Caso o dano seja causado contra a Administração, o servidor será diretamente contra ela 
responsabilizado. No entanto, se o dano ocorrer contra terceiros, o servidor responderá perante a 
Fazenda Pública por meio de ação regressiva (art. 122, §2º). 
Nesse contexto, o art. 37, §6º, da Constituição Federal, determina que as “pessoas jurídicas de direito 
público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus 
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa”. Assim, se um servidor público causar dano a terceiro, o 
Estado deverá primeiro ressarcir o prejudicado para, em seguida, mover a ação de regresso contra 
o servidor, para dele recuperar os valores gastos com a indenização. 
De forma bem simples, se o servidor público “A” causar dano, com dolo ou culpa, ao cidadão “B”; o 
Estado será responsável por ressarcir “B”, podendo em seguida mover a ação de regresso contra “A” 
para recuperar esses valores. 
Destaca-se, ainda, que a obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será 
executada, até o limite do valor da herança recebida (art. 122, §3º). 
Por outro lado, a responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, 
nessa qualidade (art. 227). Na Lei Penal, os crimes praticados pelo funcionário público contra a 
Administração constam nos artigos 312 a 326. Além disso, podemos encontrar outras condutas 
típicas na legislação especial, a exemplo da Lei 8.666/1993 que apresenta alguns crimes que podem 
ser praticados por servidores públicos relacionados com licitações e contratos administrativos. 
Finalmente, a responsabilidade administrativa (ou civil-administrativa) resulta de ato omissivo ou 
comissivo praticado no desempenho do cargo ou função (art. 228). A responsabilidade 
administrativa decorre da prática dos ilícitos administrativos, como por exemplo a infringência em 
algumas das vedações que vimos acima ou a falta de observância dos deveres funcionais do servidor. 
Voltando ao assunto da independência das instâncias, dispõe o art. 229 que as sanções civis, penais 
e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. 
Ocorre, todavia, que a esfera penal poderá, em alguns casos, influenciar as demais órbitas de 
responsabilidade, a depender do conteúdo da sentença penal. 
Nesse contexto, dispõe expressamente o art. 230 da LC 46/1994 que a responsabilidade 
administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do 
fato ou sua autoria. Isso porque a apuração penal é muito mais solene, exigindo um aprofundamento 
nas provas bem maior do que se exige nas demais esferas. Assim, se ao final do processo penal restar 
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comprovado que o fato não existiu ou então que o servidor não é o autor da conduta investigada, 
não há porque condená-lo nas demais esferas. 
É importante ficar claro, porém, que tal relação ocorre apenas quando ficar comprovado no processo 
penal que o fato não existiu ou então que o servidor não é o seu autor. 
Por outro lado, se o servidor for absolvido simplesmente pela falta de provas, ou por ausência de 
tipicidade ou de culpabilidade penal, ou por qualquer outro motivo que não sejam os dois 
mencionados acima, a esfera penal não influenciará nas demais. 
Assim, um servidor pode ser absolvido penalmente por falta de provas, mas ser condenado civil e 
administrativamente, pois essas últimas não exigem um rigor probatório tão grande. Da mesma 
forma, um servidor pode ser absolvido penalmente por falta de tipicidade de sua conduta, ou seja, 
aquilo que ele cometeu não se enquadra perfeitamente com a conduta prevista na Lei Penal (tipo 
penal), porém a mesma conduta poderá ser enquadrada em alguma falta funcional, acarretando a 
responsabilidade administrativa. 
Com efeito, a doutrina2 utiliza a expressão conduta residual para se referir àquelas condutas que 
não são puníveis na órbita penal, mas que geram responsabilização civil e administrativa. Nesse 
contexto, vale transcrevermos o enunciado da Súmula 18 do STF, vejamos: 
Súmula 18: 
Pela falta residual, não compreendida na absolvição pelo juízo criminal, é admissível a punição 
administrativa do servidor público. 
Dessa forma, com exceção da sentença penal que negar a existência do fato ou a sua autoria, as 
instâncias de responsabilização são independentes, podendo o servidor ser responsabilizado pela 
conduta residual. 
Vejamos como isso aparece em provas. 
 
Um veículo de um órgão estadual, conduzido por um servidor do órgão, derrapou, invadiu a 
pista contrária e colidiu com o veículo de um particular. O acidente resultou em danos a ambos 
os veículos e lesões graves no motorista do veículo particular. Com referência a essa situação 
hipotética, julgue o item que se segue. 
(Cespe – Agente Administrativo/Suframa/2014 – adaptada) O motorista do órgão poderá ser 
responsabilizado administrativamente pelo acidente, ainda que tenha sido absolvido por falta 
de provas em eventual ação penal instaurada para apurar a responsabilidade pelas lesões 
causadas ao motorista particular. 
Comentário: as instâncias penal, civil e administrativa são, em regra, independentes. Assim, de 
acordo com o art. 230 da LC 46/1994, a responsabilidade administrativa do servidor será 
 
2 e.g. Carvalho Filho, 2014, p. 782. 
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afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. Nos 
demais casos, a esfera penal não irá influenciar as demais instâncias. 
Assim, a absolvição penal por falta de provas não gera efeitos nas esferas civil e administrativa,podendo o motorista poderá ser responsabilizado administrativamente pelo acidente. 
Gabarito: correto. 
(Cespe – TJ/CNJ/2013) Considere que determinado servidor público, dentro de suas 
atribuições, tenha se afastado do interesse público e atuado abusivamente. Nessa situação 
hipotética, esta conduta estará sujeita à revisão judicial ou administrativa, podendo, inclusive, 
o servidor responder por ilícito penal. 
Comentário: se o servidor se afastou do interesse público e atuou abusivamente, significa que 
ele cometeu irregularidades. Nesse caso, sua conduta pode ser revista judicial ou 
administrativamente, podendo o servidor responder por eventuais ilícitos administrativos, civis 
e penais. 
Gabarito: correto. 
Um policial civil, ao desviar de um cachorro que surgiu inesperadamente na pista em que ele 
trafegava com a viatura de polícia, colidiu com veículo que trafegava em sentido contrário, o 
que ocasionou a morte do condutor desse veículo. Com base nessa situação hipotética, julgue 
o item a seguir. 
(Cespe - PRF/PRF/2013) Ainda que seja absolvido por ausência de provas em processo penal, 
o polícia civil poderá ser processado administrativamente por eventual infração disciplinar 
cometida em razão do acidente. 
Comentário: a absolvição por falta de provas no processo penal não impede a aplicação de 
sanções na esfera civil e penal. Somente a sentença que inocentar o réu por inexistência do 
fato ou ausência de autoria, na esfera criminal, é que afastará a responsabilidade civil (art. 
230). 
Gabarito: correto. 
1.5 PENALIDADES DISCIPLINARES 
As penalidades disciplinares são as sanções administrativas impostas aos servidores em decorrência 
da prática dos ilícitos administrativos. Nesse contexto, dispõe o art. 231 da LC 46/1994 que são 
penalidades disciplinares: 
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==1a613f==
 
 
 
 
 
 
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Na aplicação das penalidades, serão considerados: (i) a natureza e a gravidade da infração cometida; 
(ii) os danos que dela provierem para o serviço público; e (iii) os antecedentes funcionais (art. 243). 
CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES CIRCUSTÂNCIAS ATENUANTES 
▪ Premeditação; ▪ Haver sido mínima a cooperação do servidor público no 
cometimento da infração; 
▪ Reincidência; ▪ Ter o servidor público: 
o procurado espontaneamente e com eficiência, logo após 
o cometimento da infração, evitar-lhe ou minorar-lhe as 
consequências, ou ter reparado o dano civil antes do 
julgamento; 
o cometido a infração sob coação irresistível de superior 
hierárquico ou sob influência de violenta emoção 
provocada por ato injusto de terceiros; 
o confessado espontaneamente a autoria da infração, 
ignorada ou imputada a outro; 
o ter mais de cinco anos de serviço, com bom 
comportamento, antes da infração. 
▪ Conluio; ▪ Quaisquer outras causas que hajam concorrido para a prática 
do ilícito, revestidas do princípio de justiça e de boa-fé́. 
▪ Dissimulação ou outro recurso que dificulte a 
ação disciplinar; 
 
▪ Prática continuada de ato ilícito; 
▪ Cometimento do ilícito com abuso de poder. 
Além disso, a Administração sempre deve dar a devida motivação para os atos administrativos que 
imponham sanções aos servidores, permitindo que o servidor e o Poder Judiciário tenham condições 
de realizar o devido controle. Dessa forma, impõe o art. 239 que o ato de imposição de penalidade 
sempre mencionará o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar. 
 
Penalidades disciplinares
Advertência
Suspensão
Demissão
Cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade
Destituição de cargo em comissão
Destituição de função comissionada
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O sistema punitivo na esfera administrativa é bem diferente do que ocorre no plano 
criminal. 
No direito penal, as condutas são tipificadas, existindo uma sanção específica para a 
conduta que estiver vinculada. Por exemplo, o crime de lesões corporais enseja 
especificamente a pena de detenção de três meses a um ano (CP, art. 129). 
Por outro lado, na esfera administrativa, não há essa relação direta. Segundo José dos 
Santos Carvalho Filho, os “estatutos funcionais apresentam um elenco de deveres e 
vedações para os servidores, e o ilícito administrativo vai configurar-se exatamente 
quando tais deveres e vedações são inobservados. Além do mais, os estatutos relacionam 
as penalidades administrativas, sem, contudo, fixar qualquer elo de ligação a priori com 
a conduta”. 
Por exemplo, o art. 220 descreve os deveres funcionais, enquanto o art. 221 dispõe sobre 
as proibições. Já o art. 231, por outro lado, apresenta o rol de penalidades 
administrativas. Com efeito, não há total precisão na descrição dos deveres e das 
proibições. Por exemplo, o art. 220, V, dispõe que o servidor deve exercer com zelo e 
dedicação as atribuições do cargo. Não há uma descrição clara do que seja “zelo” ou 
“dedicação”. 
Dessa forma, a autoridade responsável pela apuração do ilícito administrativo é que deve 
enquadrar determinada conduta em algum tipo de previsão legal, impondo-lhe a pena 
cabível ao caso. 
Com efeito, a LC 46/1994 descreve, ainda que de forma genérica, a penalidade aplicável para cada 
tipo de ilícito administrativo. Devemos relembrar que, no tópico sobre as proibições, vimos as penas 
aplicáveis para cada tipo de infringência. Assim, vamos descrever abaixo as situações que ensejam 
cada tipo de penalidade, sem repetir a relação de proibições. Por isso, o aluno deverá retomar o 
tópico sobre as proibições para evitar repetições desnecessárias. 
1.5.1 Advertência 
A advertência deve ser aplicada verbalmente ou por escrito, no caso de (art. 232): 
a) violação de proibição constante do art. 221, incisos I a III; e 
b) inobservância de dever funcional previsto em lei, que não justifique a imposição de penalidade 
mais grave. 
Pena de advertência 
▪ Violação dos deveres funcionais previsto em lei 
▪ Violação de proibição constante do art. 221, incisos I a III: 
 ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do 
chefe imediato; 
 recusar fé́ a documentos públicos; 
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 referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso a autoridades 
públicas ou a atos do poder público, ou outro, admitindo-se a crítica em 
trabalho assinado 
1.5.2 Suspensão 
A suspensão, que não poderá exceder a 90 dias, será aplicada nos seguintes casos (art. 233): 
a) reincidência das faltas punidas com advertência; 
b) violação das proibições constantes do art. 221, incisos IV a XVIII (vide tópico sobre as 
proibições). 
Como podemos notar, a lei determina que a pena de suspensão não poderá exceder a noventa dias. 
Portanto, caberá à autoridade competente analisar o caso e decidir, de forma discricionária, qual o 
prazo da suspensão. Claro que a decisão será devidamente fundamentada, devendo ser aplicada 
dentro dos parâmetros da razoabilidade e da proporcionalidade. 
Ademais, a aplicação da penalidade de suspensão acarreta o cancelamento automático do 
pagamento da remuneração do servidor público, durante o período de sua vigência. 
Pena de suspensão 
▪ Reincidência das faltas punidas com advertência 
▪ Violação das proibições constantes do art. 221, incisos IV a XVIII 
1.5.3 Demissão 
A pena de demissão será aplicada nos seguintes casos (art. 234): 
a) crime contra a administração pública; 
b) abandono de cargo; 
c) inassiduidade habitual; 
d) improbidade administrativa; 
e) incontinênciapública; 
f) insubordinação grave em serviço; 
g) ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de 
outrem; 
h) aplicação irregular de dinheiros públicos; 
i) procedimento desidioso, entendido como tal a falta ao dever de diligência no cumprimento de 
suas funções; 
j) revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
k) lesão aos cofres do Estado e dilapidação do patrimônio estadual; 
l) corrupção; 
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m) acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções públicas, ressalvadas as hipóteses 
do permissivo constitucional; 
n) transgressão das proibições constantes dos incisos XIX a XXVI do art. 221 – conforme vimos no 
tópico sobre as proibições. 
Dependendo da gravidade dos fatos apurados a pena de demissão poderá́ também ser aplicada nas 
transgressões tipificadas no art. 221, IV a XVIII, hipótese em que ficará afastada a aplicação da pena 
de suspensão. 
Fechando essa penalidade, cabe conceituar o abandono de cargo e a inassiduidade habitual. 
O abandono de cargo decorre da ausência intencional e injustificada do servidor ao serviço por 
mais de trinta dias consecutivos (art. 235). Por outro lado, a inassiduidade habitual representa a 
falta ao serviço, sem causa justificada, por quarenta dias, interpoladamente, durante o período de 
doze meses (art. 236). 
Pena de demissão 
▪ crime contra a administração pública; 
▪ abandono de cargo; 
▪ inassiduidade habitual; 
▪ improbidade administrativa; 
▪ incontinência pública; 
▪ insubordinação grave em serviço; 
▪ ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de 
outrem; 
▪ aplicação irregular de dinheiros públicos; 
▪ procedimento desidioso, entendido como tal a falta ao dever de diligência no cumprimento 
de suas funções; 
▪ revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
▪ lesão aos cofres do Estado e dilapidação do patrimônio estadual; 
▪ corrupção; 
▪ acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções públicas, ressalvadas as 
hipóteses do permissivo constitucional; 
▪ transgressão das seguintes proibições (art. 221, incisos XIX a XXVI): 
 participar, na qualidade de proprietário, sócio ou administrador, de empresa 
fornecedora de bens e serviços, executora de obras ou que realize qualquer 
modalidade de contrato, de ajuste ou compromisso com o Estado; 
 praticar usura sob qualquer de suas formas: 
 falsificar, extraviar, sonegar ou inutilizar livro oficial ou documento ou usá-los sabendo-
os falsificados; 
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 retardar ou deixar de praticar indevidamente ato de ofício ou praticá-lo contra 
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal; 
 dar causa, mediante ação ou omissão, ao não recolhimento, no todo ou em parte, de 
tributos, ou contribuições devidas ao Estado; 
 facilitar a prática de crime contra a Fazenda Pública estadual; 
 valer-se ou permitir dolosamente que terceiros tirem proveito de informação, prestígio 
ou influência obtidas em função do cargo, para lograr, direta ou indiretamente proveito 
pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; 
 exercer quaisquer atividades incompatíveis com o exercício do cargo ou função, ou 
ainda, com o horário de trabalho. 
1.5.4 Cassação de aposentadoria ou de disponibilidade 
Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, 
falta punível com a demissão (art. 237). 
1.5.5 Destituição de cargo em comissão 
A destituição de cargo em comissão ou da função de confiança exercido por não ocupante de cargo 
efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão (art. 
238). Em contrapartida, sendo o servidor ocupante de cargo efetivo, além da destituição, ficará o 
mesmo sujeito à aplicação das penas de suspensão ou demissão. 
 
****** 
Em alguns casos, a demissão e a destituição de cargo em comissão ou de função de confiança, 
implica também a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação 
penal cabível. São eles: (a) improbidade administrativa; (b) aplicação irregular de dinheiros públicos; 
(c) lesão aos cofres do Estado e dilapidação do patrimônio estadual; (d) corrupção. 
Além disso, a demissão e a destituição de função de confiança ou de cargo em comissão 
incompatibilizam o ex-servidor público para nova investidura em cargo ou função pública estadual, 
por prazo não inferior a dois e nem superior a cinco anos. 
Para exemplificação, vamos ver como isso poderá ser cobrado. 
Cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade
Demissão
Destituição de cargo em comissão
Suspensão
Demissão
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(Cespe – AJ/CNJ/2013) São penalidades disciplinares a advertência, a suspensão e a destituição 
de cargo em comissão. 
Comentário: questão bem simples. São penalidades disciplinares as seguintes (art. 231): 
advertência (verbal ou escrita); suspensão; demissão; cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade; destituição de cargo em comissão; e destituição de função comissionada. 
Como podemos observar, a advertência, a suspensão e a destituição são penas disciplinares. 
Dessa forma, o item está correto. 
É importante notar que a questão, apesar de incompleta, está correta. Ela somente poderia ser 
considerada errada se existisse algum limitar como “somente”, “exclusivamente”, “apenas”, 
etc. 
Gabarito: correto. 
(Cespe – Técnico MPU/2013) O servidor que, já tendo sido advertido por diversas vezes por 
condutas antiéticas no trabalho, incorra em insubordinação grave em serviço poderá ser 
suspenso ou demitido. 
Comentário: a insubordinação grave enseja a aplicação da pena de demissão (art. 234, VI), não 
cabendo a aplicação apenas da suspensão. 
Gabarito: errado. 
(Cespe – Técnico MPU/2013) Aplica-se a penalidade disciplinar de demissão a servidor público 
por abandono de cargo, caracterizado pela ausência intencional do servidor ao serviço por mais 
de trinta dias consecutivos ou por sessenta dias não consecutivos, em um período de um ano. 
Comentário: a pena de demissão se aplica, entre outras hipóteses, aos casos de abandono de 
cargo (art. 234, II) e inassiduidade habitual (art. 234, III), que podem ser definidos da seguinte 
forma: 
* abandono de cargo: ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias 
consecutivos (art. 235); 
* inassiduidade habitual: falta ao serviço, sem causa justificada, por quarenta dias, 
interpoladamente, durante o período de doze meses (art. 236). 
Assim, incorreta a questão. 
Gabarito: errado. 
(Cespe - Agente Administrativo/MDIC/2014 – adaptada) Considere que um servidor vinculado 
à administração unicamente por cargo em comissão cometa uma infração para a qual a LC 
46/1994 preveja a sanção de suspensão. Nesse caso, se comprovadas a autoria e a 
materialidade da irregularidade, o servidor sofrerá a penalidade de destituição do cargo em 
comissão. 
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Comentário: a destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo 
– ou seja, aquele que ocupa unicamente o cargo em comissão –será aplicada nos casos de 
infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão (art. 238). 
Gabarito: correto. 
(Cespe – Analista Administrativo/ICMBio/2014) A demissão, espécie de penalidade 
disciplinar, será aplicada ao servidor, assegurado o contraditório e a ampla defesa prévios, 
quando houver, entre outros casos, crime contra a administração pública, abandono de cargo, 
corrupção e insubordinação grave em serviço. 
Comentário: os casos de aplicação da pena de demissão, que estão enumerados no art. 234, 
da LC 46/1994, são os seguintes: (a) crime contra a administração pública; (b) abandono de 
cargo; (c) inassiduidade habitual; (d) improbidade administrativa; (e) incontinência pública; (f) 
insubordinação grave em serviço; (g) ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo 
em legítima defesa própria ou de outrem; (h) aplicação irregular de dinheiros públicos; (i) 
procedimento desidioso, entendido como tal a falta ao dever de diligência no cumprimento de 
suas funções; (j) revelação de segredo apropriado em razão do cargo; (k) lesão aos Cofres do 
Estado e dilapidação do patrimônio estadual; (l) corrupção; (m) acumulação remunerada de 
cargos, empregos ou funções públicas, ressalvadas as hipóteses do permissivo constitucional; 
e transgressões previstas no art. 221, XIX a XXVI. 
Com efeito, a demissão é uma penalidade disciplinar e, como tal, somente poderá ser aplicada 
quando for concedido o contraditório e a ampla defesa por meio do devido processo 
administrativo disciplinar. 
Logo, a questão está perfeita. 
Gabarito: correto. 
(Cespe - Agente Administrativo/CADE/2014) Considere que, após regular processo 
administrativo contra servidor vinculado à administração pública unicamente por cargo em 
comissão, a autoridade julgadora tenha concluído que o servidor cometeu infração punível 
com a penalidade de suspensão. Nesse caso, a penalidade a ser aplicada será a exoneração de 
ofício do servidor faltoso. 
Comentário: no caso de cometimento de infração punível com as penalidades de demissão ou 
suspensão, será aplicada, ao servidor ocupante unicamente de cargo em comissão, a pena de 
destituição de cargo em comissão (art. 238). 
Gabarito: errado. 
1.6 COMPETÊNCIA PARA APLICAR AS PENALIDADES 
As competências para aplicação das penalidades disciplinares estão previstas no art. 246 da LC 
46/1994, da seguinte forma: 
Competência para aplicar penalidades disciplinares 
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Penalidade Autoridade competente 
▪ Demissão; 
▪ Cassação de aposentadoria; 
▪ Cassação de disponibilidade de 
servidor. 
→ Chefe do respectivo Poder; 
→ Dirigente superior de autarquia ou fundação. 
▪ Suspensão; 
▪ Advertência. 
→ Secretário de Estado, ou autoridade equivalente, ou 
dirigente de autarquia ou fundação. 
▪ Destituição de cargo em 
comissão; 
▪ Destituição de função graitifcada 
→ Autoridade que houver feito a nomeação ou 
designação. 
Destaca-se que, as penas disciplinares de servidores públicos integrantes dos Poderes Legislativo e 
Judiciário serão aplicadas pelas autoridades indicadas em seus respectivos regulamentos. 
2 QUESTÕES PARA FIXAÇÃO 
1. (Vunesp – Analista Organizacional/PRODEST-ES/2014) 
Fulano, servidor público civil estadual, não satisfez as condições do estágio probatório 
pertinentes ao cargo público para o qual foi nomeado e estava exercendo. Nessa situação, o 
Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Espírito Santo determina que Fulano 
a) seja exonerado de ofício. 
b) seja demitido. 
c) seja demitido a bem do serviço público. 
d) tenha mais dois anos para tentar se manter no cargo. 
e) seja colocado em disponibilidade. 
Comentário: o servidor em estágio probatório que, no período de cumprimento do estágio, 
(i) não atingir o desempenho mínimo estipulado em regulamento; 
(ii) incorrer em mais de 30 faltas, não justificadas e consecutivas ou a mais de 40 faltas não 
justificadas, interpoladamente, durante o período de 12 meses; e 
(iii) obtiver sentença penal condenatória irrecorrível, 
não será considerado apto a prosseguir, e será exonerado (art. 40). 
Desse modo, nosso gabarito é a alternativa A. 
Gabarito: alternativa A. 
2. (Vunesp – Agente de Escolta e Vigilância Penitenciário/SEJUS-ES/2013) 
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É correto afirmar que: 
a) aproveitamento é o retorno do servidor público estável ao cargo que ocupava 
anteriormente, correlato ou transformado, decorrente de sua inabilitação em estágio 
probatório relativo a outro cargo. 
b) a suspensão do servidor, nas hipóteses legais, não pode exceder noventa dias 
c) na hipótese de crime contra a administração pública praticado pelo servidor público, será 
aplicada a pena de suspensão. 
d) a absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa do servidor público 
se concluir pela inexistência de infração penal. 
e) a aplicação da penalidade de suspensão não acarreta o cancelamento do pagamento da 
remuneração do servidor público durante o período de sua vigência. 
Comentário: 
a) aproveitamento é a volta ao serviço ativo do servidor público posto em disponibilidade. Com esse 
enfoque, ele será́ realizado no interesse da Administração, em cargo de natureza, atribuições e 
vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado, respeitadas a escolaridade e habilitação 
exigidas para o respectivo cargo (art. 47). 
O que a alternativa, erroneamente, descreve é a recondução (art. 50) – ERRADA; 
b) isso mesmo. A suspensão será́ aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com 
advertência e nos casos de violação das proibições constantes do art. 221, IV a XVIII, não podendo 
exceder noventa dias (art. 233). 
Aproveitando o ensejo, vamos relembrar quais as proibições punidas com a suspensão: 
Art. 221 Ao servidor público é proibido: 
IV - manter, sob sua chefia imediata, cônjuge, companheira ou parente até o segundo grau civil; 
V - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; 
VI - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou à realização de serviços; 
VII - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto do local de 
trabalho; 
VIII - cometer a outro servidor público atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em situações de 
emergência e transitórias ou nas hipóteses previstas nesta Lei; 
IX - compelir ou aliciar outro servidor público a filiar-se a associação profissional ou sindical ou a partido político; 
X - cometer a pessoa estranha ao serviço, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargo que lhe 
competir ou a seu subordinado; 
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a órgãos públicos estaduais, salvo quando se tratar de 
benefícios previdenciários ou assistenciais e percepção de remuneração ou proventos de cônjuge, companheiro 
e parentes até terceiro grau civil; 
XII - fazer afirmação falsa, como testemunha ou perito, em processo administrativo-disciplinar; 
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XIII - dar causa a sindicância ou processo administrativo-disciplinar, imputando a qualquer servidor público 
infração de que o sabe inocente; 
XIV - praticar o comércio de bens ou serviços, no local de trabalho, ainda que fora do horário normal do 
expediente; 
XV - representar em contrato de obras, de serviços,de compra, de arrendamento e de alienação sem a devida 
realização do processo de licitação pública competente; 
XVI - praticar violência no exercício da função ou a pretexto de exercê-la; 
XVII - entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais ou continuar a exercê-las 
sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso; 
XVIII - solicitar ou receber propinas, presentes, empréstimos pessoais ou vantagens de qualquer espécie, para si 
ou para outrem, em razão do cargo 
Visto isso, podemos assinalar essa alternativa como correta – CORRETA; 
c) a prática de crime contra a Administração Pública é punível com a demissão (art. 234, I) – ERRADA; 
d) a absolvição criminal só́ afasta a responsabilidade civil ou administrativa do servidor público, se 
concluir pela inexistência do fato ou lhe negar a autoria (art. 230) – ERRADA; 
e) pelo contrário. A aplicação da penalidade de suspensão acarreta o cancelamento automático do 
pagamento da remuneração do servidor público, durante o período de sua vigência (art. 233, 
parágrafo único) – ERRADA. 
Gabarito: alternativa B. 
3. (Funcab – Assistente Social/PC-ES/2013) 
Segundo o Regime Jurídico Único dos servidores públicos civis do estado do Espírito Santo, o 
servidor público responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas 
atribuições. A responsabilidade administrativa: 
a) resulta de ato ou omissão, ocorrido no desempenho de cargo ou função. 
b) abrange crimes e contravenções imputadas ao servidor público. 
c) decorre de ato comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo a terceiros. 
d) abarca a obrigação de reparar o dano. 
e) extingue - se com a exoneração, aposentadoria ou disponibilidade do servidor 
Comentário: a nossa resposta é encontrada no art. 228 do Estatuto, onde vemos que “A 
responsabilidade administrativa resulta de ato ou omissão, ocorrido no desempenho do cargo ou 
função”. 
Desse modo, correta a alternativa A. 
A alternativa B versa sobre a responsabilidade penal. Já as alternativas C e D tratam da 
responsabilidade civil. 
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Por fim, a alternativa E aponta para a direção inversa do que sabemos, pois a exoneração, 
aposentadoria ou disponibilidade do servidor público não extingue a responsabilidade civil, penal ou 
administrativa oriunda de atos ou omissões no desempenho de suas atribuições (art. 225, parágrafo 
único). 
Gabarito: alternativa A. 
4. (Funcab – Assistente Social/PC-ES/2013) 
A inassiduidade habitual pode ter como penalidade aplicada a demissão do servidor. O Regime 
Jurídico Único dos servidores públicos civis do Estado do Espírito Santo define “Inassiduidade 
Habitual” como a falta ao serviço por: 
a) 30 dias consecutivos. 
b) 40 dias, interpoladamente, sem causa justificada no período de 12 meses. 
c) 30 dias alternados no período de 6 meses. 
d) 60 dias durante a vigência do ano, mesmo que justificado. 
e) 10 dias a cada mês do ano sem justificativa. 
Comentário: podemos aproveitar para relembrar os conceitos de abandono de cargo e de 
inassiduidade habitual: 
Art. 235 Configura abandono de cargo a ausência intencional e injustificada ao serviço por mais de trinta dias 
consecutivos. 
Art. 236 Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço sem causa justificada, por quarenta dias 
interpoladamente, durante o período de doze meses. 
Sendo assim, a alternativa B é nosso gabarito. 
Gabarito: alternativa B. 
5. (Cespe – Analista Executivo/SEGER-ES/2013) 
José, servidor público civil do Poder Executivo do estado do Espírito Santo, inutilizou livro oficial 
que continha informações prejudiciais aos interesses de Carlos, seu amigo e proprietário de 
uma empresa que participava de licitações da administração estadual. 
A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta de acordo com o que dispõe o 
Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Espírito Santo (Lei Complementar 
Estadual n.º 46/1994). 
a) A apuração da infração praticada por José poderia ser provocada por denúncia anônima feita 
por escrito. 
b) Em nenhuma hipótese, poderá José ser afastado antes de proferida decisão definitiva no 
processo administrativo- disciplinar que vier a ser instaurado contra ele. 
c) A falta praticada por José é punível com suspensão de até noventa dias, período em que lhe 
será garantido o pagamento da remuneração. 
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d) A responsabilização administrativa de José prejudicará a cominação civil ou penal, visto que 
as sanções nessas diferentes instâncias são inacumuláveis. 
e) A sanção administrativa cabível pela falta praticada por José deverá ser aplicada pela 
autoridade que o houver nomeado. 
Comentário: embora a nossa aula não aborde o Processo Administrativo Disciplinar (não havia 
solicitação no edital), vamos aproveitar essa questão para trabalhar mais um pouco. 
a) de acordo com o art. 248 da LC 46/1994, as denúncias sobre irregularidades serão objeto de 
apuração, mesmo que não contenham a identificação do denunciante, devendo ser formuladas por 
escrito – CORRETA; 
b) como medida cautelar e a fim de que o servidor público não venha a influir na apuração da 
irregularidade ao mesmo atribuída, a autoridade instauradora do processo administrativo-
disciplinar, verificando a existência de veementes indícios de responsabilidades, poderá́ ordenar o 
seu afastamento do exercício do cargo pelo prazo de 90 dias prorrogáveis por mais 60 dias (art. 250). 
Portanto, existe uma situação em que o afastamento poderá ocorrer – ERRADA; 
c) falsificar, extraviar, sonegar ou inutilizar livro oficial ou documento ou usá-los sabendo-os 
falsificados é uma proibição constante no art. 221, XXI – e passível de demissão (art. 234, XIV). 
Além disso, mesmo que José fosse punido com a suspensão, a remuneração dele não seria mantida 
durante a vigência da penalidade (art. 233, parágrafo único) – ERRADA; 
d) as cominações civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si, 
bem assim as instâncias (art. 229). Portanto, a responsabilização administrativa de José não 
prejudicará a cominação civil ou penal – ERRADA; 
e) como acabamos de ver (na alternativa C), a pena cabível à José é a demissão. Neste caso, a 
autoridade competente para aplicá-la é o chefe do respectivo Poder ou o dirigente superior de 
autarquia ou fundação (art. 246) – ERRADA. 
Gabarito: alternativa A. 
6. (Cespe – Técnico/AL-ES/2011) 
Acerca do Regime Jurídico Único dos Servidores Civis do Estado do Espírito Santo — Lei 
Complementar n.º 46/1994 —, assinale a opção correta. 
a) Após adquirir estabilidade, o servidor público só perderá o cargo em virtude de sentença 
judicial transitada em julgado. 
b) No âmbito da administração direta do Poder Executivo, de suas autarquias e fundações 
públicas, os concursos serão realizados pela secretaria de Estado responsável pela 
administração de pessoal. 
c) As indenizações e os auxílios financeiros pagos ao servidor incorporam-se ao seu vencimento 
ou provento, nos casos e condições indicados em lei. 
d) Considera-se remuneração o vencimento do cargo efetivo, excluídas as vantagens 
pecuniárias pagas ao servidor. 
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e) Quando não satisfizer as condições do estágio probatório, o servidor público será exonerado 
de ofício.Comentário: 
a) de acordo com o art. 44 do Estatuto, o servidor público estável só́ perderá o cargo em virtude de 
sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo-disciplinar em que lhe seja 
assegurada ampla defesa. 
Cabe salientar que a CF acrescenta uma nova situação: mediante procedimento de avaliação 
periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. 
Contudo, mesmo sem essa informação, a questão já estaria errada, pois ao colocar o termo “só”, a 
alternativa tornou-se restritiva e vemos que existem outros casos que ensejam a perda do cargo 
após a estabilidade – ERRADA; 
b) no âmbito da administração direta do Poder Executivo, os concursos públicos serão realizados 
pela Secretaria de Estado responsável pela administração de pessoal, salvo disposição em contrário 
prevista em lei específica. Em contrapartida, nas autarquias e fundações públicas, os concursos 
públicos serão realizados pelas próprias entidades sob a supervisão e acompanhamento da 
Secretaria de Estado responsável pela administração de pessoal (art. 15, §§ 1º e 2º) – ERRADA; 
c) as indenizações e os auxílios financeiros não se incorporam ao vencimento ou provento para 
qualquer efeito (art. 76, § 1º) – ERRADA; 
d) fácil, não é? Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das vantagens pecuniárias 
estabelecidas em lei (art. 69) – ERRADA; 
e) temos o nosso gabarito. Quando não atingir o desempenho mínimo estipulado em regulamento; 
incorrer em mais de 30 faltas, não justificadas e consecutivas ou a mais de 40 faltas não justificadas, 
interpoladamente, durante o período de 12 meses; e obtiver sentença penal condenatória 
irrecorrível, o servidor será exonerado (art. 40) – CORRETA. 
Gabarito: alternativa E. 
7. (Cespe – Analista Judiciário/TJ-ES/2011) 
A penalidade de demissão será aplicada em caso de reincidência em faltas punidas com 
advertência, acarretando o cancelamento automático do pagamento da remuneração do 
servidor público. 
Comentário: quase isso. Na realidade, a penalidade de suspensão será aplicada em caso de 
reincidência em faltas punidas com advertência, acarretando o cancelamento automático do 
pagamento da remuneração do servidor público (art. 233). 
Gabarito: errado. 
8. (Cespe – Técnico em Edificações/TJ-ES/2011) 
Considere a seguinte situação hipotética. O servidor público João, em detrimento da dignidade 
de sua função pública, permitiu que um terceiro se beneficiasse de informação obtida em razão 
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de seu cargo, e, com isso, obteve, dolosamente, proveito pessoal. Nessa situação hipotética, 
João cometeu transgressão passível de punição com a pena de demissão. 
Comentário: valer-se ou permitir dolosamente que terceiros tirem proveito de informação, prestígio 
ou influência obtidas em função do cargo, para lograr, direta ou indiretamente proveito pessoal ou 
de outrem, em detrimento da dignidade da função pública é uma proibição constante no art. 221, 
XXV. 
Conhecida a proibição, podemos analisar qual a penalidade aplicável. Sendo assim, com base no art. 
234, XIV, sabemos que as transgressões previstas no art. 221, XIX a XXVI – a nossa está nesse rol – 
são puníveis com a demissão. 
Logo, correta a assertiva. 
Gabarito: correto. 
9. (Cespe – Técnico em Edificações/TJ-ES/2011) 
O servidor público estadual que praticar ato irregular poderá responder nas esferas civil, penal 
e administrativa, simultaneamente, uma vez que as instâncias são independentes entre si. 
Comentário: é isso aí. Como as instâncias possuem fundamentos diversos, a regra é que cada uma 
delas seja independente. Portanto, um mesmo servidor público poderá ser condenado 
simultaneamente a ressarcir o dano (esfera civil), sofrer a pena de demissão (esfera administrativa) 
e ainda ser condenado à prisão (esfera penal). 
Gabarito: correto. 
10. (Funcab – Técnico/IDAF-ES/2010) 
No que diz respeito à responsabilidade do servidor público, pelo exercício irregular de suas 
atribuições, é correto afimar que: 
a) somente será afastado de suas atribuições, como medida preventiva. 
b) responderá apenas administrativamente, através de apuração por sindicância. 
c) responderá civil, penal e administrativamente. 
d) a responsabilidade penal só abrangerá as contravenções. 
e) nos casos de apuração de irregularidade, será iniciado inquérito policial. 
Comentário: pelo exercício irregular de suas atribuições, o servidor público responde civil, penal e 
administrativamente (art. 225) – alternativa C. 
Lembramos, ainda, que a exoneração, aposentadoria ou disponibilidade do servidor público não 
extingue a responsabilidade civil, penal ou administrativa oriunda de atos ou omissões no 
desempenho de suas atribuições. 
Gabarito: alternativa C. 
11. (Cespe – Assistente Técnico de Trânsito/DETRAN-ES/2010) 
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O servidor público deve questionar os procedimentos determinados por sua chefia que 
importem atrasos no atendimento ao cidadão, propondo soluções. Na hipótese de o chefe 
direto recusar-se a adotar novos procedimentos, o servidor deverá procurar autoridade 
imediatamente superior à sua chefia, a fim de que o problema seja solucionado. 
Comentário: é sabido que um dos deveres impostos ao servidor é o de atender com presteza e 
correção ao público em geral. 
Com esse enfoque, a primeira parte da questão está correta, pois os procedimentos determinados 
pela chefia que importem atrasos no atendimento ao cidadão devem mesmo ser questionados e 
cabe ao servidor dar ideias de como modificar esse padrão. 
Outrossim, não havendo colaboração da chefia, ou seja, na recusa da adoção desses procedimentos, 
o servidor deverá levar ao conhecimento da autoridade as irregularidades de que tiver ciência em 
razão do cargo ou função. 
Portanto, correta a questão. 
Gabarito: correto. 
12. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015 – adaptada) 
Um servidor do Estado utilizou recursos materiais da repartição em atividade particular. Nos 
termos da LC 46/1994, esse ato é passível da aplicação da penalidade de 
a) advertência. 
b) suspensão de até 30 dias. 
c) suspensão de 90 dias. 
d) demissão. 
e) suspensão de até 90 dias. 
Comentário: de acordo com o art. 221, V, é proibido ao servidor “utilizar pessoal ou recursos 
materiais da repartição em serviços ou atividades particulares”. 
Além disso, o art. 233 dispõe que a pena de suspensão será aplicada quando houver reincidência 
das faltas punidas com advertência e transgressão dos incisos “IV a XVIII do art. 221”. Logo, a 
transgressão é passível da pena de suspensão. 
Entretanto, não existe um prazo determinado para a suspensão, mas somente uma quantidade 
máxima de dias que pode durar a penalidade. Posto isso, a suspensão não pode ultrapassar 90 dias, 
mas caberá à autoridade determinar quantos dias durará a pena (alternativa E). 
Gabarito: alternativa E. 
13. (FCC – Analista Judiciário/TRT-9/2015 – adaptada) 
O servidor público, no exercício de suas funções, está sujeito a deveres, cujo exercício irregular 
acarreta responsabilização, nos termos do que dispõe a LC 46/1994. No mesmo sentido, está 
sujeito às cominações impostas pela Lei de Improbidade Administrativa, para o caso de 
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tipificação de condutas descritas naquele diploma legal. A análise sistemática dessas normas 
enseja a 
a) conclusão de que as sançõesaplicadas em decorrência das condutas tipificadas na Lei de 
Improbidade absorvem as infrações descritas na LC 46/1994, porque são mais graves, embora 
de natureza distinta. 
b) prejudicialidade das penalidades impostas no campo administrativo, que devem ser 
apreciadas e decididas, primeiramente àquelas decorrentes de atos de improbidade, para que 
as cominações desses decorrentes possam ser atenuadas pelas condenações já estabelecidas 
na outra esfera. 
c) absorção dos aspectos funcionais das condutas ímprobas pelos tipos descritos na LC 
46/1994, cabendo ao processo de improbidade a tramitação para imposição de sanções de 
ordem civil e criminal. 
d) independência do processamento das infrações nas duas esferas, inclusive no que concerne 
à tipificação e sancionamento, que podem coexistir e ser cumuladas. 
e) absorção pelos delitos previstos na legislação criminal, em razão de sua natureza mais 
gravosa, sendo que as infrações residuais podem ser tipificadas como ato de improbidade, mas 
não mais como infrações administrativas puras e simples, em razão da natureza acessória 
destas. 
Comentário: um servidor público poderá responder em diversas esferas. As mais “comuns” são as 
esferas civil, penal e administrativa. As sanções de improbidade, em geral, são classificadas como 
sanções civis (embora algumas penas tenham repercussão política e administrativa). Dessa forma, é 
possível classificar a responsabilização por improbidade dentro da esfera civil ou mesmo como uma 
“quarta esfera” de responsabilidade autônoma, independente das demais. 
Com efeito, um servidor poderá responder, por um mesmo ato, com base na LC 46/1994 
(responsabilidade administrativa) e com base na Lei 8.429/1992 (responsabilidade civil ou por 
improbidade administrativa). No caso, as duas instâncias serão independentes e cumulativas entre 
si. O servidor poderá, por exemplo, sofrer a pena de demissão (no âmbito administrativo) e de multa 
civil (no processo de improbidade). 
Com isso, o gabarito é a letra D, pois as esferas serão apuradas de forma independente, podendo o 
servidor sofrer as sanções de forma cumulativa. 
Vejamos as demais alternativas: 
a) as sanções de uma não absorvem as sanções da outra, pois elas poderão ser aplicadas de forma 
cumulativa – ERRADA; 
b) conforme já vimos, a apuração é independente, de tal forma que a sanção aplicada em uma esfera 
não influenciará, em regra, a outra – ERRADA; 
c) a questão está afirmando que, no que se refere aos aspectos funcionais das condutas ímprobas, 
haverá absorção pelas infrações tipificadas (previstas) na LC 46/1994. Isso não é verdade, pois o 
servidor poderá responder, de forma separada, tanto pela LC 46/1994 como pela Lei 8.429/1992. 
Inclusive existem sanções de improbidade que terão repercussão na esfera administrativa, como a 
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pena de perda da função pública. Por fim, não existe imposição de sanção criminal no processo de 
improbidade – ERRADA; 
e) o mesmo que vimos acima se aplica à esfera penal (criminal). Esse tipo de sanção será aplicado 
de forma independente e cumulativa com as demais, sendo que a sanção penal não absorve as 
outras – ERRADA. 
Gabarito: alternativa D. 
 
É isso. Finalizamos o nosso conteúdo. 
Foi um prazer trabalhar com vocês! 
Sucesso e bons estudos. 
HERBERT ALMEIDA. 
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/profherbertalmeida 
 
/profherbertalmeida 
3 QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 
1. (Vunesp – Analista Organizacional/PRODEST-ES/2014) 
Fulano, servidor público civil estadual, não satisfez as condições do estágio probatório 
pertinentes ao cargo público para o qual foi nomeado e estava exercendo. Nessa situação, o 
Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Espírito Santo determina que Fulano 
a) seja exonerado de ofício. 
b) seja demitido. 
c) seja demitido a bem do serviço público. 
d) tenha mais dois anos para tentar se manter no cargo. 
e) seja colocado em disponibilidade. 
2. (Vunesp – Agente de Escolta e Vigilância Penitenciário/SEJUS-ES/2013) 
É correto afirmar que: 
a) aproveitamento é o retorno do servidor público estável ao cargo que ocupava 
anteriormente, correlato ou transformado, decorrente de sua inabilitação em estágio 
probatório relativo a outro cargo. 
b) a suspensão do servidor, nas hipóteses legais, não pode exceder noventa dias 
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c) na hipótese de crime contra a administração pública praticado pelo servidor público, será 
aplicada a pena de suspensão. 
d) a absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa do servidor público 
se concluir pela inexistência de infração penal. 
e) a aplicação da penalidade de suspensão não acarreta o cancelamento do pagamento da 
remuneração do servidor público durante o período de sua vigência. 
3. (Funcab – Assistente Social/PC-ES/2013) 
Segundo o Regime Jurídico Único dos servidores públicos civis do estado do Espírito Santo, o 
servidor público responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas 
atribuições. A responsabilidade administrativa: 
a) resulta de ato ou omissão, ocorrido no desempenho de cargo ou função. 
b) abrange crimes e contravenções imputadas ao servidor público. 
c) decorre de ato comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo a terceiros. 
d) abarca a obrigação de reparar o dano. 
e) extingue - se com a exoneração, aposentadoria ou disponibilidade do servidor 
4. (Funcab – Assistente Social/PC-ES/2013) 
A inassiduidade habitual pode ter como penalidade aplicada a demissão do servidor. O Regime 
Jurídico Único dos servidores públicos civis do Estado do Espírito Santo define “Inassiduidade 
Habitual” como a falta ao serviço por: 
a) 30 dias consecutivos. 
b) 40 dias, interpoladamente, sem causa justificada no período de 12 meses. 
c) 30 dias alternados no período de 6 meses. 
d) 60 dias durante a vigência do ano, mesmo que justificado. 
e) 10 dias a cada mês do ano sem justificativa. 
5. (Cespe – Analista Executivo/SEGER-ES/2013) 
José, servidor público civil do Poder Executivo do estado do Espírito Santo, inutilizou livro oficial 
que continha informações prejudiciais aos interesses de Carlos, seu amigo e proprietário de 
uma empresa que participava de licitações da administração estadual. 
A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta de acordo com o que dispõe o 
Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Espírito Santo (Lei Complementar 
Estadual n.º 46/1994). 
a) A apuração da infração praticada por José poderia ser provocada por denúncia anônima feita 
por escrito. 
b) Em nenhuma hipótese, poderá José ser afastado antes de proferida decisão definitiva no 
processo administrativo- disciplinar que vier a ser instaurado contra ele. 
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c) A falta praticada por José é punível com suspensão de até noventa dias, período em que lhe 
será garantido o pagamento da remuneração. 
d) A responsabilização administrativa de José prejudicará a cominação civil ou penal, visto que 
as sanções nessas diferentes instâncias são inacumuláveis. 
e) A sanção administrativa cabível pela falta praticada por José deverá ser aplicada pela 
autoridade que o houver nomeado. 
6. (Cespe – Técnico/AL-ES/2011) 
Acerca do Regime Jurídico Único dos Servidores Civis do Estadodo Espírito Santo — Lei 
Complementar n.º 46/1994 —, assinale a opção correta. 
a) Após adquirir estabilidade, o servidor público só perderá o cargo em virtude de sentença 
judicial transitada em julgado. 
b) No âmbito da administração direta do Poder Executivo, de suas autarquias e fundações 
públicas, os concursos serão realizados pela secretaria de Estado responsável pela 
administração de pessoal. 
c) As indenizações e os auxílios financeiros pagos ao servidor incorporam-se ao seu vencimento 
ou provento, nos casos e condições indicados em lei. 
d) Considera-se remuneração o vencimento do cargo efetivo, excluídas as vantagens 
pecuniárias pagas ao servidor. 
e) Quando não satisfizer 
as condições do estágio probatório, o servidor público será exonerado de ofício. 
7. (Cespe – Analista Judiciário/TJ-ES/2011) 
A penalidade de demissão será aplicada em caso de reincidência em faltas punidas com 
advertência, acarretando o cancelamento automático do pagamento da remuneração do 
servidor público. 
8. (Cespe – Técnico em Edificações/TJ-ES/2011) 
Considere a seguinte situação hipotética. O servidor público João, em detrimento da dignidade 
de sua função pública, permitiu que um terceiro se beneficiasse de informação obtida em razão 
de seu cargo, e, com isso, obteve, dolosamente, proveito pessoal. Nessa situação hipotética, 
João cometeu transgressão passível de punição com a pena de demissão. 
9. (Cespe – Técnico em Edificações/TJ-ES/2011) 
O servidor público estadual que praticar ato irregular poderá responder nas esferas civil, penal 
e administrativa, simultaneamente, uma vez que as instâncias são independentes entre si. 
10. (Funcab – Técnico/IDAF-ES/2010) 
No que diz respeito à responsabilidade do servidor público, pelo exercício irregular de suas 
atribuições, é correto afimar que: 
a) somente será afastado de suas atribuições, como medida preventiva. 
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b) responderá apenas administrativamente, através de apuração por sindicância. 
c) responderá civil, penal e administrativamente. 
d) a responsabilidade penal só abrangerá as contravenções. 
e) nos casos de apuração de irregularidade, será iniciado inquérito policial. 
11. (Cespe – Assistente Técnico de Trânsito/DETRAN-ES/2010) 
O servidor público deve questionar os procedimentos determinados por sua chefia que 
importem atrasos no atendimento ao cidadão, propondo soluções. Na hipótese de o chefe 
direto recusar-se a adotar novos procedimentos, o servidor deverá procurar autoridade 
imediatamente superior à sua chefia, a fim de que o problema seja solucionado. 
12. (FCC – Técnico Judiciário/TRE-RR/2015 – adaptada) 
Um servidor do Estado utilizou recursos materiais da repartição em atividade particular. Nos 
termos da LC 46/1994, esse ato é passível da aplicação da penalidade de 
a) advertência. 
b) suspensão de até 30 dias. 
c) suspensão de 90 dias. 
d) demissão. 
e) suspensão de até 90 dias. 
13. (FCC – Analista Judiciário/TRT-9/2015 – adaptada) 
O servidor público, no exercício de suas funções, está sujeito a deveres, cujo exercício irregular 
acarreta responsabilização, nos termos do que dispõe a LC 46/1994. No mesmo sentido, está 
sujeito às cominações impostas pela Lei de Improbidade Administrativa, para o caso de 
tipificação de condutas descritas naquele diploma legal. A análise sistemática dessas normas 
enseja a 
a) conclusão de que as sanções aplicadas em decorrência das condutas tipificadas na Lei de 
Improbidade absorvem as infrações descritas na LC 46/1994, porque são mais graves, embora 
de natureza distinta. 
b) prejudicialidade das penalidades impostas no campo administrativo, que devem ser 
apreciadas e decididas, primeiramente àquelas decorrentes de atos de improbidade, para que 
as cominações desses decorrentes possam ser atenuadas pelas condenações já estabelecidas 
na outra esfera. 
c) absorção dos aspectos funcionais das condutas ímprobas pelos tipos descritos na LC 
46/1994, cabendo ao processo de improbidade a tramitação para imposição de sanções de 
ordem civil e criminal. 
d) independência do processamento das infrações nas duas esferas, inclusive no que concerne 
à tipificação e sancionamento, que podem coexistir e ser cumuladas. 
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e) absorção pelos delitos previstos na legislação criminal, em razão de sua natureza mais 
gravosa, sendo que as infrações residuais podem ser tipificadas como ato de improbidade, mas 
não mais como infrações administrativas puras e simples, em razão da natureza acessória 
destas. 
 
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4 GABARITO 
1. A 11. C 
2. B 12. E 
3. A 13. D 
4. B 
5. A 
6. E 
7. E 
8. C 
9. C 
10. C 
5 REFERÊNCIAS 
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª Ed. Rio de Janeiro: Método, 
2011. 
 
ARAGÃO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012. 
 
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 31ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2014. 
 
BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
 
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014. 
 
CARVALHO FILHO, José dos Santos. “Personalidade judiciária de órgãos públicos”. Salvador: Revista Eletrônica 
de Direito do Estado, 2007. 
 
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014. 
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JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014. 
 
MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo. 7ª Ed. Niterói: Impetus, 2013. 
 
MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São Paulo: Malheiros 
Editores, 2013. 
 
 
 
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