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Estado e Regulação 2021

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CURSO DE CIÊNCIA POLÍTICA
DISCIPLINA: Estado e Regulação
PROFESSOR José Luiz Pagnussat
1º SEM/2021 (4142 (Noturno – 19h10 às 21h50)
CARGA HORÁRIA: 60 h/a
Unidade IV - RAZOES ECONÔMICAS PARA A INTERVENÂO DO ESTADO
Evolução histórica do papel do Estado na Economia. As falhas de mercado e o 
papel regulador do Estado. Fragilidades sociais e a intervenção alocativa e 
distributiva do Estado.
Aula 6
José Luiz Pagnussat
Crescimento do Estado
Debate inicial
O que explica o crescimento do Estado? 
(aumento do Gasto significa maior oferta de Políticas Públicas?)
Gasto Público 2009 2014 2015 2018 2020
Média (EA) 43,6 39,8 38,9 38,8 47,4
Euro Area 50,6 49,1 48,2 46,5 54,1
G7 43,9 39,8 39,0 39,2 48,9
G20 advanc. 43,1 39,0 38,3 38,4 47,9
Brasil 37,2 38,5 38,5 37,7 42,7
Ano França Alemanha Japão Suécia Inglaterra EUA Brasil
1870 12,6 10,0 8,8 5,7 9,4 7,3
1880 15 10 11 6 10 8
1913 17,0 14,8 8,3 10 12,7 7,5 13
1929 19 31 19 8 24 10 9
1960 35 32 18 31 32 28 18
1985 52 47 33 65 48 37 24
1990 49,8 45,1 31.1 59,1 39,9 33 28
2002 53,6 48,5 39,8 58,3 41,1 34,1 35
2009 57,2 47,6 39,5 51,6 44,1 41,1 37,2
2014 57.2 44,3 38,7 49,7 41,2 35,5 38,5
2015 56,8 44,1 37,6 48,4 40,3 35,1 38,5
2016 56,7 44,4 37,5 48,8 39,6 35,5 39,6
2017 56,5 44,2 36,9 48,3 39,3 35,4 38,3
2018 55,6 44,5 37 48,8 39 35,4 37,7
2019 55,5 45,2 37,2 48,3 38,9 35,7 37,3
2020 62,4 51,1 46,7 53,1 50,3 46,2 42,7
2021 59,7 51,6 43,0 52,2 47,5 45,0 36,9
Participação da Despesa Governamental no PNB ou PIB (%).
Fonte: FMI, Monitor Fiscal e (até 2002) Banco Mundial - Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial 1991, p. 158. 
e Vito Tanzi. The Economic Role of the State in the 21st Century, Cato Journal, Vol. 25, No. 3 (Fall 2005).
Crescimento do Estado
Debate inicial
Como evoluiu o Orçamento Público?
O que explica o crescimento do Estado? 
(aumento do Gasto significa maior oferta de Políticas Públicas?)
......
No século XIX prevaleciam as ideias liberais, de que o mercado (setor privado) é mais eficiente que 
o Estado e portanto o Estado só deveria ofertar os bens e serviços que o mercado não consegue 
ofertar, por não conseguir excluir os que não querem pagar (bens não excluíveis) e não haver 
possibilidade de fracionamento para cada individuo receber a sua parte (bem ou serviço não rivais, 
todos se beneficiam). Os bens com essas características são chamados de bens públicos puros => 
Estado Mínimo (defesa, diplomacia, segurança pública, justiça, administração pública e algumas 
infraestruturas)
A expansão do orçamento público (gasto público) se deve a:
-Mudanças teóricas, que justificavam novos papeis para o Estado e demanda da sociedade por 
esses bens e serviços:
- Saúde, educação, previdência, infraestrutura (saneamento, água, transporte, portos, aeroportos), 
desenvolvimento tecnológico, meio ambiente, etc.
- Ampliação do papel do Estado no campo econômico:
- Gasto público para aumentar a demanda e gerar emprego; políticas setoriais para estimular o crescimento 
(agricultura, indústria), etc
- Políticas distributivas (renda) e estabilizadoras (controle de preços, equilíbrio externo, etc)
O gasto cresce também porque as políticas públicas se tornam mais caras, com o desenvolvimento 
tecnológico, o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, etc; a população 
quer políticas de melhor qualidade; etc
Papel do Estado e Desenvolvimento
Perspectiva histórica
Fisiocracia
(riqueza: produção 
da agricultura) 
Mercantilismo
(riqueza: acumulo 
de metais 
preciosos)
Keynesianismo
Intervenção do 
Estado
Estado Gastador
Antes 1770 1930 1980 1997
2ª Guerra
Planejamento
Liberalismo
Smith (1776)
Ricardo (1817)
Malthus (1798 e 1826)
Say (1828)
- Industrialização RU
- grandes monopólios
Exceções ao pensamento 
Clássico (intervenção)
- Restauração Meiji
- Alexander Hamilton
- G. F. List
Neoliberalismo Retomada do 
Planejamento e 
do papel 
protagonista do 
Estado 
Retomada das 
ideias Keynesianas
? planejamento e 
políticas públicas 
ou
Estado mínimo
Relatório do BM
Grito do campo
Política industrial?
Crise recente: grande 
intervenção do Estado 
Visão Liberal
O Mercado eficiente sempre levaria a 
economia ao pleno emprego.
Intervenção do Estado gera ineficiência
A economia é cíclica. 
Pleno emprego é 
exceção, crescimento 
abaixo do produto 
potencial => gado do 
Estado => crescimento
Reforma do 
Estado
Privatizações
Abertura
Economia Clássica
Estado Mínimo
Estado Gastador
+ Pol Públicas
Redução do Estado 
Privatizações
Volta do Estado
Gráfico: 
expansão do 
Estado
Papel do Estado e Desenvolvimento
Perspectiva histórica
Keynesianismo
Antes 1770 1930 1980 1997
Liberalismo
Estado Mínimo: Bens Públicos Puros 
(não rivais e não excludentes)
Exemplos de bens públicos:
- Segurança Pública, Defesa, 
Diplomacia, Justiça, Administração 
tributária
- iluminação pública (ex. bairro)
- alguns investimentos em 
infraestrutura de difícil cobrança
Falhas de Mercado:
- O Estado começa a crescer com a 
intervenção para corrigir falhas de 
mercado (Monopólios e Oligopólio, 
Pobreza, Bens Meritórios 
(externalidades positivas)
Neoliberalismo
Expansão do Estado na oferta de bens Meritórios (Saúde, 
Educação, Infraestrutura, Ciência e Tecnologia ....)
Expansão do Estado promotor do desenvolvimento (Estatais, 
gasto público para elevar a demanda, políticas econômicas –
fiscal, monetária e cambial ....)
Expansão do Estado do bem estar social (assistencialista) –
previdência, seguro desemprego, assistência social, transferência 
de renda (Bolsa Família, BPC), ....
Expansão do Estado na oferta de novas política públicas – meio 
ambiente ... Transversais: gênero, raça, juventude, idosos, LGBT, 
povos indígenas ....
Expansão do Estado Regulador (regulação na educação, saúde, 
defesa da concorrência (CADE), agências reguladoras 
Economia Clássica
Estado Mínimo
Estado Gastador
+ Pol Públicas
Reforma do Estado 
Privatizações
Volta do Estado
Gráfico: expansão 
do Estado
Keynesianismo
Bem Público Puros
Bens públicos puros são aqueles que atendem às características: 
não excluível (não é possível excluir as pessoas de usar o bem, ou seja, 
os que não querem pagar também se beneficiam do bem 
= caronas) e 
não rival (várias pessoas podem desfrutar do bem sem prejuízo uma das 
outras)
Nestes casos a economia de livre mercado (setor privado) não consegue ofertar estes 
bens, são, portanto, “típicos de Estado”.
Exemplos de bens públicos:
- Segurança Pública, Defesa, Diplomacia, Justiça, Administração tributária
- iluminação pública (ex. bairro)
- alguns investimentos em infra-estrutura de difícil cobrança
Estado Mínimo – Economia Clássica = Liberal
Bens meritórios
Bens meritórios - se caracterizam pelos efeitos altamente positivos para o conjunto da 
sociedade, quando consumidos em níveis mais adequados e por todos os cidadãos 
(externalidades positivas)
Ex. educação, saúde, infraestrutura, etc
Regulação
- Externalidades negativas (ex. poluição);
- oligopólios e monopólios (Inexistência de concorrência)
- crise econômica (Instabilidade na economia)
- Informação imperfeita (ex. planos de saúde)
Outras Falhas de Mercado
Problemas sociais
Concentração de Renda
Instabilidade/ crises econômicas
Problemas sociais
Pobreza; alta concentração de renda; déficit habitacional, acesso à água, esgotamento 
sanitário; grande número de crianças entre 7 e 14 anos fora da escola; proliferação das 
doenças de massa (doenças da pobreza)
Keynes (a demanda determina a produção => crescimento)
- Gasto público amplia a demanda e gera crescimento econômico
Crescimento do Estado – Era Keynesiana
Outras razões para a intervenção do Estado
Fundamentos da Teoria Keynesiana
Keynes - para sair da crise (anos 1930) os governos têm que gastar. O gasto do 
governo amplia a demanda por bens e serviços, com isso haverá mais 
produção e mais emprego => os trabalhadores empregados recebem seus 
salários e vão comprar => mais produção => mais emprego e demanda => mais 
produção ….(efeitomultiplicador)
O nível de renda (produto) e de emprego em que opera a economia é 
determinado pelo nível da demanda agregada
princípio da demanda efetiva 
Esse modelo levou a expansão do Estado, os países a gastar mais (expandir 
a oferta de políticas públicas – saúde, educação, previdência, infraestrutura 
.... => ANOS DOURADOS = elevado crescimento econômico e social (e 
crescimento da carga tributária e do endividamento dos Estados) => início da 
crise fiscal e do neoliberalismo ...
As Funções do Governo:
• Alocativa: Utilização dos recursos totais da economia, incluindo a oferta de
bens públicos, podendo criar incentivos para desenvolver mais certos
setores em relação a outros
• Distributiva: Combate os desequilíbrios regionais e sociais, promovendo o
desenvolvimento das regiões e classes menos favorecidas
• Estabilizadora: Escolhas orçamentárias na busca do pleno emprego dos
recursos econômicos; da estabilidade de preços; do equilíbrio da balança
de pagamentos e das taxas de câmbio, tudo isso visando o crescimento
econômico em bases sustentáveis (contas públicas)
• Função Reguladora – o papel regulador do Estado, dado as falhas de
mercado (monopólios, oligopólios). Ex. agências reguladoras
Teoria das Finanças Públicas (Musgrave , Richard A., 1959)
Os objetivos do Gasto Público e as funções do governo
9
Brasil: gasto dos ministérios 
por grandes grupos, em % 
(1822-2015).
Fontes: elaboração a partir de: DSE (1914). 
Finanças: Quadros sinópticos da receita e 
despesa do Brasil (período de 1822 a 1900). 
IBGE, Anuário Estatístico do Brasil (período 
entre 1901 e 2005). Balanço Geral da União 
(período entre 2006 e 2015) (CGU, 2009).
Notas: Fiscalidade – gastos 
realizados pelo Ministério da 
Fazenda; Defesa – exército, marinha, 
aeronáutica, e defesa a partir de 
1999; Infraestrutura – transportes, 
comunicações e ciência e tecnologia; 
Administração – justiça, interior, 
relações exteriores, planejamento, 
orçamento e gestão, ministério 
público da união; Seguridade Social
– trabalho e previdência social; 
Social – educação, saúde, 
assistência social, cultura, ação 
social, bem-estar social, reforma 
agrária, desenvolvimento agrário, 
esporte e desenvolvimento social e 
combate à fome; Economia –
agricultura, indústria e comércio, 
minas e energia, integração regional, 
integração nacional e turismo; Outros
- Presidência da República, meio 
ambiente, cidades, e 
desenvolvimento urbano.
Defesa
Fiscalidade
Infraestrutura
Administração
Seguridade 
Social
Economia 
Outros
1822 2015 1822 2015
Social 
Trajetória do Estado: do Estado 
Absolutista ao Estado Social Liberal
Liberal
Liberal
democrático
Bem
estar
Social
liberal
Absoluto
AP Patrimonialista
AP Burocrática
AP Burocrática
AP Burocrática
AP Gerencial
SEC XVI e XVII
SEC XIX
SEC XX
SEC XX
SEC XXI
Pós gerencialismo
Papel do Estado e Desenvolvimento
Perspectiva histórica
Keynesianismo
Antes 1770 1930 1980 1997
Liberalismo Neoliberalismo
Economia Clássica
Estado Mínimo
Estado Gastador
+ Pol Públicas
Reforma do Estado 
Privatizações
Volta do Estado
Gráfico: expansão 
do Estado
Keynesianismo
FALHAS DE MERCADO e
Natureza dos Problemas Regulatórios
Natureza dos Problemas Regulatórios
Geralmente existe pelas seguintes razões: 
Falhas de mercado (poder de 
mercado: monopólio, monopólio 
natural, concorrência imperfeita; 
externalidades positivas ou negativas; 
assimetria de informações; existência 
de bens públicos ou meritórios.
Falhas regulatórias (restrições à 
competição não desejáveis impostas 
pelo governo)
Falha institucional: quando as 
instituições atuam prejudicando a 
eficiência ou eficácia dos processos.
Riscos inaceitáveis (risco a saúde 
humana, relacionados a segurança, ao 
meio ambiente, etc.)
Garantia de direitos fundamentais 
(garantia da privacidade, segurança, 
integridade)
Contribuir para objetivos de politicas 
públicas 
Fonte: Guia de AIR da CC/PR, p.. 36-7
Viés da Agências Reguladoras
Natureza dos Problemas Regulatórios (pg. 36-7 do Guia da CC/PR)
Falha de mercado 
Ocorre quando o mercado por si só não é capaz de atingir resultados 
econômicos eficientes, provocando alocações subótimas de recursos e 
impedindo o alcance de bem-estar máximo do ponto de vista social. As 
falhas de mercado mais comuns são poder de mercado (monopólio, 
monopólio natural, concorrência imperfeita), externalidades positivas ou 
negativas, assimetria de informações e existência de bens públicos 
puros ou bens meritórios.
Exemplos: 
• Assimetria de informações entre agentes no mercado de saúde; e 
• Barreiras à entrada no mercado de exploração de petróleo, devido aos 
altos investimentos iniciais necessários.
Viés da Agências Reguladoras
Falhas de mercado decorrentes de falta de concorrência 
Concorrência perfeita é uma exceção 
São poucos os mercados em concorrência perfeita (caso dos produtos agrícolas)
Quase sempre há: 
– algum custo afundado 
– algum ganho de escala 
– alguma barreira à entrada 
– alguma diferenciação de produtos 
– algum risco não precificável
Para um mercado funcionar bem, precisamos de: 
1. Direitos de propriedade bem definidos: 
• Todos os recursos escassos do processo produtivo são de propriedade de alguém, 
que pode cobrar por seu uso 
2. Agentes racionais: 
• Informação: suficiente e simétrica para ambos os lados da transação de mercado 
(consumidor e produtor) conseguirem comparar alternativas e realizarem trocas. 
3. Concorrência: 
• vários produtores independentes, com produtos homogêneos e sem barreira à 
entrada de novos produtores 
Estruturas de Mercado
Competição
Perfeita
Concorrência
Monopolística 
Oligopólio Monopólio
Aumento nas Barreiras de Entrada,
Nº menor de empresas no Mercado
Diferenciação
de Produtos
Características:
• Entrada e saída 
Livre (sem 
barreiras)
• Grande número 
de participantes
• Conhecimento 
perfeito do 
mercado
– Concorrência Perfeita (muitos produtores produzindo o mesmo produto = 
produto homogênio; informação perfeita; livre entrada e saída)
– Concorrência Monopolística (muitos produtores produzindo produtos 
diferenciados)
– Oligopólio (poucos produtores produzindo produtos iguais ou diferenciados) 
– Monopólio (um produtor produzindo/ ofertando o produto) 
Máximo poder de Mercado, 
definidor de preço
Nenhum poder de Mercado, 
aceitador de preço
17
MERCADO
Regulação e Defesa da Concorrência
COMPETITIVO
- Concorrência Perfeita
- Concorrência Monopolística
OLIGOPÓLIO
MONOPÓLIO
- Monopólio Natural
DEFESA DA 
CONCORRÊNCIA
REGULAÇÃO
Regulação
(Ex-Ante)
Antitruste
(Ex-Post)
Concorrência
Eficiência 
Econômica
Preços
baixos
Opções
Qualidade
ConsumidorObjetivos Comuns
Atuação preventiva (atos de concentração) e 
repressiva (controle de condutas)
Concorrência Perfeita - Estrutura de mercado com muitas firmas ofertando um 
mesmo produto (= produto homogênio); informação perfeita (perfeito
conhecimento do Mercado); livre entrada e saída de firma do mercado. 
ex: soja, milho, feijão, arroz, etc
Concorrência monopolística - estrutura de mercado constituída por um 
grande número de compradores e de vendedores, mas o produto não é 
homogêneo, ou seja, ele é diferenciado por marca, qualidade, assistência 
técnica e outros fatores. 
Ex. padarias, postos, farmácias, bares, restaurantes
Oligopólio – estrutura de mercado com poucas firmas ofertando o produto no 
mercado. A decisão de uma firma afeta a rentabilidade das demais 
(interdependência)
Oligopólio PURO - Quando o produto é homogêneo. 
Ex. Aço, Cimento, Alumínio, Cobre.
Oligopólio DIFERENCIADO - Quando o Produto é diferenciado. 
Ex. Automóveis, refrigerantes, cerveja, eletrodomésticos
Estruturas de Mercado
Monopólio
Estrutura de mercado com um único ofertante do produto, para o 
qual não existe substitutos próximos. ex: CAESB, CEB, PETROBRÁS
Razões do Monopólio (Como surgem os monopólios?) 
Técnicas: Controle da fontede matéria prima; controle da tecnologia (ex: 
coca-cola); custo inicial elevado; monopólio natural (o custo médio de 
produção atinge um mínimo a uma quantidade elevada de produção). 
Ex: distribuição de energia, água, esgoto, telefone fixo (-hj), estradas, etc.
Legais: Patentes; Franquia (concessão) 
ex: água, telefone, eletricidade
Fontes de Monopólio
Barreiras à Entrada
– Restrições legais
– Patentes e direitos autorais
– Controle de fator de produção 
– Elevados custos enterrados
Monopólio natural
ocorre muito nos setores de infraestrutura 
(custo fixo elevado => a firma maior pode 
vender a um preço menor e toma mercado 
das demais levando-as à falência).
P
Monopólio (de bens essenciais)
A oferta é a decisão de produção do monopolista
Q7
Q1
5
Q2
P1 = 4
Qual a decisão de produção do monopolista que 
proporciona maior receita?:
- Q1? => não, pois RT1 = P1 x Q1 = 4x7 = 28
(RT = Receita Total = PxQ)
- Q2? => sim, pois RT2 = P2 x Q2 = 10x7 = 70
Ou seja,
Ofertando menos produto o monopolista provoca um 
aumento de preço e obtém uma Receita (RT) maior 
D
S1
S2
P2 = 10
P
Q7 
Q1
5
Q2
P1 = 4
DEMANDA INELÁSTICA 
Se o bem é essencial (demanda inelástica = mais inclinada) 
=> o monopolista vai ter um ganho maior ainda com a redução 
na oferta, pois o preço aumenta muito mais:
- Q1? => não, pois RT1 = P1 x Q1 = 4x7 = 28
- Q2? => sim, pois RT2 = P2 x Q2 = 20x5 = 100
Ou seja, em Q2
O aumento de preço é maior e a nova Receita (RT2) é maior 
D
S1
S2
P2 = 20
Nos setores de INFRAESTRUTURA as falhas seriam:
1. Existência de monopólio natural: dada a escala de demanda só 
comportar um produtor devido:
- Economias de escala = quanto maior a quantidade produzida, menor o custo de 
produção (ex. custo fixo elevado)
- Economias de escopo = a produção conjunta de dois bens é mais barata do que 
se realizada separadamente
Falhas de Mercado
2. Custos irrecuperáveis elevados de ativos específicos ao setor
(também chamados de custos afundados ou incorridos (sunk costs)
Dessa forma, investimentos não serão realizados na ausência de
segurança com relação à rentabilidade futura.
22
Mercado de fatores de produção
ou Matérias Primas
Concorrência Perfeita = existe uma oferta abundante do fator de 
produção (ex.: mão-de-obra não especializada) e muitos 
demandantes dessa mão de obra. 
Monopsônio = Há somente um comprador para muitos 
vendedores dos serviços dos insumos. 
Oligopsônio = Existem poucos compradores que dominam o 
mercado para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios.
Monopólio bilateral = Ocorre quando um monopsonista, na 
compra do fator de produção, defronta-se com um monopolista 
na venda desse fator. 
(nº de compradores) 
Falhas na competição Síntese
A concorrência perfeita não está presente em todos os mercados.
- oligopólio e monopólio (caso monopólio natural (ex. serviço de água).
- Informação imperfeita permite que empresas mantenham preço mais alto e não
percam todos os seus clientes.
- Custo de entrada elevado (exigência de alto custo inicial) ou
- Custos de saída (mudança de operadora de telefone com mudança de número,
necessidade de cumprir carência em novo plano de saúde)
=> ineficiência: preços mais altos, oferta de bens e serviços abaixo do que ocorreria em
concorrência perfeita.
Formas de intervenção do governo:
 Assumir a produção estatal de bens e serviços (estatais de água e energia);
 Deixar o setor privado operar nos setores oligopolizados mas regulamentar a sua
atuação - órgão de defesa da concorrência (CADE), coibir cartéis;
 Caso de monopólio natural - agências reguladoras para regular e fiscalizar a qualidade
e preço dos produtos oferecidos (ANATEL, ANEEL, ANP ...).
 Regulação de mecanismos que facilitem a mobilidade dos consumidores (regulação de
plano de saúde e telefonia).
Obs: Falhas de mercado também incluem as falhas na garantia da propriedade e da eficácia dos contratos (a 
garantia de propriedade e contratos exige o exercício do poder estatal de coerção: polícia, judiciário (direito civil, 
comercial, penal, etc.), legislativo, sistema prisional.). O sistema econômico, formado por inúmeros indivíduos e 
empresas atuando de forma autônoma, não têm condições de construir e implementar regras de convívio social sem 
a presença de uma autoridade com o monopólio da força.
Falhas de mercado decorrentes de falta de informação
Problemas de Informação 
• Para ter equilíbrio no mercado é necessário que os agentes tenham 
informações completas para tomar decisões racionais 
• Todos os bens seriam bens de busca (qualidade verificável antes da 
aquisição) ou bens de experiência (qualidade verificável após 
aquisição). 
• Muitas vezes isso não ocorre e a informação é incompleta. 
• Outras vezes a informação é assimétrica: uma das partes na transação 
tem mais informação que a outra (e não revela) 
• Esses problemas tendem a se agravar e se tornar mais comuns, porque: 
– Produtores buscam cada vez mais diferenciar produtos 
– Multiplicação de bens e serviços disponíveis 
– Especialização e alienação 
Assimetria de informações
Um caso específico de falhas nos mercados de seguros e de crédito é a chamada 
assimetria de informações. 
Em geral, as seguradoras conhecem muito menos sobre o perfil de risco de um 
indivíduo do que ele próprio. 
Assim, ao ofertar, por exemplo, um seguro de saúde, a seguradora tende a calcular a 
média dos custos que ela terá com todos os segurados. 
Mas isso significa que os segurados mais saudáveis irão subsidiar os mais 
doentes. 
Assim, os mais saudáveis tendem a não comprar o seguro (que fica caro para eles 
frente à expectativa de uso) e os menos saudáveis tendem a ser os principais 
compradores, levando a seguradora ao prejuízo. 
A seguradora pode, simplesmente, optar por não oferecer o seguro-saúde ou, então, 
oferecê-lo a alto custo para clientelas de risco (idosos, por exemplo). 
O governo pode intervir de várias formas: 
- oferecendo serviço público de saúde para quem não pode pagar, 
- subsidiando planos de saúde, 
- melhorando o grau de informação sobre as condições da saúde da população.
Assimetria de informações (cont.)
Assimetria de informações no mercado de crédito 
No mercado de crédito o caso clássico é o de segmentos que não dispõem de garantia 
para oferecer aos bancos (estudantes, agricultores - risco de quebra de safra). 
Nada garante que, tomando empréstimos sem garantia, esses tomadores não darão o 
calote no futuro (dano moral). 
Nesse caso, o governo pode intervir oferecendo crédito público, subsídios
(PROUNI), educação pública gratuita ou subsidiada.
A regulação bancária é um caso em que o governo pretende proteger o depositante 
(menos informado) de eventuais riscos excessivos assumidos pelos bancos (reservas 
compulsórias no Banco Central, regras para aplicação prudente dos recursos e 
contenção do risco).
Os exames sobre a qualidade de formação dos estudantes (ENEM e ENADE), ao 
terem os seus resultados divulgados à população, aumentam o grau de informação dos 
usuários dos serviços de informação sobre a qualidade de cada escola. 
Tal informação é, antes da revelação dos resultados, assimetricamente distribuída em 
favor das escolas, que conhecem melhor que os usuários o grau de esforço que 
realizam.
Seleção Adversa 
• Definição: consumidor não 
consegue observar a qualidade do 
bem/serviço ANTES do contrato. 
• Exemplo: carros usados 
• Condição ausente: informação 
simétrica 
• Preço perde sua capacidade de 
sinalizar bem a alocação. Ou seja, 
se consumidor não consegue 
verificar qualidade, seleciona só 
pelo preço. 
• Haveria espaço para melhoras 
alocativas se houvesse informação 
completa 
• A dinâmica de mercado acaba 
preservando apenas os piores.
Risco Moral 
• Definição: uma das partes não consegue 
observar o comportamento da outra parte 
DEPOIS do contrato. Com isso, a parte que 
não é monitorada muda de comportamento em 
função do contrato e jogaa culpa num fator 
exógeno. 
• Exemplo: seguro de carro 
• Condição ausente: informação simétrica 
• Normalmente associado a algum serviço. Uma 
das partes muda o comportamento em função 
da contratação. Normalmente assume mais 
risco do que caso estivesse descontratada. 
• Preço perde a capacidade de sinalizar bem a 
alocação. 
• Pode levar a grandes danos a uma das partes 
ou a custos desnecessários, ineficientes 
Informação Assimétrica => Seleção Adversa e Risco Moral 
Bens Credenciais 
• Definição: somente profissional especializado 
pode atestar qualidade. Logo, quem paga não 
é quem escolhe. Darby e Kami (1973). 
• Exemplo: medicamentos
• Condição ausente: informação simétrica 
• Muitas vezes o próprio profissional 
credenciado sofre de assimetria de 
informação, levando em consideração 
aspectos como: 
- Tradição, costume e inércia 
- Formação técnica e pensamento profissional 
- Influência da indústria 
- Comportamento de manada 
- Marcas ganham valor ainda maior, pois 
sinalizam confiança a consumidores. Com 
isso, cobram mais caro.
TD 0846 - Bens Credenciais e Poder de 
Mercado: Um Estudo Econométrico da 
Indústria Farmacêutica Brasileira
Eduardo P. S. Fiuza e Marcos de B. Lisboa / Rio 
de Janeiro, novembro de 2001
Medicamentos são bens essenciais, 
com demanda inelástica => a indústria tem 
ganhos elevados com aumentos de preços 
(perde poucos consumidores Q1 => Q2)
RT1 = P1 x Q1 = 4x7 = 28
RT2 = P2 x Q2 = 20x5 = 100
P
Q
7 
Q1
5
Q2
P1 = 4 D
S1
S2
P2 = 20
Mercados Incompletos –
Estados da Natureza 
• Definição: ausência de seguros para 
determinados estados da natureza. 
• Exemplo: hedge cambial 
• Condição ausente: informação 
completa 
• Agentes não conseguem precificar 
incerteza e portanto não conseguem 
tomar decisões alocativas ótimas. 
• Premissa do modelo Arrow-Debreu é 
violada (conjunto de preços => oferta 
agregada=demanda agregada) 
• Problema comum em países com 
mercado financeiro pouco desenvolvido 
(caso brasileiro).
Mercados Incompletos -
Futuro Longínquo 
• Definição: elevado lapso temporal entre 
decisão de produzir e momento do início da 
operação, combinada com ausência de um 
mercado futuro. 
• Exemplo: hidrelétrica 
• Condição ausente: informação completa
• Preços não funcionam bem o suficiente 
para sinalizar aos produtores as 
oportunidades de negócio. 
• Pode resultar em grave escassez de bens 
essenciais ou na quebradeira generalizada 
de alguns agentes. 
• Excesso de risco faz com que produtores 
produzam em quantidade insuficiente
Mercados Incompletos 
Falhas de mercado - Externalidades
Externalidade
É o efeito colateral direto, para terceiros, de uma transação de mercado ou ação de 
um agente econômico. 
• Custos ou benefícios não são internalizados. 
• Preço não iguala a custo marginal. Benefício social é maior ou menor que custo 
social 
• Atenção: existe efeito externo em praticamente tudo que alguém faz. Isso não 
caracteriza uma falha de mercado. A externalidade existe quando esse efeito 
ocorre em níveis ineficientes. 
Externalidades Negativas 
Quando ações de um indivíduo ou agente econômico geram consequências 
negativas para terceiros. 
• Exemplo: poluição atmosférica 
• Empresas ou indivíduos consideram apenas o custo privado de produzir/consumir, 
mas há custos sociais que não são incorporados. 
• Preço do bem no mercado deixa de funcionar como um bom sinal para a 
decisão dos agentes econômicos porque não incorpora todos os custos da 
decisão de consumo/produção. 
Externalidades positivas 
Quando ações de um indivíduo ou agente econômico geram consequências 
positivas a outros.
• Exemplo: vacinação
• Preço do bem no mercado deixa de funcionar como um bom sinal para a 
decisão dos agentes econômicos porque não reflete todos os benefícios da decisão 
de consumo/produção. 
• Produção será inferior ao socialmente ótimo 
• São considerados bens meritórios (saúde, educação, infraestrutura, C&T, ...)
Casos Especiais de Externalidades 
1: Risco Sistêmico 
• Risco sistêmico: um evento no nível de uma firma afeta todo o sistema, gerando 
risco de colapso. Agentes não internalizam os custos e riscos. Muito comum na 
indústria financeira. Agravado por problemas de informação assimétrica.
2: Bens Públicos (não rivais e não exclíveis)
• Rivalidade no consumo: consumo de um bem por uma pessoa diminui a sua 
disponibilidade para o consumo de outro. 
• Possibilidade de Exclusão: capacidade de o proprietário de um bem 
(operacionalmente) excluir consumidores que não paguem pelo uso do bem
Exemplos de externalidades:
1) O carro de um individuo que gera poluição do ar que todos respiram;
2) Dejetos industriais jogados nos rios (abastece cidades, moradores e firmas a jusante);
3) Os bares que animam a noite ou fim de semana e não deixam moradores dormir;
4) Um motorista se embriaga e mata pedestre que não tem nada a ver com a história;
5) O desleixo do vizinho com o seu jardim pode gerar um criadouro de mosquito da 
dengue que vai transmitir a doença para as famílias dos demais moradores;
6) Se boa parte da população se vacinar contra sarampo, a probabilidade de eu 
contrair a doença, mesmo sem ter me vacinado, será menor;
7) Se um estado aumenta seus impostos sobre produtos exportados, o restante do 
país perde com a queda das exportações;
8) O aumento da escolaridade de uma pessoa não só gera benefícios a ela, mas a faz 
uma eleitora mais consciente, que votará em políticos melhores, beneficiando toda a 
comunidade, ... se torna uma trabalhadora mais produtiva, que vai contribuir para o 
crescimento mais rápido do país e será menos dependente da assistência social;
9) O saneamento básico não só gera água e coleta de esgoto para as casas 
atendidas, mas também reduz a incidência de doenças na população em geral, 
reduz a agressão ao meio ambiente e os custos de fiscais de hospitais públicos.
Externalidades
Por que a existência de externalidade gera a necessidade de intervenção do governo? 
Porque na presença de elevadas externalidades, o agente que a causa (indivíduo, família, firma,
etc.) não está preocupado com o custo gerado pela externalidade negativa ou com o benefício
gerado pela externalidade positiva.
Ele calcula o montante que vai produzir pensando apenas nos seus próprios custos e
benefícios. Por isso, há uma tendência à existência de ações geradoras de externalidade
negativa acima do “ótimo social” e de externalidades positivas abaixo do “ótimo social”.
Ex. Se não houver uma legislação restringindo a quantidade de madeira que pode ser extraída de uma
floresta, os madeireiros (que estão mais preocupados com o seu faturamento que com a preservação
da natureza) vão extrair madeira em excesso.
Ex. se não houver campanha de vacinação gratuita nos postos de saúde, muitas pessoas vão preferir
não se vacinar e, com isso, aumenta o risco de uma epidemia.
Ex. Se não houver uma legislação restringindo os horários e locais para funcionamento de bares, os
notívagos vão acabar com o sossego de quem quer dormir.
Formas de intervenção do governo:
 Oferta direta de bens geradores de externalidades positiva: educação básica, saúde,
infraestrutura, parques públicos, áreas de conservação ambiental;
 Regulação: legislação ambiental (catalizadores em veículos, p. ex.), de trânsito (inclusive
seguro obrigatório), de práticas urbanas, de segurança no trabalho, etc.
 Subsídios: GF paga para que estados não cobrem impostos sobre exportações (Lei Kandir),
descontos no IR para conservação ambiental; verbas públicas para P&D.
 Taxação: impostos elevados sobre cigarros, bebidas, automóveis.
Natureza dos Problemas Regulatórios (pg. 36-7 do Guia)
Falha regulatória 
Ocorre quando uma ação adotada para solucionar um problema 
regulatório não é efetiva ou é inconsistente, criando novos problemas ou 
agravando problema já existente. Isso pode ocorrer por diversos motivos, 
como problema ou objetivos mal definidos, falha na implementaçãoou 
fiscalização da regulação, consequências imprevistas, inconsistência 
entre regulações concorrentes ou complementares, inovações 
disruptivas (inovação tecnológica capaz de derrubar uma tecnologia já 
preestabelecida no mercado), etc.
Exemplos: 
Regulação editada para incentivar a conexão de novas centrais elétricas 
geradoras próximas aos centros de consumo, visando a diminuição das 
perdas associadas ao transporte ao longo da rede. Após a implementação 
da norma, verificou-se o incentivo também às centrais elétricas distantes 
destes centros, gerando um efeito indesejado.
Falha regulatória (regulação existente não é efetiva ou é inconsistente, ou foi 
observado o incremento de judicialização).
Viés da Agências Reguladoras
Natureza dos Problemas Regulatórios (pg. 36-7 do Guia)
Falha regulatória 
Exemplos do Guia da Anvisa (p. 130-131)
• A autoridade pública pode, em princípio, não ter adotado a melhor solução para a 
resolução do problema, o que pode decorrer de diversos motivos, como: 
• problema ou objetivos mal definidos; 
• falha na implementação, enforcement (ato de obrigar a observância ou o cumprimento 
de uma lei ou regra.), ou fiscalização da regulação; 
• consequências imprevistas (normas que não tiveram seus impactos analisados de 
forma adequada); 
• inconsistência entre regulações concorrentes ou complementares; 
• a autoridade pública pode ter sido indevidamente influenciada por informações fornecidas 
por um ou mais grupos de interesse durante a formulação do regulamento (captura 
regulatória); 
• a intervenção pode estar desatualizada, pois tanto os problemas quanto as causas 
podem ter mudado com o tempo;
• a intervenção pública pode ter sido simplesmente mal construída, ou por não ter 
atingido os objetivos pretendidos, ou por tê-los atingido por meio de custos 
desnecessários; 
• inovações disruptivas (avanços tecnológicos como a impressão 3D, a internet, os 
carros autônomos, a imunoterapia e a epigenética).
Viés da Agências Reguladoras
Evidências
Normas legais e regulatórias adotadas no Brasil entre 1988 e 2020
Ao completar 32 anos da Constituição Federal de 1988, legislação brasileira é complexa, confusa e 
de difícil interpretação
 Mais de 6,4 milhões de normas editadas;
 Isso significa a edição, em média, de 800 normas por dia útil;
 419.387 normas tributárias;
 Cerca de 2,17 norma tributária por hora (dia útil);
 Em 32 anos, houve 16 emendas constitucionais tributárias;
 Foram criados inúmeros tributos, como CPMF, COFINS, CIDES, CIP, CSLL, PIS Importação, 
COFINS Importação, ISS Importação;
 Em média, cada norma tem 3.000 palavras.
 Saúde, Educação, Segurança, Trabalho, Salário e Tributação são temas que aparecem em 45% de 
toda a legislação.
 Somente 4,15% das normas editadas no período não sofreram nenhuma alteração.
Fonte: Ibpt, 2020. 
Desde 05 de outubro de 1988 (Constituição Federal), até 28/09/2020, foram editadas 6.475.682 de 
normas que regem a vida dos cidadãos brasileiros. Isto representa, em média, 554 normas editadas 
todos os dias ou 800 normas editadas por dia útil.
Falha regulatória 
Normas adotadas no Brasil entre 1988 e 2020
Normas Gerais Federais
No âmbito federal, foram editadas 168.642 normas desde a promulgação da Constituição 
Federal, 
 6 emendas constitucionais de revisão, 
 108 emendas constitucionais, 
 2 leis delegadas, 
 116 leis complementares, 
 6.308 leis ordinárias, 
 1.612 medidas provisórias originárias, 
 5.491 reedições de medidas provisórias, 
 13.318 decretos federais e 
 141.680 normas complementares (portarias, instruções normativas, ordens de serviço, 
atos declaratórios, pareceres normativos, etc.).
Fonte: Ibpt, 2020. 
Normas Gerais Estaduais
Os Estados editaram 1.860.778 normas, sendo 424.043 leis complementares e ordinárias, 605.046 
decretos e 831.689 normas complementares.
Normas Gerais Municipais
Os Municípios são responsáveis pela edição de 4.446.262 normas, divididas em 742.878 leis 
complementares e ordinárias, 850.077 decretos 2.853.307 normas complementares.
Quantidade de Normas por Habitante 
Fonte: IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário
ANO População*
Quantidade 
normas gerais
Qde. Normas 
tributárias
Norma geral 
por habitante
Norma tributária 
por habitante
1985 a 04/10/88 137.178.106 457.141 29.713 300 4617
1989 142.922.447 543.998 118.922 263 1202
1990 145.498.408 641.917 123.893 227 1174
1991 147.829.114 751.043 129.072 197 1145
1992 150.221.490 889.986 134.467 169 1117
1993 152.626.209 1.060.864 140.087 144 1090
1994 155.043.203 1.259.776 145.943 123 1062
1995 157.472.402 1.498.564 152.043 105 1036
1996 159.913.740 1.787.127 158.398 89 1010
1997 162.367.151 2.126.681 165.019 76 984
1998 164.832.569 2.479.285 171.916 66 959
1999 167.309.929 2.782.984 179.102 60 934
2000 169.799.170 2.896.208 186.588 59 910
2001 170.985.986 3.014.739 194.388 57 880
2002 172.059.217 3.139.908 202.513 55 850
2003 174.543.960 3.267.654 210.977 53 827
2004 177.040.157 3.315.947 219.796 53 805
2005 179.929.714 3.434.805 225.626 52 797
2006 182.456.722 3.510.804 229.616 52 795
2007 183.941.359 3.628.013 235.900 51 780
2008 186.572.933 3.776.364 240.210 49 777
2009 189.193.242 3.989.765 244.148 47 775
2010 190.732.694 4.155.915 249.124 46 766
2011 192.376.496 4.353.665 275.094 44 699
2012 193.946.886 4.614.449 290.932 42 667
2013 201.032.714 4.785.194 309.147 42 650
2014 203.202.000 4.960.610 320.343 41 634
2015 204.450.649 5.241.914 352.366 39 580
2016 206.081.432 5.471.980 363.779 38 567
2017 207.660.929 5.679.157 377.566 37 550
2018 208.812.863 5.876.143 390.726 36 534
2019 210.147.125 6.087.473 403.322 35 521
DOING BUSINESS 2013 E 2020 - FACILIDADE EM SE FAZER NEGÓCIOS
Fonte: Adaptado de http://portugues.doingbusiness.org/data/exploreeconomies/brazil
TOPICOS DO RANKING
DB 2020
Rank
DB 2013
Rank
Brasil/
indicador
OCDE
Ricos
China Melhor 
Desemp.
Global (Ranking) 124 121 124 31º 1º
Abertura de empresas 138 121
11 procedimentos
13,5 dias
4,9
9,2d
6,5
25,6d
1
0,5d
Obtenção de alvarás de 
construção
170 126
19 procedimentos
384 dias
12,7
152,3d
14,8
132,3
-
-
Obtenção de eletricidade 98 14
5 procedimentos
132 dias
4,4
74,8d
4,2
63,2d
3
18d
Registro de propriedades 133 103
14 procedimentos
24,5 dias
4,7
23,6d
5,5
71,9d
1
1d
Obtenção de crédito 104 105 Cobertura 81,2% 66,7% 23,8 100%
Proteção de investidores 61 80 Transparência 6 5,7 2,6 7
Pagamento de impostos 184 160
10 pagamentos
1501 horas/ano
10,3
158,8h
20,6
173h
3
49h
Comércio internacional 108 124
Tempo 49 horas
Custo X US$ 862
12,7h
136,8
57,5h
381,1
1
0
Execução de contratos 58 121
731 dias
20,7% da divida
589,6
21,5%
581,1
47,2
120
0,1%
Resolução de Insolvência 77 146
4 anos
Custo 12% imóvel
1,7
9,3%
2,6
20,6
0,4
1%
Natureza dos Problemas Regulatórios (pg. 36-7 do Guia)
Falha institucional 
Ocorre quando as instituições atuam de forma disfuncional ou têm uma 
performance não satisfatória, prejudicando a eficiência e/ou eficácia dos 
processos ou impedindo o alcance dos objetivos almejados. 
Falta de clareza, duplicação ou sobreposição de competências entre 
instituições, rigidez para alteração de normas ou estruturas para se adaptar a 
novas realidades, captura das instituições, são exemplos de fatores que podem 
causar falhas institucionais. 
Exemplos: 
• Complexidade no texto da norma gera interpretações divergentes sobre as 
obrigações a serem obedecidas por terceiros; 
• Sobreposição ou falta de clareza sobre as competências de dois ou mais 
órgãos ou falta de coordenação sobre estas competências pode gerar 
normas conflituosas, dificultando ou mesmo impossibilitando que os regulados 
consigam conformidade com relação a estas regras.
Falha institucional (dificuldades para a fiscalização do cumprimento das regras, 
obstáculos ou falta de recursos institucionais) 
Viés da Agências Reguladoras
Natureza dos Problemas Regulatórios (pg. 36-7 do Guia)
Falha institucional 
Exemplos do Guia da Anvisa (p.131)
Tratamentos ou exigências desiguais dados por diferentes entes do Sistema 
Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) para casos semelhantes, em 
decorrência de distintas interpretações de um mesmo regulamento ou 
situação problema.
Recomendações do Guia da ANS (2014, p. 25=26)
A regulamentação e demais medidas regulatórias produzida no setor devem: 
– Ser de fácil compreensão 
– Ter aplicação consistente e coerente 
– Ter flexibilidade para lidar com circunstâncias especiais 
– Estar aberta a recursos e revisões
Viés da Agências Reguladoras
Natureza dos Problemas Regulatórios (pg. 36-7 do Guia)
Riscos inaceitáveis 
Ocorre quando há riscos que são considerados intoleráveis ou que só podem 
ser justificados em circunstâncias excepcionais. Este tipo de risco pode variar 
em função da cultura local, do nível de renda do país, etc. 
Exemplo: 
Risco de falência do sistema financeiro: pode levar à adoção de regras 
regulatórias prudenciais - (ex. crise do subprime*) Acordo de Basileia III 
Trabalho Interno (trailer) https://www.youtube.com/watch?v=ndwp-Ec0xM0
Filme Grande demais para quebrar (https://www.youtube.com/watch?v=7adm1SLtXR8)
Produção de alimentos microbiologicamente seguros
Risco potencial inaceitável, controle de riscos em radiodiagnóstico
São exemplos de riscos inaceitáveis - Exemplos do Guia da Anvisa (p. 132): 
• Uso de um agrotóxico que apresente características teratogênicas, 
carcinogênicas ou mutagênicas, de acordo com os resultados atualizados 
de experiências da comunidade científica; 
• Um medicamento cujo monitoramento pós-mercado evidenciou mais riscos 
que benefícios à saúde dos pacientes. 
* A falta de regulação do mercado financeiro. Livre de normas, os mercados criaram novos produtos financeiros sem que se 
soubesse qual seria o impacto das inovações para as economias locais e para todo o sistema bancário internacional.
Viés da Agências Reguladoras
https://www.youtube.com/watch?v=ndwp-Ec0xM0
https://www.youtube.com/watch?v=7adm1SLtXR8
Natureza dos Problemas Regulatórios (pg. 36-7 do Guia)
Contribuir para a garantia de direitos fundamentais 
Ocorre diante da necessidade de atuação regulatória para garantir ou preservar 
direitos fundamentais dos cidadãos como, por exemplo: vida, liberdade, 
integridade, segurança, privacidade, etc. 
Exemplo: 
Garantir a privacidade das pessoas: edição de normas para acesso, uso ou 
comercialização de dados pessoais, etc. 
A regulação como meio para dar efetividade ao direito fundamental de 
proteção e promoção da saúde.
O princípio da dignidade da pessoa humana e a saúde.
Welfare State (Estado de Bem-Estar ou Estado Social) x Estado Liberal
Garantia dos princípios vinculados às ideias de liberdade, justiça e 
segurança
Viés da Agências Reguladoras
Natureza dos Problemas Regulatórios (pg. 36-7 do Guia)
Contribuir para objetivos de políticas públicas 
Ocorre quando há a necessidade de intervenção para garantir objetivos de 
políticas públicas como, por exemplo: equidade, moradia, saúde, proteção da 
indústria nacional. 
Exemplo: 
Regulação que busca a massificação da banda larga, visando contribuir para o 
atingimento de objetivos de política pública tais como inclusão digital e 
melhoria da produtividade, com consequências no desenvolvimento 
econômico, além das políticas educacionais e de saúde.
Os exames sobre a qualidade de formação dos estudantes (ENEM e 
ENADE), ao terem os seus resultados divulgados à população, aumentam o 
grau de informação dos usuários dos serviços de informação sobre a 
qualidade de cada escola.
Viés da Agências Reguladoras
ANEXO 1
CUSTOS DE OPORTUNIDADE
Escassez implica em escolhas entre objetivos alternativos, isto é, em custo de
oportunidade. O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la.
Custo de oportunidade corresponde a perda que temos de incorrer ao realizar 
uma determinada escolha (deixamos de ter os resultados do bem sacrificado). 
Custo de oportunidade é o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um 
bem, em termos da produção alternativa sacrificada, ou seja, o custo, até mesmo social, 
causado pela renúncia, bem como os benefícios que poderiam ser obtidos a partir 
desta oportunidade renunciada ou, ainda, a mais alta renda gerada em alguma aplicação 
alternativa.
ex.
- se produzo mais armamentos (canhões) produzo menos alimentos (manteiga). 
- Se aplico o dinheiro em poupança deixo de aplicá-lo em ações ou título público. 
- Se o treinador escala um marcador (caso Dunga) deixa de escalar outro atacante.
- O aumento dos gasto com assistência social => redução do gasto com investimento
- Qual o benefício que estou renunciando com a redução dos gastos em educação para 
financiar investimentos em estradas?
Equilíbrio Geral 
• Os mercados estão interligados: insumos comuns, demanda substituta e complementar 
e renda, principalmente. 
• Um modelo de equilíbrio geral é um modelo que considera todos os mercados se 
ajustando simultaneamente via preços dos produtos e fatores de produção. 
Primeiro Teorema de Bem-Estar 
• Equilíbrio de mercado é Pareto-eficiente 
• Ou: um planejador central benevolente e onisciente que tentasse realocar os recursos 
da economia, respeitando direito de propriedade, poderia, na melhor das hipóteses, 
apenas reproduzir o resultado alocativo de um mercado operando em condições 
perfeitas 
• Ou ainda: mecanismo de mercado é mais eficiente em coletar informações do que as 
pessoas desejam e do que é possível produzir e, portanto, em alocar os recursos
Dinâmica vs. Equilíbrio 
• Economia quase nunca está em equilíbrio. Avanço tecnológico provoca rupturas no 
conceito de equilíbrio. O motor do desenvolvimento econômico é a inovação 
tecnológica, que decorre do “espírito animal” de empreendedores em busca de lucro 
econômico (extraordinário). Inovadores obtêm algum lucro temporariamente até que 
o restante do mercado consiga copiar. 
Distribuição de Renda 
• O conceito de Bem Estar não está relacionado à distribuição da renda, apenas ao quanto é 
produzido e consumido (utilidade) pela sociedade como um todo, dado uma dotação original de 
cada indivíduo. 
• Segundo teorema de bem estar: toda alocação pareto-eficiente de recursos pode ser alcançada 
por meio de um mercado competitivo a partir de uma redistribuição inicial dos recursos da 
economia. 
• Em outras palavras: o mecanismo de alocação de mercado gera eficiência alocativa para 
qualquer perfil de distribuição de renda 
Considerações Adicionais Distribuição de Renda 
• Se eu quiser redistribuir renda, seria mais eficiente fazê-lo por taxação e repasse (supondo 
neutralidade do processo de taxação) que por outro tipo de intervenção no mercado. 
• Tributo lump-sum: tributo que não altera incentivos dos agentes (na prática não existe) 
• Na prática: Bolsa-Família, renda mínima de cidadania, IR progressivo e negativo, IGF etc. 
• Mercado cumpre função alocativa, governo garante direito de propriedade e cumpre função 
distributiva (realoca esses direitos). 
Bens (dos) Comuns 
Exemplo: pesca 
Definição: não é possível excluir, e o consumo por um indivíduo afeta a disponibilidade para outro 
• Normalmente se refere a recursos naturais, que já estão produzidos, pois nenhum agente 
produziria sem a possibilidade de cobrar. 
• Ou bens produzidos pelo Estado, mas que são escassos 
• Problema de “tragédia dos comuns”
ANEXO 2
Papel do Estado e Desenvolvimento
Perspectiva histórica
Keynesianismo
Antes 1770 1930 1980 1997
Liberalismo
Estado Mínimo: Bens Públicos Puros 
(não rivais e não excludentes)
Exemplos de bens públicos:
- Segurança Pública, Defesa, 
Diplomacia, Justiça, Administração 
tributária
- iluminação pública (ex. bairro)
- alguns investimentos em 
infraestrutura de difícil cobrança
Falhas de Mercado:
- O Estado começa a crescer com a 
intervenção para corrigir falhas de 
mercado (Monopólios e Oligopólio, 
Pobreza, Bens Meritórios 
(externalidades positivas)
Neoliberalismo
Expansãodo Estado na oferta de bens Meritórios (Saúde, 
Educação, Infraestrutura, Ciência e Tecnologia ....)
Expansão do Estado promotor do desenvolvimento 
(Estatais, gasto público para elevar a demanda, políticas 
econômicas – fiscal, monetária e cambial ....)
Expansão do Estado do bem estar social (assistencialista) –
previdência, seguro desemprego, assistência social, 
transferência de renda (Bolsa Família, BPC), ....
Expansão do Estado na oferta de novas política públicas –
meio ambiente ... Transversais: gênero, raça, juventude, 
idosos, LGBT, povos indígenas ....
Expansão do Estado Regulador (regulação na educação, 
saúde, defesa da concorrência (CADE), agências reguladoras 
Economia Clássica
Estado Mínimo
Estado Gastador
+ Pol Públicas
Reforma do Estado 
Privatizações
Estado Regulador
Crise e Estado
Gráfico: expansão 
do Estado
Keynesianismo
Privatização
Fase 1 – Mercados 
Competitivos
- empresas que produzem 
bens também produzidos 
pelo setor privado 
(Siderurgia, mineração, 
petroquímica, etc)
Fase 2 – Infraestrutura
- Telecomunicações
- Portos
- Elétricas
- Água
- Rodovias
Fase 3 – Setores Sociais
- Seguro Social
- Saúde
- Educação
Retomada do Pensamento LIBERAL (anos 1980/90)
“Neoliberalismo”
=> Reformas do Estado
=> Consenso de Washington
a) abertura mercados importações;
b) privatizações das empresas estatais;
c) livre movimentação capitais especulativos;
d) prioridade absoluta pagamento dividas externas;
e) abertura sistema previdenciário às seguradoras privadas;
f) flexibilização da legislação trabalhista 
Impactos: 
• Redução do Estado (privatizações); 
• desregulação; 
• abertura externa (financeira, comercial)
Consequências: estagnação; crises (instabilidade); 
desequilíbrio externo
Tentativa de redução do Estado => privatizações 
(empresas); publicização/ privatização das 
políticas sociais, infraestrutura, etc
“A política pública regulatória pode ser resumida em três categorias: 
econômica, social e administrativa. 
A regulação econômica é expressa pela intervenção direta nas decisões de 
setores econômicos, tais como formação de preços, competição, entrada e 
saída do mercado. A orientação regulatória da reforma do Estado tem buscado 
o aumento da eficiência econômica pela redução dos obstáculos à competição, 
pela desregulação e pela privatização. 
A regulação social consiste na intervenção pública nas áreas de saúde, 
segurança e meio ambiente para o incentivo ou provisão direta de bens 
públicos e a proteção do interesse público nacional ou supranacional. 
A regulação administrativa compreende os procedimentos administrativos 
(red-tape) por meios dos quais o governo controla e intervém nas decisões 
econômicas de firmas e indivíduos. Esses mecanismos burocráticos tendem a 
gerar alto ônus ao desempenho do setor privado. As reformas regulatórias 
visam eliminar as formalidades desnecessárias, simplificar as necessárias e 
promover transparência nos mecanismos de tramitação dos processos”.
(Fonte: Costa, Ribeiro, Silva, Melo, RAP, 2001, pg. 194)
file:///C:/Users/Enap/Downloads/6376-12166-1-PB.pdf
Política Pública Regulatória 
file:///C:/Users/Enap/Downloads/6376-12166-1-PB.pdf
Teoria elementar do funcionamento 
do mercado
EMPRESASFAMÍLIA
Oferta dos 
serviços de 
produção
(Mão-de-obra, 
terra, capital)
Demanda de 
bens e 
serviços
(demanda de 
calçados, alimentos 
serviços de 
transporte etc.) O quê e quanto produzir
Para quem produzir
Oferta de 
bens e 
serviços
(oferta de calçados, 
alimentos, serviços 
de transportes etc.)
Fluxo monetário 
Fluxo real (bens e serviços )
Demanda 
de serviços 
dos fatores 
de 
produção
(Mão-de-obra, 
terra, capital)
Como produzir
MERCADO DE BENS E SERVIÇOS
(onde se formam os preços dos bens)
MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO
(onde se formam os preços dos fatores)
COMO CONSUMIDORES 
DE BENS E SERVIÇOS
COMO PROPRIETÁRIOS 
DOS FATORES DE 
PRODUÇÃO
COMO VENDEDORES DE 
BENS E SERVIÇOS
COMO COMPRADORES E 
FATORES DE PRODUÇÃO
Sistema de concorrência pura
Fatores determinantes da procura (demanda) Função Matemática
 preço do bem;
 renda do consumidor;
 preço dos outros bens;
 gosto ou preferência do indivíduo.
 expectativas do consumidor
 ...........
Dx = f (Px, Y, Py, H, etc.)
onde: Dx = Demando do bem x
Px = Preço de x
Y = renda dos consumidores
Py = preço dos outros bens (substitutos e 
complementares
H = hábitos do consumidor
Demanda de bens e serviços:
A demanda (ou procura) do consumidor por um bem é função, entre outras variáveis 
do preço do bem, da renda do consumidor, do preço de outros bens (substitutos ou 
complementares) e dos hábitos (gostos ou preferência) do consumidor.
Dx
P1
P2
Q1 Q2 Q
P
Provocam aumento na demanda (deslocam a curva):
- ampliação do mercado (mais consumidores)
- aumento da renda dos consumidores;
- aumento do preço dos bens substitutos;
- redução do preço dos bens complementares;
- políticas públicas específicas.
O ofertante ganha duplamente: aumento de P e Q
Provocam redução na demanda (deslocam a curva):
- redução do mercado (mais consumidores)
- redução da renda dos consumidores;
- redução do preço dos bens substitutos;
- aumento do preço dos bens complementares;
- políticas públicas específicas;
- redução na preferência dos consumidores.
Lei Geral da Demanda
Ceteris paribus (tudo mais constante), 
a quantidade demandada de um bem ou 
serviço varia na relação inversa de seu preço.
Variações no preço do próprio 
bem provoca variações na 
quantidade demandada, ao 
longo da curva de demanda 
Bens Substitutos (ou Concorrentes): o consumo de um bem substitui o 
consumo do outro (se o Ps aumenta => desloca a demanda de x para a 
direita). ex. margarina e manteiga, café e chá, guaraná e coca-cola, antártica e 
skol
Bens Complementares: são bens consumidos conjuntamente (se o Pc
aumenta => desloca a demanda de x para a esquerda) ex. pão e manteiga, 
pneu e câmara, carro e gasolina
Relação entre a RENDA e a Demanda:
. Bem normal - se a renda aumenta a demanda do bem também aumenta.
. Bem inferior - se a renda aumenta a demanda do bem reduz (ex. carne de 2ª, 
bens reformados)
. Bem saciado - a renda aumenta e a demanda não se altera (normalmente 
alimentos tradicionais, sal, açúcar)
Análise da Demanda de Mercado
Fatores determinantes da Oferta de um bem Função Matemática
 preço do bem;
 quantidade de produtores;
 preço dos outros bens;
 objetivos dos produtores.
 expectativas dos produtores
 ..........
Sx = f (Px, Qp, Py, Op, etc.)
onde: Sx = Oferta do bem x
Px = Preço de x
Qp = Quantidade de produtores
Py = preço dos outros bens (subst. e compl.)
Op = Objetivos do produtor
Oferta de bens e serviços
A oferta de um bem é função, entre outras variáveis do preço do bem, da 
quantidade de produtores, do preço de outros bens (insumos ou bens substitutos 
ou complementares de oferta) e os objetivos dos produtores.
Px
S
Qx
onde:
Px: eixo dos preços de X
Qx: eixo das quantidades ofertadas de X
S: curva de oferta
O aumento da oferta pode ter sido provocado pelas 
seguintes variáveis (deslocam a curva de oferta):
• redução nos preços dos insumos; 
• redução nos preços dos bens substitutos de oferta;
•aumento do preço dos bens complementares de oferta; 
•mudança dos objetivos dos produtores (otimismo com o 
futuro do mercado); 
•clima favorável na produção das matérias primas;
aumento da quantidade de ofertantes, etc.
• facilidades nas etapas do processo produtivo ou de 
comercialização;
Redução da oferta pode ter sido provocado pelas 
seguintes variáveis (deslocam a curva de oferta):
•aumento nos preços dos insumos; 
•aumento nos preços dos bens substitutos de oferta;
•mudança dos objetivos dos produtores (pessimismo 
com o futuro do mercado); 
•problemas climáticos na produção das matérias primas;
•dificuldades nas etapas do processo produtivo ou de 
comercialização;
• redução da quantidade de ofertantes, etc.
• redução do preço dos bens complementares de oferta;Variações no preço do próprio bem 
provoca variações na quantidade 
ofertada, ao longo da curva de oferta 
58
 preço dos fatores e insumos de produção 
m (matéria-prima, mão-de-obra, etc.)
 Preços de bens relacionados (substitutos 
ou complementares na produção)
 Tecnologia
 Expectativas dos empresários
 Número de produtores/ clima 
 Objetivos e metas do empresário
Desloca a curva de Oferta
Desloca a curva de Oferta
Desloca a curva de Oferta
Desloca a curva de Oferta
Análise da Oferta de Mercado
Variações na Quantidade Ofertada
Preço do próprio bem 
Movimento ao longo da
curva de Oferta
Variações na Oferta (deslocamento da curva de oferta)
Sx S'x
Dx
Q'EQE
P'E
PE
P
Q
Px
S
Qx
LEI DA OFERTA (quanto maior o preço maior a quantidade ofertada).
Tudo mais constante (ceteris paribus), se o preço do bem aumenta, 
estimula as empresas a produzirem mais (Preço maior => maior 
quantidade ofertada). Preço menor => menor quantidade ofertada
59
Elasticidades
Conceito
É a alteração percentual em uma variável, dada uma variação 
percentual em outra, ceteris paribus.
Sinônimo de sensibilidade , resposta, reação de uma variável, em face 
de mudanças em outras variáveis.
Elasticidade-preço da demanda: Variação percentual na quantidade 
demandada, dada a variação percentual no preço do bem, ceteris paribus.
Ed = % de variação da quantidade demandada / % de variação no preço do bem
Elasticidade-renda da demanda: Variação percentual na quantidade 
demandada, dada uma variação percentual na renda, ceteris paribus.
Er = % variação da quantidade demandada / % variação na renda dos consumidores
Elasticidade-preço cruzada da demanda: Variação percentual na quantidade 
demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, ceteris paribus.
Edx,i = % de variação da quantidade demandada de x / % de variação no preço de outro bem (i)
Elasticidade-preço da oferta: Variação percentual na quantidade ofertada, dada 
uma variação percentual no preço do bem, ceteris paribus.
Ed = % de variação da quantidade ofertada / % de variação no preço do bem
Totalmente Elástica
Ex. insulina 
(diabético)
Inelástica
Ex. bens 
essenciais, bens 
que pesam pouco 
no orçamento
Elasticidade unitária:
Se o preço aumenta 
em 10%, a quantidade 
cai também em 10%, 
ceteris paribus.
Elástica
Ex. bens 
“supérfluos”, bens 
que pesam muito no 
orçamento
Totalmente 
elástica
Produtos que tem 
substitutos 
perfeitos
Obs: a elasticidade se altera ao longo da curva de demanda uma vez que ela reflete a variação relativa (%) da 
quantidade dada a variação relativa do preço (%). A receita total segue o mesmo comportamento.
Totalmente 
Inelástica
Inelástica Elasticidade 
unitária
Elástica Totalmente 
Elástica
Elasticidade Preço da Demanda
Demanda Elástica:
Significa que, dada uma variação 
percentual, por exemplo, de 10% no preço, 
a quantidade demandada varia, em 
sentido contrário, mais que 10% (ex. 15%, 
ou seja, 50% a mais), ceteris paribus. Isso 
revela que a quantidade é bastante 
sensível à variação de seu preço.
Demanda Inelástica:
Neste caso, os consumidores são 
pouco sensíveis a variações de preço: 
uma variação de, por exemplo, 10% no 
preço leva a uma variação na demanda 
desse bem menir que 10% (4%) (em 
sentido contrário).
Fatores que afetam:
•Disponibilidade de bens 
substitutos
•Essencialidade do bem
• Importância relativa do 
bem no orçamento do 
consumidor
•Horizonte de tempo 
P
Q 
(Quantidade)
S
zona inelástica
zona
elástica
Q0 = Q1Q1
D0
P0
P1 D0
D1
D1
Q0
Q1 - Q0 = Q
Elasticidade preço da Oferta
Se a oferta for totalmente elástica => alteração na demanda não afeta o preço (mais D => mais S)
Se a oferta for totalmente inelástica => alterações na demanda afetam o preço e não a quantidade.
Quanto maior a elasticidade menor o impacto no preço e maior o impacto na quantidade e vice e versa.
Alterações na demanda afetam diretamente a receita (via preço e/ou quantidade).
A oferta de produtos é 
inelástica se não responder 
a estímulos de preços. O 
aumento da demanda 
aumenta mais o preço e 
pouco a quantidade 
ofertada.
Oferta elástica
- Ajuste fácil da 
produção
- Capacidade 
ociosa;
- Sem restrição a 
entrada e saída 
do setor.
Anexo
Planejamento Governamental e os 
Compromissos Internacionais
Objetivos de Desenvolvimento 
do Milênio – ODM
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) surgiram da Declaração do Milênio das Nações Unidas, 
adotada pelos 191 estados membros no dia 8 de setembro de 2000. Criada em um esforço para sintetizar 
acordos internacionais alcançados em várias cúpulas mundiais ao longo dos anos 90(sobre meio 
ambiente e desenvolvimento, direitos das mulheres, desenvolvimento social, racismo, etc.), a Declaração trouxe 
uma série de compromissos concretos que, se cumpridos nos prazos fixados, segundo 
os indicadores quantitativos que os acompanham, deveriam melhorar o destino da humanidadeneste século.
Os objetivos do milênio procuraram formas de inserir a busca por esses Objetivos em suas próprias estratégias. 
O esforço no sentido de incluir vários desses Objetivos do Milênio em agendas internacionais, nacionais e locais 
de Direitos Humanos, por exemplo, é uma forma criativa e inovadora de valorizar e levar adiante a iniciativa.
Concretos e mensuráveis, os 8 Objetivos – com suas 22 metas (24 no Brasil) e 48 indicadores – puderam ser 
acompanhados por todos em cada país; os avanços puderam ser comparados e avaliados em escalas nacional, 
regional e global; e os resultados puderam ser cobrados pelos povos de seus representantes, sendo que ambos 
deviam colaborar para alcançar os compromissos assumidos em 2000. Também serviram de exemplo 
e alavanca para a elaboração de formas complementares, mais amplas e até sistêmicas, para a busca de 
soluções adaptadas às condições e potencialidades de cada sociedade.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
https://pt.wikipedia.org/wiki/8_de_setembro
https://pt.wikipedia.org/wiki/2000
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anos_90
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meio-ambiente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_das_mulheres
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_social
https://pt.wikipedia.org/wiki/Racismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Indicador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Humanidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estrat%C3%A9gia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_Humanos
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Representatividade&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alavanca
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) surgiram da Declaração do Milênio das Nações Unidas, adotada pelos 191 estados membros no dia 
8 de setembro de 2000. Criada em um esforço para sintetizar acordos internacionais alcançados em várias cúpulas mundiais ao longo dos anos 90 
(sobre meio ambiente e desenvolvimento, direitos das mulheres, desenvolvimento social, racismo, etc.), a Declaração trouxe uma série de compromissos 
concretos que, se cumpridos nos prazos fixados, segundo os indicadores quantitativos que os acompanham, deveriam melhorar o destino da 
humanidade neste século. 8 Objetivos – com suas 22 metas (24 no Brasil) e 48 indicadores.
Objetivo 1
Objetivo do milênio 1
Erradicar a pobreza extrema e a fome
Um bilhão e duzentos milhões (1.200 milhões - mil e duzentos milhões) de pessoas 
sobrevivem com menos do que o equivalente a US$1,00 PPC por dia – dólares medidos 
pela paridade do poder de compra de cada moeda nacional. Mas tal situação já começou a 
mudar em pelo menos 43 países, cujos povos somam 60% da população mundial. Nesses 
lugares há avanços rumo à meta de, até 2015, reduzir pela metade o número de pessoas 
que ganham quase nada e que – por falta de oportunidades como emprego e renda, e 
terras para plantio, assim comoconhecimento das devidas técnicas para realizá-lo –
não consomem e passam fome.
Objetivo 2[editar | editar código-fonte]
Objetivo do milênio 2
Atingir o ensino básico universal
Cento e treze milhões de crianças estão fora da escola no mundo. Mas há exemplos 
viáveis de que é possível diminuir o problema – como na Índia, que se comprometeu 
a ter 95% das crianças frequentando a escola já em 2005. A partir da matrícula 
dessas crianças ainda poderá levar algum tempo para aumentar o número de alunos 
que completam o ciclo básico, mas o resultado serão adultos alfabetizados e 
capazes de contribuir para a sociedade como cidadãos e profissionais. A frustração 
pode ser ainda maior, considerando que não existem vagas em faculdades para 
todos esses alunos secundaristas.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_de_compra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Moeda
https://pt.wikipedia.org/wiki/Popula%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/2015
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oportunidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Emprego
https://pt.wikipedia.org/wiki/Renda
https://pt.wikipedia.org/wiki/Consumo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fome
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Objetivos_de_Desenvolvimento_do_Mil%C3%AAnio&veaction=edit&section=2
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Objetivos_de_Desenvolvimento_do_Mil%C3%AAnio&action=edit&section=2
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_b%C3%A1sico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndia
https://pt.wikipedia.org/wiki/2005
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidadania
https://pt.wikipedia.org/wiki/Profiss%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Acabar_com_a_fome.png
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Acabar_com_a_fome.png
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Edica%C3%A7%C3%A3o_b%C3%A1sica.png
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Edica%C3%A7%C3%A3o_b%C3%A1sica.png
Objetivo do milênio 3
Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres
Dois terços dos analfabetos do mundo são mulheres, e 80% dos refugiados são mulheres e 
crianças. Superar as desigualdades entre meninos e meninas no acesso à escolarização 
formal é a base para capacitá-las a ocuparem papéis cada vez mais ativos na economia e 
política de seus países.
1. Realizar um evento que vise combater a violência contra a mulher, informando quais instituições 
atuam no apoio às vítimas de violência.
2. Promover uma atividade (esportiva/cultural) em prol da melhoria da autoestima das mulheres, 
promovendo a valorização e o respeito em todas as fases do seu ciclo de vida (infância, 
adolescência, gravidez, maternidade, menopausa e velhice).
3. Fazer uma campanha de combate a produtos, serviços e lojas que exploram o corpo da mulher 
em suas propagandas e comunicações, fortalecendo o senso crítico da sociedade.
4. Promover uma campanha para estimular e encorajar as jovens a buscarem seu desenvolvimento 
socioeconômico, por meio da educação e do trabalho.
5. Organizar um fórum de discussão, em parceria com o Conselho Comunitário e a Delegacia da 
Mulher, para esclarecer a população sobre os serviços públicos em defesa da mulher e a 
legislação atual.
6. Fazer um levantamento das diversas ONGs e de todos os serviços públicos voltados às 
necessidades das mulheres e divulgar essas informações em pontos de grande circulação ou por 
meio de visitas domiciliares.
7. Promover uma palestra (preferencialmente proferida por um homem) para sensibilizar os homens 
quanto à divisão de tarefas domésticas, paternidade responsável e intolerância para toda forma de 
violência contra mulheres e crianças.
Objetivo do milênio 4
Reduzir a mortalidade infantil
Todos os anos onze milhões de bebês morrem de causas diversas. É um número 
escandaloso, mas que vem caindo desde 1980, quando as mortes somavam 15 milhões. 
Os indicadores de mortalidade infantil falam por si, mas o caminho para se atingir o objetivo 
dependerá de muitos e variados meios, recursos, políticas e programas – dirigidos não só 
às crianças mas à suas famílias e comunidades também.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igualdade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mortalidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/1980
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Indicadores_de_mortalidade&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Igualdade.png
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Igualdade.png
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Reduzir_a_mortalidade_infantil.png
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Reduzir_a_mortalidade_infantil.png
Objetivo do milênio 4
Reduzir a mortalidade infantil
Todos os anos onze milhões de bebês morrem de causas diversas. É um número 
escandaloso, mas que vem caindo desde 1980, quando as mortes somavam 15 milhões. 
Os indicadores de mortalidade infantil falam por si, mas o caminho para se atingir o objetivo 
dependerá de muitos e variados meios, recursos, políticas e programas – dirigidos não só às 
crianças mas à suas famílias e comunidades também.
Objetivo 5[editar | editar código-fonte]
Objetivo do milênio 5
Melhorar a saúde materna
Nos países pobres e em desenvolvimento, as carências no campo da saúde reprodutiva levam 
a que a cada 48 partos uma mãe falece. A redução dramática da mortalidade materna é um 
objetivo que não será alcançado a não ser no contexto da promoção integral da saúde das 
mulheres em idade reprodutiva. O acesso a meios que garantam direitos de saúde reprodutiva 
e a presença de pessoal qualificado na hora do parto serão portanto o reflexo do 
desenvolvimento de sistemas integrados de saúde pública.
Objetivo do milênio 6
Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças
Em grandes regiões do mundo, epidemias mortais vêm destruindo gerações e ameaçando 
qualquer possibilidade de desenvolvimento. Ao mesmo tempo, a experiência de países como 
o Brasil, Senegal, Tailândia e Uganda vem mostrando que podemos deter a expansão do HIV. 
Seja no caso da AIDS, seja no caso de outras doenças que ameaçam acima de tudo as 
populações mais pobres e vulneráveis como a malária, a tuberculose e outras, parar sua 
expansão e depois reduzir sua incidênciadependerá fundamentalmente do acesso da 
população à informação, aos meios de prevenção e aos meios de tratamento, sem descuidar 
da criação de condições ambientais e nutritivas que estanquem os ciclos de reprodução das 
doenças. Lembrando que curar a doença não é necessariamente curar o doente, e sim não 
deixar que ninguém mais pegue tais doenças, vide prevenção.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mortalidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/1980
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Indicadores_de_mortalidade&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Objetivos_de_Desenvolvimento_do_Mil%C3%AAnio&veaction=edit&section=5
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Objetivos_de_Desenvolvimento_do_Mil%C3%AAnio&action=edit&section=5
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_em_desenvolvimento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde_reprodutiva
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Promo%C3%A7%C3%A3o_da_sa%C3%BAde
https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_reprodutiva
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde_p%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/HIV
https://pt.wikipedia.org/wiki/AIDS
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mal%C3%A1ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Epidemia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Senegal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tail%C3%A2ndia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Uganda
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vulnerabilidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tuberculose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Incid%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Preven%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde_ambientalhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Nutri%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Reduzir_a_mortalidade_infantil.png
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Reduzir_a_mortalidade_infantil.png
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Melhorar_a_sa%C3%BAde_das_gestantes.png
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Melhorar_a_sa%C3%BAde_das_gestantes.png
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Combater_doen%C3%A7as.png
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Combater_doen%C3%A7as.png
Objetivo do milênio 7
Garantir a sustentabilidade ambiental
Um bilhão de pessoas ainda não têm acesso a água potável. Ao longo dos anos 90, no 
entanto, quase um bilhão de pessoas ganharam esse acesso à água bem como 
ao saneamento básico. A água e o saneamento são dois fatores ambientais chaves para a 
qualidade da vida humana, e fazem parte de um amplo leque de recursos e serviços naturais 
que compõem o nosso meio ambiente – clima, florestas, fontes energéticas, o ar e 
a biodiversidade – e de cuja proteção dependemos nós e muitas outras criaturas 
neste planeta. Os indicadores identificados para este objetivo são justamente "indicativos" da 
adoção de atitudes sérias na esfera pública. Sem a adoção de políticas e programas 
ambientais, nada se conserva adequadamente, assim como sem a posse segura de 
suas terras e habitações, poucos se dedicarão à conquista de condições mais limpas e sadias 
para seu próprio entorno. Como os objetivos de vida no mundo atual não são a paz em 
harmonia com a natureza, obviamente esse será um dos tantos objetivos frustrados do ODM.
Objetivo 8[editar | editar código-fonte]
Objetivo do milênio 8
Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento
Muitos países pobres gastam mais com os juros de suas dívidas do que para superar seus 
problemas sociais. Já se abrem perspectivas, no entanto, para a redução da dívida externa de 
muitos países pobres muito endividados (PPME).
As metas levantadas para atingir este Objetivo levam em conta uma série de fatores 
estruturais que limitam o potencial para o desenvolvimento – em qualquer sentido que seja –
da imensa maioria dos países do sul do planeta. Entre os indicadores escolhidos estão a ajuda 
oficial para a capacitação dos profissionais que pensarão e negociarão as novas formas para 
conquistar acesso a mercados e a tecnologias abrindo o sistema comercial e financeiro não 
apenas para países mais abastados e grandes empresas, mas para a concorrência 
verdadeiramente livre de todos.
Lembrando, o mundo é globalizado no sentido de que, a informação pode sair e chegar de 
mais rapidamente, porém o público alvo da informação, e/ou a união física de tais grupos para 
conseguir concluir um objetivo, ainda é algo inalcançável, já que o mundo é feito de fronteiras 
e não está fisicamente conectado.[1]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anos_90
https://pt.wikipedia.org/wiki/Saneamento_b%C3%A1sico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_ambiente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Clima
https://pt.wikipedia.org/wiki/Floresta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fontes_energ%C3%A9ticas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biodiversidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planeta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Indicador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_ambiental
https://pt.wikipedia.org/wiki/Posse
https://pt.wikipedia.org/wiki/Terra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Habita%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Objetivos_de_Desenvolvimento_do_Mil%C3%AAnio&veaction=edit&section=8
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Objetivos_de_Desenvolvimento_do_Mil%C3%AAnio&action=edit&section=8
https://pt.wikipedia.org/wiki/Juro
https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%ADvida_externa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemisf%C3%A9rio_sul
https://pt.wikipedia.org/wiki/Recursos_humanos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sistema_comercial&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_financeiro
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Grandes_empresas&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Livre_concorr%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Objetivos_de_Desenvolvimento_do_Mil%C3%AAnio#cite_note-1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Qualidade_de_vida_e_respeito_ao_meio_ambiente.png
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Qualidade_de_vida_e_respeito_ao_meio_ambiente.png
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Trabalhando_junto_pelo_desenvolvimento.png
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Trabalhando_junto_pelo_desenvolvimento.png
Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável – ODS
Rio+20 e ODS
A Rio+20 deixou como herança uma proposta ousada e urgente 
para o século 21: a criação e formalização dos Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável – ODS – que entraram em vigor em 
janeiro de 2016, após o fim do prazo determinado para os Objetivos 
de Desenvolvimento do Milênio (ODM), em 2015
Foram concluídas em agosto de 2015 as negociações que culminaram na adoção, em setembro, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), por
ocasião da Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. Processo iniciado em 2013, seguindo mandato emanado da Conferência Rio+20, os
ODS deverão orientar as políticas nacionais e as atividades de cooperação internacional nos próximos quinze anos, sucedendo e atualizando os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM). O Brasil participou de todas as sessões da negociação intergovernamental. Chegou-se a um acordo que contempla 17 Objetivos
e 169 metas, envolvendo temáticas diversificadas, como erradicação da pobreza, segurança alimentar e agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução
das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso
sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura e industrialização, governança, e meios de implementação.
Erradicação da pobreza Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os 
lugares
Erradicação da fome Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da 
nutrição e promover a agricultura sustentável
Saúde de qualidade Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, 
em todas as idades
Educação de qualidade Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e 
promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para 
todos
Igualdade de Gênero Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e 
meninas
Água limpa e saneamento Garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e 
saneamento para todos
Energias renováveis Garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e 
renovável para todos
Empregos dignos e crescimento 
econômico
Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e 
sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para 
todos
Inovação e Infraestrutura Construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização 
inclusiva e sustentável, e fomentar a inovação
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS
Redução das Desigualdades Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles
Cidades e Comunidades 
Sustentáveis
Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, 
seguros, resilientes e sustentáveis
Consumo Responsável Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis
Combate às Mudanças Climáticas Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e 
seus impactos
Vida Debaixo da Água Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos 
recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável
Vida Sobre a Terra Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos 
ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, 
combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e 
deter a perda de biodiversidade
Paz e Justiça Promover

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