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CURSO DE CIÊNCIA POLÍTICA DISCIPLINA: Estado e Regulação PROFESSOR José Luiz Pagnussat 1º SEM/2021 (4142 (Noturno – 19h10 às 21h50) CARGA HORÁRIA: 60 h/a Unidade IV - RAZOES ECONÔMICAS PARA A INTERVENÂO DO ESTADO Evolução histórica do papel do Estado na Economia. As falhas de mercado e o papel regulador do Estado. Fragilidades sociais e a intervenção alocativa e distributiva do Estado. Aula 6 José Luiz Pagnussat Crescimento do Estado Debate inicial O que explica o crescimento do Estado? (aumento do Gasto significa maior oferta de Políticas Públicas?) Gasto Público 2009 2014 2015 2018 2020 Média (EA) 43,6 39,8 38,9 38,8 47,4 Euro Area 50,6 49,1 48,2 46,5 54,1 G7 43,9 39,8 39,0 39,2 48,9 G20 advanc. 43,1 39,0 38,3 38,4 47,9 Brasil 37,2 38,5 38,5 37,7 42,7 Ano França Alemanha Japão Suécia Inglaterra EUA Brasil 1870 12,6 10,0 8,8 5,7 9,4 7,3 1880 15 10 11 6 10 8 1913 17,0 14,8 8,3 10 12,7 7,5 13 1929 19 31 19 8 24 10 9 1960 35 32 18 31 32 28 18 1985 52 47 33 65 48 37 24 1990 49,8 45,1 31.1 59,1 39,9 33 28 2002 53,6 48,5 39,8 58,3 41,1 34,1 35 2009 57,2 47,6 39,5 51,6 44,1 41,1 37,2 2014 57.2 44,3 38,7 49,7 41,2 35,5 38,5 2015 56,8 44,1 37,6 48,4 40,3 35,1 38,5 2016 56,7 44,4 37,5 48,8 39,6 35,5 39,6 2017 56,5 44,2 36,9 48,3 39,3 35,4 38,3 2018 55,6 44,5 37 48,8 39 35,4 37,7 2019 55,5 45,2 37,2 48,3 38,9 35,7 37,3 2020 62,4 51,1 46,7 53,1 50,3 46,2 42,7 2021 59,7 51,6 43,0 52,2 47,5 45,0 36,9 Participação da Despesa Governamental no PNB ou PIB (%). Fonte: FMI, Monitor Fiscal e (até 2002) Banco Mundial - Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial 1991, p. 158. e Vito Tanzi. The Economic Role of the State in the 21st Century, Cato Journal, Vol. 25, No. 3 (Fall 2005). Crescimento do Estado Debate inicial Como evoluiu o Orçamento Público? O que explica o crescimento do Estado? (aumento do Gasto significa maior oferta de Políticas Públicas?) ...... No século XIX prevaleciam as ideias liberais, de que o mercado (setor privado) é mais eficiente que o Estado e portanto o Estado só deveria ofertar os bens e serviços que o mercado não consegue ofertar, por não conseguir excluir os que não querem pagar (bens não excluíveis) e não haver possibilidade de fracionamento para cada individuo receber a sua parte (bem ou serviço não rivais, todos se beneficiam). Os bens com essas características são chamados de bens públicos puros => Estado Mínimo (defesa, diplomacia, segurança pública, justiça, administração pública e algumas infraestruturas) A expansão do orçamento público (gasto público) se deve a: -Mudanças teóricas, que justificavam novos papeis para o Estado e demanda da sociedade por esses bens e serviços: - Saúde, educação, previdência, infraestrutura (saneamento, água, transporte, portos, aeroportos), desenvolvimento tecnológico, meio ambiente, etc. - Ampliação do papel do Estado no campo econômico: - Gasto público para aumentar a demanda e gerar emprego; políticas setoriais para estimular o crescimento (agricultura, indústria), etc - Políticas distributivas (renda) e estabilizadoras (controle de preços, equilíbrio externo, etc) O gasto cresce também porque as políticas públicas se tornam mais caras, com o desenvolvimento tecnológico, o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, etc; a população quer políticas de melhor qualidade; etc Papel do Estado e Desenvolvimento Perspectiva histórica Fisiocracia (riqueza: produção da agricultura) Mercantilismo (riqueza: acumulo de metais preciosos) Keynesianismo Intervenção do Estado Estado Gastador Antes 1770 1930 1980 1997 2ª Guerra Planejamento Liberalismo Smith (1776) Ricardo (1817) Malthus (1798 e 1826) Say (1828) - Industrialização RU - grandes monopólios Exceções ao pensamento Clássico (intervenção) - Restauração Meiji - Alexander Hamilton - G. F. List Neoliberalismo Retomada do Planejamento e do papel protagonista do Estado Retomada das ideias Keynesianas ? planejamento e políticas públicas ou Estado mínimo Relatório do BM Grito do campo Política industrial? Crise recente: grande intervenção do Estado Visão Liberal O Mercado eficiente sempre levaria a economia ao pleno emprego. Intervenção do Estado gera ineficiência A economia é cíclica. Pleno emprego é exceção, crescimento abaixo do produto potencial => gado do Estado => crescimento Reforma do Estado Privatizações Abertura Economia Clássica Estado Mínimo Estado Gastador + Pol Públicas Redução do Estado Privatizações Volta do Estado Gráfico: expansão do Estado Papel do Estado e Desenvolvimento Perspectiva histórica Keynesianismo Antes 1770 1930 1980 1997 Liberalismo Estado Mínimo: Bens Públicos Puros (não rivais e não excludentes) Exemplos de bens públicos: - Segurança Pública, Defesa, Diplomacia, Justiça, Administração tributária - iluminação pública (ex. bairro) - alguns investimentos em infraestrutura de difícil cobrança Falhas de Mercado: - O Estado começa a crescer com a intervenção para corrigir falhas de mercado (Monopólios e Oligopólio, Pobreza, Bens Meritórios (externalidades positivas) Neoliberalismo Expansão do Estado na oferta de bens Meritórios (Saúde, Educação, Infraestrutura, Ciência e Tecnologia ....) Expansão do Estado promotor do desenvolvimento (Estatais, gasto público para elevar a demanda, políticas econômicas – fiscal, monetária e cambial ....) Expansão do Estado do bem estar social (assistencialista) – previdência, seguro desemprego, assistência social, transferência de renda (Bolsa Família, BPC), .... Expansão do Estado na oferta de novas política públicas – meio ambiente ... Transversais: gênero, raça, juventude, idosos, LGBT, povos indígenas .... Expansão do Estado Regulador (regulação na educação, saúde, defesa da concorrência (CADE), agências reguladoras Economia Clássica Estado Mínimo Estado Gastador + Pol Públicas Reforma do Estado Privatizações Volta do Estado Gráfico: expansão do Estado Keynesianismo Bem Público Puros Bens públicos puros são aqueles que atendem às características: não excluível (não é possível excluir as pessoas de usar o bem, ou seja, os que não querem pagar também se beneficiam do bem = caronas) e não rival (várias pessoas podem desfrutar do bem sem prejuízo uma das outras) Nestes casos a economia de livre mercado (setor privado) não consegue ofertar estes bens, são, portanto, “típicos de Estado”. Exemplos de bens públicos: - Segurança Pública, Defesa, Diplomacia, Justiça, Administração tributária - iluminação pública (ex. bairro) - alguns investimentos em infra-estrutura de difícil cobrança Estado Mínimo – Economia Clássica = Liberal Bens meritórios Bens meritórios - se caracterizam pelos efeitos altamente positivos para o conjunto da sociedade, quando consumidos em níveis mais adequados e por todos os cidadãos (externalidades positivas) Ex. educação, saúde, infraestrutura, etc Regulação - Externalidades negativas (ex. poluição); - oligopólios e monopólios (Inexistência de concorrência) - crise econômica (Instabilidade na economia) - Informação imperfeita (ex. planos de saúde) Outras Falhas de Mercado Problemas sociais Concentração de Renda Instabilidade/ crises econômicas Problemas sociais Pobreza; alta concentração de renda; déficit habitacional, acesso à água, esgotamento sanitário; grande número de crianças entre 7 e 14 anos fora da escola; proliferação das doenças de massa (doenças da pobreza) Keynes (a demanda determina a produção => crescimento) - Gasto público amplia a demanda e gera crescimento econômico Crescimento do Estado – Era Keynesiana Outras razões para a intervenção do Estado Fundamentos da Teoria Keynesiana Keynes - para sair da crise (anos 1930) os governos têm que gastar. O gasto do governo amplia a demanda por bens e serviços, com isso haverá mais produção e mais emprego => os trabalhadores empregados recebem seus salários e vão comprar => mais produção => mais emprego e demanda => mais produção ….(efeitomultiplicador) O nível de renda (produto) e de emprego em que opera a economia é determinado pelo nível da demanda agregada princípio da demanda efetiva Esse modelo levou a expansão do Estado, os países a gastar mais (expandir a oferta de políticas públicas – saúde, educação, previdência, infraestrutura .... => ANOS DOURADOS = elevado crescimento econômico e social (e crescimento da carga tributária e do endividamento dos Estados) => início da crise fiscal e do neoliberalismo ... As Funções do Governo: • Alocativa: Utilização dos recursos totais da economia, incluindo a oferta de bens públicos, podendo criar incentivos para desenvolver mais certos setores em relação a outros • Distributiva: Combate os desequilíbrios regionais e sociais, promovendo o desenvolvimento das regiões e classes menos favorecidas • Estabilizadora: Escolhas orçamentárias na busca do pleno emprego dos recursos econômicos; da estabilidade de preços; do equilíbrio da balança de pagamentos e das taxas de câmbio, tudo isso visando o crescimento econômico em bases sustentáveis (contas públicas) • Função Reguladora – o papel regulador do Estado, dado as falhas de mercado (monopólios, oligopólios). Ex. agências reguladoras Teoria das Finanças Públicas (Musgrave , Richard A., 1959) Os objetivos do Gasto Público e as funções do governo 9 Brasil: gasto dos ministérios por grandes grupos, em % (1822-2015). Fontes: elaboração a partir de: DSE (1914). Finanças: Quadros sinópticos da receita e despesa do Brasil (período de 1822 a 1900). IBGE, Anuário Estatístico do Brasil (período entre 1901 e 2005). Balanço Geral da União (período entre 2006 e 2015) (CGU, 2009). Notas: Fiscalidade – gastos realizados pelo Ministério da Fazenda; Defesa – exército, marinha, aeronáutica, e defesa a partir de 1999; Infraestrutura – transportes, comunicações e ciência e tecnologia; Administração – justiça, interior, relações exteriores, planejamento, orçamento e gestão, ministério público da união; Seguridade Social – trabalho e previdência social; Social – educação, saúde, assistência social, cultura, ação social, bem-estar social, reforma agrária, desenvolvimento agrário, esporte e desenvolvimento social e combate à fome; Economia – agricultura, indústria e comércio, minas e energia, integração regional, integração nacional e turismo; Outros - Presidência da República, meio ambiente, cidades, e desenvolvimento urbano. Defesa Fiscalidade Infraestrutura Administração Seguridade Social Economia Outros 1822 2015 1822 2015 Social Trajetória do Estado: do Estado Absolutista ao Estado Social Liberal Liberal Liberal democrático Bem estar Social liberal Absoluto AP Patrimonialista AP Burocrática AP Burocrática AP Burocrática AP Gerencial SEC XVI e XVII SEC XIX SEC XX SEC XX SEC XXI Pós gerencialismo Papel do Estado e Desenvolvimento Perspectiva histórica Keynesianismo Antes 1770 1930 1980 1997 Liberalismo Neoliberalismo Economia Clássica Estado Mínimo Estado Gastador + Pol Públicas Reforma do Estado Privatizações Volta do Estado Gráfico: expansão do Estado Keynesianismo FALHAS DE MERCADO e Natureza dos Problemas Regulatórios Natureza dos Problemas Regulatórios Geralmente existe pelas seguintes razões: Falhas de mercado (poder de mercado: monopólio, monopólio natural, concorrência imperfeita; externalidades positivas ou negativas; assimetria de informações; existência de bens públicos ou meritórios. Falhas regulatórias (restrições à competição não desejáveis impostas pelo governo) Falha institucional: quando as instituições atuam prejudicando a eficiência ou eficácia dos processos. Riscos inaceitáveis (risco a saúde humana, relacionados a segurança, ao meio ambiente, etc.) Garantia de direitos fundamentais (garantia da privacidade, segurança, integridade) Contribuir para objetivos de politicas públicas Fonte: Guia de AIR da CC/PR, p.. 36-7 Viés da Agências Reguladoras Natureza dos Problemas Regulatórios (pg. 36-7 do Guia da CC/PR) Falha de mercado Ocorre quando o mercado por si só não é capaz de atingir resultados econômicos eficientes, provocando alocações subótimas de recursos e impedindo o alcance de bem-estar máximo do ponto de vista social. As falhas de mercado mais comuns são poder de mercado (monopólio, monopólio natural, concorrência imperfeita), externalidades positivas ou negativas, assimetria de informações e existência de bens públicos puros ou bens meritórios. Exemplos: • Assimetria de informações entre agentes no mercado de saúde; e • Barreiras à entrada no mercado de exploração de petróleo, devido aos altos investimentos iniciais necessários. Viés da Agências Reguladoras Falhas de mercado decorrentes de falta de concorrência Concorrência perfeita é uma exceção São poucos os mercados em concorrência perfeita (caso dos produtos agrícolas) Quase sempre há: – algum custo afundado – algum ganho de escala – alguma barreira à entrada – alguma diferenciação de produtos – algum risco não precificável Para um mercado funcionar bem, precisamos de: 1. Direitos de propriedade bem definidos: • Todos os recursos escassos do processo produtivo são de propriedade de alguém, que pode cobrar por seu uso 2. Agentes racionais: • Informação: suficiente e simétrica para ambos os lados da transação de mercado (consumidor e produtor) conseguirem comparar alternativas e realizarem trocas. 3. Concorrência: • vários produtores independentes, com produtos homogêneos e sem barreira à entrada de novos produtores Estruturas de Mercado Competição Perfeita Concorrência Monopolística Oligopólio Monopólio Aumento nas Barreiras de Entrada, Nº menor de empresas no Mercado Diferenciação de Produtos Características: • Entrada e saída Livre (sem barreiras) • Grande número de participantes • Conhecimento perfeito do mercado – Concorrência Perfeita (muitos produtores produzindo o mesmo produto = produto homogênio; informação perfeita; livre entrada e saída) – Concorrência Monopolística (muitos produtores produzindo produtos diferenciados) – Oligopólio (poucos produtores produzindo produtos iguais ou diferenciados) – Monopólio (um produtor produzindo/ ofertando o produto) Máximo poder de Mercado, definidor de preço Nenhum poder de Mercado, aceitador de preço 17 MERCADO Regulação e Defesa da Concorrência COMPETITIVO - Concorrência Perfeita - Concorrência Monopolística OLIGOPÓLIO MONOPÓLIO - Monopólio Natural DEFESA DA CONCORRÊNCIA REGULAÇÃO Regulação (Ex-Ante) Antitruste (Ex-Post) Concorrência Eficiência Econômica Preços baixos Opções Qualidade ConsumidorObjetivos Comuns Atuação preventiva (atos de concentração) e repressiva (controle de condutas) Concorrência Perfeita - Estrutura de mercado com muitas firmas ofertando um mesmo produto (= produto homogênio); informação perfeita (perfeito conhecimento do Mercado); livre entrada e saída de firma do mercado. ex: soja, milho, feijão, arroz, etc Concorrência monopolística - estrutura de mercado constituída por um grande número de compradores e de vendedores, mas o produto não é homogêneo, ou seja, ele é diferenciado por marca, qualidade, assistência técnica e outros fatores. Ex. padarias, postos, farmácias, bares, restaurantes Oligopólio – estrutura de mercado com poucas firmas ofertando o produto no mercado. A decisão de uma firma afeta a rentabilidade das demais (interdependência) Oligopólio PURO - Quando o produto é homogêneo. Ex. Aço, Cimento, Alumínio, Cobre. Oligopólio DIFERENCIADO - Quando o Produto é diferenciado. Ex. Automóveis, refrigerantes, cerveja, eletrodomésticos Estruturas de Mercado Monopólio Estrutura de mercado com um único ofertante do produto, para o qual não existe substitutos próximos. ex: CAESB, CEB, PETROBRÁS Razões do Monopólio (Como surgem os monopólios?) Técnicas: Controle da fontede matéria prima; controle da tecnologia (ex: coca-cola); custo inicial elevado; monopólio natural (o custo médio de produção atinge um mínimo a uma quantidade elevada de produção). Ex: distribuição de energia, água, esgoto, telefone fixo (-hj), estradas, etc. Legais: Patentes; Franquia (concessão) ex: água, telefone, eletricidade Fontes de Monopólio Barreiras à Entrada – Restrições legais – Patentes e direitos autorais – Controle de fator de produção – Elevados custos enterrados Monopólio natural ocorre muito nos setores de infraestrutura (custo fixo elevado => a firma maior pode vender a um preço menor e toma mercado das demais levando-as à falência). P Monopólio (de bens essenciais) A oferta é a decisão de produção do monopolista Q7 Q1 5 Q2 P1 = 4 Qual a decisão de produção do monopolista que proporciona maior receita?: - Q1? => não, pois RT1 = P1 x Q1 = 4x7 = 28 (RT = Receita Total = PxQ) - Q2? => sim, pois RT2 = P2 x Q2 = 10x7 = 70 Ou seja, Ofertando menos produto o monopolista provoca um aumento de preço e obtém uma Receita (RT) maior D S1 S2 P2 = 10 P Q7 Q1 5 Q2 P1 = 4 DEMANDA INELÁSTICA Se o bem é essencial (demanda inelástica = mais inclinada) => o monopolista vai ter um ganho maior ainda com a redução na oferta, pois o preço aumenta muito mais: - Q1? => não, pois RT1 = P1 x Q1 = 4x7 = 28 - Q2? => sim, pois RT2 = P2 x Q2 = 20x5 = 100 Ou seja, em Q2 O aumento de preço é maior e a nova Receita (RT2) é maior D S1 S2 P2 = 20 Nos setores de INFRAESTRUTURA as falhas seriam: 1. Existência de monopólio natural: dada a escala de demanda só comportar um produtor devido: - Economias de escala = quanto maior a quantidade produzida, menor o custo de produção (ex. custo fixo elevado) - Economias de escopo = a produção conjunta de dois bens é mais barata do que se realizada separadamente Falhas de Mercado 2. Custos irrecuperáveis elevados de ativos específicos ao setor (também chamados de custos afundados ou incorridos (sunk costs) Dessa forma, investimentos não serão realizados na ausência de segurança com relação à rentabilidade futura. 22 Mercado de fatores de produção ou Matérias Primas Concorrência Perfeita = existe uma oferta abundante do fator de produção (ex.: mão-de-obra não especializada) e muitos demandantes dessa mão de obra. Monopsônio = Há somente um comprador para muitos vendedores dos serviços dos insumos. Oligopsônio = Existem poucos compradores que dominam o mercado para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios. Monopólio bilateral = Ocorre quando um monopsonista, na compra do fator de produção, defronta-se com um monopolista na venda desse fator. (nº de compradores) Falhas na competição Síntese A concorrência perfeita não está presente em todos os mercados. - oligopólio e monopólio (caso monopólio natural (ex. serviço de água). - Informação imperfeita permite que empresas mantenham preço mais alto e não percam todos os seus clientes. - Custo de entrada elevado (exigência de alto custo inicial) ou - Custos de saída (mudança de operadora de telefone com mudança de número, necessidade de cumprir carência em novo plano de saúde) => ineficiência: preços mais altos, oferta de bens e serviços abaixo do que ocorreria em concorrência perfeita. Formas de intervenção do governo: Assumir a produção estatal de bens e serviços (estatais de água e energia); Deixar o setor privado operar nos setores oligopolizados mas regulamentar a sua atuação - órgão de defesa da concorrência (CADE), coibir cartéis; Caso de monopólio natural - agências reguladoras para regular e fiscalizar a qualidade e preço dos produtos oferecidos (ANATEL, ANEEL, ANP ...). Regulação de mecanismos que facilitem a mobilidade dos consumidores (regulação de plano de saúde e telefonia). Obs: Falhas de mercado também incluem as falhas na garantia da propriedade e da eficácia dos contratos (a garantia de propriedade e contratos exige o exercício do poder estatal de coerção: polícia, judiciário (direito civil, comercial, penal, etc.), legislativo, sistema prisional.). O sistema econômico, formado por inúmeros indivíduos e empresas atuando de forma autônoma, não têm condições de construir e implementar regras de convívio social sem a presença de uma autoridade com o monopólio da força. Falhas de mercado decorrentes de falta de informação Problemas de Informação • Para ter equilíbrio no mercado é necessário que os agentes tenham informações completas para tomar decisões racionais • Todos os bens seriam bens de busca (qualidade verificável antes da aquisição) ou bens de experiência (qualidade verificável após aquisição). • Muitas vezes isso não ocorre e a informação é incompleta. • Outras vezes a informação é assimétrica: uma das partes na transação tem mais informação que a outra (e não revela) • Esses problemas tendem a se agravar e se tornar mais comuns, porque: – Produtores buscam cada vez mais diferenciar produtos – Multiplicação de bens e serviços disponíveis – Especialização e alienação Assimetria de informações Um caso específico de falhas nos mercados de seguros e de crédito é a chamada assimetria de informações. Em geral, as seguradoras conhecem muito menos sobre o perfil de risco de um indivíduo do que ele próprio. Assim, ao ofertar, por exemplo, um seguro de saúde, a seguradora tende a calcular a média dos custos que ela terá com todos os segurados. Mas isso significa que os segurados mais saudáveis irão subsidiar os mais doentes. Assim, os mais saudáveis tendem a não comprar o seguro (que fica caro para eles frente à expectativa de uso) e os menos saudáveis tendem a ser os principais compradores, levando a seguradora ao prejuízo. A seguradora pode, simplesmente, optar por não oferecer o seguro-saúde ou, então, oferecê-lo a alto custo para clientelas de risco (idosos, por exemplo). O governo pode intervir de várias formas: - oferecendo serviço público de saúde para quem não pode pagar, - subsidiando planos de saúde, - melhorando o grau de informação sobre as condições da saúde da população. Assimetria de informações (cont.) Assimetria de informações no mercado de crédito No mercado de crédito o caso clássico é o de segmentos que não dispõem de garantia para oferecer aos bancos (estudantes, agricultores - risco de quebra de safra). Nada garante que, tomando empréstimos sem garantia, esses tomadores não darão o calote no futuro (dano moral). Nesse caso, o governo pode intervir oferecendo crédito público, subsídios (PROUNI), educação pública gratuita ou subsidiada. A regulação bancária é um caso em que o governo pretende proteger o depositante (menos informado) de eventuais riscos excessivos assumidos pelos bancos (reservas compulsórias no Banco Central, regras para aplicação prudente dos recursos e contenção do risco). Os exames sobre a qualidade de formação dos estudantes (ENEM e ENADE), ao terem os seus resultados divulgados à população, aumentam o grau de informação dos usuários dos serviços de informação sobre a qualidade de cada escola. Tal informação é, antes da revelação dos resultados, assimetricamente distribuída em favor das escolas, que conhecem melhor que os usuários o grau de esforço que realizam. Seleção Adversa • Definição: consumidor não consegue observar a qualidade do bem/serviço ANTES do contrato. • Exemplo: carros usados • Condição ausente: informação simétrica • Preço perde sua capacidade de sinalizar bem a alocação. Ou seja, se consumidor não consegue verificar qualidade, seleciona só pelo preço. • Haveria espaço para melhoras alocativas se houvesse informação completa • A dinâmica de mercado acaba preservando apenas os piores. Risco Moral • Definição: uma das partes não consegue observar o comportamento da outra parte DEPOIS do contrato. Com isso, a parte que não é monitorada muda de comportamento em função do contrato e jogaa culpa num fator exógeno. • Exemplo: seguro de carro • Condição ausente: informação simétrica • Normalmente associado a algum serviço. Uma das partes muda o comportamento em função da contratação. Normalmente assume mais risco do que caso estivesse descontratada. • Preço perde a capacidade de sinalizar bem a alocação. • Pode levar a grandes danos a uma das partes ou a custos desnecessários, ineficientes Informação Assimétrica => Seleção Adversa e Risco Moral Bens Credenciais • Definição: somente profissional especializado pode atestar qualidade. Logo, quem paga não é quem escolhe. Darby e Kami (1973). • Exemplo: medicamentos • Condição ausente: informação simétrica • Muitas vezes o próprio profissional credenciado sofre de assimetria de informação, levando em consideração aspectos como: - Tradição, costume e inércia - Formação técnica e pensamento profissional - Influência da indústria - Comportamento de manada - Marcas ganham valor ainda maior, pois sinalizam confiança a consumidores. Com isso, cobram mais caro. TD 0846 - Bens Credenciais e Poder de Mercado: Um Estudo Econométrico da Indústria Farmacêutica Brasileira Eduardo P. S. Fiuza e Marcos de B. Lisboa / Rio de Janeiro, novembro de 2001 Medicamentos são bens essenciais, com demanda inelástica => a indústria tem ganhos elevados com aumentos de preços (perde poucos consumidores Q1 => Q2) RT1 = P1 x Q1 = 4x7 = 28 RT2 = P2 x Q2 = 20x5 = 100 P Q 7 Q1 5 Q2 P1 = 4 D S1 S2 P2 = 20 Mercados Incompletos – Estados da Natureza • Definição: ausência de seguros para determinados estados da natureza. • Exemplo: hedge cambial • Condição ausente: informação completa • Agentes não conseguem precificar incerteza e portanto não conseguem tomar decisões alocativas ótimas. • Premissa do modelo Arrow-Debreu é violada (conjunto de preços => oferta agregada=demanda agregada) • Problema comum em países com mercado financeiro pouco desenvolvido (caso brasileiro). Mercados Incompletos - Futuro Longínquo • Definição: elevado lapso temporal entre decisão de produzir e momento do início da operação, combinada com ausência de um mercado futuro. • Exemplo: hidrelétrica • Condição ausente: informação completa • Preços não funcionam bem o suficiente para sinalizar aos produtores as oportunidades de negócio. • Pode resultar em grave escassez de bens essenciais ou na quebradeira generalizada de alguns agentes. • Excesso de risco faz com que produtores produzam em quantidade insuficiente Mercados Incompletos Falhas de mercado - Externalidades Externalidade É o efeito colateral direto, para terceiros, de uma transação de mercado ou ação de um agente econômico. • Custos ou benefícios não são internalizados. • Preço não iguala a custo marginal. Benefício social é maior ou menor que custo social • Atenção: existe efeito externo em praticamente tudo que alguém faz. Isso não caracteriza uma falha de mercado. A externalidade existe quando esse efeito ocorre em níveis ineficientes. Externalidades Negativas Quando ações de um indivíduo ou agente econômico geram consequências negativas para terceiros. • Exemplo: poluição atmosférica • Empresas ou indivíduos consideram apenas o custo privado de produzir/consumir, mas há custos sociais que não são incorporados. • Preço do bem no mercado deixa de funcionar como um bom sinal para a decisão dos agentes econômicos porque não incorpora todos os custos da decisão de consumo/produção. Externalidades positivas Quando ações de um indivíduo ou agente econômico geram consequências positivas a outros. • Exemplo: vacinação • Preço do bem no mercado deixa de funcionar como um bom sinal para a decisão dos agentes econômicos porque não reflete todos os benefícios da decisão de consumo/produção. • Produção será inferior ao socialmente ótimo • São considerados bens meritórios (saúde, educação, infraestrutura, C&T, ...) Casos Especiais de Externalidades 1: Risco Sistêmico • Risco sistêmico: um evento no nível de uma firma afeta todo o sistema, gerando risco de colapso. Agentes não internalizam os custos e riscos. Muito comum na indústria financeira. Agravado por problemas de informação assimétrica. 2: Bens Públicos (não rivais e não exclíveis) • Rivalidade no consumo: consumo de um bem por uma pessoa diminui a sua disponibilidade para o consumo de outro. • Possibilidade de Exclusão: capacidade de o proprietário de um bem (operacionalmente) excluir consumidores que não paguem pelo uso do bem Exemplos de externalidades: 1) O carro de um individuo que gera poluição do ar que todos respiram; 2) Dejetos industriais jogados nos rios (abastece cidades, moradores e firmas a jusante); 3) Os bares que animam a noite ou fim de semana e não deixam moradores dormir; 4) Um motorista se embriaga e mata pedestre que não tem nada a ver com a história; 5) O desleixo do vizinho com o seu jardim pode gerar um criadouro de mosquito da dengue que vai transmitir a doença para as famílias dos demais moradores; 6) Se boa parte da população se vacinar contra sarampo, a probabilidade de eu contrair a doença, mesmo sem ter me vacinado, será menor; 7) Se um estado aumenta seus impostos sobre produtos exportados, o restante do país perde com a queda das exportações; 8) O aumento da escolaridade de uma pessoa não só gera benefícios a ela, mas a faz uma eleitora mais consciente, que votará em políticos melhores, beneficiando toda a comunidade, ... se torna uma trabalhadora mais produtiva, que vai contribuir para o crescimento mais rápido do país e será menos dependente da assistência social; 9) O saneamento básico não só gera água e coleta de esgoto para as casas atendidas, mas também reduz a incidência de doenças na população em geral, reduz a agressão ao meio ambiente e os custos de fiscais de hospitais públicos. Externalidades Por que a existência de externalidade gera a necessidade de intervenção do governo? Porque na presença de elevadas externalidades, o agente que a causa (indivíduo, família, firma, etc.) não está preocupado com o custo gerado pela externalidade negativa ou com o benefício gerado pela externalidade positiva. Ele calcula o montante que vai produzir pensando apenas nos seus próprios custos e benefícios. Por isso, há uma tendência à existência de ações geradoras de externalidade negativa acima do “ótimo social” e de externalidades positivas abaixo do “ótimo social”. Ex. Se não houver uma legislação restringindo a quantidade de madeira que pode ser extraída de uma floresta, os madeireiros (que estão mais preocupados com o seu faturamento que com a preservação da natureza) vão extrair madeira em excesso. Ex. se não houver campanha de vacinação gratuita nos postos de saúde, muitas pessoas vão preferir não se vacinar e, com isso, aumenta o risco de uma epidemia. Ex. Se não houver uma legislação restringindo os horários e locais para funcionamento de bares, os notívagos vão acabar com o sossego de quem quer dormir. Formas de intervenção do governo: Oferta direta de bens geradores de externalidades positiva: educação básica, saúde, infraestrutura, parques públicos, áreas de conservação ambiental; Regulação: legislação ambiental (catalizadores em veículos, p. ex.), de trânsito (inclusive seguro obrigatório), de práticas urbanas, de segurança no trabalho, etc. Subsídios: GF paga para que estados não cobrem impostos sobre exportações (Lei Kandir), descontos no IR para conservação ambiental; verbas públicas para P&D. Taxação: impostos elevados sobre cigarros, bebidas, automóveis. Natureza dos Problemas Regulatórios (pg. 36-7 do Guia) Falha regulatória Ocorre quando uma ação adotada para solucionar um problema regulatório não é efetiva ou é inconsistente, criando novos problemas ou agravando problema já existente. Isso pode ocorrer por diversos motivos, como problema ou objetivos mal definidos, falha na implementaçãoou fiscalização da regulação, consequências imprevistas, inconsistência entre regulações concorrentes ou complementares, inovações disruptivas (inovação tecnológica capaz de derrubar uma tecnologia já preestabelecida no mercado), etc. Exemplos: Regulação editada para incentivar a conexão de novas centrais elétricas geradoras próximas aos centros de consumo, visando a diminuição das perdas associadas ao transporte ao longo da rede. Após a implementação da norma, verificou-se o incentivo também às centrais elétricas distantes destes centros, gerando um efeito indesejado. Falha regulatória (regulação existente não é efetiva ou é inconsistente, ou foi observado o incremento de judicialização). Viés da Agências Reguladoras Natureza dos Problemas Regulatórios (pg. 36-7 do Guia) Falha regulatória Exemplos do Guia da Anvisa (p. 130-131) • A autoridade pública pode, em princípio, não ter adotado a melhor solução para a resolução do problema, o que pode decorrer de diversos motivos, como: • problema ou objetivos mal definidos; • falha na implementação, enforcement (ato de obrigar a observância ou o cumprimento de uma lei ou regra.), ou fiscalização da regulação; • consequências imprevistas (normas que não tiveram seus impactos analisados de forma adequada); • inconsistência entre regulações concorrentes ou complementares; • a autoridade pública pode ter sido indevidamente influenciada por informações fornecidas por um ou mais grupos de interesse durante a formulação do regulamento (captura regulatória); • a intervenção pode estar desatualizada, pois tanto os problemas quanto as causas podem ter mudado com o tempo; • a intervenção pública pode ter sido simplesmente mal construída, ou por não ter atingido os objetivos pretendidos, ou por tê-los atingido por meio de custos desnecessários; • inovações disruptivas (avanços tecnológicos como a impressão 3D, a internet, os carros autônomos, a imunoterapia e a epigenética). Viés da Agências Reguladoras Evidências Normas legais e regulatórias adotadas no Brasil entre 1988 e 2020 Ao completar 32 anos da Constituição Federal de 1988, legislação brasileira é complexa, confusa e de difícil interpretação Mais de 6,4 milhões de normas editadas; Isso significa a edição, em média, de 800 normas por dia útil; 419.387 normas tributárias; Cerca de 2,17 norma tributária por hora (dia útil); Em 32 anos, houve 16 emendas constitucionais tributárias; Foram criados inúmeros tributos, como CPMF, COFINS, CIDES, CIP, CSLL, PIS Importação, COFINS Importação, ISS Importação; Em média, cada norma tem 3.000 palavras. Saúde, Educação, Segurança, Trabalho, Salário e Tributação são temas que aparecem em 45% de toda a legislação. Somente 4,15% das normas editadas no período não sofreram nenhuma alteração. Fonte: Ibpt, 2020. Desde 05 de outubro de 1988 (Constituição Federal), até 28/09/2020, foram editadas 6.475.682 de normas que regem a vida dos cidadãos brasileiros. Isto representa, em média, 554 normas editadas todos os dias ou 800 normas editadas por dia útil. Falha regulatória Normas adotadas no Brasil entre 1988 e 2020 Normas Gerais Federais No âmbito federal, foram editadas 168.642 normas desde a promulgação da Constituição Federal, 6 emendas constitucionais de revisão, 108 emendas constitucionais, 2 leis delegadas, 116 leis complementares, 6.308 leis ordinárias, 1.612 medidas provisórias originárias, 5.491 reedições de medidas provisórias, 13.318 decretos federais e 141.680 normas complementares (portarias, instruções normativas, ordens de serviço, atos declaratórios, pareceres normativos, etc.). Fonte: Ibpt, 2020. Normas Gerais Estaduais Os Estados editaram 1.860.778 normas, sendo 424.043 leis complementares e ordinárias, 605.046 decretos e 831.689 normas complementares. Normas Gerais Municipais Os Municípios são responsáveis pela edição de 4.446.262 normas, divididas em 742.878 leis complementares e ordinárias, 850.077 decretos 2.853.307 normas complementares. Quantidade de Normas por Habitante Fonte: IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário ANO População* Quantidade normas gerais Qde. Normas tributárias Norma geral por habitante Norma tributária por habitante 1985 a 04/10/88 137.178.106 457.141 29.713 300 4617 1989 142.922.447 543.998 118.922 263 1202 1990 145.498.408 641.917 123.893 227 1174 1991 147.829.114 751.043 129.072 197 1145 1992 150.221.490 889.986 134.467 169 1117 1993 152.626.209 1.060.864 140.087 144 1090 1994 155.043.203 1.259.776 145.943 123 1062 1995 157.472.402 1.498.564 152.043 105 1036 1996 159.913.740 1.787.127 158.398 89 1010 1997 162.367.151 2.126.681 165.019 76 984 1998 164.832.569 2.479.285 171.916 66 959 1999 167.309.929 2.782.984 179.102 60 934 2000 169.799.170 2.896.208 186.588 59 910 2001 170.985.986 3.014.739 194.388 57 880 2002 172.059.217 3.139.908 202.513 55 850 2003 174.543.960 3.267.654 210.977 53 827 2004 177.040.157 3.315.947 219.796 53 805 2005 179.929.714 3.434.805 225.626 52 797 2006 182.456.722 3.510.804 229.616 52 795 2007 183.941.359 3.628.013 235.900 51 780 2008 186.572.933 3.776.364 240.210 49 777 2009 189.193.242 3.989.765 244.148 47 775 2010 190.732.694 4.155.915 249.124 46 766 2011 192.376.496 4.353.665 275.094 44 699 2012 193.946.886 4.614.449 290.932 42 667 2013 201.032.714 4.785.194 309.147 42 650 2014 203.202.000 4.960.610 320.343 41 634 2015 204.450.649 5.241.914 352.366 39 580 2016 206.081.432 5.471.980 363.779 38 567 2017 207.660.929 5.679.157 377.566 37 550 2018 208.812.863 5.876.143 390.726 36 534 2019 210.147.125 6.087.473 403.322 35 521 DOING BUSINESS 2013 E 2020 - FACILIDADE EM SE FAZER NEGÓCIOS Fonte: Adaptado de http://portugues.doingbusiness.org/data/exploreeconomies/brazil TOPICOS DO RANKING DB 2020 Rank DB 2013 Rank Brasil/ indicador OCDE Ricos China Melhor Desemp. Global (Ranking) 124 121 124 31º 1º Abertura de empresas 138 121 11 procedimentos 13,5 dias 4,9 9,2d 6,5 25,6d 1 0,5d Obtenção de alvarás de construção 170 126 19 procedimentos 384 dias 12,7 152,3d 14,8 132,3 - - Obtenção de eletricidade 98 14 5 procedimentos 132 dias 4,4 74,8d 4,2 63,2d 3 18d Registro de propriedades 133 103 14 procedimentos 24,5 dias 4,7 23,6d 5,5 71,9d 1 1d Obtenção de crédito 104 105 Cobertura 81,2% 66,7% 23,8 100% Proteção de investidores 61 80 Transparência 6 5,7 2,6 7 Pagamento de impostos 184 160 10 pagamentos 1501 horas/ano 10,3 158,8h 20,6 173h 3 49h Comércio internacional 108 124 Tempo 49 horas Custo X US$ 862 12,7h 136,8 57,5h 381,1 1 0 Execução de contratos 58 121 731 dias 20,7% da divida 589,6 21,5% 581,1 47,2 120 0,1% Resolução de Insolvência 77 146 4 anos Custo 12% imóvel 1,7 9,3% 2,6 20,6 0,4 1% Natureza dos Problemas Regulatórios (pg. 36-7 do Guia) Falha institucional Ocorre quando as instituições atuam de forma disfuncional ou têm uma performance não satisfatória, prejudicando a eficiência e/ou eficácia dos processos ou impedindo o alcance dos objetivos almejados. Falta de clareza, duplicação ou sobreposição de competências entre instituições, rigidez para alteração de normas ou estruturas para se adaptar a novas realidades, captura das instituições, são exemplos de fatores que podem causar falhas institucionais. Exemplos: • Complexidade no texto da norma gera interpretações divergentes sobre as obrigações a serem obedecidas por terceiros; • Sobreposição ou falta de clareza sobre as competências de dois ou mais órgãos ou falta de coordenação sobre estas competências pode gerar normas conflituosas, dificultando ou mesmo impossibilitando que os regulados consigam conformidade com relação a estas regras. Falha institucional (dificuldades para a fiscalização do cumprimento das regras, obstáculos ou falta de recursos institucionais) Viés da Agências Reguladoras Natureza dos Problemas Regulatórios (pg. 36-7 do Guia) Falha institucional Exemplos do Guia da Anvisa (p.131) Tratamentos ou exigências desiguais dados por diferentes entes do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) para casos semelhantes, em decorrência de distintas interpretações de um mesmo regulamento ou situação problema. Recomendações do Guia da ANS (2014, p. 25=26) A regulamentação e demais medidas regulatórias produzida no setor devem: – Ser de fácil compreensão – Ter aplicação consistente e coerente – Ter flexibilidade para lidar com circunstâncias especiais – Estar aberta a recursos e revisões Viés da Agências Reguladoras Natureza dos Problemas Regulatórios (pg. 36-7 do Guia) Riscos inaceitáveis Ocorre quando há riscos que são considerados intoleráveis ou que só podem ser justificados em circunstâncias excepcionais. Este tipo de risco pode variar em função da cultura local, do nível de renda do país, etc. Exemplo: Risco de falência do sistema financeiro: pode levar à adoção de regras regulatórias prudenciais - (ex. crise do subprime*) Acordo de Basileia III Trabalho Interno (trailer) https://www.youtube.com/watch?v=ndwp-Ec0xM0 Filme Grande demais para quebrar (https://www.youtube.com/watch?v=7adm1SLtXR8) Produção de alimentos microbiologicamente seguros Risco potencial inaceitável, controle de riscos em radiodiagnóstico São exemplos de riscos inaceitáveis - Exemplos do Guia da Anvisa (p. 132): • Uso de um agrotóxico que apresente características teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas, de acordo com os resultados atualizados de experiências da comunidade científica; • Um medicamento cujo monitoramento pós-mercado evidenciou mais riscos que benefícios à saúde dos pacientes. * A falta de regulação do mercado financeiro. Livre de normas, os mercados criaram novos produtos financeiros sem que se soubesse qual seria o impacto das inovações para as economias locais e para todo o sistema bancário internacional. Viés da Agências Reguladoras https://www.youtube.com/watch?v=ndwp-Ec0xM0 https://www.youtube.com/watch?v=7adm1SLtXR8 Natureza dos Problemas Regulatórios (pg. 36-7 do Guia) Contribuir para a garantia de direitos fundamentais Ocorre diante da necessidade de atuação regulatória para garantir ou preservar direitos fundamentais dos cidadãos como, por exemplo: vida, liberdade, integridade, segurança, privacidade, etc. Exemplo: Garantir a privacidade das pessoas: edição de normas para acesso, uso ou comercialização de dados pessoais, etc. A regulação como meio para dar efetividade ao direito fundamental de proteção e promoção da saúde. O princípio da dignidade da pessoa humana e a saúde. Welfare State (Estado de Bem-Estar ou Estado Social) x Estado Liberal Garantia dos princípios vinculados às ideias de liberdade, justiça e segurança Viés da Agências Reguladoras Natureza dos Problemas Regulatórios (pg. 36-7 do Guia) Contribuir para objetivos de políticas públicas Ocorre quando há a necessidade de intervenção para garantir objetivos de políticas públicas como, por exemplo: equidade, moradia, saúde, proteção da indústria nacional. Exemplo: Regulação que busca a massificação da banda larga, visando contribuir para o atingimento de objetivos de política pública tais como inclusão digital e melhoria da produtividade, com consequências no desenvolvimento econômico, além das políticas educacionais e de saúde. Os exames sobre a qualidade de formação dos estudantes (ENEM e ENADE), ao terem os seus resultados divulgados à população, aumentam o grau de informação dos usuários dos serviços de informação sobre a qualidade de cada escola. Viés da Agências Reguladoras ANEXO 1 CUSTOS DE OPORTUNIDADE Escassez implica em escolhas entre objetivos alternativos, isto é, em custo de oportunidade. O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la. Custo de oportunidade corresponde a perda que temos de incorrer ao realizar uma determinada escolha (deixamos de ter os resultados do bem sacrificado). Custo de oportunidade é o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da produção alternativa sacrificada, ou seja, o custo, até mesmo social, causado pela renúncia, bem como os benefícios que poderiam ser obtidos a partir desta oportunidade renunciada ou, ainda, a mais alta renda gerada em alguma aplicação alternativa. ex. - se produzo mais armamentos (canhões) produzo menos alimentos (manteiga). - Se aplico o dinheiro em poupança deixo de aplicá-lo em ações ou título público. - Se o treinador escala um marcador (caso Dunga) deixa de escalar outro atacante. - O aumento dos gasto com assistência social => redução do gasto com investimento - Qual o benefício que estou renunciando com a redução dos gastos em educação para financiar investimentos em estradas? Equilíbrio Geral • Os mercados estão interligados: insumos comuns, demanda substituta e complementar e renda, principalmente. • Um modelo de equilíbrio geral é um modelo que considera todos os mercados se ajustando simultaneamente via preços dos produtos e fatores de produção. Primeiro Teorema de Bem-Estar • Equilíbrio de mercado é Pareto-eficiente • Ou: um planejador central benevolente e onisciente que tentasse realocar os recursos da economia, respeitando direito de propriedade, poderia, na melhor das hipóteses, apenas reproduzir o resultado alocativo de um mercado operando em condições perfeitas • Ou ainda: mecanismo de mercado é mais eficiente em coletar informações do que as pessoas desejam e do que é possível produzir e, portanto, em alocar os recursos Dinâmica vs. Equilíbrio • Economia quase nunca está em equilíbrio. Avanço tecnológico provoca rupturas no conceito de equilíbrio. O motor do desenvolvimento econômico é a inovação tecnológica, que decorre do “espírito animal” de empreendedores em busca de lucro econômico (extraordinário). Inovadores obtêm algum lucro temporariamente até que o restante do mercado consiga copiar. Distribuição de Renda • O conceito de Bem Estar não está relacionado à distribuição da renda, apenas ao quanto é produzido e consumido (utilidade) pela sociedade como um todo, dado uma dotação original de cada indivíduo. • Segundo teorema de bem estar: toda alocação pareto-eficiente de recursos pode ser alcançada por meio de um mercado competitivo a partir de uma redistribuição inicial dos recursos da economia. • Em outras palavras: o mecanismo de alocação de mercado gera eficiência alocativa para qualquer perfil de distribuição de renda Considerações Adicionais Distribuição de Renda • Se eu quiser redistribuir renda, seria mais eficiente fazê-lo por taxação e repasse (supondo neutralidade do processo de taxação) que por outro tipo de intervenção no mercado. • Tributo lump-sum: tributo que não altera incentivos dos agentes (na prática não existe) • Na prática: Bolsa-Família, renda mínima de cidadania, IR progressivo e negativo, IGF etc. • Mercado cumpre função alocativa, governo garante direito de propriedade e cumpre função distributiva (realoca esses direitos). Bens (dos) Comuns Exemplo: pesca Definição: não é possível excluir, e o consumo por um indivíduo afeta a disponibilidade para outro • Normalmente se refere a recursos naturais, que já estão produzidos, pois nenhum agente produziria sem a possibilidade de cobrar. • Ou bens produzidos pelo Estado, mas que são escassos • Problema de “tragédia dos comuns” ANEXO 2 Papel do Estado e Desenvolvimento Perspectiva histórica Keynesianismo Antes 1770 1930 1980 1997 Liberalismo Estado Mínimo: Bens Públicos Puros (não rivais e não excludentes) Exemplos de bens públicos: - Segurança Pública, Defesa, Diplomacia, Justiça, Administração tributária - iluminação pública (ex. bairro) - alguns investimentos em infraestrutura de difícil cobrança Falhas de Mercado: - O Estado começa a crescer com a intervenção para corrigir falhas de mercado (Monopólios e Oligopólio, Pobreza, Bens Meritórios (externalidades positivas) Neoliberalismo Expansãodo Estado na oferta de bens Meritórios (Saúde, Educação, Infraestrutura, Ciência e Tecnologia ....) Expansão do Estado promotor do desenvolvimento (Estatais, gasto público para elevar a demanda, políticas econômicas – fiscal, monetária e cambial ....) Expansão do Estado do bem estar social (assistencialista) – previdência, seguro desemprego, assistência social, transferência de renda (Bolsa Família, BPC), .... Expansão do Estado na oferta de novas política públicas – meio ambiente ... Transversais: gênero, raça, juventude, idosos, LGBT, povos indígenas .... Expansão do Estado Regulador (regulação na educação, saúde, defesa da concorrência (CADE), agências reguladoras Economia Clássica Estado Mínimo Estado Gastador + Pol Públicas Reforma do Estado Privatizações Estado Regulador Crise e Estado Gráfico: expansão do Estado Keynesianismo Privatização Fase 1 – Mercados Competitivos - empresas que produzem bens também produzidos pelo setor privado (Siderurgia, mineração, petroquímica, etc) Fase 2 – Infraestrutura - Telecomunicações - Portos - Elétricas - Água - Rodovias Fase 3 – Setores Sociais - Seguro Social - Saúde - Educação Retomada do Pensamento LIBERAL (anos 1980/90) “Neoliberalismo” => Reformas do Estado => Consenso de Washington a) abertura mercados importações; b) privatizações das empresas estatais; c) livre movimentação capitais especulativos; d) prioridade absoluta pagamento dividas externas; e) abertura sistema previdenciário às seguradoras privadas; f) flexibilização da legislação trabalhista Impactos: • Redução do Estado (privatizações); • desregulação; • abertura externa (financeira, comercial) Consequências: estagnação; crises (instabilidade); desequilíbrio externo Tentativa de redução do Estado => privatizações (empresas); publicização/ privatização das políticas sociais, infraestrutura, etc “A política pública regulatória pode ser resumida em três categorias: econômica, social e administrativa. A regulação econômica é expressa pela intervenção direta nas decisões de setores econômicos, tais como formação de preços, competição, entrada e saída do mercado. A orientação regulatória da reforma do Estado tem buscado o aumento da eficiência econômica pela redução dos obstáculos à competição, pela desregulação e pela privatização. A regulação social consiste na intervenção pública nas áreas de saúde, segurança e meio ambiente para o incentivo ou provisão direta de bens públicos e a proteção do interesse público nacional ou supranacional. A regulação administrativa compreende os procedimentos administrativos (red-tape) por meios dos quais o governo controla e intervém nas decisões econômicas de firmas e indivíduos. Esses mecanismos burocráticos tendem a gerar alto ônus ao desempenho do setor privado. As reformas regulatórias visam eliminar as formalidades desnecessárias, simplificar as necessárias e promover transparência nos mecanismos de tramitação dos processos”. (Fonte: Costa, Ribeiro, Silva, Melo, RAP, 2001, pg. 194) file:///C:/Users/Enap/Downloads/6376-12166-1-PB.pdf Política Pública Regulatória file:///C:/Users/Enap/Downloads/6376-12166-1-PB.pdf Teoria elementar do funcionamento do mercado EMPRESASFAMÍLIA Oferta dos serviços de produção (Mão-de-obra, terra, capital) Demanda de bens e serviços (demanda de calçados, alimentos serviços de transporte etc.) O quê e quanto produzir Para quem produzir Oferta de bens e serviços (oferta de calçados, alimentos, serviços de transportes etc.) Fluxo monetário Fluxo real (bens e serviços ) Demanda de serviços dos fatores de produção (Mão-de-obra, terra, capital) Como produzir MERCADO DE BENS E SERVIÇOS (onde se formam os preços dos bens) MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO (onde se formam os preços dos fatores) COMO CONSUMIDORES DE BENS E SERVIÇOS COMO PROPRIETÁRIOS DOS FATORES DE PRODUÇÃO COMO VENDEDORES DE BENS E SERVIÇOS COMO COMPRADORES E FATORES DE PRODUÇÃO Sistema de concorrência pura Fatores determinantes da procura (demanda) Função Matemática preço do bem; renda do consumidor; preço dos outros bens; gosto ou preferência do indivíduo. expectativas do consumidor ........... Dx = f (Px, Y, Py, H, etc.) onde: Dx = Demando do bem x Px = Preço de x Y = renda dos consumidores Py = preço dos outros bens (substitutos e complementares H = hábitos do consumidor Demanda de bens e serviços: A demanda (ou procura) do consumidor por um bem é função, entre outras variáveis do preço do bem, da renda do consumidor, do preço de outros bens (substitutos ou complementares) e dos hábitos (gostos ou preferência) do consumidor. Dx P1 P2 Q1 Q2 Q P Provocam aumento na demanda (deslocam a curva): - ampliação do mercado (mais consumidores) - aumento da renda dos consumidores; - aumento do preço dos bens substitutos; - redução do preço dos bens complementares; - políticas públicas específicas. O ofertante ganha duplamente: aumento de P e Q Provocam redução na demanda (deslocam a curva): - redução do mercado (mais consumidores) - redução da renda dos consumidores; - redução do preço dos bens substitutos; - aumento do preço dos bens complementares; - políticas públicas específicas; - redução na preferência dos consumidores. Lei Geral da Demanda Ceteris paribus (tudo mais constante), a quantidade demandada de um bem ou serviço varia na relação inversa de seu preço. Variações no preço do próprio bem provoca variações na quantidade demandada, ao longo da curva de demanda Bens Substitutos (ou Concorrentes): o consumo de um bem substitui o consumo do outro (se o Ps aumenta => desloca a demanda de x para a direita). ex. margarina e manteiga, café e chá, guaraná e coca-cola, antártica e skol Bens Complementares: são bens consumidos conjuntamente (se o Pc aumenta => desloca a demanda de x para a esquerda) ex. pão e manteiga, pneu e câmara, carro e gasolina Relação entre a RENDA e a Demanda: . Bem normal - se a renda aumenta a demanda do bem também aumenta. . Bem inferior - se a renda aumenta a demanda do bem reduz (ex. carne de 2ª, bens reformados) . Bem saciado - a renda aumenta e a demanda não se altera (normalmente alimentos tradicionais, sal, açúcar) Análise da Demanda de Mercado Fatores determinantes da Oferta de um bem Função Matemática preço do bem; quantidade de produtores; preço dos outros bens; objetivos dos produtores. expectativas dos produtores .......... Sx = f (Px, Qp, Py, Op, etc.) onde: Sx = Oferta do bem x Px = Preço de x Qp = Quantidade de produtores Py = preço dos outros bens (subst. e compl.) Op = Objetivos do produtor Oferta de bens e serviços A oferta de um bem é função, entre outras variáveis do preço do bem, da quantidade de produtores, do preço de outros bens (insumos ou bens substitutos ou complementares de oferta) e os objetivos dos produtores. Px S Qx onde: Px: eixo dos preços de X Qx: eixo das quantidades ofertadas de X S: curva de oferta O aumento da oferta pode ter sido provocado pelas seguintes variáveis (deslocam a curva de oferta): • redução nos preços dos insumos; • redução nos preços dos bens substitutos de oferta; •aumento do preço dos bens complementares de oferta; •mudança dos objetivos dos produtores (otimismo com o futuro do mercado); •clima favorável na produção das matérias primas; aumento da quantidade de ofertantes, etc. • facilidades nas etapas do processo produtivo ou de comercialização; Redução da oferta pode ter sido provocado pelas seguintes variáveis (deslocam a curva de oferta): •aumento nos preços dos insumos; •aumento nos preços dos bens substitutos de oferta; •mudança dos objetivos dos produtores (pessimismo com o futuro do mercado); •problemas climáticos na produção das matérias primas; •dificuldades nas etapas do processo produtivo ou de comercialização; • redução da quantidade de ofertantes, etc. • redução do preço dos bens complementares de oferta;Variações no preço do próprio bem provoca variações na quantidade ofertada, ao longo da curva de oferta 58 preço dos fatores e insumos de produção m (matéria-prima, mão-de-obra, etc.) Preços de bens relacionados (substitutos ou complementares na produção) Tecnologia Expectativas dos empresários Número de produtores/ clima Objetivos e metas do empresário Desloca a curva de Oferta Desloca a curva de Oferta Desloca a curva de Oferta Desloca a curva de Oferta Análise da Oferta de Mercado Variações na Quantidade Ofertada Preço do próprio bem Movimento ao longo da curva de Oferta Variações na Oferta (deslocamento da curva de oferta) Sx S'x Dx Q'EQE P'E PE P Q Px S Qx LEI DA OFERTA (quanto maior o preço maior a quantidade ofertada). Tudo mais constante (ceteris paribus), se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais (Preço maior => maior quantidade ofertada). Preço menor => menor quantidade ofertada 59 Elasticidades Conceito É a alteração percentual em uma variável, dada uma variação percentual em outra, ceteris paribus. Sinônimo de sensibilidade , resposta, reação de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis. Elasticidade-preço da demanda: Variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço do bem, ceteris paribus. Ed = % de variação da quantidade demandada / % de variação no preço do bem Elasticidade-renda da demanda: Variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda, ceteris paribus. Er = % variação da quantidade demandada / % variação na renda dos consumidores Elasticidade-preço cruzada da demanda: Variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, ceteris paribus. Edx,i = % de variação da quantidade demandada de x / % de variação no preço de outro bem (i) Elasticidade-preço da oferta: Variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, ceteris paribus. Ed = % de variação da quantidade ofertada / % de variação no preço do bem Totalmente Elástica Ex. insulina (diabético) Inelástica Ex. bens essenciais, bens que pesam pouco no orçamento Elasticidade unitária: Se o preço aumenta em 10%, a quantidade cai também em 10%, ceteris paribus. Elástica Ex. bens “supérfluos”, bens que pesam muito no orçamento Totalmente elástica Produtos que tem substitutos perfeitos Obs: a elasticidade se altera ao longo da curva de demanda uma vez que ela reflete a variação relativa (%) da quantidade dada a variação relativa do preço (%). A receita total segue o mesmo comportamento. Totalmente Inelástica Inelástica Elasticidade unitária Elástica Totalmente Elástica Elasticidade Preço da Demanda Demanda Elástica: Significa que, dada uma variação percentual, por exemplo, de 10% no preço, a quantidade demandada varia, em sentido contrário, mais que 10% (ex. 15%, ou seja, 50% a mais), ceteris paribus. Isso revela que a quantidade é bastante sensível à variação de seu preço. Demanda Inelástica: Neste caso, os consumidores são pouco sensíveis a variações de preço: uma variação de, por exemplo, 10% no preço leva a uma variação na demanda desse bem menir que 10% (4%) (em sentido contrário). Fatores que afetam: •Disponibilidade de bens substitutos •Essencialidade do bem • Importância relativa do bem no orçamento do consumidor •Horizonte de tempo P Q (Quantidade) S zona inelástica zona elástica Q0 = Q1Q1 D0 P0 P1 D0 D1 D1 Q0 Q1 - Q0 = Q Elasticidade preço da Oferta Se a oferta for totalmente elástica => alteração na demanda não afeta o preço (mais D => mais S) Se a oferta for totalmente inelástica => alterações na demanda afetam o preço e não a quantidade. Quanto maior a elasticidade menor o impacto no preço e maior o impacto na quantidade e vice e versa. Alterações na demanda afetam diretamente a receita (via preço e/ou quantidade). A oferta de produtos é inelástica se não responder a estímulos de preços. O aumento da demanda aumenta mais o preço e pouco a quantidade ofertada. Oferta elástica - Ajuste fácil da produção - Capacidade ociosa; - Sem restrição a entrada e saída do setor. Anexo Planejamento Governamental e os Compromissos Internacionais Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) surgiram da Declaração do Milênio das Nações Unidas, adotada pelos 191 estados membros no dia 8 de setembro de 2000. Criada em um esforço para sintetizar acordos internacionais alcançados em várias cúpulas mundiais ao longo dos anos 90(sobre meio ambiente e desenvolvimento, direitos das mulheres, desenvolvimento social, racismo, etc.), a Declaração trouxe uma série de compromissos concretos que, se cumpridos nos prazos fixados, segundo os indicadores quantitativos que os acompanham, deveriam melhorar o destino da humanidadeneste século. Os objetivos do milênio procuraram formas de inserir a busca por esses Objetivos em suas próprias estratégias. O esforço no sentido de incluir vários desses Objetivos do Milênio em agendas internacionais, nacionais e locais de Direitos Humanos, por exemplo, é uma forma criativa e inovadora de valorizar e levar adiante a iniciativa. Concretos e mensuráveis, os 8 Objetivos – com suas 22 metas (24 no Brasil) e 48 indicadores – puderam ser acompanhados por todos em cada país; os avanços puderam ser comparados e avaliados em escalas nacional, regional e global; e os resultados puderam ser cobrados pelos povos de seus representantes, sendo que ambos deviam colaborar para alcançar os compromissos assumidos em 2000. Também serviram de exemplo e alavanca para a elaboração de formas complementares, mais amplas e até sistêmicas, para a busca de soluções adaptadas às condições e potencialidades de cada sociedade. https://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/8_de_setembro https://pt.wikipedia.org/wiki/2000 https://pt.wikipedia.org/wiki/Anos_90 https://pt.wikipedia.org/wiki/Meio-ambiente https://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento https://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_das_mulheres https://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_social https://pt.wikipedia.org/wiki/Racismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Indicador https://pt.wikipedia.org/wiki/Humanidade https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo https://pt.wikipedia.org/wiki/Estrat%C3%A9gia https://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_Humanos https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Representatividade&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Alavanca https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) surgiram da Declaração do Milênio das Nações Unidas, adotada pelos 191 estados membros no dia 8 de setembro de 2000. Criada em um esforço para sintetizar acordos internacionais alcançados em várias cúpulas mundiais ao longo dos anos 90 (sobre meio ambiente e desenvolvimento, direitos das mulheres, desenvolvimento social, racismo, etc.), a Declaração trouxe uma série de compromissos concretos que, se cumpridos nos prazos fixados, segundo os indicadores quantitativos que os acompanham, deveriam melhorar o destino da humanidade neste século. 8 Objetivos – com suas 22 metas (24 no Brasil) e 48 indicadores. Objetivo 1 Objetivo do milênio 1 Erradicar a pobreza extrema e a fome Um bilhão e duzentos milhões (1.200 milhões - mil e duzentos milhões) de pessoas sobrevivem com menos do que o equivalente a US$1,00 PPC por dia – dólares medidos pela paridade do poder de compra de cada moeda nacional. Mas tal situação já começou a mudar em pelo menos 43 países, cujos povos somam 60% da população mundial. Nesses lugares há avanços rumo à meta de, até 2015, reduzir pela metade o número de pessoas que ganham quase nada e que – por falta de oportunidades como emprego e renda, e terras para plantio, assim comoconhecimento das devidas técnicas para realizá-lo – não consomem e passam fome. Objetivo 2[editar | editar código-fonte] Objetivo do milênio 2 Atingir o ensino básico universal Cento e treze milhões de crianças estão fora da escola no mundo. Mas há exemplos viáveis de que é possível diminuir o problema – como na Índia, que se comprometeu a ter 95% das crianças frequentando a escola já em 2005. A partir da matrícula dessas crianças ainda poderá levar algum tempo para aumentar o número de alunos que completam o ciclo básico, mas o resultado serão adultos alfabetizados e capazes de contribuir para a sociedade como cidadãos e profissionais. A frustração pode ser ainda maior, considerando que não existem vagas em faculdades para todos esses alunos secundaristas. https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_de_compra https://pt.wikipedia.org/wiki/Moeda https://pt.wikipedia.org/wiki/Popula%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/2015 https://pt.wikipedia.org/wiki/Oportunidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Emprego https://pt.wikipedia.org/wiki/Renda https://pt.wikipedia.org/wiki/Consumo https://pt.wikipedia.org/wiki/Fome https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Objetivos_de_Desenvolvimento_do_Mil%C3%AAnio&veaction=edit§ion=2 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Objetivos_de_Desenvolvimento_do_Mil%C3%AAnio&action=edit§ion=2 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_b%C3%A1sico https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndia https://pt.wikipedia.org/wiki/2005 https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidadania https://pt.wikipedia.org/wiki/Profiss%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Acabar_com_a_fome.png https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Acabar_com_a_fome.png https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Edica%C3%A7%C3%A3o_b%C3%A1sica.png https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Edica%C3%A7%C3%A3o_b%C3%A1sica.png Objetivo do milênio 3 Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres Dois terços dos analfabetos do mundo são mulheres, e 80% dos refugiados são mulheres e crianças. Superar as desigualdades entre meninos e meninas no acesso à escolarização formal é a base para capacitá-las a ocuparem papéis cada vez mais ativos na economia e política de seus países. 1. Realizar um evento que vise combater a violência contra a mulher, informando quais instituições atuam no apoio às vítimas de violência. 2. Promover uma atividade (esportiva/cultural) em prol da melhoria da autoestima das mulheres, promovendo a valorização e o respeito em todas as fases do seu ciclo de vida (infância, adolescência, gravidez, maternidade, menopausa e velhice). 3. Fazer uma campanha de combate a produtos, serviços e lojas que exploram o corpo da mulher em suas propagandas e comunicações, fortalecendo o senso crítico da sociedade. 4. Promover uma campanha para estimular e encorajar as jovens a buscarem seu desenvolvimento socioeconômico, por meio da educação e do trabalho. 5. Organizar um fórum de discussão, em parceria com o Conselho Comunitário e a Delegacia da Mulher, para esclarecer a população sobre os serviços públicos em defesa da mulher e a legislação atual. 6. Fazer um levantamento das diversas ONGs e de todos os serviços públicos voltados às necessidades das mulheres e divulgar essas informações em pontos de grande circulação ou por meio de visitas domiciliares. 7. Promover uma palestra (preferencialmente proferida por um homem) para sensibilizar os homens quanto à divisão de tarefas domésticas, paternidade responsável e intolerância para toda forma de violência contra mulheres e crianças. Objetivo do milênio 4 Reduzir a mortalidade infantil Todos os anos onze milhões de bebês morrem de causas diversas. É um número escandaloso, mas que vem caindo desde 1980, quando as mortes somavam 15 milhões. Os indicadores de mortalidade infantil falam por si, mas o caminho para se atingir o objetivo dependerá de muitos e variados meios, recursos, políticas e programas – dirigidos não só às crianças mas à suas famílias e comunidades também. https://pt.wikipedia.org/wiki/Igualdade https://pt.wikipedia.org/wiki/Mortalidade https://pt.wikipedia.org/wiki/1980 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Indicadores_de_mortalidade&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Igualdade.png https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Igualdade.png https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Reduzir_a_mortalidade_infantil.png https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Reduzir_a_mortalidade_infantil.png Objetivo do milênio 4 Reduzir a mortalidade infantil Todos os anos onze milhões de bebês morrem de causas diversas. É um número escandaloso, mas que vem caindo desde 1980, quando as mortes somavam 15 milhões. Os indicadores de mortalidade infantil falam por si, mas o caminho para se atingir o objetivo dependerá de muitos e variados meios, recursos, políticas e programas – dirigidos não só às crianças mas à suas famílias e comunidades também. Objetivo 5[editar | editar código-fonte] Objetivo do milênio 5 Melhorar a saúde materna Nos países pobres e em desenvolvimento, as carências no campo da saúde reprodutiva levam a que a cada 48 partos uma mãe falece. A redução dramática da mortalidade materna é um objetivo que não será alcançado a não ser no contexto da promoção integral da saúde das mulheres em idade reprodutiva. O acesso a meios que garantam direitos de saúde reprodutiva e a presença de pessoal qualificado na hora do parto serão portanto o reflexo do desenvolvimento de sistemas integrados de saúde pública. Objetivo do milênio 6 Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças Em grandes regiões do mundo, epidemias mortais vêm destruindo gerações e ameaçando qualquer possibilidade de desenvolvimento. Ao mesmo tempo, a experiência de países como o Brasil, Senegal, Tailândia e Uganda vem mostrando que podemos deter a expansão do HIV. Seja no caso da AIDS, seja no caso de outras doenças que ameaçam acima de tudo as populações mais pobres e vulneráveis como a malária, a tuberculose e outras, parar sua expansão e depois reduzir sua incidênciadependerá fundamentalmente do acesso da população à informação, aos meios de prevenção e aos meios de tratamento, sem descuidar da criação de condições ambientais e nutritivas que estanquem os ciclos de reprodução das doenças. Lembrando que curar a doença não é necessariamente curar o doente, e sim não deixar que ninguém mais pegue tais doenças, vide prevenção. https://pt.wikipedia.org/wiki/Mortalidade https://pt.wikipedia.org/wiki/1980 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Indicadores_de_mortalidade&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Objetivos_de_Desenvolvimento_do_Mil%C3%AAnio&veaction=edit§ion=5 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Objetivos_de_Desenvolvimento_do_Mil%C3%AAnio&action=edit§ion=5 https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_em_desenvolvimento https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde_reprodutiva https://pt.wikipedia.org/wiki/Parto https://pt.wikipedia.org/wiki/Promo%C3%A7%C3%A3o_da_sa%C3%BAde https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_reprodutiva https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde_p%C3%BAblica https://pt.wikipedia.org/wiki/HIV https://pt.wikipedia.org/wiki/AIDS https://pt.wikipedia.org/wiki/Mal%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Epidemia https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Senegal https://pt.wikipedia.org/wiki/Tail%C3%A2ndia https://pt.wikipedia.org/wiki/Uganda https://pt.wikipedia.org/wiki/Vulnerabilidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Tuberculose https://pt.wikipedia.org/wiki/Incid%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Preven%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratamento https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde_ambientalhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Nutri%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Reduzir_a_mortalidade_infantil.png https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Reduzir_a_mortalidade_infantil.png https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Melhorar_a_sa%C3%BAde_das_gestantes.png https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Melhorar_a_sa%C3%BAde_das_gestantes.png https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Combater_doen%C3%A7as.png https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Combater_doen%C3%A7as.png Objetivo do milênio 7 Garantir a sustentabilidade ambiental Um bilhão de pessoas ainda não têm acesso a água potável. Ao longo dos anos 90, no entanto, quase um bilhão de pessoas ganharam esse acesso à água bem como ao saneamento básico. A água e o saneamento são dois fatores ambientais chaves para a qualidade da vida humana, e fazem parte de um amplo leque de recursos e serviços naturais que compõem o nosso meio ambiente – clima, florestas, fontes energéticas, o ar e a biodiversidade – e de cuja proteção dependemos nós e muitas outras criaturas neste planeta. Os indicadores identificados para este objetivo são justamente "indicativos" da adoção de atitudes sérias na esfera pública. Sem a adoção de políticas e programas ambientais, nada se conserva adequadamente, assim como sem a posse segura de suas terras e habitações, poucos se dedicarão à conquista de condições mais limpas e sadias para seu próprio entorno. Como os objetivos de vida no mundo atual não são a paz em harmonia com a natureza, obviamente esse será um dos tantos objetivos frustrados do ODM. Objetivo 8[editar | editar código-fonte] Objetivo do milênio 8 Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento Muitos países pobres gastam mais com os juros de suas dívidas do que para superar seus problemas sociais. Já se abrem perspectivas, no entanto, para a redução da dívida externa de muitos países pobres muito endividados (PPME). As metas levantadas para atingir este Objetivo levam em conta uma série de fatores estruturais que limitam o potencial para o desenvolvimento – em qualquer sentido que seja – da imensa maioria dos países do sul do planeta. Entre os indicadores escolhidos estão a ajuda oficial para a capacitação dos profissionais que pensarão e negociarão as novas formas para conquistar acesso a mercados e a tecnologias abrindo o sistema comercial e financeiro não apenas para países mais abastados e grandes empresas, mas para a concorrência verdadeiramente livre de todos. Lembrando, o mundo é globalizado no sentido de que, a informação pode sair e chegar de mais rapidamente, porém o público alvo da informação, e/ou a união física de tais grupos para conseguir concluir um objetivo, ainda é algo inalcançável, já que o mundo é feito de fronteiras e não está fisicamente conectado.[1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua https://pt.wikipedia.org/wiki/Anos_90 https://pt.wikipedia.org/wiki/Saneamento_b%C3%A1sico https://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_ambiente https://pt.wikipedia.org/wiki/Clima https://pt.wikipedia.org/wiki/Floresta https://pt.wikipedia.org/wiki/Fontes_energ%C3%A9ticas https://pt.wikipedia.org/wiki/Ar https://pt.wikipedia.org/wiki/Biodiversidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Planeta https://pt.wikipedia.org/wiki/Indicador https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_ambiental https://pt.wikipedia.org/wiki/Posse https://pt.wikipedia.org/wiki/Terra https://pt.wikipedia.org/wiki/Habita%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Objetivos_de_Desenvolvimento_do_Mil%C3%AAnio&veaction=edit§ion=8 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Objetivos_de_Desenvolvimento_do_Mil%C3%AAnio&action=edit§ion=8 https://pt.wikipedia.org/wiki/Juro https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%ADvida_externa https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemisf%C3%A9rio_sul https://pt.wikipedia.org/wiki/Recursos_humanos https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sistema_comercial&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_financeiro https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Grandes_empresas&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Livre_concorr%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Objetivos_de_Desenvolvimento_do_Mil%C3%AAnio#cite_note-1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Qualidade_de_vida_e_respeito_ao_meio_ambiente.png https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Qualidade_de_vida_e_respeito_ao_meio_ambiente.png https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Trabalhando_junto_pelo_desenvolvimento.png https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Trabalhando_junto_pelo_desenvolvimento.png Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS Rio+20 e ODS A Rio+20 deixou como herança uma proposta ousada e urgente para o século 21: a criação e formalização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS – que entraram em vigor em janeiro de 2016, após o fim do prazo determinado para os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), em 2015 Foram concluídas em agosto de 2015 as negociações que culminaram na adoção, em setembro, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), por ocasião da Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. Processo iniciado em 2013, seguindo mandato emanado da Conferência Rio+20, os ODS deverão orientar as políticas nacionais e as atividades de cooperação internacional nos próximos quinze anos, sucedendo e atualizando os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). O Brasil participou de todas as sessões da negociação intergovernamental. Chegou-se a um acordo que contempla 17 Objetivos e 169 metas, envolvendo temáticas diversificadas, como erradicação da pobreza, segurança alimentar e agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura e industrialização, governança, e meios de implementação. Erradicação da pobreza Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares Erradicação da fome Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável Saúde de qualidade Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades Educação de qualidade Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos Igualdade de Gênero Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas Água limpa e saneamento Garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos Energias renováveis Garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos Empregos dignos e crescimento econômico Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos Inovação e Infraestrutura Construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável, e fomentar a inovação Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS Redução das Desigualdades Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles Cidades e Comunidades Sustentáveis Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis Consumo Responsável Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis Combate às Mudanças Climáticas Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos Vida Debaixo da Água Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável Vida Sobre a Terra Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade Paz e Justiça Promover
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