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Introdução - Anatomia Humana

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Anatomia Humana
	Introdução aos estudos da Anatomia Humana;
 A anatomia humana é uma disciplina que está vinculada a grande área da morfologia (forma), onde se empregam outras disciplinas geralmente encontradas nos ciclos básicos, período inicial no estudo superior, tais como a fisiologia, embriologia, histologia, biologia celular. Porém a anatomia é a disciplina mais antiga e primordial para todas as outras disciplinas, pois é através dela que podemos compreender e identificar nominando e identificando os diversos elementos que compõem o corpo humano. 
 Para isso devemos assimilar a etimologia da palavra Anatomia que é derivada do grego anatome ana = através de; tome = corte, simplificando, o estudo do corpo através da separação por secções ou cortes. Para a realização do estudo clássico de anatomia se faz necessário evidenciar as estruturas com a utilização da técnica de dissecação ou dissecção, deriva do latim dis = separar; secare = cortar e é equivalente etimologicamente a anatomia, que nada mais é que a realização da utilização de instrumentos cirúrgicos para cortar e acessar os elementos anatômicos para estudos. 
 Prática da dissecação - Lição de Anatomia Doutor Tulp – Rembrandt - 1632 
Hoje em dia com o advento tecnológico é possível a realização da visualização de imagens de estruturas internas do corpo sem a utilização de técnicas invasivas, como a dissecação. É possível utilizar raio-X, tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassom entre outras técnicas. A anatomia é a base do conhecimento das ciências da saúde com aplicação direta na prática clínica, experimental e cirúrgica, podemos fazer uma analogia comparando a anatomia com a geografia, é preciso conhecer e localizar as estruturas do corpo para compreender o seu funcionamento, ou seja, a fisiologia e as demais áreas. 
A anatomia se deu origem na mente humana no momento em que os nossos ancestrais começaram a reparar no reflexo de sua imagem talvez em uma poça d’água e comparando com os seus semelhantes e realizaram pinturas e desenhos no interior das cavernas, mas o que os interessava naquela distante época era dominar o conhecimento anatômico dos animais que caçavam, pois quem detinha tal conhecimento poderia lograr maior êxito, pois poderiam abater com maior eficiência e trazer para suas moradias mais alimento. 
A história da anatomia é longa e muitas pessoas contribuíram para o seu desenvolvimento como ciência, podemos citar Aristóteles (384 – 322 a.C.) – Foi o primeiro a utilizar a palavra grega anatome. Assim como Cláudio Galeno (Século II d. C.) que realizou dissecações em animais e os comparava com o corpo humano, estas, porém apresentavam muitos erros que 
perduraram por toda idade média. 
 Aristóteles (384 – 382 a.C.) 
 Cláudio Galeno (Século II d.C.) 
O mundo entrava na era das trevas o período medieval;
Como religião única e oficial, a Igreja Católica não permitia opiniões e posições contrárias aos seus dogmas (verdades incontestáveis). Aqueles que desrespeitavam ou questionavam as decisões da Igreja eram perseguidos e punidos. Na Idade Média, a Igreja Católica criou o Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) no século XIII, para combater os hereges (contrários à religião católica). 
A Inquisição prendeu, torturou e mandou para a fogueira milhares de pessoas que não seguiam às ordens da Igreja, período esse que ocorreu uma estagnação no desenvolvimento da ciência em especial a anatomia pois o homem segundo o criacionismo era a imagem de seu Criador sem um sacrilégio a abertura da obra-prima de Deus, ficando proibido a prática de dissecações de cadáveres humanos e assim a literatura utilizada nesse período foram os escritos de Galeno, cheias de erros grosseiros. 
Deve-se salientar que as ações médicas nesse período eram extremamente limitadas, reduzindo-se à práticas de sangrias e purgantes, período em que os cirurgiões disputavam suas práticas com os barbeiros que atendiam as comunidades realizando extrações de dentes, drenagem de pústulas, pequenas amputações, muitas vezes resultando em mortes. 
 Prática médica na idade média. 
Até que no século IX os estudos de anatomia retornam, graças a mudanças de costumes da nova política modificando o comportamento ocidental pouco a pouco, além da percepção da necessidade do conhecimento do corpo para o tratamento e cura. Em 1316 - Modino de Lucci retoma a realização de dissecações didáticas em Bolonha com corpos de prisioneiros executados, um verdadeiro show para a comunidade pois muitas dissecações eram realizadas em praça pública. O grande divisor de águas para a ciência anatômica moderna se fez com a publicação em 1543 por Andreas Vesalios do livro “De humani Corporis Fábrica”, essa obra apresentou imagens anatômicas com grande exatidão e arte, tendo como maior trunfo muitas correções das descrições anatômicas do seu predecessor Cláudio Galeno, o grande diferencial de Vesalios para com os seus pares daquela época é que o mesmo realizava as dissecações e ele mesmo fazias as demonstrações práticas e assim constatou que muitos registros de Galeno estavam incorretos, por essa obra e por seu trabalho leva o título de pai da anatomia moderna. 
 Retomada da dissecação. 
 Andreas Vesalios (1514-1564). 
Frente as mudanças que a liberdade para as pesquisas e estudos em anatomia a comunidade científica dá segmento as práticas de dissecação e assim como no passado tem-se o hábito de nominar estruturas anatômicas utilizando uma prática conhecida como epônimo, que nada mais é a de nominar a estrutura com o nome de quem a descreveu, tornando-se muito complicado e inviável essa prática. Nos dias de hoje para a anatomia foi abolido o uso de epônimo, porém, o que permanece em muitos nomes são os sufixos e prefixos Latim e Gregos, herança do passado o qual observamos ser para o iniciante de anatomia um exercício a parte pois é muito rebuscado e uma novidade para o seu linguajar, essa prática se conserva em função do Latim ser considerado uma “língua morta” não existindo variações ou modificações ao longo do tempo, há de se levar em consideração que o único país que adota esse vernáculo hoje em dia é o Vaticano. Da terminologia adotada devemos levar em conta os seguintes aspectos: 
1. A importância dos termos anatômicos e suas indicações:
A forma - (músculo trapézio); 
A sua posição ou situação - (nervo mediano); 
O seu trajeto - (artéria circunflexa da escápula); 
As suas conexões ou inter-relações - (ligamento sacrilíaco); 
A sua relação com o esqueleto - (artéria radial); 
Sua função - (músculo levantador da escápula); 
Critério Misto - (músculo flexor superficial dos dedos: função e situação). 
2. Muito diferente se utilizássemos o emprego de epônimos como por exemplo:
Canal de Bartholin - Ducto sublingual maior 
Cápsula de Glisson - Cápsula hepática 
Cápsula de Bowman - Cápsula do glomérulo renal 
Cavo de Meckel - Cavo do gânglio trigeminal 
Divertículo de Meckel - Divertículo ileal 
Ducto de Stensen - Ducto parotídeo 
Ducto de Wharton - Ducto submandibular 
Ducto de Wirsung - Ducto pancreático principal 
Ducto de Santorini - Ducto pancreático acessório 
Notasse que ainda nos dias atuais áreas da saúde que ainda empregam a prática de epônimos tais como a patologia e técnicas de procedimento cirúrgico. 
3. Dos estudos empregados na anatomia cabe salientar os seguintes aspectos morfológicos:
Normal: esse termo é utilizado frente a uma observação estatística onde em função do que se observa tem predominância em uma população, ou seja, onde é o estatisticamente mais comum. Exemplo: cinco dedos nas mãos. 
 Normal. 
 Variação anatômica. 
Variação anatômica: É qualquer fuga do padrão morfológico sem prejuízo da função seja ela na região externa ou Interna do corpo. Exemplo: a presença de um sexto dedo funcional na mão (variação externa) ou uma destrocardia, onde dois terços do coração está voltado para o lado direito ao invés do lado esquerdo (variação interna). 
	Fatores geraisde variação anatômica:
Idade: frente a modificações morfológicas discretas que vem ocorrendo em nosso organismo ao longo de nossa vida podemos realizar comparações das mesmas se observarmos a imagem de um embrião de um feto, de um recém-nascido, uma criança, um adolescente, um jovem pré púbere, um adulto de um ancião, ao longo de nossa existência, tais modificações se refletem diretamente nas mudanças estruturais anatômicas gerando variações internas e externas. 
 Idade. 
Gênero: em função das ações genéticas e hormonais, no desenvolvimento embrionário o organismo humano apresenta características morfológicas distintas de acordo com cada sexo, feminino e masculino. As características primárias se dão com a presença dos órgãos reprodutores e quando de seu desenvolvimento sob a ação hormonal específica para cada sexo ao longo do tempo na puberdade o corpo se transforma e assume as características morfológicas do adulto, o qual é conhecido como dimorfismo sexual, a menarca para as meninas com a sua primeira menstruação e toda modificação do corpo, tais como o desenvolvimento das mamas, mudança da morfologia pélvica entre outras. No garoto, o desenvolvimento do pênis, modificações da laringe e por sua vez a voz franco entre outras. 
 Gênero. 
Etnia: é preciso deixar bem claro que a comunidade científica rejeita o termo “raça” para se referir a seres humanos. Afinal, são insignificantes as variações genéticas entre um europeu e um africano, ou entre esse e um asiático. Por isso, só há sentido em falar de uma única raça humana. Cabe salientar que entre diferentes etnias existem diferenças físicas que qualquer um pode enxergar. Essa diversidade apareceu ao longo do tempo, à medida que o homem precisou se adaptar aos diversos ambientes e regiões que foi ocupando no planeta. Exemplo: ao chegar e se estabelecer num local mais frio e pouco ensolarado, uma pele mais clara ajudava a aproveitar melhor os raros raios solares – importantes, entre outras coisas, para o corpo produzir vitamina D. Dessa forma, toda essa população clareava sua pele de geração em geração, por meio da seleção natural, assim como em ambientes mais quentes o formato do nariz com narinas maiores concedia vantagens para o resfriamento do sangue assim como a pele mais escura, ou seja, com maior quantidade de melanina para a proteção contra raios ultra-violetas. 
 Etnia. 
Biotipo: é o conjunto de características morfológicas herdadas geneticamente e adquiridas no ambiente que configura o indivíduo. Exemplo: Aquele jogador tem um biotipo alto e forte tal como seu pai. Tanto as características físicas herdadas de seu pai como também as próprias práticas esportivas fizeram dele assim. Basicamente, existem três biotipos: brevilíneos, é o indivíduo baixo e forte, com o tronco prevalecendo sobre os membros. É o tipo picnico com seus contornos externos bem arredondados e grandes cavidades corporais. Longilíneo: é o indivíduo alto e magro, com os membros prevalecendo sobre o tronco. É o tipo leptossômico (comprido). Normolíneos: é o indivíduo atlético que mostra proporções intermediárias entre os dois tipos referidos. 
 Biotipos. 
Evolução: São modificações morfológicas frente a pequenas mutações benéficas á adaptações ao meio ambiente que ao longo de um grande período de tempo acabou por gerar uma nova espécie o Homo sapiens distinguindo-nos morfologicamente ou anatomicamente dos demais hominídeos de eras passadas. Podemos exemplificar o aumento da caixa
 Evolução Humana. 
 craniana e por sua vez do cérebro as modificações da face, as mudanças da morfologia das mãos entre outras centenas de modificações que nos caracterizam com os aspectos morfológicos atuais do homem moderno. 
	Outras características do estudo anatômico se dão através de algumas modificações morfológicas com as seguintes classificações:
	Anomalia: Qualquer fuga do padrão em que ocorra prejuízo funcional, seja ela interna ou externa, ou seja, qualquer modificação que altere o funcionamento das funções estruturais que cause prejuízo a vida, porém não empregando o impedimento dela. Exemplo: Uma pessoa que apresente cinco dedos nas mãos, porém três são unidos, ou a falta do primeiro dedo da mão o polegar, impedindo o movimento de pinça. Um determinado nervo passando no meio de um ventre muscular, causando dor e perda de função motora (síndrome do piriforme). 
 Anomalia Externa (Dedos Unidos). 
 Anomalia Interna (Síndrome do piriforme). 
Monstruosidade: Anomalia acentuada, caracterizada por deformação profunda da construção do corpo, sendo, em geral, incompatível com a vida. Exemplo: anencefalia, a não formação na fase embriológica do encéfalo (Telencéfalo). 
 Monstruosidade – (anencefalia). 
Os estudos da anatomia humana poderão ser direcionados por segmentos regionais utilizando-se a macro divisão do corpo: Cabeça, pescoço, tronco e membros e quando utilizasse a aplicação do estudo topográfico desses segmentos realizando um levantamento e descrição das estruturas desses segmentos anatômicos não levando em consideração os sistemas que estarão presente parcial ou integralmente nesses segmentos. 
 Anatomia Regional ou Topográfica. 
Para tanto, cabe salientar uma clássica definição biológica para os estudos sistêmicos que compõe nosso organismo. Um conjunto de células compõem diferentes tecidos, conjuntos de tecidos formam órgãos, que por sua vez um conjunto de órgãos formarão diferentes sistemas, que em conjunto de vários sistemas formam aparelhos que formarão um indivíduo como um todo. Nosso organismo apresenta variados sistemas que poderão ser estudados um a um com as descrições dos diferentes órgãos e tecidos que os compõe, esse é o estudo por descrição sistêmica. Sendo os seguintes sistemas: Sistema Tegumentar, Sistema Esquelético e Articular, Sistema Muscular, Sistema Cardiovascular, Sistema Linfático, Sistema Digestório, Sistema Respiratório, Sistema Genital Masculino, Sistema Genital Feminino, Sistema Endócrino, Sistema Nervoso. 
 Anatomia Sistêmica – Por diferentes sistemas. 
Planos de relação anatômica: para a organização dos estudos anatômicos é fundamental a utilização do corpo em posição anatômica ou ortostática. Assim poderemos definir junto aos planos de secção as porções ou cortes para a visualização das estruturas assim como os eixos para a realização dos movimentos ou o grau de liberdade das articulações. Portanto as descrições anatômicas, tanto do corpo humano quanto dos órgãos, são baseadas em 3 principais planos de secção que passam através do corpo na posição anatômica. Plano Sagital: divide o corpo em duas metades não simétricas, direita e esquerda. O Plano Sagital mediano (ou plano mediano) divide o corpo em duas metades simétricas, direita e esquerda. Plano Frontal ou Coronal: são todos os planos verticais com trajeto paralelo à sutura coronal do crânio, plano coronal ou frontal divide o corpo em duas metades não simétricas, anterior e posterior. O plano Transversal ou horizontal: são todos os planos que cortam o corpo horizontalmente, divide o corpo em duas metades diferentes, superior e inferior. Quando aplicamos esses conceitos e realizamos os planos de secção conseguimos definir os Termos de Comparação. 
 Planos de Delimitação ou secção Anatômica. 
Termos de direcionais anatômica: dos membros superiores e inferiores, toda estrutura que estiver próxima ao tronco dá-se a classificação de proximal, e se estiver distante é denominada como distal (Ex.: no membro superior, se compararmos o cotovelo ao punho, o cotovelo é proximal ao tronco comparado ao punho que está em posição distal ou seja está mais distante do tronco), superficial, significa mais perto da superfície do corpo (Exemplo: em um corte transversal da coxa se compararmos os músculos serão mais superficiais em relação ao osso o fêmur), profundo, significa mais afastado da superfície do corpo (Exemplo: no mesmo corte transversal da coxa o fêmur encontra-semais profundo em comparação aos músculos), Homolateral ou Ipsilateral, significa que a estrutura encontra-se do mesmo lado do corpo ou de outra estrutura (Exemplo: a mão direita é homolateral ou Ipsilateral ao pé direito), Contralateral, do outro lado do corpo ou de outra estrutura (Exemplo: a mão direita é contralateral a mão esquerda). 
 Termos de Comparação. 
 
Termos de relação ou delimitação anatômica: Levando em consideração a posição anatômica, todo órgão ou estrutura que estiver posicionado abaixo da linha ou plano sagital mediano será classificado como um órgão Mediano (Ex.: esôfago, traqueia, coluna vertebral). Já o termo Medial é toda estrutura que estiver próximo ao plano sagital mediano. (Ex.: côndilo medial do joelho, músculo vasto medial – da coxa). Médio é toda estrutura que encontramos entre uma estrutura ventral e dorsal ou superior e inferior (Exemplo: lobo pulmonar médio do pulmão direito, ou a túnica média muscular de uma artéria que fica entre a íntima que é interna e a adventícia que é externa). Já o termo Lateral, é toda estrutura que está afastada do plano sagital mediano. (Ex.: côndilo lateral do joelho, músculo vasto lateral – da coxa). Intermédio é toda estrutura que estiver entre duas estruturas, sendo uma média e a outra lateral (Exemplo: um osso localizado no pé mais precisamente no tarso osso cuneiforme intermédio). Anterior, Ventral ou Frontal mais próximo da frente (Exemplo: ligamento cruzado anterior nos joelhos). Posterior, dorsal ou atrás: mais próximo do dorso (Ligamento cruzado posterior nos joelhos). Superior cranial ou acima: mais próximo ou em direção a cabeça (Exemplo: Lobo pulmonar superior pulmão direito). Inferior, Caudal ou Abaixo: mais próximo ou em direção aos pés (Exemplo: lobo pulmonar inferior direito). 
 Termos de Relação ou Delimitação Anatômica. 
Termos de comparação anatômica: dos membros superiores e inferiores, toda estrutura que estiver próxima ao tronco dá-se a classificação de proximal, e se estiver distante é denominada como distal (Ex.: o úmero temos a cabeça do úmero que é próxima e o capítulo 10 ANATOMIA HUMANA do úmero que está na porção distal ,ou seja, mais distante do tronco, do membro inferior o joelho é próximo em comparação com o tornozelo que é distal em comparação com ambas estruturas), superficial, significa mais perto da superfície do corpo (Exemplo: em um corte transversal da coxa se compararmos os músculos serão mais superficiais em relação ao osso o fêmur), profundo, significa mais afastado da superfície do corpo (Exemplo: no mesmo corte transversal da coxa o fêmur encontra-se mais profundo em comparação aos músculos), Homolateral ou Ipsilateral, significa que a estrutura encontra-se do mesmo lado do corpo ou de outra estrutura (Exemplo: a mão direita é homolateral ou Ipsilateral ao pé direito), Contralateral, do outro lado do corpo ou de outra estrutura (Exemplo: a mão direita é contralateral a mão esquerda). 
Exercícios
1) Qual a etimologia da palavra Anatomia e qual a sua relação com o termo Dissecação ou Dissecção?
A etimologia da palavra Anatomia é uma derivação que vem do grego anatome ana = através de; tome = corte, simplificando o estudo do corpo através da separação por secções ou cortes. Para a realização do estudo de anatomia nos laboratórios dessa disciplina utiliza-se a prática da dissecação ou dissecção com a finalidade de evidenciar as estruturas com a utilização de instrumentos cirúrgicos, essa palavra deriva do latim dis = separar; secare = cortar e é equivalente etimologicamente a anatomia. 
2) É correto afirmar que a única maneira de realizar estudos em anatomia é através da prática da dissecação para a visualização dos componentes corporais?
Frente as tecnologias dos dias de hoje, é possível a visualização das diferentes estruturas anatômicas sem o emprego de técnicas invasivas tal como a dissecação, com a vantagem de se obter grande qualidade de resolução de imagens, empregando diferentes técnicas, que poderão auxiliar nos estudos de anatomia assim como na abordagem clínica e cirúrgica, dentre as diferentes técnicas de imagem podemos citar emprego do Raio X, Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada, Ultrassom e até mesmo a Realidade Visual entre outras. 
3) Por qual motivo o ocidente utilizou por tanto tempo os ensinamentos anatômicos de Cláudio Galeno perduraram sendo que os mesmos muitos apresentavam erros grosseiros?
 Pelo fato da igreja católica no período medieval impor de forma brutal uma censura onde proibia a utilização de cadáveres para o emprego de dissecações, o ocidente foi obrigado a utilizar pouquíssimos materiais bibliográficos limitando-se aos escritos de Claudio Galeno que na época era a maior relevância para os estudos em anatomia, com tal proibição a ciência morfológica não tendo acesso aos corpos não detectou os erros documentados por quase mil anos; Até que em 1316 - Modino de Lucci em Bolonha reinicia a pratica de dissecações didáticas e em 1543 Andreas Vesalios após centenas de dissecações detecta vários erros de descrições e publica “De humani Corporis fabrica”. 
4) Qual a diferença do emprego de epônimos e termos anatômicos?
 O emprego de Epônimos na anatomia era o emprego de nomes de pessoas para designar estruturas o qual se tornava um verdadeiro desafio para a memória de qualquer estudante e não trazia nenhuma vantagem pratica, tanto que foram abolidos, já os empregos dos termos anatômicos auxiliam na conscientização da FORMA da estrutura – (músculo trapézio), a sua POSIÇÃO ou SITUAÇÃO – (nervo mediano), o seu TRAJETO – (artéria axilar), as suas conexões ou inter-relações - (ligamento sacrilíaco), a sua relação com o esqueleto - (artéria radial), sua função - (músculo levantador da escápula) assim como seu Critério Misto – (músculo flexor superficial dos dedos: função e situação). 
5) Quais são os aspectos morfológicos observados quando comparamos variação anatômica anomalia e monstruosidade?
Variação anatômica compreendesse que é qualquer fuga do padrão morfológico sem prejuízo da função seja ela na região externa ou Interna do corpo, levando-se em consideração os seguintes aspectos idade, gênero, etnia, biotipo, evolução, já o termo anomalia indica qualquer fuga do padrão em que ocorra prejuízo funcional, seja ela interna ou externa e monstruosidade é uma anomalia acentuada, caracterizada por deformação profunda da construção do corpo, sendo, em geral, incompatível com a vida. 
6) Existem três métodos de estudo para a anatomia, discorra sobre eles.
As principais abordagens para o estudo em anatomia são: Regional que é o estudo do corpo por regiões, a anatomia de superfície é uma parte essencial do estudo da anatomia regional. Anatomia Sistêmica é o método de estudo do corpo por sistemas. Anatomia clínica: enfatiza a estrutura e a função à medida que se relacionam com a praticada nas diferentes áreas da saúde. 
7) Para a organização dos estudos anatômicos é fundamental a utilização do corpo em posição anatômica ou ortostática, comente sobre a importância dos planos de secção.
O emprego dos planos de secção anatômico é fundamental para a organização dos diferentes segmentos assim como a visualização em diferentes ângulos e a organização e localização das diferentes estruturas anatômicas auxiliando com a precisão necessária aos estudos e as diferentes práticas clinicas da anatomia, utilizasse os seguintes planos: Plano Sagital: divide o corpo em duas metades não simétricas, direita e esquerda. O plano sagital mediano (ou plano mediano) divide o corpo em duas metades simétricas, direita e esquerda. Plano Frontal: são todos os planos verticais com trajeto paralelo à sutura coronal do crânio. O plano coronal ou frontal divide o corpo em duas metades não simétricas, anterior e posterior. O plano Transversal ou horizontal: são todos os planos que cortam o corpo horizontalmente. Divide o corpo em duas metades diferentes, superior e inferior. 
8) Como podemos utilizar os termos de comparação anatômica?A utilização dos termos de comparação auxiliam para a identificação do posicionamento da estrutura no corpo tendo como referência os diferentes planos de secção aplicando linhas imaginárias, os termos de relação são: Anterior (ventral ou frontal): mais próximo da frente, Posterior (dorsal ou atrás): mais próximo do dorso, Cranial (superior ou acima), mais próximo ou em direção a cabeça, Inferior (caudal ou abaixo), mais próximo ou em direção aos pés, Medial: mais próximo ao plano sagital mediano do corpo, Lateral: distante do plano mediano do corpo, Intermédio: entre duas estruturas, sendo uma média e a outra lateral. 
9) Como podemos utilizar os termos de relação anatômica?
Esses termos são usados para comparar a posição relativa de duas estruturas entre si. Proximal: mais perto do tronco ou ponto de origem de um vaso, nervo ou órgão, Distal: mais longe do tronco ou ponto de origem de um vaso, nervo ou órgão, Superficial: mais próximo da superfície. Profundo: mais longe da superfície, Interno: mais próximo do centro de um órgão ou cavidade, Externo: mais distante do centro de um órgão ou cavidade. 
10) De acordo com as informações sobre os termos de comparação e relação anatômica faça a identificação das seguintes estruturas e justifique.
Exemplo: A (mediana) justificativa: pois encontra-se abaixo da linha sagital mediana. 
B.: Resposta: Medial pois está próximo ao plano sagital mediano. 
C.: Resposta: Intermédio, pois está entre dois elementos um medial e outro lateral, 
D.: Resposta: Lateral, pois encontra-se distante do plano sagital mediano. 
E.: Resposta: Anterior, pois encontra-se próximo a região ventral. 
F.: Resposta: Média, pois está localizada entre uma estrutura ventral e dorsal. 
G.: Resposta: Dorsal, pois está localizada próxima a região posterior do corpo.

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