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UNINASSAU - AV 05 - ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA - CONTROLADORIA AVANÇADA

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UNINASSAU – FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU 
POLO UNINASSAU PARNAÍBA - PI 
CURSO: MBA EM CONTABILIDADE, AUDITORIA E CONTROLADORIA 
DISCIPLINA: CONTROLADORIA AVANÇADA 
TUTOR (A): NATHALIA FIALHO RODRIGUES DE ALMEIDA 
ALUNA: TAUANNY PEREIRA VEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO ON-LINE 5 (AOL 5) - ATIVIDADE 
CONTEXTUALIZADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARNAÍBA – PI 
2021 
Avaliação On-Line 5 (AOL 5) – Atividade Contextualizada 
 
Olá, estudante! 
 
Vamos iniciar a atividade contextualizada da disciplina Controladoria Avançada. Aqui, você irá 
desenvolver e apresentar sua opinião no que diz respeito à Governança Corporativa. 
 
✔ A agência de notícias especializada no mercado financeiro com sede em Nova Iorque divulgou esta 
semana que “os responsáveis pelas unidades da empresa Toshiba no Japão, os executivos e 
contabilistas, estavam sob uma intensa pressão para atingir objetivos de lucros”, que eram 
internamente conhecidos como “desafios”. 
Numa reunião ocorrida em setembro de 2013, Hisao Tanaka Administrador do grupo japonês, teria 
ordenado aos seus funcionários que usassem “todos os meios concebíveis para atingir lucros”, uma vez 
que ele próprio havia prometido recuperar os números daquele ano, que eram de prejuízo no setor de 
televisões. 
Em 2008 a Toshiba passava por uma grave crise financeira e os resultados eram “demasiado 
embaraçosos”, Porém o que passou a ser visto nas publicações contábeis do grupo eram lucros 
absurdos. Tal manobra durou até o ano de 2015. Sabendo, portanto, que na cultura Japonesa quando 
um chefe apresenta ‘desafios’, todos os funcionários em cargos hierarquicamente inferiores se sentem 
obrigados a executar a ordem, “mesmo que de forma inapropriada, traçados pelos seus superiores”, 
como explicar o que ocorreu no grupo japonês durante os 7 anos antes da descoberta bombástica em 
2015 que obrigou a Toshiba a corrigir resultados em, pelo menos, 152 bilhões de ienes (cerca de R$ 4 
bilhões). 
Análise: O Grupo Toshiba, gigante japonesa do setor eletrônico, adulterou documentos contábeis para 
simular lucros, durante inacreditáveis sete anos, agindo assim com total falta de transparência nas 
ações contábeis- financeiras. As manipulações contábeis ocorriam de forma “sistemática” na 
companhia, com participação dos principais diretores e também por parte de dirigentes e funcionários 
da companhia que não tinha consciência ou conhecimento necessários das práticas contábeis 
adequadas. 
 
 A cultura corporativa do Japão, baseada numa tradição de lealdade, prioriza as regras hierárquicas e 
os subordinados não são capazes de discutir ou oferecer qualquer tipo de resistência às ordens de seus 
superiores. Uma cultura corporativa em que ninguém pode agir contra os desejos dos seus superiores, 
fazendo com que a transparência nas contas do grupo ficasse cada vez mais em segundo plano. 
 
Com escândalos dessa natureza, o Japão se viu forçado ao enfrentamento de questões que têm suas 
raízes fincadas na tradição. A governança corporativa hierárquica, a subordinação incondicional de 
toda às ordens superiores, que não permite o enfrentamento e a transparência das práticas 
corporativas, atrasou o desenvolvimento empresarial do Japão, que até nos dias atuais sofre no 
mercado e vem perdendo terreno para os chineses e coreanos por falta de uma governança que 
prioriza a transparência. 
 
Diante do contexto exposto, elabore uma dissertação de até 30 linhas e desenvolva os seguintes 
tópicos: 
 
• Como o grupo Thosiba conseguiu esconder seus prejuízos? 
• Por que no Japão é complexo o uso da Governança Corporativa? 
• Qual foi a dura lição de governança corporativa para o Japão? 
 
Aprofunde os seus estudos a partir da seguinte leitura: 
https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1527/Desconci_Tiago.pdf?sequence=1 
 
 
 
 
https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1527/Desconci_Tiago.pdf?sequence=1
Segundo Neto (2020) em seu artigo define a Governança Corporativa como um conjunto 
de boas práticas que as organizações devem seguir a fim de gerar mais transparência na gestão, 
harmonia e troca de informações entre as partes interessadas, como sócios, proprietários, 
gestores, órgãos de fiscalização e a sociedade. Diante do tema, existem diversos modelos de 
Governança Corporativa no mundo. Em pauta neste trabalho o foco será no modelo japonês. 
Em seu artigo Brandão (2019), fala do caso da Toshiba que foi um dos maiores escândalos 
do ambiente de negócios do Japão. A empresa conseguiu esconder seus prejuízos durante anos 
devido a sua cultura corporativa que foi capaz de iludir investidores como informações 
contábeis inadequadas. Em um artigo postando no RFI (2015) demostra por meio de um 
relatório que denunciava uma cultura corporativa na qual subalternos não poderiam contestar 
“onipotentes”, que tencionavam ampliar os lucros a todo custo. As fraudes eram 
“sistematicamente praticadas como resultado de decisões administrativas incontestáveis, que 
traíam a confiança de muitos acionistas”. 
Segundo Silveira (2002) a complexidade do uso da Governança Corporativa no Japão vem 
de uma decorrência culturalmente coletivista da sociedade japonesa, o objetivo das 
empresas no Japão tem sido a busca pelo equilíbrio dos interesses dos stakeholders e a 
garantia de emprego vitalício para seus funcionários. Segundo Carlsson (2001, p.80), 
uma consequência da política de emprego vitalício é a priorização, por parte das 
empresas, de metas de crescimento absoluto e de participação no mercado ao invés da 
maximização dos lucros. Entretanto, a pressão internacional por maior competitividade 
vem fazendo com que, como forma de sobrevivência, muitas empresas japonesas 
tenham que abandonar a política do emprego vitalício. 
O caso da Toshiba impactou negativamente o mercado japonês, pois colocou em duvidas 
a Governança Corporativa no Japão, que antes era tida como uma das mais sólidas do mundo, 
com isso a dura lição para o Japão e sua governança corporativa, foi uma reformulação e uma 
série de medidas foram implantadas ao longo do tempo para aumentar a consciência sobre as 
questões de governança no país (KESSLER TOPAZ, 2017). 
Conclui-se que um bom sistema de Governança Corporativa ajuda a fortalecer as empresas, 
reforça, amplia e contribui para que os resultados corporativos se tornem menos voláteis, 
aumentado a confiança dos investidores e do mercado (ADRADRE; RESSETI, 2007). 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ANDRADE, Adriana; ROSSETTI, José Paschoal. Governança Corporativa: 
fundamentos, desenvolvimento e tendências. 3. ed. São Paulo: Atlas. 2007. 584p. 
 
BRANDÃO, Mônica Mansur. Caso Toshiba: um dos maiores escândalos corporativos do 
Japão. Espaço Governança, Belo Horizonte, 21 de ago. de 2019. Disponível em: < 
https://www.espacogovernanca.com.br/2019/08/caso-toshiba-um-dos-maiores-
escandalos.html> Acesso em: 11 de jan. 2021. 
 
CARLSSON, Rolf. Ownership and value creation: strategic corporate governance in 
the new economy. 1.ed. New York: John Wiley & Sons, 2001. 307 p. 
 
KESSLER TOPAZ. Toshiba Accounting Scandal and Lawsuits. Kessler Topaz Meltzer 
Check LLP, 2017. Disponivel em: <https://www.ktmc.com/blog/toshibaaccounting-scandal-
and-lawsuits>. Acesso em: 11 de jan. 2021. 
 
NETO, Jorge Secaf. Os 5 modelos de governança corporativa, seus princípios e 
características. Setting Consultoria, São Paulo, 15 de out. 2020. Disponível em:< 
https://www.setting.com.br/blog/governanca/modelos-governanca-
corporativa/#:~:text=Tamb%C3%A9m%20conhecido%20como%20Insider%20System,usado
%20por%20grandes%20corpora%C3%A7%C3%B5es%20familiares.> Acesso em: 11 de jan. 
2021. 
 
RFI. Presidente da Toshiba renuncia após fraudes de R$ 3,8 bilhões. RFI, 21 de jul. 2015. 
Disponível em: <https://www.rfi.fr/br/economia/20150721-presidente-da-toshiba-renuncia-
apos-fraudes-de-r-38-bilhoes> acesso em: 11 de jan. 2021. 
 
SILVEIRA, Alexandre Di Miceli da. Governança corporativa, desempenhor valor da 
empresa no Brasil. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade de São Paulo, 
São Paulo, 2002. 
 
 
 
https://www.rfi.fr/br/economia/20150721-presidente-da-toshiba-renuncia-apos-fraudes-de-r-38-bilhoes
https://www.rfi.fr/br/economia/20150721-presidente-da-toshiba-renuncia-apos-fraudes-de-r-38-bilhoes

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