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relátorio catolica - denunciação caluniosa e afins

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FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS
DIREITO
ANA KAROLINNE COELHO PINHEIRO
RELATÓRIO DE PENAL
Relatório comentado , do curso Direito da Faculdade Católica do Tocantins -
FACTO como requisito parcial da disciplina de Penal IV.
Professor (a) : Igor de Andrade
PALMAS-TO
2017
Denunciação Caluniosa.
A Denunciação Caluniosa é um delito previsto no código penal, na parte dos crimes que são
contra a administração pública. nela o criminoso, de forma maldosa, maliciosa e/ou ardilosa,
faz nascer contra a vítima, esta que não merecia, uma investigação ou um processo sobre
fato não ocorrido ou praticado por outra pessoa, e essas mentiras acompanhadas de
processo judicial ou inquérito, são suficientes para a caracterização do crime. O dolo na
Denunciação Caluniosa é a vontade de provocar investigação policial ou processo judicial.
O agente leva ao conhecimento da autoridade, mediante o delatio criminis, o fato,
sabendo-o falso, provocando investigação sobre uma pessoa. A Denunciação Caluniosa só
estará completamente configurada quando for provada a inocência de tal pessoa, seja por
uma decisão judicial ou administrativa inocentando-a, ou arquivamento de inquérito policial.
No caso de Denunciação Caluniosa, a ação será pública incondicionada, o ofendido deverá
fazer um Boletim de ocorrência, e fazer uma representação junto a uma Delegacia Criminal,
onde será instaurado o Inquérito Policial, se for o caso. A Denunciação Caluniosa tem como
peculiaridade a possibilidade do ofendido denunciar diretamente ao Ministério Público. O
requisito para isso é que haja a chamada “prova plena” da inocência do ofendido. De posse
da “prova plena” é desnecessária a instauração de Inquérito Policial para que o Ministério
Público receba a denúncia feita pelo ofendido.
O crime de comunicação falsa de crime ou de contravenção está previsto no artigo 340 do
Código Penal Brasileiro. Há a ciência às autoridades de um certo crime inocorreu, como em
Denunciação caluniosa, porém, aqui não se movimenta a máquina estatal de persecução
penal, não provocando a efetividade da ação policial ou judicial. Neste delito, existe apenas
a comunicação, o que no Brasil vulgarmente é conhecido como "trote".
não se confunde com a “denunciação caluniosa”, pois, nesta, o agente aponta pessoa certa
e determinada como autora da infração, enquanto no art. 340 isso não ocorre; nesse crime,
o agente se limita a comunicar falsamente a ocorrência de crime ou contravenção, não
apontando qualquer pessoa como responsável por eles ou então apontando pessoa que
não existe. a consumação se dá quando a autoridade inicia a investigação, porque o tipo do
art. 340 descreve a conduta de “provocar a ação da autoridade”, não bastando, portanto, a
mera comunicação. se o agente faz a comunicação falsa para tentar ocultar outro crime por
ele praticado responde também pela comunicação falsa de crime. muitas vezes a
comunicação falsa tem a finalidade de possibilitar a prática de outro crime.
Quadro Comparativo
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA e COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE
CONTRAVENÇÃO.
Denunciação Caluniosa
Art. 339
Comunicação falsa de crime
Art. 340
Bem jurídico: a administração da justiça. Bem jurídico: a administração da justiça.
https://pt.wikisource.org/wiki/C%C3%B3digo_Penal_Brasileiro/Parte_Especial/T%C3%ADtulo_XI/Cap%C3%ADtulo_III
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Penal_Brasileiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Penal_Brasileiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Denuncia%C3%A7%C3%A3o_caluniosa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trote
Sujeitos: ativo, qualquer pessoa e, passivo,
o Estado e, secundariamente, a pessoa
inocente atingida pela denunciação
caluniosa.
Sujeitos: ativo, qualquer pessoa e, passivo,
o Estado.
Elementos objetivos do tipo: provocar a
instauração de investigação policial,
processo judicial e investigação
administrativa, inquérito civil ou ação de
improbidade administrativa contra alguém
imputando-lhe fato criminoso de que o
sabe inocente.
Elementos objetivos do tipo: provocar a
ação de autoridade, comunicando-lhe a
ocorrência de crime ou contravenção de
que sabe não se ter verificado.
Elemento subjetivo do tipo: dolo Elemento subjetivo do tipo: dolo mais o
especial fim de agir: para provocar ação
investigatória da autoridade.
Consumação: com a instauração da
investigação policial, procedimento
admnistrativo, ação etc. A tentativa é
admissível.
Consumação: com a ação da autoridade,
motivada pela comunicação de crime ou de
contravenção inexistentes.
Causa de aumento de pena: aumenta a
pena de sexta parte se o agente usa de
anonimato ou de nome suposto.
Causa de aumento de penal: nihil
Causa de diminuição de pena: quando a
imputação é de contravenção penal, a
pena é diminuída de metade.
Ainda será diminuída na hipótese de
retratação, antes do oferecimento da
denúncia, de um a dois terços.
Causa de diminuição: nihil
Pena e ação penal: reclusão de 2 a 8 anos,
e multa. Ação penal pública
incondicionada.
Pena e ação penal: detenção de 01 a 06
meses, ou multa. Competência do
JECCrim, admitindo-se a suspensão
condicional do processo. A ação penal
pública incondicionada.
Auto-acusação falsa
O Código Penal, em seu artigo 341, refere-se ao crime de auto-acusação falsa. Esse delito
acontece quando o indivíduo acusa-se de ter cometido um crime que não cometeu (ou
porque outra pessoa o fez, ou porque o crime nunca existiu). Como conseqüência, quem se
auto-acusa falsamente pode receber pena de prisão, ou multa.
Mas e por que alguém seria tão torpe ao ponto de se auto-denunciar por um crime, sem ter
cometido crime algum? Apesar de parecer absurda, a previsão desse crime tem lá seu
fundamento – o delito está situado no capítulo referente aos crimes contra a administração
da Justiça. A intenção é punir aqueles que retardam o andamento de julgamentos com
óbices desnecessários. Um exemplo disso seria se alguém viesse diante da autoridade
judiciária ou policial para dizer que cometeu um determinado delito que não cometeu, ou
que jamais foi cometido, para desviar a atenção das investigações, e deixar a polícia e o
Judiciário ainda mais distante de descobrir a verdadeira autoria do crime (ou algum outro
crime que porventura realmente tenha sido cometido pela própria pessoa que se
auto-denuncia, mas que se pretendia acobertar com a auto-acusação falsa).
Crime de Falso testemunho ou falsa perícia
O Código Penal Brasileiro traz em seu artigo 342 o crime de falso testemunho ou falsa
perícia. Trata-se de condutas contra a administração da justiça e somente pode ser
cometido por testemunha, perito, tradutor, contador ou intérprete (pessoas essenciais para a
atividade judiciária). Pois essas pessoas prestam informações que podem servir de
fundamento para decisões em processos judiciais ou administrativos. As condutas
criminosas consistem no ato de mentir ou deixar de falar a verdade quando as referidas
pessoas estiverem em juízo, processo administrativo, inquérito policial ou em juízo arbitral.
Para que o crime seja considerado como consumado, basta a realização de qualquer das
atividades referidas no artigo e não há necessidade de o ato ter produzido
consequências.Se o acusado de falso testemunho desistir da mentira e contar a verdade,
no processo que ele mentiu e/ou omitiu, o crime deixa de existir. Mas a retratação deve
ocorrer antes da sentença.
FAVORECIMENTO PESSOAL
A conduta típica vem caracterizada pela expressão “auxiliar a subtrair-se”, que significa
ajudar a furtar-se, a escapar, a ocultar-se. O auxílio deve prestar-se a favorecer o autor do
crime (Não inclui contravenção penal), aos qual é cominada pena de reclusão, a subtrair-se
a ação da autoridade publica (judicial, policial, ou administrativa)
O auxílio admite qualquer forma de realização e deve ser prestado após a consumação do
delito anterior.
Não se admite favorecimento pessoal por omissão. Assim não configura o delito a atitude
do agente que deixa de informar a autoria de policial sobre o paradeiro ou esconderijo de
um criminoso.FAVORECIMENTO REAL
A conduta típica vem expressa pelo verbo prestar, que significa conceder, dedicar, render. O
objeto da prestação deve ser auxílio (ajuda, socorro) destinado a tornar seguro o proveito
do crime. O crime se consuma com a prestação do auxílio, independente do êxito na
empreitada. Não se confunde a figura da receptação dolosa com a de favorecimento real.
Na primeira , o agente visa o proveito econômico próprio, ou de terceiro, enquanto que no
favorecimento , ele visa assegurar o proveito do autor do crime, ou seja, beneficiar o
criminoso. Embora não previsto na Lei como condição de procedibilidade, alguns
doutrinadores entendem ser necessário o trânsito em julgado do crime anterior, (devido ao
constante do artigo 349 – C.P. criminoso) para o início da ação penal contra o favorecedor.
Só ocorrerá o crime de favorecimento real, quando o crime estiver consumado.
Se o agente e o favorecedor combinarem anteriormente a conduta, o favorecedor deixará
de responder pelo crime de favorecimento real e passará a ser co-autor ou partícipe do
crime.

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