Nos presentes autos encontra-se o pedido de prisão preventiva realizado pelo Ministério Publico em desfavor de Gilberto Cavalieri. Inicialmente, c...

Nos presentes autos encontra-se o pedido de prisão preventiva realizado pelo Ministério Publico em desfavor de Gilberto Cavalieri.

Inicialmente, convém tecer certas considerações:

A prisão preventiva é medida de extrema excepcionalidade, sendo cabível em situação prevista no artigo 312, do Código de Processo Penal.

Há prova da existência do crime (exame necroscópico de fls. 101/106).

Existem indícios de autoria, pois a autoridade policial chegou até o denunciado por meio de ‘denúncia anônima’, apesar de Gilberto ter negado a prática do crime e nenhuma testemunha ter presenciado o homicídio.

Quanto à presença dos requisitos da garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal ou assegurar a aplicação da lei penal, convém que sejam detalhados os fatos ensejadores dessa decisão.

Do crime decorreu grave perturbação da ordem pública, uma vez que a prática de um homicídio qualificado causa grande comoção social, o que deve ser combatido pelo judiciário com bastante rigor, podendo, inclusive, o denunciado voltar a delinquir.

Necessária se faz a prisão para a garantia da aplicação da lei penal, uma vez que o acusado mora em Foz do Iguaçu e as pessoas daquela região tem o costume de buscar oportunidades de trabalho fora do Brasil, bastando atravessar a ‘Ponte da Amizade’ para chegar ao país vizinho, Paraguai, assim, o acautelamento do acusado torna-se necessário para a efetiva aplicação da lei penal.

Apesar de não ter passaporte e ter baixo poder aquisitivo, nada impede que ele saia do país de forma ilegal.

O crime praticado pelo denunciado é extremamente grave. Aqueles que praticam esse tipo de crime não temem tumultuar o bom andamento do processo, assim, por conveniência da instrução criminal, recomenda-se a sua prisão.

Esses fatos justificam a garantia da ordem pública na medida em que afetam a credibilidade do Judiciário, recentemente abalada por casos de foragidos da Justiça.

Nem se argumente que o acusado é primário e possui bons antecedentes posto que isso não o torna imune à prisão provisória, comprovada como restou a necessidade desta.

Ante o exposto, acolho o pedido formulado pelo nobre membro do Ministério Público, decretando a prisão preventiva do denunciado.

Expeça-se mandado de prisão, sendo que este deverá ser cumprido de imediato.

O mandado ainda não foi cumprido.

Elabore a peça Revogação de Prisão Preventiva, para resguardar os direitos de Gilberto Cavalieri.