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Infraestrutura de Redes de Computadores

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2013
Infraestrutura de redes 
de Computadores
Unidades 1 e 2: Prof. Carlos Alberto Latzke
Unidade 3: Prof. Jan Charles Gross
Copyright © UNIASSELVI 2013
Elaboração:
Prof. Carlos Alberto Latzke – Unidades 1 e 2
Prof. Jan Charles Gross – Unidade 3
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
L365i Latzke, Carlos Alberto
Infraestrutura e redes de computadores / Carlos Alberto Latzke. Indaial 
: Uniasselvi, 2013.
 
170 p. : il
 
 
ISBN 978-85-7830- 713-4
1. Redes de computadores – Internet. I. Centro Universitário Leonardo 
da Vinci.
004.6
III
apresentação
Prezado(a) acadêmico(a)!
O Caderno de Estudos de Infraestrutura de Redes de Computadores 
apresentará a você, acadêmico(a), os componentes básicos da estrutura 
das redes de computadores e utilizados igualmente na grande rede 
mundial, a INTERNET.
Conforme Kurose (2010), a INTERNET é uma das maiores, senão 
a maior obra da engenharia humana. Com milhões de dispositivos 
interconectados – computadores, usuários, PDAs, webcams, servidores e 
outros – através de meios de comunicação, links de dados e dispositivos 
de acesso.
 
É importante perceber que vários destes conceitos, presentes nos 
componentes da própria INTERNET, são utilizados em vários outros 
tipos de redes, tais como as redes que atendem e dão suporte à telefonia 
fixa e móvel – os celulares – bem como as redes Wi-Fi.
A INTERNET, como uma grande rede mundial, funciona e opera 
seguindo o conceito básico de conectividade. Ela conecta transmissor e 
receptor através de um conjunto de componentes adicionais, que garantem 
o sucesso de sua comunicação.
Porém, é importante destacar que os componentes básicos, que 
permitem todas as formas de comunicação atual (e-mail, chat, redes sociais, 
telefonia etc.), estão presentes desde a invenção do primeiro telégrafo, na 
década de 1830. Os elementos, utilizados por Samuel Morse – inventor 
do telégrafo – naquela época, foram um fio, um código, o transmissor e o 
receptor e um eletroímã. 
Comunicar-se e trocar informações é uma atividade extremamente 
importante atualmente. Caro(a) acadêmico(a), você conseguiria imaginar 
um mundo sem INTERNET? Ou ainda, um mundo sem telefone e sem a 
possibilidade de trocar informações entre computadores que pertençam a 
uma mesma empresa ou escola?
Pois bem, se você respondeu “não” às perguntas anteriores, você 
pode imaginar: é incrível como somos todos dependentes do conceito 
básico de conectividade. Então, conectividade nada mais é do que “poder 
estar conectado”.
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Este é o fascinante mundo da comunicação em rede e sobre o qual 
o homem construiu inúmeras outras invenções. Do telefone ao satélite, 
da fibra óptica à Internet sem fio. Aproveite, revise e construa novos 
conceitos que inevitavelmente estarão fazendo parte de sua vida. 
Bons estudos e sucesso na sua vida acadêmica!
Prof. Carlos Alberto Latzke
V
VI
VII
UNIDADE 1 - CONHECENDO A INTERNET E AS REDES DE COMPUTADORES .......... 1
TÓPICO 1 - INTRODUÇÃO ÀS REDES DE COMPUTADORES E À INTERNET ............... 3
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 3
2 HISTÓRIA DA INTERNET E SEUS OBJETIVOS ..................................................................... 3
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................................... 15
RESUMO DO TÓPICO 1.................................................................................................................... 17
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 18
TÓPICO 2 - FUNDAMENTOS DAS REDES – OS COMPONENTES BÁSICOS................... 19
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 19
2 FUNDAMENTOS DAS REDES – OS COMPONENTES BÁSICOS ...................................... 19
RESUMO DO TÓPICO 2.................................................................................................................... 27
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 28
TÓPICO 3 - COMO A INTERNET FUNCIONA ........................................................................... 29
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 29
2 COMO A INTERNET FUNCIONA ............................................................................................... 29
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................................... 37
RESUMO DO TÓPICO 3.................................................................................................................... 38
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 39
UNIDADE 2 - AS REDES E OS PROTOCOLOS ........................................................................... 41
TÓPICO 1 - TOPOLOGIAS DE REDES .......................................................................................... 43
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 43
2 CONCEITO DE TOPOLOGIA ....................................................................................................... 43
3 TIPOS DE TOPOLOGIAS .............................................................................................................. 45
RESUMO DO TÓPICO 1.................................................................................................................... 49
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 50
TÓPICO 2 - NORMAS E ÓRGÃOS NORMATIZADORES ....................................................... 51
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 51
2 PADRÕES UTILIZADOSEM REDES DE COMPUTADORES .............................................. 51
3 ÓRGÃOS NORMATIZADORES .................................................................................................. 52
RESUMO DO TÓPICO 2.................................................................................................................... 60
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 61
TÓPICO 3 - SOFTWARES E PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO ....................................... 63
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 63
2 SOFTWARES E OS PROTOCOLOS DE REDE ........................................................................... 63
RESUMO DO TÓPICO 3.................................................................................................................... 85
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 86
sumárIo
VIII
TÓPICO 4 - FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ................................................................ 87
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 87
2 FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ................................................................................... 87
RESUMO DO TÓPICO 4.................................................................................................................... 95
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 96
TÓPICO 5 - EQUIPAMENTOS ......................................................................................................... 97
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 97
2 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE REDES .............................................................................. 97
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................................... 104
RESUMO DO TÓPICO 5.................................................................................................................... 106
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 107
UNIDADE 3 - GERENCIAMENTO E SEGURANÇA .................................................................. 109
TÓPICO 1 - FUNDAMENTOS DO GERENCIAMENTO DE REDES ...................................... 111
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 111
2 INFORMAÇÃO E SINAL................................................................................................................ 112
2.1 TIPOS DE SINAIS ........................................................................................................................ 113
2.2 ENVIO DE SINAIS A LONGAS DISTÂNCIAS ...................................................................... 114
3 TECNOLOGIAS PARA COMUNICAÇÃO ................................................................................. 115
3.1 TELEFONIA DIGITAL ................................................................................................................ 115
3.1.1 Comunicação em telefonia digital .................................................................................... 118
3.2 CIRCUITOS DIGITAIS ................................................................................................................ 118
3.2.1 Capacidades de circuitos ................................................................................................... 119
4 MODOS DE COMUNICAÇÃO ..................................................................................................... 121
4.1 FREQUÊNCIAS DE MULTIPLEXAÇÃO DA PORTADORA ............................................... 121
4.2 MULTIPLEXAÇÃO POR DIVISÃO DE ONDA ...................................................................... 122
4.3 MULTIPLEXAÇÃO POR DIVISÃO DE TEMPO .................................................................... 123
4.4 BANDA BÁSICA E TECNOLOGIAS DE BANDA LARGA.................................................. 123
4.5 ESPECTRO ESPALHADO .......................................................................................................... 124
5 TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÕES ........................................................................................ 125
5.1 COMUTAÇÃO DE CIRCUITOS ................................................................................................ 126
5.2 COMUTAÇÃO DE PACOTES ................................................................................................... 127
5.3 COMUTAÇÃO DE MENSAGENS ............................................................................................ 130
6 PROTOCOLOS DE TRANSMISSÃO .......................................................................................... 131
6.1 PROTOCOLO X.25 ...................................................................................................................... 131
6.2 FRAME RELAY ............................................................................................................................. 133
6.2.1 Circuitos virtuais comutados ............................................................................................ 135
6.2.2 Circuitos virtuais permanentes ......................................................................................... 136
6.2.3 Controle de congestionamento ......................................................................................... 136
6.3 POINT-TO-POINT PROTOCOL................................................................................................. 137
7 FORMA DE ENCAMINHAMENTO DE DADOS ..................................................................... 138
8 ENDEREÇAMENTO ........................................................................................................................ 138
RESUMO DO TÓPICO 1.................................................................................................................... 141
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 142
TÓPICO 2 - GERENCIAMENTO LAN E WAN ............................................................................. 143
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 143
2 CARACTERÍSTICAS DAS WANS ................................................................................................ 144
3 FORMAÇÃO DE UMA WAN ......................................................................................................... 145
4 TRANSMISSÕES A LONGAS DISTÂNCIAS ........................................................................... 148
IX
5 TIPOS DE REDES DE LONGA DISTÂNCIA ............................................................................. 149
5.1 REDE ÓTICA SÍNCRONA (SONET) ........................................................................................ 149
5.2 REDES DIGITAIS DE SERVIÇOS INTEGRADOS (ISDN) ..................................................... 150
5.3 SERVIÇO DE DADOS DE ALTA VELOCIDADE (SMDS) .................................................... 150
5.4 INTERFACE DE DISTRIBUIÇÃO DE DADOS COM FIBRA (FDDI) .................................. 152
6 MÉTODOS DE TRANSMISSÃO .................................................................................................. 154
6.1 ATM................................................................................................................................................154
6.1.1 Célula .................................................................................................................................... 156
6.1.2 Endereçamento .................................................................................................................... 157
6.1.3 Circuitos virtuais................................................................................................................. 157
6.2 DSL ................................................................................................................................................. 157
6.3 REDE DE LONGA DISTÂNCIA SEM FIO .............................................................................. 159
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................................... 161
RESUMO DO TÓPICO 2.................................................................................................................... 165
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 167
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 169
X
1
UNIDADE 1
CONHECENDO A INTERNET E AS 
REDES DE COMPUTADORES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade tem por objetivos:
• conhecer a internet relacionando-a com as redes de computadores;
• identificar os componentes das redes de computadores;
• compreender a função dos componentes básicos das redes;
• compreender como a internet funciona.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um deles, 
você encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos 
apresentados.
TÓPICO 1 – INTRODUÇÃO ÀS REDES DE COMPUTADORES E À 
INTERNET
TÓPICO 2 – FUNDAMENTOS DAS REDES – OS COMPONENTES 
BÁSICOS
TÓPICO 3 – COMO A INTERNET FUNCIONA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO ÀS REDES DE 
COMPUTADORES E À INTERNET
1 INTRODUÇÃO
Ao apresentar os conceitos sobre redes de computadores uma dúvida 
comum normalmente ocorre: A internet é uma rede? Segundo Tanenbaum (2003), 
a internet é formada por várias redes interligadas que se utilizam de protocolos – 
regras de comunicação – comuns para fornecerem os serviços de redes. Com base 
nesta afirmação, é usual verificar na internet e nos livros a expressão “a internet 
é a grande rede das redes” como uma expressão utilizada por vários autores e 
especialistas no assunto. Para uma melhor compreensão, vamos conhecer um 
pouco da história da internet e de seus objetivos, desde seu projeto inicial. 
2 HISTÓRIA DA INTERNET E SEUS OBJETIVOS
Há diversas fontes de informação, de importantes autores que já escreveram 
sobre a internet, como as fontes citadas no próprio livro do Tanenbaum, cujo 
autor como outros – a saber: James F. Kurose, Douglas E. Comer e mesmo autores 
nacionais como Gabriel Torres, Carlos E. Morimoto e Mario Dantas – destacam-se 
devido ao excelente conteúdo de suas obras.
Sim, a internet continua crescendo e evoluindo constantemente. Vamos aos 
fatos importantes para a história da internet no mundo. Conforme Kurose (2010), 
na década de 1960, três grupos, em diferentes locais no mundo, estavam criando 
e desenvolvendo os conceitos que seriam a base para as redes de computadores 
através da comutação (troca de mensagens através da interligação) de pacotes.
 
Os centros de pesquisa envolvidos na época eram o MIT (Instituto de 
Tecnologia de Massachusetts), o Rand Institute e o National Physical Laboratory da 
Inglaterra, os quais desenvolviam suas pesquisas com finalidades específicas. 
Estas pesquisas tinham o objetivo claro de prover um mecanismo de comunicação 
entre computadores. O mecanismo era a comutação (interligação) de pacotes, ou 
troca de mensagens, através de uma rede.
Conforme Kurose (2010), os trabalhos foram continuados na ARPA 
(Advanced Research Projects Agency – Agência de Projetos de Pesquisa Avançada) 
nos Estados Unidos e ali surgiu o que hoje conhecemos como a internet. Esta 
UNIDADE 1 | CONHECENDO A INTERNET E AS REDES DE COMPUTADORES
4
primeira versão, conectava quatro dispositivos denominados de processadores 
de mensagens de Interface – IMPs (Interface Message Processors). O primeiro foi 
instalado na Universidade da Califórnia, o segundo no Instituto de pesquisas de 
Stanford (SRI), o terceiro na Universidade da Califórnia e o quarto na Universidade 
de Utah.
 
Com o tempo, já em 1972, esta rede que inicialmente em 1969 contava com 
apenas 4 nós já possuía 15 nós conectados. A ARPAnet foi então apresentada ao 
público por Robert Kahn, na Conferência Internacional sobre Comunicação por 
Computadores, juntamente com o protocolo NCP (Network Control Protocol) que 
permitia o desenvolvimento de aplicações fim a fim. Nesta data, Ray Tomlinson 
desenvolveu o primeiro programa de e-mail criando o padrão “usuario@host”, 
que passaria a ser mundialmente utilizado.
Algumas datas que igualmente devem ser conhecidas:
	1969 – É criada a ARPAnet nos Estados Unidos.
	1972 – É lançado o primeiro programa de e-mail por Ray Tomlinson.
	1972 – Surge o protocolo NCP, o qual deu origem ao TCP/IP.
	1976 – Robert M. Metcalfe desenvolve o padrão Ethernet.
	1983 – Adoção do TCP/IP na ARPAnet.
	1990 – Tim Beners-Lee lança o hypertexto.
	1993 – Nasce a interface gráfica da internet.
Olhando os eventos e fatos históricos, citados anteriormente, podemos 
perceber que a própria internet conta com mais de 30 anos de existência. Sites 
como o computerhistory.org mantém registros de fatos e eventos ao longo de todo 
este período. Recomendamos uma visita ao link <http://www.computerhistory.
org/internet_history/index.html>, para mais detalhes sobre a história da internet.
Um fato importante necessita ser observado. Até o momento em que a 
ARPAnet foi desligada, ela passou por um espantoso crescimento, de 4 para até 
300.000 hosts/computadores. Porém, neste período, tornaram-se evidentes as suas 
limitações em função da explosão de seu crescimento. Uma destas limitações, 
segundo Kurose (2010), era o fato de que, para uma instituição conectar-se à 
ARPAnet, era necessário um contrato relacionado a algum projeto da agência 
americana ARPA, pois a ARPAnet era uma rede fechada.
Nesta época, conforme Kurose (2010), em meados de 1970, surgem outras 
iniciativas de redes independentes à ARPAnet. Estas redes utilizavam igualmente 
a tecnologia de comutação de pacotes:
	ALOHAnet, cuja rede era constituída por ondas de rádio.
	Telenet, uma rede comercial com a mesma tecnologia da ARPAnet.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO ÀS REDES DE COMPUTADORES E À INTERNET
5
	Cyclades, uma rede construída na França e inovadora.
	As redes ymnet e GE Information Services.
	A Rede SNA da IBM.
O número de redes e projetos relacionados à tecnologia de comutação 
de pacotes estava crescendo em função de que as universidades e centros de 
pesquisa percebiam os grandes benefícios, para a pesquisa, oriundos da troca 
de informações. Segundo Kurose (2010), as realizações alcançadas com o projeto 
da ARPAnet foram o passo inicial para criar o conceito de redes interligadas, ou 
interconectadas. Ou seja, criou-se o conceito de uma grande rede formada pela 
conexão de várias outras redes menores. Este projeto da ARPAnet foi conduzido 
por Vinton Cerf, o pai do TCP/IP, e por Robert Kahn. Estava criado o conceito e 
o termo “internetting”, que fazia alusão à interconexão das redes (CERF, 1974).
Paralelamente ao trabalho ao desenvolvimento da ARPAnet, surgem 
outros trabalhos relacionados ao conceito de redes. No Havaí, Abramson (1970) 
desenvolve um protocolo denominado de ALOHA e cria a rede ALOHAnet. 
Esta rede foi a primeira rede de acesso múltiplo e distribuído, compartilhando 
um único meio de comunicação e que permitiu aos vários usuários trocarem 
informações. Conforme Kurose (2010), Robert Metcalfe e David Boggs continuaram 
a desenvolver o trabalhoiniciado por Abramson e o resultado de seus esforços 
foi o surgimento do protocolo Ethernet. Este protocolo é utilizado até hoje, em 
redes locais de computadores, para acesso ao seu meio físico compartilhado. 
Com seu trabalho, Metcalfe veio a fundar uma das grandes empresas mundiais 
de equipamentos de redes de computadores, a 3COM.
Metcalfe nascido em 7 de abril de 1946, com a colaboração de seu assistente 
David Boggs, tornou-se um dos pioneiros no desenvolvimento da comunicação 
em redes de computadores com seu trabalho na XEROX. Em 1976, ele e seu 
assistente publicam um artigo denominado de “Ethernet: Distributed Packet-
Switching For Local Computer Networks”. Com a publicação deste artigo estava 
criado o padrão, cujo esboço inicial, segundo Kurose (2010), está exposto na 
Figura 1, denominado de Ethernet. O IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas 
e Eletrônicos), nos Estados Unidos, condecorou Metcalfe com várias medalhas 
e definiu o padrão IEEE 802.3 para o padrão de redes Ethernet, com acesso a 
um meio compartilhado através do protocolo CSMA/CD (Carrier Sense Multiple 
Access with Collision Detection).
UNIDADE 1 | CONHECENDO A INTERNET E AS REDES DE COMPUTADORES
6
FIGURA 1 – ESBOÇO DA ETHERNET
FONTE: Disponível em: <http://www.livinginternet.com/i/iw_ethernet.htm>. Acesso em: 24 fev. 2013.
Ora veja, caro(a) acadêmico(a), a visão de futuro que Robert Metcalfe 
teve ao perceber que ligar computadores em rede, era uma grande oportunidade 
em função de que todos, em algum momento, necessitariam trocar informações 
via rede! O padrão Ethernet, com o passar dos anos, evoluiu e sua velocidade é 
medida em Mbit/s (lê-se megabits por segundo), cuja unidade de transmissão é o 
quilobit, ou seja, 1.000 bits. Ou seja:
 
1 Mbit/s = 1.000 x 1 Kbit/s (1.000 bits) = 1.000.000 de bits/segundo
10 Mbit/s = 10.000 x 1 Kbit/s (1.000 bits) = 10.000.000 de bits/segundo
100 Mbit/s = 100.000 x 1 Kbit/s (1.000 bits) = 100.000.000 de bits/segundo
1000 Mbit/s = 1.000.000 x 1 Kbit/s (1.000 bits) = 1.000.000.000 de bits/segundo = 1 Gbit/s
Os padrões Ethernet que se sucederam, todos em conformidade com o 
padrão Ethernet original, foram os seguintes: 
10Base-T – padronizado como Ethernet IEEE 802.3 – c om 10 Mbit/s de velocidade.
Fast Ethernet – padronizado como Ethernet IEEE 802.3u – com 100 Mbit/s de 
velocidade.
Gigabit Ethernet – padronizado como Ethernet IEEE 802.3z – com 1 Gbit/s de 
velocidade. 
10 Gigabit Ethernet – padronizado como IEEE 802.3ae – com 10 Gbit/s de 
velocidade.
A ARPAnet crescia com grande velocidade e, no final de 1970 contava com 
quase 200 máquinas. Já ao final de 1980 este número era de aproximadamente 
cem mil. Segundo Kurose (2010), a década de 80 foi um período de grande 
crescimento. O mapa da Figura 2 exibe a estrutura da rede em 1981.
TAP
TRANSCEIVER
INTERFACE CABLE
INTERFACE
CONTROLLER
TERMINATOR
THE ETHER
STATION
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO ÀS REDES DE COMPUTADORES E À INTERNET
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UNIDADE 1 | CONHECENDO A INTERNET E AS REDES DE COMPUTADORES
8
Porém, parte deste crescimento impressionante era resultado do esforço 
das universidades em conectarem-se à rede. Pois as universidades percebiam, 
com a sua conexão à rede, os benefícios para a sua pesquisa científica devido à 
troca de informações entre os pesquisadores. Dos projetos paralelos à ARPANET, 
conforme Kurose (2010), a BITNET conectava várias universidades americanas 
permitindo a troca de e-mails e transferência de arquivos. A CSNET (Computer 
Science Network – a rede da ciência de computadores) é oficialmente constituída 
para permitir a conexão de pesquisadores e universidades, sem acesso à ARPAnet. 
Criou-se então, a NFSNET para permitir o acesso aos centros de supercomputação 
da NSF (National Science Foundation – Fundação Nacional da Ciência, fundada em 
1950 pelo Congresso dos Estados Unidos para promover o progresso da ciência) a 
qual iniciou sua operação da rede com a velocidade de 56 kbps e que ao final dos 
anos 80 já tinha alcançado a velocidade de 1,5 Mbps, criando uma grande rede que 
se estendia por todo o território dos Estados Unidos.
Além de abranger o território norte-americano, em 1989 conectam-se à rede 
a Austrália, a Alemanha, Israel, Itália, Japão, México, Holanda, Nova Zelândia e 
Reino Unido. Estava assim inaugurada a internet de abrangência mundial.
A exemplo da FINEP, da FAPESP e outros órgãos governamentais 
brasileiros que visam incentivar a pesquisa e projetos de inovação tecnológica, 
em diversas áreas, a NSF nos Estados Unidos teve um importante papel para o 
desenvolvimento da internet no mundo. Conforme Kurose (2010), A NSFNET 
passou, além de incentivar o desenvolvimento da nova estrutura de rede – onde 
todas as instituições podiam conectar-se –, a desempenhar o papel de elo entre 
as redes regionais, conectando-as e paralelamente inaugurando um modelo 
que seria utilizado em outras partes do mundo. Este modelo é o de uma grande 
estrutura de rede de longa distância, de abrangência nacional, cujo principal 
serviço era a interconexão das redes regionais. Conheça um pouco mais desta 
história visitando o Site da NSF em: <http://www.nsf.gov/news/news_summ.
jsp?cntn_id=103050>. 
Em 1990 a ARPAnet deixa de existir e a NSFNET caminha com abertura da 
rede para a sua utilização comercial, o que ocorre em 1991. Esta abertura trouxe 
outras consequências, como por exemplo, a adoção do modelo baseado nos 
provedores de acesso à internet, os quais se tornaram responsáveis pelo tráfego 
da internet e sua estrutura principal da rede, o backbone da internet. Além deste 
novo modelo de operação comercial e mantido por provedores, o ano de 1990 
marca a conexão à rede de outros países como a Argentina, a Áustria, a Bélgica, 
o Brasil, o Chile, a Grécia, a Índia, a Irlanda, a Coreia do Sul, a Espanha e Suíça.
Em 1992 a grande rede, a internet mundial, já possuía mais de 7.500 
redes, com aproximadamente 1.000.000 de computadores conectados. No ano 
seguinte, em 1993 surge a interface gráfica da web através do primeiro navegador, 
o “MOSAIC”, Figura 3, o qual foi o predecessor do navegar “Netscape”.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO ÀS REDES DE COMPUTADORES E À INTERNET
9
FIGURA 3 – O PRIMEIRO NAVEGADOR DE INTERNET
FONTE: Disponível em: <http://www.computerhistory.org>. Acesso em: 24 fev. 2013.
No Brasil, a abertura comercial da internet ocorre a partir de 1995, sendo 
a Embratel, até então a grande operadora do backbone da rede. A partir de 1995, 
no Brasil, é implementado o modelo de provedores de acesso, semelhante 
ao modelo americano. De forma mais detalhada é importante destacar as 
participações de instituições como a FAPESP e a Universidade Federal do Rio 
de Janeiro (UFRJ) como pioneiras na conexão do Brasil às redes americanas. 
Todo este desenvolvimento foi realizado, apesar das dificuldades e da reserva 
de mercado existente nesta época. Com a posse de Fernando Henrique Cardoso, 
em 1995, cria-se o Comitê Gestor da internet no Brasil, que passou o coordenar 
formalmente a implantação da internet em todo o território nacional. A RNP (Rede 
Nacional de Pesquisas), que havia sido criada pelo CNPq (Conselho Nacional de 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico) em 1989 como uma rede acadêmica, 
já possuía abrangência nacional e passou a adotar um modelo misto, onde a 
rede passava a suportar tanto o tráfego acadêmico, quanto comercial. Nascia a 
internet para uso acadêmico e comercial no Brasil. Veja ao final deste tópico, em 
“LEITURA COMPLEMENTAR”, um pouco mais da história das redes no Brasil. 
 
Não deixe de conhecer e acessar os sites que indicamos a seguir. Estes 
sites, atualmente, tem um importante papelpara o funcionamento da internet no 
Brasil:
	A Rede Nacional de Pesquisas: <http://www.rnp.br/>.
	A estrutura da rede atual da RNP: <http://www.rnp.br/backbone/index.php>.
	O Comitê Gestor da Internet no Brasil: <http://www.cgi.br/>.
	A FAPESP (Domínios nacionais e internacionais): <http://www.fapesp.org/>.
	O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (registro de domínios no 
Brasil): <http://registro.br/>.
O site do registro.br é especialmente importante, pois é nele onde efetuamos 
o registro dos domínios referentes aos sites que desejamos disponibilizar na 
internet. Mais adiante, explicaremos como isto funciona de forma prática. 
Hoje há em nosso cotidiano uma grande variedade de dispositivos que 
possibilitam o acesso a informações. Este acesso ocorre em função da maior 
disponibilidade de conexão às redes. Porém o próprio conceito de rede deve ser 
UNIDADE 1 | CONHECENDO A INTERNET E AS REDES DE COMPUTADORES
10
adequadamente compreendido com o objetivo de conhecer seus componentes 
básicos e entender o conceito de conectividade e comunicação.
Para comunicar de forma eficiente e eficaz, é necessário que os componentes 
básicos da rede estejam adequadamente instalados, configurados e operacionais. 
Você pode se perguntar: quais são os componentes básicos de uma rede de 
computadores e da internet?
Veja, na figura a seguir, os componentes que formam uma rede de 
computadores.
FIGURA 4 – COMPONENTES DE UMA REDE DE COMPUTADORES
FONTE: O autor
Na figura anterior é possível identificar os elementos básicos que 
compõem uma rede de computadores, a saber: o meio físico, o hardware de 
rede e os softwares de redes. Ao verificar novamente o exemplo do telégrafo, 
é fácil identificar em sua maioria a utilização destes mesmos elementos: o fio 
do telégrafo, que já naquela época era o meio físico pelo qual a mensagem era 
transportada; o aparelho de telégrafo, que é identificado como o equipamento 
da rede telegráfica e o Código Morse, inventado com a finalidade de representar 
as letras do alfabeto, que se constituía em um conjunto de códigos com a 
finalidade de estabelecer a comunicação. É possível verificar na figura a seguir, 
o conjunto de símbolos utilizados na comunicação com o telégrafo.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO ÀS REDES DE COMPUTADORES E À INTERNET
11
FIGURA 5 – REPRESENTAÇÃO DOS SÍMBOLOS UTILIZADOS NO CÓDIGO MORSE
FONTE: Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/codigo-morse.htm>. Acesso 
em: 10 ago. 2012.
Cada um destes elementos básicos tem um importante papel no processo 
de comunicação. O processo de comunicação será abordado na Unidade 2, deste 
caderno, onde você conhecerá os softwares de rede, sistemas operacionais e os 
protocolos, que normalmente compõem uma rede. De modo geral é importante 
destacar aqui cada um dos elementos básicos, com exemplos didáticos e comuns ao 
uso cotidiano, normalmente utilizados para compor uma rede de computadores, 
ou até mesmo a internet. 
Desta forma, podemos determinar uma classificação inicial para as redes, 
observando a sua abrangência. Ou seja, uma rede que possui uma abrangência 
restrita – a sua área de alcance e operação – é classificada como uma rede local ou 
LAN (Local Area Network). Veja, na figura a seguir, o exemplo de uma rede LAN, 
que apresenta as seguintes características:
• Abrangência restrita, até um quilômetro (empresa, escritório, campus, escola, 
casa).
• Sua administração, gerenciamento e manutenção, são privados.
• Alta velocidade.
• Alta confiabilidade.
Se você quiser saber mais sobre o Código Morse e o telégrafo, acesse: <http://
pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_morse>. A leitura é interessante!
NOTA
UNIDADE 1 | CONHECENDO A INTERNET E AS REDES DE COMPUTADORES
12
• Protocolo de acesso ao meio físico (Ethernet, HDLC etc.).
• Protocolo de comunicação (TCP/IP, NetBEUI, IPX/SPX etc.).
 
Abrangência restrita: um escritório, empresa, escola
FIGURA 6 – EXEMPLO DE UMA REDE LAN
FONTE: O autor 
Já a rede WAN (Wide Area Network), cuja abrangência se estende por 
vários quilômetros ou até mesmo cidades e países, conforme a figura a seguir, é 
classificada como uma rede de longa distância. As redes de longa distância podem 
ser formadas pela interligação de várias redes regionais, tal como a internet. As 
redes de longa distância apresentam as seguintes características:
• Grande abrangência, até milhares de quilômetros ou mesmo por todo um país 
ou continente.
• Sua administração é pública ou privada.
• Grande velocidade, com restrições.
• Protocolos de acesso ao meio físico (ATM, HDLC etc.).
• Protocolos de comunicação.
Abrangência estendida: um conjunto de regiões ou país
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO ÀS REDES DE COMPUTADORES E À INTERNET
13
FIGURA 7 – EXEMPLO DE UMA GRANDE REDE WAN
FONTE: O autor 
Caro(a) acadêmico(a)! Você pode se perguntar, existem apenas estes dois 
tipos básicos de redes? A resposta à sua pergunta é negativa. Ou seja, dependendo 
da classificação e critério adotado, podemos citar outros tipos de redes. Veja a 
seguir, segundo Tanenbaum (2003), uma classificação detalhada observando o 
critério de abrangência:
• Redes PAN: Personal Area Network - Redes de uso pessoal
 Abrangência = 1 metro
• Redes LAN: Local Area Network - Redes de abrangência restrita
 Abrangência = Até 1 quilômetro
• Redes MAN: Metropolitam Area Network - Redes que abrangem a cidade
 Abrangência = Até 10 quilômetros
• Redes WAN: Wide Area Network - Redes que abrangem longas distâncias
 Abrangência = de 100 quilômetros a um país ou continente
É importante citar as redes de aplicações específicas, como as redes 
de armazenamento de dados denominadas de SAN (Storage Area Network) e 
NAS (Network Storage Area). Estes dois tipos específicos de redes são redes 
especializadas para dispositivos de armazenamento, para grandes volumes de 
UNIDADE 1 | CONHECENDO A INTERNET E AS REDES DE COMPUTADORES
14
dados. Sim, estas redes existem e talvez você já seja um usuário delas, pois uma 
de suas aplicações é voltada à estrutura dos modernos Data Centers. Pense no 
Data Center do Google, da Amazon ou até mesmo da NASA, onde o gigantesco 
volume de dados, originado das pesquisas espaciais, tem a necessidade de ser 
adequadamente armazenado e, quando necessário, recuperado – lido – de forma 
eficiente e ágil.
Refletindo sobre a leitura anterior, é possível que você formule a seguinte 
pergunta: se as redes são formadas por um conjunto de componentes e a própria 
internet é formada pela interconexão de várias redes de menor abrangência, as 
redes regionais, como é possível que tudo funcione e opere adequadamente? 
A resposta a esta pergunta está em uma palavra denominada “padrão”. É 
exatamente a observância e adoção de padrões, por todos os que conectam as 
redes e a internet, que torna possível a comunicação entre equipamentos de 
diferentes marcas e modelos.
Um exemplo destes padrões, mundialmente reconhecido e adotado 
pelas redes ao redor do mundo inteiro, é o protocolo de comunicação TCP/IP. 
O TCP/IP é o protocolo de comunicação que permite que um computador com 
o Windows troque informações com um computador com LINUX. Ou seja, as 
redes de computadores são construídas observando padrões responsáveis 
pela conexão física e pela comunicação, ou seja, pela interconectividade e pela 
interoperabilidade das redes. Como exemplos destes padrões, citaremos algumas 
definições de padrões comumente utilizados em redes de computadores e na 
própria internet:
• TCP/IP – Protocolo de comunicação da internet.
• HTTP – Protocolo para transferência de hipertexto.
• HTTPS – Protocolo para transferência de hipertexto seguro.
• DNS – Sistema hierárquico de gerenciamento de nomes de domínios.
• IEEE 802.3 – Conjunto de padrões que definem a tecnologia Ethernet.
• IEEE 802.11 – Conjunto de padrões que definem a tecnologia wireless ou Wi-Fi 
(redes sem fio).
• URL – Endereço de um Recurso na rede (Uniform Resource Locator) ou 
Localizador-Padrão de Recursos.
• Website ou site – Conjunto de páginas referentesa um domínio.
• Domínio – Conjunto de caracteres que identificam um nome do mundo real.
• NIC – Network Interface Card ou placa de rede.
• E-mail – Sistema de troca de mensagens eletrônicas (ou e-mail).
• FTP – Protocolo e aplicação para transferência de arquivos.
• Endereço IP – Número, endereço lógico, que identifica de forma única um 
computador em uma rede.
• Endereço MAC – Número, endereço físico, que identifica de forma única uma 
placa de rede.
• 10Base2.
• 10/100BaseT.
• 1000BaseT.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO ÀS REDES DE COMPUTADORES E À INTERNET
15
HISTÓRIA DAS REDES NO BRASIL
A nosso ver o responsável pioneiro pelo rápido progresso inicial das 
redes no Brasil foi o Professor Oscar Sala da Universidade de São Paulo, único 
ex-presidente tanto da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência quanto 
da Academia Brasileira de Ciências. Ele fez chegar ao Brasil a rede BITNET em 
fins de 1988, conectando a FAPESP ao Fermilab nos EUA, através de uma linha 
dedicada de velocidade 4.800 bps, alugada da Embratel. Nesta linha coexistiram 
várias outras redes também, como a HEPNET, a DECNET, a USENET e finalmente 
a própria Internet. 
Na época, o Professor Sala era o Presidente do Conselho Superior da 
FAPESP e nesta qualidade ele foi instrumental para interessar aquela Fundação 
em dar um apoio decisivo às redes e um incentivo a toda a comunidade acadêmica 
do País na adoção deste recurso. Isto foi feito através do financiamento da ligação 
das instituições acadêmicas paulistas à rede ANSP (Academic Network at São 
Paulo) e através da facilitação da ligação à rede de outras instituições acadêmicas 
no País, franqueando a todos o uso acadêmico da linha internacional mantida 
pela FAPESP. Esta postura da FAPESP levou a uma rápida e entusiástica adoção 
da nova cultura, em especial nas três universidades paulistas que, por sua vez, 
começaram a investir na disponibilização dos recursos às suas respectivas 
comunidades. 
A ligação da FAPESP não foi a primeira conexão de rede a chegar ao 
Brasil. Ela foi precedida pelo Laboratório Nacional de Computação Científica do 
CNPq que alugou uma linha da Embratel três meses antes da FAPESP, ligando-
se à BITNET. Mas esta linha, embora muito importante, não teve a sorte de ter o 
mesmo impacto da iniciativa da FAPESP. A ligação do LNCC não evoluiu com o 
tempo e ela foi desativada com a mesma velocidade inicial de 9.600 bps, em 1996, 
quando da desativação da rede BITNET no Brasil.
 
Outra ligação pioneira que deve ser mencionada é aquela realizada pela 
rede Alternex, ligada ao IBASE, uma Organização Não Governamental que se 
ligou à rede USENET, via linha discada internacional, em julho de 1989.
 
Em retrospecto, o evento de maior relevância para o Brasil foi a nossa 
ligação à Internet. A primeira ligação nacional em TCP/IP foi realizada pela 
FAPESP em fevereiro de 1991. A FAPESP conseguiu disponibilizar o TCP/IP 
no seu VAX, e se encarregou da administração do domínio br e da distribuição 
dos números IP em todo o País, áreas em que colabora com o Comitê Gestor da 
Internet/BR até hoje.
LEITURA COMPLEMENTAR
UNIDADE 1 | CONHECENDO A INTERNET E AS REDES DE COMPUTADORES
16
Alguns meses depois, ainda em 1991, estabelece-se outra linha 
internacional, ligando o Rio de Janeiro à Internet, com origem no Núcleo de 
Computação Eletrônica da UFRJ. Estas ligações pioneiras foram instrumentais 
para a aceitação do padrão TCP/IP no Brasil. Na verdade, nesta época, era objeto 
de discussão ativa o protocolo que seria mais adequado para ligar o Brasil nas 
redes internacionais. 
Deve ser mencionada também a dificuldade substancial que todos 
tiveram para interessar a Embratel nestas primeiras ligações internacionais. 
Outra dificuldade era causada pela política de reserva de mercado, vigente na 
época. Esta política dificultava o acesso brasileiro ao sistema operacional Unix e 
às estações de trabalho que se revelaram, a posteriori, como os meios mais ágeis de 
viabilizar e disseminar a cultura Internet no País. Vale a pena registrar que a quase 
totalidade da nossa comunidade teve o seu primeiro contato com o Unix a partir 
de 1990, quando se iniciou o relaxamento da reserva de mercado, sendo bastante 
raros os casos de estações de trabalho, quase sempre solitárias e compartilhadas 
por comunidades numerosas, operando em 1988 ou 1989. 
O CNPq se interessou pelas redes computacionais a partir de julho de 1989, 
quando foi lançada a Rede Nacional de Pesquisas, RNP, na feira da SUCESU, sem 
estrutura física própria na época. O “backbone’’ nacional da RNP começou a ser 
instalado em 1991, com linhas de 9.600 bps. Hoje, as linhas principais da RNP têm 
velocidade de 2 Mbps. Até agosto de 1996 a ligação da RNP ao exterior era feita 
através das linhas mantidas pela FAPESP; nesta data a RNP obteve uma linha 
própria que ligava o Distrito Federal aos EUA. 
Com a posse do governo Fernando Henrique Cardoso, em 1995, 
estabeleceu-se o Comitê Gestor da rede Internet no Brasil, com a atribuição de 
coordenar e incentivar a implantação daquela rede no País. Paralelamente a 
RNP decidiu tornar-se uma rede mista que além do tráfego acadêmico carregava 
também tráfego comercial. Assim, ela passou a constituir a espinha dorsal da rede 
Internet no Brasil. Até hoje, o “backbone’’ da RNP é o único de alcance nacional 
no País. Ele foi e continua sendo instrumental para o acentuado progresso da 
Internet no Brasil. Maiores informações sobre a situação e evolução da Internet no 
Brasil podem ser encontradas no servidor do Comitê Gestor.
 
Deve ser destacada também a espiral de Campos, uma contribuição de 
Ivan Moura Campos à conceituação do desenvolvimento da Internet em espirais. 
Isto compreende ciclos que se iniciam em Pesquisa e Desenvolvimento, passam 
por Parcerias Governamentais e depois por Parcerias Privadas para chegar como 
uma “Commodity’’ à Sociedade, antes de recomeçar o próximo ciclo. 
FONTE: Disponível em: <http://www.ime.usp.br/~is/abc/abc/node25.html>. Acesso em: 20 
mar. 2013.
17
RESUMO DO TÓPICO 1
Caro(a) acadêmico(a)! Neste primeiro tópico da Unidade 1, você estudou 
os seguintes conceitos relevantes sobre a internet e as redes de computadores:
• A internet é uma grande rede de redes. A comunicação entre estas redes ocorre 
através do uso de protocolos comuns.
• A ARPAnet foi o embrião da internet.
• Ray Tomlinson escreveu o primeiro programa de e-mail no formato usuario@
host.
• Vinton Cerf, o pai do TCP/IP, criou o conceito de redes interligadas.
• Robert Metcalfe e David Boggs desenvolveram o protocolo ethernet para redes 
LAN.
• Para redes locais (LANs), que se tornaram um padrão mundial.
• A velocidade de rede em medida em megabits por segundo.
• A NSFNET foi a rede sucessora da ARPAnet.
• No Brasil, a RNP foi a primeira iniciativa brasileira de uma grande rede com 
conexão mundial.
• Uma rede de computadores possui três elementos básicos: o hardware, o software 
de rede e o meio físico.
• Protocolos são regras de comunicação.
• As redes, segundo sua abrangência, podem ser: PAN, LAN, MAN e WAN.
• O TCP/IP é o protocolo de comunicação da internet.
18
AUTOATIVIDADE
Vamos praticar, caro(a) acadêmico(a)? Responda às seguintes questões: 
1 Qual foi a contribuição de Robert Mecalfe para o desenvolvimento das redes 
de computadores?
a) ( ) Desenvolveu o protocolo HTTP.
b) ( ) Desenvolveu o padrão Ethernet.
c) ( ) Desenvolveu o protocolo TCP/IP.
d) ( ) Desenvolveu o DHLC.
2 Qual foi a rede de computadores que deu origem à internet?
a) ( ) A ARPANET.
b) ( ) A NSFNET.
c) ( ) A MBONE.
d) ( ) A RNP.
3 O que representou o surgimento do software MOSAIC, o primeiro navegador?
a) ( ) A criação de padrões de endereçamento.
b) ( ) O surgimento da interface gráfica da web.
c) ( ) O acesso à redes de longa distância.
d) ( ) A comunicação através do e-mail.
 
4 O que são protocolos? 
a) ( ) São tipos especiais de conectores.
b) ( ) São tipos especiais de cabos.
c) ( ) São regras de comunicação.
d) ( ) São equipamentos de rede.
5 Oque é um website, ou site da web? 
a) ( ) Uma base de dados para upload de um domínio.
b) ( ) Um conjunto de páginas, de uma empresa ou organização, de um 
domínio.
c) ( ) Um conjunto de protocolos que compreendem um rede LAN.
d) ( ) Um conjunto de protocolos que compreendem uma estrutura.
Verifique seu desempenho, se você acertou todas as cinco questões, 
parabéns! Você está no caminho certo e incentivamos a continuar e aprimorar 
seus estudos. Para isto voltamos a incentivá-lo(a) a visitar o site da RNP! 
Em especial, para você visualizar e compreender a grandeza da internet no 
Brasil. Acesse diretamente, o link a seguir, verificando como a RNP já abrange 
uma vasta área do território nacional: Disponível em: <http://www.rnp.br/
backbone/index.p.hp>. 
19
TÓPICO 2
FUNDAMENTOS DAS REDES – OS 
COMPONENTES BÁSICOS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Para facilmente compreender o conceito, as funções e os benefícios de 
uma rede de computadores, é importante reforçar a compreensão da principal 
função dos seus elementos básicos destacados anteriormente na Figura 4.
2 FUNDAMENTOS DAS REDES – OS 
COMPONENTES BÁSICOS
O primeiro elemento a ser destacado é o meio físico. De forma geral, 
o meio físico é o caminho físico – o cabo, a fibra óptica, a onda de rádio (Wi-
Fi) – pelo qual a informação é transmitida, ou seja, o caminho físico pelo que a 
informação trafega entre uma origem e um destino. São exemplos de meio físico 
para uma rede de computadores:
Cabos metálicos: o cabo coaxial, o cabo de par trançado são exemplos deste 
meio físico. Conectar computadores com um único cabo, a exemplo da utilização 
do cabo coaxial, é a forma mais barata de construir uma rede de computadores. 
Porém, os projetos modernos de redes de computadores passaram a utilizar, 
como uma evolução, o par trançado como o seu principal meio físico. Veja, na 
Figura 8 e na Figura 9, exemplos destes meios físicos:
Meio físico guiado: 10Base2
UNIDADE 1 | CONHECENDO A INTERNET E AS REDES DE COMPUTADORES
20
FIGURA 8 – EXEMPLO DE UM CABO COAXIAL FINO
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_coaxial>. Acesso em: 24 fev. 2013.
FIGURA 9 – EXEMPLO DE UM CABO UTP
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_par_trançado>. Acesso em: 24 fev. 2013.
Fibras ópticas: as fibras ópticas, com o passar do tempo e o surgimento 
das aplicações multimídia, passaram a ter uma importante utilização como 
meio físico para as redes de computadores. Isto se deve à sua enorme 
capacidade de transmissão. Veja os exemplos de tipos de fibras, utilizados em 
redes de comunicação, como a fibra óptica monomodo e a fibra multimodo, 
na figura a seguir:
Meio físico guiado: 10/100Base-FX
Cabo UTP sem blindagem com 4 pares
TÓPICO 2 | FUNDAMENTOS DAS REDES – OS COMPONENTES BÁSICOS
21
FIGURA 10 – EXEMPLO DE FIBRAS ÓPTICAS
Cabo de Fibra Multimodo
Diâmetro do Núcleo: 50, 62, 5 ou 100 micra
Diâmetro da Casca: 125 micra
Cabo de Fibra Monomodo
Diâmetro do Núcleo: 7, 1 ou 8,5 micra
Diâmetro da Casca: 125 micra
FONTE: O autor
Ondas de rádio: este meio físico há muito tempo é utilizado pelas 
operadoras de telecomunicações para conectar, via enlaces de rádio, à longa 
distância as localidades remotas e de difícil acesso. Este meio físico é também 
utilizado nas redes Wireless (Wi-Fi) e Wimax. Veja, na figura a seguir, um exemplo 
deste meio físico:
Meio físico não guiado: Wireless ou Wi-Fi 
FIGURA 11 – EXEMPLO DE CONEXÃO WIRELESS
FONTE: O autor
Satélites: os links de satélites operam em altitudes elevadas, cerca de 
30.000 Km, e disponibilizam conexões para sua área de cobertura. São largamente 
utilizados como meio físico nas redes de telecomunicações. Veja, na figura a 
seguir, um exemplo de utilização deste meio físico para interconectar a estação 
espacial Internacional à Terra, provendo os meios de comunicação à mesma:
UNIDADE 1 | CONHECENDO A INTERNET E AS REDES DE COMPUTADORES
22
Meio físico não guiado: satélites
Arquivo: ISS Communication Systems.png
FIGURA 12 – EXEMPLO DE CONEXÔES VIA SATÉLITES
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:ISS_Communication_Systems.
png>. Acesso em: 24 fev. 2013.
Rede elétrica: as redes de energia, desde o início dos anos 2000, têm sido 
objeto de estudos e projetos visando aproveitar as redes cabeadas existentes 
como meio físico para as redes de comunicação. A tecnologia PLC (Power Line 
Communications), atualmente viabiliza o uso de redes de comunicação sobre redes 
de energia, inclusive como acesso à banda larga.
TÓPICO 2 | FUNDAMENTOS DAS REDES – OS COMPONENTES BÁSICOS
23
FIGURA 13 – EXEMPLO DE EQUIPAMENTOS DE REDE
FONTE: O autor
Já os protocolos de rede são responsáveis por duas funções básicas, as 
quais são o acesso ao meio físico – ao cabo – e à comunicação propriamente dita. 
Os protocolos definem as regras ou normas para o processo de comunicação. Você 
pode imaginar os protocolos como sendo a língua portuguesa, que utilizamos 
para nos comunicar. São exemplos de protocolos: o IPX/SPX, o TCP/IP, o NetBeui, 
o CSMA/CD etc. Na figura a seguir, o círculo indica os protocolos utilizados pela 
interface – placa – de rede do computador, do servidor ou da estação de trabalho.
FIGURA 14 – EXEMPLO DE PROTOCOLOS DE REDE
FONTE: O autor
Com a disponibilidade destes três componentes básicos, é possível projetar 
e construir redes de computadores que conectem a internet, pois a própria 
internet é formada por estes três mesmos componentes. Caro(a) acadêmico(a)! 
O hardware de rede, como segundo elemento, é constituído por todos os 
equipamentos e componentes físicos – placas – que encontramos na rede, nos quais 
ocorre o processamento necessário ao processo de comunicação. São exemplos 
de hardware de rede: o seu modem ADSL, a placa de rede do seu computador, o 
servidor, o roteador, o switch de rede etc. Veja, na figura a seguir, exemplos de 
hardwares de rede:
UNIDADE 1 | CONHECENDO A INTERNET E AS REDES DE COMPUTADORES
24
Você pode se perguntar: as redes de celulares e telefonia são compostas por estes 
mesmos componentes básicos? A resposta é sim. São exatamente estes mesmos 
componentes, de forma específica, que são utilizados nas redes de telefonia e 
comunicação.
Outro aspecto a ser lembrado, o qual garante que tudo funcione 
adequadamente, é a necessidade da utilização de padrões que garantam 
funcionalidade entre equipamentos de fabricantes distintos! Veja o exemplo de um 
notebook, com placa de rede wireless da Intel, que se conecta a uma rede cujo servidor 
possua uma placa de rede da 3COM. Ambos poderão comunicar-se, transferindo 
arquivos ou e-mails, se ambas as placas de rede estiverem em conformidade com 
os padrões da tecnologia de rede utilizada pela LAN, que os conecta. Segundo 
Tanenbaum (2003), a rede permite o compartilhamento de recursos tornando-
os disponíveis a todos que estiverem conectados à rede. Desta forma, as redes 
modernas são construídas com esta finalidade. Veja, na figura a seguir, um exemplo 
deste conceito, onde a impressora e o servidor são recursos compartilhados na rede, 
os quais estão disponíveis aos usuários.
FIGURA 15 – EXEMPLO DE RECURSOS COMPARTILHADOS EM UMA REDE LAN
FONTE: O autor
Este conceito de compartilhamento de componentes físicos, tal como a 
impressora e o servidor, são os benefícios imediatos que a instalação de uma rede 
proporciona. Porém atualmente, o conceito é mais abrangente e direcionado aos 
recursos da rede. Você pode se perguntar: mas afinal, o que é um recurso de rede? 
A resposta se resume a uma única palavra – tudo. Tudo o que se conecta na rede, 
ou na internet, pode ser considerado um recurso da rede desde que possibilite o 
seu compartilhamento.
Sim, as redes são construídas para conectar pessoas, máquinas, aplicações, 
computadores, equipamentos, dispositivos de segurança e tudo o que tiver 
TÓPICO 2 | FUNDAMENTOS DAS REDES – OS COMPONENTES BÁSICOS
25
capacidade de comunicação. Devido a este fato, as redes evoluíram, e deixaram 
de ser um meio de conexão apenasde computadores. Atualmente conectamos as 
redes uma grande variedade de dispositivos, os quais utilizam de forma conjunta 
vários tipos de meios físicos para comunicação em rede. Veja novamente a figura 
15 e imagine que a impressora é conectada à rede, não mais por cabo metálico, 
mas através de wireless! Uma imediata observação pode ser anotada: as redes 
não são um ambiente homogêneo, onde existem apenas dispositivos de uma 
única tecnologia! Segundo Young (2008), o processo de fusão de empresas visa 
à redução de custos, sendo que a tecnologia e as redes já existiam anteriormente 
em cada empresa. Ou seja, a rede é um ambiente naturalmente heterogêneo. Nela 
há diversos tipos de meios físicos, de equipamentos, de recursos, de tecnologias 
e de serviços de rede.
Esta variedade motivou o surgimento de outro conceito, o de redes 
multisserviço ou redes convergentes. Este tipo de rede tem a capacidade de 
suportar, em função de sua estrutura inteligente e robusta, uma grande variedade 
de aplicações e serviços, tais como: dados, telefonia e multimídia em uma única 
estrutura física de rede. As redes modernas são construídas observando estas 
exigências o que permitirá que sua vida útil seja adequada às necessidades das 
aplicações por ela suportadas. Segundo Nassif e Soares (2005), redes convergentes 
possibilitam a transmissão de voz, dados, imagens, vídeo e som através de uma 
única estrutura de rede, o que é extremamente interessante, para as operadoras 
de Telecom, em função da redução de investimentos e custos de operação.
Ainda, segundo Nassif e Soares (2005), as redes convergentes ou 
multisserviço possuem como protocolo o protocolo internet (IP), sendo o QoS 
(Quality of Service) um de seus componentes básicos que tem por objetivo 
atender às demandas definidas para a rede multisserviço. De forma básica, é 
importante entender o QoS como uma tecnologia, que deve estar presente em 
todos os equipamentos da rede, e que permite classificar os pacotes de dados 
IPs. Como resultado desta classificação, alguns dos pacotes de dados IPs – os 
mais prioritários – são transmitidos antes que os demais. Este comportamento é 
importante para programas e aplicações que necessitam um bom desempenho na 
rede, com relação à transmissão de seus pacotes de dados IPs. Resumindo, com 
o QoS que tem maior prioridade é transmitido antes. Você pode se perguntar, 
que tipo de programa ou aplicação necessita-se do QoS? Como exemplo, citamos 
os programas de videoconferência, as aplicações multimídia, a telefonia IP etc. 
Veja, na Figura 16, como os pacotes IP VoIP (Voz sobre IP) são classificados, 
prioritariamente pelo QoS, sendo então transmitidos para a Internet antes dos 
demais pacotes IPs (E-mail e http). 
UNIDADE 1 | CONHECENDO A INTERNET E AS REDES DE COMPUTADORES
26
FIGURA 16 – O QOS NAS REDES
FONTE: O autor
Esta crescente complexidade das redes atuais, heterogêneas e multisserviço, 
impõe a necessidade de utilizarmos técnicas adequadas para a sua construção. 
Há a necessidade de adotar a abordagem segundo o conceito de projeto. Desta 
forma poderemos identificar as necessidades, pensar em soluções e planejar o 
futuro crescimento da rede, adequando os orçamentos às necessidades. Toda 
estrutura de rede de computadores e comunicação é uma obra de engenharia e, 
para tal, necessidade que alguém se responsabilize tecnicamente pela mesma. Em 
outras palavras, no CREA, alguém deverá assinar o documento ART (anotação 
de responsabilidade técnica) tornando-se responsável pela obra de construção 
da rede. Este fato é igualmente importante, para a própria manutenção futura 
da rede, pois assim será gerada uma série de documentos que auxiliarão na 
documentação da própria rede.
Refletindo um pouco sobre o que você acabou de ler acima, a conclusão 
é simples: as redes profissionais de comunicação e de computadores são um 
ambiente complexo, o que é efetivamente diferente do censo comum, no qual 
tudo na rede tende a ser “plug and play”. Quando é necessário ótimo desempenho 
e performance, é preciso conhecer adequadamente as tecnologias com as quais 
estamos trabalhando a fim de extrair o resultado desejado. 
Esta complexidade de padrões, de cabos, de fibras ópticas, de servidores, 
de QoS, de serviços, de protocolos, de equipamentos, de usuários e suas 
aplicações, própria das redes heterogêneas, impõe aspectos como a exigência do 
seu gerenciamento e um adequado nível de suporte. Para atender a estes aspectos, 
é necessário utilizar ferramentas modernas de monitoração e controle, nas quais 
é possível registrar os eventos ocorridos com a rede, com seus usuários e suas 
aplicações. As tarefas de gerenciar e controlar a redes têm por finalidade garantir 
a sua perfeita operação, porém este assunto será melhor explorado na Unidade 3 
deste Caderno de Estudos. 
27
RESUMO DO TÓPICO 2
Caro(a) acadêmico(a)! Neste tópico, você estudou os seguintes conceitos 
relevantes:
• O meio físico de uma rede de computadores ou da internet é o caminho físico 
em que a informação é transmitida.
• Os meios físicos podem ser guiados ou não guiados.
• Exemplos de meios físicos guiados: cabos metálicos, fibras ópticas, rede 
elétrica.
• Exemplos de meios físicos não guiados: satélites, ondas de rádio (wireless).
• O grande benefício inicial de uma rede é o compartilhamento de seus recursos, 
arquivos, impressoras.
• As redes de computadores são heterogêneas, com computadores e sistemas de 
vários fabricantes.
• As redes de computadores modernas devem ser inteligentes para suportar uma 
grande variedade de serviços de forma simultânea. Exemplo: videoconferência 
e e-mail.
28
AUTOATIVIDADE
Caro(a) acadêmico(a)! Responda às seguintes questões:
1 São exemplos de meio físico:
a) ( ) A fibra óptica e o par trançado.
b) ( ) A fibra óptica e o TCP/IP.
c) ( ) O TCP/IP e os satélites.
d) ( ) O CSMA/CD e o 10BaseT.
2 São exemplos de protocolos:
a) ( ) Fibra óptica, 10BaseT.
b) ( ) TCP/IP, 10BaseT.
c) ( ) CSMA/CD, IPX/SPX.
d) ( ) IPX/SPX, Wireless.
3 Qual é o primeiro e grande benefício de uma rede de computadores?
a) ( ) O compartilhamento de recursos.
b) ( ) O compartilhamento do meio físico.
c) ( ) A distribuição de acessos.
d) ( ) A mobilidade restrita à rede LAN.
 
4 O que é uma rede multisserviço? 
a) ( ) Uma rede que permita trafegar várias aplicações simultaneamente.
b) ( ) Uma rede que está permanentemente conectada à internet.
c) ( ) Uma rede com acessos de grande capacidade.
d) ( ) Uma rede local, com tecnologia wireless, porém desprovida de QoS.
Verifique seu desempenho. Se você acertou as quatro questões, 
parabéns! Se este não foi o resultado alcançado, reveja o texto. Procure destacar 
seus pontos principais e repita as questões.
Para auxiliá-lo(a) a fixar este conteúdo é importante observar sua 
própria conexão de internet e a rede de computadores que você utiliza em seu 
trabalho ou residência. A sugestão é elaborar uma lista simples, com elementos 
e componentes que você encontrou. Depois da elaboração desta lista, troque 
uma ideia com as pessoas à sua volta, com a sua turma de estudos e ou com 
seu tutor da EAD, verificando quais são os tipos de equipamentos, cabos, 
conexões de internet, servidores e computadores encontrados. Assim você 
poderá responder à pergunta: a sua rede é uma rede moderna e atualizada? 
29
TÓPICO 3
COMO A INTERNET FUNCIONA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
A próxima pergunta que você se deve fazer é: OK, eu já conheço de forma 
geral os componentes básicos das redes de computadores e da internet! Mas, 
como ela realmente funciona? O que torna disponível e de fácil acesso à Internet 
esta enorme quantidade de informações, sites, serviços, e-mails, lojas virtuais, a 
facilidade de acesso e, mais recentemente, a total mobilidade?
2 COMO A INTERNET FUNCIONA
Para responder a esta pergunta é importante destacar, em primeiro 
lugar, o conceito de serviço associado ao conceito de aplicativo ou programa. 
Para simplificar a sua compreensão a respeitodeste importante conceito, que é 
denominado tecnicamente de modelo “cliente/servidor” (C/S), veja o exemplo do 
seu navegador de internet e um site qualquer, cuja página você deseja acessar. 
Você, através do navegador, solicita o acesso à página. O site, ao receber a sua 
requisição a processa enviando ao seu navegador a página solicitada. Assim, ela é 
exibida na tela de seu computador. Segundo Kurose (2010), aplicações utilizadas 
em redes de computadores possuem duas partes (dois componentes): o cliente e 
o servidor. Neste exemplo, o seu navegador é a parte cliente e o site acessado faz 
a função de servidor. O cliente usualmente é responsável por solicitar serviços, 
páginas, dados ou informações em algum computador servidor destes serviços. 
O servidor é o conjunto formado pelo hardware (computador) e o software 
(programas aplicativos), responsável por disponibilizar serviços através da rede. 
Já os serviços são os programas, as aplicações, que estão executando em algum 
servidor na rede.
Este conceito é fundamental para compreender todo o funcionamento da 
internet e das demais aplicações, típicas de rede, que encontramos e interagimos 
diariamente ao utilizarmos a internet. Veja ainda o exemplo do sistema de e-mail, 
utilizado mundialmente pelas pessoas para trocar informações. O programa de 
e-mail que você utiliza localmente, no seu computador, é o programa cliente. Já a 
sua caixa postal, a qual reside no servidor de e-mail, é manipulada pelo programa 
servidor de e-mail, que é responsável por transmitir e destinar os novos e-mails às 
suas respectivas caixas postais. Veja, na Figura 17, a identificação dos componentes 
do modelo de processamento “cliente/servidor”.
30
UNIDADE 1 | CONHECENDO A INTERNET E AS REDES DE COMPUTADORES
FIGURA 17 – OS COMPONENTES CLIENTE E SERVIDOR
FONTE: O autor
Sim, caro(a) acadêmico(a)! O modelo cliente servidor ainda é o principal 
componente que viabiliza as aplicações trabalharem em rede, porém não é o único. 
Outros modelos de processamento evoluíram a partir dele e atualmente têm 
igual importância no processamento das informações. Porém a funcionalidade 
da internet não é unicamente dependente do modelo cliente/servidor. Há sim 
um conjunto de aplicações, que se utilizam do modelo cliente/servidor, que 
possuem importância destacada por garantir a funcionalidade da internet como 
a conhecemos. São elas: os servidores de páginas, os servidores de transferência 
de arquivos, os servidores de e-mail, os servidores de mensagens instantâneas, 
os servidores das redes sociais e principalmente o servidor responsável pela 
tradução de nomes e endereços – o DNS (Domain Name System ou Sistema de 
Nomes e Domínios).
Como você pôde ler anteriormente, os serviços utilizados na internet são 
disponibilizados por um conjunto de programas aplicativos que se encontram 
nos diversos servidores da internet. Quando você está utilizando a internet, você 
utiliza dois ou mais destes serviços, por meio de um acesso que lhe permita a 
conexão à internet. A própria conexão à internet é um serviço de acesso físico à 
rede, regulamentado pela ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) e 
para o qual há a necessidade da utilização de um provedor de acesso (ISP – Internet 
Service Provider). Provedores de acesso, além de disponibilizar o serviço de acesso 
físico, são responsáveis por manter a internet funcionando adequadamente.
Imaginar todo este conjunto de aplicações, serviços e componentes, 
trabalhando em conjunto e garantindo as funcionalidades básicas da internet e das 
redes de computadores, é algo complexo. Em função disto e com o objetivo de separar 
as várias funções e serviços, encontrados na internet e nas redes de computadores, 
adotou-se, conforme Kurose (2010), um modelo estruturado em cinco camadas 
para simplificar a estrutura do processo de comunicação. Essencialmente, quando 
você acessa um serviço na internet, você está realizando uma comunicação entre 
seu computador e o servidor do site remoto – o servidor do serviço. 
TÓPICO 3 | COMO A INTERNET FUNCIONA
31
Desta forma, cada função principal foi isolada em uma determinada 
camada deste modelo e seu respectivo conjunto – pilha – de protocolos da internet. 
Veja, na Figura 18, um exemplo de alguns protocolos da pilha de protocolos da 
internet, ou seja, utilizados para o acesso à internet.
FIGURA 18 – A PILHA DE PROTOCOLOS DA INTERNET
FONTE: O autor
Cabe aqui uma explicação, sobre o motivo pelo qual foi adotado um 
modelo composto em camadas para implementar o processo de comunicação. 
Utilizar um modelo de camadas proporciona, ao isolar as funções de cada 
camada, a construção de equipamentos específicos para uma determinada 
função! Desta forma, você, hoje em dia, pode comprar um modem ADSL router 
devido à sua função de roteamento ter sido isolada em uma camada específica, 
permitindo assim a construção de vários modelos de equipamentos que 
atendam a esta função.
Pilha de Protocolos da Internet
Camadas Protocolos Função
Aplicação SMTP, FTP, HTTP Suporte as aplicações
Transporte TCP, UDP Transporte de dados
Rede IP, ARP, ICMP, RIP, RARP, ... Roteamento da origem ao destino
Enlace PPP, Ethernet, ATM, FDDI, ... Conexão/ Transferência física.
Física Cabo, Fibra, Wi-Fi Bits "no meio físico"
Indico a você, caro(a) acadêmico(a), que necessita aprofundar-se detalhadamente, 
a leitura complementar do Capítulo 5, no livro de Mario Dantas – Tecnologias de redes de 
comunicação e computadores – e do Capítulo 1, no livro de James F. Kurose e Keith W. Ross 
– Redes de computadores e a internet: uma abordagem top-down – nos quais é possível 
identificar claramente a referência a este modelo de camadas. Segundo ambos os autores, há 
a existência de dois modelos conhecidos e aceitos atualmente.
DICAS
32
UNIDADE 1 | CONHECENDO A INTERNET E AS REDES DE COMPUTADORES
De forma prática, as redes de computadores utilizam o modelo de pilha 
de protocolos da internet, também denominado de modelo de referência TCP/
IP. Porém mundialmente, é reconhecido o modelo de referência RM-OSI para 
protocolos de rede com sete camadas para o processo de comunicação. O 
modelo de referência TCP/IP – internet – era originalmente formado por quatro 
camadas, porém devido à necessidade de compatibilidade, foi posteriormente 
modificado para cinco camadas, ficando denominado de modelo de referência 
TCP/IP modificado. Como o TCP/IP é o protocolo de comunicação utilizado 
em toda a Internet, é comum denominá-lo como o protocolo padrão “de fato” 
pela sua utilização em larga escala mundial. Já o modelo de referência RM-OSI 
apresenta um total de sete camadas sendo o modelo de referência para o processo 
de comunicação. 
Iremos conhecer o modelo de referência RM-OSI mais adiante neste 
Caderno de Estudos.
Vamos voltar a analisar a Figura 18. Para as aplicações foi definida uma 
camada específica, denominada de camada de aplicação. É através desta camada, 
no processo de comunicação, que as aplicações – os programas que utilizamos 
na internet – acessam os serviços das camadas inferiores através de protocolos 
específicos. Vamos recordar o exemplo do seu navegador de Internet – o browser 
– já citado anteriormente, o qual utiliza o protocolo “http” no processo de 
comunicação. É através deste protocolo que você acessa as páginas na web, na 
internet. Quando efetuamos compras, via internet, o protocolo utilizado já é o 
“https” o qual complementa, assim como outros mais, a pilha de protocolos da 
camada de aplicação.
Nesta camada de aplicação é importante mencionar o serviço realizado por 
uma aplicação denominada de DNS (Domain Name System) ou Sistema de Nomes 
e Domínios. Esta aplicação tem a importante função de eliminar a complexidade 
que existiria se fôssemos obrigados a memorizar (decorar) todos os endereços de 
rede da internet que acessamos ou desejamos acessar. Seria inviável. Portanto, o 
DNS tem a importante função de fornecer um mecanismo adequado à necessidade 
de tradução de nomes em endereços evice-versa. Você já verificou se seu nome 
já está registrado na internet? Veja um exemplo de consulta, no Registro.br, onde 
é possível identificar a disponibilidade de um nome para ser utilizado como um 
domínio, um conjunto de serviços (sites e serviços – uma marca), na internet. 
Há algum tempo, o registro de nomes, para serem utilizados como domínios na 
internet, era restrito a empresas e organizações. Porém, atualmente, todos nós 
podemos efetuar este registro observando os requisitos solicitados na entidade 
onde estamos registrando o nosso domínio! E aí? Seu nome, sua marca, já está 
registrada na internet? Você deve se perguntar, qual é o custo disto? Atualmente 
no Brasil, este custo é bem acessível. Basta pesquisar. Qual é a utilidade de 
registrarmos nosso nome e também nossa marca no INPI (Instituto Nacional 
de Propriedade Intelectual)? A resposta é simples: para garantirmos que somos 
os autores legítimos de nossas ideias, por exemplo, expostas através de nossos 
trabalhos acadêmicos! Quem sabe você tem uma GRANDE ideia, original, e 
venha então a tornar-se um empreendedor de sucesso! Assim nasceram grandes 
TÓPICO 3 | COMO A INTERNET FUNCIONA
33
empresas! Veja como realizar as consultas, na base DNS, através do exemplo da 
Figura 19. A Figura 20 exibe o resultado da pesquisa.
FIGURA 19 – EXEMPLO DE UMA PESQUISA NA BASE DNS DO “.BR”
FONTE: O autor
FIGURA 20 – EXEMPLO DO RESULTADO DA CONSULTA
FONTE: O autor
34
UNIDADE 1 | CONHECENDO A INTERNET E AS REDES DE COMPUTADORES
Com relação ao DNS, vamos destacar aqui apenas suas características 
básicas e sua estrutura. Observando a Figura 21, podemos identificar estas 
características:
• O DNS é um conjunto de dados, uma base de dados.
• As bases de dados DNS estão distribuídas pelo mundo segundo as áreas 
geográficas e países.
• Cada país tem um órgão responsável pela sua estrutura DNS.
• Cada empresa, organização, escola, universidade possui a sua base dados 
DNS na internet.
• Um domínio é formado por um nome e um conjunto de registros referentes 
aos serviços/sites disponíveis para acesso neste domínio.
FIGURA 21 – ESTRUTURA HIERÁRQUICA DO DNS
FONTE: O autor
É comum utilizarmos os nossos programas preferidos, na internet, de 
forma prática e rotineira. Mas, segundo o que você acabou de ler, há muitos 
outros programas de computador – software – envolvidos, bem como tecnologias, 
responsáveis por garantir o funcionamento da internet.
Já o acesso à Internet é feito através de qualquer dispositivo que tenha 
conexão, por meio de um provedor de acesso – um ISP – à Internet. Este acesso 
poderá ser feito de várias formas, tais como:
TÓPICO 3 | COMO A INTERNET FUNCIONA
35
• Acesso discado, via modem.
• Acesso via modem ADSL.
• Acesso via rede de celular, com tecnologias semelhantes a 3G, ou mais recentes.
• Via links de fibra óptica, para empresas e grandes organizações.
• Via Cable modem, juntamente com sua TV por assinatura.
• Via redes Wireless ou WiMAX.
O provedor de acesso será responsável pelo provimento do serviço de 
acesso físico e lógico atendendo a qualidade mínima prevista. O provedor de 
acesso também poderá disponibilizar outros serviços, tais como e-mail, conteúdo 
e até mesmo hospedagem de páginas e sites empresariais. 
O provedor de acesso também estará conectado a uma estrutura denomina 
de backbone da internet, em outras palavras, a espinha dorsal (a estrutura principal 
da rede) que é formada por vários outros backbones. Cada backbone é um conjunto 
autônomo que gerencia suas redes e observa as políticas de roteamento.
Que complexo! Sim, porém tudo funciona e opera adequadamente 
segundo as orientações do Comitê Gestor da internet (cgi.br), que foi estabelecido 
pelo governo no Brasil em 1995, com os seguintes objetivos:
• Fomentar o desenvolvimento de serviços internet no Brasil.
• Recomendar padrões e procedimentos técnicos e operacionais para a internet 
no Brasil.
• Coordenar a atribuição de endereços internet, o registro de nomes de domínios, 
e a interconexão de espinhas dorsais (os backbones).
• Coletar, organizar e disseminar informações sobre os serviços internet.
O Comitê Gestor da internet foi constituído, pela nota conjunta dos 
Ministérios das Comunicações (MC) e da Ciência e Tecnologia (MCT) em maio 
de 1995, que definiu como seus membros iniciais: o MC, o MCT, as entidades 
operadoras e gestoras de espinhas dorsais, os representantes de provedores 
de acesso ou de informações, os representantes de usuários e da comunidade 
acadêmica, sendo sua principal atribuição definida como a gestão da internet no 
Brasil. A seguir são listados alguns dos principais backbones do Brasil:
- RNP - Embratel
- Unisys - IBM 
Veja, na Figura 22, uma imagem do backbone da RNP.
36
UNIDADE 1 | CONHECENDO A INTERNET E AS REDES DE COMPUTADORES
FIGURA 22 – O BACKBONE DA RNP EM OUTUBRO DE 2012
FONTE: Disponível em: <http://www.rnp.br/backbone/index.php>. Acesso em: 24 fev. 2013.
TÓPICO 3 | COMO A INTERNET FUNCIONA
37
Ao final desta unidade desafiamos você a refletir sobre a grande tendência 
da automação residencial que impulsionada agora pela grande variedade de 
dispositivos móveis e conectados à internet, poderá tornar-se uma grande 
oportunidade. Leia e pense a respeito e troque uma ideia a este respeito. 
“SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL TRANSFEREM PARA 
TABLET E CELULAR O CONTROLE DA CASA”
 Marina Lang
 
Um toque no tablet, a cômodos de distância da TV, e a veterinária Renata 
Ferrari Zacaro, 36, escolhe um filme para assistir com o marido, o empresário 
Guilherme Pereira e Oliveira, 42. De qualquer ponto da casa, o dispositivo envia, 
auxiliado por um sistema que se comunica via wi-fi, a escolha para a televisão de 
65 polegadas que fica na sala de estar.
A mesma facilidade controla os 80 circuitos de iluminação da casa, 
dez cortinas motorizadas, oito zonas de áudio, três de TVs e vários splits de ar 
condicionado. Em questão de dias, os controles também serão dados por voz. “Um 
dia, tudo isso será normal em qualquer casa, tenho certeza”, anima-se Oliveira.
Por ora, não é. Nas contas da Aureside (Associação Brasileira de 
Automação Residencial), 300 mil lares nacionais têm sistemas de comando por 
controle remoto, voz, gestos, smartphone ou tablet.
São as casas inteligentes, cuja participação ainda é ínfima (0,48%) no total 
dos 61,3 milhões de domicílios do país. A tendência, estima a associação, é que 1,5 
milhão de lares tenham tecnologias que os controlam até 2015.
“O crescimento não é absurdo, principalmente porque consumidores na 
faixa etária de 25 a 35 anos abrem mão de certos confortos mais antigos para 
ter mais tecnologia em casa”, diz o engenheiro José Roberto Muratori, diretor-
executivo da Aureside. “Por exemplo, para ter um sistema de câmeras controlável 
à distância a fim de monitorar o bebê em casa.”
Esse total de residências com automação compreende as casas que têm 
algum tipo de sistema integrado – não só para comandar a iluminação, mas 
também controlar outros recursos, como áudio e vídeo. Ou seja, a conta exclui 
aqueles que possuem eletrodomésticos de última geração – os atuais são quase 
computadores – ou apenas um controle básico das luzes. “Ter só um home theater 
não faz parte da conta, se ele não está integrado a um sistema.” “Em tese, qualquer 
equipamento pode ser automatizado - basta uma tomada programável”, diz.
Segundo ele, essa tomada responde à programação feita para o sistema 
de automação da casa. Isso engloba desde sistemas de irrigação do jardim até 
segurança e alarmes.
FONTE: Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/tec/1194228-sistemas-de-automacao-
residencial-transferem-para-tablet-e-celular-o-controle-da-casa.shtml>. Acesso em: 4 dez. 2012.
LEITURA COMPLEMENTAR
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RESUMO DO TÓPICO 3
Caro(a) acadêmico(a)! Neste tópico, você estudou os seguintes conceitos 
relevantes:
• Na internet, encontramos uma grande variedade de serviços que estão

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