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05 Ação de Execução (Prof Leonardo Fetter)

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Buenas cabeção!
Iza e Marcelo Falcão escreveram:
“Quando o medo se apossou
Trazendo guerra sem sentido
A esperança aqui ficou
Segue vibrando
E me fez lutar para vencer
Me levantar e assim crescer
Punhos cerrados, olhos fechados”
Dessa forma, o estudo e a preparação é a esperança que segue vibrando, a certeza de
que não existe vitória sem luta.
Vamos juntos, com olho de tigre, em busca desta aprovação.
Baita abraço
 
1 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
05. Ação de Execução 
1. AÇÃO DE EXECUÇÃO ......................................................................................................... 2 
1.1. REQUISITOS DO TÍTULO EXECUTIVO (JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL) .......................2 
1.2. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL .............................................................................................. 3 
1.3. LEGITIMIDADE NA EXECUÇÃO ........................................................................................................... 3 
1.4. A PENHORA DE BENS .............................................................................................................................. 6 
1.5. EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA – TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL ....... 8 
2. EMBARGOS À EXECUÇÃO ............................................................................................. 13 
2.1. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE QUANTIA CERTA ...................................................... 16 
2.2. IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA .......................................................... 17 
2.3. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA FAZENDA PÚBLICA ............................... 18 
2.4. EXECUÇÃO CONTRA FAZENDA PÚBLICA ............................................................................... 19 
2.5. PROTESTO DA DECISÃO JUDICIAL ............................................................................................. 20 
2.6. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO ............................................................................................................. 21 
2.7. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO .................................................................................................................. 23 
2.8. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS ............................................................................................................. 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
1. AÇÃO DE EXECUÇÃO 
 A ação de execução exige a existência de um título ou obrigação 
executável. 
Este título pode ser judicial (conforme art. 515 CPC) ou extrajudicial (aqueles 
elencados art. 784 CPC), a fim de que a atividade executiva seja exercida. 
O legislador resolveu denominar a execução baseada em título judicial de 
Cumprimento de sentença (mas não são apenas a sentenças os título executivos 
judiciais, mas sim todos aqueles definidos no art. 515). 
 
1.1. REQUISITOS DO TÍTULO EXECUTIVO (JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL) 
 Os arts. 783 e 785 do CPC dispõem que “A execução para cobrança de 
crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível”. 
 Ou seja: 
* Para todos verem: esquema abaixo. 
 
OBRIGAÇÃO 
REPRESENTADA NO 
TÍTULO DEVE TER
Liquidez: exata 
quantidade de 
obrigação. É o 
quantum.
Certeza: exposição 
da obrigação no 
título, com exposição 
do devedor, qual a 
obrigação e 
requisitos da lei.
Exigibilidade: a 
obrigação deve 
estar apta a ser 
exigida (art. 786, 
CPC)
 
3 
1.2. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL 
Tal princípio pode ser extraído do art. 789 do CPC, que dispõe: 
Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o 
cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei. 
 Ou seja, não existindo o pagamento voluntário, a forma de alcançar a 
satisfação do crédito será infletir sobre o patrimônio do devedor. 
* Para todos verem: esquema abaixo. 
 
 
1.3. LEGITIMIDADE NA EXECUÇÃO 
A LEGITIMIDADE ATIVA para propor a execução está prevista no art. 778 
do CPC: 
Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei 
confere título executivo. 
§ 1o Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em 
sucessão ao exequente originário: 
I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei; 
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, 
por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título 
executivo; 
III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe 
for transferido por ato entre vivos; 
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. 
§ 2o A sucessão prevista no § 1o independe de consentimento do 
executado. 
• O exequente tem o direito de desistir da execução ou de parte 
dela, conforme disposto no art. 775 do CPC. 
Princípio da disponibilidade da execução 
 
4 
Importante realçar o caso da sub-rogação na fiança, pois quando o fiador 
paga a dívida pelo afiançado está autorizado a executá-lo nos autos do mesmo 
processo. É o que dispõe os arts. 831 do CC e 794 §2º do CPC: 
Art. 831. O fiador que pagar integralmente a dívida fica sub-rogado 
nos direitos do credor; mas só poderá demandar a cada um dos 
outros fiadores pela respectiva quota. 
Parágrafo único. A parte do fiador insolvente distribuir-se-á pelos 
outros. 
Art. 794. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que 
primeiro sejam executados os bens do devedor situados na mesma 
comarca, livres e desembargados, indicando-os 
pormenorizadamente à penhora. 
§ 2o O fiador que pagar a dívida poderá executar o afiançado nos 
autos do mesmo processo. 
DICA OLHOS DE TIGRE 
Outro legitimado ativo da execução previsto na doutrina é o advogado. O art. 23 
da Lei nº 8.906/94 conferiu ao advogado o direito de executar os honorários 
advocatícios de sucumbência: 
Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou 
sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para 
executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando 
necessário, seja expedido em seu favor. 
 
Os LEGITIMADOS DO POLO PASSIVO da execução estão previstos no art. 
779 do CPC. 
Art. 779. A execução pode ser promovida contra: 
I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo; 
 
5 
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor; 
III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, 
a obrigação resultante do título executivo; 
IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial; 
V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao 
pagamento do débito; 
VI - o responsável tributário, assim definido em lei. 
 
O art. 779, II prevê a possibilidade de figurar como executado o espólio, os 
herdeiros ou os sucessores do devedor. Importante destacar que a execução 
deverá respeitar os limites da herança. 
Sobre a legitimidade passiva prevista no art. 779, III, (novo devedor que 
assumiu com consentimento do credor, a obrigação resultante do título 
executivo) é importante destacar a necessidade de concordância prévia do 
credor, já que o devedor responde com seus bens pela execução. 
O caso do art. 779, IV, do CPC é aquele em que figura no polo passivo da 
execução o fiador do débito constante em título extrajudicial. É importante frisar 
que o fiador, caso não tenha renunciado, tem direito ao benefício de ordem (827 
CC), podendo requerer que sejam executados primeiramente os bens do 
devedor, sitos no mesmo munícipio, livres e desembargados (tantos quantos 
bastarem para quitação do débito). 
Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem 
direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam primeiro 
executados os bens do devedor. 
Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de ordem, a que se 
refere este artigo, deve nomear bens do devedor, sitos no mesmo 
município, livres e desembargados, quantos bastem para solver o 
débito. 
 
6 
Quanto a cumulação de dois ou mais títulos na mesma execução não há 
nenhum impedimento legal, desde que os títulosapresentem os requisitos de 
cumulação previstos no art. 327 §1º e 780 do CPC. 
SAIBA MAIS! 
Sobre Execução de Título 
Extrajudicial. 
 
Podcast 
 
Acesse o QR CODE ou clique aqui. 
 
1.4. A PENHORA DE BENS 
Uma vez promovida a execução e não quitado o débito voluntariamente, 
buscar-se-á a penhora dos bens de propriedade do devedor (seu patrimônio). 
Todavia, o legislador resolveu preservar determinados bens, tornando-os 
impenhoráveis. 
O rol dos bens impenhoráveis encontra-se no art. 833 do CPC. 
 
IMPORTANTE! 
• POUPANÇA: art. 833, X, do CPC: A impenhorabilidade dos bens depositados na 
caderneta de poupança é limitada a 40 salários-mínimos. 
 → No caso de diversas cadernetas de poupança: 
 Caso o devedor possua diversas cadernetas de poupança, o limite de 
impenhorabilidade deve considerar a soma de todas elas. 
https://soundcloud.com/user-204974449/oab-anual-processo-civil-3/s-t81ple5G4Pq?in=user-204974449/sets/oab-anual-processo-civil-prof-leonardo-fetter/s-JAeB727tjj7
 
7 
 
• DÍVIDA RELATIVA AO PRÓPRIO BEM: Lembre-se que a impenhorabilidade 
não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio bem, inclusive àquela 
contraída para sua aquisição, na forma do art. 833, §1º. 
 
• BOX DE ESTACIONAMENTO: Caso o box do estacionamento tenha matrícula 
individualizada poderá ser objeto de penhora (súmula 449 do STJ). 
O art. 833, §2º é categórico ao afirmar que a impenhorabilidade prevista nos 
incisos IV e X não se aplica aos casos de penhora para pagamento de prestação 
alimentícia. 
A segunda parte do inciso 2º do art. 833 refere-se à possibilidade de 
penhora dos ganhos excedentes a 50 salários-mínimos mensais, seja qual for a 
origem da obrigação. 
 
• IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA: Previsão na Lei 8.009/90. O 
imóvel residencial familiar é impenhorável por dívidas de qualquer natureza. 
 EXCEÇÃO: Pode haver penhora do bem de família nos casos previstos no art. 
3º da Lei 8.009/90. 
 
SÚMULAS IMPORTANTES 
Súmula 364 do STJ: o conceito de impenhorabilidade de bem de família 
abrangem também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas ou 
divorciadas. 
Súmula 449 do STJ: a vaga de garagem possui matrícula própria no registro de 
imóveis e não constitui bem de família, podendo ser penhorada. 
 
8 
Súmula 486 do STJ: é impenhorável o único imóvel do devedor que esteja locado 
a terceiros, desde que a renda obtida com a locação se reverta para subsistência 
ou moradia da família. 
 
DICA OLHOS DE TIGRE 
CADASTRO DE INADIMPLENTES: o exequente poderá requerer, na petição 
inicial, a inclusão do executado no cadastro de inadimplentes, conforme previsão 
do art. 782, §3º, do CPC. A inscrição no cadastro será imediatamente cancelada 
no caso do pagamento da dívida, se garantida a execução ou se a execução for 
extinta por qualquer outro motivo, na forma do art. 782, §4º. 
 
 
1.5. EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA – TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL 
A execução por quantia certa tem o objetivo de compelir o devedor a pagar 
determinada quantia em dinheiro. 
Ao receber a petição inicial o juiz fixará honorários advocatícios de 10% (art. 
827) e determinará a citação do devedor para pagar o débito em três dias, sob 
pena de penhora (art. 829). 
PENHORA 
Não ocorrendo o pagamento em três dias, o oficial de justiça fará a penhora 
dos bens indicados pelo credor na petição inicial e caso não haja indicação, fará 
a penhora sobre os bens que localizar em diligência, observado o rol de bens 
impenhoráveis previsto no art. 833 do CPC e da Lei n. 8.009/90. 
Importante referir, ainda, que a penhora de bens que estão em posse de 
terceiro é plenamente possível, sendo cabível, neste caso, o terceiro apresentar 
embargos de terceiro, conforme art. 674 do CPC. 
 
9 
Destaca-se que a penhora nada mais é do que a individualização dos bens 
que serão afetados pelo pagamento da obrigação. 
A penhora seguirá a seguinte ordem do art. 835, do CPC: 
Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte 
ordem: 
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição 
financeira; 
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito 
Federal com cotação em mercado; 
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; 
IV - veículos de via terrestre; 
V - bens imóveis; 
VI - bens móveis em geral; 
VII - semoventes; 
VIII - navios e aeronaves; 
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias; 
X - percentual do faturamento de empresa devedora; 
XI - pedras e metais preciosos; 
XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda 
e de alienação fiduciária em garantia; 
XIII - outros direitos. 
 
§ 1º É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais 
hipóteses, alterar a ordem prevista no caput de acordo com as 
circunstâncias do caso concreto. 
 
Percebe-se, pela análise do parágrafo primeiro, que EXISTE A 
PREFERÊNCIA DE QUE A PENHORA DEVA SER FEITA SOBRE DINHEIRO. 
 
10 
O art. 854, do CPC, na linha desta preferência, regula a PENHORA ON-LINE, 
que ocorre quando o juiz determina o bloqueio de valores diretamente da conta 
do devedor, através da emissão de comandos às unidades supervisoras das 
instituições financeiras. 
Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em 
aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar 
ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições 
financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade 
supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis 
ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a 
indisponibilidade ao valor indicado na execução. 
§ 1o No prazo de 24 (vinte e quatro) horas a contar da resposta, de 
ofício, o juiz determinará o cancelamento de eventual 
indisponibilidade excessiva, o que deverá ser cumprido pela 
instituição financeira em igual prazo. 
§ 2o Tornados indisponíveis os ativos financeiros do executado, este 
será intimado na pessoa de seu advogado ou, não o tendo, 
pessoalmente. 
§ 3o Incumbe ao executado, no prazo de 5 (cinco) dias, comprovar 
que: 
I - as quantias tornadas indisponíveis são impenhoráveis; 
II - ainda remanesce indisponibilidade excessiva de ativos 
financeiros. 
§ 4o Acolhida qualquer das arguições dos incisos I e II do § 3o, o juiz 
determinará o cancelamento de eventual indisponibilidade irregular 
ou excessiva, a ser cumprido pela instituição financeira em 24 (vinte 
e quatro) horas. 
 
11 
§ 5o Rejeitada ou não apresentada a manifestação do executado, 
converter-se-á a indisponibilidade em penhora, sem necessidade de 
lavratura de termo, devendo o juiz da execução determinar à 
instituição financeira depositária que, no prazo de 24 (vinte e quatro) 
horas, transfira o montante indisponível para conta vinculada ao 
juízo da execução. 
 
A EXPROPRIAÇÃO DOS BENS é o meio pelo qual o credor alcançará a 
satisfação de seu crédito na execução por quantia certa e consiste na 
adjudicação, alienação ou apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou 
estabelecimento e de outros bens. 
A ADJUDICAÇÃO ocorre quando o bem móvel ou imóvel penhorado é 
transferido para o credor a fim de satisfazer seu crédito e nunca poderá ocorrer 
por valor inferior ao da avaliação. 
Caso o valor do crédito seja inferior ao valor da avaliação, o credor deve 
depositar a diferença em juízo, na forma do art. 876, §4º, I, do CPC). 
Caso o valor do crédito seja superior ao valor da avaliação do bem, após a 
adjudicação do bem, o credor poderá seguir com a execução a fim de efetuar a 
cobrança, na forma do art. 876, §4º, II do CPC. 
ALIENAÇÃO DO BEM, que far-se-á por iniciativa particular (art. 866) ou em 
leilão judicial eletrônico ou presencial (art. 879, CPC). 
Art. 879. A alienação far-se-á: 
I - por iniciativa particular; 
II - em leilão judicial eletrônico ou presencial. 
Art. 880. Não efetivadaa adjudicação, o exequente poderá requerer 
a alienação por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor 
ou leiloeiro público credenciado perante o órgão judiciário. 
 
12 
Na ALIENAÇÃO POR INICIATIVA PARTICULAR, o juiz fixará as regras para 
a venda do bem penhorado, além de fixar a forma de publicidade, preço mínimo, 
comissão de corretagem (se for o caso), condições de pagamento e as garantias 
que devem ser prestadas pelo adquirente, em caso de pagamento parcelado, 
O LEILÃO JUDICIAL abrange tanto a expropriação de bens imóveis como 
os móveis. 
 Será necessário a publicação do edital do leilão com antecedência de, no 
mínimo, cinco dias da data de sua primeira realização, devendo constar no edital 
todos os requisitos previstos no art. 886 e 887, do CPC, sob pena de nulidade da 
arrematação. 
Além da publicação do edital, também é necessária a intimação das 
pessoas arroladas no art. 889, do CPC, com antecedência mínima de cinco dias 
da data do leilão judicial. 
O bem poderá ser alienado por valor abaixo do previsto na avaliação, desde 
que não seja por preço vil (preço inferior ao mínimo estipulado pelo juiz e ao 
constante no edital e não constando no edital, considera-se vil o preço inferior a 
50% do valor de sua avaliação), conforme art. 891, do CPC. 
Quando o bem penhorado pertencer a incapaz e não alcançar em leilão 
pelo menos 80% do valor da avaliação, o juiz o confiará à guarda e à 
administração de depositário idôneo, adiando a alienação pelo prazo de um ano, 
conforme art. 896, do CPC. 
Efetivada a arrematação será lavrado auto devidamente assinado pelo 
leiloeiro, arrematante e juiz, passando a fluir o prazo de dez dias para que se 
postule a invalidade, ineficácia ou resolução da arrematação nos casos previstos 
no art.903, §1º, do CPC. 
 
13 
Não havendo impugnação no prazo de dez dias, a carta de arrematação 
será expedida e conforme o caso, a ordem de entrega ou mandado de imissão 
na posse. 
IMPORTANTE! Após a expedição da carta de arrematação, a invalidação somente 
poderá ser pedida em ação autônoma (e o arrematante figurará como 
litisconsorte necessário – 903, parágrafo quarto). 
 
DICA OLHOS DE TIGRE 
Será autorizada a desistência da arrematação pelo arrematante nos casos 
do art. 903, §5º, do CPC. 
 
2. EMBARGOS À EXECUÇÃO 
A propositura de embargos à execução é a forma que o executado ataca a 
ação de execução fundada em título executivo extrajudicial. 
Trata-se de uma ação autônoma, mas vinculada à execução (deve ser 
proposta no juízo da execução e a distribuição deve ser por dependência com 
tramitação em autos apartados). 
Tem natureza de ação de conhecimento e se presta para desconstituir ou 
declarar a nulidade ou inexistência do crédito. 
Importante destacar que o caput do art. 914 previu a possibilidade da 
interposição dos embargos independentemente de penhora, depósito ou 
caução. 
O PRAZO para apresentação dos embargos é de quinze dias, conforme 
preceitua o art. 915 do CPC e observado o art. 231 do CPC que fixa as regras para 
a contagem do prazo. 
 
14 
IMPORTANTE! Não se aplica aos embargos à execução o prazo em dobro para 
litisconsortes com advogados distintos, de escritórios diferentes, previsto no art. 
229 do CPC – 915, parágrafo terceiro. 
 
DICA OLHOS DE TIGRE 
Na contagem do prazo para embargos, havendo litisconsórcio de 
devedores na execução, tal prazo será individual e independente (salvo se os 
devedores forem casados ou estiverem em União Estável – nesse caso o prazo 
será comum, começando a contar a partir da juntada do último comprovante 
citatório aos autos) – art. 915, parágrafo primeiro. 
 
Caso o executado reconheça o crédito do exequente no prazo dos 
embargos e comprove o depósito de 30% do valor da execução (acrescido de 
custas e honorários), poderá requerer o PARCELAMENTO do restante em até 6 
parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de um por cento por 
mês (art. 916 CPC). Com o deferimento do pedido de parcelamento, a execução 
ficará suspensa até a quitação integral do débito. 
Importante destacar que o credor não poderá opor-se ao parcelamento, 
pois se trata de um direito que a lei confere ao devedor, mas será intimado (art. 
916 §1º) para manifestar-se em 5 dias sobre o preenchimento dos pressupostos. 
O inadimplemento de qualquer das prestações do parcelamento 
acarretará no vencimento antecipado das prestações subsequentes e no 
prosseguimento do processo com o imediato reinicio dos atos executivos, além 
de multa de 10% sobre o valor das prestações não pagas (parágrafo quinto do art. 
916). 
 
 
15 
DICA OLHOS DE TIGRE 
A opção pelo parcelamento acarreta renúncia ao direito de apresentar 
embargos (art. 916, parágrafo sexto). 
O parcelamento só é aplicável às execuções de título extrajudicial (não 
cabe no Cumprimento de Sentença – parágrafo sétimo do art. 916). 
 
IMPORTANTE! 
EFEITO SUSPENSIVO 
O art. 919 do CPC prevê que os Embargos a Execução não terão efeito 
suspensivo (ou seja, prossegue a execução). Como forma de exceção, poderá ser 
concedida tal efeito (para suspender a execução, desde que presentes os 
requisitos do art. 919, parágrafo primeiro). 
 
IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS 
Conforme art. 920, I, recebidos os embargos, o exequente será intimado 
para impugnar em 15 dias. 
Esta impugnação tem natureza de contestação – sua falta leva a revelia. 
Apresentada a impugnação, o rito será da ação de conhecimento. 
Execução de título judicial – Cumprimento de Sentença 
O cumprimento de sentença é utilizado quando o credor tem um título 
executivo judicial (rol de títulos executivos judiciais no art. 515, CPC). 
 Para que seja iniciado o cumprimento de sentença é necessário a presença 
de três requisitos: a) o título executivo judicial; b) inadimplemento do devedor; c) 
iniciativa do exequente (513, §1º, do CPC). 
 
16 
É possível fazer o cumprimento de sentença de decisões interlocutórias 
(exemplo: fixação liminar de alimentos), cumprimento de sentença provisório 
(quando a decisão exigida ainda pode ser modificada) e, ainda, cumprimento de 
sentença definitivo (sentença já transitada em julgado). 
 
SAIBA MAIS! 
Sobre Embargos à Execução 
 
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2.1. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE QUANTIA CERTA 
Para que o cumprimento de sentença seja iniciado é necessária a 
manifestação do credor, através de petição nos mesmos autos, requerendo a 
intimação do devedor para que efetue o pagamento do débito no prazo de 
quinze dias – art. 523. 
O devedor será intimado na forma do art. 513, parágrafo segundo. 
O art. 523 §1º dispõe que: “Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo 
do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de 
honorários de advogado de dez por cento.” 
https://soundcloud.com/user-204974449/oab-anual-processo-civil-2/s-pMdJq3dHOrt?in=user-204974449/sets/oab-anual-processo-civil-prof-leonardo-fetter/s-JAeB727tjj7
 
17 
Em caso de pagamento parcial do débito, aplica-se o §2º: “Efetuado o 
pagamento parcial no prazo previsto no caput, a multa e os honorários previstos 
no § 1o incidirão sobre o restante”. 
 
2.2. IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA 
A impugnação é o meio adequado de defesa do devedor no cumprimento 
de sentença (título executivo judicial), tratando-se de incidente da fase de 
cumprimento de sentença, julgado por intermédio de decisão interlocutória. 
O prazo para apresentação de impugnação ao cumprimento de sentença 
é de 15 dias após o decurso do prazo para pagamento voluntário, 
independentemente de penhora ou nova intimação, conforme art. 525 do CPC: 
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o 
pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que 
o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, 
apresente, nos próprios autos, sua impugnação. 
DICA OLHOS DE TIGRE 
PRAZO EM DOBRO: Diferentementedos embargos, aplica-se na impugnação o 
prazo em dobro previsto no art. 229 
 
A impugnação ao cumprimento de sentença ocorre por intermédio de 
petição direcionada ao juízo da execução, devendo seu mérito basear-se de 
acordo com os fundamentos do art. 525, §1º, do CPC. 
Além disso, caso o impugnante deseje, deverá formular o pedido do efeito 
suspensivo. 
Caso a impugnação esteja de acordo com os requisitos legais, o juiz a 
receberá e determinará a intimação do impugnado (exequente) para apresentar 
sua resposta no prazo de quinze dias. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art323
 
18 
SAIBA MAIS! 
Cumprimento de Sentença e 
Impugnação 
 
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2.3. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA FAZENDA PÚBLICA 
Constituído o título judicial contra a Fazenda Pública, o cumprimento de 
sentença deve constar cálculo discriminado do valor do débito de acordo com os 
requisitos previstos no art. 534, do CPC. 
A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, 
por carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de trinta dias e 
nos próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir as matérias elencadas 
nos incisos do art. 535, do CPC. 
Se a Fazenda Pública não apresentar impugnação, será expedido o 
precatório ou requisição de pequeno valor. 
Os precatórios referentes à créditos alimentares terão preferência sobre os 
demais, conforme súmula n.º 144 do STJ: “Os créditos de natureza alimentícia 
gozam de preferência, desvinculados os precatórios da ordem cronológica dos 
créditos de natureza diversa”. 
 
https://soundcloud.com/user-204974449/oab-anual-processo-civil-1/s-hex0zjy2woU?in=user-204974449/sets/oab-anual-processo-civil-prof-leonardo-fetter/s-JAeB727tjj7
 
19 
2.4. EXECUÇÃO CONTRA FAZENDA PÚBLICA 
A execução contra fazenda pública fundada em título extrajudicial está 
regulada no art. 910, do CPC, que determina sua citação para opor embargos à 
execução em trinta dias. 
Não havendo interposição de embargos ou rejeitados em decisão 
transitada em julgado, será expedido precatório ou requisição de pequeno valor 
em favor do exequente, observado o disposto no art. 100 da C.F. 
Não existe expropriação de bens contra a Fazenda Pública. 
 
IMPORTANTE! 
Fraude a Execução x Fraude contra Credores 
Tanto a fraude contra execução quanto a fraude contra credores visam 
atacar o desfazimento do patrimônio pelo devedor. 
 
A FRAUDE CONTRA CREDORES é um defeito do negócio jurídico previsto 
no art. 158 a 165 do Código Civil. Ocorre fraude contra credores quando o devedor 
se desfaz do seu patrimônio antes de iniciado o processo judicial (que não precisa 
ser necessariamente uma ação de execução) ficando totalmente insolvente para 
adimplir as obrigações assumidas. 
Para atacar a fraude contra credores é possível valer-se da AÇÃO 
PAULIANA ou AÇÃO REVOCATÓRIA com o objetivo de anular o negócio jurídico 
viciado pela fraude. 
Deve-se provar na ação o consilium fraudis, ou seja, que o devedor e o 
terceiro adquirente de seus bens tinham o objetivo de fraudar o adimplemento 
do débito. Observa-se, ainda, que a ação deve conter o pedido de nulidade da 
transferência dos bens. 
 
20 
A FRAUDE CONTRA EXECUÇÃO atenta contra o credor e contra o Poder 
Judiciário, já que a alienação dos bens ocorre somente após a ciência da ação de 
execução. 
O pedido de reconhecimento de fraude contra a execução poderá ser feito 
através de PETIÇÃO e seu reconhecimento poderá ocorrer nos próprios autos da 
ação de execução. 
ATENÇÃO! 
Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro 
adquirente, que, se quiser poderá opor EMBARGOS DE TERCEIRO, no prazo de 
15 dias, conforme art. 792, §4º, do CPC. 
O art. 828 permite que o exequente obtenha certidão comprobatória da 
admissão da execução a fim de averbar no registro de imóveis, de veículos 
ou de outros bens passiveis de penhora. Após a averbação, é considerado frade 
à execução à alienação do bem – parágrafo quarto do art. 828. 
 
2.5. PROTESTO DA DECISÃO JUDICIAL 
A possibilidade de protesto da decisão judicial transitada em julgado está 
prevista no art. 517 do CPC: 
 
Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada 
a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para 
pagamento voluntário previsto no art. 523. 
§ 1o Para efetivar o protesto, incumbe ao exequente apresentar 
certidão de teor da decisão. 
§ 2o A certidão de teor da decisão deverá ser fornecida no prazo de 
3 (três) dias e indicará o nome e a qualificação do exequente e do 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art523
 
21 
executado, o número do processo, o valor da dívida e a data de 
decurso do prazo para pagamento voluntário. 
§ 3o O executado que tiver proposto ação rescisória para impugnar 
a decisão exequenda pode requerer, a suas expensas e sob sua 
responsabilidade, a anotação da propositura da ação à margem do 
título protestado. 
§ 4o A requerimento do executado, o protesto será cancelado por 
determinação do juiz, mediante ofício a ser expedido ao cartório, no 
prazo de 3 (três) dias, contado da data de protocolo do 
requerimento, desde que comprovada a satisfação integral da 
obrigação. 
 
A possibilidade de negativação do nome do devedor 
Além do protesto, o CPC prevê a possibilidade da negativação do nome do 
executado no cadastro dos inadimplentes até que efetive o pagamento do valor 
devido, garanta o cumprimento de sentença ou até que o processo seja extinto 
por outro motivo, conforme art. 782, §3º, do CPC. 
Art. 782. Não dispondo a lei de modo diverso, o juiz determinará os 
atos executivos, e o oficial de justiça os cumprirá. 
§ 3o A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão 
do nome do executado em cadastros de inadimplentes. 
 
2.6. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO 
A suspensão da execução vem regulada nos arts. 921 a 923 do CPC: 
Art. 921. Suspende-se a execução: 
I - nas hipóteses dos arts. 313 e 315, no que couber; 
II - no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo 
os embargos à execução; 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art313
 
22 
III - quando o executado não possuir bens penhoráveis; 
IV - se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de 
licitantes e o exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a 
adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis; 
V - quando concedido o parcelamento de que trata o art. 916. 
§ 1o Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo 
de 1 (um) ano, durante o qual se suspenderá a prescrição. 
§ 2o Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja 
localizado o executado ou que sejam encontrados bens 
penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos. 
§ 3o Os autos serão desarquivados para prosseguimento da 
execução se a qualquer tempo forem encontrados bens 
penhoráveis. 
§ 4o Decorrido o prazo de que trata o § 1o sem manifestação do 
exequente, começa a correr o prazo de prescrição intercorrente. 
§ 5o O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, 
poderá, de ofício, reconhecer a prescrição de que trata o § 4o e 
extinguir o processo. 
IMPORTANTE! 
* Para todos verem: esquema abaixo. 
 
•No caso de concessão de efeito suspensivo aos embargos à execução ou 
a impugnação, a execução ficará suspensa, no todo ou em parte, até o 
julgamento dos embargos/impugnação ou revogação do efeito 
concedido. 
EFEITO SUSPENSIVO AOS EMBARGOS
•A hipótese mais frequente de suspensão da execução é a inexistência de 
bens do devedor. Neste caso, a execução ficará suspensa pelo prazo de 
um ano, consoante art. 921 §1º. Decorrido o prazo de um ano sem 
localização de bens passiveis de penhora, o juiz determinará o 
arquivamento dos autos (§2º), nada impedindo seu posterior 
desarquivamento se aqualquer tempo forem encontrados bens 
penhoráveis (§3º). 
INEXISTÊNCA DE BENS DO DEVEDOR
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art916
 
23 
 
2.7. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO 
Os motivos que levam a extinção da execução estão previstos no art. 924 
do CPC, o rol apresentado é exemplificativo, já que existem outras formas que 
acarretam na extinção da execução, como por exemplo, o acolhimento dos 
embargos. 
Art. 924. Extingue-se a execução quando: 
I - a petição inicial for indeferida; 
II - a obrigação for satisfeita; 
III - o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total 
da dívida; 
IV - o exequente renunciar ao crédito; 
V - ocorrer a prescrição intercorrente. 
Art. 925. A extinção só produz efeito quando declarada por 
sentença. 
O art. 925 determina a necessidade de sentença para que a extinção da 
execução produza efeitos. 
 
Desistência da ação de execução X Embargos/Impugnação 
Se a execução for extinta, os embargos serão extintos? Em caso de 
desistência da ação de execução, serão extintas a impugnação e os embargos 
que versarem apenas sobre as questões processuais, devendo o exequente 
adimplir as custas processuais e honorários advocatícios (art. 775, parágrafo 
único, I, do CPC). Neste caso (embargos atacando apenas aspectos processuais) 
a extinção da impugnação e dos embargos, independe de concordância do 
embargante / impugnante. 
•Com o parcelamento do débito (previsto no art. 916 CPC) a execução 
também deve ser suspensa até o adimplemento das parcelas.
PARCELAMENTO DO DÉBITO
 
24 
Nos demais casos, quando houver a extinção da ação de execução e os 
embargos versarem sobre questões de direito material, a extinção dos embargos 
dependerá de concordância do embargante/impugnante (art. 775, parágrafo 
único, II, do CPC). 
 
Exceção de Pré-Executividade 
A exceção de pré-executividade é apresentada através de simples petição 
a ser juntada nos autos, alegando a nulidade da execução, conforme art. 803. 
 
IMPORTANTE! Não é permitida produção probatória na exceção de pré-
executividade. 
 
2.8. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS 
 A execução de alimentos pode, como toda e qualquer execução, ter como 
fundamento título executivo judicial ou extrajudicial. 
 Todavia, a grande diferença está no fato de que, numa execução de 
alimentos, poderá o credor optar pelo procedimento onde, caso não exista o 
pagamento voluntário por parte do devedor (no prazo legal), a consequência não 
será a penhora, mas a prisão do devedor. 
 Assim, a execução de alimentos tem a seguinte divisão: 
 FUNDAMENTADA EM TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL 
 Com pedido de penhora, usará o rito previsto no art. 827 e 829: apresentada 
a petição inicial, o juiz fixará honorários de 10% e mandará citar o devedor para 
pagar em três dias. Feito o pagamento neste prazo, terá desconto de cinquenta 
por cento nos honorário. Não efetuado o pagamento, a execução prossegue com 
a penhora e expropriação de bens. 
 
25 
 Com pedido de prisão, será usado o rito previsto no art. 911, onde o devedor 
será citado para, no prazo de três dias, pagar, provar que já pagou ou justificar a 
falta de pagamento. Não efetuado o pagamento (ou não provado ou afastada a 
justificativa), será decretada a prisão civil do devedor. 
 
 FUNDAMENTADA EM TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL/CUMPRIMENTO 
DE SENTENÇA DE OBRIGAÇÃO ALIMENTAR 
 Com pedido de penhora, usará o rito previsto no art. 523 e seguintes - 
apresentada a petição, o juiz mandará intimar o devedor para pagar em 15 dias. 
Feito o pagamento neste prazo, não haverá incidência de honorários. Não 
efetuado o pagamento, a execução/cumprimento de sentença prossegue 
(incidindo multa de 10% e honorários advocatícios de 10% - art. 523, parágrafo 
primeiro) com a penhora e expropriação de bens. 
 Com pedido de prisão, será usado o rito previsto no art. 528, onde o devedor 
será intimado pessoalmente para, no prazo de três dias, pagar, provar que já 
pagou ou justificar a falta de pagamento. Não efetuado o pagamento (ou não 
provado ou afastada a justificativa), será decretada a prisão civil do devedor (bem 
como determinado o protesto judicial da decisão). 
 
IMPORTANTE! 
QUANTO A EXECUÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE PRISÃO (tanto 
fundamentada em título judicial quanto extrajudicial) 
• Conforme previsão do art. 528, parágrafo sétimo, somente podem ser cobrados 
com pedido de prisão o atraso de até as três últimas prestações anteriores ao 
ajuizamento; 
• O cumprimento da pena não gera o pagamento da dívida alimentar (uma vez 
cumprida a pena, a dívida ainda existe); 
 
26 
• A prisão por débito alimentar deve ser cumprida em regime fechado; 
• Paga a dívida, a ordem de prisão deve ser imediatamente suspensa, com a 
soltura do devedor. 
 
 
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Execução de alimentos. 
 
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QUESTÕES 
1) (XXIX Exame) Maria, ao perceber que o seu bem imóvel foi arrematado por preço vil, 
em processo de execução de título extrajudicial, procurou você, como advogado(a), para 
saber que defesa poderá invalidar a arrematação. Você verifica que, no 28º dia após o 
aperfeiçoamento da arrematação, a carta de arrematação foi expedida. 
Uma semana depois, você prepara a peça processual. Assinale a opção que indica a peça 
processual correta a ser proposta. 
a) Impugnação à execução. 
b) Petição simples nos próprios autos do processo de execução. 
c) Ação autônoma de invalidação da arrematação. 
d) Embargos do executado. 
https://soundcloud.com/user-204974449/oab-anual-processo-civil-prof/s-95CSAxpeewF?in=user-204974449/sets/oab-anual-processo-civil-prof-leonardo-fetter/s-JAeB727tjj7
 
27 
 
 
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2) (XXVII Exame) Amanda ajuizou execução por quantia certa em face de Carla, fundada 
em contrato de empréstimo inadimplido que havia sido firmado entre elas, pelo valor, 
atualizado na data-base de 20/3/2017, de R$ 50 mil. Carla foi citada e não realizou o 
pagamento no prazo legal, tampouco apresentou embargos, limitando-se a indicar à 
penhora um imóvel de sua titularidade. Carla informou que o referido imóvel valeria R$ 
80 mil. Amanda, após consultar três corretores de imóveis, verificou que o valor estaria 
bem próximo ao de mercado, de modo que pretende dar seguimento aos atos de leilão 
e recebimento do crédito. 
Diante de tal situação, assinale a afirmativa que melhor atende aos interesses de 
Amanda. 
a) Ela deverá requerer ao juízo a avaliação do imóvel por oficial de justiça avaliador, ato 
indispensável para dar seguimento ao leilão. 
b) Deverá ser requerida ao juízo a avaliação do imóvel por especialista na área (perito); 
sem isso, o leilão não poderá prosseguir. 
c) Ela deverá requerer ao juízo que este faça inspeção judicial no imóvel, de modo a 
confirmar seu valor. 
d) Ela deverá requerer que seja realizado o leilão, com dispensa da avaliação judicial do 
bem, manifestando ao juízo concordância com a estimativa de valor feita por Carla. 
 
https://youtu.be/xtyUWWUKctY
 
28 
 
3) (XXIV Exame) O Supermercado “X” firmou contrato com a pessoa jurídica “Excelência” 
– sociedade empresária de renome - para que esta lhe prestasse assessoria estratégica 
e planejamento empresarial no processo de expansão de suas unidades por todo o país. 
Diante da discussão quanto ao cumprimento da prestação acordada, uma vez que o 
supermercado entendeu que o serviço fora prestado de forma deficiente, as partes se 
socorreram da arbitragem, em razão de expressa previsão do meio de solução de 
conflitos trazida no contrato. Na arbitragem, restou decidido que assistia razão ao 
supermercado, sendo a sociedade empresária “Excelência” condenada ao pagamento 
de indenização, além de multa de 30%. 
Considerando o exposto, assinale a afirmativa correta.a) Por se tratar de um título executivo extrajudicial, deve ser instaurado um processo de 
execução. 
b) Por se tratar de um título executivo judicial, será promovido segundo as regras do 
cumprimento de sentença. 
c) A sentença arbitral só poderá ser executada junto ao Poder Judiciário após ser 
confirmada em processo de conhecimento, quando adquire força de título executivo 
judicial. 
d) A sentença arbitral será executada segundo as regras do cumprimento de sentença, 
tendo em vista seu caráter de título executivo extrajudicial. 
 
4) (XXXI Exame) Bruno ajuizou contra Flávio ação de execução de título executivo 
extrajudicial, com base em instrumento particular, firmado por duas testemunhas, para 
obter o pagamento forçado de R$ 10.000,00 (dez mil reais). 
Devidamente citado, Flávio prestou, em juízo, garantia integral do valor executado e 
opôs embargos à execução dentro do prazo legal, alegando, preliminarmente, a 
incompetência relativa do juízo da execução e, no mérito, que o exequente pleiteia 
quantia superior à do título (excesso de execução). No entanto, em seus embargos à 
execução, embora tenha alegado excesso de execução, Flávio não apontou o valor que 
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2020-oab-exame-de-ordem-unificado-xxxi-primeira-fase
 
29 
entendia ser correto, tampouco apresentou cálculo com o demonstrativo discriminado 
e atualizado do valor em questão. Considerando essa situação hipotética, assinale a 
afirmativa correta. 
a) Os embargos à execução devem ser liminarmente rejeitados, sem resolução do 
mérito, porquanto Flávio não demonstrou adequadamente o excesso de execução, 
ao deixar de apontar o valor que entendia correto e de apresentar cálculo com o 
demonstrativo discriminado e atualizado do valor em questão. 
b) O juiz deverá rejeitar as alegações de incompetência relativa do juízo e de excesso de 
execução deduzidas por Flávio, por não constituírem matérias passíveis de alegação 
em sede de embargos à execução. 
c) Os embargos à execução serão processados para a apreciação da alegação de 
incompetência relativa do juízo, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de 
execução, tendo em vista que Flávio não indicou o valor que entendia correto para a 
execução, não apresentando o cálculo discriminado e atualizado do valor em questão. 
d) O juiz deverá processar e julgar os embargos à execução em sua integralidade, não 
surtindo qualquer efeito a falta de indicação do valor alegado como excesso e a 
ausência de apresentação de cálculo discriminado e atualizado do valor em questão, 
uma vez que os embargos foram apresentados dentro do prazo legal. 
 
 
 
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https://youtu.be/UH7stAVPzrQ
 
30 
5) (XXVI Exame) Cláudia, intimada pelo juízo da Vara Z para pagar a Cleide o valor de R$ 
20.000,00, com fundamento em cumprimento definitivo de sentença, realiza, no prazo 
de 15 dias, o pagamento de R$ 5.000,00. 
De acordo com o que dispõe o CPC/2015, deve incidir 
a) multa de 10% e honorários advocatícios sobre R$15.000,00. 
b) multa de 10% sobre R$15.000,00 e honorários advocatícios sobre R$ 20.000,00. 
c) multa de 10% e honorários advocatícios sobre R$ 20.000,00. 
d) multa de 10% e honorários advocatícios sobre R$5.000,00. 
 
6) (XXVIII Exame) Pedro propõe execução de alimentos, fundada em título extrajudicial, 
em face de Augusto, seu pai, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Regularmente 
citado, Augusto não efetuou o pagamento do débito, não justificou a impossibilidade de 
fazê-lo, não provou que efetuou o pagamento e nem ofertou embargos à execução. 
Pedro, então, requereu a penhora do único bem pertencente a Augusto que fora 
encontrado, qual seja, R$ 10.000,00 (dez mil reais), que estavam depositados em 
caderneta de poupança. O juiz defere o pedido. Sobre a decisão judicial, assinale a 
afirmativa correta. 
a) Ela foi equivocada, pois valores depositados em caderneta, em toda e qualquer 
hipótese, são impenhoráveis. 
b) Ela foi correta, pois o Código de Processo Civil permite a penhora de quaisquer valores 
depositados em aplicações financeiras. 
c) Ela foi equivocada, na medida em que o Código de Processo Civil assegura a 
impenhorabilidade da caderneta de poupança até o limite de cem salários-mínimos, 
independentemente da natureza do débito. 
d) Ela foi correta, pois o Código de Processo Civil admite a penhora de valores 
depositados em caderneta de poupança para o cumprimento de obrigações 
alimentícias. 
 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2018-oab-exame-de-ordem-unificado-xxvi-primeira-fase
31 
7) (XXII Exame) Jair promove ação em face de Carlos para cobrar uma dívida
proveniente de contrato (não escrito) de prestação de serviços celebrado pelas partes. 
Com o trânsito em julgado da sentença que condenou Carlos a pagar o valor devido, Jair 
requer o cumprimento de sentença. O executado foi intimado regularmente na pessoa 
do seu advogado. No prazo da impugnação, deposita o correspondente a 30% do valor 
devido e requer o parcelamento do remanescente em até 6 (seis) prestações. O juiz 
defere o pedido do executado, fundamentando sua decisão no princípio da menor 
onerosidade, mas o exequente se insurge por intermédio de agravo de instrumento, 
alegando que o parcelamento legal não se aplica ao cumprimento de sentença. Diante 
da situação hipotética, a decisão do juiz está 
a) correta, pois o parcelamento legal pode ser aplicado no caso de cumprimento de
sentença. 
b) equivocada, tendo em vista que só poderia deferir se fosse feito depósito de 50%.
c) equivocada, pois há vedação expressa para a concessão do parcelamento legal no
caso de cumprimento de sentença. 
d) correta, pois sempre se deve encontrar a forma mais efetiva para a execução.
GABARITO DAS QUESTÕES 
01 
Art. 903, parágrafo quarto 
C 
02 
Art. 871, I. 
D 
03 
Art. 515, VII. 
B 
04 
Art. 917 parágrafos terceiro e quarto, II 
C 
 
32 
05 
Art. 523, parágrafo segundo. 
A 
06 
Art. 833, parágrafo segundo. 
D 
07 
Art. 916, parágrafo sétimo. 
C 
 
 
 
 
 
 
	CAPAS ANUAL
	Folhas de apresentação ANUAL
	OAB ANUAL - PROC CIVIL - FETTER - AULA 05
	1. AÇÃO DE EXECUÇÃO
	1.1. REQUISITOS DO TÍTULO EXECUTIVO (JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL)
	1.2. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
	1.3. LEGITIMIDADE NA EXECUÇÃO
	1.4. A PENHORA DE BENS
	1.5. EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA – TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL
	2. EMBARGOS À EXECUÇÃO
	2.1. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE QUANTIA CERTA
	2.2. IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
	2.3. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA FAZENDA PÚBLICA
	2.4. EXECUÇÃO CONTRA FAZENDA PÚBLICA
	2.5. PROTESTO DA DECISÃO JUDICIAL
	2.6. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO
	2.7. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO
	2.8. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS
	Folha final

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