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Brasil _ a Primeira República

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Brasil : a Primeira República
A consolidação da República
- 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca
proclamou a República.
- As elites que dominavam a política de São Paulo, Minas Gerais e
Rio Grande do Sul defendiam o federalismo, com grande
autonomia dos estados, em oposição à centralização imperial.
- Paulistas e mineiros defendiam propostas inspiradas no
liberalismo. Em São Paulo, a referência era o modelo
norte-americano.
- Entretanto, havia muitos militares e civis adeptos do positivismo.
Por exemplo, no Rio Grande do Sul, um importante grupo político
liderado por Júlio Castilho era adepto dos ideais positivistas.
- Havia também diferentes correntes políticas entre os militares:
● No exército predominavam os republicanos;
● Muitos oficiais seguiam a liderança de Deodoro;
● Outros preferiam Floriano Peixoto;
● Os positivistas tinham Benjamin Constant como líder;
● A marinha tinha ligações com o Império;
● No Rio de Janeiro, existia um grupo de republicanos radicais
chamados jacobinos.
● Mas também havia os monarquistas que desejavam a volta do
antigo sistema.
- O governo provisório convocou, em 1890, uma Assembléia
Nacional Constituinte para institucionalizar o novo regime.
- Em 24 de fevereiro de 1891 foi promulgada a Constituição
republicana. Seguindo o modelo vigente nos Estados Unidos.
- A República brasileira era liberal e federativa.
- Regime político: presidencialista.
- Com poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
- Os estados poderiam construir suas forças militares e
estabelecer impostos.
- Separação entre o Estado e a Igreja católica.
- O marechal Deodoro da Fonseca foi eleito pelos deputados
constituintes como presidente. O marechal Floriano Peixoto como
seu vice.
MILITARES NO PODER
- Grande euforia na área econômica.
- Rui Barbosa como ministro da Fazenda.
- O governo autorizou quatro bancos a conceder créditos a
qualquer pessoa que desejasse abrir uma empresa.
- Impressão de imensa quantidade de papel-moeda.
- Provocou o aumento acelerado da inflação.
- Muitos investidores perderam dinheiro.
- Esse acontecimento, marcado pela desvalorização da moeda e
pela especulação financeira, recebeu o nome de encilhamento.
- Grave conflito envolvendo o presidente militar, os políticos liberais
e a imprensa.
- Deodoro pretendia aumentar as prerrogativas do Poder Executivo
e limitar a autonomia dos estados.
- As lideranças civis defendiam o modelo liberal e federativo.
- O presidente e o Congresso Nacional entraram em
desentendimento.
- Deodoro da Fonseca fechou o Congresso Nacional e decretou
estado de sítio (com apenas 8 meses de mandato).
- Os oficiais que apoiavam o Floriano Peixoto não apoiaram o
golpe de Estado.
- A Marinha também não concordou com a atitude de Deodoro.
- Diversas lideranças civis reagiram ao golpe.
- Sem apoio militar e civil, Deodoro renunciou em 23 de novembro
de 1891, e Floriano Peixoto assumiu a presidência da República.
AUMENTAM OS CONFLITOS
- A posse de Floriano foi muito questionada.
- Segundo a Constituição, o vice completaria o mandato somente
após o presidente ter cumprido metade do período
governamental (dois anos).
- Assim, o correto seria convocar novas eleições para eleger outro
presidente.
- Floriano estava decidido em permanecer no poder, e os
florianistas alegaram que essa parte da constituição só valeria
para o próximo mandato presidencial.
- As elites políticas do Partido Rpublicano Paulista (PRP) apoiavam o
novo presidente Floriano.
- Ele também recebeu apoio de importantes setores do Exército e
da população do Rio de Janeiro.
- Floriano ficou conhecido como o “Marechal de Ferro”.
- Os oficiais da Marinha de Guerra e a elite imperial tornaram-se a
principal oposição.
- Em 6 de setembro de 1893, navios de guerra foram posicionados
na baía de Guanabara. Assim, os canhões dos navios foram
apontados para o Rio de Janeiro e Niterói e dispararam tiros
contra as duas cidades.
- Começou a Revolta Armada.
- Sem o apoio da população, a situação ficou insustentável:
● Faltava munição;
● Falta de alimentos e água.
- Parte dos participantes dessa Revolta pediram asilo político a
Portugal.
- Outra parte foi para o sul do país se integrar a uma guerra civil.

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