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Modulo 4 - Brasil Republica Velha (1889 - 1930)

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Ciências Humanas e Suas Tecnologias: 
Módulo 4 – Brasil República Velha (1889 - 1930) 
As décadas de 1870 e 80 marcaram o declínio do regime imperial no Brasil. O governo 
monárquico não foi capaz de solucionar os problemas políticos e atender às aspirações 
sociais que surgiram com o desenvolvimento do país e as transformações da 
sociedade. 
Governo Deodoro da Fonseca (1889-1891): aos 62 anos de idade, o marechal Deodoro 
da Fonseca foi o líder da insurreição que derrubou o chefe de governo do Império 
brasileiro a 15 de novembro de 1889 e resultou na proclamação da República. Assumiu 
também a chefia do governo provisório e foi nosso primeiro presidente, eleito 
indiretamente pelo Congresso Leia mais Presidência da República 
Gradualmente a monarquia foi perdendo legitimidade diante dos movimentos 
republicanos e abolicionistas e entrando em conflito com duas instituições 
importantes: o Exército e a Igreja. Em 15 de novembro de 1889 foi proclamada a 
República. 
O governo monárquico foi derrubado por um golpe militar. A Proclamação da 
República foi um movimento eminentemente elitista que ocorreu sem luta e sem a 
participação direta das camadas populares. Uma aliança entre a elite militar do 
Exército e os fazendeiros cafeicultores do oeste paulista possibilitou aos republicanos 
tomarem o poder. 
Coube ao marechal Deodoro da Fonseca a liderança do movimento golpista de 
derrubada do governo monárquico. De 1889 a 1894, os militares controlaram o poder 
político e comandaram os destinos da nação. 
Governo Provisório e República da Espada 
A fase em que os militares ocuparam a liderança política do país também ficou 
conhecida como a República da Espada. Com a derrubada do governo monárquico foi 
constituído um governo provisório chefiado pelo marechal Deodoro da Fonseca, que 
governou o país até 1891. 
O Governo Provisório tomou algumas medidas importantes tais como a separação 
oficial entre a Igreja e o Estado, acabando com o regime do Padroado (a Igreja obteve 
autonomia e liberdade para tomar decisões relativas a questões religiosas e 
administrativas); a instituição do casamento civil e a criação da bandeira republicana 
com o lema "Ordem e Progresso". 
 
No Governo Provisório surgiram também disputas políticas em torno do modelo 
republicano que seria implantado. Os militares defenderam um regime republicano 
centralizado, com um Poder Executivo forte o bastante para controlar o Poder 
Legislativo e Judiciário, e no qual os Estados (as antigas províncias) não tivessem 
autonomia. 
Os grandes proprietários agrários, sobretudo os ricos cafeicultores paulistas, se 
opunham a esse modelo e defenderam um regime republicano federalista, onde os 
Estados fossem autônomos a ponto de poderem ser controlados econômica e 
administrativamente em benefício dos seus interesses. 
A Constituição de 1891 
A mais importante medida do Governo Provisório foi a promulgação da Constituição 
de 1891. O Brasil passava a ser uma República Federativa presidencialista. A República 
unia e congregava vinte Estados com ampla autonomia econômica e administrativa. 
O texto da Carta assegurou a descentralização política. Os Estados puderam constituir 
seus poderes Executivo e Legislativo, ou seja, tinham liberdade para eleger seus 
governadores e deputados, criar impostos, possuir suas próprias forças militares e 
elaborar constituições. 
Mas a autonomia dos Estados não ameaçou a soberania da União. O poder central 
ficou responsável pela defesa nacional, pelas relações exteriores e deteve as melhores 
fontes de renda proveniente dos impostos. Os Estados deviam plena obediência à 
Constituição Federal. 
O poder central era constituído por três poderes: o Poder Executivo, ocupado por um 
presidente e um vice-presidente; o Poder Legislativo formado pelo Senado e pela 
Câmara Federal (cada Estado da federação era representado por três senadores, 
enquanto que o número de deputados federais era proporcional ao número de 
habitantes de cada Estado); e por fim o Poder Judiciário, formado por juízes e tribunais 
federais, sendo a instituição mais importante o Supremo Tribunal Federal. 
A República Oligárquica: 
Embora a Constituição de 1891 tenha estabelecido eleições diretas por meio do voto 
popular para a escolha do chefe da nação, determinou, em caráter excepcional, que o 
primeiro governante fosse escolhido pelo Legislativo Federal. Os marechais Deodoro 
da Fonseca e Floriano Peixoto, foram eleitos presidente e vice-presidentes 
respectivamente. 
 
Deodoro deveria governar até 1894, mas o agravamento da crise econômica e os 
constantes desentendimentos entre o Poder Executivo e Legislativo e ainda os 
conflitos entre militares e civis, o levaram a renunciar nove meses após ter assumido o 
poder. A chefia do governo passou ao vice-presidente, o marechal Floriano Peixoto. 
Nas eleições de 1894 Prudente de Moraes foi eleito. Aristocrata paulista e 
representante da elite cafeicultora, sua posse como primeiro presidente civil encerrou 
o período de ascendência militar sobre o governo da República Velha e marca o início 
de um longo período de predomínio dos civis no poder. Os anos que vão de 1894 a 
1930 correspondem à fase em que os grandes proprietários de terra detiveram o 
poder político em defesa de seus interesses dando origem à denominação de 
República Oligárquica. 
Após o mandato de Prudente de Moraes (1894-1898) a Presidência da República foi 
ocupada pelos seguintes governantes: Campos Sales (1898-1902), Rodrigues Alves 
(1902-1906), Afonso Pena (1906-1909), Nilo Peçanha (1909-1910), Hermes da Fonseca 
(1910-1914), Venceslau Brás (1914-1918), Epitácio Pessoa (1919-1922), Artur 
Bernardes (1922-1926) e Washington Luís (1926-1930). 
Exercícios do Módulo 4: 
1. (Enem 2011 – Questão 26) É difícil encontrar um texto sobre a Proclamação da 
República no Brasil que não cite a afirmação de Aristides Lobo, no Diário Popular de São 
Paulo, de que “o povo assistiu àquilo bestializado”. Essa versão foi relida pelos 
enaltecedores da Revolução de 1930, que não descuidaram da forma republicana, mas 
realçaram a exclusão social, o militarismo e o estrangeirismo da fórmula implantada em 
1889. Isto porque o Brasil brasileiro teria nascido em 1930. 
MELLO, M. T. C. A república consentida: cultura democrática e científica no final do 
Império. Rio de Janeiro: FGV, 2007 (adaptado). 
O texto defende que a consolidação de uma determinada memória sobre a Proclamação 
da República no Brasil teve, na Revolução de 1930, um de seus momentos mais 
importantes. Os defensores da Revolução de 1930 procuraram construir uma visão 
negativa para os eventos de 1889, porque esta era uma maneira de: 
a) valorizar as propostas políticas democráticas e liberais vitoriosas. 
b) resgatar simbolicamente as figuras políticas ligadas à Monarquia. 
c) criticar a política educacional adotada durante a República Velha. 
d) legitimar a ordem política inaugurada com a chegada desse grupo ao poder. 
e) destacar a ampla participação popular obtida no processo da Proclamação. 
2.(Enem: 2011 – Questão 18) Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência 
médica, não lendo jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver as figuras, o trabalhador 
rural, a não ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No plano 
político, ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que 
resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural. 
(LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1976 (adaptado) 
O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de 
suas principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da 
cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social 
a) igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda. 
b) estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes.c) tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos como forma produtiva 
típica. 
d) ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão mantido pelo exército e 
polícia. 
e) agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político local e regional. 
3. (Enem – 2010) 
O mestre-sala dos mares 
Há muito tempo nas águas da Guanabara 
O dragão do mar reapareceu 
Na figura de um bravo marinheiro 
A quem a história não esqueceu 
Conhecido como o almirante negro 
Tinha a dignidade de um mestre-sala 
E ao navegadar pelo mar com seu bloco de fragatas 
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas 
Jovens polacas e por batalhões de mulatas 
Rubras cascatas jorravam nas costas 
dos negros pelas pontas das chibatas... 
BLANC, A; BOSCO, J. O mestre-sala dos mares. Disponível em: 
www.usinadeletras.com.br. Acesso em: 19 de jan. 2009) 
Na história brasileira, a chamada Revolta da Chibata, liderada por João Cândido, e 
descrita na música, foi 
a) a rebelião de escravos contra os castigos físicos, ocorrida na Bahia, em 1848, e 
repetida no Rio de Janeiro. 
b) a revolta, no porto de Salvador, em 1860, de marinheiros dos navios que faziam o 
tráfico negreiro. 
c) o protesto, ocorrido no Exército, em 1865, contra o castigo de chibatadas em soldados 
desertores na Guerra do Paraguai. 
d) a rebelião dos marinheiros, negros e mulatos, em 1910, contra os castigos e as 
condições de trabalho na Marinha de Guerra. 
e) o protesto popular contra o aumento do custo de vida no Rio de Janeiro, em 1917, 
dissolvido, a chibatadas, pela política.

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