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Cistos odontogênicos

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Cist� odontogênic�   
 
Sua etiopatogenia está relacionada a proliferação de células que tem capacidade de formar 
os dentes (o órgão do esmalte) 
Os tumores podem produzir componentes dentários, a fim de imitar a formação de um 
dente 
Cavidade preenchida por líquido e sustentando a lesão geralmente se tem uma cápsula de 
tecido conjuntivo fibroso 
 
 
CISTOS ODONTOGENICOS INFLAMATÓRIOS 
Cápsula, tecido epitelial revestindo a cavidade cística ou seja o lúmen cístico o qual contém 
um líquido em seu anterior mas não é possível vê-lo na lâmina 
 
 
ODONTOGÉNICOS INFLAMATORIOS ODONTOGÊNICOS DO DESENVOLVIMENTO 
A inflamação (pode ser na região do ligamento 
periodontal, do periápice) perturba as células vai 
causar a proliferação de restos epiteliais ou seja uma 
lesão cística odontogênicos 
• Cisto Radicular (+++comum, relacionado a necrose 
pulpar de um dente) 
• Cisto Residual (era um cisto radicular, extrai o dente 
mas a lesão ficou para trás) 
Perturbações no equilíbrio desses restos de 
epitélios odontogênicos, 
Mais dificuldade na explicação da origem 
• Cisto Dentígero (++ comum) 
• Ceratocisto Odontogênico (+ comum) 
• Cisto Periodontal Lateral / Botrióide 
• Cisto Gengival do Adulto / Recém nascido 
CISTO RADICULAR (Periapical - Recebe esse nome porque muitas vezes sua formação se 
dá no periápice do dente) 
- Dois tipos 
- Cisto em Bahia - Ligado ao dente ou seja o coto apical daquele dente faz 
contato com a luz do cisto ou seja com a cavidade cística 
- Cisto verdadeiro - Não está mantendo uma conexão direta com a raiz. 
Cresceu dentro do osso mas não mantém uma conexão direta com o ápice 
do dente 
• Cisto odontogênico inflamatório mais comum da cavidade bucal. 
• É uma lesão (cavidade) revestida por um epitélio, conteúdo líquido citrino em seu interior 
(coloração amarelada), de crescimento lento, no ápice de um dente com necrose pulpar. 
Sempre associado a um dente com necrose pulpar (Bom para conseguir diferenciar) 
Crescimento lento 
Lesões pequenas 
Assintomáticos 
Mais comum em região anterior de maxila 
 
IMAGEM RADIOGRÁFICA = Incisivo lateral, com restaurações em resina insatisfatória. 
Esse cisto pode ter se originado tanto de um dente quanto do outro, provavelmente do que 
a raiz esta mais próxima do cisto 
Lesão unilocular, radiolúcida com bordas escleróticas com formato arredondado 
Canais acessórios podem permitir comunicação de região que aprisionam bactérias, toxinas 
que ficam presas lateralmente 
 
Características do hospedeiro + características do agente agressor 
 
 
 
É a junção entre características do hospedeiro + características do agente agressor 
Agressão à polpa (90% é cárie mas pode se tratar também de traumas) → No tecido pulpar 
ocorre uma hiperemia (Vasos sanguíneos cheio de hemácias, extravasamento de líquido, 
gera edema, processo de diapedese) → Pode gerar uma pulpite aguda ou crônica ambas 
podem acarretar uma a outra → Estímulo forte o suficiente, inflamação não se resolve 
sozinha e se torna uma necrose pulpar. 
Os produtos necróticos vão chegar na região periapical e desenvolve uma pericementite a 
qual pode evoluir para um abscesso apical pode se desenvolver de maneira aguda 
(abscesso) ou crônica (periapicopatia crônica ). No caso do abscesso pode ser tão grande 
que pode se acumular abaixo de feixes musculares específicos causando celulite, ou pode 
até mesmo infectar outros lugares distantes do osso alveolar e se transformar em um caso 
de osteomielite. 
A pericementite pode a partir da necrose pulpar desenvolver uma periapicopatia crônica 
pode ser um cisto ou um granuloma 
Granuloma = Tecido conjuntivo de granulação da região do periápice que fica inflamado 
 
 
 
Características clínicas 
Pode afetar pessoas de qualquer faixa etária 
Relacionada com necrose pulpar 
• Localização (lateralmente, apicalmente, furca, residual) 
• Assintomático 
 
 
 
Primeira imagem - Cisto residual, lesão radiolúcida bem delimitada, borda esclerótica, não 
doem , não causam lesão óssea exacerbada 
Segunda imagem mostra um dente decíduo com restauração, uma coroa de aço, solução 
estética e de restauração 
 
❖Etiopatogenia: Pode se originar de um granuloma que se tornou epiteliado, embora nem 
todo granuloma evolua para um cisto. Nem todo granuloma evolui para cistos mas alguns 
caso não tratados podem evoluir 
❖Resulta de uma infecção endodôntica ou seja de canal de longa duração. 
❖Origem = Remanescentes epiteliais no ligamento periodontal apical (Remanescentes são 
chamados de restos de Malassez) são estimulados e proliferam. 
❖As células epiteliais no centro da massa celular tridimensional sofrem apoptose e dão 
origem à cavidade cística. 
 
Teorias de formação do cisto : 
 
Teoria da formação de microcistos = • Cels. centrais de um granuloma morrem na região 
central e formam microcistos que coalescem e formam a cavidade T 
 
Restos epiteliais de Malassez, começam a proliferar devido à irritação promovida por 
necrose pulpar. 
Essas vão se proliferando, as do meio ficam sem nutrição e acabam morrendo 
Como acontece com diversos microcistos perto, esses se unem e formam um grande cisto 
Cápsula + epitélio + Lúmen cístico 
 
Teoria do abscesso = • Abscesso no centro de um granuloma formando cavidade que será 
recoberta por epitélio odontogênico 
Granuloma = Em roxo, é uma massa de tecido conjuntivo, lesão sólida, sem cavidade 
preenchida por líquido 
Radiograficamente o granuloma = cisto 
 
 
Características radiográficas 
 
RADIOGRAFICAMENTE NÃO É POSSÍVEL DISTINGUIR 
Se considera as duas coisas 
 
Características histopatológicas 
✓Cavidade revestida por epitélio estratificado pavimentoso 
não ceratinizado (fino e em algumas áreas ficam mais 
grossos) ou seja epitélio odontogênico 
✓Lúmen pode estar contendo células descamadas, células 
inflamatórias e debris. 
Durante a biópsia pode pulsionar para ver se vem algum 
líquido 
✓Cápsula de t. conjuntivo fibroso que apresenta infiltrado 
inflamatório crônico ou seja linfocitos, macrofagos, 
plasmocitos celulas do infiltrado cronico . 
 
Imagens negativas = Cristais de colesterol devido acúmulo de 
lipídeosprovenientes da degradação dentro de macrofagos 
Como o cisto cresce ? O epitélio vai descamando, células para o lúmen cístico, ocorre 
aumento na concentração de lipídios, restos necróticos entre outros dessa forma por meio 
dos vasos vai vindo líquido alcançando aquela área na tentativa de diluir essa diferença 
osmótica. Ele vai ficando mais cheio fazendo pressão na periferia, onde a cápsula está em 
contato com o osso. 
Células ósseas, osteoclastos vao reabsorver para que o cisto se acomode melhor 
 
CISTO RESIDUAL 
 
Cisto radicular (periapical) e residual 
Deixado para trás 
Dente foi extraído mas a lesão não foi curetada 
 
 
Tratamento 
❖ Se não tratados, podem sofrer reagudização (abscesso fênix). 
❖ Tratamento endodôntico. Caso não regride faz um cirurgia fazendo enucleação do cisto 
(acompanhamento radiografico) 
❖ Exodontia seguida de curetagem de todo o tecido mole apical. 
 
→ Imagem macroscópica - Lesão de consistência palpável, bem delimitada, saí líquido 
citrino (acúmulo de restos celulares, debris, proprio colesterol vai aculmulando) 
 
 
 
 
 
 
CISTOS ODONTOGÊNICOS DE DESENVOLVIMENTO 
Nestes não é a inflamação que induz a formação, e sim podem se originar de restos das 
lâminas dentárias, restos do epitélio reduzido do órgão do esmalte, resto de malassez 
Mutações em cromossomos específicos , que mexem com vias celulares, inibem a 
apoptose e estimula proliferação de células odontogênicas fazendo a lesão ocorrer 
Alguns cistos são um pouco mais agressivos que outros contudo se tratam de lesões 
benignas 
 
CISTO DENTÍGERO 
- Resulta do acúmulo de líquidos entre o folículo pericoronário e o dente. 
Esse acúmulo vai dilatando o folículo e vai haver proliferação de células 
odontogênicas. 
❖ 2 º tipo + comum. (radicular como o primeiro) 
❖ Conecta-se ao dente pela junção amelo-cementária. Tanto radiográfica 
quanto macroscopia da cápsula do cisto com junção amelocementária 
❖ 3º Molares inferiores, caninos superiores devido os processo de erupção 
❖ Lesões pequenas → assintomáticas → descobertas radiográficas 
Podem causar expansão cortical . 
→ Cavidade revestida por epitélio 
 
NESTE CISTO LESÕES GRANDES PODEM EXPANDIR CORTICAIS 
 
Características radiográficas 
 
❖ Área radiolúcida unilocular, bem definida, frequentemente com bordas esclerótica (mais 
radiopacas) 
❖ Não tá no ápice mas na junção amelocementária 
❖ Relação cisto-coroa: Classificação radiográfica em lesões maiores 
❖ Variante Central (++++ comum), coroa do dente para dentro do lúmen cístico 
❖ Variante Lateral, cisto se projeta lateralmente a junção amelocementária 
❖ Variante Circunferencial, Lesão é tao grande (segunda foto) que o dente esta 
inteiramente dentro do cisto 
 
 
❖ Características histopatológicas: 
❖ Cápsula de tecido conjuntivo fibroso arranjado frouxamente. 
❖ Pode conter pequenas ilhas e cordões de restos inativos de epitélio odontogênico. 
❖ Revestimento epitelial cístico e poucas camadas, com células achatadas, não 
ceratinizado, interface plana com o TC. 
 
 
 
Removida o dente e a lesão faz-se a sutura 
Pequenas podem ser enucleadas 
 
Lesões muito grandes = deve fazer descompressão ou seja marsupialização para aliviar a 
pressão e comunica por meio de uma cânula por exemplo e um tamanho suficiente para 
enucleação 
Marsupialização = remover o teto 
 
CERATOCISTO ODONTOGÊNICO 
 
Se parece muito com o dentígero principalmente for unilocular, pequena 
e relacionada ao terceiro molar incluso . Pequenas sutilezas na 
radiografia por exemplo. São diagnósticos radiográficos diferenciais entre 
dentigero e o ceratocisto 
Também gosta de mandíbula região posterior 
❖ 3º cisto odontogênico mais comum. 
❖ Histopatogênese: lâmina dentária (restos de Serres) e mutações no 
gene PTCH – 9p22.3-q31 (áreas responsáveis pela apoptose e 
multiplicação. Estímulo para proliferação de células epiteliais 
odontogênicas). Devido este componente um pouco mais agressivo e com maior recidiva. 
❖ Mecanismo de crescimento e comportamento biológico distintos de outros cistos inclusive 
do dentígero (acúmulo de fluido) 
Ceratocistos mutações . 
❖ Crescimento medular ântero posterior; expansão óssea infrequente.Dificuldade de 
expandir cortical mas facilidade ou seja afinidade para ocupar os espaços medulares não só 
porque as células produzem enzimas para degradar matriz óssea melhor que na regiao 
cortical 
Expansão óssea infrequente 
 
 
 
❖ Características Radiográficas: 
❖ Área radiolúcida unilocular ou multilocular (várias áreas 
radiolúcidas unidas pelas trabéculas ósseas), margens 
escleróticas bem definidas. 
Bordas escleróticas 
❖ Dente não erupcionado associado em 25% a 40% dos 
casos. Se ainda for unilocular deve-se pensar no 
dentígero como diagnóstico diferencial 
❖ é possível observar reabsorção radicular ou 
deslocamento dos dentes vizinhos menos comum. 
 
 
 
Primeira imagem = Ceratocisto, lesão multilocular, várias áreas 
Segunda imagem = Semelhante a cisto periapical, dentígero (próximo a região 
amelocementária) 
 
Faixa etária mais ampla 
❖ Síndrome do Carcinoma Nevoide Basocelular (Síndrome de Gorlin) 
❖ Condição hereditária autossômica dominante. 
❖ Mutações no gene patched (PTCH) – 9p22.3-q31. 
❖ Prevalência de 1 para 60.000. 
Múltiplos carcinomas basocelulares (de pele) e pode apresentar e desenvolver 
ceratocistos odontogênicos 
 
 
Radiografia panorâmica com múltiplos ceratocistos 
Pode apresentar deformações esqueléticas - costela bífida, bossa frontal bem pra frente, 
hipertelorismo (olhos afastados), calcificação da foice do cérebro 
A expressão da doença depende da gravidade dessas mutações 
 
 
Pacientes com essa síndrome deixam o manejo desse ceratocistos mais complexos além 
de recidivar com muita frequência devido a mutação no gene 
Característica histológica = Cisto onde se observa produção de ceratina, o lúmen contém 
grânulos de ceratina. Quando pulsiona um ceratocisto vai sair um líquido esbranquiçado 
Cavidade revestida por epitélio estratificado pavimentoso paraceratinizado (núcleos na 
camada de ceratina), camada corrugada de ceratina o qual se desprende com muita 
facilidade da cápsula por isso as vezes o cirurgião pode deixar celulasna lesão logo isso 
também contribui para a recidiva 
Células da camada basal se apresentam paliçadas, semelhantes a lápides de túmulo, e 
polarização reversa do núcleo, hipercromatismo, corrugações de paraceratina 
Essa lesão já foi classificada pela OMS, como tumor odontogênico devido à agressividade, 
seu maior potencial de expansão, e pela presença de mutações e recidivas. Contudo outros 
cistos também apresentam mutações e tem comportamentos semelhantes 
 
❖ Tratamento e Prognóstico: 
❖ Enucleação e curetagem, contudo mais frequente utilizar a 
marsupialização primeiro 
❖ Osteotomia periférica (devido às recidivas), cauterização química usando 
uma solução (Carnoy) para alcançar restos odontogênicos epiteliais 
❖ Marsupialização → Descompressão → Enucleação posteriormente. 
❖ Recidivas de até 30% . 
❖ Avaliação quanto à Síndrome de Gorlin podem apresentar ceratocistos 
que vão recidivar. 
❖ Acompanhamento clínico e radiográfico a longo prazo. 
 
 
 
 
CISTO PERIODONTAL LATERAL 
❖ Definição: cisto odontogênico de desenvolvimento, incomum, que ocorre ao longo da 
superfície lateral da raiz de um dente. 
❖Patogênese: acredita-se que ele se origina de remanescentes da lâmina dentária ou do 
epitélio reduzido do órgão do esmalte 
 
- Possibilidades de formação de um cisto periodontal lateral a partir da expansão do 
folículo dental, envolve a coroa do dente na junção cemento esmalte, em alguns 
como caninos e terceiro molares pode haver um acúmulo de líquido entre o folículo 
e a coroa acarretando o cisto dentígero Já o periodontal há uma expansão do 
folículo e do epitélio reduzido 
- A - Expansão lateral do epitélio do folículo 
- B - Raiz um pouco mais formada 
- C - Coroa já perfurou a mucosa e folículo foi deslocado para a lateral 
 
 
❖ Características clinicopatológicas: 
❖Inicialmente assintomático (exame radiográfico de rotina) mas a partir 
do seu crescimento pode causar desconfortos . 
❖ Pacientes da 5ª a 7ª décadas de vida. 
❖Frequentes em região de incisivo lateral, canino e comumente entre 
pré-molares inferiores (75 a 80%). 
 
 
 
Artigo mostrando 5 autores com quantidades de cistos, com média de 50 a 48 anos e com a 
localização preferencial da mandíbula em relação à maxila 
 
 
❖Características radiográficas: apresenta-se como área radiolúcida bem delimitada, de 
bordas escleróticas lateralmente à raiz de um dente . 
❖Quando a lesão apresenta uma aparência policística radiográfica e histopatológica ou 
seja várias lesões dessas unidas (aspecto multilocular): cisto odontogênico botrióide 
contudo pode ser raro mas pode não ser 
Unilocular = Cisto periodontal lateral 
 
Primeira radiografia = Forma de gota, deslocou raiz de dente 
 
 
Vários cistos periodontais laterais 
 
❖Características histopatológicas: cápsula fibrosa, revestida por epitélio finos em camadas 
de uma a três células achatadas ou cuboidais. 
❖ Focos de células claras ricas em glicogênio (espessamentos nodulares em redemoinho - 
focais). A variante botrióide pode conter finos septos de tecido conjuntivo. 
Geralmente em dentes vitais 
 
 
❖Diagnósticos diferenciais: Cisto radicular lateral, cisto odontogênico glandular, ceratocisto. 
❖Tratamento e prognóstico: enucleação cirúrgica conservadora, a 
recorrência é incomum (3 a 4%) e pequena em relação ao ceratocisto. 
❖ Tem sido reportada recorrência entre 18 e 30% para a variante 
botrióide e tem taxa recorrente maior, provavelmente porque a origem é 
um pouco diferente 
→ Dente com necrose pulpar, tratamento de canal insatisfatório, 
contudo se tratava de um ceratocisto na região lateral contudo não é 
algo comum pois o cerato é comum na mandíbula. 
Radiograficamente é impossível diferencial 
 
 
 
 
 
 
CISTO GENGIVAL DO ADULTO 
 
❖Definição: é uma lesão incomum, de natureza odontogênica e não inflamatória, derivada 
de restos da lâmina dentária (restos de Serres). Diferente dos outros cistos, esse se trata de 
uma lesão de tecido mole. 
❖Esta lesão mostra acentuada predileção pela mucosa alveolar ou gengival vestibular na 
região de caninos e pré-molares inferiores (60 a 75%), ocorrendo mais na 5ª e 6ª décadas 
de vida. 
Lesão única em forma de cúpula, coloração meio azulada, próxima a papila na gengiva 
vestibular na região de caninos e pré-molares inferiores 
Contém fluido em seu interior. 
 
Histogênese 
 
A - Cisto periodontal lateral (lesão fica no periodonto) 
B - Cisto gengival do adulto - não tem relação com tecido ósseo subjacente 
 
Deriva do epitélio reduzido do órgão do esmalte 
Enquanto o cisto periodontal lateral é derivado do epitélio reduzido do órgão do esmalte 
pela dilatação do folículo antes da erupção do dente, o cisto gengival do adulto deriva do 
epitélio reduzido do órgão do esmalte após a erupção do dente 
 
❖ Características clínico-radiográficas: tipicamente as lesões mostram-se como tumefações 
indolores semelhantes à cúpula, com aproximadamente 0,5cm de diâmetro, de coloração 
azulada ou azul-acinzentada, podendo causar uma reabsorção superficial na cortical 
alveolar 
Tumefação ou pápula 
 
 
 
Diagnóstico final feito por meio de biópsia. 
Dente vital, integridade da lâmina dura 
Pode causar uma ligeira rarefação em forma de taça por mais que não tenha relação direta 
com osso 
 
❖Características histopatológicas: semelhantes ao cisto periodontal lateral com um 
revestimento epitelial delgado e plano, com ou sem placas contendo células claras 
(glicogênio). 
Epitélio exterior (apontado com a seta) = Epitélio da mucosa oral. Já dentro se tem uma 
cavidade, anteriormente ocupada por líquido e o epitélio odontogênico isto é, do cisto 
gengival (espessamentos focais) 
Contraparte do cisto periodontal lateral em tecidos moles 
 
Tratamento e prognóstico: Excisão cirúrgica simples, o prognóstico é muito bom. 
 
CISTO GENGIVAL DO RECÉM-NASCIDO 
 
❖ Sinonímia : cisto da lâmina dentária (cisto odontogênico do 
desenvolvimento) . 
 ❖Definição : são pequenos cistos superficiais contendo ceratina, 
encontrados na mucosa alveolar de recém -nascidos . 
❖Etiopatogenia : origem de remanescentes da lâmina dentária . 
❖Pequenas pápulas esbranquiçadas, múltiplas, localizadas namucosa de 
recobrimento dos processos alveolares maxilares (mais frequente) ; 2 a 
3mm de diâmetro 
Se rompem logo não tem necessidade de tratamento 
 
 
 
PÁPULAS RESTRITAS AO TECIDO GENGIVAL = CISTO GENGIVAL DO 
RECÉM-NASCIDO → TEM ORIGEM ODONTOGÊNICAS 
PÁPULAS ENCONTRADAS NO PALATO DURO NA REGIÃO MEDIANA OU NA 
TRANSIÇÃO DE PALATO DURO E MOLE = PÉROLAS DE EPSTEIN E NÓDULOS DE 
DOM RESPECTIVAMENTE → ESSAS NÃO TEM ORIGENS ODONTOGÊNICAS 
 
❖ Características histopatológicas: 
Acúmulos = Grumos de ceratina 
❖Cistos intactos possuem um epitélio de revestimento delgado, plano e paraceratinizado 
contendo fragmentos de ceratina no seu interior. 
 
 
❖Tratamento e prognóstico: Como as lesões involuem espontaneamente, 
nenhum procedimento cirúrgico é indicado. 
Restos de Serres: são células remanescentes da lâmina dentária 
 
Pacientes com múltiplas pápulas 
Imagem histológica - Canino em formação, rizogênese já começou. Pequenos grupos de 
células no mesênquima (restos de células odontogênicas) 
 
 
TUMORES ODONTOGÊNICOS 
 
Mais comuns - Ameloblastoma extraosseo (epitelial, benigno mas malvado), Odontoma 
complexo/composto (misto) e Mixoma odontogênico (mesenquimal) 
Essa classificação da OMS entre epitelial misto e mesenquimal diz respeito à origem ou 
seja : 
- Epitelial = Derivado do epitélio odontogênico 
- Misto = Origem do epitélio odontogênico e conjuntivo 
- Mesenquimal = Exclusivo do conjuntivo 
 
AMELOBLASTOMA 
❖Definição: tumor do epitélio odontogênico, benigno, mais comum, crescimento 
progressivo, caracterizado pela expansão, tendência para recorrência local se não 
adequadamente removido. Reabsorve raízes, desloca dentes, não respeita limites de 
cortical 
Radiograficamente é possível ver rarefação óssea 
Expansão da cortical, apagamento do fundo de saco de vestíbulo 
Cirurgia mutiladora 
 
❖Sinonímia: Ou seja pode ser chamado de ameloblastoma convencional, ameloblastoma 
sólido/multicístico. 
O ameloblastoma ainda pode se dividir em ameloblastoma unicístico e também em 
ameloblastoma periférico (contraparte do ameloblastoma em tecidos moles) 
 
 
 
 
 
❖Características clínico-patológicas: 
❖Crescimento lento. 
❖Localmente invasivo. 
❖Comportamento agressivo - reabsorve dente, expande cortical, perfura 
cortical 
❖Localização mais comum – região posterior de mandíbula (lesões 
odontogênicas carregam uma preferência por esse local) 
❖Adultos jovens. 
 
→ Dois artigos um mostrando a incidência na mandíbula e na região 
posterior e outro relatando como sintoma na maioria do ameloblastoma o 
aumento de volume 
 
 
 
 
 
 
❖Patogênese: Existem várias hipóteses como : 
❖Remanescentes da lâmina dentária. 
❖Órgão do esmalte em desenvolvimento. 
❖Revestimento epitelial de um cisto odontogênico - Muitas vezes 
ameloblastomas acontecem concomitantemente com cistos odontogênicos 
❖Células da camada basal da mucosa bucal. 
→ Imagem mostra órgão dentário em desenvolvimento, mostrando 
ameloblastos 
 
As células ameloblastomas ou seja do tumor são muito parecidas com os 
ameloblastos 
 
 
Aspecto radiográfico clássico: lesão radiolúcida bem ou mal delimitada, extensa, de aspecto 
multilocular ou como “bolhas de sabão” ou “favo de mel”, podendo reabsorver dentes e 
deslocar dentes 
 
Aspecto “bolhas de sabão” ou “favo de mel” relacionado à capacidade do tumor reabsorver 
o ângulo mandibular e deixa as trabéculas ósseas com ângulo de 90 graus 
 
Aspecto de “favo de mel” 
 
 
AMELO EM UMA PANORÂMICA = Reabsorveu a raiz, lesão unilocular. 
Na tomografia (padrão ouro para essa lesão) e na reconstrução o tamanho da lesão, 
unilocular 
 
Células cilíndricas, altas, cúbicas, 
hipercromáticas, polarização reversa e a região 
central dos folículos (organização mais frouxa) 
muito parecida com retículo estrelado 
 
❖Características histopatológicas: 
❖Subtipos histológicos dentro de uma lesão é 
possível encontrar mais de um subtipo 
histológico 
❖Folicular - Mais comum 
❖Plexiforme 
❖Acantomatoso 
❖Células granulares 
❖Basalóide 
❖Desmoplásico Tem predileção por maxila, se 
trata de lesão radiopaca por isso já foi 
considerada independente 
 
 
AMELOBLASTOMA - UNICISTICO 
Variante 
A lesão é essencialmente uma cavidade bem delimitada revestida por epitélio 
ameloblastomatoso. 
Possui três variantes histológicas: luminal, intraluminal e mural. 
❖É uma entidade com algumas características semelhantes ao ameloblastoma 
convencional contudo diferente do convencional se tem uma cavidade e nessa tem líquido. 
❖Pacientes jovens (2º década). 
❖Região posterior de mandíbula, associado à 3º molar incluso. 
O que pode diferenciar é o padrão de crescimento , reabsorção de dente e se a lesão 
respeita a cortical 
 
 
 
 
Possui três variantes histológicas: luminal, intraluminal e mural. Quer dizer que 
- Luminal : DO epitélio está projetando para a luz da lesão, ou seja para o lúmen 
cístico 
- Intraluminal : O epitélio prolifera muito e se projeta para a luz do epitélio (imagem 
preto e branco) 
AMBAS POSSUEM BOM PROGNÓSTICO 
- Mural : Essa, o epitélio do ameloblasto está na cápsula em várias áreas ou 
invadindo a mesma (MAIS AGRESSIVA COMO AMELOBLASTOMA SÓLIDO) 
 
AMELOBLASTOMA PERIFERICO 
Contraparte extraóssea 
• Sinonímia: ameloblastoma extra-ósseo. 
• Características clínicas: 
• Entidade raríssima – ocorrência de 1%. 
• Lesão indolor, que afeta mucosa alveolar ou gengiva. 
• Não invade o osso adjacente, pediculada ou séssil. 
 
→ Epitélio da gengiva, lâmina própria e epitélio odontogênico 
ameloblastomatoso 
 
 
 
 
❖Formas de tratamento: 
❖Ressecção ampla com margem. 
❖Cirurgias mais conservadoras têm apresentado maior ocorrência de recidivas (60-80%). 
❖Acompanhamento por longos períodos não só devido recidivas mas a natureza crítica da 
lesão 
❖O tipo unicístico, exceto o mural possui melhor prognóstico e são bem abordados com 
cirurgias mais conservadoras. O periférico é removido com excisão local. 
Para o ameloblastoma convencional sólido multicístico ou a variante mural do unicístico é a 
remoção como na imagem abaixo - paciente mutilado 
 
 
ODONTOMA 
• Tumor odontogênico misto benigno, 
Afeta pacientes entre 1ª e 2ª décadas, frequentemente associado a um dente impactado.Componente mesenquimal e epitelial, logo se tem a formação de estruturas mineralizadas 
compatíveis com tecidos dentários (esmalte, dentina tubular, cemento). 
 
Primeira radiografia - Massa radiopaca, lesão com borda radiopaca esclerótica e dente 
associado impactado 
 
 
 
 
Tratamento - Remoção cirúrgica conservadora no caso dos maiores exige uma abordagem 
cirúrgica mais agressiva 
 
 
MIXOMA 
• Tumor odontogênico do ectomesênquima ou seja conjuntivo , que possui capacidade 
altamente infiltrativa e alta taxa de recorrência. 
• Pacientes da 2ª e 3ª décadas. 
Amelo e mixoma são os mais agressivos 
Por se tratar de tecido conjuntivo é um tumor expansivo, infiltrativo, causa 
assimetria facial, reabsorções dentárias, contudo costuma ser 
assintomático 
→ Afetam mais comumente posterior da maxila e posterior da mandíbula 
podendo afetar a região de pré molares com mais frequência 
 
 
 
 
Tumefação indolor do osso. Dor, parestesia e assimetria em lesões maiores. Crescimento 
lento. Localmente invasivo. Pode se deslocar e reabsorver dentes. 
COMPLEXO COMPOSTO 
Não existe uma organização desses tecidos mineralizados 
imitando a estrutura de um dente 
Se trata apenas de uma massa radiopaca 
Histologicamente tudo bagunçado, depositado ao acaso 
Forma organizada imitando mini dentes, tanto no 
aspecto histológico quanto no aspecto 
radiográfico 
 
 
 
• Lesão radiolúcida uni ou multilocular. 
• Margens irregulares ou festonadas. 
• Trabéculas em ângulo reto. 
• Bolhas de sabão devido características infiltrativas da lesão 
 
Biópsia mostra um tecido conjuntivo frouxo com células de aspecto fusiforme ou estrelados, 
parecido com uma consistência de gelatina devido a presença elevada de ácido hialurônico 
e proteínas hidratadas que fazem parte do tumor 
Presença de células com formato estrelado, outras alongadas e fibrilas colágenas delicadas 
dispostas ao acaso 
 
 
 
OBS → CERATOCISTO RESPEITA A CORTICAL CONTUDO NÃO RESPEITA A 
MEDULAR

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