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Cist� odontogênic� Sua etiopatogenia está relacionada a proliferação de células que tem capacidade de formar os dentes (o órgão do esmalte) Os tumores podem produzir componentes dentários, a fim de imitar a formação de um dente Cavidade preenchida por líquido e sustentando a lesão geralmente se tem uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso CISTOS ODONTOGENICOS INFLAMATÓRIOS Cápsula, tecido epitelial revestindo a cavidade cística ou seja o lúmen cístico o qual contém um líquido em seu anterior mas não é possível vê-lo na lâmina ODONTOGÉNICOS INFLAMATORIOS ODONTOGÊNICOS DO DESENVOLVIMENTO A inflamação (pode ser na região do ligamento periodontal, do periápice) perturba as células vai causar a proliferação de restos epiteliais ou seja uma lesão cística odontogênicos • Cisto Radicular (+++comum, relacionado a necrose pulpar de um dente) • Cisto Residual (era um cisto radicular, extrai o dente mas a lesão ficou para trás) Perturbações no equilíbrio desses restos de epitélios odontogênicos, Mais dificuldade na explicação da origem • Cisto Dentígero (++ comum) • Ceratocisto Odontogênico (+ comum) • Cisto Periodontal Lateral / Botrióide • Cisto Gengival do Adulto / Recém nascido CISTO RADICULAR (Periapical - Recebe esse nome porque muitas vezes sua formação se dá no periápice do dente) - Dois tipos - Cisto em Bahia - Ligado ao dente ou seja o coto apical daquele dente faz contato com a luz do cisto ou seja com a cavidade cística - Cisto verdadeiro - Não está mantendo uma conexão direta com a raiz. Cresceu dentro do osso mas não mantém uma conexão direta com o ápice do dente • Cisto odontogênico inflamatório mais comum da cavidade bucal. • É uma lesão (cavidade) revestida por um epitélio, conteúdo líquido citrino em seu interior (coloração amarelada), de crescimento lento, no ápice de um dente com necrose pulpar. Sempre associado a um dente com necrose pulpar (Bom para conseguir diferenciar) Crescimento lento Lesões pequenas Assintomáticos Mais comum em região anterior de maxila IMAGEM RADIOGRÁFICA = Incisivo lateral, com restaurações em resina insatisfatória. Esse cisto pode ter se originado tanto de um dente quanto do outro, provavelmente do que a raiz esta mais próxima do cisto Lesão unilocular, radiolúcida com bordas escleróticas com formato arredondado Canais acessórios podem permitir comunicação de região que aprisionam bactérias, toxinas que ficam presas lateralmente Características do hospedeiro + características do agente agressor É a junção entre características do hospedeiro + características do agente agressor Agressão à polpa (90% é cárie mas pode se tratar também de traumas) → No tecido pulpar ocorre uma hiperemia (Vasos sanguíneos cheio de hemácias, extravasamento de líquido, gera edema, processo de diapedese) → Pode gerar uma pulpite aguda ou crônica ambas podem acarretar uma a outra → Estímulo forte o suficiente, inflamação não se resolve sozinha e se torna uma necrose pulpar. Os produtos necróticos vão chegar na região periapical e desenvolve uma pericementite a qual pode evoluir para um abscesso apical pode se desenvolver de maneira aguda (abscesso) ou crônica (periapicopatia crônica ). No caso do abscesso pode ser tão grande que pode se acumular abaixo de feixes musculares específicos causando celulite, ou pode até mesmo infectar outros lugares distantes do osso alveolar e se transformar em um caso de osteomielite. A pericementite pode a partir da necrose pulpar desenvolver uma periapicopatia crônica pode ser um cisto ou um granuloma Granuloma = Tecido conjuntivo de granulação da região do periápice que fica inflamado Características clínicas Pode afetar pessoas de qualquer faixa etária Relacionada com necrose pulpar • Localização (lateralmente, apicalmente, furca, residual) • Assintomático Primeira imagem - Cisto residual, lesão radiolúcida bem delimitada, borda esclerótica, não doem , não causam lesão óssea exacerbada Segunda imagem mostra um dente decíduo com restauração, uma coroa de aço, solução estética e de restauração ❖Etiopatogenia: Pode se originar de um granuloma que se tornou epiteliado, embora nem todo granuloma evolua para um cisto. Nem todo granuloma evolui para cistos mas alguns caso não tratados podem evoluir ❖Resulta de uma infecção endodôntica ou seja de canal de longa duração. ❖Origem = Remanescentes epiteliais no ligamento periodontal apical (Remanescentes são chamados de restos de Malassez) são estimulados e proliferam. ❖As células epiteliais no centro da massa celular tridimensional sofrem apoptose e dão origem à cavidade cística. Teorias de formação do cisto : Teoria da formação de microcistos = • Cels. centrais de um granuloma morrem na região central e formam microcistos que coalescem e formam a cavidade T Restos epiteliais de Malassez, começam a proliferar devido à irritação promovida por necrose pulpar. Essas vão se proliferando, as do meio ficam sem nutrição e acabam morrendo Como acontece com diversos microcistos perto, esses se unem e formam um grande cisto Cápsula + epitélio + Lúmen cístico Teoria do abscesso = • Abscesso no centro de um granuloma formando cavidade que será recoberta por epitélio odontogênico Granuloma = Em roxo, é uma massa de tecido conjuntivo, lesão sólida, sem cavidade preenchida por líquido Radiograficamente o granuloma = cisto Características radiográficas RADIOGRAFICAMENTE NÃO É POSSÍVEL DISTINGUIR Se considera as duas coisas Características histopatológicas ✓Cavidade revestida por epitélio estratificado pavimentoso não ceratinizado (fino e em algumas áreas ficam mais grossos) ou seja epitélio odontogênico ✓Lúmen pode estar contendo células descamadas, células inflamatórias e debris. Durante a biópsia pode pulsionar para ver se vem algum líquido ✓Cápsula de t. conjuntivo fibroso que apresenta infiltrado inflamatório crônico ou seja linfocitos, macrofagos, plasmocitos celulas do infiltrado cronico . Imagens negativas = Cristais de colesterol devido acúmulo de lipídeosprovenientes da degradação dentro de macrofagos Como o cisto cresce ? O epitélio vai descamando, células para o lúmen cístico, ocorre aumento na concentração de lipídios, restos necróticos entre outros dessa forma por meio dos vasos vai vindo líquido alcançando aquela área na tentativa de diluir essa diferença osmótica. Ele vai ficando mais cheio fazendo pressão na periferia, onde a cápsula está em contato com o osso. Células ósseas, osteoclastos vao reabsorver para que o cisto se acomode melhor CISTO RESIDUAL Cisto radicular (periapical) e residual Deixado para trás Dente foi extraído mas a lesão não foi curetada Tratamento ❖ Se não tratados, podem sofrer reagudização (abscesso fênix). ❖ Tratamento endodôntico. Caso não regride faz um cirurgia fazendo enucleação do cisto (acompanhamento radiografico) ❖ Exodontia seguida de curetagem de todo o tecido mole apical. → Imagem macroscópica - Lesão de consistência palpável, bem delimitada, saí líquido citrino (acúmulo de restos celulares, debris, proprio colesterol vai aculmulando) CISTOS ODONTOGÊNICOS DE DESENVOLVIMENTO Nestes não é a inflamação que induz a formação, e sim podem se originar de restos das lâminas dentárias, restos do epitélio reduzido do órgão do esmalte, resto de malassez Mutações em cromossomos específicos , que mexem com vias celulares, inibem a apoptose e estimula proliferação de células odontogênicas fazendo a lesão ocorrer Alguns cistos são um pouco mais agressivos que outros contudo se tratam de lesões benignas CISTO DENTÍGERO - Resulta do acúmulo de líquidos entre o folículo pericoronário e o dente. Esse acúmulo vai dilatando o folículo e vai haver proliferação de células odontogênicas. ❖ 2 º tipo + comum. (radicular como o primeiro) ❖ Conecta-se ao dente pela junção amelo-cementária. Tanto radiográfica quanto macroscopia da cápsula do cisto com junção amelocementária ❖ 3º Molares inferiores, caninos superiores devido os processo de erupção ❖ Lesões pequenas → assintomáticas → descobertas radiográficas Podem causar expansão cortical . → Cavidade revestida por epitélio NESTE CISTO LESÕES GRANDES PODEM EXPANDIR CORTICAIS Características radiográficas ❖ Área radiolúcida unilocular, bem definida, frequentemente com bordas esclerótica (mais radiopacas) ❖ Não tá no ápice mas na junção amelocementária ❖ Relação cisto-coroa: Classificação radiográfica em lesões maiores ❖ Variante Central (++++ comum), coroa do dente para dentro do lúmen cístico ❖ Variante Lateral, cisto se projeta lateralmente a junção amelocementária ❖ Variante Circunferencial, Lesão é tao grande (segunda foto) que o dente esta inteiramente dentro do cisto ❖ Características histopatológicas: ❖ Cápsula de tecido conjuntivo fibroso arranjado frouxamente. ❖ Pode conter pequenas ilhas e cordões de restos inativos de epitélio odontogênico. ❖ Revestimento epitelial cístico e poucas camadas, com células achatadas, não ceratinizado, interface plana com o TC. Removida o dente e a lesão faz-se a sutura Pequenas podem ser enucleadas Lesões muito grandes = deve fazer descompressão ou seja marsupialização para aliviar a pressão e comunica por meio de uma cânula por exemplo e um tamanho suficiente para enucleação Marsupialização = remover o teto CERATOCISTO ODONTOGÊNICO Se parece muito com o dentígero principalmente for unilocular, pequena e relacionada ao terceiro molar incluso . Pequenas sutilezas na radiografia por exemplo. São diagnósticos radiográficos diferenciais entre dentigero e o ceratocisto Também gosta de mandíbula região posterior ❖ 3º cisto odontogênico mais comum. ❖ Histopatogênese: lâmina dentária (restos de Serres) e mutações no gene PTCH – 9p22.3-q31 (áreas responsáveis pela apoptose e multiplicação. Estímulo para proliferação de células epiteliais odontogênicas). Devido este componente um pouco mais agressivo e com maior recidiva. ❖ Mecanismo de crescimento e comportamento biológico distintos de outros cistos inclusive do dentígero (acúmulo de fluido) Ceratocistos mutações . ❖ Crescimento medular ântero posterior; expansão óssea infrequente.Dificuldade de expandir cortical mas facilidade ou seja afinidade para ocupar os espaços medulares não só porque as células produzem enzimas para degradar matriz óssea melhor que na regiao cortical Expansão óssea infrequente ❖ Características Radiográficas: ❖ Área radiolúcida unilocular ou multilocular (várias áreas radiolúcidas unidas pelas trabéculas ósseas), margens escleróticas bem definidas. Bordas escleróticas ❖ Dente não erupcionado associado em 25% a 40% dos casos. Se ainda for unilocular deve-se pensar no dentígero como diagnóstico diferencial ❖ é possível observar reabsorção radicular ou deslocamento dos dentes vizinhos menos comum. Primeira imagem = Ceratocisto, lesão multilocular, várias áreas Segunda imagem = Semelhante a cisto periapical, dentígero (próximo a região amelocementária) Faixa etária mais ampla ❖ Síndrome do Carcinoma Nevoide Basocelular (Síndrome de Gorlin) ❖ Condição hereditária autossômica dominante. ❖ Mutações no gene patched (PTCH) – 9p22.3-q31. ❖ Prevalência de 1 para 60.000. Múltiplos carcinomas basocelulares (de pele) e pode apresentar e desenvolver ceratocistos odontogênicos Radiografia panorâmica com múltiplos ceratocistos Pode apresentar deformações esqueléticas - costela bífida, bossa frontal bem pra frente, hipertelorismo (olhos afastados), calcificação da foice do cérebro A expressão da doença depende da gravidade dessas mutações Pacientes com essa síndrome deixam o manejo desse ceratocistos mais complexos além de recidivar com muita frequência devido a mutação no gene Característica histológica = Cisto onde se observa produção de ceratina, o lúmen contém grânulos de ceratina. Quando pulsiona um ceratocisto vai sair um líquido esbranquiçado Cavidade revestida por epitélio estratificado pavimentoso paraceratinizado (núcleos na camada de ceratina), camada corrugada de ceratina o qual se desprende com muita facilidade da cápsula por isso as vezes o cirurgião pode deixar celulasna lesão logo isso também contribui para a recidiva Células da camada basal se apresentam paliçadas, semelhantes a lápides de túmulo, e polarização reversa do núcleo, hipercromatismo, corrugações de paraceratina Essa lesão já foi classificada pela OMS, como tumor odontogênico devido à agressividade, seu maior potencial de expansão, e pela presença de mutações e recidivas. Contudo outros cistos também apresentam mutações e tem comportamentos semelhantes ❖ Tratamento e Prognóstico: ❖ Enucleação e curetagem, contudo mais frequente utilizar a marsupialização primeiro ❖ Osteotomia periférica (devido às recidivas), cauterização química usando uma solução (Carnoy) para alcançar restos odontogênicos epiteliais ❖ Marsupialização → Descompressão → Enucleação posteriormente. ❖ Recidivas de até 30% . ❖ Avaliação quanto à Síndrome de Gorlin podem apresentar ceratocistos que vão recidivar. ❖ Acompanhamento clínico e radiográfico a longo prazo. CISTO PERIODONTAL LATERAL ❖ Definição: cisto odontogênico de desenvolvimento, incomum, que ocorre ao longo da superfície lateral da raiz de um dente. ❖Patogênese: acredita-se que ele se origina de remanescentes da lâmina dentária ou do epitélio reduzido do órgão do esmalte - Possibilidades de formação de um cisto periodontal lateral a partir da expansão do folículo dental, envolve a coroa do dente na junção cemento esmalte, em alguns como caninos e terceiro molares pode haver um acúmulo de líquido entre o folículo e a coroa acarretando o cisto dentígero Já o periodontal há uma expansão do folículo e do epitélio reduzido - A - Expansão lateral do epitélio do folículo - B - Raiz um pouco mais formada - C - Coroa já perfurou a mucosa e folículo foi deslocado para a lateral ❖ Características clinicopatológicas: ❖Inicialmente assintomático (exame radiográfico de rotina) mas a partir do seu crescimento pode causar desconfortos . ❖ Pacientes da 5ª a 7ª décadas de vida. ❖Frequentes em região de incisivo lateral, canino e comumente entre pré-molares inferiores (75 a 80%). Artigo mostrando 5 autores com quantidades de cistos, com média de 50 a 48 anos e com a localização preferencial da mandíbula em relação à maxila ❖Características radiográficas: apresenta-se como área radiolúcida bem delimitada, de bordas escleróticas lateralmente à raiz de um dente . ❖Quando a lesão apresenta uma aparência policística radiográfica e histopatológica ou seja várias lesões dessas unidas (aspecto multilocular): cisto odontogênico botrióide contudo pode ser raro mas pode não ser Unilocular = Cisto periodontal lateral Primeira radiografia = Forma de gota, deslocou raiz de dente Vários cistos periodontais laterais ❖Características histopatológicas: cápsula fibrosa, revestida por epitélio finos em camadas de uma a três células achatadas ou cuboidais. ❖ Focos de células claras ricas em glicogênio (espessamentos nodulares em redemoinho - focais). A variante botrióide pode conter finos septos de tecido conjuntivo. Geralmente em dentes vitais ❖Diagnósticos diferenciais: Cisto radicular lateral, cisto odontogênico glandular, ceratocisto. ❖Tratamento e prognóstico: enucleação cirúrgica conservadora, a recorrência é incomum (3 a 4%) e pequena em relação ao ceratocisto. ❖ Tem sido reportada recorrência entre 18 e 30% para a variante botrióide e tem taxa recorrente maior, provavelmente porque a origem é um pouco diferente → Dente com necrose pulpar, tratamento de canal insatisfatório, contudo se tratava de um ceratocisto na região lateral contudo não é algo comum pois o cerato é comum na mandíbula. Radiograficamente é impossível diferencial CISTO GENGIVAL DO ADULTO ❖Definição: é uma lesão incomum, de natureza odontogênica e não inflamatória, derivada de restos da lâmina dentária (restos de Serres). Diferente dos outros cistos, esse se trata de uma lesão de tecido mole. ❖Esta lesão mostra acentuada predileção pela mucosa alveolar ou gengival vestibular na região de caninos e pré-molares inferiores (60 a 75%), ocorrendo mais na 5ª e 6ª décadas de vida. Lesão única em forma de cúpula, coloração meio azulada, próxima a papila na gengiva vestibular na região de caninos e pré-molares inferiores Contém fluido em seu interior. Histogênese A - Cisto periodontal lateral (lesão fica no periodonto) B - Cisto gengival do adulto - não tem relação com tecido ósseo subjacente Deriva do epitélio reduzido do órgão do esmalte Enquanto o cisto periodontal lateral é derivado do epitélio reduzido do órgão do esmalte pela dilatação do folículo antes da erupção do dente, o cisto gengival do adulto deriva do epitélio reduzido do órgão do esmalte após a erupção do dente ❖ Características clínico-radiográficas: tipicamente as lesões mostram-se como tumefações indolores semelhantes à cúpula, com aproximadamente 0,5cm de diâmetro, de coloração azulada ou azul-acinzentada, podendo causar uma reabsorção superficial na cortical alveolar Tumefação ou pápula Diagnóstico final feito por meio de biópsia. Dente vital, integridade da lâmina dura Pode causar uma ligeira rarefação em forma de taça por mais que não tenha relação direta com osso ❖Características histopatológicas: semelhantes ao cisto periodontal lateral com um revestimento epitelial delgado e plano, com ou sem placas contendo células claras (glicogênio). Epitélio exterior (apontado com a seta) = Epitélio da mucosa oral. Já dentro se tem uma cavidade, anteriormente ocupada por líquido e o epitélio odontogênico isto é, do cisto gengival (espessamentos focais) Contraparte do cisto periodontal lateral em tecidos moles Tratamento e prognóstico: Excisão cirúrgica simples, o prognóstico é muito bom. CISTO GENGIVAL DO RECÉM-NASCIDO ❖ Sinonímia : cisto da lâmina dentária (cisto odontogênico do desenvolvimento) . ❖Definição : são pequenos cistos superficiais contendo ceratina, encontrados na mucosa alveolar de recém -nascidos . ❖Etiopatogenia : origem de remanescentes da lâmina dentária . ❖Pequenas pápulas esbranquiçadas, múltiplas, localizadas namucosa de recobrimento dos processos alveolares maxilares (mais frequente) ; 2 a 3mm de diâmetro Se rompem logo não tem necessidade de tratamento PÁPULAS RESTRITAS AO TECIDO GENGIVAL = CISTO GENGIVAL DO RECÉM-NASCIDO → TEM ORIGEM ODONTOGÊNICAS PÁPULAS ENCONTRADAS NO PALATO DURO NA REGIÃO MEDIANA OU NA TRANSIÇÃO DE PALATO DURO E MOLE = PÉROLAS DE EPSTEIN E NÓDULOS DE DOM RESPECTIVAMENTE → ESSAS NÃO TEM ORIGENS ODONTOGÊNICAS ❖ Características histopatológicas: Acúmulos = Grumos de ceratina ❖Cistos intactos possuem um epitélio de revestimento delgado, plano e paraceratinizado contendo fragmentos de ceratina no seu interior. ❖Tratamento e prognóstico: Como as lesões involuem espontaneamente, nenhum procedimento cirúrgico é indicado. Restos de Serres: são células remanescentes da lâmina dentária Pacientes com múltiplas pápulas Imagem histológica - Canino em formação, rizogênese já começou. Pequenos grupos de células no mesênquima (restos de células odontogênicas) TUMORES ODONTOGÊNICOS Mais comuns - Ameloblastoma extraosseo (epitelial, benigno mas malvado), Odontoma complexo/composto (misto) e Mixoma odontogênico (mesenquimal) Essa classificação da OMS entre epitelial misto e mesenquimal diz respeito à origem ou seja : - Epitelial = Derivado do epitélio odontogênico - Misto = Origem do epitélio odontogênico e conjuntivo - Mesenquimal = Exclusivo do conjuntivo AMELOBLASTOMA ❖Definição: tumor do epitélio odontogênico, benigno, mais comum, crescimento progressivo, caracterizado pela expansão, tendência para recorrência local se não adequadamente removido. Reabsorve raízes, desloca dentes, não respeita limites de cortical Radiograficamente é possível ver rarefação óssea Expansão da cortical, apagamento do fundo de saco de vestíbulo Cirurgia mutiladora ❖Sinonímia: Ou seja pode ser chamado de ameloblastoma convencional, ameloblastoma sólido/multicístico. O ameloblastoma ainda pode se dividir em ameloblastoma unicístico e também em ameloblastoma periférico (contraparte do ameloblastoma em tecidos moles) ❖Características clínico-patológicas: ❖Crescimento lento. ❖Localmente invasivo. ❖Comportamento agressivo - reabsorve dente, expande cortical, perfura cortical ❖Localização mais comum – região posterior de mandíbula (lesões odontogênicas carregam uma preferência por esse local) ❖Adultos jovens. → Dois artigos um mostrando a incidência na mandíbula e na região posterior e outro relatando como sintoma na maioria do ameloblastoma o aumento de volume ❖Patogênese: Existem várias hipóteses como : ❖Remanescentes da lâmina dentária. ❖Órgão do esmalte em desenvolvimento. ❖Revestimento epitelial de um cisto odontogênico - Muitas vezes ameloblastomas acontecem concomitantemente com cistos odontogênicos ❖Células da camada basal da mucosa bucal. → Imagem mostra órgão dentário em desenvolvimento, mostrando ameloblastos As células ameloblastomas ou seja do tumor são muito parecidas com os ameloblastos Aspecto radiográfico clássico: lesão radiolúcida bem ou mal delimitada, extensa, de aspecto multilocular ou como “bolhas de sabão” ou “favo de mel”, podendo reabsorver dentes e deslocar dentes Aspecto “bolhas de sabão” ou “favo de mel” relacionado à capacidade do tumor reabsorver o ângulo mandibular e deixa as trabéculas ósseas com ângulo de 90 graus Aspecto de “favo de mel” AMELO EM UMA PANORÂMICA = Reabsorveu a raiz, lesão unilocular. Na tomografia (padrão ouro para essa lesão) e na reconstrução o tamanho da lesão, unilocular Células cilíndricas, altas, cúbicas, hipercromáticas, polarização reversa e a região central dos folículos (organização mais frouxa) muito parecida com retículo estrelado ❖Características histopatológicas: ❖Subtipos histológicos dentro de uma lesão é possível encontrar mais de um subtipo histológico ❖Folicular - Mais comum ❖Plexiforme ❖Acantomatoso ❖Células granulares ❖Basalóide ❖Desmoplásico Tem predileção por maxila, se trata de lesão radiopaca por isso já foi considerada independente AMELOBLASTOMA - UNICISTICO Variante A lesão é essencialmente uma cavidade bem delimitada revestida por epitélio ameloblastomatoso. Possui três variantes histológicas: luminal, intraluminal e mural. ❖É uma entidade com algumas características semelhantes ao ameloblastoma convencional contudo diferente do convencional se tem uma cavidade e nessa tem líquido. ❖Pacientes jovens (2º década). ❖Região posterior de mandíbula, associado à 3º molar incluso. O que pode diferenciar é o padrão de crescimento , reabsorção de dente e se a lesão respeita a cortical Possui três variantes histológicas: luminal, intraluminal e mural. Quer dizer que - Luminal : DO epitélio está projetando para a luz da lesão, ou seja para o lúmen cístico - Intraluminal : O epitélio prolifera muito e se projeta para a luz do epitélio (imagem preto e branco) AMBAS POSSUEM BOM PROGNÓSTICO - Mural : Essa, o epitélio do ameloblasto está na cápsula em várias áreas ou invadindo a mesma (MAIS AGRESSIVA COMO AMELOBLASTOMA SÓLIDO) AMELOBLASTOMA PERIFERICO Contraparte extraóssea • Sinonímia: ameloblastoma extra-ósseo. • Características clínicas: • Entidade raríssima – ocorrência de 1%. • Lesão indolor, que afeta mucosa alveolar ou gengiva. • Não invade o osso adjacente, pediculada ou séssil. → Epitélio da gengiva, lâmina própria e epitélio odontogênico ameloblastomatoso ❖Formas de tratamento: ❖Ressecção ampla com margem. ❖Cirurgias mais conservadoras têm apresentado maior ocorrência de recidivas (60-80%). ❖Acompanhamento por longos períodos não só devido recidivas mas a natureza crítica da lesão ❖O tipo unicístico, exceto o mural possui melhor prognóstico e são bem abordados com cirurgias mais conservadoras. O periférico é removido com excisão local. Para o ameloblastoma convencional sólido multicístico ou a variante mural do unicístico é a remoção como na imagem abaixo - paciente mutilado ODONTOMA • Tumor odontogênico misto benigno, Afeta pacientes entre 1ª e 2ª décadas, frequentemente associado a um dente impactado.Componente mesenquimal e epitelial, logo se tem a formação de estruturas mineralizadas compatíveis com tecidos dentários (esmalte, dentina tubular, cemento). Primeira radiografia - Massa radiopaca, lesão com borda radiopaca esclerótica e dente associado impactado Tratamento - Remoção cirúrgica conservadora no caso dos maiores exige uma abordagem cirúrgica mais agressiva MIXOMA • Tumor odontogênico do ectomesênquima ou seja conjuntivo , que possui capacidade altamente infiltrativa e alta taxa de recorrência. • Pacientes da 2ª e 3ª décadas. Amelo e mixoma são os mais agressivos Por se tratar de tecido conjuntivo é um tumor expansivo, infiltrativo, causa assimetria facial, reabsorções dentárias, contudo costuma ser assintomático → Afetam mais comumente posterior da maxila e posterior da mandíbula podendo afetar a região de pré molares com mais frequência Tumefação indolor do osso. Dor, parestesia e assimetria em lesões maiores. Crescimento lento. Localmente invasivo. Pode se deslocar e reabsorver dentes. COMPLEXO COMPOSTO Não existe uma organização desses tecidos mineralizados imitando a estrutura de um dente Se trata apenas de uma massa radiopaca Histologicamente tudo bagunçado, depositado ao acaso Forma organizada imitando mini dentes, tanto no aspecto histológico quanto no aspecto radiográfico • Lesão radiolúcida uni ou multilocular. • Margens irregulares ou festonadas. • Trabéculas em ângulo reto. • Bolhas de sabão devido características infiltrativas da lesão Biópsia mostra um tecido conjuntivo frouxo com células de aspecto fusiforme ou estrelados, parecido com uma consistência de gelatina devido a presença elevada de ácido hialurônico e proteínas hidratadas que fazem parte do tumor Presença de células com formato estrelado, outras alongadas e fibrilas colágenas delicadas dispostas ao acaso OBS → CERATOCISTO RESPEITA A CORTICAL CONTUDO NÃO RESPEITA A MEDULAR
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