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Aluna: Fabiana Melo de Oliveira – 19.2.000263 Casos clínicos: Caso 1: Paciente Marinilda, sexo feminino, 34 anos de idade, branca, compareceu ao ambulatório do Serviço de Cirurgia Buco-maxilo-facial do Hospital Gastroclínica, encaminhada com suspeita de cisto dentígero, apresentando pequeno aumento de volume no terço inferior direito da face, em região de molar, com evolução de cerca de dois anos, sem apresentar dor. Ao exame clínico intraoral observou-se aumento de volume na região entre os dentes canino e segundo molar, ambos do lado direito; outros sinais e sintomas estavam ausentes. Exames imaginológicos foram solicitados (imagem abaixo). Caso você fosse o cirurgião dentista de plantão no dia, o que considerar sobre a hipótese diagnóstica pela qual a paciente foi encaminhada? Dê outras duas hipóteses diagnósticas e discorra sobre essas três possibilidades (cisto dentígero e suas duas hipóteses alternativas). R¹: Ameloblastoma multicelular: Quanto ao comportamento clínico, trata-se de um tumor de crescimento lento, normalmente assintomático, podendo provocar deslocamento, mobilidade e reabsorção dentária, assim como parestesia. Radiograficamente, pode apresentar-se como lesões radiolúcidas uni ou multiloculares, normalmente com limites bem definidos de forma semelhante a “favos de mel” ou “bolhas de sabão”. Histologicamente, possui diversos padrões, principalmente a variante multicística. Existem diversos métodos de tratamento, desde a enucleação e curetagem a ressecções mais agressivas, com ou sem perda da continuidade óssea. O ameloblastoma, por ser um tumor agressivo, possui grande percentual de recidiva e o prognóstico depende de vários fatores, desde os aspectos clínicos, radiográficos e histopatológicos que definem o seu comportamento biológico R²: Cisto dentígero: O cisto dentígero é o segundo cisto odontogênico mais frequente nos maxilares. É uma lesão benigna, derivada do epitélio odontogênico da coroa de um dente não erupcionado, porém de etiopatogenia incerta. São geralmente radiotransparentes e, mais comumente, uniloculares. O cisto dentígero ocorre principalmente nas três primeiras décadas de vida, tendo um crescimento lento e assintomático; pode atingir dimensões consideráveis, causando deformidade facial, impactação e deslocamento de dentes e/ou estruturas adjacentes. R³: O queratocisto odontogênico é um cisto de desenvolvimento epitelial dos maxilares derivado do órgão do esmalte ou da lâmina dental, que corresponde aproximadamente a 11% de todos os cistos maxilares3. Essa lesão comumente acomete a maxila e mandíbula, e podendo apresentar grande volume, porque possui significante poder de expansão, extensão dentro dos tecidos adjacentes e rápido crescimento. Radiograficamente, as lesões podem se apresentar sob um aspecto unilocular ou multilocular devido ao seu tamanho. Com isso, a maior parte exibe imagens radiolúcidas uniloculares bem definidas associadas à coroa de um elemento dental, o que pode gerar dúvidas quanto ao diagnóstico diferencial, em que se deve incluir o cisto dentígero, o ameloblastoma, o cisto odontogênico calcificante, o tumor odontogênico adenomatoide e o fibroma ameloblástico. Sobre o aspecto histológico do queratocisto odontogênico, mostra-se uma cápsula cística composta por parede epitelial (epitélio estratificado pavimentoso composto por seis a dez camadas de células, apresentando paraqueratina e/ou ortoparaqueratina e uma camada de células basais em paliçada) e parede de tecido conjuntivo fibroso com "cistos filhotes" ou cortes transversais da cápsula cística. O conteúdo cístico revela-se líquido (cor de palha) ou cremoso (espesso e acinzentado), contendo queratina, cristais de colesterol e corpos hialinos. Caso 2. Paciente, Josef Cristiano, sexo masculino, 38 anos, compareceu a clínica escola de odontologia da Unichristus para instalação de implante em região de 33 não irrompido. Os alunos do curso de especialização solicitaram os exames de imagem para o planejamento do caso. Ao exame radiográfico pode-se observar uma lesão radiolúcida unilocular na região lateral da raiz do elemento 34, erupcionado. Sendo você o cirurgião dentista que está atendendo a paciente, o que dizer para a paciente? Quais as hipóteses diagnósticas para o caso, diga pelo menos 3 hipóteses. Quais exames podem ser realizados no consultório, além da biópsia para inferirmos os possíveis diagnósticos? Responda todas essas perguntas falando o passo a passo do que deveria ser feito para poder se chegar a um diagnóstico. Hipótese 1: Cisto periodontal lateral Hipótese 2: Cisto periapical Hipótese 3: Queratocisto Odontogênico Primeiramente realizar exames complementares, como uma panorâmica para ter uma visão exata da lesão, sendo após a tirada da radiografia fazer uma biópsia excecional para análise histopatológica, teste de sensibilidade pulpar, pois a polpa pode ter sido atingida ou até estar necrosada, e caso ela dê negativa ela pode ser um cisto periapical, com a punção aspirativa para diferenciar de cisto de periodontal lateral e de cisto dentigero para enfim possuir um diagnóstico exato da lesão
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