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AGRESSÃO E DEFESA - PATOLOGIA - NECROSE MARYELLE BARROS – UFAL -MED82 TIPOS DE NECROSE Morte celular não pode ser usada sempre como sinônimo de necrose, já que esta é a morte celular seguida de autólise. FENÔMENOS QUE CARACTERIZAM O PROCESSO DE LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL • Incapacidade de reverter a disfunção mitocondrial (perda da fosforilação oxidativa e geração de ATP • Lesão irreversível → perda da fosforilação oxidativa mito- condrial. • Distúrbios profundos na função da membrana MORTE CELULAR • É concomitante e progressivo. • Alterações dos padrões físico-químicos e o transporte de membrana vai ficar prejudicado. • Sódio se acumula com a entrada de água e cálcio e vai se enquadrando na lesão irreversível. • Quase todos os agentes vão culminar em hipóxia e anoxia. • Se perdura, o edema vai produzir as alterações em cascata e o não retorno. Com esse retorno, acontece a morte celu- lar. • Com essa morte celular e a perda do equilibrio homeostático intracelular. Após a morte celular, se perde a arquitetura celular e tecidual. NECROSE • A gente tem necrose como conceito: são séries de alterações morfológicas que ocorrem epós morte celular resultando da ação progressiva de enzimas nas células que sofreram ação letal. • A maior via de morte celular • Sempre associada a lesão celular patológica • No caso da necrose, ta sempre associada a uma injuria tecidual a um patogêncio. É diferente da apoptose, pq essa ultima pode ser fisiológica. ALTERAÇÕES MICROSCÓPICAS QUE CARACTERIZAM O PROCESSO NECRÓTICO • Alterações nucleares e citoplasmáticas são alterações microscópicas. • As alterações nucleares caracterizadas por intensa contração e condensação da cromatina, tornando o núcleo intensamento basófilo aspecto homogêneo e bem menor do que o normal: é a pinocitose nuclear. • A digestão da cromatina, que faz desaparecer a afinidade tintorial dos núcleos, não mais se podendo distingui-los nas colorações de rotina: é a coriólise. • Quando o núcleo se fragmenta e se dispersa no citoplasma, é a cariorrexe. • Reconhecer processos necróticos • a principais alterações nucleares são a picnose, cariorrexe e cariólise. • As principais alterações citoplasmáticas são: acidofilia, granulosidade, formação de massas amorfas, de limites imprecisos e por vezes aglutinação do material citoplasmático. • Diminuição da fosforilação oxidativa ai faz com que aumenta a acidez. • A granulosidade é que os compartimentos celulares estão sendo degradados. • Formação de massas, uma membrana vai se juntando com outra, aglutinação do material citoplasmático, etc. TIPOS DE NECROSE NECROSE ESQUEMICA DO BAÇO • Necrose esquemica do baço, a medida que essas lesões vão evoluindo, o nucleo diminui, se fragmetna, e faz total. O citoplasma, a partir da ruptura da membrana, esse material pode se aglutinar e formar um material amorfo acidofilico. A aparencia das necroses vai ser por causa das desnaturações de proteínas intracelulares e da digestão enzimática da célula AGRESSÃO E DEFESA - PATOLOGIA - NECROSE MARYELLE BARROS – UFAL -MED82 ETIOLOGIAS • Qualquer coisa dessa desequilibrada pode produzir ne- crose. HIPÓXIA • Aterosclerose, trombose, envenenamentos • Agente físico: trauma mecânico, variações de temperatura • Agente químico: drogas, veneno • Agentes biológicos: vírus, protozoários, bactérias, fungos • Agente imunológico: reações anafiláticas • Distúrbios genéticos: anemia falciforme CLASSIFICAÇÃO • Necrose coagulativa • Necrose liquefativa • Necrose caseosa • Necrose gordurosa ou esteatonecrose • Necrose gomosa • Necrose hemorrágica TIPOS COAGULATIVA: • Características macroscópicas: o Amarelo pálida ou esbranquiçada o Sem brilho o Limites mais ou menos precisos o Forma irregular ou triangular o Área salienta-se na superficie o Região necrótica é circundada por um halo avermelhado • Características microscópicas: o Miocárdiócitos perderam os núcleos o Células inflamatórias entre os miocardiócitos necróticos o Uma área pálida em órgãos sólidos o Citoplasma acidófilo, opaco, granuloso e gelificado o Perda do núcleo o Conservação da forma celular o Reconhecimento dos contornos celulares e arquitetura do tecido • Uma fi- bra cardíaca com o citoplasma bem eosinofílico. Perda do núcleo (cariolise total). A periferia vai res- ponder com a in- flamação aguda para “faxinar” o tecido. A partir dessa necrose celular, tem uma atividade celular (chega neutrófilos etc.) • Vai ter a autólise do tecido e a digestão por neutrófilos, di- gestão pelas enzimas celulares. Essa área começa a ficar mais amolecida até que venha os macrófagos e estimule a fibrose. • Nas isquemias, o padrão de necrose é a coagulativa. NECROSE LIQUEFATIVA AGRESSÃO E DEFESA - PATOLOGIA - NECROSE MARYELLE BARROS – UFAL -MED82 • A área amolecida permeada por uma alo inflamatório. • Características microscópicas: o Perda do arcabouço celular o Dissolução das células necróticas • Consegue manter a “célula”. • Na linquefatica não consegue reconhecer o tecido. • Tem as enzimas neutrofilicas, tem os próprios neutrófilos e as bactérias da área que faz quimiotaxia. • Forma o exudato purulento, pode estar envolvido por uma cavidade (abcesso). • Dependendo do local pode ser facilmente drenado ou pode ter que tenha que ter intervenção médica. • Comum após anóxia no tecido nervoso, na suprarrenal ou na mucosa gástrica. NECROSE LÍTICA • Denominação que se dá à necrose de hepatócitos em hepatites virais, os quais sofrem lise ou esfacelo. NECROSE CASEOSA • Características macroscópicas: o Massa amorfa o Esbranquiçada o Sem brilho o Consistência pastosa o Friável o Aspecto de massa de queijo branco, fresco. • É meio um equilíbrio entre a coagulativa e liquefação. • Características microscópicas: o Massa eosinofílica o Com restos nucleares fragmentados o Perda dos contornos ce- lulares o Infiltrado inflamatório crô- nico granuloma- toso • Conexão com tuberculose AGRESSÃO E DEFESA - PATOLOGIA - NECROSE MARYELLE BARROS – UFAL -MED82 • • NECROSE GORDUROSE OU ESTEATONECROSE • Características macroscópicas: o Depósitos esbranquiçados (giz de cera) o “pingo de vela” • Necrose no tecido gorduroso • Características microscópi- cas: o Contorno impreciso da cé- lula gordurosa • Achados histopatológicos de necrose adiposa: adipócitos contendo fendas com arranjos radiais e reação inflamatória, com células gigantes multinucleadas. • Pode até formar um lago gorduroso. Contorno impreciso en- volto numa inflamação. É purulento e hemorrá- gico. NECROSE GOMOSA • Aspeco macroscópico: o Aspecto compacto o Uniforme o Elástico o Parece goma • Aspecto microscópico: o Perda do arcabouço celular o Reação inflamatória granulomatosa • Coloração de impregnação pela prata: formas isoladas do Treponema pallidum. NECROSE HEMORRÁGICA • Características macroscópicas: o Área isquêmica invadida por sangue • É muito mais microscópica EVOLUÇÃO DAS NECROSES • Depende do órgão acometido e extensão da área lesada • Absorção: capacidade regenerativa, sendo os restos celulares totalmente absorvidos • Cicatrização: substituição de tecido por cicatriz fibrosa • Eliminação ou drenagem: material necrosado é lançado em vias excretoras eliminado • Calcificação: depósito de sais de cálcio no tecido morto • Encistamento: cavidaades revestidas por tecido vivo corcunjacente, os pseudocistos. GANGRENA VS NECROSE • Gangrena é a evolução de necrose que resulta da ação de agentes externos sobre o tecido necrosado GANGRENA SECA • Contato com ar • Desidrataçãoda região atingida • Aspecto em pergaminha (mumificação) • Coloraçãp negra, escura ou azulada • Sede frequente, extremidades dos dedos e ponta do nariz AGRESSÃO E DEFESA - PATOLOGIA - NECROSE MARYELLE BARROS – UFAL -MED82 • Ex.: cordão umbilical, frio, gesso apertado • O tecido isquê- mico em contato com o ar ele desidrata. GANGRENA ÚMIDA • Invasão por microrganismos anaeróbios produtores de enzimas • Tecido liquefeito • Produção de gases fétidos • Ex.: necrose do tubo digestivo, pulmão e pele. GANGRENA GASOSA • Contaminação do tecido necrosado por bactérias do gênero clostridium • Produção de enzima lipolítiica e proteolítica • Grande quantidade de gás • Ex.: ferimentos automobilísticos e de guerra.
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