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EPIDEMIOLOGIA VETERINÁRIA Profa. Cristina Amarante “Indicadores de saúde” INDICADORES DE SAÚDE Indicadores são medidas-síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde. Ex: Índice de Apgar (Bat. Cardíaco, Mov. Respiratório, tônus muscular, reflexos e coloração da pele) Mede a vitalidade do recém-nascido através de 5 sinais clínicos Varia de 0 a 10 Útil para o diagnóstico e prognóstico da criança REVELA A SITUAÇÃO DE SAÚDE DE UM INDIVÍDUO OU DA POPULAÇÃO A utilização de indicadores de saúde, como todas as medidas em epidemiologia, pressupõe sua comparação no: USO DE INDICADORES TEMPO ESPAÇO SERVEM PARA: ANALISAR AS SITUAÇÕES DE SAÚDE FAZER COMPARAÇÕES AVALIAR AS MUDANÇAS AO LONGO DO TEMPO AVALIAR AS EXECUÇÕES DAS AÇÕES EM SAÚDE TIPOS DE INDICADORES Números absolutos Razões Proporções Taxas/Coeficientes Índices QUALIDADE DOS INDICADORES A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes utilizados em sua formulação (frequência de casos, tamanho da população em risco) e da precisão dos sistemas de informação empregados (registro, coleta, transmissão dos dados) PRINCIPAIS INDICADORES DE SAÚDE MORTALIDADE: reflete o número de óbitos por cada 1.000 habitantes de uma população em um determinado período de tempo (geralmente, um ano) Coeficiente de Mortalidade Geral: Número total de óbitos, no período ______________________________ População total ou na metade do período X 1.000 Primeiro indicador utilizado na saúde coletiva e o mais empregado até hoje Ex: Óbitos por causas evitáveis. Mortalidade materna ligada a baixos níveis sanitários e sociais. Quanto maior a mortalidade, maior o fracasso da sociedade humana. Exprimem a gravidade da situação, mas é incompleta em relação à saúde e aos fatores determinantes Doenças que não levam ao óbito, não são expressas pelos coeficientes de mortalidade. Ex: Algumas doenças de pele As mudanças nas taxas ocorrem em pequena amplitude, por isso são pouco úteis para avaliações a curto prazo MORBIDADE: refere-se ao conjunto dos indivíduos que adquirem doenças num dado intervalo de tempo em uma determinada população. A morbidade mostra o comportamento das doenças e dos agravos à saúde na população. Coeficiente: Relação entre o número de casos de uma doença e a população exposta a adoecer Permitem inferir os riscos a que os indivíduos estão sujeitos Medidas mais sensíveis para serem avaliadas a curto prazo A morbidade é frequentemente estudada segundo os indicadores básicos: a incidência, a prevalência e a taxa de ataque LETALIDADE ou fatalidade ou ainda, taxa de letalidade: Relaciona o número de óbitos por determinada causa e o número de pessoas que foram acometidas por tal doença. Esta relação nos dá ideia da gravidade do agravo, pois indica o percentual de pessoas que morreram Nº óbitos pela doença em determinada área e período ________________________________________ Nº total de pessoas com a doença na mesma área e período X 100 ou 1.000 Mortalidade= Óbitos na população Letalidade= óbitos entre os casos TAXA DE NATALIDADE- RELACIONA O NÚMERO DE NASCIDOS VIVOS COM A POPULAÇÃO TOTAL Número de nascidos vivos _________________________ População do período ou metade do período X 1000 TAXA DE FECUNDIDADE- RELACIONA O NÚMERO DE NASCIDOS VIVOS, EM UM PERÍODO DE TEMPO, COM O NÚMERO DE FÊMEAS EM IDADE DE PROCRIAR Número de nascidos vivos _________________________ Número de fêmeas, com certa idade, do período ou metade do período X 1000 1. Incidência e prevalência INCIDÊNCIA : Refere-se aos casos novos da doença PREVALÊNCIA: Refere-se aos casos já existentes Incidência: Filme/ dinâmica Prevalência: Retrato/ estática Taxa de incidência Número de casos novos em determinado período ___________________________________________ Número de indivíduos expostos ao risco, no mesmo período X constante Ex: Em 500 filhotes de cães, não vacinados, acompanhados durante 1 ano, 120 contraíram cinomose 120/500= 0,24 = 24% ou 240 casos por 1.000 animais Taxa de prevalência Número de casos já existentes _______________________________ Número de indivíduos na população X constante Ex: Nos mesmos 500 cães submetidos a exames parasitológicos de fezes, foram encontrados 230 com exame positivo para Toxocara canis 230/500= 0,46= 46%= 460 casos em 1.000 animais Casos novos (incidência) Casos existentes (Prevalência) CURA ÓBITO Prevalência aumenta com os casos novos e decresce com as curas e os óbitos Enfermidades de evolução aguda ou rapidamente fatais, possui baixa prevalência Enfermidades sem tratamento instituído tem possui alta prevalência Ex: Miíases, escabiose Usos da incidência A medida mais importante em epidemiologia Necessária para planejar investigações, em ensaios clínicos e determinar tamanho de amostra A determinação da incidência é mais trabalhosa, pois depende do acompanhamento (em casos de doenças crônicas obter a incidência pode ser difícil, neste caso usa-se a prevalência) USO DA PREVALÊNCIA Útil para planejamento e administração de serviços e de programas Ex: indicação de um produto antiparasitário Na impossibilidade de se obter a incidência TAXA DE ATAQUE É o coeficiente ou taxa de incidência de uma determinada doença para um grupo de pessoas expostas ao mesmo risco limitadas a uma área bem definida. É muito útil para investigar e analisar surtos de doenças ou agravos à saúde em locais fechados. Número de casos de um determinada doença num dado local e período _______________________________________ População exposta ao risco X 100
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