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REO Indicadores de Saúde - LUISA

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Estudo Dirigido – Indicadores de Saúde – indicadores de morbidade 
GMV119 - Epidemiologia e Saúde Pública 
 
Luisa Faria Kyprianou - 201520426 
 
1. O que são os indicadores em saúde? Cite e explique uma de suas utilidades. 
 
Segundo a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), os indicadores de sáude são 
instrumentos utilizados para mensurar uma realidade. Não estão sujeitos à observação 
direta e são importantes para nos conduzir ao resultado final das ações propostas em um 
planejamento estratégico. Ele deve nos mostrar o nível de saúde de uma população. 
Eles podem mensurar por exemplo a taxa de letalidade de determinada doença. Assim, 
saberemos o quanto aquela doença acomete uma determinada população e quantas 
pessoas vem a óbito por causa dela. 
 
2. O que é um índice? Discorra sobre sua importância e sua utilização na divulgação de 
informações em saúde importantes para toda a população. 
 
O índice nada mais é, em uma única medida, diferentes dimensões do que se 
desejar medir, utilizando mais de uma variável. Então, ele vai nos mostrar quem é mais 
acometido na população, a incidência da doença, quantas pessoas morreram, quantas 
recuperaram e, assim, conseguimos montar um boletim epidemiológico, o que vai facilitar 
o estudo da doença durante sua fase de surgimento e encerramento em uma população. 
Uma das virtudes do índice é conseguir expor de maneira numérica a informação 
 
3. Quais podem ser os objetivos para calcular indicadores de saúde? Explique. 
 
 
 Os indicadores de saúde são utilizados para identificar, monitorar, avaliar ações e 
possibilitar as decisões da equipe que trabalha na gestão de saúde, saber a mortalidade 
de uma doença, a letalidade, a morbidade, a faixa etária mais acometida, a região mais 
acometida, entre outras diversas informações. Tudo isso, para que se tenha o maior 
número de informações sobre a doença, facilitando assim, o entendimento do seu curso 
em uma determinada população. 
 
4. Conceitue, diferencie e exemplifique (com números e fórmulas) a expressão de dados 
epidemiológicos em: 
a. Frequência absoluta: Frequência absoluta é a contagem dos casos de uma 
determinada doença (é a contagem de uma série de eventos que possuem a 
mesma natureza). 
Ex.: 30 vacas morreram em uma propriedade, sendo 10 
portuberculose, 4 por raiva e 16 por hipocalcemia.
 
 
b. Frequência relativa proporção: expressa o risco de ocorrência de um evento. é o 
quociente entre duas frequências da mesma unidade; o numerador está contido 
no denominador (é um subconjunto dele). 
Ex.: 16/30= 0,53 x 100= 53%. 
10/30= 0,3 x 100 = 30% 
4/30= 0,13 x 100= 13% 
Portanto, 53% das vacas morrem em decorrência de hipocalcemia, enquanto que 
30% é devido a tuberculose e 13% por raiva. 
 
c. Frequência relativa coeficiente/taxa: expressam a intensidade da variação de um 
fenômeno em relação a outra variável. Devemos considerar a população de risco. 
Ex.: 50 vacas estão prenhes, logo, todas elas estão sujeitas a hipocalcemia pós 
parto. Portanto devemos dividir 16 (número de casos) por 50 (população sob 
risco) = 0,32 x 100 = 32%. Portanto, 32% das vacas prenhes estão sujeitas à 
hipocalcemia. 
 
5. Em uma propriedade, nasceram 30 bezerros no mês de outubro. Destes, 15 vieram a 
óbito, sendo 2 por babesiose, 3 por tristeza parasitária e 10 sem causa definida. Qual a 
proporção de óbitos para cada doença? E qual a taxa de mortalidade para tristeza 
parasitária. Interprete a diferença entre os indicadores. 
 
Babesiose = 2/15 = 0,13x100= 13%. Tristeza 
parasitária= 3/15 = 0,2 x 100= 20%. 
Sem causa definida= 10/15 = 0,66 x 100= 66% 
 
Taxa de mortalidade para tristeza parasitária= 3/30 = 0,1x100= 10%. 
 
 
Quando vamos calcular a proporção de óbitos para cada doença, vamos analisar quantos 
animais morreram por uma causa específica em relação a quantidade total de óbitos 
naquele período. E, quando vamos analisar a taxa de mortalidade de uma determinada 
doença, queremos ver qual a porcentagem de óbitos que aquela doença pode ocasionar 
em uma determinada população. 
 
6. A) Para expressar o número de ocorrências de raiva humana no ambiente urbano é ideal 
que se utilize a frequência absoluta. Por que? 
 
Por que o que se quer é justamente o número de casos desta doença no ambiente 
urbano, sem levar em conta outras características , o pretendido é apenas uma 
contagem em série de um evento ocorrido ( no caso a ocorrência da raiva), por isso 
se utiliza a frequência absoluta. Além disso, os casos de raiva são muito pequenos, 
por isso, se fossem colocados em porcentagem não causaria o impacto necessário e 
a população talvez não se conscientizasse da gravidade da doença e dos cuidados que 
devemos tomar para preveni-las. 
 
 
7. Para expressar o número de pessoas infectadas por COVID-19 no Brasil é ideal que se 
utilize a frequência absoluta. Por que? 
 
Porque nessa situação deseja-se apenas o número total de pessoas infectadas, ou 
seja, um resultado de uma contagem em série do evento de uma forma simplificada. 
Devido a isso usa-se a frequência absoluta. Além disso, o numeral em porcentagem 
ficaria pequeno, já que o número de habitantes do país é muito grande, o que 
poderia, como no caso da raiva, não causar o impacto necessário. Colocando em 
números maiores, o impacto é mais eficiente. 
 
8. Para expressar a taxa de ocupação de leitos de UTI para COVID-19 é ideal que se utilize a 
frequência relativa. Por que? 
 
A frequencia relativa é usada nesse caso, pois se utilizássemos a frequência absoluta, 
teríamos um número muito grande, o que dificultaria a nossa percepção de 
gravidade. Enquanto que, se eu falar que 90% dos leitos estão ocupados pela COVID, 
a população consegue assimilar melhor que os leitos restantes são poucos e que a 
gravidade da doença é alta, já que exige uma demanda grande dos leitos. 
 
7 Resolva: 
A tabela a seguir mostra o número de pequenos animais acometidos por problemas no 
sistema locomotor nos anos de 2015 a 2019 no Hospital Veterinário da Universidade 
Federal de Lavras 
 
a) Qual é a frequência absoluta de casos da doença na população de fêmeas? 
 
300. 
 
b) Qual a proporção de casos da doença que ocorreram em machos? 
 
270/1000= 0,27x100= 27%. 
 
c) Qual a taxa de incidência dessa doença no ano de 2007? 
 
É 16,3% 
 
8 Diferencie incidência e prevalência e responda: qual delas é mais dinâmico? Por que? E 
qual delas retrata melhor a situação de determinada população naquele momento? Por 
que? 
 
 
As duas são indicadoras de morbidade, porém, a prevalência é o conjunto de casos da doença ou 
agravo à saúde presentes naquela população específica e expressa a força da sua subsistência, ela 
junta casos novos e antigos. Já a incidência é o conjunto de casos novos de doença ou agravo à 
saúde que ocorreram durante um período de tempo específico, numa população sob risco de 
desenvolver a doença, ela fornece a medida do risco (probabilidade) de adoecer ou sofrer um 
agravo na população. A incidência é mais dinâmica, pois ela permite observar a transição da 
condição de não doente para doente, sendo útil em investigações etiológicas. A prevalência é a 
melhor para retratar a situação naquela população e naquele momento, pois ela é estática. 
 
9 Responda: 
a. O que é taxa de morbidade? É a taxa de portadores de determinada doença 
em relação à população total estudada, em um local e momento únicos. 
Entende-se morbidade como o comportamento das doenças e dos agravos à 
saúde em uma população exposta. Ela é útil para a avaliação da efetividade 
das medidas de controle e prevenção de agravos. 
 
b. O que é taxa de mortalidade? Ela expressa o final da vida, uma falha completa 
do sistema de saúde (falha na rede de assistência em todos os momentos ao 
longo da vida do indivíduo) e também expressa a qualidade da saúde pública. 
É importante lembrar que nem sempre representa a falha do sistema de 
saúde, já que a morte é inerente avida e os óbitos que ocorrem sem uma 
falha do sistema de saúde também é computada 
 
c. O que é taxa de letalidade? A taxa de letalidade serve para representar a 
proporção de indivíduos que possuem o mesmo agravo a saúde e morrem em 
decorrência do mesmo, desse modo ela representa a gravidade de uma 
doença por exemplo. É um indicativo da gravidade da doença/evento; seu 
cálculo está restrito aos indivíduos portadores de uma determinada doença 
 
 
10 Por que o coeficiente de mortalidade geral não é considerado um bom indicador de 
desenvolvimento enquanto o de mortalidade infantil é? 
 
Porque quando analisamos o coeficiente de mortalidade geral, também estaremos 
envolvendo a população idosa, que já pode ter outras doenças pré-existentes que 
agravem a chance de recuperação daquele paciente. Enquanto que, a mortalidade 
infantil, vai refletir sobre a qualidade de vida e acesso a saúde que essa criança possui e 
cuidados básicos como higienização de alimentos e higienização pessoal. 
 
11 Em uma determinada cidade no interior de Minas Gerais, no mês de outubro do ano de 
2020, foram registrados os seguintes casos de COVID- 19: 
 
 Até 60 anos Mais que 60 anos 
Óbitos 40 560 
Casos 400 1.000 
População 40.000 10.000 
 
Calcule: 
a) A frequência absoluta da ocorrência em idoso: 
O resultado é 1000 , pois 1.000/10.000= 0,1x100= 10% 
 
 
 
b) A proporção (ou frequência relativa) dessa ocorrência em idosos. 
A cada mil (1000) idosos, cem (100) estão adoecidos; ou 10% é a frequência relativa 
1.000/10.000= 0,1x100= 10% 
 
c) Qual a taxa de incidência de COVID-19 nessa população dessa cidade? 
A incidência é de 2.8% 
1400/50.000= 0,028x100= 2,8% 
 
d) Qual a taxa de letalidade da COVID-19 em jovens e em idosos nessa população? 
A taxa de letalidade em jovens é de 10% e em idosos de 56% 
No geral é 600/50.000= 0,012x100= 1.2% 
 
e) Interprete os resultados e responda: quantas vezes a COVID-19 é mais letal em idosos do que 
em jovens? A COVID-19 é 14 vezes mais letal em idosos do que é em jovens. 
12 Em relação à incidência e prevalência, responda os casos a seguir: 
a. Na cidade de Lavras, no ano de 2016, a UPA diagnosticou 360 novos casos de 
indivíduos portadores de HIV. No total, a cidade soma 3800 indivíduos HIV positivos 
diagnosticados e em tratamento. A população total de Lavras é de 100.000 
habitantes. Calcule a incidência e a prevalência do HIV em Lavras no ano de 2016. 
 
Incidência: 360/100.000= 3,6.103x100= 0,36% 
Prevalência: 3440/100.00= 0,034x100= 3,4% 
 
b. Durante o feriado de outubro, no ano de 2020, houve um aumento considerável do 
número de casos de COVID-19. Parte da população do estado de Minas Gerais foi às 
praias do Rio de Janeiro. No final do mês de setembro, Minas Gerais somava 40.000 
casos e o mês de novembro teve início com 60.000 casos. Calcule a incidência da 
COVID-19 no mês de outubro de 2020 e a prevalência em novembro de 2020. 
 
Em outubro tivemos incidência de 20.000 casos e em novembro prevalência de 
60.000. 
 
13 Tire um printscreen ou copie o link de uma reportagem que você encontrar na internet 
usando erroneamente os termos de incidência e prevalência e cole no espaço abaixo. Explique 
a forma correta de usar os termos em seu exemplo. 
1 Acesse os boletins epidemiológicos do COVID-19 mais recentes de sua cidade. Cole 
printscreens ou o link deles aqui neste exercício e, de acordo com o número de casos, 
responda: 
 
 
 
 
Número total de habitantes: 103.773 
 
c. Qual a prevalência do COVID-19 na data de 01/12/2020 em sua cidade? 
0. 
 
d. Qual a taxa de letalidade do COVID-19 em sua cidade? 0,06%. 
 
e. De acordo com a tabela abaixo e com a taxa de ocupação de leitos, qual a 
classificação do seu município? Classificação se enquadra como baixa, a 
taxa de incidência é de 0,043% e a taxa de ocupação das uti’s é de 70% de 
acordo com o g1.

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