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Questões de processo civil I

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LITISCONSÓRCIO
01) Diferenciar litisconsórcio facultativo e necessário, com exemplos.
O litisconsórcio facultativo pode ser definido como litisconsórcio que se forma em razão da vontade de quem propõe a demanda. Sendo assim, nos casos em que pode haver litisconsórcio facultativo a demanda poderá ser proposta por vários demandantes , ou em face de diversos demandados. No litisconsórcio facultativo há o exercício de diversos poderes de ação , que poderiam ter sido exercitados isoladamente, cada um levando o provimento de mérito independente. 
Ao contrario do que ocorre na espécie do litisconsórcio necessário, onde se exige a presença de todos os litisconsortes para que o processo desenvolva em direção ao provimento de mérito, e a ausência de algum deles implica na ausência de legitimidade dos que estiverem presentes, devendo assim o feito ser extinto sem a resolução do mérito, dito isto, a parte só terá legitimidade se todos os litisconsortes estiverem presentes no processo. O litisconsórcio é necessário por um de dois fundamentos por disposição da lei ou pela natureza da relação jurídica. 
Um exemplo disto: no caso de ser demandado a anulação de um casamento em que faltou citar um dos litisconsorte necessário, tal sentença por tanto será absolutamente ineficaz, pois se o casamento não está anulado para o marido não poderá estar anulado para a mulher , que com ele permanece casado. Torna-se claro que a presença de ambos se faz necessária, assim havendo litisconsórcio necessário entre eles. 
02) Diferenciar litisconsórcio simples e unitário, com exemplos.
Pode-se dizer, a fim de estabelecer distinção entre o litisconsórcio simples e unitário que:
No litisconsórcio simples, os litisconsortes são tratados como partes distintas, e o destino de cada é independente do destino dos demais. Neste caso caberá ao juiz analisar separadamente a situação de cada um, a decisão pode até levar os litisconsortes a destinos iguais mas, jamais, os levará ao mesmo destino. 
Já no litisconsórcio unitário, os litisconsortes serão tratados como se fossem uma parte só, todos os litisconsortes então chegarão ao mesmo resultado. A decisão da causa tem de ser, obrigatoriamente, uniforme para todos os litisconsórcio. Assim, no litisconsórcio unitário, todos os litisconsortes chegarão ao mesmo resultado, ou todos ganham ou todos são vencidos. Caso ganhem , todos obterão o mesmo bem jurídico. Já no caso onde sejam vencidos todos perderão o mesmo bem jurídico. 
Basta pensar no exemplo dado para litisconsórcio necessário da demanda de casamento proposta pelo ministério público em face de ambos os cônjuges, trata-se da hipótese em que a decisão será, obrigatoriamente, a mesma para todos os litisconsortes, o que faz ser o litisconsórcio unitário, com uma decisão uniforme em relação a todos os sujeitos.
03) Como deve proceder o juiz no caso de constatar a ausência de litisconsorte necessário?
A eficácia da sentença no litisconsórcio necessário depende da citação de todos os litisconsortes no processo, é de competência do autor indicá-los e qualificá-los todos os litisconsortes , nos termos do artigo 47 do CPC . Diante disto, a ausência de litisconsorte desautoriza o prosseguimento feito, extinguindo-se o processo sem a resolução do mérito. A ausência de algum deles implica na ausência de legitimidade dos que estiverem presentes, devendo assim o feito ser extinto sem a resolução do mérito, a decisão se tornará ineficaz sem a presença de algum dos litisconsorte. 
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
04) Em que consiste o chamamento ao processo e em qual hipótese pode ocorrer?
O chamamento ao processo está ligado a situações de garantia, isto é, nas hipóteses em que alguém deve prestar ao credor, perante quem é pessoalmente obrigado, o pagamento de certo debito, de que, afinal, não é ele o verdadeiro devedor, mas tão somente o garante. O chamamento ao processo está sempre ligado a ideia de uma coobrigação, situação em que mais de uma pessoa se apresentam responsáveis pelo cumprimento de um prestação. Verifica-se o chamamento ao processo será cabível nos casos de fiança e de solidariedade passiva. 
05) O que é a denunciação à lide? Explique, objetivamente, as hipóteses em que pode ocorrer, com exemplos.
A denunciação da lide é um dos casos de intervenção forçada, pois é procedida por meio de intimação ou citação do terceiro. Ela consiste em uma ação incidente, dentro do mesmo processo, onde o denunciante tem como objetivo uma indenização ou reembolso, caso ele próprio venha a ter prejuízo na demanda principal. Sua base legal se dá por meio do artigo 125 e seguintes do NCPC.
O Código prevê duas situações para a denunciação da lide, que podem ser promovidas por qualquer das partes, são elas:
Art. 125, I: ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da eviccção lhe resultam.
Esse inciso visa garantir a reinvidicação da coisa pelo terceiro, cujo domínio foi transferido, para que assim possa exercer o direito que da eviccção lhe resulta. Exemplo: o adquirente é citado em processo de usucapião e denuncia a lide ao alienante, para que este seja responsável pelo prejuízo caso o denunciante venha a perder o domínio.
Art. 125, II: àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
Nessa segunda situação prevista no inciso II, é imprescindível que o direito tenha sido transferido ao denunciante pela pessoa a ser denunciada. Desse modo, tendo havido a transferência de tal direito e o agora provedor do direito venha a ter prejuízos, o mesmo, desde que seja amparado por lei ou por contrato, pode vir a proceder com a denunciação da lide. Os exemplos ficam restringidos à aqueles em que, pela autonomia privada, ou por força da lei, estabeleça a a indenização para a parte que sair com perdas do processo principal.
06) Explique, objetivamente, qual o procedimento a ser observado na denunciação.
O procedimento que será observado é de ocorrer a citação do denunciado (artigo 126), que deverá ser realizada na forma e nos prazos estipulados no artigo 131 do NCPC. Após a citação, o denunciado deve assumir sua posição e apresentar seus argumentos, tendo sua base legal nos artigos 127, quando ocorre a denunciação pelo autor e no artigo 128., quando feita a denunciação pelo réu da ação principal. O procedimento que ocorre é que caso o denunciante seja vencido na ação principal, o juiz julgará a denunciação da lide (129). Caso venha a sair vencedor na demanda principal, o pedido de denunciação não será examinado.
07) Diferenciar assistência simples e assistência litisconsorcial.
Assistência simples é o instituto que permite que o terceiro interessado na lide possa vir a intervir no processo, com o objetivo de auxiliar uma das partes, para que a mesma venha a obter uma sentença favorável. O terceiro não torna-se parte no processo tendo em vista que não é o detentor do direito do qual o litígio trata, porém esse tem o interesse jurídico em relação a sentença que recairá a esse direito da parte assistida por com ela manter uma relação que sofrerá com a sentença proferida. Já na assistência litisconsorcial, esse mantém interesse em que a sentença seja favorável ao assistido por manter relação direta com a parte adversa do assistido e que, em caso de sentença desfavorável, seria atingida pelos efeitos da mesma. Desse modo, percebe-se que o assistente poderia ter sido a ser parte no processo, por estar defendendo um direito próprio, porém por alguma circunstâncias ficou de fora e ainda assim pode vir a defender seu interesse, ainda que por meio de tal assistência.
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