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APOSTILA DE GEOGRAFIA - (1) e

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APOSTILA DE GEOGRAFIA DO PRÉ TECNICO
PROFESSOR LÉO ARAUJO
1-CARTOGRAFIA
 A cartografia é a ciência da representação gráfica da superfície terrestre, tendo como produto final o mapa. Ou seja, é a ciência que trata da concepção, produção, difusão, utilização e estudo dos mapas. Na cartografia, as representações de área podem ser acompanhadas de diversas informações, como símbolos, cores, entre outros elementos. A cartografia é essencial para o ensino da Geografia e tornou-se muito importante na educação contemporânea, tanto para as pessoas atenderem às necessidades do seu cotidiano quanto para estudarem o ambiente em que vivem.
 Atualmente...
Hoje, a cartografia é feita por meios modernos, como as fotografias aéreas (realizadas por aviões) e o sensoriamento remoto por satélite. Além disso, com os recursos dos computadores, os geógrafos podem obter maior precisão nos cálculos, criando mapas que chegam a ter precisão de até 1 metro. As fotografias aéreas são feitas de maneira que, sobrepondo-se duas imagens do mesmo lugar, obtém-se a impressão de uma só imagem em relevo. Assim, representam-se os detalhes da superfície do solo. Depois, o topógrafo completa o trabalho sobre o terreno, revelando os detalhes pouco visíveis nas fotografias.
 A outra técnica cartográfica, o sensoriamento remoto, consiste na transmissão, a partir de um satélite, de informações sobre a superfície do planeta ou da atmosfera. Quase toda coleta de dados físicos para os especialistas é feita por meio de sensoriamento remoto, com satélites especializados que tiram fotos da Terra em intervalos fixos.
 Para a geração das imagens pelos satélites, escolhe-se o espectro de luz que se quer enxergar, sendo que alguns podem enviar sinais para captá-los em seu reflexo com a Terra, gerando milhares de possibilidades de informação sobre minerais, concentrações e tipos de vegetação, entre outros. Existem satélites que chegam a enxergar um objeto de até vinte centímetros na superfície da Terra, quando o normal são resoluções de vinte metros.
 Mapas
A localização de qualquer lugar na Terra pode ser mostrada em um mapa. Os mapas são normalmente desenhados em superfícies planas, em proporção reduzida do local da Terra escolhido. Nenhum mapa impresso consegue mostrar todos os aspectos de uma região. Mapas, em contraposição a foto aéreas e dados de satélite, podem mostrar concentração populacional e de renda, diferenças de desenvolvimento social, entre outras informações.
Orientação: pontos cardeais 
A necessidade de localizar-se e orientar-se no espaço geográfico é de grande relevância para o homem e suas atividades em diferentes períodos da humanidade. Todos os meios de orientação, desde a utilização de astros e estrelas até o GPS (Sistema de Posicionamento Global), contribuíram com as navegações em busca de novas terras, com as rotas comerciais, guerras e muitas outras aplicações. Existem diversas formas de orientação, uma delas é a dos pontos cardeais. Pontos cardeais correspondem aos pontos básicos para determinar as direções, são concebidos a partir da posição na qual o sol se encontra durante o dia. Os quatro pontos são: 
· Norte (sigla N), denominado também de setentrional ou boreal; 
· Sul (S), chamado igualmente de meridional ou austral; 
· Oeste (O ou W), conhecido também como ocidente; 
· Leste (E), intitulado de oriente. 
Para estabelecer uma localização mais precisa são usados os pontos que se encontram no meio dos pontos cardeais. Esses pontos intermediários são denominados de pontos colaterais, são eles:
· Sudeste (entre sul e leste e sigla – SU)
· Nordeste (entre norte e leste - NE), 
· Noroeste (entre norte e oeste - NO) 
· Sudoeste (entre sul e oeste - SO). 
Existem ainda maneiras mais precisas de orientação, oriundas dos pontos cardeais e colaterais. Nesse caso, refere-se aos pontos subcolaterais se encontram no intervalo de um ponto cardeal e um colateral, que totalizam oito pontos. São eles: 
· norte-nordeste (sigla NNE)
· norte-noroeste (NNO) 
· este-nordeste (ENE) 
· este-sudeste (ESE) 
· sul-sudeste (SSE) 
· sul-sudoeste (SSO) 
· oeste-sudoeste (OSO) 
· oeste-noroeste (ONO) 
Para inserir todos os pontos apresentados foi criada a rosa-dos-ventos, chamada também rumos e rosa-náutica 
 Localização: coordenadas geográficas, latitude, longitude e altitude 
 "Para que cada ponto da superfície da Terra possa ser localizado num mapa, foi criado um sistema de linhas imaginárias chamado de Sistema de Coordenadas Geográficas. A coordenada geográfica e um determinado ponto da superfície da Terra é obtida pela interseção de um Meridiano e um Paralelo" (IBGE. Atlas Geográfico Escolar. p. 17. 2002). 
 
Veja abaixo alguns itens importantes nas coordenadas geográficas: 
 Paralelos 
 O principal paralelo é o Equador, que divide a Terra em duas partes iguais: hemisfério norte 
(setentrional) e hemisfério sul (meridional). 
 	A partir da linha do Equador, traçada a igual distância dos polos, traçamos os demais paralelos. 
Existem 180 paralelos, sendo 90 ao norte e mais 90 ao sul do Equador (0°). Cada paralelo equivale a 1°. 
 Além do Equador, outros quatro paralelos recebem nomes especiais: dois trópicos e dois círculos polares.
· No hemisfério norte, temos o Círculo Polar Ártico (situado a 66° 33’ LN) e o Trópico de Câncer (situado a 23° 27’ LN).
· No hemisfério sul, o Trópico de Capricórnio (23° 27’ LS) e o Círculo Polar Antártico(66° 33’ LS). 
 Os paralelos indicam a latitude de um lugar. 
 Latitude – É o afastamento, medido em graus, da linha do Equador a um ponto qualquer da superfície terrestre. Ela vai de 0° a 90° e pode ser norte ou sul. 
A Suécia, por exemplo, é um país de elevada latitude; e o Brasil, um país de baixa latitude. 
 O Equador tem 0° de latitude e é o ponto de partida para calcular a latitude de um lugar. A latitude máxima é a dos polos, que corresponde a 90° (N ou S). 
Meridianos - Meridianos são linhas imaginárias que cortam perpendicularmente os paralelos e vão de um polo a outro. Existem 360 meridianos, 180 a leste e 180 a oeste do Meridiano de Greenwich (que é o meridiano de 0° ou de origem). Cada meridiano representa 1° grau. 
· Meridiano de Greenwich - Greenwich tornou-se um meridiano referencial internacionalmente em 1884, devido a um acordo internacional que aconteceu em Washington, isso para padronizar as horas em todo o mundo, Greenwich foi escolhido por “cortar” o observatório Astronômico Real, localizado em Greenwich, um distrito de Londres. 
 Longitude – É o afastamento, medido em graus, do meridiano de Greenwich a um ponto qualquer da superfície terrestre. Ela vai de 0° a 180° e pode ser leste ou oeste. 
 Altitude - Designa a distância em metros medida na vertical desde o nível médio das águas do mar até um determinado lugar. A altitude é positiva quando o lugar está acima do nível do mar e negativa quando está abaixo. 
EXERCÍCIOS - QUESTÕES DE CONCURSO 
01) O perfil geomorfológico a baixo possui quatro pontos, numerados de 1 a 4, e representa um corte leste-oeste no continente sul-americano, em torno de 200 lat. Sul, ou seja, na latitude aproximada de Belo Horizonte. Essa região, portanto, está inserida na zona intertropical do globo terrestre.
Os pontos 1 e 3 encontram-se separados por A 3 cm no perfil geomorfológico. Considerando-se que sua escala aproximada é de 1 :400 km, a O distância linear entre os pontos 1 e 3 está corretamente expressa em:
a) 120 km 	 b) 400km c) 1200km 	 d) 1400km
02) O território brasileiro possui quatro fusos horários, sendo que pouco mais de 50% têm sua hora oficial (normal) regida pelo meridiano de 4500 Gr, aí estão incluídos os Estados:
a) do Acre e de Alagoas.
b) do Pará e Mato Grosso.
c) do Mato Grosso do Sul e Pará.
d) de São Paulo e Minas Gerais.
03) De acordo com o mapa, afirma-se que:
I. Pequena parte do território brasileiro acha-se no hemisfério setentrional.
II . A maior parte do território brasileiro fica na Zona lntertropical.
III. Tanto o extremo oeste quanto o extremo leste do país estão situados, em longitude, a oeste do meridianoinicial de Greenwich.
IV. O Braisl está inteiramente localizado no hemisfério oriental.
V. No território brasileiro, predominam características de clima subtropical.
São verdadeiras:
a) I,II e III. b) II, III e IV. c) III, lV e V. d) II, IV e V.
04) - A “HORA LEGAL” (“HORA DE BRASÍLIA”) do País:
a) está “atrasada” 3 horas de Greenwich por estar no 3º fuso horário brasileiro e a oeste de tal meridiano.
b) está “adiantada” em 3horas de Greenwich por estar no 3º fuso horário brasileiro e a leste de tal meridiano.
o) está “atrasada” em 3 horas de Greenwich, porque Brasília está no 2º fuso horário brasileiro.
d) está “atrasada” em 2 horas de Greenwioh, porque Brasília está no 3º fuso horário brasi lei ro.
As questões 08 e 09 referem-se ao mapa abaixo:
05) Observando-se o mapa podemos afirmar que:
a) A capital de Roraima, assinalado no mapa com A, é Boa Vista, enquanto a capital do E é Rio Branco.
b) Os Estados E, C e D são atravessados pela linha do Equador.
c) O maior Estado brasileiro é o Amazonas, identificado no mapa por D.
d) São estados interioranos na Região Norte A, C, D e E.
06)- Na cidade de Belém, situada no Pará, são 8 horas. Que horas serão nos Estados
identificados no mapa com O e E?
a) 8 e 9 horas.
b) 10 e 11 horas.
c) 8 e 7 horas.
d) 7 e 6 horas.
07) Em Brasília são 24 horas do dia 13 de maio. Que horas são, respectivamente, em Cuiabá, a 60ºoeste de GMT, e Recife, a 45º oeste de GMT?
a) 1 e 2 horas do dia 14 de maio.
b) 24 horas e 1 hora do dia seguinte.
c) 23 horas e 24 horas do mesmo dia.
d) 20 horas e 21 horas do mesmo dia.
08) Convencionou-se dividir a Terra em 24 fusos horários, cada um abrangendo 15º de longitude. A hora legal, em qualquer localidade situada num desses fusos, corresponde à hora local
a) da capital que se situa no fuso.
b) do meridiano mais oriental.
c) do meridiano que passa pelo centro do fuso.
d) do meridiano mais ocidental.
09)O Trópico de Capricórnio atravessa:
a) sul de SP, MT, GO e norte do PR.
b) norte de SP, sul de MI e norte do PR.
c) sul de GO e norte de SP.
d) sul de MS, SP e norte do PR.
10) Considerando as escalas: 1:100.000 e 1:5.000.000, é correto afirmar que:
a) a primeira é uma pequena escala e a segunda é uma grande escala.
b) a primeira é uma média escala e a segunda uma pequena escala.
c) ambas são grandes escalas.
d) ambas são pequenas escalas.
11) Num mapa de escala não citada, a menor distância entre São Paulo e Rio de Janeiro é de 4 cm.
Sabendo-se que a distância real entre ambas éde 400 km, em linha reta, é correto afirmar que o mapa foi feito na escala de
a)1:40.			b) 1 :10.000000.		c) 1:800.000.		d) 1:5.000.000.
12) Dentre as escalas dadas, a alternativa que possibilita um mapeamento detalhado é:
a) 1:5.000.		b) 1:50.000.		c) 1:100.000.		d) 1:200.000.
13) Considerando-se que uma área foi mapeada na escala de 1:75.000 e desejando-se ampliar 5 vezes a referida carta, a escala a ser utilizada será de:
a)1:15.000. b) 1:375.000. c) 1:1.500. d) 1:7.500.
14) Em relação às linhas imaginárias que permitem a localização de um ponto na superfície da terra,todas as afirmativas estão corretas, exceto:
a) Os meridianos são linhas que unem os dois pólos.
b) Os paralelos diminuem de extensão do Equador para os pólos.
c) Os meridianos possuem todos a mesma extensão.
d) Os paralelos de maior dimensão são os trópicos.
15) A distância real entre São Fransico e Nova Iorque é de 4.200km. A distância sobre a carta é de 105 mm. Com base nesses dados, assinale a alternativa que indica corretamente a escala desse mapa:
a) 1:400.000.		b) 1:4.200.000.		c) 1:40.000.000.		d) 1:10.500.000.
16) Na rosa-dos-ventos abaixo, os pontos sub-colaterais “ENE” e “SSW” são indicados, respectivamente, pelos números:
a) 2 e 10.		b) 2e 12.		c) 3 e 11.		d) 4e10.
2- MOVIMENTOS DA TERRA
Rotação, translação e estações do ano.
Como todos os corpos do Universo, a Terra também não está parada. Ela realiza inúmeros movimentos. Os dois movimentos principais do nosso planeta são o de rotação e o de translação, cujos efeitos sentimos no cotidiano.
Rotação
O movimento de rotação da Terra é o giro que o planeta realiza ao redor de si mesmo, ou seja, ao redor do seu próprio eixo. Esse movimento se faz no sentido anti-horário, de oeste para leste, e tem duração aproximada de 24 horas . Graças ao movimento de rotação, a luz solar vai progressivamente iluminando diferentes áreas, do que resulta a sucessão de dias e noites nos diversos pontos da superfície terrestre. 
Vale lembrar que, durante o ano, a iluminação do Sol não é igual em todos os lugares da Terra, pois o eixo imaginário, em torno do qual a Terra faz a sua rotação, tem uma inclinação de 23o 27, em relação ao plano da órbita terrestre.
O movimento aparente do Sol - ou seja, o deslocamento do disco solar tal como observado a partir da superfície - ocorre do leste para o oeste. É por isso que, há milhares de anos, o Sol serve como referência de posição: a direção onde ele aparece pela manhã é o leste ou nascente - e a direção onde ele desaparece no final da tarde é o oeste ou poente.
Translação
Já o movimento de translação é aquele que a Terra realiza ao redor do Sol junto com os outros planetas. Em seu movimento de translação, a Terra percorre um caminho - ou órbita - que tem a forma de uma elipse.
A velocidade média da Terra ao descrever essa órbita é de 107.000 km por hora, e o tempo necessário para completar uma volta é de 365 dias, 5 horas e cerca de 48 minutos.
Esse tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol é chamado "ano". O ano civil, adotado por convenção, tem 365 dias. Como o ano sideral, ou o tempo real do movimento de translação, é de 365 dias e 6 horas, a cada quatro anos temos um ano de 366 dias, que é chamado ano bissexto.
Estações do ano
As datas que marcam o início das estações do ano determinam também a maneira e a intensidade com que os raios solares atingem a Terra em seu movimento de translação. Essas datas recebem a denominação de equinócio e solstício, que veremos a seguir.
Para se observar onde e com que intensidade os raios solares incidem sobre os diferentes locais da superfície terrestre, toma-se como ponto de referência a linha do Equador.
As estações do ano estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento das atividades humanas, como a agricultura e a pecuária. Além disso, determinam os tipos de vegetação e clima de todas as regiões da Terra. E são opostas em relação aos dois hemisférios do planeta (Norte e Sul). 
Quando no hemisfério Norte é inverno, no hemisfério Sul é verão. Da mesma maneira, quando for primavera em um dos hemisférios, será outono no outro. Isso ocorre justamente em função da posição que cada hemisfério ocupa em relação ao Sol naquele período, o que determina a quantidade de irradiação solar que está recebendo.
Durante o inverno, as noites são tanto mais longas quanto mais o Sol se afasta da linha do Equador. É esse afastamento que faz as temperaturas diminuírem. Já durante o verão, os dias são tanto mais longos quanto mais o Sol se aproxima da linha do Equador e dos trópicos. Por isso, as temperaturas se elevam. No outono e na primavera, os dias e as noites têm a mesma duração.
· Equinócio- No dia 21 de março, os raios solares incidem perpendicularmente sobre a linha do Equador, tendo o dia e a noite a mesma duração na maior parte dos lugares da Terra. Daí o nome "equinócio" (noites iguais aos dias). Nesse dia, no hemisfério norte, é o equinócio de primavera - e no hemisfério sul, o equinócio de outono.
No dia 23 de setembro, ocorre o contrário: é o equinócio de primavera no hemisfério sul - e o equinócio de outono no hemisfério norte.
· Solstício-Os solstícios ocorrem nos dias 21 de junho e 21 de dezembro. No dia 21 de junho, os raios solares incidem perpendicularmente sobre o trópico de Câncer, situado a 23o 27, 30,,, no hemisfério norte. Nesse momento ocorre o solstício de verão nesse hemisfério. É o dia mais longo e a noite mais curta do ano, quemarcam o início do verão. Enquanto isto, no hemisfério sul, acontece o solstício de inverno, com a noite mais longa do ano, marcando o início da estação fria.
Já no dia 21 de dezembro os raios solares estão exatamente perpendiculares ao trópico de Capricórnio, situado a 23o 27, 30,,, no hemisfério sul. É o solstício de verão no hemisfério sul. Nesse dia, a parte sul do planeta está recebendo maior quantidade de luz solar que a parte norte, propiciando o dia mais longo do ano e o início do verão. No hemisfério norte, acontece a noite mais longa do ano. É o início do inverno.
Vale ressaltar que as datas utilizadas na determinação do começo e do final de cada estação do ano (21/3; 21/6; 23/9; 21/12) são convencionais. Foram selecionadas para efeito prático, pois, na verdade, a interferência de diversos fatores tende a alterar esses dias, para mais ou para menos, a cada determinado período de tempo.
A estação se inicia, verdadeiramente, quando o planeta Terra e o Sol estão numa posição em que os raios solares incidem perpendicularmente a linha do Equador (primavera e outono) ou a um dos trópicos (verão e inverno).
3- A DINAMICA CLIMÁTICA 
Atmosfera, Tempo e Clima.
A atmosfera, camada gasosa que envolve a Terra, é heterogênea, pois se torna rarefeita à medida que a altitude aumenta. Ao contrário, ou seja, ao nível do mar, a concentração de gases é maior e a composição é de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e apenas 1% de outros. A atmosfera é composta basicamente por cinco camadas, com destaque para a troposfera, que nos envolve diretamente, atingindo em média 10 km de altitude e concentrando 75% dos gases e 80% da umidade atmosférica. Confira todas as camadas:
Normalmente, as pessoas não conseguem diferenciar clima de tempo. Tempo corresponde ao estado da atmosfera num determinado momento, ou seja, é como se fosse uma “fotografia” da atmosfera, pela qual se percebem as condições meteorológicas, por exemplo: nublado e não nublado.
Quanto ao clima, o conceito corresponde à seqüência habitual de tempos. Por exemplo, no Brasil predominam o verão chuvoso e o inverno seco, formando o clima tropical continental. Portanto, o clima é mais duradouro ou permanente e não muda constantemente como o tempo. Mas, 
Modernamente, a ciência considera que tempo e clima são mutáveis, sendo este último explicado pela ação antrópica, alterando a natureza.
Elementos e Fatores Climáticos
· Elementos
· temperatura
· vento
· umidade
· pressão atmosférica
· precipitações
· Fatores
· altitude
· latitude
· maritimidade
· continentalidade
· relevo
· vegetação
· circulações atmosférica e oceânica
Pressão Atmosférica e Ventos-
A pressão atmosférica corresponde ao peso do ar sobre a superfície da Terra, variando de acordo com a temperatura, isto é, nas regiões frias, o ar é mais pesado, aumentando a pressão, e, nas regiões quentes, o ar é mais leve, diminuindo a pressão. Essas diferenças explicam a ocorrência de ventos, movimentos atmosféricos normalmente horizontais, da área de alta pressão para a de baixa.
Os ventos alísios marcam a zona intertropical e originam-se do deslocamento do ar das áreas subtropicais de alta pressão (Câncer e Capricórnio) para as áreas equatoriais, que apresentam baixa pressão. Na atmosfera surgem as massas de ar, que são porções que apresentam características próprias de umidade, pressão e temperatura, sendo determinantes para entender os climas mundiais. Podem ser continentais ou oceânicas. As primeiras, normalmente, são secas, ao passo que as oceânicas são úmidas, ambas podem ser quentes ou frias, dependendo da área de origem.
Com o sentido da rotação da Terra, os alísios sofrem inclinação para o oeste, isto é, no Hemisfério Norte, a direção é nordeste-sudoeste, enquanto no Hemisfério Sul, a direção é sudeste-noroeste. Em ambas as direções, eles se movimentam em baixas altitudes.
Nas altitudes elevadas, temos massas que se deslocam do Equador aos trópicos, formando os ventos contra-alísios. Essa circulação recebe o nome de célula de Hadley ou tropical, sendo fundamental na distribuição de calor e umidade entre as latitudes equatoriais e subtropicais. No deslocamento norte e sul (do Equador), os contra-alísios perdem calor, tornando-se pesados e secos, e absorvem umidade quando descem para a superfície. Esse fato explica a formação de desertos nas latitudes tropicais.
 El Niño 
 O El Niño  é um fenômeno causado pelo aquecimento das águas do Pacífico além do normal e pela redução dos ventos alísios  na região equatorial. Sua principal característica é a capacidade de afetar o clima a nível mundial através da mudança nas correntes atmosféricas.
O nome “El Niño” foi escolhido pelo fato do fenômeno de aquecimento das águas na costa do Peru acontecer em dezembro, próximo ao Natal, e faz referência ao “Menino Jesus” ou, em espanhol “Niño Jesus”. O fenômeno já eraconhecido entre os pescadores da região por causar diminuição na oferta de pescados nesse período, mas, só ganhou fama mundial após o período de 1997 a 1998 quando alcançou seu período de maiores efeitos.
O El Niño provoca o enfraquecimento dos ventos alísios na região equatorial, ou seja, nos ventos que sopram de leste para oeste, provocando mudanças nas correntes atmosféricas que irão acarretar em precipitações e secas anormais em diversas partes do globo, além de aumento ou queda de temperatura, também anormais.
Os ventos alísios ao soprar no sentido leste-oeste, resfriam a superfície do mar próxima ao litoral do Peru e, de certa forma, “empurram” as águas mais quentes na direção contrária, caracterizando uma diferença de temperatura entre as duas regiões. Então, na região de águas mais quentes ocorre a evaporação mais rápida da água e a formação de nuvens. Para isso, ou seja, para formar as nuvens, o ar quente sobe ao mesmo tempo em que o ar mais frio desce na região oposta, formando o fenômeno que os meteorologistas chamam de “célula de circulação de Walker”. A ocorrência deste outro fenômeno forma outro, conhecido como “ressurgência”, ou, afloramento das águas frias do oceano à superfície, dando continuidade ao ciclo.
O El Niño é justamente a ocorrência anormal desses fenômenos ocasionada pelo superaquecimento das águas do Pacífico.
Ao se tornar mais quentes que o normal, as águas oceânicas do Pacífico tendem a evaporar mais rapidamente e em uma região, ou superfície, mais extensa, e não apenas na parte oeste como ocorreria normalmente.
Os principais impactos causados pelo fenômeno no Brasil são:
- secas na região norte, aumentando a incidência de queimadas;
- precipitações abundantes na região sul, principalmente nos períodos de maio a julho e aumento da temperatura;
- aumento da temperatura na região sudeste, mas sem mudanças características nas precipitações;
- secas severas no nordeste;
- e tendência de chuvas acima da média e temperaturas mais altas na região centro-oeste.
Na Colômbia há a redução das precipitações e na vazão dos rios, no Equador e noroeste do Peru ocorre justamente o contrário, enquanto que na região do altiplano da Bolívia e do Peru o el Niño causa secas intensas.
O fenômeno do El Niño vem sendo registrado desde 1877, tendo alcançado seu pico no período de 1997 a 1998, quando houve o maior número de catástrofes. O El Niño ocorre periodicamente com variação de 1 a 10 anos entre cada ocorrência.
Outro termo para se referir ao El Niño é a sigla “ENOS” de “El Niño Oscilação-Sul” que designa a interação atmosfera-oceano, associada às alterações nos ventos alísios e nos padrões normais de Temperatura da Superfície do Mar (TSM).
TIPOS DE CLIMA NO MUNDO 
Os climas no mundo são bastante diversificados, provenientes das variadas massas de ar, localização geográfica, entre outros. No mundo se classificam pelo menos dez climas, os principais são:
· Equatorial: possui temperaturas médias acima de 25°C; clima quente e úmido, com índices pluviométricos anuais acima de 2000 mm.
· Tropical: temperatura variando em 20°C no inverno e 25°C no verão, com duas estações bem definidas, uma seca e outra chuvosa.
· Subtropical: possuitemperaturas médias entre 15°C e 20°C no verão, e no inverno as médias variam entre 0°C a 10°C, chuvas bem distribuídas.
· Oceânico: recebe influência dos oceanos e mares, tornando os invernos menos rigorosos.
· Continental: praticamente não recebe influência dos oceanos, possui um inverno mais rigoroso.
· Mediterrâneo: possui invernos chuvosos e verões quentes, com quatro estações bem definidas.
· Desértico: as temperaturas médias anuais variam entre 20°C e 30°C, os índices de precipitações não ultrapassam 250 mm ao ano.
· Semiárido: caracterizado por altas temperaturas podendo chegar a 32°C, os índices pluviométricos são inferiores a 600 mm anuais e as chuvas são irregulares.
· Frio (subpolar): possui índices pluviométricos anuais variando, dependendo da região, entre 200 mm e 1000 mm, características de um inverno negativo e verão com temperaturas por volta de 10°C.
· Frio de montanha: temperatura determinada pela altitude, quanto mais alto mais frio, mesmo em regiões tropicais.
· Polar: caracteriza-se por longos invernos e verões secos e curtos, temperaturas anuais sempre abaixo de zero, e marcante presença de neve e gelo.
RELEVO
O relevo corresponde ao conjunto de formação apresentadas pela litosfera. Essas formas são definidas pela estrutura geológica combinada com as ações da dinâmica interna e externa da Terra. A estrutura geológica diz respeito ao tipo de rocha — magmática, sedimentar ou metamórfica –, bem como à idade que elas apresentam — mais antigas ou mais recentes. As características tais rochas condicionam a ação dos fatores modificadores do relevo os chamados agentes de erosão.
Fatores do relevo
Os fatores internos são responsáveis pela elevação ou rebaixamento da superfície da crosta terrestre os fatores externos, por sua vez, causam modificações nessa superfície.
· internos: tectonismo, vulcanismo e abalos sísmicos;
· Externos: intemperismos, águas correntes, vento, mar, gelo, seres vivos, entre outros.
· Fatores internos: as pressões do magma
Os fatores internos do relevo têm sua origem nas pressões que o magma exerce sobre a crosta terrestre. Essas pressões podem provocar vulcanismo e outros fenômenos chamados tectônicos, como a formação de dobras e fraturas e a criação montanhas.
Fatores externos: a erosão da superfície.
Os fatores externo são as chuvas, a água corrente, o vento, o gelo, o calor, além da própria gravidade, que desgastam e modificam o relevo terrestre, tendendo a uniformizá-lo. Isso só não ocorre por causa da endodinâmica, isto é, a atuação dos fatores internos. Além disso, o desgaste das formas de relevo está associado à maior ou menor resistência da rocha à erosão. As rochas sedimentares, por exemplo, formadas por sedimentos originários de outras rochas, geralmente dispostos em camadas, são menos resistentes à erosão que as rochas magmáticas, originárias da solidificação do magma, e as metamórficas, que são rochas transformadas por variações de pressão e temperatura.
O aplainamento da superfície terrestre principia com os processos intempéricos, que podem ser físicos ou químicos. Entre os agentes físicos destaca-se o calor, ou melhor, as variações de calor, que provocam desagregação da rocha por sucessiva dilatação e contração. Essa forma de intemperismo é típica das regiões áridas e semi-áridas, em que há grandes variações de temperatura entre o dia e a noite. Entre os agentes químicos, o principal é a água, que, dependendo da rocha, pode dissolver alguns de seus minerais. Sua ação pode ser mais sentida nos climas úmidos.
As regiões que há muito tempo não sofrem a influência dos fatores internos apresentam de relevo considerado antigas, geralmente suave, pois já foram muito desgastadas pela erosão.
As formas de relevo
Dependendo da atuação de agentes internos e externos, o relevo pode apresentar diversas formas. As principais são: montanhas, planaltos, planícies e depressões.
· Montanhas são aquelas regiões em que ainda hoje os processos internos superam os externos, ou seja, o soerguimento é mais forte que a erosão. Os Andes, as Rochosas, os Alpes, o Himalaia ainda apresentam falhamentos, terremotos e vulcanismos, demonstrando a forte atuação dos agentes internos. É comum, no entanto, considerar montanhas aquelas áreas que, mesmo antigas, apresentam altitudes superiores a 300 metros.
· Planaltos são superfícies elevadas, com ondulações suaves, delimitadas por escarpas que constituem declives e nos quais os processos de destruição superam os de construção. Entre os fatores externos, predominam os agentes de desgaste, e não os de sedimentação. Os planaltos típicos são de estrutura sedimentar, mas podem ser formados pelo soerguimento de blocos magmáticos. 
· Planícies são superfícies que apresentaram pequenos movimentos na crosta, sendo quase completamente aplainadas. São delimitadas por aclives, e os processos de deposição superam os de desgaste. Podem ser classificadas em planícies costeiras, quando o agente de sedimentação é o mar; fluviais, quando um rio é responsável por sua formação: e planícies de origem lacustre, ou seja, formadas pela ação de um lago.
· Nas depressões a altitude da superfície é mais baixa que as formas de relevo que as circundam. Classificam-se em depressões absolutas, quando estão abaixo do nível do mar, e relativas, quando estão acima. Em geral, as depressões relativas decorrem de intensos processos erosivos ocorridos nas bordas de planaltos. A região em que se encontra o mar Morto é um exemplo de depressão absoluta. Um vale em um planalto ou entre montanhas constitui uma depressão relativa de forma alongada.
Formações Vegetais 
A composição dinâmica da biosfera produz diferentes vegetações, climas, relevos entre outros, dessa forma as paisagens naturais variam de grandes florestas tropicais a desertos, montanhas e imensas geleiras. Para a consolidação dos mais variados tipos de vegetações existentes no mundo é preciso que haja a interação entre os elementos naturais (clima, solo, relevo, vegetação e energia). 
Nas paisagens naturais o que mais se destacam visualmente são as vegetações. As seguir algumas características das principais formações vegetais do mundo: 
· Floresta pluvial tropical: essas se localizam geograficamente, em geral, na América do Sul, América Central, África, Ásia e Oceania. Todas as regiões citadas possuem características semelhantes como clima quente e úmido, proporcionando assim o surgimento de grandes florestas com uma enorme riqueza de biodiversidade, essas são as áreas do planeta que concentram a maior parte dos seres vivos. 
· Floresta Temperada: essa vegetação é encontrada principalmente no hemisfério norte, situada entre os trópicos e os círculos polares, os países que possuem esse tipo de florestas são Estados Unidos, Europa, Ásia e no Sul do Chile com climas temperados. As florestas temperadas são diferentes em relação às florestas tropicais, pois a primeira produz uma quantidade menor de variedade de plantas e animais. As florestas temperadas possuem características singulares, no inverno e outono as árvores perdem suas folhas, e por isso são denominadas de caducifólias. 
· Florestas de coníferas: essa vegetação é encontrada geograficamente em regiões com proximidade aos círculos polares, com características de clima com inverno bastante rigoroso. As coníferas são denominadas também de floresta boreal, é composta por pinheiros. 
· Tundra: se faz presente no extremo norte do continente americano, europeu e asiático, a particularidade dessa vegetação é em relação ao clima, pois se desenvolve em áreas de clima frio e polar, com duas estações (verão e inverno), sendo inverno rigoroso e verão com temperatura um pouco mais elevada. Na tundra as vegetações encontradas são musgos, liquens e plantas herbáceas, esses vegetais se desenvolvem de forma mais efetiva no verão, pois na estação do inverno toda área fica coberta de gelo. 
· Savana: esse tipo de vegetação tem uma grande semelhança com o cerrado brasileiro, as savanas são compostas basicamente por gramíneas e capins, árvores e arbustos espalhadosna paisagem. As savanas são situadas geograficamente em regiões de clima tropical, com duas estações bem definidas, sendo uma de seca (inverno) e uma chuvosa (verão). No mundo essa vegetação se faz presente nos seguintes países e continentes: América do Sul, África, Ásia e Austrália. 
· Estepe e pradarias: são compostas por plantas herbáceas, arbustos e gramíneas, em áreas de clima temperado, geralmente o estepe desenvolve em lugares mais secos, enquanto que as pradarias em locais mais úmidos, essa é utilizada como uma ótima pastagem na pecuária. Os dois tipos de vegetações são encontrados na América do Norte, Ásia e América do Sul (Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul nos pampas gaúcho). 
· Vegetação desértica: são áreas com predominância de clima seco e árido, os vegetais são adaptados à falta de água, suas raízes são extensas e atingem o lençol freático, quando raramente ocorre chuva brotam plantas, mas com um período muito curto de vida. 	
PROBLEMAS AMBIENTAIS ATUAIS
Introdução 
Infelizmente nosso planeta é afetado por vários problemas ambientais, muitos deles provocados por diversas ações humanas. Estes problemas afetam a fauna, flora, solo, águas, ar e etc.
Principais problemas ambientais atuais:
· - Poluição do ar por gases poluentes gerados, principalmente, pela queima de combustíveis fósseis (carvão mineral, gasolina e diesel) e indústrias.
· - Poluição de rios, lagos, mares e oceanos provocada por despejos de esgotos e lixo, acidentes ambientais (vazamento de petróleo), etc;
· - Poluição do solo provocada por contaminação (agrotóxicos, fertilizantes e produtos químicos) e descarte incorreto de lixo;
· - Queimadas em matas e florestas como forma de ampliar áreas para pasto ou agricultura;
· - Desmatamento com o corte ilegal de árvores para comercialização de madeira;
· - Esgotamento do solo (perda da fertilidade para a agricultura), provocado pelo uso incorreto;
· - Diminuição e extinção de espécies animais, provocados pela caça predatória e destruição de ecossistemas;
· - Falta de água para o consumo humano, causado pelo uso irracional (desperdício), contaminação e poluição dos recursos hídricos;
· - Acidentes nucleares que causam contaminação do solo por centenas de anos. Podemos citar como exemplos os acidentes nucleares de Chernobyl (1986) e na Usina Nuclear de Fukushima no Japão (2011);
· - Aquecimento Global, causado pela grande quantidade de emissão de gases do efeito estufa;
· - Diminuição da Camada de Ozônio, provocada pela emissão de determinados gases (CFC, por exemplo) no meio ambiente.
4 - A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO 
O território do Brasil ocupa uma área de 8 514 876 km². Em virtude de sua extensão territorial, o Brasil é considerado um país continental por ocupar grande parte da América do Sul. O país se encontra em quinto lugar em tamanho de território.
A população brasileira está irregularmente distribuída, pois grande parte da população habita na região litorânea, onde se encontram as maiores cidades do país. Isso nada mais é do que uma herança histórica, resultado da forma como o Brasil foi povoado, os primeiros núcleos urbanos surgiram no litoral.
Até o século XVI, o Brasil possuía apenas a área estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494 por Portugal e Espanha. Esse tratado dividia as terras da América do Sul entre Portugal e Espanha.
Os principais acontecimentos históricos que contribuíram para o povoamento do país foram:
· No século XVI: a ocupação limitava-se ao litoral, a principal atividade econômica desse período foi o cultivo de cana para produzir o açúcar, produto muito apreciado na Europa, a produção era destinada à exportação. As propriedades rurais eram grandes extensões de terra, cultivadas com força de trabalho escrava. O crescimento da exportação levou aos primeiros centros urbanos no litoral, as cidades portuárias.
· Século XVII e XVIII: foram marcados pela produção pastoril que adentrou a oeste do país e também pela descoberta de jazidas de ouro e diamante nos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. Esse período foi chamado de aurífero e fez surgir várias cidades.
· Século XIX: a atividade que contribuiu para o processo de urbanização foi a produção de café, principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Essa atividade também contribuiu para o surgimento de várias cidades.
Domínios naturais do Brasil 
Climas do Brasil 
Entendendo o clima -O extenso território brasileiro, a diversidade de formas de relevo, a altitude e dinâmica das correntes e massas de ar, possibilitam uma grande diversidade de climas no Brasil. Atravessado na região norte pela Linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio, o Brasil está situado, na maior parte do território, nas zonas de latitudes baixas -chamadas de zona intertropical- nas quais prevalecem os climas quentes e úmidos, com temperaturas médias em torno de 20 ºC.
 A amplitude térmica - diferenças entre as temperaturas mínimas e máximas no decorrer do ano - é baixa, em outras palavras: a variação de temperatura no território brasileiro é pequena.
Os tipos de clima do Brasil - Para classificar um clima, devemos considerar a temperatura, a umidade, as massas de ar, a pressão atmosférica, correntes marítimas e ventos, entre muitas outras características. A classificação mais utilizada para os diferentes tipos de clima do Brasil assemelha-se a criada pelo estudioso Arthur Strahler, que se baseia na origem, natureza e movimentação das correntes e massas de ar. 
 De acordo com essa classificação, os tipos de clima do Brasil são os seguintes: 
· Clima Subtropical: presente na região sul dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de novembro à março. O índice pluviométrico anual é de, aproximadamente, 2000 mm. As temperaturas médias ficam em torno de 20º C. Recebe influência, principalmente no inverno, das massas de ar frias vindas da Antártida.
· Clima Semiárido: presente, principalmente, no sertão nordestino, caracteriza-se pela baixa umidade e pouquíssima quantidade de chuvas. As temperaturas são altas durante quase todo o ano.
· Clima Equatorial: encontra-se na região da Amazônia. As temperaturas são elevadas durante quase todo o ano. Chuvas em grande quantidade, com índice pluviométrico acima de 2500 mm anuais.
· Clima Tropical: temperaturas elevadas (média anual por volta de 20°C), presença de umidade e índice de chuvas de médio a elevado.
· Clima Tropical de altitude: ocorre principalmente nas regiões serranas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Serra da Mantiqueira. As temperatura médias variam de 15 a 21º C. As chuvas de verão são intensas e no inverno sofre a influência das massas de ar frias vindas pela Oceano Atlântico. Pode apresentar geadas no inverno.
· Clima Tropical Atlântico (tropical úmido): presente, principalmente, nas regiões litorâneas do Sudeste, apresenta grande influência da umidade vinda do Oceano Atlântico. As temperaturas são elevadas no verão (podendo atingir até 40°C) e amenas no inverno (média de 20º C). Em função da umidade trazida pelo oceano, costuma chover muito nestas áreas.
QUESTÕES DE CONCURSO SOBRE CLIMAS DO BRASIL 
01. (SANTA CASA) Para apoiar a regra de que “a temperatura diminui com o aumento da latitude”, deveríamos tomar como exemplo os dados referentes às cidades de:                            
a) Manaus, Cuiabá e Porto Alegre.
b) Recife, Cuiabá e Rio de Janeiro.
c) Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
d) Manaus, Recife e Cuiabá.
e) Manaus, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
                                 
                                 
02. Leia os textos:                                 
I. Calcula-se que a poluição do ar tenha provocado um crescimento do teor de gás carbônico na atmosfera, que teria sofrido um aumento de 14% entre 1830 e 1930, aumentando hoje em dia de 0,3% ao ano. Os desmatamentos contribuem bastante para isso, pois a queimada dasflorestas produz grande quantidade de gás carbônico tem a propriedade de absorver calor, pelo chamado “efeito estufa”, um aumento da proporção desse gás na atmosfera pode ocasionar um aquecimento de superfícies terrestres.
II. Inversão térmica é período em que o ar fica estagnado sobre um local, sem a formação de ventos ou correntes ascendentes na atmosfera. Sabe-se que o ar mais elevado é mais que o que se encontra embaixo; esse fato dá origem a correntes ascendentes na atmosfera, pois o ar quente é mais leve que o ar mais frio. Mas sobre o efeito de uma inversão térmica ocorre o inverso: o ar mais quente está acima do ar mais frio, impendido-o de subir. O ar fica estagnado e carregado de poluentes. As inversões térmicas ocorrem bastante no Sul do país, principalmente em São Paulo, no período do inverno.
As afirmações I e II estão: 
a) totalmente corretas.
b) totalmente erradas.
c) a I correta e a II errada.
d) a I errada e a II correta.
e) as duas parcialmente corretas.
03. (FUVEST) Explique as características e as causas da ocorrência do clima subtropical no Brasil.
 
04. Observe as afirmações e coloque V verdadeiro ou F falso: 
(   ) I. Domínio é o conjunto natural onde há uma interação entre os elementos da natureza com um deles predominando.
(   ) II. Faixa de transição é a área de terra onde há uma certa homogeneidade dos elementos naturais.
(   ) III. O domínio morfoclimático inclui, além do clima e do relevo, elementos da vegetação, hidrografia e pedologia.
(   ) IV. Clima e relevo são os elementos mais importantes do domínio por se constituírem na causa dos demais.
(   ) V. A vegetação não é considerada um dos elementos definidos da paisagem, pois é o elemento mais resistente da paisagem.
 
 05. “La Niña se adianta e deve atingir o Brasil em 1998”.O CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), localizado em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba, acredita que ainda este ano os efeitos do fenômeno La Niña que resfria a temperatura média das águas do Oceano Pacífico Equatorial, atingirão o Brasil. Este dado faz parte do relatório divulgado pelo órgão, em junho de 1998. Se isto efetivamente acontecer, as conseqüências poderão ser notadas no Brasil, com efeitos contrários aos do “El Niño”.
Assinale a alternativa que caracteriza essa situação no Sul e Nordeste do país respectivamente:
a) Secas prolongadas com posteriores nevascas; aumentará a aridez do Sertão.
b) Deficiência de chuvas no Sul e excesso de precipitação no Nordeste.
c) Geadas nas “Serras Gaúchas” e intensas chuvas na Zona da Mata.
d) Fortes ventos com chuvas no Sul e ventos secos em todo Nordeste.
e)  Estiagem no Sul seguida de estação chuvosa e aumento da seca em todo o Nordeste.
 
 06. (PUC) As porções orientais do território brasileiro, em termos de clima, sofrem maior intervenção da massa de ar:
a) Equatorial Continental (Ec)
b) Equatorial Atlântica (Ea)  
c) Tropical Continental (Tc)
d) Tropical Atlântica (Ta)
e) Polar Atlântica (Pa)
 
 07. (MACK) Dominam no inverno austral as massas de ar procedentes de áreas anticicloniais localizadas no Atlântico  Sul e na Argentina, as quais invadem o Planalto Brasileiro e implicam na formação:
 a) das brisas
b) dos ventos contra-alísios do Nordeste
c) do terral
d) dos ventos alísios do Sudeste
e) dos ventos do Noroeste
 
08. O deslocamento das massas de ar, que dão origem aos ventos, se fazem sempre:
a) das áreas mais elevadas para as mais baixas;
b) das áreas de temperaturas mais altas para as de temperatura mais baixa;
c) das áreas de alta pressão para as de baixa pressão;
d) das áreas mais úmidas para as mais secas;
e) de oeste para leste.
 
09. (...) "Ventos periódicos beneficiam toda a extensa orla litorânea: são... que, como alhures se apresentam sob a forma da "viração" ... e do "terral"... (Areldo de Azevedo)
a) os ventos alísios do Sudeste;
b) os ventos alísios do Nordeste;
c) os ventos variáveis, "Pampeiro e Noroeste";
d) as brisas marítimas e terrestres;
e) as frentes frias do Sul.
 
10. A "friagem" consiste na queda brusca da temperatura, na região amazônica. Sobre ela pode-se afirmar que:
 I. O relevo baixo, de planície, facilita a incursão de massas de ar frio que atingem a Amazônia.
II. A massa de ar responsável pela ocorrência de friagem é a Tropical Atlântica.
III. A friagem ocorre no inverno.
 De acordo com as afirmativas acima, assinale:
 a) se apenas I estiver correta;
b) se I e II estiverem corretas;
c) se II e III estiverem corretas;
d) se I e III estiverem corretas;
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
 
Relevo Brasileiro 
O território brasileiro pode ser dividido em grandes unidades e classificado a partir de diversos critérios. Uma das primeiras classificações do relevo brasileiro, identificou oito unidades e foi elaborada na década de 1940 pelo geógrafo Aroldo de Azevedo. No ano de 1958, essa classificação tradicional foi substituída pela tipologia do geógrafo Aziz Ab´Sáber, que acrescentou duas novas unidades de relevo.
Características do relevo brasileiro - O relevo do Brasil tem formação muito antiga e resulta principalmente de atividades internas do planeta Terra e de vários ciclos climáticos. A erosão, por exemplo, foi provocada pela mudança constante de climas úmido, quente, semiárido e árido. Outros fenômenos da natureza (ventos e chuvas) também contribuíram no processo de erosão.
O relevo brasileiro apresenta-se em : 
· Planaltos – superfícies com elevação e aplainadas , marcadas por escarpas onde o processo de desgaste é superior ao de acúmulo de sedimentos.
· Planícies – superfícies relativamente planas , onde o processo de deposição de sedimentos é superior ao de desgaste.
· Depressão Absoluta - região que fica abaixo do nível do mar. 
· Depressão Relativa – fica acima do nível do mar. A periférica paulista, por exemplo, é uma depressão relativa.
· Montanhas – elevações naturais do relevo, podendo ter várias origens , como falhas ou dobras.
Vegetação do Brasil
Brasil apresenta os seguintes domínios: 
· Domínio Amazônico - Apresenta-se nas regiões de floresta Amazônica, essa é composta por matas fechadas e densas, formadas por árvores de grande, médio e pequeno porte, classificado em mata de várzea, mata de terra firme e igapó. A diversidade da vegetação é proveniente do clima quente e úmido e elevados índices pluviométricos que ocorrem de forma regular durante grande parte do ano. O relevo apresentado se restringe basicamente à planície e depressões. 
· Domínios da Caatinga -Ocorre no oeste do Nordeste e norte de Minas Gerais, a cobertura vegetal é composta por espécies da flora resistentes à falta de água. O clima é semi-árido, possui como principal característica a longa estiagem e chuvas irregulares no decorrer do ano. As altitudes variam de 200 a 800 metros acima do nível do mar, compostos por duas unidades de relevo: depressões e planaltos. 
· Domínios do Cerrado - Predomina no centro-oeste do Brasil no qual encontra os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a vegetação é composta por árvores tortuosas de pequeno porte, raízes profundas, cascas e folhas grossas, apesar disso, o cerrado demonstra outras variações ou classificações denominadas de subsistemas (cerrado comum, cerradão, campo limpo, campo sujo, subsistema de matas, de veredas e ambientes alagadiços). O clima é o tropical sub-úmido com duas estações bem definidas, uma seca e uma chuvosa. O relevo desse domínio é composto por planaltos e chapadas. 
· Domínio dos Mares de Morros -A paisagem é formada por relevo acidentado, ou seja, há uma grande incidência de planaltos, serras e morros que sofreram desgastes erosivos, esse relevo abrange a floresta tropical (Floresta Atlântica), essa, em seu estágio natural, se apresentava desde o Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, quanto ao clima é o tropical úmido, as chuvas são regulares e bem distribuídas no decorrer do ano. 
· Domínios das Araucárias -Restringe-se aos estados da Região Sul do Brasil, essa vegetação é encontrada principalmente em planaltos mais elevados. A cobertura vegetalé formada por pinheiro-do-paraná, além da erva-mate e o cedro. O clima predominante é o subtropical, ou seja, uma transição entre o clima tropical e o temperado, com verões quentes e invernos rigorosos, apresenta as menores temperaturas do país e, em determinadas localidades, ocorre precipitação de neve. 
· Domínio das Pradarias -É formado por vegetações (herbáceas) rasteiras e gramíneas, relevo relativamente plano, suavemente ondulado. O clima é o mesmo do Domínio das Araucárias. 
· Faixa de Transição (Pantanal) - Apresenta características variadas, desde aspecto da caatinga até a floresta amazônica, o relevo que predomina são as planícies que se alagam nos períodos chuvosos. O clima desse domínio é o tropical com um período de seca e outro chuvoso. 
Questões de Concurso - Relevo :
01. Sobre o domínio amazônico, assinale a alternativa falsa: 
a) Compõe-se em sua maior parte por baixos planaltos e planícies.
b) A hidrografia é riquíssima, com furos, igarapés, paranás-mirins e lagos da várzea.
c) Devido a riqueza mineral orgânica das águas dos rios é grande a piscosidade.
d) Devido à exportação de peixes a matança tem-se descontrolado, colocando em risco várias espécies.
e) O solo amazônico tem-se mostrado fertilíssimo, prestando-se a grande monocultura exportadora.
 
02. Da ação de solapamento realizado pelas ondas do mar na costa brasileira resulta uma forma de relevo escarpado, que se apresenta, geralmente, mais vertical nas formações sedimentares que nas cristalinas. São:
 a) os tômbolos.		b) os pães-de-açúcar.		c) as falésias.	
d) os canyons.			e) os fiords.
 
03. Geomorfologicamente a Serra do Mar é classificada como:
a) uma escarpa de planalto.
b) um altiplano.
c) uma sucessão de montanhas.
d) uma bacia de sedimentação.
e) um dobramento terciário.
04. No Sudeste Ocidental do Brasil, a decomposição de rocha vulcânica do tipo basáltico originou um solo típico de regiões onde se cultiva café, conhecido como:
a) látex;			b) arenoso;		c) pantanal;		d) terra roxa;	 e) calcário.
 
05. Podemos considerar agentes internos e externos do Globo Terrestre respectivamente:
 a) Tectonismo e intemperismo.
b) Vento e vulcanismo.
c) Águas correntes e intemperismo.
d) Vento e águas correntes.
e) N.d.a.
 
06. Os escudos ou maciços antigos brasileiros formaram-se na era:
 a) cenozóica		b) terciária		c) pré-cambriana		d) mesozóica		e) quaternária
 
07.Entres os três tipos principais de estruturas geológicas é correto afirmar que NÃO existe no território:
 a) bacias sedimentares;
b) escudos cristalinos;
c) dobramentos modernos;
d) terrenos pré-cambrianos;
e) jazidas petrolíferas.
08. Assinale a alternativa que apresenta o que têm em comum as seguintes cadeias montanhosas: Andes, Himalaia, Alpes e Rochosas.
 a) Geologicamente recentes e resultantes de desdobramentos.
b) Geologicamente antigas e resultantes de desdobramentos. 
c) Localizam-se nas porções orientais dos continentes por onde ocorrem.
d) Geologicamente constituídas por terrenos cristalinos antigos.
e) Os grandes desníveis foram provocados por falhamentos em terrenos cristalinos.
 
09. Área localizada entre as serras do Mar e Mantiqueira. Ocupada por extensos cafezais no século passado, atualmente se caracteriza por atividades pecuárias e grande desenvolvimento urbano industrial. O texto se refere ao Vale do Rio
 a) Ribeira.		b) Paranapanema.		c) Paraíba do Sul.		d) Piracicaba.		e) Jundiaí.
 
10. Os terrenos cristalinos de origem proterozóica do Brasil caracterizam-se:
 a) por formarem extensas planícies aluvionais.
b) pela grande riqueza em minerais metálicos.
c) pelas altitudes superiores a 3000m.
d) pela ocorrência de combustíveis fósseis.
e) pelo solo tipo terra roxa.
 
Hidrografia do Brasil 
A hidrografia brasileira ocupa um lugar de destaque entre os elementos naturais. O destaque nesse sentido é proveniente da quantidade e variedade hídrica presente no país. 
Grande parte dos rios brasileiros nasce em relevos com pouca altitude, exceto o rio Amazonas, que nasce na Cordilheira dos Andes. 
Com 55.467 km2 o país ocupa o primeiro lugar em rede hidrográfica, isso devido à sua extensão. A riqueza hídrica nacional favorece a presença de rios de grande profundidade, além de rios largos e extensos, em decorrência do tipo de relevo predominante no país forma rios de planaltos. 
No Brasil, os rios são caudalosos e as bacias hidrográficas extensas, proporcionando um significativo potencial hídrico no desenvolvimento de usinas hidrelétricas, captação de água, irrigação, transporte entre outros. 
As principais características da hidrografia brasileira são: 
• Ocorrência de grande parte dos rios do tipo caudalosos, isso significa cursos com elevado volume de água e que não secam (perene), característica derivada do clima úmido. Somente no sertão nordestino ocorre, em determinadas localidades, rios temporários. 
• Domínio principal de foz do tipo estuário e alguns rios com foz do tipo delta. 
• Os regimes dos rios brasileiros são de predominância do tipo pluvial, isso quer dizer que os períodos de cheias e vazantes são determinados pela ocorrência de chuvas e secas, influência direta do clima na hidrografia. 
• Modesta quantidade de lagos. 
• Superioridade de rios que deságuam no mar, nascem no interior do país e percorrem em direção ao oceano, chamado de drenagem do tipo exorréica. 
• Grande parte dos rios corre sobre planaltos e depressões, esses são os tipos de relevo que mais se destacam no Brasil, favorecendo a instalação de usinas hidrelétricas. 
Em detrimento da abundancia hídrica, o Brasil se coloca como um privilegiado nesse sentido, uma vez que a escassez de água assola muitos países do mundo. 
Apesar dessa riqueza, a população não cuida dos rios, pois diariamente são lançados esgotos, produtos químicos, lixo e muitos outros detritos nos mesmos. 
· Bacia hidrográfica corresponde a uma área drenada por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. A topografia do terreno é responsável pela drenagem da água, além de ser responsável por delimitar as bacias, ou seja, as partes mais altas do relevo determinam para onde as águas da chuva irão escoar. 
Bacias hidrográficas do Brasil
· Bacia Hidrográfica Amazônica -É considerada a maior bacia hidrográfica do planeta, responsável por drenar água de uma área de aproximadamente 7 milhões de quilômetros quadrados. No Brasil, ela compreende uma área de 3.870.000 km², apresentando grande potencial para geração de energia hidrelétrica, além de possuir características propícias para o transporte fluvial. 
· Bacia Hidrográfica do São Francisco -Importante meio de ligação entre as Regiões Nordeste e Sudeste, a bacia do São Francisco possui cerca de 640 mil quilômetros quadrados. Apresenta extensos trechos navegáveis, além de grande potencial hidrelétrico. O garimpo, a mineração, a irrigação e a poluição hídrica ameaçam a qualidade dos rios dessa região. 
· Bacia Hidrográfica do Tocantins-Araguaia -Com 967.059 quilômetros quadrados, essa é a maior bacia hidrográfica exclusivamente brasileira. Seu potencial energético é explorado, com destaque para a usina hidrelétrica de Tucuruí, no estado do Pará. 
· Bacia Hidrográfica do Paraná -A bacia do Paraná, presente no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, possui rios de planalto e encachoeirados, perfeitos para a instalação de hidrelétricas. Esse potencial é aproveitado pelas usinas de Ilha Solteira, Itaipu, Capivari, Engenheiro Sérgio Mota, Água Vermelha, etc. 
· Bacia Hidrográfica do Parnaíba -Abrangendo uma área de aproximadamente 340 mil quilômetros quadrados, essa bacia hidrográfica está presente nos estados do Piauí, Maranhão e na porção oeste do Ceará. Os principais rios são o Balsas, Uruçuí-Preto, Gurgueia, Longá, Poti e Canindé. 
· Bacia Hidrográfica do Uruguai -Essa bacia está presente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O principal rio, o Uruguai, nasce da confluência dos rios Canoas e Pelotas. Suas características são propícias para a construção de usinas hidrelétricas.· Bacia Hidrográfica do Paraguai -A bacia hidrográfica do Paraguai é típica de planície, apresentando grandes extensões para navegação. No Brasil, ela está presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, englobando uma área de 361.350 quilômetros quadrados. Tem como principal rio o Paraguai, que nasce na Chapada dos Parecis (MT). 
· Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental -A bacia do Atlântico Nordeste Oriental é responsável por drenar água de uma área de 287.348 quilômetros quadrados, compreendendo os estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Os principais rios são o Beberibe e Capibaribe, além do Jaguaribe, considerado o maior rio intermitente (temporário) do mundo. 
· Bacia Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental -Situada nos estados do Maranhão e Pará, essa bacia hidrográfica possui 254.100 quilômetros quadrados. Os principais rios perenes são: Mearim, Itapecuru e Turiaçu. 
· Bacia Hidrográfica Atlântico Leste -A bacia do Atlântico Leste, com 374.677 quilômetros quadrados, abrange territórios de Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. O Rio Jequitinhonha se destaca nessa área de drenagem. 
· Bacia Hidrográfica Atlântico Sudeste -Formada pelos rios Doce, Itapemirim, São Mateus, Iguape, Paraíba do Sul, entre outros, a bacia hidrográfica do Atlântico Sudeste está presente nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, correspondendo a uma área de 229.972 quilômetros quadrados. 
· Bacia Hidrográfica Atlântico Sul -Com predominância de rios de pequeno porte, essa bacia hidrográfica possui 185.856 quilômetros quadrado. Seus rios desaguam no Oceano Atlântico.
QUESTÕES DE CONCURSO SOBRE HIDROGRAFIA MUNDIAL E DO BRASIL 
01. Define-se “LAGOS DE VÁRZEA” como sendo aqueles oriundos da acumulação de aluviões fluviais. Deduz-se que tais formações devem ser encontradas: 
a) de modo abundante no país.
b) no Rio Grande do Sul (como as Lagoas dos Patos e Mirim).
c) na Amazônia.
d) no baixo Paraná.
e) no alto São Francisco. 
 
02. A bacia hidrográfica brasileira com maior possibilidade de navegação é: 
a) Bacia do São Francisco;
b) Bacia do Paraná;
c) Bacia do Uruguai;
d) Bacia Amazônica;
e) Bacia do Paraíba do Sul.
 
03. “Em virtude da existência de inúmeros fatores históricos e econômicos, os baixos cursos dos rios geralmente apresentam elevadas densidades demográficas”. Comprovam a afirmação os rios:
 a) Mackenzie e Volga.
b) Yukon e Reno.
c) Nilo e Ganges.
d) Ob e Mississipi.
e) Ienissei e São Francisco.
 
04. A expressão “Bacia Hidrográfica” pode ser entendida como:
 a) o conjunto das terras drenadas ou percorridas por um rio principal e seus afluentes.
b) a área ocupada pelas águas de um rio principal e seus afluentes no período normal de chuvas.
c) o conjunto de lagoas isoladas que se formam no leito dos rios quando o nível de água da água baixa.
d) o aumento exagerado do volume de água de um rio principal e seus afluentes quando chove acima do normal.
e) o lago formado pelo represamento das águas de um rio principal e seus afluentes.
 
05. A rede hidrográfica brasileira apresenta, dentre outras, as seguintes características:
 a) grande potencial hidráulico, predomínio de rios perenes e predomínio de foz do tipo delta.
b) drenagem exorréica, predomínio de rios de planalto e predomínio de foz do tipo estuário.
c) predomínio de rios temporários, drenagem endorréica e grande potencial hidráulico.
d) regime de alimentação pluvial, baixo potencial hidráulico e predomínio de rios de planície.
e) drenagem endorréica, predomínio de rios perenes e regime de alimentação pluvial.
 
06. Aponte a afirmativa correta: 
a) No rio Paraná, entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, está localizado o Complexo Hidrelétrico de Urubupungá.
b) O rio Paraguai nasce na serra de Araporé, em Mato Grosso, com o nome de rio das Pedras, de Amolar.
c) Durante as cheias do rio Paraguai, no início de outono, todo o Pantanal vê-se invadido pela águas do rio, constituindo, então, a lagoa Xarajes.
d) O rio Uruguai é formado pelos rios Canoas e Pelotas.
e) O rio Uruguai é o principal rio da Bacia Platina em potencial hidrelétrico.
 
07. Assinale a alternativa correta:
 a) Barra Bonita e Armando Laydner são hidrelétricas no Paranapanema.
b) O Salto de Urubupungá localiza-se no rio Grade, assim como o de Marimbondo.
c) A hidrelétrica Lucas Nogueira Garcez faz parte do conjunto de hidrelétricas do rio Paraná.
d) Estreito e Salto Grande são hidrelétricas da Bacia do Paraná.
e) Tucuruí e Itaparica são hidrelétricas do rio São Francisco.
 
08. A Bacia Platina é formada por grandes bacias secundárias, possuindo o maior potencial hidrelétrico instalado no Brasil, e a maior usina hidrelétrica construída até hoje. Esse potencial é localizado na bacia do rio:
 a) Piratini		b) Uruguai		c) Paraguai		d) Paraná		e) São Francisco
 
09. Aponte a afirmativa incorreta:
 a) O regime dos rios brasileiros depende das chuvas de verão.
b) Talvegue é a linha de maior profundidade do leito do rio.
c) Os rios brasileiros possuem um regime pluvial, excetuando-se o Amazonas que é complexo.
d) Todos os rios do Brasil podem ser caracterizados como perenes.
e) A foz de um rio pode ser de dois tipos: o estuário, livre de obstáculos, e o delta, com ilhas de luvião separadas por uma rede de canais.
 
10. Leia as afirmativas abaixo sobre a hidrografia brasileira:
 I. É a maior das três bacias que formam a Bacia Platina, pois possui 891.309 km2, o que corresponde a 10,4% da área do território brasileiro.
II. Possui a maior potência instalada de energia elétrica, destacando-se algumas grandes usinas.
III. Em virtude de suas quedas d'água, a navegação é difícil. Entretanto, com a instalação de usinas hidrelétricas, muitas delas já possuem eclusas para permitir a navegação.
Estas características referem-se à bacia do:
 a) Uruguai		b) São Francisco		c) Paraná		d) Paraguai		e) Amazonas
 LITORAL DO BRASIL 
O Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão territorial, com 8.514.876 km2. O país possui um litoral com 7.367 km, banhado a leste pelo oceano Atlântico. O contorno da costa brasileira aumenta para 9.200 km se forem consideradas as saliências e reentrâncias do litoral.
O litoral brasileiro é extenso e pouco recortado. A plataforma continental - terreno da crosta terrestre que avança para o mar - tem profundidade média de 200 metros e largura média de 90 km. Toda essa extensão lhe confere uma diversidade de paisagens ao longo da costa, onde se alternam dunas, falésias, praias, mangues, recifes, baías, restingas, estuários e recifes de corais.
Esse extenso litoral aliado à sua posição geográfica confere ao país importante destaque geopolítico e estratégico. Condições climáticas propícias favorecem o transporte marítimo, que ocorre o ano inteiro. Entre as principais atividades econômicas, estão a pesca e o turismo. Além disso, existem grandes reservas de petróleo - cerca de 70% da exploração de petróleo brasileiro ocorre na plataforma continental.
Norte, Nordeste, Sudeste e Sul
· Devido à sua extensão e por suas características comuns, o litoral brasileiro pode ser divido em Norte, Nordeste, Sudeste e Sul.
· O litoral Norte vai da foz do rio Oiapoque ao delta do rio Parnaíba. Apresenta grande extensão de manguezais exuberantes, assim como matas de várzeas de marés, campos de dunas e praias. Apresenta rica biodiversidade em espécies de crustáceos, peixes e aves.
· O litoral Nordeste começa na foz do rio Parnaíba e vai até o Recôncavo Baiano. É marcado por recifes calcíferos e areníticos, além de dunas que, quando perdem a cobertura vegetal que as fixam, movem-se com a ação do vento. Há ainda nessa área manguezais, restingas, lagunas e matas. Nas águas do litoral nordestino vivem o peixe-boi marinho e as tartarugas, ambos ameaçados de extinção.
· O litoral Sudeste segue do Recôncavo Baiano até São Paulo. É a área mais densamente povoada e industrializada do país. Suasáreas características são as falésias, os recifes e as praias de areias monazíticas (mineral de cor marrom-escura). É dominada pela Serra do Mar e tem a costa muito recortada, com várias baías e pequenas enseadas. O ecossistema mais importante dessa área é a mata de restinga. Essa parte do litoral é habitada pela preguiça de coleira e pelo mico-leão-dourado (espécies ameaçadas de extinção).
· O litoral Sul começa no Paraná e termina no arroio Chuí, no Rio Grande do Sul. Com muitos banhados e manguezais, o ecossistema da região é riquíssimo em aves, mas há também outras espécies: ratão-do-banhado, lontras (também ameaçados de extinção), capivaras.
QUESTÕES SOBRE LITORAL DO BRASIL 
01. Identifique a região do relevo submarino, na qual foi encontrado o petróleo no Ceará: 
a) Abissal			d) Fossa Marinha
b) Plataforma Continental	e) n.d.a.
c) Pelágica
 
02. Uma das ilhas oceânicas do Brasil, em virtude de sua fauna e flora características, já foi visitada por inúmeras expedições científicas. É ela: 
a) Penedos São Pedro e São Paulo
b) Trindade
c) Fernando de Noronha
d) Atol das Rocas
e) n.d.a.
 
03. A Lagoa dos Patos originou-se graças à: 
a) formação de uma restinga.
b) ocorrência de uma fossa tectônica.
c) concentração de águas pluviais.
d) ocorrência de uma barragem natural num rio.
e) n.d.a.
 
04. Os recifes de arenito resultam da: 
a) acumulação de esqueletos de minúsculos animais marinhos.
b) consolidação de dunas e restingas.
c) acumulação de restos calcários de celenterados.
d) consolidação das areias de antigas praias.
 
05. Sobre as ilhas oceânicas brasileiras, podemos afirmar que: 
a) São pontos avançados da meteorologia brasileira.
b) São ilhas com reservas minerais consideráveis.
c) Predominam as rochas vulcânicas cenozóicas.
d) Predominam as formações coralígenas.
e) n.d.a.
 
06. A existência de extensas áreas secas localizadas nas costas ocidentais dos continentes em latitudes vizinhas a ambos os trópicos é determinada, essencialmente, pela: 
a) dinâmica atmosférica controlada pela zona de convergência intertropical;
b) presença de áreas de baixa pressão atmosférica;
c) alternância entre massas polares e equatoriais em tais latitudes;
d) presença de correntes marítimas quentes ao longo dos litorais;
e) presença de correntes marítimas frias ao longo dos litorais.
 07. Com uma extensão de 7 408 km e banhado pelo Atlântico, o litoral brasileiro pode ser assim caracterizado, exceto:
 a) um litoral extenso e pouco recortado;
b) um litoral rico em acidentes geográficos, favorável à implantação de portos marítimos de pequena e grande capacidade;
c) os tipos de costas mais comuns são as praias, falésias, barreiras, os mangues e as dunas;
d) um litoral rico em praias, sempre baixo e muito recortado;
e) as correntes marítimas quentes que banham o litoral são das guianas (litoral norte) e brasileira (litoral leste e sul).
 
 08. O litoral setentrional do Brasil caracteriza-se por possuir:
 a) costas altas
b) manguezais e praias com dunas
c) recifes e costas baixas
d) costas com barreiras e falésias
e) arrecifes
 
 09. No litoral brasileiro, os costões abruptos recebem o nome de:
 a) barcanas			d) falésias
b) restingas			e) mamelões
c) tombolis
10. No litoral maranhense, constatam-se as seguintes características:
I. O desequilíbrio ambiental de toda a zona costeira.
II. Uma drástica diminuição nos estoques naturais de peixes e camarões.
III. O desequilíbrio das águas nos campos da Baixada Maranhense.
 Os impactos ambientais, acima citados, estão diretamente relacionados:
 a) aos despejos industriais
b) a aterros nas áreas costeiras
c) ao derramamento de óleo no mar
d) à destruição dos manguezais
e) à pesca predatória
 REGIÕES GEOGRÁFICAS DO BRASIL 
Região Norte- Formada pelos estados do Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá e Tocantins
A região norte encontra-se localizada, em quase sua totalidade, na área da bacia amazônica, sendo amplamente coberta pela exuberante floresta tropical. O rio Amazonas corta a região ao meio, no sentido oeste-leste, e desemboca no oceano Atlântico. Existem também vários outros rios nessa região. As duas principais cidades são Manaus, capital do estado do Amazonas, e Belém, capital do estado do Pará.
Entre as décadas de 60 e 70 verificou-se renovado interesse pela riqueza mineral e pelo potencial agrícola da Amazônia.
Os esforços do governo para incentivar o desenvolvimento agrícola na Amazônia resultou em ameaças crescentes de problemas ambientais para a região. Durante as décadas de 70 e 80, os projetos de desenvolvimento e os movimentos migratórios levaram ao desmatamento de 328.700 km2 da região. Em decorrência desse fato, o governo brasileiro adotou uma série de políticas para controlar o desenvolvimento. Foram suspensos os incentivos fiscais e os créditos oficiais para os projetos agrícolas e o desenvolvimento da pecuária na região. A proteção da Amazônia é atualmente monitorada via satélite e os esforços internos nesse sentido foram reforçados pelo apoio da comunidade internacional, através do Programa Piloto para a Proteção da Floresta Tropical Brasileira, patrocinado pela Comunidade Européia, os Estados Unidos e vários outros países.
Região Nordeste- Formada pelos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas e Sergipe.
Grande parte dessa região, que abriga quase 30% da população brasileira, está sujeita a secas crônicas. A região nordeste, no entanto, tem possibilidades econômicas consideráveis, que incluem grandes jazidas de petróleo, a exportação de produtos tropicais e a promoção do turismo.
Pernambuco e Bahia foram os primeiros centros mais importantes do Brasil colonial e ainda hoje exercem forte influência sobre a cultura brasileira. Muitos dos produtos tipicamente brasileiros no campo da música, do folclore e da culinária, além de grande parte dos costumes e práticas sociais brasileiras, tiveram origem nessa região. As duas maiores cidades do Nordeste são Recife e Salvador.
Região Sudeste-
Formada pelos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo
O centro econômico do Brasil é formado pelas cidades altamente industrializadas localizadas nas redondezas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A maior parte da população do país está concentrada na região sudeste. A área é rica em minérios e sua agricultura, a mais avançada do país, produz café e cereais para exportação, além de uma variedade de alimentos frescos e industrializados, leite e carne para o consumo interno.
Região Sul-Formada pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
A região sul também apresenta alto nível de desenvolvimento, mantendo bom equilíbrio entre os setores rural e industrial. Em direção ao sul o planalto se transforma em extensas planícies denominadas pampas, onde as tradicionais atividades de pastoreio deram origem ao gaúcho, o equivalente brasileiro ao vaqueiro dessa região. A oeste, na fronteira do Brasil com a Argentina, encontram-se as Cataratas do Iguaçu, uma das mais belas maravilhas da natureza no mundo. A maior cidade da região é Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, o estado que se encontra na fronteira meridional do Brasil.
Região Centro-Oeste-Formada pelos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, além do Distrito Federal
Esta região, coberta por extensas savanas tropicais e planaltos, é ainda pouco povoada. Apesar de haver sido no passado uma das regiões mais isoladas do país, vem experimentando rápido crescimento de sua produção agropecuária e industrial. Na região centro-oeste está localizada a cidade de Brasília, capital do país, fundada em 1960. Extensas áreas da região Centro-Oeste foram transformadas pelo governo federal em reservas para uso exclusivo dos índios nativos daquela região. Também se encontra localizado na região Centro-Oeste o Pantanal Mato-Grossense, preciosa reserva ecológica da flora e dafauna brasileira.
5-Sociedade e Economia 
A urbanização no Brasil
O processo de urbanização no Brasil iniciou-se em 1532 com a fundação da Vila de São Vicente, no litoral paulista. Salvador, a primeira cidade brasileira, foi fundada em 1549.
O primeiro surto de urbanização verificou-se no século XVIII, com o ciclo da mineração. A atividade mineradora contribuiu para esse processo por vários motivos: provocou a transferência da capital da Colônia (de Salvador para o Rio de Janeiro – 1763) e o deslocamento do eixo produtivo do Nordeste açucareiro para o Sudeste aurífero, originando inúmeras vilas e cidades (Vila Rica, Mariana, São João del Rei, Diamantina, Cuiabá e outras) e promovendo a interiorização do crescimento econômico do País. 
CARACTERÍSTICAS DA URBANIZAÇÃO BRASILEIRA NO SÉCULO XX
O processo de urbanização no Brasil ganhou intensidade a partir da década de 1950, devido à industrialização e à modernização das atividades agrárias. Em 1940, apenas 31% dos brasileiros viviam em cidades, contra 69% no meio rural. Em 1980, a situação inverteu-se: 67,5% estavam vivendo em cidades, e apenas 32,5% na área rural.
Desde o início do processo de colonização, as cidades concentraram-se na faixa litorânea. A quase totalidade das cidades brasileiras são espontâneas, porque surgiram naturalmente de pequenos núcleos ou povoados. Existem também as cidades planejadas, como Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Boa Vista e Palmas.
“A partir dos anos 1960, o poder público passou a intervir decisivamente na organização do espaço brasileiro. O projeto desenvolvimentista tinha como objetivos, além da integração nacional, a modernização do território e o desenvolvimento da economia capitalista. Para tanto, era necessário expandir a indústria e construir uma sociedade de consumo predominantemente urbana. Esse processo provocou certa dispersão das cidades.
Políticas espaciais explícitas e vultosos investimentos deram respaldo à urbanização como estratégia do desenvolvimento do território. Um aspecto da questão urbana pode ser remetido a essa proposta de construir um Brasil urbano. Além da implantação de hidrelétricas, portos, aeroportos, dutos e canais e de grandes projetos industriais, apoiados em financiamento externo, a expansão da rede de energia, de estradas e de comunicações foi um meio de eliminar barreiras à circulação do capital, que teve, então, um expoente na indústria automobilística.” (DAVIDOVICH, Fany. A questão urbana. In: IBGE. Atlas nacional do Brasil 2000, p. 147) 
Segundo o IBGE, o percentual de população urbana elevou-se para 81,2, bem próximo dos porcentuais encontrados em países desenvolvidos: 137,6 milhões de pessoas viviam em áreas urbanas no Brasil em 2000.
As três capitais mais populosas do Brasil são: São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Em 2000, essas cidades concentravam 46,3% da população total residente nos municípios das capitais brasileiras.
QUESTÕES SOBRE URBANIZAÇÃONO BRASIL 
01. Quais alternativas estão corretas?
(1) As maiores e mais bem equipadas metrópoles das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul são, respectivamente, Manaus, Salvador, São Paulo e Porto Alegre.
(2) Caxias (RS), Blumenau (SC), Londrina (PR), Ribeirão Preto (SP), Campos (RJ) e Feira de Santana (BA) são exemplos decapitais regionais.
(3) Dentre as características de uma metrópole, podemos citar a função de polarização e de organização de espaço ao seu redor.
(4) Comparando-se as redes urbanas das regiões Norte e Sudeste, podemos dizer que a primeira não apresenta uma nítida hierarquia urbana ao passo que a segunda é bem caracterizada hierarquicamente. 
 
02. Os “mocambos” e os “alagados” constituem áreas de habitações precárias que abrigam partes consideráveis das populações pobres das cidades de: 
a) São Paulo e Rio de Janeiro				d) Manaus e Rio de Janeiro
b) Vitória e Salvador					e) Recife e Salvador
c) Recife e São Paulo
 
03. Imaginando um percurso de São Luis à Curitiba, encontraremos, quanto ao uso do solo, a predominância das seguintes atividades: 
a) lavoura de subsistência, lavoura comercial e extrativa vegetal.
b) extrativa vegetal, agricultura comercial e lavoura de subsistência.
c) extrativa vegetal, pecuária e agricultura comercial.
d) extrativa mineral, pecuária intensiva e agropecuária comercial.
e) pecuária, lavoura comercial e extrativa vegetal.
 
04. O conceito de “hábitat” em Geografia compreende: 
a) as formas de moradia nas diferentes regiões do globo.
b) as relações que se estabelecem entre as coletividades humanas e o meio natural.
c) os tipos de habitações nas faixas intertropicais.
d) as relações entre os seres vivos e o meio ambiente.
e) a organização do espaço urbano.
 
05. Nos países industrializados, a migração campo-cidade tem como causa fundamental: 
a) carência de melhores condições sociais no campo.			d) dificuldade de aquisição de terras.
b) baixa produtividade agrícola.						e) liberação de mão-de-obra pela mecanização.
c) pressão demográfica no campo. 
06. "O município está assentado sobre a borda da bacia sedimentar do Paraná, tendo como embasamento rochas antigas tais como xisto e gnaisses do Grupo Araxá (Pré-Cambriano)." 
Sociedade & Natureza, Uberlância, dez./1989
O trecho acima define:
 a) o sítio urbano do município;
b) o sítio urbano e a situação urbana do município;
c) a situação urbana e a origem do município;
d) a posição geográfica do município;
e) a situação no contexto regional do município.
 
07. Segundo a hierarquia urbana, as cidades mais importantes de um país, que comandam a rede urbana nacional, estabelecendo áreas de influência, correspondem aos (às):
 a) centros regionais						d) capitais regionais
b) cidades-dormitórios						e) metrópoles regionais
c) metrópoles nacionais
 
08. Em relação às cidades, é correto afirmar:
 a) A cidade de São Paulo corresponde a uma metrópole nacional, situada nas margens do Rio Paraíba do Sul.
b) A cidade de Washington corresponde a uma metrópole nacional.
c) O êxodo rural é um dos fatores que mais têm contribuído para o inchaço das metrópoles brasileiras.
d) No Brasil, verifica-se o predomínio de população rural.
e) A partir da década de 1980, o êxodo rural deixou de ocorrer devido ao assentamento dos sem-terra pelo Incra.
 
09. Um conjunto de municípios contíguos e integrados socioeconomicamente a uma cidade central, com serviços públicos e infra-estrutura comuns, define a:
 a) metropolização					d) megalópole
b) área metropolitana					e) hierarquia urbana
c) rede urbana	
 
10. Sobre o surto de urbanização que se verifica no mundo, é correto afirmar que:
 a) é verificado com a mesma intensidade nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos;
b) é provocado em todo o mundo pelos altos índices de natalidade;
c) é um fenômeno característico dos países industrializados europeus;
d) é mais intenso nos países subdesenvolvidos, tendo como causa o êxodo rural;
e) é mais intenso nos países desenvolvidos, devido ao desenvolvimento industrial.
Industrialização do Brasil
O início da industrialização no Brasil ocorreu graças à produção cafeeira e aos capitais derivados dela.
Diversos países, como Argentina, México e Brasil, iniciaram o processo de industrialização efetiva a partir da segunda metade do século XX, no entanto, o embrião desse processo no Brasil ocorreu ainda nas primeiras décadas de 30, momentos depois da crise de 29. Crise essa que ocasionou a falência de muitos produtores de café, com isso, a produção cafeeira entrou em declínio.
Quando se fala em industrialização do Brasil é bom ressaltar que tal processo não ocorreu em nível nacional, uma vez que a primeira região a se desenvolver industrialmente foi a Região Sudeste.
A industrialização brasileira nesse período estava vinculada à produção cafeeira e aos capitais derivados dela. Entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, o café exerceu uma grande importância para a economia do país, até porque era praticamente o único produto brasileiro de exportação. O cultivo dessa

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