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O ENGENHEIRO DE 
COMPUTAÇÃO E A PROFISSÃO 
AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Ederson Cichaczewski 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
A engenharia engloba uma série de especializações, com ênfase em 
diversos campos de aplicação e tipos de tecnologia. Por isso, o engenheiro é 
compelido a ter uma visão de mundo com um pensamento mais sistêmico e 
multinacional. Também é importante ter uma visão das tendências multiculturais, 
multirraciais, multidisciplinares e internacionais como um todo. 
Nesta aula, abordaremos a engenharia no mundo, ou seja, quais as 
competências necessárias para poder atuar nesse mercado globalizado, quais 
as novas tecnologias e tendências tecnológicas, as áreas de atuação do 
engenheiro e, mais especificamente, do engenheiro de computação. 
TEMA 1 – VISÃO GERAL DA ENGENHARIA NO MUNDO 
A engenharia é a mola propulsora para o desenvolvimento de um país. 
Diante do cenário atual, são necessárias medidas apropriadas para combater ou 
ao menos reduzir o reflexo da crise econômica que atinge o mundo inteiro, e a 
engenharia é uma das profissões que atua diretamente na qualidade da vida 
humana e nos avanços tecnológicos. 
A velocidade das mudanças tecnológicas e dos desafios da população 
cada vez mais urbana (transporte, energia, segurança, sustentabilidade, 
habitação, saúde, entretenimento, economia) coloca a engenharia no centro dos 
problemas. Inovar e reinventar-se deixaram de ser “palavras bonitas” para se 
tornarem convocação obrigatória ao novo perfil profissional do engenheiro. 
A globalização impacta a engenharia no contexto mundial, pois, com ela, 
a engenharia transcendeu as fronteiras geográficas dos países, atravessou as 
paredes das empresas e está integrando profissionais das mais variadas 
especialidades e nacionalidades em projetos multidisciplinares. 
Entre os maiores desafios estão a sustentabilidade e o crescimento 
econômico. A sustentabilidade é um elemento-chave e pode ser definida como 
a capacidade de o ser humano interagir com o mundo, preservando o meio 
ambiente para não comprometer os recursos das gerações futuras. A engenharia 
deve desempenhar papel fundamental para o crescimento econômico, de forma 
sustentável e inovadora. Mesmo sempre estando presente em diversos setores, 
sua valorização e o crescimento de profissionais na área vêm aumentando nos 
últimos anos. Nos países emergentes, como o Brasil, a engenharia se mostra 
 
 
3 
indispensável para a ampliação da infraestrutura, a melhoria na qualidade de 
serviços prestados à sociedade e resolução de problemas econômicos e sociais. 
Figura 1 – Ilustração sobre a engenharia no mundo 
 
Crédito: Vadim Sadovski/Shutterstock. 
Assim, a engenharia é essencial para todo e qualquer avanço na 
sociedade atual, já que engenheiros são profissionais treinados para organizar, 
avaliar e projetar esquemas, processos e produtos analisando todas as opções 
possíveis para o melhor resultado. 
A importância do engenheiro de computação está no fato de que, devido 
à constante modernização e ao avanço da tecnologia, dificilmente se encontra 
alguma empresa ou indústria que não faça uso de sistemas informatizados, 
dispositivos digitais e eletrônicos que facilitem o andamento de suas atividades. 
Com isso, em consonância com os objetivos da engenharia de computação, 
espera-se que esse profissional saiba atuar e promover o avanço tecnológico 
desenvolvendo novas ferramentas para facilitar o rendimento organizacional. 
Para isso, estará sempre projetando e construindo computadores, assim como 
integrando soluções de hardware e software, facilitando também o trabalho 
profissional de outras áreas. 
TEMA 2 – COMPETÊNCIAS PARA O MERCADO GLOBALIZADO 
As competências no mercado de trabalho são divididas em: 
• competências técnicas, também chamadas de hard skills, inerentes à 
experiência profissional, formação e conhecimentos; 
• competências pessoais, também chamadas de soft skills, inerentes ao 
comportamento e atitudes, capacidade de relacionamento interpessoal e 
comunicação, liderança, iniciativa, postura e ética. 
 
 
4 
Algumas competências necessárias para os engenheiros exigidas pelos 
empregadores nos ambientes de negócios incluem: 
• aprender a aprender; 
• comunicação e colaboração; 
• raciocínio criativo e resolução de problemas; 
• conhecimento tecnológico; 
• conhecimento de negócios globais; 
• desenvolvimento de liderança; 
• autogerenciamento da carreira. 
Já os atributos mais valorizados incluem (Ferlin, 2015): 
• comprometimento com a qualidade do trabalho; 
• habilidade para trabalhar em equipe; 
• habilidade para conviver com mudanças; 
• visão clara do papel cliente-consumidor; 
• iniciativa para tomadas de decisões; 
• domínio do inglês; 
• ambição profissional/vontade de crescer; 
• fidelidade à organização onde trabalha; 
• valorização da ética profissional; 
• uso das ferramentas básicas de informática; 
• capacitação para o planejamento; 
• visão das necessidades do mercado; 
• valorização da dignidade/ honra pessoal; 
• visão do conjunto da profissão; 
• habilidade para economizar recursos; 
• preocupação com a segurança no trabalho; 
• habilidade para conduzir pessoas. 
TEMA 3 – TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS 
Algumas das tendências tecnológicas que já estão presentes e serão 
impulsionadas nos próximos anos, para as quais profissionais como os 
engenheiros de computação devem estar preparados, são: nanotecnologia, 
computação quântica e IoT (Internet of Things). 
 
 
5 
3.1 Nanotecnologia 
A nanotecnologia (Figura 2) é o estudo de manipulação da matéria numa 
escala atômica e molecular. Seu princípio básico é a construção de estruturas e 
novos materiais a partir dos átomos. É uma área promissora, mas que dá apenas 
seus primeiros passos, mostrando, contudo, resultados surpreendentes 
(produção de semicondutores, nanocompósitos, biomateriais, chips etc.). 
Evidentemente, essa tecnologia não foi criada somente para ajudar na 
informática, mas para revolucionar de maneira geral qualquer área em que fosse 
necessária. Atualmente, pode-se relatar a aplicação da nanotecnologia, além da 
computação, na medicina, química, física quântica, indústrias que criam 
protótipos aeroespaciais, refinarias, dessalinização da água, toxicologia, 
alimentação, mecatrônica e tantas outras áreas. 
Figura 2 – Ilustração da nanotecnologia 
 
Crédito: Vink Fan/Shutterstock. 
O Dr. Michio Kaku, cientista e físico americano, prevê que a 
nanotecnologia será capaz de produzir as menores máquinas, em escala 
molecular. Essas máquinas poderão reproduzir-se e multiplicar-se como vírus ou 
bactérias, como se fossem vivos. Os nanorrobôs poderão ser utilizados de mil 
formas, como para destruir micróbios infecciosos, matar células de tumor uma a 
uma, patrulhar a corrente sanguínea, remover placas de colesterol de nossas 
artérias, reparar células e reverter o processo de envelhecimento (Ferlin, 2015). 
3.2 Internet das Coisas 
A Internet das Coisas (IoT – Internet of Things) é uma revolução 
tecnológica que representa o futuro da computação e da comunicação e cujo 
desenvolvimento depende da inovação técnica dinâmica em campos tão 
 
 
6 
importantes como os sensores wireless e a nanotecnologia. A IoT é definida pela 
integração entre internet, sistemas embarcados e equipamentos. 
Figura 3 – Ilustração de Internet das Coisas 
 
Crédito: BuffaloBoy/Shutterstock. 
É uma área muito promissora, pois está revolucionando o conceito da 
internet, por meio da proposta de conectar objetos do cotidiano com a rede 
mundial de computadores. Na indústria automobilística, os motoristas receberão 
informações sobre troca de óleo ou para calibrar os pneus pelo smartphone ou 
no computador via comando de voz. Já no ambiente doméstico, a geladeira 
conectada à internet oferecerá interação com o aplicativo do smartphone para 
receber informações dos produtos que estão faltando nahora das compras. 
3.3 Computação quântica 
A computação quântica (Figura 4) é a ciência que estuda as aplicações 
das teorias e propriedades da mecânica quântica na computação. Dessa forma, 
seu principal foco é o desenvolvimento do computador quântico (Ferlin, 2015). 
Figura 4 – Ilustração de um processador quântico 
 
Crédito: Amin Van/Shutterstock. 
 
 
7 
Um computador quântico é um dispositivo que executa cálculos fazendo 
uso direto de propriedades da mecânica quântica, tais como sobreposição e 
interferência. O principal ganho desses computadores é a possibilidade de 
resolver algoritmos num tempo eficiente, como alguns problemas que 
na computação clássica levariam tempo impraticável (exponencial no tamanho 
da entrada), por exemplo a fatoração em primos de números naturais. A redução 
do tempo de resolução desse problema possibilitaria a quebra da maioria dos 
sistemas de criptografia usados atualmente. 
Na computação clássica, o processamento é sequencial; na computação 
quântica, é simultâneo. Sua unidade de informação básica é o bit quântico ou q-
bit. A computação quântica é tão poderosa que o bit quântico além de assumir 
os estados '0' ou '1', como na computação clássica, pode assumir ambos os 
estados '0' e '1' ao mesmo tempo. 
TEMA 4 – ÁREAS DE ATUAÇÃO DO ENGENHEIRO DE COMPUTAÇÃO 
Neste tema serão abordadas algumas áreas de atuação dos engenheiros, 
e em especial os engenheiros de computação. 
4.1 Projeto e desenvolvimento 
Essa é uma área de atuação natural do engenheiro, pois toda sua 
formação é direcionada para a execução de projetos e desenvolvimento de 
produtos e sistemas (Ferlin, 2015). 
Figura 5 – Ilustração sobre projeto 
 
Crédito: McCarony/Shutterstock. 
É nessas áreas que se concentra a maioria dos engenheiros, pois é a 
competência primeira da engenharia. Isso porque ao longo de um curso de 
engenharia são desenvolvidas competências como modelar, especificar, 
 
 
8 
conceber, implementar, desenvolver e analisar projetos e produtos. No caso da 
engenharia de computação, também são desenvolvidos sistemas 
computacionais que envolvem hardware e software (Ferlin 2015). 
No mercado de trabalho, há um cargo específico de engenheiro de 
pesquisa e desenvolvimento, ou em inglês, R&D engineer. Na prática, todo 
projeto segue um cronograma, com fases ou etapas correspondentes ao ciclo de 
vida do projeto, controlado por um gerente de projetos, que também pode ser 
um engenheiro que fez uma especialização na área. Então, o engenheiro de 
desenvolvimento participa inicialmente da análise de requisitos e especificações 
técnicas e, na sequência, tem a função de desenvolver, conforme a necessidade, 
o código fonte do firmware e/ou software, o diagrama esquemático do circuito 
(hardware), o layout da placa de circuito impresso, montar um protótipo, realizar 
testes e validações, consertar os problemas, enviar para certificações, 
acompanhar a produção do lote piloto, fazer toda a documentação, como o 
manual técnico e o manual do usuário, e por fim acompanhar a implantação e a 
manutenção, também ficando atento para melhorias em versões futuras. 
4.2 Gestão 
A gestão está atrelada à administração ou gerenciamento e pode ser 
aplicada a diversas áreas, como processos, pessoas etc. Essa é uma área em 
que os engenheiros são amplamente solicitados e por isso mesmo é uma das 
competências transversais que devem ser trabalhadas na sua formação, não 
somente durante o curso, mas também em cursos de extensão e especialização 
(Ferlin, 2015). 
Figura 6 – Ilustração sobre gestão 
 
Crédito: Nicoelnino/Shutterstock. 
 
 
9 
Essa competência no mercado de trabalho é fundamental não só para os 
engenheiros, mas para todos os profissionais. Contudo, para os engenheiros que 
atuam com produtos, processos e pessoas, essa competência é imprescindível. 
Os engenheiros estão cada vez mais ocupando posições de alta gestão nas 
organizações, inclusive, em muitas empresas multinacionais, a presidência ou 
CEO – Chief Executive Officer – é ocupada por um engenheiro (Ferlin, 2015). 
4.3 Consultoria e auditoria 
A consultoria é uma área de atuação transversal para o engenheiro, pois 
utiliza os conhecimentos para ajudar empresas e outros profissionais na solução 
de problemas relacionados à área de formação ou especialidade (Ferlin, 2015). 
Figura 7 – Ilustração sobre consultoria 
 
Crédito: Kan_Chana/Shutterstock. 
Apesar de estar em voga o termo consultor, essa não é uma atividade 
simples, pois exige que o profissional tenha além de uma sólida formação 
técnica, com experiência prática e de mercado, habilidade de trabalhar em 
equipe, boa comunicação oral e escrita (Ferlin, 2015). 
Ainda dentro desse escopo, uma área de atuação que também está sendo 
muito procurada pelos engenheiros é a auditoria; no caso de engenheiros de 
computação, a auditoria de sistemas. A auditoria envolve o exame cuidadoso e 
sistemático das atividades desenvolvidas em determinada empresa, cujo 
objetivo é averiguar se elas estão de acordo com as planejadas e/ou 
estabelecidas previamente, se foram implementadas com eficácia e se estão em 
conformidade aos objetivos e normas (Ferlin, 2015). 
 
 
10 
4.4 Educação e pesquisa 
Outras duas áreas de atuação que destacamos é a educação e a 
pesquisa, as quais andam juntas na formação de novos profissionais e 
tecnologias (Ferlin, 2015). 
Figura 8 – Ilustração sobre educação e pesquisa 
 
Crédito: Cherries/Shutterstock. 
A educação é uma das áreas de atuação que não é muito explorada, 
apesar de ser primordial, pois é necessário que a formação de novos 
engenheiros seja feita por professores que sejam, também, engenheiros. 
Normalmente, para atuar como professor em uma instituição de ensino superior, 
é exigido que o engenheiro tenha feito um curso de mestrado ou doutorado. 
Algumas instituições de ensino consideram válido um curso de especialização 
para que se possa atuar como professor, mas dificilmente será aceito como 
professor o engenheiro que não tenha uma pós-graduação (Ferlin, 2015). 
Essa atuação exige além dos conhecimentos técnicos e científicos, 
também conhecimentos de metodologias e técnicas para o processo de ensino-
aprendizagem. Aliado a isso, também são fundamentais as competências 
transversais, como a comunicação oral e escrita, liderança e relacionamento, 
além de uma formação pedagógica. 
A pesquisa também é uma área de atuação pouco explorada pelos 
engenheiros, pois está atrelada ao estudo de novos produtos, tecnologias e 
processos. Em parte, essa baixa procura é decorrente de uma quantidade menor 
de empresas, pelo menos no Brasil, que atuam em pesquisa, mas essa realidade 
está mudando. No Brasil existem algumas empresas denominadas institutos de 
pesquisa, normalmente vinculadas a uma instituição de ensino, que prestam 
serviços para diversas empresas em âmbito nacional e internacional (Ferlin, 
2015). Contudo, em países que colocaram a tecnologia e o desenvolvimento de 
 
 
11 
produtos em primeiro plano, como o Japão, Estados Unidos e outros, as próprias 
empresas possuem centros de pesquisa que estão constantemente aprimorando 
seus produtos. 
Uma das características fundamentais que os engenheiros precisam ter 
para atuar na pesquisa e, principalmente, na educação é a formação de pós-
graduação stricto-sensu no caso do mestrado e do doutorado (Ferlin, 2015). 
TEMA 5 – ÁREAS DO CONHECIMENTO DA ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO 
 A engenharia de computação está presente nas mais variadas áreas do 
conhecimento, como biomedicina, militar, comunicação, transporte, automação, 
segurança, aeroespacial, negócios e outras (Ferlin, 2015). 
Figura 9 – Ilustração sobre novas tecnologias 
 
Crédito: Andrea Danti/Shutterstock. 
A seguir serão destacadas algumas especialidades emergentes da 
engenharia de computação presentes em diversas áreas do conhecimento. 
5.1 Sistemas embarcados 
São computadores incorporados a equipamentose máquinas, como 
computadores de bordo dos automóveis, tomógrafos, eletrodomésticos etc. 
Figura 10 – Exemplo de uma placa de um sistema embarcado com um microchip 
 
Crédito: Quality Stock Arts/Shutterstock. 
 
 
12 
Os sistemas embarcados possuem algumas características 
fundamentais: o preço e a necessidade de otimizar recursos, como a 
minimização da memória, do consumo da energia e inclusive do espaço físico. 
Figura 11 – Kit Arduino para desenvolvimento de sistemas embarcados 
 
Crédito: Alexcorv/Shutterstock. 
5.2 Inteligência artificial 
 A inteligência artificial – IA (por vezes referenciada pela sigla em inglês 
AI, Artificial Intelligence) é a inteligência similar à humana realizada por 
mecanismos ou softwares, correspondendo a sistemas computacionais 
inteligentes. O principal objetivo dos sistemas de IA é executar funções que, caso 
um ser humano fosse executar, seriam consideradas inteligentes. 
Figura 12 – Ilustração de inteligência artificial 
 
Crédito: Carlos Amarillo/Shutterstock. 
Podemos pensar em algumas características básicas desses sistemas, 
como a capacidade de raciocínio (aplicar regras lógicas a um conjunto de dados 
disponíveis para chegar a uma conclusão), aprendizagem (aprender com os 
erros e acertos de forma a no futuro agir de maneira mais eficaz), reconhecer 
padrões (tanto visuais e sensoriais quanto de comportamento) e inferência 
(capacidade de conseguir aplicar o raciocínio às situações do cotidiano). 
 
 
 
13 
5.3 Engenharia de software 
A engenharia de software é uma área da computação voltada à 
especificação, desenvolvimento e manutenção de sistemas de software, com 
aplicação de tecnologias e práticas de gerência de projetos e outras disciplinas, 
visando organização, produtividade e qualidade. 
Figura 13 – Ilustração de engenharia de software 
 
Crédito: Tippapatt/Shutterstock. 
Segundo o cientista alemão Friedrich Ludwig Bauer, "engenharia de 
software é a criação e a utilização de sólidos princípios de engenharia a fim de 
obter software de maneira econômica, que seja confiável e que trabalhe 
eficientemente em máquinas reais". 
5.4 Automação 
Automação é um conjunto de técnicas que podem ser aplicadas sobre um 
processo para torná-lo mais eficiente. Um dos principais componentes utilizados 
na automação é o CLP – Controlador Lógico Programável (Lacerda; Ferri, 2013). 
 A automação pode ser dividida em alguns ramos (ibidem): 
• automação industrial – consiste em escolher quais tecnologias se 
adaptam melhor ao processo a desenvolver e a melhor maneira de 
interligar para garantir sempre a melhor relação custo/beneficio; 
• automação comercial – aplicação de técnicas específicas na otimização 
de processos comerciais, utilizando-se mais software do que hardware. 
• automação residencial – aplicação das técnicas de automação para 
melhoria no conforto e segurança de residências. 
Figura 14 – Ilustração de automação residencial 
 
 
14 
 
Crédito: Imageflow/Shutterstock. 
5.5 Robótica 
A robótica é um ramo educacional e tecnológico que engloba 
computadores, robôs e computação, e trata de sistemas compostos por partes 
mecânicas automáticas e controladas por circuitos eletrônicos e computadores. 
 Os robôs são apenas máquinas: não sonham nem sentem e muito menos 
ficam cansados. Essa tecnologia, hoje adaptada por muitas fábricas e indústrias, 
tem obtido êxito em questões sobre a redução de custos, aumento de 
produtividade e os problemas trabalhistas com funcionários. 
Figura 15 – Linha de montagem de placas eletrônicas com braços robóticos 
 
Crédito: Asharkyu/Shutterstock. 
5.6 Processamento paralelo 
O objetivo do processamento paralelo é reduzir o tempo de 
processamento de uma aplicação. É uma realidade com a adoção das máquinas 
com mais de um processador, não só com os supercomputadores, mas também 
no caso das máquinas dual, quad core e outras. Contudo, um dos pontos ainda 
falhos é a questão do software, pois a maioria é ainda sequencial, ou seja, não 
aproveita o poder computacional dessas máquinas (Ferlin, 2015). 
Figura 16 – Cluster de supercomputadores para processamento paralelo 
 
 
15 
 
Crédito: Timofeev Vladimir/Shutterstock. 
5.7 Computação reconfigurável 
 A computação reconfigurável é uma nova especialidade que integra a 
computação aos dispositivos lógicos programáveis, possibilitando o 
desenvolvimento de sistemas computacionais que possam ser reconfigurados 
não somente em termos de software, mas também de hardware. Os dispositivos 
lógicos programáveis permitem que se efetue sua programação/reprogramação, 
o que garante um tempo de desenvolvimento menor e uma rápida alteração no 
projeto do sistema (Ferlin, 2015). 
Figura 17 – Ilustração do dispositivo lógico programável FPGA 
 
Crédito: Maslakhatul Khasanah/Shutterstock. 
FINALIZANDO 
A engenharia de computação contribui para a sociedade na solução de 
problemas e aplicações em diversas áreas do conhecimento, aperfeiçoando não 
somente produtos, mas também processos e sistemas. Podemos citar outras 
tecnologias que atualmente fazem parte do nosso dia a dia e também são 
tendências, como a computação em nuvem, o Big Data e a realidade virtual e 
aumentada. 
 
 
16 
REFERÊNCIAS 
COCIAN, L. F. E. Introdução à engenharia. Porto Alegre: Bookman, 2017. 
FERLIN, E. P. Introdução à engenharia da computação. Material didático – 
aula teórica 6. Curitiba: InterSaberes, 2015. 
FREITAS, C. A. de. Introdução à engenharia. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2019. 
LACERDA, D. A. F.; FERRI, W. R. Desenvolvimento da automação robótica 
por meio de segmento de linha. Trabalho de Conclusão de Curso. Centro 
Paulo Souza. Fatec: Garça, 2013. 
SERTEK, P. Responsabilidade social e competência inter-pessoal. Curitiba: 
IBPEX, 2006. 
 
	Conversa inicial
	FINALIZANDO
	REFERÊNCIAS

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