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3° trabalho de Direito Tributário

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2
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ
CAMPUS PROFESSOR BARROS DE ARAÚJO
CURSO: BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO
PROFESSOR: ELVIS GOMES MARQUES FILHO
EDUARDO DE MOURA SANTOS
JOÃO VICTOR DOS SANTOS LOPES
JOSÉ BRENO DE CARVALHO SILVA
LUCAS ALVES
MARCOS CARVALHO PEREIRA
IMPOSTOS MUNICIPAIS (IPTU, ISS E ITBI)
Detalhando suas competências e sujeitos passivos, sujeitos ativos, fatos geradores, bases de cálculos e alíquotas.
PICOS-PI
2020
EDUARDO DE MOURA SANTOS
JOÃO VICTOR DOS SANTOS LOPES
JOSÉ BRENO DE CARVALHO SILVA
LUCAS ALVES
MARCOS CARVALHO PEREIRA
IMPOSTOS MUNICIPAIS (IPTU, ISS E ITBI)
Detalhando suas competências e sujeitos passivos, sujeitos ativos, fatos geradores, bases de cálculos e alíquotas.
Trabalho sobre Impostos municipais (IPTU, ISS e ITBI): detalhando suas competências e sujeitos passivos, sujeitos ativos, fatos geradores, bases de cálculos e alíquotas, apresentado à disciplina Direito Tributário do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual do Piauí, ministrada pelo professor: Elvis Gomes Marques Filho.
PICOS-PI
2020
Sumário
1. INTRODUÇÃO	4
2. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA - (IPTU)................................................................................................................ 4
2.1 Competência e sujeito ativo:	5
2.2 Sujeito passivo:	5
2.3 Fato gerador:	6
2.4 Base de cálculo:	8
2.5 Alíquota:......................................................................................................	.10
3. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS OU ISSQN)	10
3.1 Competência tributária do ISS:	10
3.2 Sujeito ativo:	11
3.3 Sujeito passivo:	11
3.4 Fato gerador:	12
3.5 Base de cálculo:	14
3.6 Alíquota:....	15
4. Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Inter Vivos (ITBI)	16
4.1 Sujeitos passivo e ativo do ITBI:	16
4.2 Fato gerador:	16
4.3 O ITBI e sua base de cálculo:	18
4.4 Quais são as alíquotas cobradas?	19
5. CONCLUSÃO	20
6. REFERÊNCIAS	21
1
1. introdução
Da mesma forma que os gastos públicos, as receitas próprias também devem passar por um planejamento visando à arrecadação, de forma plena e eficiente, dos pontos de vista orçamentário e socioeconômico. Há que se buscar um ponto de equilíbrio entre o montante de tributos que a população paga e o que a Administração lhe devolve, em forma de serviços. O volume de arrecadação dos tributos, necessário para viabilizar o atendimento às demandas da população, com os investimentos e as despesas com manutenção dos serviços públicos, deve considerar a capacidade contributiva do contribuinte. Portanto, conhecer a realidade socioeconômica local é importante para possibilitar que esses tributos sejam arrecadados e distribuídos de maneira justa.
Devemos lembrar que a maioria dos tributos municipais são diretos e
obrigam o contribuinte a incluir, em seu orçamento familiar, os recursos necessários para pagá-los.
Cada tributo tem legislação que disciplina a sua cobrança e uma base
de dados de referência, das quais o gestor municipal deve retirar os subsídios para criar a sua política de arrecadação, a qual deve considerar as metas fiscais propostas nos orçamentos, conjugadas com a real capacidade de realizar esse montante de arrecadação, em face da capacidade contributiva dos contribuintes.
2. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA - (IPTU)
 O imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU) é um imposto de competência municipal e encontra fundamento constitucional no art. 156, II, p. 1oe no art. 182, p. 4o, II da Constituição Federal, e tem previsão legal nos art. 32 e 34 do Código Tributário Nacional e no art. 7º do Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01).
É fato que o poder de isentar, sendo correlato ao poder de instituir o tributo, implica que o IPTU só poderá ser isento por uma lei ordinária editada pelo município competente. É a regra das isenções autonômicas, cuja face negativa está vedada no inciso I do art. 151 da CF (postulado da vedação das isenções heterônomas). (Grifo nosso)
2.1 Competência e sujeito ativo:
 
Competência para a instituição ou majoração do IPTU é do Município, ainda que o texto constitucional albergue exceções. Mas, no que concerne à capacidade ativa, isto é, à aptidão para promover a arrecadação do produto derivado de tributação via IPTU, se a lei municipal nada dispuser em sentido diverso, será o próprio Município o credor do mencionado imposto.
 
2.2 Sujeito passivo: 
Incidindo sobre a propriedade, infere-se que o sujeito passivo do IPTU é o detentor da propriedade, ou, não precisa terminologia de Alfredo Augusto Becker, o sujeito passivo da relação jurídica tributária nos impostos prediais e territoriais é a pessoa proprietária do imóvel no dia 1º de janeiro de cada ano.
 
Para os que sustentam a incidência do IPTU também sobre a posse a qualquer título, têm-se como sujeito passivo do aludido imposto tanto o titular do domínio útil como o possuidor, a qualquer título, de imóvel urbano.
 
 É o que diz o art. 34 do Código Tributário Nacional: Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou seu possuidor a qualquer título.
 Por isso que “contribuinte é o sujeito passivo da obrigação principal obrigada ao pagamento deste imposto ou de penalidades pecuniárias que lhe sejam regularmente aplicadas, por falta de cumprimento da obrigação principal (pagar este imposto) ou de obrigação acessória (por exemplo: requerer a inscrição prevista no art. 14 deste Código).
 
O sujeito passivo do IPTU é aquele que realiza o fato imponível, isto é, aquele que se encontra na situação econômica descrita na hipótese de incidência tributária: será o proprietário se, de fato, este revelar sua capacidade econômica por ser o proprietário (isto é, gozar e dispor do imóvel a título oneroso ou gratuito); será, doutra parte, não o proprietário, mas aquele que detiver o domínio útil ou aquele que detiver a posse ad usucapionem, já que são situações que demonstram claramente que estes – e não o titular da propriedade, que detém apenas o domínio direto, a substância mesma da coisa, desprovida de suas utilidades -, realmente, participam da natureza econômica do fato imponível.
2.3 Fato gerador:
Conforme art. 32 do CTN se considera fato gerador do IPTU, a propriedade, o domínio útil ou a posse do bem imóvel localizado na zona urbana.
1. Conceito de bem imóvel por natureza e por acessão física:
Os bens imóveis, não obstante o lacônico tratamento no atual art. 79 do Código Civil (Lei n. 10.406, de 10.01.2002) – ‘‘São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente’’ – foram minuciosamente classificados no regime anterior (Código Civil de 1916).
a) Bens Imóveis por (sua) natureza (art. 43, I): ‘‘O solo, com sua superfície, os seus acessórios naturais e adjacências naturais, compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo’’. Em outras palavras, tais bens são aqueles que se formaram por força da natureza, compreendendo o solo com a sua superfície, em profundidade e verticalidade, os seus acessórios e adjacências naturais; as árvores, a vegetação e frutos pendentes;
b) Bens Imóveis por acessão física (natural) (art. 43, II): ‘‘Tudo quanto o homem incorporar permanentemente ao solo, como a semente lançada ao solo, os edifícios e construções, de modo que não se possa retirar sem destruição, modificação, fratura ou dano’’. Vale dizer que esses bens englobam a formação de ilhas, de aluvião, de avulsão, de abando no de álveo, e, sobretudo, aquilo que se une por construção e edificação, de modo que não se possa retirar sem destruição, modificação, fratura ou danos.
2. Conceito de propriedade, domínio útil e posse:
a) Propriedade: trata -se de instituto jurídico que indica o gozo jurídico pleno de uso, fruição e disposição do bem imóvel. 
b) Domínio útil: refere -se a um dos elementos de gozo jurídico da propriedade plena e, sem se confundir com o “domínio direto” (afeto à substância dobem), “compreende os direitos de utilização e disposição, in clusive o de alienação, conferidos ao foreiro, relativamente a prédio enfitêutico”
c) Posse: na trilha conceitual de José Eduardo Soares de Melo
A posse deflui do conceito de possuidor, como sendo todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade (art. 1.196 do Código Civil); o que não ocorre com o mero detentor, que, achando-se em relação de dependência para com o outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens 
ou instruções suas (art. 1.198 do Código Civil).
e, dando ênfase à controvérsia sobre o fato de a posse vir a se revelar como fato gerador do IPTU, o autor afirma que: 
É controvertida a consideração da posse como fato gerador do IPTU, pois, se de um lado se compreende tratar de situação nitidamente distinta da propriedade (materialidade prevista na CF), em razão de inocorrer o domínio do imóvel, implicando ampliação de competência municipal por norma infraconstitucional (art. 32 do CTN); de outro, é justificável sua tipificação como fato gerador no caso da posse ad usucapionem (atendimento a requisitos que possibilitem postular o domínio).
3. Onde e quando se dá o fato gerador do IPTU?
A indagação leva-nos a refletir sobre os elementos espacial e temporal do fato gerador, que podem ser são assim entendidos:
a) espacial: é o território urbano do município (art. 156, I, CF c/c art. 32 do CTN);
b) temporal: é o momento de apuração, ou seja, anual (1º de janeiro de cada ano, mediante ficção jurídica).
2.4 Base de cálculo: 
No Brasil, a base de cálculo dos tributos é conceituada como uma grandeza econômica sobre a qual incide uma alíquota para resultar no valor a ser pago deste tributo, o Código Tributário Nacional especifica para cada tributo uma base de cálculo distinta.
A base de cálculo do IPTU está prevista no artigo 33 do CTN, sendo o valor venal do imóvel, considerando o valor do terreno mais o valor da construção, sendo, portanto, o valor do bem se posto à venda.
Em termos doutrinários, o “valor venal é o preço que determinado imóvel alcançaria em uma operação de compra e venda à vista, segundo as condições usuais do mercado imobiliário, administrando-se a variação de dez por cento para mais ou para menos.
 
 Dessa forma não poderá a autoridade administrativa realizar o lançamento de modo subjetivo, pois deverá observar os limites exigidos pela lei e havendo violação a esta regra estabelecida por lei o agente público será responsabilizado.
 A autoridade administrativa poderá criar mecanismo para obter o valor venal do imóvel sem a necessidade de efetuar sempre a pesquisa de marcado imobiliário, haja vista que o executivo municipal não detém competência para criar critérios avaliativos imobiliários, sendo assim foi criado a “Planta de Valores Genéricos”, esta planta indica o quanto vale em metros quadrados a cada quadra, rua e haverá uma variação do objeto de valoração para cada município. A finalidade da Planta de valores genéricos é quantificar os valores de cada logradouro, de cada município.
 
 É importante ressaltar que o objetivo da planta é a efetiva avaliação do valor venal do imóvel, o poder executivo não pode criar a planta de valores genéricos com o intuito de majorar o imposto, salvo se for meramente atualização. Município aumentavam o valor venal do imóvel por meio de decreto, com a finalidade de atualização monetária, prática impossível de exercer a luz do CTN no artigo, 97, II, e os eu §1º, bem como a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça na súmula 160 que dispõe: “É defeso, ao município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária”.
O município pode mediante decreto atualizar o valor monetário da base de cálculo estando dentro dos parâmetros dos valores oficiais da correção monetária, se o decreto incorrer em valores que extrapolam os índices oficiais estará em confronto com o CTN, violando assim o princípio da Legalidade Tributária.   
Para chegar ao valor venal do imóvel, base de cálculo, é necessário de quatro fatores, o primeiro trata-se do tamanho do terreno, o segundo a localização deste terreno na Planta Genérica de Valores, em seguida será observada a localização deste terreno na Planta Genérica de Valores, bem como a sua área construída, e por último a sua qualificação.
 É importante ventilar que o valor da base de cálculo aferido pelo poder publica não é absoluto, haja vista que o contribuinte tem o direito de se contrapor ao valor. Outro aspecto importante cuida do imóvel que é declarado pertence à Área de Preservação Permanente, deverá ser observada tal condição, prevalecendo a não incidência do imposto caso no imóvel não permitir a edificações, haja vista que o contribuinte não usufruirá o direito de propriedade, portanto considera uma desapropriação indireta, sendo indenizado o proprietário.
 Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade.
2.5 Alíquota:
 
Sua alíquota varia de um Município para outro, sendo admissível sua progressividade após a edição da Emenda Constitucional 29/2000. O § 1 do artigo 7º do Estatuto das Cidades (Lei 10.257/2001) estipula que a alíquota máxima a ser aplicada para cobrança do IPTU progressivo no tempo é de 15%.
3 IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS OU ISSQN)
3.1 Competência tributária do ISS:
O imposto sobre serviços (ISS), veio para substituir o até então imposto sobre indústrias e profissionais (IIP). Constitucionalmente, o imposto sobre serviços está previsto no Art. 156, III da CF, que outorga competência aos municípios para instituir o imposto sobre serviços de qualquer natureza, sendo regulados por a lei complementar n°116/03 que prevê os serviços cabíveis à taxação municipal do ISS.
Desta forma esse tributo que possui competência municipal, está diretamente ligado à uma lei ordinária, concluindo-se assim que a competência para sua instituição terá uma determinada limitação, que acaba por gerar os chamados “conflitos de competência” voltados para o lado arrecadatório do tributo tendo como principais vertentes as disputas arrecadatórias entre os municípios e o contribuinte que fica a par desse conflito, que segundo Kiyoshi Harada: “[...] o conflito decorre das inadequadas interpretações das normas...”
Por conseguinte, nesse âmbito de conflitos, surge outro ponto que gera inúmeras discussões e que requer uma maior atenção, podendo ser definido como o “local de prestação de serviços”, que ocasiona conflagrações para saber qual municípios deverá arrecadar o imposto. Assim, como resposta para o conflito, a LC n° 116/03 Não dispõe de nenhuma solução específica, o que acabar por gerar ainda mais insegurança, desta forma, o decreto de lei n° 406 em seu art. 12°, estabelece como regra geral o regramento de que o “local da prestação de serviços” Seria o estabelecimento prestador do serviço, sendo o sujeito ativo, independentemente do local do consumo do serviço. Entretanto o que por si só já gerava inúmeros questionamentos, se intensificou de forma gradativa após a jurisprudência do STF, à época, que oscilava com a regra estabelecida por o decreto de lei citado anteriormente. Deste modo o STF legitimava que: “o local da prestação de serviços” era aquele na qual se prestava ou consumia o serviço. Tal assertiva possui como principal fundamento o princípio da territorialidade.
Em vista disso, em meio a interpretações paralelas, acabou -se adotando um sistema misto para a identificação do local de prestação de serviços, sendo assim uma possível solução para os conflitos. 
3.2 Sujeito ativo:
O imposto sobre serviços detém como sujeito ativo na relação tributária, o município, em que o atual Art. 156, III da CF/88 outorga competência municipal para a instituição do determinado imposto.
Entretanto, vale ressaltar que o ISS poderá ser instituído igualitariamentepôr o Distrito Federal, na condição de imposto municipal conforme implícito no Art. 147 da CF.
3.3 Sujeito passivo:
O ISS, assim como a maioria dos demais tributos, terá como sujeito passivo o contribuinte que no caso do determinado imposto, apresentará disposto na LC n° 116/03 ele seu art. 5°. O contribuinte será definido como o prestador de serviço na condição de empresa ou profissional autônomo com ou sem estabelecimento fixo. Porém conforme o art. 2°, inciso II da LC 116/2003, a prestação de serviços em determinada relação empregatícia nos seguintes casos: trabalhadores avulsos, diretores é membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundadores, de sócio gerente e dos gerentes delegados, não será considerado como contribuinte devido a não constituir fato gerador de ISS, não se tratando de uma isenção, mas sim de uma não incidência tributária.
3.4 Fato gerador:
O fato gerador do ISS é a prestação – por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo – de serviços constantes da Lista anexa52 à LC n. 116/2003, ainda que tais serviços não se constituam como atividade preponderante do prestador (art. 1º, parte final, LC n. 116/2003). A mencionada Lista enumera, aproximadamente, 230 serviços, divididos em 40 itens. Em tempo, frise-se que o imposto incide independentemente da denominação dada ao serviço prestado (art. 1º, § 4º, da LC n. 116/2003 c/c art. 4º, I, CTN).
Nesse passo, torna -se possível destacar, desde logo, quais os serviços que não estão compreendidos no fato gerador do ISS:
· instalação dos andaimes (e outras estruturas);
· execução da obra (obras de construção civil, hidráulica ou elétrica; obras de engenharia, arquitetura e urbanismo);
· demolição e edificações em geral (estradas, pontes, portos e congêneres);
· varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo;
· limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres;
· decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores;
· controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos;
· florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres;
· escoramento, contenção de encostas e congêneres;
· limpeza e dragagem (rios, portos, canais, baías, lagos, lagoas, represas, açudes e congêneres);
· armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem de qualquer espécie;
· diversão, lazer, entretenimento e congêneres;
· feira, exposição, congresso ou congênere;
· porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário.
Ademais, frise-se que o imposto deve incidir sobre a totalidade do preço pago pelo serviço, não se cogitando de fracionamento, haja vista a impossibilidade técnica de se dividir ou decompor o fato gerador.
1. Conceito de produtos industrializados
ISS versus IPI: o IPI não incide sobre os serviços constantes da Lista do ISS, por serem inconfundíveis as incidências de um e de outro imposto. Por exemplo, a LC n. 116/2003, no item 14 (subitens 14.1 a 14.13) da Lista, referindo -se a “serviços relativos a bens de terceiros”, retirou operações do campo da incidência do IPI para situá-las no campo do ISS, ao prever, como alvo de incidência do imposto municipal os serviços de recondicionamento, acondicionamento, pintura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte, recorte, polimento, plastificação e congêneres, de objetos não destinados à industrialização ou comercialização. Com isso, prevaleceu a Lei Complementar (ISS) sobre a Lei Ordinária (IPI), no caso específico de destinação.
2. Conceito de operações relativas à circulação de mercadorias
ISS versus ICMS: uma vez definido o conceito de “operações relativas à circulação de mercadorias”, fica fácil perceber a possível zona de intersecção entre os campos de incidência do ISS e ICMS. De fato, “a realidade mostra inúmeras situações onde poderia ocorrer conflito tributário se apenas fossem utilizados conceitos econômicos (ao invés dos imprescindíveis critérios jurídicos), a saber: (a) o fornecimento de concreto para uma obra de construção civil constitui material auxiliar na prestação de serviços, enquanto o concreto vendido em loja caracteriza mercadoria; (b) o remédio ministrado ao paciente hospitalar não se qualifica como mercadoria, mas um bem utilizado na prestação de serviço médico; (c) garçom, que serve fregueses do restaurante não realiza prestação de serviços, mas participa do fornecimento de alimentação"
Todavia, a lei complementar não poderá distorcer o conceito de serviços utilizado pela Constituição, nem alargar seu campo de incidência, de modo a alcançar o que não é serviço, no sentido que o sistema constitucional tributário confere a tal termo (arts. 109 e 110 do CTN).
c) Conceito de serviços, para fins de incidência do ISS
O “serviço” é um “bem intangível, imaterial e incorpóreo”, que se traduz no trabalho ou atividade economicamente mensurável, a ser executado por uma pessoa com relação à outra. A prestação do serviço tributável pelo ISS é aquela in commercium, com um negócio jurídico subjacente, detentor de conotação econômica – até porque “a natureza incorpórea do serviço não impede que sua prestação tenha conteúdo econômico”
3.5 Base de cálculo:
A base de cálculo do ISS é o preço do serviço (o seu “valor bruto”), consoante o art. 7º da LC n. 116/2003. Tal valor não incluirá parcelas relativas a juros, seguros, multas ou indenizações, entretanto, a nosso ver, os eventuais descontos, pelo fato de influírem decisivamente no preço dos serviços, deverão ser computados.
Caso prático: Em 11 de março de 2015, o Plenário iniciou julgamento de proposta de edição de enunciado de súmula vinculante (PSV 65/DF), com o seguinte teor: “Não se inclui na base de cálculo do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN o valor dos materiais adquiridos de terceiros e empregados em obras de construção civil pelo prestador de serviços”. O tema é pertinente, na medida em que o STF já chancelou, por várias vezes, com fulcro no art. 146, III, “a”, da CF, a legitimidade de se deduzir da base de cálculo do ISSQN o valor relativo a materiais empregados e, também, a subempreitadas contratadas pelos prestadores de serviço da construção civil, nos termos do art. 9º, § 2º, “a” e “b”, do DL n. 406/68. Todavia, em 22 de abril de 2015, colocou-se em xeque a consistência do contexto hábil à edição da súmula vinculante, o que levou o STF a devolver a matéria à apreciação da Comissão de Jurisprudência para um novo exame e, ipso facto, a suspender o julgamento da PSV 65. 
Por outro lado, em 22 de abril de 2015, a 1ª Turma do STJ aprovou o enunciado da Súmula 524, segundo o qual, “no tocante à base de cálculo, o ISSQN incide apenas sobre a taxa de agenciamento quando o serviço prestado por sociedade empresária de trabalho temporário for de intermediação, devendo, entretanto, englobar também os valores dos salários e encargos sociais dos trabalhadores por ela contratados nas hipóteses de fornecimento de mão de obra”.
3.6 Alíquota:
No tocante às alíquotas do ISS, sua tributação será fixa ou proporcional, de acordo com as características do sujeito passivo. 
A tributação fixa, conforme se disciplinou acima, refere -se a um único valor pago periodicamente pelos profissionais liberais que executam serviços pessoais. De outra banda, a tributação proporcional está adstrita à aplicação de uma alíquota sobre o movimento econômico das empresas que prestam serviços.
Não é demasiado enfatizar que o ISS é um imposto eminentemente fiscal, não demonstrando potencialidade reguladora de mercado ou da economia, como ocorre com alguns impostos extrafiscais, ditos “flexíveis”, tais como II, IE, IPI, IOF. Aliás, os municípios possuem autonomia para fixar as alíquotas do imposto, por meio de suas leis ordinárias municipais, respeitados os limites que devem ser determinados em lei complementar. Mediante (CF: Art. 156. §3º, ADCT: Art. 88, Ato Complementar n. 34/67: Art. 9º, LC n. 116/2003: Art. 8º). 
4 Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Inter Vivos (ITBI)
O Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Inter Vivos, tem sua origem desde o Brasil Colônia. O ITBI é um imposto de competência dos municípios por expressa atribuição do artigo 156, II e seu §2º, previsto na Constituição Federal de 1988, e incide sobre a transferência de propriedade e demais direitos reais – com exceção aos direitos de garantia – ligados a bens imóveis.
4.1 Sujeitos passivo e ativo do ITBI:
O sujeito passivo do ITBI pode ser tanto aquele que transmite o imóvel quanto aquele que recebe, conforme consta no artigo 42 do Código Tributário Nacional.
Será definido quem será o responsável por meio da lei municipal que regulará o imposto. No outro lado da obrigação, o sujeito ativo competente para cobrança do imposto será o município onde o bem está situado.
Já foi vencida a ideia de que a cobrança deveria ser feita pelo estado, pensamento que vigorava até a Constituição de 1988. A partir da vigência da nova Carta Magna, o “ITBI estadual” foi decomposto em dois impostos: o atual ITBI municipal e o ITCMD estadual.
4.2 Fato gerador:
No Brasil, a aquisição da propriedade imóvel é conforme o sistema jurídico alemão, mas com algumas particularidades. O sistema jurídico brasileiro exige o registro do instrumento no cartório imobiliário para a transferência da propriedade imobiliário, igual o sistema jurídico alemão. Entretanto, no sistema brasileiro a transcrição do título no registro imobiliário determina somente uma presunção iuris tantum, isto é, uma presunção relativa da propriedade imobiliária. É isso o que dispunham o inciso I do artigo 530, o artigo 531 e o artigo 859 do Código Civil brasileiro de 1916.
Acrescente-se entre as diferenças existentes entre o sistema jurídico brasileiro e o alemão para a transferência da propriedade imobiliária a seguinte: No sistema brasileiro qualquer pessoa interessada pode requerer o registro, mas no sistema alemão exige-se acordo de ambas as partes para a transcrição no registro imobiliário.
Observe-se, finalmente, que o Código Civil brasileiro, de 10 de janeiro de 2002 (CC), em vigor desde 1º de janeiro de 2003, manteve praticamente o mesmo sistema anterior, conforme dispõem os artigos 1.245 até 1.247. No Brasil, portanto, a transmissão de bens imóveis somente acontece com o registro do instrumento no cartório do registro de imóvel.
Desde 5 de outubro de 1988, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (Constituição) outorgou para os Estados e para o Distrito Federal competência para instituir imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos, conforme a redação da Emenda Constitucional n. 3 de 1993, e para os Municípios e para o Distrito Federal competência para instituir imposto sobre transmissão inter-vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição. A Constituição determinou a não-incidência do ITBI sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.
Ainda existem Outras hipóteses de incidência do ITBI: Compra e venda, dação em pagamento; permuta (troca); mandado em causa própria com poderes equivalentes para a transmissão de bem imóvel; arrematação, adjudicação; valor do imóvel que na divisão de patrimônio comum ou na partilha, forem atribuídos a um dos cônjuges separados ou divorciados; uso e fruto.
4.3 O ITBI e sua base de cálculo:
Dentre as matérias menos uniformes que se intercruzam na seara notarial e registral está o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), de competência do município, cujo fato gerador é a transmissão onerosa inter vivos de imóveis ou de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia.
As atenções estão quase sempre voltadas a problemas relativos a esse tributo. Recentemente, por exemplo, no município de São Paulo, sancionou-se a lei que eleva de 2% para 3% a alíquota do ITBI1.
Mas, problema mais sensível é o da base de cálculo do tributo. A falta de segurança jurídica, neste caso, deriva da forma tortuosa como essa base vem sendo definida, por meio de critérios subjetivos. Além disso, boa parte dos municípios são desorganizados e não mantém um controle fiscal adequado.
O ITBI de São Paulo é um caso paradigmático, e já vem sendo denunciado por vozes solitárias, como a de Kiyoshi Harada.
· Base normativa
Uma consulta ao site da Secretaria Municipal da Fazenda de São Paulo permite saber que "A base de cálculo [do ITBI] é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos, assim entendido o valor pelo qual o bem ou direito seria negociado em condições normais de mercado para compra e venda à vista. A base de cálculo do ITBI será o maior valor entre o valor de transação e o valor venal de referência, fornecido pela Prefeitura de São Paulo, de acordo com o decreto 51.627/2010 e a lei 11.154/1991".
· Análise das normas relativas à base de cálculo do ITBI: gritante ilegalidade
A municipalidade, dentro do espectro de sua competência, aponta que a base de cálculo é o valor venal do bem, assim entendido como o valor de referência de negociação em condições normais de mercado. Isso está claro na lei 11.154/1991, com a redação que lhe deu a lei 14.256/2006. O art. 8º do Decreto 51.627/2010, por sua vez, determina que o cálculo feito como valor venal cederá diante do valor efetivo da transação, para fins de base de cálculo, sempre que este for mais elevado. Trata-se, na linguagem mesma da lei, de uma "presunção relativa" de valor venal.
Poder-se-ia defender a existência desse valor venal de referência diante de um quadro em que as partes notoriamente simulavam alienações em valores muito inferiores às efetivamente realizadas, o que gerava uma verdadeira evasão fiscal. Com o advento do valor de referência poder-se-ia cogitar de uma moralização do sistema, fixando-se um valor mínimo para fins de incidência tributária.
4.4 Quais são as alíquotas cobradas?
Pelo fato de o ITBI ser um tributo municipal, a Constituição Federal estabelece que cada prefeitura tem a autonomia para definir as regras sobre a cobrança desse imposto. Sendo assim, cada cidade pode determinar o valor da alíquota que será usada como base de cálculo. Nos grandes centros urbanos, por exemplo, as taxas variam entre 2% e 3%.
· Quais as alíquotas nas principais cidades do país?
O ITBI é calculado com base nas taxas de IPTU de cada cidade. Portanto, ele pode variar entre 2 e 3%, dependendo da região. Os valores e taxas adicionais podem ser consultados diretamente na Secretaria da Fazenda ou Finanças do Município. Nas principais cidades do país a alíquota é a seguinte:
1.1 São Paulo (SP): 3%;
1.2 Rio de Janeiro (RJ): 2%;
1.3 Belo Horizonte (MG): 3%;
1.4 Recife (PE): 3%;
1.5 Porto Alegre (RS): 3%;
1.6 Salvador (BA): 1% para imóveis populares e 3% para os demais;
1.7 Manaus (AM): 2% nas transmissões acima de 20 mil reais.
Em algumas cidades, as alíquotas podem variar de acordo com o valor e tipo de financiamento imobiliário ou compra do imóvel. Geralmente, moradias populares ou que estejam vinculadas a algum programa do Governo Federal ganham descontos para pagar o ITBI.
5. CONCLUSÃO 
Este trabalho por fim tem de demostrar a finalidade que os impostos tem sobre cada município no Brasil, demonstrando suas essências arrecadatórias, a suas respectivas isenções vigentes em lei, vide assim também a importância dos seus códigos vigentes, da Constituição Federal, dentre leis, decretos e o Código Tributário Nacional.
6. REFERÊNCIAS
SABBAG, Eduardo. Manual de direito tributário.9. ed. – São Paulo: Saraiva, 2017.
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 35. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
O FATO GERADOR DO ITBI. Disponível em: https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/3635/O-fato-gerador-do-ITBI. Acesso em: 25 de janeiro de 2020
IMPOSTOS SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE BENS IMÓVEIS. Disponível em: https://robertooliveiradepaula.jusbrasil.com.br/artigos/165173231/impostos-sobre-transferencia-de-bens-imoveis-itbi. Acesso em: 25 de janeiro de 2020
O QUE É ITBI?. Disponível em: http://fatojuridico.com/o-que-e-itbi/. Acesso em: 25 de janeiro de 2020
OZANAN, MARIANA. IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO (IPTU). Disponível em: https://jus.com.br/artigos/37412/imposto-predial-e-territorial-urbano-iptu. Acesso em: 25 de janeiro de 2020

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