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Apostila de Libras- sinais-basico1 novo 2

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Prévia do material em texto

Márcia Clébia Araújo Damasceno 
 
Juazeiro do Norte-ce 
 
 
1. Legislação da LIBRAS: Lei nº. 10.436, de 24 de abril de 2002 e Decreto nº. 
5626, de 22 de dezembro de 2005. 
1.1. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002: 
 
Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua 
Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados. 
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de 
comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, 
com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de transmissão de 
idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. 
Art. 2o Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas 
concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e 
difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e 
de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil. 
Art. 3o As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de 
assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos 
portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor. 
Art. 4o O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, 
municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de 
Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e 
superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos 
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente. 
Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a 
modalidade escrita da língua portuguesa. 
Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 24 de abril de 2002; 181o da Independência e 114o da República. 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
Paulo Renato Souza 
Texto publicado no D.O.U. de 25.4.2002 
 
 
1.2. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005: 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, 
inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.436, de 24 de abril 
de 2002, e no art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000, 
DECRETA: 
CAPÍTULO I: DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1o Este Decreto regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e o art. 18 
da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. 
Art. 2o Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que, por ter 
perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, 
manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - 
Libras. 
Parágrafo único. Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de 
quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 
500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz. 
 
CAPÍTULO II: DA INCLUSÃO DA LIBRAS COMO DISCIPLINA CURRICULAR 
Art. 3o A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de 
formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e 
nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do 
sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios. 
§ 1o Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas do conhecimento, o curso 
normal de nível médio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de 
Educação Especial são considerados cursos de formação de professores e 
profissionais da educação para o exercício do magistério. 
§ 2o A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos de 
educação superior e na educação profissional, a partir de um ano da publicação deste 
Decreto. 
(...) 
 
CAPÍTULO VII: DA GARANTIA DO DIREITO À SAÚDE DAS PESSOAS SURDAS OU 
COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA 
Art. 25. A partir de um ano da publicação deste Decreto, o Sistema Único de Saúde - 
SUS e as empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos de 
assistência à saúde, na perspectiva da inclusão plena das pessoas surdas ou com 
deficiência auditiva em todas as esferas da vida social, devem garantir, 
prioritariamente aos alunos matriculados nas redes de ensino da educação básica, a 
atenção integral à sua saúde, nos diversos níveis de complexidade e especialidades 
médicas, efetivando: 
I - ações de prevenção e desenvolvimento de programas de saúde auditiva; 
II - tratamento clínico e atendimento especializado, respeitando as especificidades de 
cada caso; 
III - realização de diagnóstico, atendimento precoce e do encaminhamento para a área 
de educação; 
IV - seleção, adaptação e fornecimento de prótese auditiva ou aparelho de 
amplificação sonora, quando indicado; 
V - acompanhamento médico e fonoaudiológico e terapia fonoaudiológica; 
VI - atendimento em reabilitação por equipe multiprofissional; 
VII - atendimento fonoaudiológico às crianças, adolescentes e jovens matriculados na 
educação básica, por meio de ações integradas com a área da educação, de acordo 
com as necessidades terapêuticas do aluno; 
VIII - orientações à família sobre as implicações da surdez e sobre a importância para 
a criança com perda auditiva ter, desde seu nascimento, acesso à Libras e à Língua 
Portuguesa; 
IX - atendimento às pessoas surdas ou com deficiência auditiva na rede de serviços do 
SUS e das empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos de 
assistência à saúde, por profissionais capacitados para o uso de Libras ou para sua 
tradução e interpretação; e 
X - apoio à capacitação e formação de profissionais da rede de serviços do SUS para 
o uso de Libras e sua tradução e interpretação. 
§ 1o O disposto neste artigo deve ser garantido também para os alunos surdos ou com 
deficiência auditiva não usuários da Libras. 
§ 2o O Poder Público, os órgãos da administração pública estadual, municipal, do 
Distrito Federal e as empresas privadas que detêm autorização, concessão ou 
permissão de serviços públicos de assistência à saúde buscarão implementar as 
medidas referidas no art. 3o da Lei no 10.436, de 2002, como meio de assegurar, 
prioritariamente, aos alunos surdos ou com deficiência auditiva matriculados nas redes 
de ensino da educação básica, a atenção integral à sua saúde, nos diversos níveis de 
complexidade e especialidades médicas. 
 
CAPÍTULO VIII: DO PAPEL DO PODER PÚBLICO E DAS EMPRESAS QUE DETÊM 
CONCESSÃO OU PERMISSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS, NO APOIO AO USO E 
DIFUSÃO DA LIBRAS 
Art. 26. A partir de um ano da publicação deste Decreto, o Poder Público, as empresas 
concessionárias de serviços públicos e os órgãos da administração pública federal, 
direta e indireta devem garantir às pessoas surdas o tratamento diferenciado, por meio 
do uso e difusão de Libras e da tradução e interpretação de Libras - Língua 
Portuguesa, realizados por servidores e empregados capacitados para essa função, 
bem como o acesso às tecnologias de informação, conforme prevê o Decreto no 
5.296, de 2004. 
§ 1o As instituições de que trata o caput devem dispor de, pelo menos, cinco por cento 
de servidores, funcionários e empregados capacitados para o uso e interpretação da 
Libras. 
§ 2o O Poder Público, os órgãos da administração pública estadual, municipal e do 
Distrito Federal, e as empresas privadas que detêm concessão ou permissão de 
serviços públicos buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio 
de assegurar às pessoas surdas ou com deficiência auditiva o tratamento diferenciado, 
previsto no caput. 
Art. 27. No âmbito da administração pública federal, direta e indireta, bem como das 
empresas que detêm concessão e permissão de serviços públicos federais, os 
serviçosprestados por servidores e empregados capacitados para utilizar a Libras e 
realizar a tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa estão sujeitos a 
padrões de controle de atendimento e a avaliação da satisfação do usuário dos 
serviços públicos, sob a coordenação da Secretaria de Gestão do Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão, em conformidade com o Decreto no 3.507, de 13 
de junho de 2000. 
Parágrafo único. Caberá à administração pública no âmbito estadual, municipal e do 
Distrito Federal disciplinar, em regulamento próprio, os padrões de controle do 
atendimento e avaliação da satisfação do usuário dos serviços públicos, referido no 
caput. 
 
CAPÍTULO IX: DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
Art. 28. Os órgãos da administração pública federal, direta e indireta, devem incluir em 
seus orçamentos anuais e plurianuais dotações destinadas a viabilizar ações previstas 
neste Decreto, prioritariamente as relativas à formação, capacitação e qualificação de 
professores, servidores e empregados para o uso e difusão da Libras e à realização 
da tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa, a partir de um ano da 
publicação deste Decreto. 
Art. 29. O Distrito Federal, os Estados e os Municípios, no âmbito de suas 
competências, definirão os instrumentos para a efetiva implantação e o controle do 
uso e difusão de Libras e de sua tradução e interpretação, referidos nos dispositivos 
deste Decreto. 
Art. 30. Os órgãos da administração pública estadual, municipal e do Distrito Federal, 
direta e indireta, viabilizarão as ações previstas neste Decreto com dotações 
específicas em seus orçamentos anuais e plurianuais, prioritariamente as relativas à 
formação, capacitação e qualificação de professores, servidores e empregados para o 
uso e difusão da Libras e à realização da tradução e interpretação de Libras - Língua 
Portuguesa, a partir de um ano da publicação deste Decreto. 
Art. 31. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Brasília, 22 de dezembro de 2005; 184o da Independência e 117o da República. 
 
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA 
Fernando Haddad 
 
2. A história do Alfabeto Manual. 
 
2.1. A história do Alfabeto Manual 
A dactilolgia, ou alfabeto manual, é uma sistema de representação, quer 
simbólica, quer icônica, das letras dos alfabetos das línguas orais escritas, por meio 
das mãos. É útil para se entender melhor a comunidade surda, faz parte da sua cultura 
e surge da necessidade de contacto com os cidadãos ouvintes. [1] 
Em geral, é um erro comparar o alfabeto manual à língua gestual (no Brasil: 
língua de sinais), quando, na realidade, é a anotação, por meio das mãos, das letras 
das línguas orais e os seus principais caracteres. 
Tipologia Formal 
Classifica-se em dois tipos. 
 
 
 Bimanual, onde se representam convencionalmente os caracteres nas distintas 
falanges e juntas da mão passiva (geralmente a esquerda), usando-se o indicador da 
outra mão (dominante) como ponteiro sinalizador. 
É utilizado, atualmente pelos surdos no Reino Unido, Austrália, África do Sul, 
Nova Zelândia e algumas zonas do Canadá. O alfabeto do Reino Unido é muito antigo, 
pois já se usava pelos monges da Irlanda, no século VII. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Letra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_surda
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ouvinte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dactilologia#_note-0#_note-0
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_de_sinais
http://pt.wikipedia.org/wiki/Falange
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_Unido
http://pt.wikipedia.org/wiki/Austr%C3%A1lia
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_do_Sul
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nova_Zel%C3%A2ndia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Canad%C3%A1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Irlanda
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Bimanual_alphabet.jpg
 
 Unimanual, em que a mão dominante (geralmente a direita), representa 
graficamente as letras impressas em minúsculas, do alfabeto latino. A sua origem é 
espanhola, provavelmente das comunidades de judeus convertidos do início do século 
XVI. [2] 
Na maioria dos países cujas línguas oficiais se escrevem com o alfabeto latino 
- e, inclusive nos países árabes, como Egito e Marrocos, se bem que adaptado a 
grafia árabe - os surdos usam um alfabeto unimanual para representar os caracteres, 
baseado no alfabeto manual espanhol. 
Dactilologia nas línguas de sinais 
A dactilologia foi inserida nas línguas de sinais, por educadores, tanto ouvintes 
como surdos; esta serve de ponte entre a língua gestual e a língua oral que a rodeia. 
A dactilologia é usada em muitas línguas de sinais, com vários propósitos: 
representar palavras (especialmente nomes de pessoa ou de localidades) que não têm 
sinal equivalente, para da ênfase, clarificação, para se ensinar ou aprender uma 
determinada língua de sinal. 
História 
A dactilologia tem a sua origem na Espanha, pois a sua fonte conhecida mais 
antiga, a obra do monge franciscano chamado Mechor Sánchez de Yebra (1526-1586) 
foi publicada em 1593. Este afirma no seu livro que a fonte original desse alfabeto é 
San Buenaventura (Frei Juan de Fidanza, 1221-1274). 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dactilologia#_note-1#_note-1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Mart%C3%AD.jpg
Outro monge espanhol, contemporâneo de Sánchez Yebra, Pedro Ponce de 
León (1508-1584), também havia feito uso de um alfabeto manual para educar vários 
meninos surdos. A difusão alcançada pelo alfabeto manual de Sánchez de Yebra, 
contudo, não se deve a Ponce de Léon, que não chegou a trazer a público os seus 
trabalhos, a não ser um, publicado em 1620, por outro espanhol, Juan Pablo Bonet. 
 
Pablo Bonet era secretário da família Fernandez de Velasco, que tinha vários 
surdos, por causa dos frequentes casamentos entre parentes, realizados para manter 
o património vinculado à família. 
No século XVIII, a dactilologia surgiu em França, através de Jacob Rodriguez 
Pereira e em 1816, através de Thomas Hopkins Gallaudet, foi levado para os EUA. [3] 
 
Referências 
1. http://abcgestual.no.sapo.pt/D2.htm 
2. Gáston y Storch de Gracia 2004. 
3. http://www.editora-arara-azul.com.br/pdf/artigo3.pdf 
2.2. Relação “palavra” / “sinal”. 
 
Um outro ponto a ser considerado é que ao invés da palavra temos o sinal. O 
que se chama em Português de “palavra”, em Libras designa-se “sinal”. Sobre 
palavra, diz-se que é um termo que possui significado, sobre sinal diz-se que é um 
gesto que possui significado. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Ponce_de_Le%C3%B3n
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Ponce_de_Le%C3%B3n
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Ponce_de_Le%C3%B3n
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/1816
http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Hopkins_Gallaudet
http://pt.wikipedia.org/wiki/EUA
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dactilologia#_note-2#_note-2
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dactilologia#_note-2#_note-2
http://abcgestual.no.sapo.pt/D2.htm
http://www.editora-arara-azul.com.br/pdf/artigo3.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Alfabeto_Manual_LGP.jpg
 
 
 
2.3. Alfabeto manual. 
Forma de soletrar palavras com as mãos. Muito utilizado para nomes próprios, 
nome de pessoas, lugares geográficos, palavras estrangeiras e outras palavras que 
não possuem sinal. No entanto, nem todos os nomes de pessoas são soletrados. 
Frequentemente cria-se um sinal específico para se referir a uma determinada pessoa. 
Não é universal. Países diferentes possuem sinais datilológicos diferentes. 
Veja os exemplos dos sinais datilológicos dos seguintes países: 
 
ESTADOS UNIDOS 
 
 
ITÁLIA 
 
 
 
 
 
 
3. Língua de Sinais. 
 
Foi a partir de estudos realizados por Willian Stokoe (1960) que os aspectos 
lingüísticos das línguas de sinais foram primeiramente observados. Ele notou que 
estas tinham princípios de lingüística, possuindo regras que a identificavam comolíngua. Posteriormente, Ursula Bellugi e Edward Klima (1977) pesquisaram sobre a 
lingüística da língua de sinais americana – American Sign Language –ASL2. Desde 
então, verificou-se o interesse de um número considerável de estudiosos e lingüistas, 
na área acadêmica, que investiram em pesquisas e na publicação de artigos e livros 
sobre o assunto. 
Durante muito tempo, não se identificaram às línguas de sinais como “Línguas”, 
devido a aspectos etnocêntricos e logocêntricos, porque o enfoque oral-auditivo era 
considerado imprescindível para uma língua ser considerada como Língua. 
Atualmente, os estudos sobre as línguas de sinais estão sendo realizados por 
uma disciplina chamada: Lingüística da Língua de Sinais. “Foi a lingüística posterior ao 
modelo estruturalista que determinou as bases e deu legitimidade à inclusão da 
análise das línguas de sinais dentro do seu contexto de estudo.” (STROBEL, 1998, p. 
1). 
 
Uma língua de sinais é um método ou meio pelos quais 
pessoas surdas se comunicam, não sendo apenas um 
conjunto de gestos que interpretam as línguas orais. 
Contudo, há uma parte considerável da sociedade que 
acredita se resumir a Língua de Sinais ao alfabeto 
manual, este sendo apenas um código para transmitir as 
palavras por escrito, tal qual sistema de Código Morse. 
 
De acordo com Brito (1998, p. 19), as línguas de sinais são complexas por que 
“... permitem a expressão de qualquer significado decorrente da necessidade 
comunicativa e expressiva do ser humano”. Através das línguas de sinais, os seus 
usuários podem discutir e estudar sobre os mais diversos assuntos, desde um simples 
bate-papo a questões mais complexas, como o estudo de disciplinas escolares, 
política, religião, esportes, filosofia, trabalho, dentre outros. 
Pela ausência da voz (fala), forma normalmente utilizada entre os indivíduos 
ouvintes na comunicação, surge a necessidade de uma língua que não utilize o canal 
oral-auditivo, mas sim, um canal espaço-visual, em que a visão, as mãos e o corpo em 
si, servem de mecanismos para atingir a transmissão de uma mensagem entre os 
surdos. 
Observemos como acontece o processo de comunicação na língua oral-auditiva: 
 
 
 
 
2
 SKLIAR, Carlos. In: STROBEL, K.L; FERNANDES, S. Aspectos Lingüísticos da LIBRAS. 
Curitiba: SEED/SUED/DEE, 1998, p.01- prefácio. 
EMISSOR 
(ouvinte) 
RECEPTOR 
(ouvinte) 
COMUNICAÇÃO 
 
 
 
 
Conforme Borba (1988, p. 9): “... um ato de comunicação se compõe de três 
elementos básicos: quem fala, de que se fala e com quem se fala.” Observando o 
gráfico acima acerca da comunicação oral-auditiva, percebemos que esta se traduz ao 
termo que se aplica àquela aptidão humana para associar uma cadeia sonora (voz), 
produzida pelo chamado aparelho fonador a um conteúdo significativo e utilizar o 
resultado dessa associação para a interação social. 
Leva-se em consideração que Borba não relaciona em nenhum momento tais 
conceitos às línguas espaço-visual, destacando a “cadeira sonora” como elemento 
essencial à linguagem. Um ponto comum e de grande importância é a questão do 
“significado”, razão pertinente tanto às línguas orais como “espaciais”, além do objetivo 
principal, a “interação social”, razão pela qual a comunicação existe. 
 
“a ignorância sobre a língua de sinais levou a 
crença errada de que esta língua é um 
sistema de comunicação baseado na” 
tradução “de cada palavra ou de morfemas 
da língua oral por um sinal equivalente.” 
(Fromkim,1988) 
 
Contudo, ao confrontar tais afirmações com o gráfico abaixo, percebe-se a 
grande diferença entre as duas línguas (LIBRAS e o Português). O processo de 
comunicação na língua espaço-visual realiza-se da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
Faz-se necessário o conhecimento da Libras para que este tipo de 
comunicação aconteça, visto que esta é a Língua de Sinais Oficial utilizada pelos 
Surdos no Brasil. No entanto, um ouvinte que possua, ou não, conhecimento da Libras 
pode perfeitamente participar desse processo comunicativo sendo emissor/receptor. 
Canal oral-auditivo 
O emissor fala (voz) e o receptor 
escuta (ouvido) e decodifica a 
mensagem 
EMISSOR 
(surdo) 
RECEPTOR 
(surdo) 
COMUNICAÇÃO 
Canal espaço-visual 
O emissor sinaliza (sinais) e o 
receptor ver (olhos) e decodifica a 
mensagem 
 
O que se observa através de toda essa análise sobre Língua e Linguagem, 
Português e Libras, é que as questões da comunicação existente entre os surdos 
estão sendo postas em segundo plano, enfocando apenas as línguas orais e suas 
particularidades. É inquestionável a aceitação da Libras como língua, pois esta possui 
aspectos essenciais concernentes à comunicação e estruturação de uma Língua, 
como a dupla articulação. 
 
Conclui-se que tanto as línguas de sinais como as línguas orais são canais 
distintos de comunicação, contudo ambas são independentes para a transmissão e a 
recepção da habilidade lingüística. 
 
4. Língua de Sinais Brasileira – Libras. 
 
Pode-se definir Língua de Sinais Brasileira como sendo uma língua visual-
espacial articulada através das mãos, das expressões faciais e do corpo. É uma língua 
natural usada pela comunidade surda brasileira com o propósito de estabelecer uma 
integração entre os seus usuários6. 
Como toda língua, a Libras também possui a sua estrutura gramatical. Há 
alguns pontos fundamentais que permitem reclamar o “status” de língua a Libras, que 
a constituem como Língua, que devem ser esclarecidos. O primeiro deles é que o seu 
canal comunicativo é primeiramente visual. A regra geral é que, através dos olhos e 
mãos, os indivíduos surdos se comuniquem. Quando um surdo faz um sinal, outro 
surdo compreende a sinalização através da visão e vice-versa. 
Libras ou Língua de Sinais Brasileira, é a língua materna dos surdos 
brasileiros e, como tal, poderá ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela 
comunicação com essa comunidade. Como língua, esta é composta de todos os 
componentes pertinentes às línguas orais, como gramática, semântica, pragmática, 
sintaxe e outros elementos, preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser 
considerada instrumental lingüístico de poder e força. Possui todos os elementos 
classificatórios identificáveis de uma língua e demanda de prática para seu 
aprendizado, como qualquer outra língua. Foi na década de 60 que as línguas de 
sinais foram estudadas e analisadas, passando então a ocupar um status de língua. É 
 
6
 QUADROS, R. M. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua 
portuguesa. Brasília: MEC, SEESP, 2003. p.18. 
uma língua viva e autônoma, reconhecida pela lingüística. Pesquisas com filhos 
surdos de pais surdos estabelecem que a aquisição precoce da Língua de Sinais 
dentro do lar é um benefício e que esta aquisição contribui para o aprendizado da 
língua oral como segunda língua para os surdos. 
Os estudos em indivíduos surdos demonstram que a Língua de Sinais apresenta 
uma organização neural semelhante à língua oral, ou seja, que esta se organiza no 
cérebro da mesma maneira que as línguas faladas. A Língua de Sinais apresenta, por 
ser uma língua, um período crítico precoce para sua aquisição, considerando-se que a 
forma de comunicação natural é aquela para o qual o sujeito está mais bem preparado, 
levando-se em conta a noção de conforto estabelecido diante de qualquer tipo de 
aquisição na tenra idade. Muitas pessoas acreditam que a Língua Brasileira de Sinais – 
LIBRAS é o português nas mãos, em que os sinais substituem as palavras. Outras 
pensam que é como a linguagem das abelhas ou do corpo. 
Muitas pensam que são somente gestos iguais aos das línguas orais. Entre as 
pessoas que acreditam que é uma língua, há algumas que crêem que é limitada e 
expressa apenas informações concretas e que não é capaz de transmitir idéias 
abstratas. 
Pesquisassobre a Libras vêm sendo desenvolvidas, mostrando que a língua é 
comparável em complexidade e expressividade a quaisquer línguas orais, por utilizar 
outro canal comunicativo, isto é, a visão em vez da audição. 
 
A Libras é capaz de expressar idéias sutis, complexas e abstratas. Os seus 
usuários podem discutir filosofia, literatura, ou política, além de esportes, trabalho, 
moda, etc. A LIBRAS pode expressar poesia e humor. Como em outras línguas, a 
LIBRAS aumenta o vocabulário com novos sinais introduzidos pela comunidade surda 
em resposta à mudança cultural e técnica. 
 
A Libras não é universal. Assim como as pessoas ouvintes em países 
diferentes falam diferentes línguas, também as pessoas surdas por toda parte do 
mundo usam línguas de sinais diferentes. Mas surdos de países diferentes 
comunicam-se mais facilmente uns com os outros, diferentemente dos falantes de 
línguas orais. Isso se deve à capacidade que as pessoas surdas têm em desenvolver 
e aproveitar gestos e pantomima para a comunicação. 
 
A Libras foi desenvolvida por surdos do Brasil para a comunicação entre si e 
existe há tanto tempo quanto a existência das comunidades de surdos brasileiros. A 
padronização da língua de sinais no Brasil começou quando foi fundado o Instituto 
Nacional de Educação de Surdos (INES) em 1857, chamada, então, de mímica. Sendo 
o INES, a única escola para surdos por muitos anos, funcionando em regime de 
internato, recebia alunos de todas as regiões do Brasil, os quais ao voltarem para as 
suas cidades, nas férias, difundiram essa língua por todo o país. Assim a Libras difere 
da língua de sinais de Portugal. Como havia professor que dominava a Língua de 
Sinais Francesa no INES, na sua fundação, a Libras hoje traz características desta 
língua de sinais francesa e diferem da língua de sinais de Portugal, embora os dois 
países, Brasil e Portugal, falem a mesma língua oral. 
 
 
 A partir de um congresso em Milão, em 1880, a filosofia educacional começou a 
mudar na Europa e, consequentemente, em todo o mundo. O método combinado, que 
utilizava tanto os sinais como o treinamento em língua oral, foi substituído em muitas 
escolas pelo método oral puro, o oralismo. Muitos pedagogos, de boa vontade, mas 
com pouca compreensão e experiência em surdez, acreditavam que a única forma 
possível para que as crianças surdas se integrassem no mundo dos ouvintes seria 
falar e ler os lábios. E assim, passaram a insistir com os alunos surdos para que 
entendessem a língua oral e aprendessem a falar. Os professores surdos já existentes 
nas escolas naquela época foram afastados, e os alunos desestimulados a usarem a 
língua de sinais (mímica), tanto dentro quanto fora da sala de aula. Era comum a 
prática de amarrar as mãos das crianças para impedi-las de fazer sinais. Isso 
aconteceu também no Brasil. Mas apesar dessas tentativas de desestimular o uso da 
língua de sinais, a Libras continuou sendo a língua preferida da Comunidade Surda. 
Quando os surdos viram que o uso de sinais estava proibido, passaram a reconhecer 
e considerar a Libras como sua língua natural, a qual reflete valores culturais e guarda 
suas tradições e heranças vivas. 
(Artigo transcrito do curso de Libras para ouvintes – FENEIS) 
 
 
5. Inicialização. 
 
Ocorre a inicialização na Libras, quando o sinal começa com uma letra do 
alfabeto manual. 
 
Piauí 
 
Solteiro 
 
 
6. Iconicidade e Arbitrariedade: 
 
A língua de sinais é uma língua de modalidade visual-gestual. Em sua 
classificação temos os sinais icônicos, que são aqueles que apresentam semelhança 
física e geométrica com os seres representados, e os sinais arbitrários, aqueles que 
não apresentam tais semelhanças e não dependem de regras. Alguns exemplos são 
as palavras, casa, chorar, legal, varrer, telefonar, chorar, dormir, comer, entre outros. 
Para Quadros e Karnopp (2004, p.31), os sinais apresentam conexões 
arbitrárias e icônicas. Muitos sinais “carregam uma relação icônica ou representacional 
de seus referentes”, sendo possível a partir de o significado prever a forma e vice-
versa, como por exemplo, “casa”, ao realizar-se o sinal de casa logo se tem uma 
noção do que se trata, mas existem sinais em que isso não é aceitável devido à sua 
arbitrariedade, que esta relacionada coma a forma e o significado das palavras, pois 
um grupo de surdos pode selecionar uma característica para identificar um sinal e 
outro grupo pode associar de uma forma diferente. Um exemplo seria a palavra “não”, 
onde mesmo o sinal que é feito para “não” em libras, significa “onde” na língua 
americana de sinais, fato que acontece devido à arbitrariedade das línguas7. 
Observe a semelhança com a forma representacional dos objetos e ações 
mostrados no quadro abaixo: 
Sinais icônicos: 
Colírio 
 
Tchau 
 
Sinais arbitrários: 
Manga 
 
Prevenir 
 
7. Parâmetros Principais da Libras: 
 
A configuração das mãos, o movimento, o ponto de articulação, orientação e 
expressão facial e/ou corporal são parâmetros para que numa combinação obtenha-se 
o sinal. 
 
7.1. Configuração da mão: 
São formas que a(s) mãos assumem na realização de um sinal. Podem ser 
forma da dactilologia (alfabeto manual) ou outras formas feitas pela mão predominante 
(mão direita para os destros), ou pelas duas mãos do emissor ou sinalizador. Veja o 
exemplo: 
 
 
7
 QUADROS & KARNOPP. Língua de Sinais Brasileira: Estudos Lingüísticos. Porto Alegre: 
Artmed, 2004. p.26. 
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Anúncio 
 
Azar
 
 
 
 
 
 
 
7.2. Ponto de articulação: 
É o lugar onde incide a mão predominante configurada, podendo esta tocar 
alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro vertical (do meio do corpo até a 
cabeça) e horizontal (à frente do emissor). Veja os exemplos no quadro abaixo dos 
sinais realizados com o ponto de articulação no “espaço neutro”, na coxa e no 
pescoço: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E
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AVARENTO 
 
JOVEM 
 
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CULPA 
 
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HOMEM 
 
 
 
7.3. Movimento: 
Os sinais podem ter um movimento ou não. Observe o quadro com os sinais: 
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BONECA 
 
 
PSICOLOGIA 
 
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m
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v
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e
n
to
 
INVEJA 
 
ADMIRADO 
 
 
7.3.1. Direcionalidade: 
 
a) Unidirecional: movimento em uma direção no espaço, durante a realização de 
um sinal. 
Exemplo: ir. 
 
b) Bidirecional: movimento realizado por uma ou ambas as mãos, em duas 
direções diferentes. 
Exemplo: coração. 
 
c) Multidirecional: movimentos que exploram várias direções no espaço, durante 
a realização de um sinal. 
Exemplo: cérebro. 
 
7.3.2. Tipos de movimento: 
 
a) Movimento retilíneo: 
Exemplo: mostrar. 
 
b) Movimento helicoidal: 
Exemplo: alto. 
 
c) Movimento circular: 
Exemplo: Piauí. 
 
d) Movimento semicircular: 
 
Exemplo: egoísta. 
 
e) Movimento sinuoso: 
 Exemplo: propaganda. 
 
f) Movimento angular: 
 
Exemplo: enganar. 
 
 
8. Parâmetros Secundários da Libras: 
 
8.1. Disposição das mãos: a realização dos sinais na Libras pode 
ser feita com a mão dominante ou por ambas as mãos. 
Exemplo: burro. 
 
8.2. Orientação das mãos: direção da palma durante a realização 
do sinal na Libras, para cima, para baixo, para o lado, para a frente, entre outros. 
Também pode ocorrer a mudança de orientação durante a execução de um sinal. 
Exemplo: abraço adulto ; hotel 
 
8.3. Região de contato: a mão entra em contato com o corpo, por 
meio de: 
a) Toque: 
Exemplo: bisavô. 
 
b) Duplo toque: 
Exemplo: Alemanha. 
 
c) Risco: 
Exemplo: pessoa. 
 
d) Deslizamento: 
Exemplo: educação.9. Componentes não-manuais da Libras: 
 
9.1. Expressão facial/corporal e sinais faciais: 
 A expressão facial e/ou corporal ajuda a captar sentimentos e facilita o 
entendimento na comunicação. A expressão facial e/ou corporal é o fator 
diferenciador em alguns sinais, como, por exemplo, nos sinais rir, chorar, surpreso, 
etc. 
Veja algumas expressões faciais que são incorporadas à formação dos sinais na 
Libras: 
 
 
Para que o surdo se comunique melhor, a utilização de sinais unidos em frases 
é preferida por eles, pois os sinais em conjunto formam um contexto e facilitam o 
entendimento. Os surdos utilizam à língua de sinais pura entre eles; portanto, aqueles 
que desejam um aprofundamento na conversação em língua de sinais, devem manter 
contato com as comunidades surdas. 
 
10. Formação de frases na Libras: 
Para produzirmos uma frase em Libras nas formas afirmativas, exclamativa, 
interrogativa, negativa ou imperativa é necessário estarmos atentos às expressões 
faciais ou corporais a serem utilizadas, simultaneamente, às mesmas. 
 
Afirmativa: a expressão facial é neutra. 
Interrogativa: sobrancelhas franzidas e um ligeiro movimento da cabeça, inclinando-
se para cima. 
Exclamativa: sobrancelhas levantadas e um ligeiro movimento da cabeça inclinando-
se para cima e para baixo. 
Forma negativa: a negação pode ser feita através de três processos: 
a) Alterando-se o movimento e produzindo um sinal de negação diferente do 
afirmativo. Ex: ter/não ter; gostar/não gostar. 
b) Realizando-se um movimento negativo com a cabeça, simultaneamente à ação 
que está sendo negada. 
c) Acrescida do sinal “Não” (com o dedo indicador) ao verbo. 
Obs.: em algumas ocasiões podem ser utilizados dois tipos de negação 
simultaneamente. 
Imperativa: Saia! Cale a boca! Vá embora! 
 
11. Sistema pronominal: 
 
 A Libras possui um sistema pronominal para representar as pessoas do 
discurso. Assim como na língua portuguesa, a Libras possui sinais específicos para 
cada tipo de pronome. 
 
a) Pronomes pessoais: 
 
b) Pronomes demonstrativos e advérbios de lugar 
Eu 
 
Você/Ele(a) 
 
Nós 
 
Vocês/Eles(as) 
 
Na Libras, os pronomes demonstrativos e os advérbios de lugar têm o mesmo 
sinal, somente o contexto os diferencia pelo sentido da frase acompanhada de 
expressão facial. 
Estes tipos de pronome e de advérbio estão relacionados às pessoas do 
discurso e representam na perspectiva do emissor, o que está bem próximo, perto e 
distante. 
Estes pronomes ou advérbios têm a mesma configuração de mãos dos 
pronomes pessoais (mão em d), mas os pontos de articulação e as orientações do 
olhar são diferentes. 
 
 
 
 
 
Alguém 
 
Alguém mais 
 
Algum (alguma) 
 
Este (esta) 
 
Ambos 
 
Àquele (aquela) / Esse (essa) 
 
Algum lugar 
 
 
c) Pronomes possessivos 
Os pronomes possessivos, como os pessoais e demonstrativos, também não 
possuem marca para gênero e estão relacionados às pessoas do discurso e não à 
coisa possuída, como acontece em português: 
 EU  ME@ SOBRINH@ 
 VOCÊ  TE@ ESPOS@ 
 EL@  SE@.FILH@ 
 
d) Pronomes Interrogativos 
 Os pronomes interrogativos QUE e QUEM geralmente são usados no início da 
frase, mas o pronome interrogativo ONDE e o pronome QUEM, quando está sendo 
usado com o sentido de “quem-é” ou “de quem é” são mais usados no final. Todos os 
três sinais têm uma expressão facial interrogativa feita simultaneamente com eles. 
 
 
 
Meu, minha 
 
Nosso (meu e seu) 
 
Nosso, nossa, nossos, nossas 
 
Seu, sua, teu, tua 
 
mailto:SE@.FILH@
 
Qual 
 
Quando (no futuro) 
 
Quando (no passado) 
 
Quanto 
 
Que/Quem 
 
 
e) Pronomes indefinidos 
Mesmo (igual) 
 
Mesmo (de verdade) 
 
Muito (sentimento) 
 
Muitos, muitas (quantidade) 
 
Nada 1 
 
Nada 2 
 
Pouco (a) 
 
Qualquer 
 
Qualquer coisa, qualquer um 
 
Qualquer lugar 
 
Todo, toda 
 
Tudo 
 
 
 
 
13.Noções temporais: 
a) Advérbio de tempo 
Na língua portuguesa, advérbios são palavras que modificam o verbo revelando 
a circunstância o modo, tempo, lugar, etc. Na Libras não há marca de tempo nas 
formas verbais, é como se os verbos ficassem na frase quase sempre no infinitivo. O 
tempo é marcado sintaticamente através de advérbios de tempo que indicam se a ação 
está ocorrendo no presente: HOJE, AGORA; ocorreu no passado: ONTEM, 
ANTEONTEM; ou irá ocorrer no futuro: AMANHÃ. Por isso os advérbios geralmente 
vêm no começo da frase, mas podem ser usados também no final. 
Existem sinais podem ser classificados como advérbios de tempo na Libras 
trazendo a idéia de presente, passado e futuro. 
 
ONTEM HOJE 
 
AGORA AMANHÃ 
 
PASSADO FUTURO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUMPRIMENTOS E SAUDAÇÕES: 
OI BOM DIA! 
 
BOA TARDE! BOA NOITE! 
 
NOME SINAL 
 
IDADE POR FAVOR 
 
 
OBRIGADO COM LICENÇA 
 
OK SOLETRAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FAMÍLIA E RELAÇÕES FAMILIARES: 
 
FAMÍLIA HOMEM 
 
MULHER PAI 
 
MÃE FILHO 
 
IRMÃO (Ã) PRIMO (A) 
 
TIO (A) SOBRINHO (A) 
 
NETO (A) VOVÔ 
 
CRIANÇA JOVEM 
 
ADULTO SOLTEIRO 
 
NAMORADO (A) CASADO (A) 
 
CASA: 
 
CASA SALA DE ESTAR 
 
QUARTO DE DORMIR COZINHA 
 
BANHEIRO PORTA 
 
PORTÃO JANELA 
 
 
 
COMIDAS: 
 
AÇUCAR ARROZ 
 
 
CHOCOLATE FEIJÃO 
 
MACARRÃO PÃO 
 
 
 
 
BEBIDAS: 
 
ÁGUA CAFÉ 
 
CERVEJA CHÁ 
 
COCA-COLA LEITE 
 
 
FRUTAS: 
 
ABACAXI BANANA 
 
CAJU LARANJA 
 
LIMÃO MAÇA 
 
MAMÃO MANGA 
 
MELANCIA MORANGO 
 
TANGERINA UVA 
 
 
 
 
 
TEMPO: 
 
TEMPO (PERÍODO) HORA 
 
ONTEM HOJE 
 
AMANHÃ AGORA 
 
DIA INÍCIO 
 
FIM PASSADO 
 
FUTURO MANHÃ 
 
TARDE NOITE 
 
SEMPRE NUNCA 
 
 
 
MESES DO ANO: 
JANEIRO FEVEREIRO 
 
 
MARÇO ABRIL 
 
MAIO JUNHO 
 
JULHO AGOSTO 
 
SETEMBRO OUTUBRO 
 
NOVEMBRO DEZEMBRO 
 
DIAS DA SEMANA: 
 
DOMINGO SEGUNDA-FEIRA 
 
TERÇA-FEIRA QUARTA-FEIRA 
 
QUINTA-FEIRA SEXTA-FEIRA 
 
 
SÁBADO 
 
 
 
 
ADJETIVOS: 
 
BOM MAL 
 
ALEGRE TRISTE 
 
 
PERTO LONGE 
 
GORDO MAGRO 
 
ALTO BAIXO 
 
FORTE FRACO 
 
 
BONITO FEIO 
 
 
LIMPO SUJO 
 
DIFÍCIL FÁCIL 
 
 
DOCE AMARGO 
 
IGUAL DIFERENTE 
 
 
 
 
CORES: 
 
AMARELO AZUL 
 
 
VERDE VERMELHO 
 
BRANCO PRETO 
 
CINZA LARANJA 
 
 
BEGE MARRON 
 
ROXO ROSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Esta apostila foi organizada a partir da coleta de dados diversificados na área de Libras, extraídos de 
bibliografia que é parte integrante desta, conforme o estabelecido no art. 46, III, da Lei nº 9.710/98, sendo 
de uso exclusivo desta Universidade, para subsidiar o estudo e pesquisa, ficando proibida a sua 
comercialização, reprodução total ou parcial, por qualquer meio eletrônico, mecânico e processo 
xerográfico, sem permissão expressa da referida Instituição de Ensino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, Walkiria Duarte. Enciclopédia da 
Língua de Sinais Brasileira – Libras: O Mundo do Surdo em LIBRAS. Volume 
2. Artes e Cultura, Esporte e Lazer. São Paulo: USP, 2004. 
CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, Walkiria Duarte. Dicionário 
Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira – 
Libras. Volume I: Sinais de A L e Vol. II: Sinais de M a Z. São Paulo: USP, 
2001. 
CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, Walkiria Duarte. Enciclopédia da 
Língua de Sinais Brasileira – Libras: O Mundo do Surdo em LIBRAS. Volume 
1 Educação. São Paulo: USP, 2004 
 
GOES, Maria Cecília Rafael de. Linguagem, surdez e educação. Campinas, 
SP: Autores Associados, 1996. 
QUADROS, R. M. de & KARNOPP, L. B. Língua de sinais brasileira: 
Estudos linguísticos. Porto Alegre. Artes Médicas. 2004. 
SILVA, Ivani R.; KAUCHAKJE, Samira; GESUELI, Zilda. M. (org.). Cidadania, 
Surdez e Linguagem. São Paulo: Plexus, 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.ronice.ced.ufsc.br/page_livro.htmhttp://www.ronice.ced.ufsc.br/page_livro.htm

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