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e-Book - Língua Brasileira de Sinais - Libras

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Prévia do material em texto

Ribeiro, Arenilson Costa.
Língua Brasileira de Sinais - Libras [e-Book]. / 
Arenilson Costa Ribeiro, Ricardo Oliveira Barros. – São 
Luís: UEMA; UEMAnet, 2018.
55 p.
ISBN:
1. Educação de surdos. 2. Linguística. 3. Libras. 4. 
Fonologia. 5. Morfologia. I. Título.
CDU: 81`221.24:37
Os matérias produzidos para os cursos ofertados pelo UEMAnet/UEMA para o Sistema Universidade Aberta do Brasil - 
UAB são licenciadas nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – Compartilhada, podendo 
a obra ser remixada, adaptada e servir para criação de obras derivadas, desde que com fins não comerciais, que seja 
atribuído crédito ao autor e que as obras derivadas sejam licenciadas sob a mesma licença.
Reitor 
Gustavo Pereira da Costa
Vice-Reitor
Walter Canales Sant´ana
Pró-Reitora de Graduação
Andrea de Araújo
Núcleo de Tecnologias para Educação
Ilka Márcia Ribeiro S. Serra - Coordenadora Geral
Sistema Universidade Aberta do Brasil
Ilka Marcia R. S. Serra - Coord. Geral
Lourdes Maria P. Mota - Coord. Adjunta | Coord. de Curso
Coordenação Designer Educacional
Cristiane Peixoto - Coord. Administrativa
Maria das Graças Neri Ferreira - Coord. Pedagógica
Professores Conteudistas
Arenilson Costa Ribeiro
Ricardo Oliveira Barros
Revisão de Linguagem
Lucirene Ferreira Lopes
Designer de Linguagem
Lucirene Ferreira Lopes
Designer Pedagógica
Janaina Cunha Borges
Projeto Gráfico e Diagramação
Tonho Lemos Martins
Capa
Rômulo Coelho
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
Caro (a) estudante,
Este e-Book foi formulado para ajudar você nos seus estudos sobre 
a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Está organizado em quatro 
Unidades. 
Na primeira Unidade, você conhecerá questões éticas, políticas e 
educacionais a respeito da educação de surdos; você verá um pouco 
da história dos surdos como povo e como sua educação se deu ao 
longo dos anos. Na segunda, você será apresentado à língua dos 
surdos no Brasil, a Libras; e terá alguns esclarecimentos sobre ela. 
Na terceira, apresentamos os aspectos gramaticais dessa língua, uma 
análise rápida sobre os seus níveis de análise: fonologia, morfologia, 
sintaxe e semântica. E finalmente na quarta Unidade, o foco está nas 
questões socioantropológicas da surdez, bem como no ensino da 
língua portuguesa escrita para surdos.
Como a Libras é visual e gestual, imagens estáticas nem sempre 
conseguem representar bem um sinal. Por isso, neste e-Book, os 
sinais estão representados também por meio da escrita da língua de 
sinais pelo sistema SignWriting, a terceira Unidade vai ajudar você a 
entender esse sistema. Além disso, tivemos o cuidado de selecionar 
links para ajudá-lo a ver a Libras acontecendo.
Toda língua está cercada por uma cultura, então é importante que 
você tenha contato com falantes nativos da Libras para efetivar seu 
aprendizado linguístico cultural. É verdade que às vezes pode surgir 
algum receio de conversar com um surdo, mas dê o primeiro passo, e 
você verá que é mais fácil do que parece.
Bons estudos!A
PR
ES
EN
TA
Ç
Ã
O
SU
M
Á
R
IO
UNIDADE 1
QUESTÕES ÉTICO-POLÍTICO-EDUCACIONAIS ACERCA 
DA EDUCAÇÃO BILÍNGUE PARA SURDOS
CARACTERÍSTICAS E CONCEITOS LINGUÍSTICOS 
RELATIVOS A LIBRAS
COMPONENTES LINGUÍSTICOS E GRAMATICAIS DA 
LIBRAS
ENSINO, APRENDIZAGEM E INTERAÇÃO
1.1 A educação de surdos e a língua de sinais no Mundo, 
 no Brasil e no Maranhão
1.2 A educação de surdos no Mundo
1.3 A Educação de surdos no Brasil
1.4 A Educação de surdos no Maranhão
2.1 Caracterizando a Libras
2.2 Conceitos linguísticos: linguagem, língua e língua de sinais
2.3 Numerais: cardinais, ordinais e quantitativos
2.4 Advérbio de tempo
3.1 Fonologia: unidades mínimas (parâmetros), par mínimo 
 e alofonia
3.2 Morfologia: verbos e substantivos
3.3 Semântica e Pragmática: pronomes pessoais
4.1 Português como segunda língua na modalidade escrita 
 no ensino e aprendizagem de estudantes surdos bilíngues
4.2 Cultura, comunidade e identidade surda
5
6
9
11
15
16
19
20
23
32
46
49
51
UNIDADE 2
UNIDADE 3
UNIDADE 4
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 5
1.1 A educação de surdos e a língua de sinais no Mundo, no 
Brasil e no Maranhão
Os surdos, como povo existem desde o começo da humanidade em vários lugares. A forma como foram tratados variou dependendo do lugar e da época em que estavam. Nesta Unidade estudaremos a história da 
educação desse povo. Além de nos propiciar a aquisição do conhecimento sobre 
essa temática, esse estudo nos permitirá refletir sobre as políticas educacionais 
aplicadas aos surdos, desde o passado até os nossos dias.
Você notou que no parágrafo anterior nos referimos aos surdos como “povo”? Por que 
os mencionamos dessa forma? Bem, os surdos podem ser chamados de povo porque 
compartilham costumes, tradições e história. As experiências de vida do povo surdo 
são diferentes das experiências da maioria ouvinte, pois a concepção que eles têm de 
mundo é construída através da visão. Por esse motivo, eles sempre empreenderam 
ações no sentido de se afirmarem como grupo diferente e que merece respeito.
Muitas ações dos surdos por reconhecimento da sua diferença têm a ver com o 
passado. Por vários momentos na história, esse povo sofreu a negação dos seus 
direitos e uma pressão para se tornar igual a todos na sociedade. Isso levou ao 
surgimento dos diversos grupos onde estes se reuniam com seus iguais, o que 
nos leva ao conceito de “comunidade surda”.
Objetivos:
Compreender os aspectos históricos e legais da língua de sinais, bem como sua 
relação com a educação de surdos;
Conhecer as questões éticas, políticas e educacionais que envolvem a educação 
bilíngue para surdos.
UNIDADE
QUESTÕES ÉTICO-POLÍTICO-
EDUCACIONAIS ACERCA DA 
EDUCAÇÃO BILÍNGUE PARA SURDOS1
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 6
Uma “comunidade surda” não é composta somente por surdo, mas há também 
a presença de ouvintes. Esses são a família, os intérpretes, os professores, 
os amigos e outros que participam desse grupo em determinado lugar e têm 
interesses em comum. Sobre essas comunidades nós estudaremos de forma 
mais aprofundada na quarta Unidade.
Por enquanto, o que importa é definir os momentos marcantes da história do 
povo surdo. Você notará que por vezes a história dos surdos se confunde com 
a história da educação oferecida a eles. Comecemos retornando na linha do 
tempo para ver um pouco do povo surdo na antiguidade.
Uma importante menção aos surdos está na bíblia. O livro bíblico de Levítico, no 
capítulo 19 e versículo 14 lemos: “Não amaldiçõe um surdo [...]”. Além disso, os 
evangelhos mencionam um surdo que foi curado por Jesus. 
Em Roma, os surdos eram mortos assim que identificados, ainda bebês, os que 
escapavam eram forçados a trabalhar como escravos. A morte também era o 
destino desses na Grécia Antiga. Porém, no Egito e na Pérsia, eram considerados 
como enviados dos deuses, criaturas privilegiadas que conseguiam se comunicar 
com as divindades, porém não havia esforços voltados para educá-los.
Até aqui, percebe-se que havia vários conceitos sobre os surdos em diferentes 
sociedades. Porém, mesmo naquelas em que os surdos eram melhor vistos, não 
aconteciam ações que visassem a educação deles. Esses esforços só surgiram 
a partir da idade moderna, como veremos adiante. Daqui em diante, faremos um 
panorama geral em forma de linha do tempo, mostrando a educação dos surdos 
no mundo, depois focaremos no Brasil, e por fim no estado do Maranhão.
1.2 A educação de surdos no Mundo
Em 1570, um monge beneditino espanhol Pedro 
Ponce de Leon (1510-1584), tutor de muitos 
surdos, tinha o mérito de provar que seus alunos 
eram capazes. Ele os educava utilizando sinais 
rudimentares, o que levou à criação da língua 
de sinais. Os surdos que estudavam com ele 
dominavam História, Matemática, Filosofia e 
outras ciências.
Figura 1 - Pedro Ponce de Leon 
(1510-1584)
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 7
Figura 3 - Charles-Michel de 
L’Epée (1712-1789)
Figura 2 – Juan Pablo 
Bonet(1579-1633)1620 – Juan Pablo Bonet (1579-1633), espanhol, criou 
e publicou o primeiro tratado sobre educação de surdos 
intitulado Redação das Letras e a Arte de Ensinar os 
Mudos a Falar. Na publicação havia desenhos do 
alfabeto manual.
16[...] – Van Helmont (1614-1699), holandês que 
primeiro descreveu a leitura labial e o uso do espelho, 
esse método foi posteriormente aperfeiçoado e aplicado 
à educação de surdos por muitos anos. 
1760 – Thomas Braidwood (1715-1806), educador de surdos inglês, 
desenvolveu um método de educação que incluía o uso de um alfabeto 
manual que utilizava as duas mãos (esse alfabeto é utilizado na Inglaterra 
até hoje), o ensino de palavras escritas, seu significado e pronúncia e a 
leitura orofacial.
1760 – Charles-Michel de L’Epée (1712-1789), 
abade francês, criou a primeira escola pública para 
surdos em Paris, chamado de Instituto Nacional 
para Surdos-Mudos. A educação oferecida pelo 
instituto privilegiava a língua de sinais; esse era o 
meio para ensinar as mais diversas ciências aos 
alunos.
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 8
Figura 4 - Samuel Heinicke 
(1729-1790)
Figura 5 - Thomas 
Gallaudet(1787-1851)
1778 – Samuel Heinicke (1729-1790), alemão, fundou 
em Leipzig a primeira escola para surdos que seguia 
o método do oralismo. Nessa abordagem, um grande 
valor era atribuído à fala, e a língua de sinais era 
proibida.
1817 – Thomas Gallaudet, um reverendo americano, 
juntamente com Laurent Clerc, um professor surdo 
francês, fundaram a escola pública para surdos 
Hartford School, a primeira nos Estado Unidos. A 
língua de sinais francesa era utilizada ali, e com 
o tempo se modificou, gerando a língua de sinais 
americana.
1864 – Edward Gallaudet, fundou a primeira faculdade para surdos em 
Washington, a Universidade Gallaudet, que até hoje é a única universidade para 
surdos no mundo.
1880 – Em Milão, Itália, aconteceu o II Congresso Mundial de Surdos-Mudos, no 
qual houve uma votação que elegeu o método oralista como a melhor forma de 
educar surdos, passando esse a ser adotado em vários países.
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 9
Figura 7 - E.Huet 
Figura 6 – Willian Stokoe 
(1919-2000)
1960 - Willian Stokoe, um linguista americano, publicou 
o livro “Linguage Structure: na Outline of the Visual 
Communication System of the American Deaf” no qual 
prova que a língua de sinais americana é uma língua 
de fato, como todas as outras. Essa pesquisa gerou 
várias outras em todo o mundo.
1.3 A Educação de surdos no Brasil
1855 – E. Huet, professor surdo francês, é convidado 
pelo imperador D. Pedro II para vir ao Brasil para abrir 
uma escola para surdos.
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 10
1857 - No dia 26 de setembro foi fundado no Rio de Janeiro, o “Imperial Instituto 
dos Surdos-Mudos”, atual “Instituto Nacional de Educação de Surdos” – INES. 
Primeiramente, utilizando a língua de sinais francesa que com o tempo modificou-
se gerando a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
1875 - Flausino José da Gama, estudante do INES, aos 18 anos publicou 
“Iconografia dos Signaes dos Surdos-Mudos”, a primeira publicação sobre língua 
de sinais do Brasil.
1977 - Criada a Federação Nacional de Educação e Integração dos Deficientes 
Auditivos - FENEIDA. Mais tarde, em 1987, esta seria reestruturada sob a 
nomenclatura Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos - 
FENEIS.
1994 - Criada a Confederação Brasileira de Desportos de Surdos - CBDS.
2002 - A Libras é legalmente reconhecida como língua dos surdos brasileiros por 
meio da Lei n0 10.436, de 24 de abril.
2005 - A lei é regulamentada pelo Decreto n0 5.626, do dia 22 de dezembro, que 
explana acerca das ações que devem ser tomadas para a educação dos surdos. 
O que inclui a inserção da disciplina Libras no currículo dos cursos de nível 
superior com habilitação em licenciatura, bem como no curso de fonoaudiologia.
2006 - A Universidade Federal de Santa Catarina passa a oferecer o curso de 
Letras - Libras.
2010 - A profissão de Tradutor Intérprete de Libras é reconhecida por meio da 
Lei federal n0 12.319.
Assista uma videoaula sobre Huet: 
http://tvines.ines.gov.br/?p=17135
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 11
4.1 A Educação de surdos no Maranhão
1966 - A Escola Modelo Benedito Leite atende alunos surdos em classes 
especiais.
1971 - As classes são transferidas da Escola Modelo Benedito Leite para a 
Unidade Integrada Raimundo Correa, onde permaneceram por mais de 20 anos.
1993 - Ministração de cursos de na Igreja Batista Getsêmani “Mímica” – Valéria 
Cardoso Ewerton.
1998 - Quatro alunos surdos foram inclusos na sala regular de ensino no 
Complexo Educacional de Ensino Fundamental e Médio Governador Edison 
Lobão - CEGEL, e foi providenciado o acompanhamento de duas professoras 
com conhecimento em língua de sinais, as primeiras intérpretes em sala regular.
2004 - Primeiro Encontro Maranhense de Intérpretes do Maranhão promovido 
pelo Centro de Ensino de Apoio à Pessoa com Surdez - CAS.
2014 - Início das aulas das primeiras turmas de Letras Libras no Estado, o 
curso foi oferecido na modalidade a distância pela Universidade Federal de 
Santa Catarina - UFSC, com um Polo funcionando na Universidade Federal do 
Maranhão - UFMA, com duas turmas, uma com habilitação em licenciatura, e a 
outra em bacharelado.
2014 - A Universidade Federal do Maranhão cria o curso de Licenciatura em 
Letras Libras.
Aprenda mais sobre a história da educação de surdos no 
vídeo:
http://tvines.ines.gov.br/?p=18034
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 12
Filosofias Educacionais destinada à Educação de surdos: Oralismo, 
Comunicação Total e Bilinguismo
Nesse percurso pela história de educação dos surdos, pode-se perceber 
que prevaleceram três filosofias educacionais que moldaram os métodos de 
ensino aplicados a esse público, são eles: o oralismo, a comunicação total e o 
bilinguismo. Agora, vamos estudar melhor cada um deles.
O Oralismo
O precursor dessa abordagem foi o alemão Samuel Heinick. No oralismo, a 
preocupação central é a fala, ou seja, fazer com que o surdo produza sons 
entendíveis e que ele desenvolva a capacidade de leitura orofacial. O objetivo é 
que a pessoa com surdez se comunique, utilizando a língua oral do lugar onde 
vive, sem precisar da língua de sinais. 
O oralismo contava com muitas técnicas, que incluíam desde o uso de espelhos 
para observar o movimento dos órgãos da fala e a colocação da mão sobre a 
garganta para sentir a vibração provocada pelas cordas vocais na produção de 
sons, até a amarração das mãos para que o aluno não utilizasse a língua de 
sinais.
Esse método ganhou força depois do Congresso de Milão em 1880, no qual foi 
considerado o melhor método para a educação dos surdos. E tinha defensores 
fervorosos como Alexander Graham Bell. Até mesmo o fundador da Universidade 
Gallaudet considerou esse como a melhor forma de educação, e aquela instituição 
- a exemplo de muitas outras no mundo, incluindo o INES - adotou o oralismo 
forma de educação. Essa preferência durou até a década de 70.
A Comunicação Total
Na década de 70, o método da comunicação total surgiu em oposição ao oralismo. 
Nesse método, todo tipo de artifício que facilitasse a comunicação era aceito, o 
que gerou várias técnicas. A característica mais destacada dessa filosofia era a 
língua falada sinalizada, isto é, os sinais serviam somente como demonstração 
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 13
visual da língua oral. Com o tempo surgiram sistemas de sinais para partes de 
palavras, numa tentativa de facilitar o aprendizado da língua oral pelos surdos.
O problema dessa filosofia está no fato de que as línguas sinalizadas e oralizadas 
são de estruturas diferentes, e por isso nem sempre se sinaliza na mesma ordem 
em que se fala (oralmente). Assim, a língua de sinais não era concretizada de 
fato, gerando a língua falada sinalizada que era incompreensível para os surdos. 
Depois de alguns testes, as técnicas da comunicação total caíram em desuso.
OBilinguismo
O bilinguismo tem sido a filosofia educacional mais aceita para a educação de 
surdos, e pela qual a comunidade surda luta pela efetivação. Essa abordagem 
prevê que o surdo tenha acesso à duas línguas: a língua de sinais como sua 
primeira língua, e a Língua Portuguesa na forma escrita como sua segunda língua. 
A aquisição das duas se dá de forma separada, respeitando as peculiaridades 
de cada uma delas.
Aqui no Brasil, portanto, o surdo deve adquirir a Libras como primeira língua e 
o Português escrito como segunda língua. No próximo tópico, abordaremos os 
aspectos legais que contribuem para a aplicação do bilinguismo à educação de 
surdos.
Aprenda mais sobre essas filosofias educacionais no vídeo:
 https://www.youtube.com/watch?v=hFhOVTQvwaE
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 14
Resumo
Estudamos nesta Unidade que, os surdos tiveram a sua história marcada pela 
marginalização em vários tempos e lugares. Também vimos que os surdos, como 
povo, tiveram sua educação pautada hora pelo oralismo, hora pela comunicação 
total e finalmente pelo bilinguismo. Também pudemos ver marcos na história 
deles como a Fundação do INES em 1855, o Congresso de Milão em 1880, e o 
início da educação de surdos no Maranhão em 1966.
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 15
Objetivos:
Reconhecer a Libras como língua natural humana de modalidade visuoespacial;
Ampliar o vocabulário de sinais, a fim de possibilitar uma conversação básica 
em Libras.
2.1 Caracterizando a Libras
Libras é uma sigla para a língua brasileira de sinais, que é uma língua utilizada pelos surdos do Brasil para se comunicarem entre si e com pessoas que também utilizam essa forma de comunicação.
É uma língua diferente das que a maioria das pessoas está acostumada a falar. 
Enquanto línguas como o Português são orais auditivas, ou seja, são articuladas 
pela boca e recebidas pela audição. A Libras é uma língua visual motora, isso 
quer dizer que ela é percebida pela visão e articulada pelas mãos.
A Libras possui estrutura e gramática própria, e todos os níveis de análise que 
a tornam língua de fato para a ciência: a fonologia, a morfologia, a sintaxe, a 
semântica e a pragmática.
Na Libras há um alfabeto manual, mas só esse abecedário não é a totalidade 
da língua. Aliás, ela não é dependente do Português e nem é a sinalização das 
palavras da Língua Portuguesa. Assim como temos palavras nas línguas orais 
auditivas, temos sinais nas línguas visuais motoras.
É comum alguns pensarem que a língua de sinais é uma só no mundo todo, 
mas isso não é verdade. Cada país desenvolveu sua própria língua de sinais, e 
mesmo em países que falam a mesma língua oral, a sinalizada é diferente. Por 
UNIDADE
CARACTERÍSTICAS E CONCEITOS 
LINGUÍSTICOS RELATIVOS A LIBRAS2
exemplo, no Brasil e em Portugal, as pessoas falam português, mas os surdos 
brasileiros usam libras enquanto que os surdos portugueses utilizam a Língua 
Gestual Portuguesa, que é bem diferente da brasileira. 
2.2 Conceitos linguísticos: linguagem, língua e língua de sinais
Linguagem: é a capacidade natural de se comunicar, por qualquer meio. Pode 
se apresentar de forma verbal (com o uso de palavras) ou não verbal (sem o 
uso de palavras). A linguagem é universal e abstrata. Exemplos de linguagem: 
dança e pintura.
Língua: é o conjunto de símbolos que seguem uma regra e são utilizados por 
uma comunidade para se comunicar. A língua sempre se apresenta de forma 
verbal. É local e concreta. Exemplos de língua: Português, Inglês e Libras. 
Língua de sinais: língua que utiliza o corpo e o espaço em volta dele para 
expressar ideias e transmitir mensagens. São verbais, pois utilizam sinais 
que são relativos a palavras. Seguem uma gramática própria. Exemplos de 
línguas de sinais: Libras, Língua de Sinais Americana (ASL), Língua Gestual 
Portuguesa (LGP).
Assista uma vodeoaula sobre a Libras:
 https://www.youtube.com/watch?v=pR2ZmsViyGk
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 17
Alfabeto Datilológico ou Alfabeto Manual
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 18
Sinais Relativos a Saudação ou Cumprimento
BO@ DIA
BO@ TARDE
BO@ NOITE
BEM NOME
CONHEC
ER
TAMBÉ
M
FELIZ
OI
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 19
2.3 Numerais: cardinais, ordinais e quantitativos
Os numerais são sinalizados de forma diferente a depender se são cardinais 
ou ordinais. Os numerais cardinais representam uma quantidade absoluta. São 
sinalizados nas formas abaixo.
Os numerais ordinais representam ordem. São sinalizados na forma dos cardinais 
com o acréscimo do movimento retilíneo repetido para cima e para baixo até do 
primeiro ao quarto, e para o lado do quinto ao nono. A partir do décimo, não há 
diferença entre os cardinais e ordinais.
Veja esses sinais sendo utilizados em uma conversa:
 https://www.youtube.com/watch?v=ivnPNodCtu4
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 20
2.4 Advérbio de tempo
O objetivo desse tópico é aprender sinais que são utilizados para expressar 
ideias relacionadas ao tempo.
Aprenda mais sobre como os numerais são utilizados em 
Libras:
https://www.youtube.com/watch?v=-0DAwHz6OeE
HOJEONTEM AMANHÃ
HÁ 2 DIASHÁ 3 DIASHÁ 4 DIAS
MANHÃ TARDE NOITE
MADRUGAD
A
SEMPRE ÀS-VEZES
MÊS 2-MESES 3-MESES
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 21
MANHÃ TARDE NOITE
MADRUGAD
A
SEMPRE ÀS-VEZES
MÊS 2-MESES 3-MESES
4-MESES ANO 2-ANOS
3-ANOS 4-ANOS
Assista uma videoaula sobre o tempo em Libras: 
http://tvines.ines.gov.br/?p=10332
Vocabulário dos dias da semana em Libras: 
https://www.youtube.com/watch?v=0TL1lc7ZXa4
Vocabulário dos meses do ano em Libras: 
https://www.youtube.com/watch?v=xKmOMOxXM1Y
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 22
Resumo
Nesta Unidade vimos que, a LIBRAS é a sigla para a Língua Brasileira de Sinais, 
a língua visual motora utilizada pela comunidade surda do Brasil. Cada país 
desenvolveu sua própria língua de sinais, ou seja, a Libras não é universal. 
Aprendemos a nos apresentar em Libras, bem como a sinalizar os números e 
sinais que envolvem tempo.
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 23
Objetivos:
Conhecer os componentes linguísticos e gramaticais da Libras;
Identificar os elementos estruturais da gramática da língua de sinais.
3.1 Fonologia: unidades mínimas (parâmetros), par mínimo e 
alofonia
A fonologia estuda as unidades mínimas sem significado que 
compõem as palavras. No 
caso das línguas de sinais, 
estudaremos as menores 
unidades sem significado 
que constituem um sinal. Isso 
quer dizer que o sinal não é 
um todo indissociável, ele é 
formado por partes menores 
que são conhecidas como 
parâmetros.
Veja na imagem ao lado os 
parâmetros do sinal FRIO.
UNIDADE
COMPONENTES LINGUÍSTICOS E 
GRAMATICAIS DA LIBRAS3
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 24
Há três parâmetros considerados principais: a configuração de mão, o ponto de 
articulação e o movimento.
A configuração de mão é a forma que a mão assume durante a realização de um 
sinal. Essa forma pode ser a de uma letra do alfabeto que você já estudou, mas 
existem outras configurações. Como a língua é viva, e a cada dia surgem novos 
sinais, é natural que surjam novas configurações de mãos; por isso não temos 
um número exato de configurações de mão, vários estudiosos apresentaram 
tabelas de configurações de mãos com diferentes quantidades de itens nelas. 
A seguir apresentamos uma tabela de configurações de mãos que está dividida 
em 10 grupos de configurações. Essa divisão levou em conta os dedos que são 
utilizados em cada forma.
Configurações de mãos
1
3
2
4
Grupo 02
Grupo 03
Grupo 04
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 25
5
7
9
6
8
10
Grupo 05
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 26
O ponto de articulação é o local onde incidem as mãos ao realizar um sinal. 
Alguns sinais não apresentam nenhum tipo de toque das mãos em outra parte 
do corpo, nesses casos consideramos o ponto de articulação como um “espaço 
neutro”. No quadro abaixo, relacionamos os possíveis pontos de articulação de 
um sinal.
Testa Ombro
BochechaBraço
Queixo
Olhos
Pescoço
Nariz
Boca Cintura
Orelhas Antebraço
O movimento envolve o deslocamento das mãos no espaço e alterações na 
configuração de mãos, isto é, no posicionamento dos dedos. É importante saber 
que o movimento pode acontecer em três planos: horizontal, frontal e lateral. 
Esse parâmetro pode ser classificado de diferentes formas. 
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 27
Tipos de movimento
Contorno ou forma geométrica: retilíneo, helicoidal, circular, semicircular, 
sinuoso, angular.
 
Horizontal Frontal Lateral
Retilíneo
Helicoidal
Circular
Semicircular
Sinuoso
Angular
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 28
Tipos de Contato: agarrar, deslizar ou escovar, toque, esfregar, bater.
Agarrar Esfregar
Deslizar Bater
Tocar
Interno das mãos: abertura, fechamento, curvamento, dobramento.
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 29
Unidirecional: para cima, para baixo, para a direita, para a esquerda, para dentro, 
para fora, para o centro, para a lateral inferior/ superior esquerda/ direita, para um 
ponto específico referencial. Bidirecional: (quando envolve duas das direções acima)
Exemplos de descrição fonológica de sinais:
Configuração de mão: B 
Ponto de articulação: Peito 
Movimento: tocar 
Existem ainda dois parâmetros secundários: a orientação da palma da mão e as 
expressões não manuais. A orientação da palma da mão se refere à direção 
para onde a palma está virada no momento da realização do sinal. Dessa forma, 
temos seis possíveis direções: para cima, para baixo, para frente, para trás, 
para o centro e para fora.
Configuração de mão: O 
Ponto de articulação: Espaço neutro
Movimento: Abrir e fechar da mão ; 
Deslocamento da mão retilíneo em 
diagonal para lateral superior direita .
VIAJAR
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 30
As expressões não manuais envolvem as expressões realizadas pelo rosto e os 
movimentos de corpo que atrelados aos sinais os intensificam, ou expressam as 
emoções relacionadas a um determinado sinal ou contexto. Assim as expressões 
faciais podem ter um caráter afetivo ou gramatical.
As afetivas estão ligadas a emoções, as gramaticais possibilitam, entre outras 
coisas diferenciar os tipos de frases.
Figura 8 – Expressões faciais
Fonte: http://tertuliasdelibras.blogspot.com/2016/01/como-melhorar-expressao-facial-e.html
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 31
É importante notar que a alteração de um dos parâmetros principais de um sinal 
podem provocar uma mudança de significado. Vejamos um exemplo disso:
No exemplo acima, podemos ver dois sinais parecidos, comparando seus 
parâmetros notamos que a única diferença entre os dois está no ponto de 
articulação. A mudança desse único parâmetro resultou na ressignificação do 
sinal. Assim podemos afirmar que SÁBADO e APRENDER são um par mínimo. 
A comparação de sinais que formam pares mínimos é o que torna possível 
identificar as unidades mínimas que os compõem. 
Mas em alguns casos a alteração de um parâmetro pode não resultar na mudança 
de significado, permanecendo o sentido. Vejamos um exemplo:
SÁBADOAPRENDER
ENTENDER ENTENDER
Saiba mais sobre os parâmetros dos sinais da Libras.
Disponível em: <http://tvines.ines.gov.br/?p=707>
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 32
No exemplo acima, o sinal ENTENDER é executado de duas maneiras. A 
diferença entre elas está na no ponto de articulação, mas essa alteração não 
criou um novo sinal. Nesse caso, esse fenômeno é chamado de alofonia. Mas 
atenção, isso não significa que você pode sinalizar como bem entender, a 
alofonia é convencionada, ou seja, as duas formas do sinal já são conhecidas e 
difundidas na comunidade.
3.2 Morfologia: verbos e substantivos
A morfologia estuda as unidades mínimas que são carregadas de significado e 
que compõem as palavras (sinais). Nesse tópico estudaremos como os mesmos, 
parâmetros que você já estudou podem carregar significados e assim derivar ou 
compor novos sinais.
Derivações devido à mudança da configuração de mão
Primeiramente, vejamos como a configuração de mão pode influenciar na 
derivação de um sinal, para isso vamos relembrar um vocabulário que já 
aprendemos: o do sinal de mês.
MÊS 2-MESES
3-MESES 4-MESES
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 33
Nos exemplos acima vemos que a derivação serviu para incorporar o numeral 
ao sinal, para tanto somente foi necessária a mudança da configuração de mão. 
Nesse exemplo, o processo de derivação é chamado de incorporação de número.
Agora vejamos um outro exemplo, o do sinal BEBER.
Neste outro caso, vemos novamente a alteração da configuração de mão. Aqui 
essa mudança se fez necessária para fazer o verbo BEBER concordar com o 
objeto (aquilo que estava sofrendo a ação de ser bebido); afinal, a forma da 
nossa mão não é a mesma quando bebemos em uma xícara ou em um copo. 
Esse fenômeno é chamado de incorporação do argumento.
Derivações devido à mudança do movimento
O movimento também pode provocar mudança de significado dos sinais, a 
principal dessas mudanças está na alteração da classe gramatical de alguns 
sinais, que variam de substantivo para verbo e vice-versa. Vejamos um exemplo 
para tornar clara essa ideia.
Neste exemplo, percebemos que a mudança entre o substantivo TELEFONE e 
o verbo LIGAR está somente no movimento. O substantivo produz uma forma 
parada, com a mão tocando o rosto, enquanto o verbo tem um movimento 
semcircular para frente.
BEBERxícara BEBERcopo
TELEFONE TELEFONAR
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 34
O movimento também pode influenciar o entendimento sobre a forma como as 
ações expressas pelos verbos acontecem, isto é, sua frequência ou intensidade. 
Tomemos como exemplo novamente o verbo LIGAR. Já vimos como diferenciá-
lo do substantivo TELEFONE, agora vejamos como atribuir frequência.
Podemos perceber que quando o movimento é repetido muitas vezes, 
transmitimos a ideia de que aquela ação foi realizada várias vezes.
Agora vejamos um exemplo de como um verbo pode ser intensificado. Considere 
os verbos ESTUDAR e FALAR.
Aqui é possível perceber que além do movimento se repetir, há maior tensão 
nesse, e ainda o acompanhamento das expressões faciais e corporais para dar 
a ideia de maior intensidade. No segundo exemplo há a adição da segunda mão. 
LIGAR +TELEFONAR
ESTUDAR ESTUDARmui
to
FALAR FALARmuito
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 35
Dessa forma, é possível perceber que os sinais podem derivar seus significados 
de várias formas.
Processos de composição
Os sinais também podem se juntar para formar novos significados em processos 
de composição. As composições podem ser por justaposição ou por aglutinação, 
vejamos como ocorre cada um deles.
No processo de justaposição, os sinais são agrupados um após o outro criando 
assim um novo sinal. A exemplo disso, o sinal ESCOLA é formado pelos sinais 
CASA e ESTUDAR. 
Esse procedimento é muito comum na indicação do gênero masculino e feminino 
para seres vivos. O masculino é indicado com a junção do sinal HOMEM, e o 
feminino com o sinal MULHER.
CASA ESCOLAESTUDAR
BOI VACA
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 36
No processo de aglutinação, os sinais não se juntam um após o outro para 
formar um novo sinal; nesse caso, os sinais que compõem o novo sinal perdem 
parte das suas características e se unem em um sinal único e novo. Veja o 
exemplo do sinal HIPERTEXTO.
Nesse sinal percebemos a aglutinação dos sinais TELEVISÃO e LIVRO. Esses 
dois sinais são feitos com as duas mãos, mas perdem uma das mãos quando 
se juntam. Dessa forma, cada mão carrega um significado, e se unem formando 
um novo que deriva dessa união.
Então percebemos que os parâmetros podem carregar consigo significados 
diversos, que envolvem intensidade, frequência ou mesmo conceitos. Por esse 
motivo, eles podem ser considerados morfemas, e a sua união gera novos 
significados expressos por meio de novos sinais.
Até aqui estudamos a estrutura dos sinais, agora vejamos como esses itens 
lexicais da língua de sinais se juntamem frases.
Sintaxe: tipos de frases.
A sintaxe estuda a organização das palavras em frases, e as relações que estas 
estabelecem entre si. Na língua de sinais, a sintaxe está diretamente ligada ao 
espaço, pois é no espaço em volta do emissor que são estabelecidos pontos 
representativos de elementos da narrativa. A articulação dos sinais entre esses 
pontos transmite a mensagem pretendida.
Para entender a sintaxe da língua de sinais precisamos primeiramente 
compreender que os verbos na Libras podem ter concordância ou não. Os verbos 
TELEVISÃO LIVRO HIPERTEXTO
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 37
sem concordância são sempre executados da mesma forma, veja abaixo alguns 
exemplos:
Os verbos com concordância podem variar a forma de sua execução a fim de 
concordar com as pessoas do discurso. Veja por exemplo o verbo DAR.
GOSTAR COMERAMAR
1SDAR2S 2SDAR1S 1SDAR3S
3SDAR1S 3SDAR2S
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 38
A diferença entre essas formas está na orientação da palma da mão e na 
direcionalidade do movimento. É interessante notar que geralmente a palma da 
mão está voltada para quem sofre a ação, enquanto que o dorso da mão está 
voltado para quem a executa. Ao mesmo tempo, o sinal se movimenta partindo 
de um ponto no espaço próximo de quem executa a ação e findando próximo de 
quem sofre a ação.
Um outro tipo de concordância possível na língua de sinais é a que concorda 
com uma localização específica que representa um objeto ou entidade. Nesses 
casos, esse local é sinalizado antes e depois o verbo é pronunciado levando em 
conta essa marcação prévia. Veja no exemplo a seguir.
PRATELEIRA
LIVRO
PEGARlivro
COLOCAR
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 39
O sinal PRATELEIRA marca um local específico, sinal copo é pronunciado e após 
há a pronúncia do verbo COLOCAR, que nesse caso incorpora o argumento “livro” 
representado pela forma arredondada da mão - como se estivesse segurando um 
livro. O sinal colocar finda no mesmo local onde antes foi sinalizado PRATELEIRA, 
fazendo assim com que aconteça a chamada concordância espacial.
Passemos então agora para o estudo das várias formas que as frases podem 
assumir na língua brasileira de sinais.
Sentenças afirmativas - são aquelas que expressam ideias afirmativas.
Saiba mais sobre os verbos na Libras nos links: 
Disponível em:
Aula 01: <http://tvines.ines.gov.br/?p=3304>
Aula 02: <http://tvines.ines.gov.br/?p=3848>
EU
ESTUDAR
UEMA
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 40
Sentenças negativas - expressam uma negação. Geralmente tem o sinal NÃO 
ou NADA presente, mas a negação pode se dar por meio do uso da expressão 
facial de negação associada ao sinal a ser negado; e em alguns casos pode 
haver um movimento diferente do sinal, com o objetivo de negar.
VOCÊ
COMER
NÃO
EU
NÃO-GOSTAR
CHOCOLATE
ATIVIDADE
EU
RESPONDERnão
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 41
Sentenças interrogativas - expressam uma pergunta, e são acompanhadas de 
expressão facial condizente com questionamentos. Perguntas cujas respostas 
costumam ser “sim” ou “não” são feitas com o queixo para baixo; já perguntas 
cujas respostas contenham algum conteúdo a mais, são feitas com o queixo 
para cima.
SÃO-LUÍS
VOCÊ
CONHECER ?
VOCÊ
CASA
ONDE ?
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 42
Sentenças condicionais - estabelecem uma condição para que algo aconteça. 
Em Libras sempre terão a presença do sinal S-I (se) acompanhado de expressão 
corporal e facial.
SE
EU
APROVAD@
VIAJAR
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 43
Sentenças relativas - são frases onde há uma inserção de informações 
adicionais. Nesse tipo de frase ocorre uma quebra da expressão facial, com o 
levantamento das sobrancelhas.
EU
IR
RESTAURANTE
LEMBRAR
PASSADO
NÓS-2
JUNT@
LÁ
EU
COMER
LÁ
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 44
Sentenças com tópico - São frases em que há uma reorganização dos 
componentes, gerando uma estrutura em que primeiro se apresenta um tópico, 
e logo após um comentário sobre ele.
CINEMA
EU
NÃO-GOSTAR
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 45
Sentença com foco - são estruturas que visam dar ênfase a algum ponto da 
frase, nesses casos há duas possibilidades para enfatizar um ponto: (1) repete-
se o termo que se deseja destacar e (2) a expressão de afirmação balançando 
a cabeça para cima e para baixo acompanha tal termo.
EU
JÁ
RESPONDER
EU
RESPONDER
JÁ
JÁ
Veja exemplos dos tipos de frases em Libras.
Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=61iZvkZQAVc>
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 46
3.3 Semântica e Pragmática: pronomes pessoais
A semântica estuda os significados das palavras ou expressões em um 
determinado contexto, bem como as variações que podem aparecer quando 
essas são utilizadas em um determinado tempo ou espaço. Na Libras, essa 
variação de significado pode ser bem percebida no uso dos pronomes.
Neste tópico estudaremos como os pronomes se apresentam na língua brasileira 
de sinais.
Pronomes pessoais - são aqueles que designam as três pessoas do discurso: 
quem fala, com quem se fala, e de quem se fala. Na Libras, os pronomes 
pessoais utilizam a mesma configuração de mão, e podem ser entendidos como 
a apontação para a pessoa a quem se quer referir. Assim temos:
O plural se apresenta incorporando o numeral até o quatro. Depois disso é feito 
pela incorporação de um movimento circular. Dessa forma, podemos separar 
em:
Dual
EU VOCÊ EL@
NÓS-2 VOCÊS-2 EL@-2
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 47
Trial
Quatrial
Plural
É importante notar que a direção do olhar influencia o significado do pronome, o 
emissor (primeira pessoa) sempre estará olhando para o receptor (3 pessoas).
NÓS-3 VOCÊS-3 EL@-3
NÓS-4 VOCÊS-4 EL@-4
NÓS VOCÊS EL@
Aprenda novos vocabulários nos links. Disponíveis em:
Sinais de família
<https://www.youtube.com/watch?v=IyP5owQsxS0>
Sinais diversos
<https://www.youtube.com/watch?v=TqAztLNn7GE>
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 48
Resumo
Nesta Unidade, aprendemos sobre vários aspectos gramaticais da Libras. 
Vimos que os sinais são formados por parâmetros (configuração de mãos, ponto 
de articulação, movimento, orientação da palma da mão e expressões não 
manuais). Aprendemos que eles podem derivar pela mudança do movimento 
e das expressões faciais; e que podem se juntar para compor novos sinais 
por meio dos processos de justaposição ou aglutinação. Vimos ainda que, 
as expressões faciais são importantes na percepção dos diferentes tipos de 
frases. E que os pronomes na libras estão divididos em singular, dual, trial, 
quatrial e plural. 
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 49
UNIDADE
ENSINO, APRENDIZAGEM E 
INTERAÇÃO
Objetivos:
Reconhecer a Libras como língua de comunicação e expressão da comunidade 
surda brasileira;
Entender que a comunidade surda possui peculiaridades culturais e identitárias.
4
4.1 Português como segunda língua na modalidade escrita no 
ensino e aprendizagem de estudantes surdos bilíngues
Como você viu na Unidade 1, os surdos vivenciaram várias formas de ensino, e por muito tempo foram educados na perspectiva da filosofia de educação oralista. Nessa abordagem, os surdos aprendiam com base na 
língua oral, aqui no Brasil, o Português falado.
Os surdos chegam à escola com somente fragmentos da Língua Portuguesa 
(visto que não a ouvem, ou tem pouquíssimo resquício auditivo), e a forma como 
o Português é ensinado na escola beneficia aqueles alunos que já falam a língua 
e somente recebem instrução sobre suas regras. Assim, era muito difícil para os 
surdos entenderem essa língua.
A nova perspectiva de educação bilíngue prevê a instrução dos surdos baseada 
na Libras como primeira língua e no Português escrito como segunda língua. 
Desde a publicação da Lei no 10.436 de 2002, e do Decreto no 5.626 de 2005, 
muito se discute sobre o ensino de Português como segunda língua para surdos.
A língua de sinais, por ser visual-espacial, tem ajudado os surdos a compreender 
vários assuntos e assim ampliar seu conhecimento demundo. Com isso, já se 
entende plenamente a importância do ensino da Libras como primeira língua 
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 50
para os surdos. Com respeito a ensinar o Português escrito, ainda se encontram 
algumas dificuldades 
Ao adentrar a escola, a criança surda, que geralmente é filha de pais ouvintes 
que não sabem a língua de sinais, não raro chega sem uma língua. Claro que 
possui uma forma de comunicação criada em casa, mas não é a Libras (pois 
os pais não conhecem) e nem é a Língua Portuguesa (pois ele não consegue 
acessar essa língua sem a audição). A proposta de educação bilíngue visa 
elucidar essa problemática apresentando a Libras aos surdos como sua primeira 
língua, de forma que através dessa ele possa adquirir a segunda, o Português 
escrito. Pois, na escola, esse aluno vivenciará práticas de escrita que envolvem 
a Língua Portuguesa.
É importante também entender que ler não é somente decodificar letras, evolve 
a interpretação das ideias expressas por escrito. O texto é uma ferramenta de 
interação, e para que ela aconteça é importante se certificar que os interlocutores 
estejam entendendo o que é falado. Portanto, o ensino de Português para surdos 
deve ser voltado para o uso da língua, e não para a simples instrução das regras 
da língua, como diz Pereira (2014, p. 147):
Com base na concepção discursiva de língua, o objetivo no ensino da Língua 
Portuguesa para os alunos surdos, como para os alunos ouvintes, deve ser a 
habilidade de produzir textos e não palavras e frases, daí a importância de se 
trabalhar muito bem o texto, inicialmente na Língua Brasileira de Sinais. Para 
isso cabe ao professor traduzir os textos ou partes deles para a língua de sinais 
e vice-versa, bem como explicar e esclarecer aspectos sobre a construção dos 
textos. As explicações devem ser dadas numa perspectiva contrastiva, na qual 
as diferenças e as semelhanças entre a Língua Brasileira de Sinais e a Língua 
Portuguesa sejam elucidadas. Desta forma, os alunos vão observar como uma 
mesma ideia é expressa nas duas línguas. Esta prática serve de base para os 
alunos formularem suas hipóteses sobre o funcionamento das duas línguas. 
Essa operação mental para entender um texto exigirá do aluno surdo que ele 
relacione a informação à qual está sendo apresentado com a que ele já retém 
na mente. Assim quanto mais amplo seu conhecimento de mundo, melhor será 
seu entendimento da língua escrita, e assim ele poderá levantar hipóteses mais 
sólidas sobre seu funcionamento. Daí nota-se como a Libras é importante no 
aprendizado da Língua Portuguesa. 
É importante que desde bem cedo os professores proporcionem às crianças 
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 51
surdas o acesso à Língua Portuguesa escrita, contando histórias mesmo em 
língua de sinais, e depois mostrando o mesmo conto em português, relacionando 
as palavras e sinais às imagens que são comuns em livros infantis. Os surdos 
se baseiam na visão para apreender informações, seja por meio das imagens, 
da língua de sinais ou da língua escrita.
4.2 Cultura, comunidade e identidade surda
Há muitos conceitos sobre cultura, e isso torna a discussão sobre cultura surda 
ainda mais acirrada. Nesta Unidade, adotaremos o conceito de cultura como 
conjunto de significados e práticas simbólicas partilhado por um determinado 
grupo, transmitido e refeito entre diferentes gerações. 
Mas ressaltamos que não vemos a cultura como um estado pronto, estagnado e 
imutável; mas sim como um processo dinâmico que muda a partir das relações 
da comunidade que compartilha esse conjunto de práticas. Assim é cumulativa, 
pois novas práticas e valores são atrelados à medida que as interações desse 
grupo acontecem. 
A noção de uma cultura dos surdos parte de uma visão socioantropológica 
desse grupo minoritário. Essa visão é um tanto incomum visto que 
historicamente os surdos forram vistos e classificados de por conta da sua 
diferença física – a ausência da audição – e não por sua diferença social, 
como preferem ser vistos. 
Nesse novo prisma, entende-se que os surdos são uma minoria linguística 
que tem uma percepção do mundo diferenciada. Sua forma de compreender e 
expressar a realidade se dá pela sua experiência visual e pelo uso da língua de 
Leia mais sobre o ensino de Português para surdos em: 
PEREIRA, M. C. C. O ensino de português como segunda língua 
para surdos: princípios teóricos e metodológicos. Educar em Revista, 
Curitiba, Brasil, Edição Especial n. 2/2014, p. 143-157. Editora UFPR. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/er/nspe-2/11.pdf>
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 52
sinais, que é de modalidade visual-gestual. Além disso, os surdos possuem a 
comunidade surda como espaço que privilegia essas experiências.
Assim, a cultura surda é um conjunto de práticas e produções específicas que 
determinam um espaço de reafirmação linguística, política e histórica. Esse 
conceito é uma forma de resistência à visão patológica sobre a surdez, e também 
um posicionamento político dos surdos que valoriza sua língua e seu potencial 
pautado na diferença. 
O meio no qual esses valores são propagados é chamado de comunidade 
surda. Essa comunidade é o espaço (não somente físico) em que se partilham a 
experiência visual e a língua de sinais, e é frequentado por surdos e ouvintes que 
utilizam a essa língua. Normalmente, se realiza em locais como: associações 
de surdos, instituições de ensino e religiosas, festas, pontos de encontro e 
ambientes virtuais. Nessa comunidade encontram-se surdos em suas diferentes 
identidades.
De acordo com Gadis Perlin, pesquisadora surda brasileira, há uma diversidade 
complexa de identidades surdas. Por conta de suas diferentes vivências, os 
surdos não são homogêneos, assim como os ouvintes. A autora lista sete 
identidades observadas dentre os surdos. Observe:
1 Identidade Surda (política) – surdos com experiência visual que determinam 
formas de comportamento; se expressam sempre usando a língua de sinais; se 
aceitam como surdos; lutam politicamente pela aceitação da sua diferença, pela 
necessidade de interpretes e de educação diferenciada; utilizam tecnologias 
adaptadas aos surdos; assumem posição de resistência; utilizam pouco a língua 
oral, por não a compreenderem muito bem;
2 Identidade Surda Híbrida – aqueles que nascem ouvintes e por alguma causa 
perdem a audição; dependendo da idade em que ficaram surdos, conhecem 
bem a língua oral e utilizam as duas línguas na comunicação; se aceitam como 
surdos e lutam pelas mesmas causas dos surdos políticos;
3 Identidade Surda Flutuante – são sujeitos que apesar de serem surdos não 
tem contato com a comunidade surda; seguem a representação da identidade 
ouvinte; falam Português e orgulham-se disso; têm resistência à língua de sinais 
e à presença de interpretes; buscam igualdade com os ouvintes;
4 Identidade Surda Embaraçada – indivíduos que não conseguem captar a 
representação da identidade surda, nem tampouco da ouvinte; se comunicam 
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 53
por gestos, as vezes incompreensíveis; não usam a língua de sinais; estão em 
uma situação de incapacidade; muitas vezes são aprisionados pelas famílias;
5 Identidade Surda de Transição – surdos que devido à sua condição social tem 
um contato tardio com a comunidade surda e antes disso viviam como ouvintes; 
estão transitando entre as identidades, passando da comunicação oral/auditiva 
para a comunicação visual/gestual, da identidade ouvinte para a surda, por isso 
ainda carregam traços visíveis da identidade ouvinte;
6 Identidade Surda de Diáspora – surdos que se mudam de um país para outro, 
ou mesmo de uma região ou estado para outro; também estão em transição, se 
adaptando à cultura surda local, à língua de sinais diferente ou às variações da 
mesma língua; e
7 Identidades Surdas Intermediárias – pessoas com uma característica particular 
que as impede de assumir uma identidade surda, a sua percepção não é somente 
visual; assume a importânciado uso de aparelho de audição e de amplificação 
sonora, e do treinamento oral; usa a língua de sinais esporadicamente, sua 
comunicação se dá principalmente por meio da língua oral.
Resumo
Nesta Unidade, vimos que a política de educação bilíngue para surdos prevê 
que eles aprendam primeiro a língua de sinais, e por meio dessa ampliem seu 
conhecimento de mundo, o que vai auxiliar no aprendizado da Língua Portuguesa 
escrita. Também aprendemos que eles possuem uma forma diferente de perceber 
e expressar a realidade, e por isso possuem uma cultura diferenciada. Os surdos 
e os ouvinte que usam a Libras se reúnem na comunidade surda. Mesmo entre 
eles há diferenças de identidades.
Saiba mais sobre a cultura surda no site.
Disponível em: <www.culturasurda.net>
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 54
 Referências
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 
10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais 
- Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial 
da União, Brasília, DF, 23 dez. 2005. 
BRITO, Lucinda Ferreira. Por uma gramática de línguas de sinais. Rio de 
Janeiro: Tempo Brasileiro: UFRJ, Departamento de Linguística e Filologia, 1995.
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do professor instrutor – Brasília/DF : Programa Nacional de Apoio à Educação dos 
Surdos, MEC: SEESP, 2001. LEITE, T. A.; MCCLEARY, L. E. Aprendizagem da 
Língua de Sinais Brasileira como segunda língua: Estudo em diário. In: XLIX 
Seminário do GEL, 2001. Marília, São Paulo. Seminário do GEL - Programação 
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PEREIRA, M. C. C. A constituição de sentidos na leitura e na escrita por alunos 
surdos. In: MENDES, E. G.; ALMEIDA, M. A. (Org.). Das margens ao centro: 
perspectivas para as políticas e práticas educacionais no contexto da educação 
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PERLIN, G. Identidades Surdas. In: SKLIAR, C. (Org.). A surdez – um olhar 
sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 2005. p. 51-73.
QUADROS, R. M. de & KARNOPP, L. Língua de sinais brasileira: estudos 
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STROBEL, K. História dos Surdos: Representações “Mascaradas” das Identidades 
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Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 55
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