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BIBLIOTECAS ARQUIVOS E MUSEUS Aspectos legais dos acervos digitais Profa. Lorena Tavares PROPRIEDADE INTELECTUAL Direito autoral Propriedade Industrial Expressão genérica que pretende garantir a inventores ou responsáveis por qualquer produção do intelecto (seja nos domínios industrial, científico, literário e/ou artístico) o direito de auferir, ao menos por um determinado período de tempo, recompensa pela própria criação. Segundo definição da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), constituem propriedade intelectual as invenções, obras literárias e artísticas, símbolos, nomes, imagens, desenhos e modelos utilizados pelo comércio. Disponível em: <http://www.museu-goeldi.br/institucional/i_prop_propintel.htm> PROPIEDADE INTELECTUAL A propriedade intelectual abrange duas grandes áreas: Propriedade Industrial (patentes, marcas, desenho industrial, indicações geográficas e proteção de cultivares) e Direito Autoral (obras literárias e artísticas, programas de computador, domínios na Internet e cultura imaterial). CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE INTELECTUAL Em 1997, um caso entrou para a história dos plágios na Inglaterra. O estudante Richard Belcher, 15, venceu um concurso de redações políticas, na categoria entre 13 e 15 anos, promovido pelo jornal The Guardian, plagiando palavra por palavra uma coluna publicada na revista The Economist, no ano anterior, de autoria de David Lipsey. A fraude foi descoberta quando o texto de Belcher foi publicado no jornal britânico, como vencedor do concurso. Ele teve que devolver o prêmio de 200 libras e se desculpou dizendo que ?não sabia que The Economist era uma revista tão lida? Em 2011, a USP (Universidade de São Paulo) demitiu um professor por plágio na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto. Ele foi mandado embora por ser o principal autor da pesquisa que copiou imagens de trabalhos de 2003 e 2006 sem creditá-las aos autores, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). A pesquisa envolveu dez cientistas que investigaram se uma substância isolada da jararaca é útil contra o vírus da dengue e foi publicada pela revista Biochemical Pharmacology. O caso ocorreu em 2009 e, segundo o docente, o erro foi de uma das alunas que trocou as imagens, mas sem má fé Direito autoral Complexos de faculdades jurídicas de que é titular o autor da obra literária,artística ou científica relativamente a resguardar,transferir e reproduzi-la A seguir apresentaremos uma caracterização do conceito de Direito Autoral baseado na lei: LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como: I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas; II - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza; III - as obras dramáticas e dramático - musicais; IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixe por escrito ou por outra qualquer forma; V - as composições musicais, tenham ou não letra; VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas; VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia; VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinética; IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza; X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência; XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas como criação intelectual nova; XII - os programas de computador; XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, constituam uma criação intelectual. FONTE DE INFORMAÇÃO SOBRE DIREITO AUTORAL Biblioteca Nacional www.bn.br Escritório de direitos autorais PROPRIEDADE INDUSTRIAL Patente Software Marca Desenho Industrial Indicação Geográfica Reprodução Copyright Creative Commons Direitos morais Autoria Direitos do autor Domínio público Distribuição Depósito legal Copyleft informações de uso público Licenças de uso Você conhece estes termos? digitais Direitos autorais e Bibliotecas digitais autenticidade Obra intelectual Pirataria propriedade intelectual Editor Obra derivada Contrafação Censura O conhecimento exato de quem detém os direitos de propriedade intelectual do recurso digital e de qualquer software que faça parte integrante do serviço para uso desse mesmo recurso; As condições contratuais das licenças de uso ligadas ao recurso digital ou ao equipamento e programas necessários para ter acesso ao recurso; A proteção da privacidade do autor ou da instituição produtora do recurso; Atenção no sentido de preservar a integridade do texto ou de toda obrigação legal relativa á autenticidade de determinados recursos. Fonte: Tammaro & Salarelli, 2008, p.280 Direitos Autorais Direitos do autor Direitos do usuário Direitos do Editor Este equilíbrio se alterou com a nova tecnologia Fonte: Ttexto extraído de ammaro & Salarelli, 2008, p.280 Direito de autor De acordo com a Lei nº 9.610/98, o registro de obras intelectuais dá-se perante a Fundação Biblioteca Nacional - Escritório de Direitos Autorais e tem por finalidade assegurar ao autor direitos sobre sua obra. O registro permite o reconhecimento da autoria, especifica direitos morais e patrimoniais e estabelece prazos de proteção tanto para o titular quanto para seus sucessores. “Os direitos morais da obra pertencem ao autor, são inalienáveis”. Tammaro & Salarelli (2008, p.282) Direito de autor Os direitos autorais têm um forte impacto nas bibliotecas digitais; Proteção contra usos não permitidos do recurso digital. Gestão dos direitos autorais (digital rights management (DRM) Medidas técnicas de controle dos acessos VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL É crime contra a propriedade imaterial; Consiste em violar direito de autor de obra literária, científica ou artística, bem como vender, expor à venda, adquirir, ocultar ou ter em depósito, para fim de venda, obra literária, científica ou artística, produzida com violação de direito autoral. (Jusbrasil). Pirataria: a violação ao direito autoral. (Comitê interministerial de combate à pirataria.) PARA EVITAR A INFRAÇÃO AOS DIREITOS AUTORAIS Para coibir a infração Licenças Exceções Normalização das condições de uso Acordo entre autores e editoras Termos das licenças Para coibir a infração Licenças Normalização das condições de uso Termos das licenças PARA EVITAR A INFRAÇÃO AOS DIREITOS AUTORAIS Definição de usuário autorizado Usos permitidos Usos proibidos Deveres do contratante A conservação Término do contrato Instância de julgamento em caso de conflito de interesses Exceções PARA EVITAR A INFRAÇÃO AOS DIREITOS AUTORAIS Quando a licença é omissa vale a legislação vigente; Referem-se ao livre uso por pessoas físicas que sejam autorizadas a fazer cópia de uma obra nas seguintes situações: 1) a cópia não prejudica os legítimos interesses comerciais do detentor dos direitos; 2) A cópia não se destina a uso pessoal com uma finalidade determinada; 3) a cópia não será comercializada. A CÓPIA Em que situações ela é permitida? Exceções Cópia? Se destina ao ensino Á pesquisa científica Ao estudo Á recensão e a crítica literária Á crônica de eventos isolados DIREITO AUTORAL E BIBLIOTECA DIGITAL Abrangência do direito de propriedade Assegurar que 1 objeto digital seja ou não de domínio público Obter uma licença de uso ou autorização p/usar 1 recurso Determinar quem é o detentor dos direitos de determinada parte. 1 foto dentrode um recurso por ex. Aplicar 1 das razões previstas nas exceções DIREITO AUTORAL E BIBLIOTECA DIGITAL Vale ser prudente em relação As exceções de que gozam as bibliotecas tradicionais no caso de livros impressos se estendem aos objetos digitais? É preciso ser autorizado e pagar para criar um vínculo hipertextual com um recurso digital? QUESTÕES SOBRE AUTORIA.... O que é obra coletiva? Obra coletiva é aquela que resulta da reunião de obras ou partes de obras que conservem sua individualidade, desde que esse conjunto, em virtude de trabalho de seleção e coordenação realizado sob a iniciativa e direção de uma pessoa física ou jurídica, tenha um caráter autônomo e orgânico. Desse conceito de obra coletiva, extraem-se os dois elementos constantes do art. 7.º da Lei Autoral (9.610/98): o critério de seleção e organização e a individualidade das contribuições singulares perante a autonomia do conjunto. Obra em co-autoria é aquela criada em comum, por dois ou mais autores. QUESTÕES SOBRE AUTORIA.... Quem colabora é co-autor? O que é obra em co-autoria? Não. É co-autor aquele que através de uma efetiva participação acrescentou com sua colaboração uma criação intelectual de fato à obra. O mero auxílio em tarefas não criadoras não constitui criação intelectual. O autor!!! Pertencem a ele os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou. Contudo, a lei lhe faculta o direito de ceder, definitiva ou temporariamente, o direito patrimonial sobre a sua obra. O cessionário da mesma (obra), em se tratando de uma transmissão definitiva de direitos patrimoniais, denominar-se-á titular, permanecendo o autor originário como autor moral da obra, exigindo a lei que seu nome permaneça vinculado à obra. Quem tem direitos morais e patrimoniais sobre a obra? Dentre os vários tipos de obras elencadas pelo legislador temos, por exemplo: • procedimentos normativos; • os formulários em branco para serem preenchidos por qualquer tipo de informação, científica ou não, e suas instruções; • os textos de tratados ou convenções; • leis, decretos, regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais; • as informações de uso comum tais como calendários, agendas, cadastros ou legendas; • os nomes e títulos isolados; etc. O que não é protegido como direitos autorais? • Segundo afirma Teixeira Santos: "O direito autoral beneficia as criações de forma, não as ideias. Uma ideia expressa por alguém pode ser retomada por qualquer pessoa. Aquele que a exprimiu pela primeira vez não poderá pretender sobre ela um monopólio”. O direito autoral é a forma pela qual o Direito encontrou para incentivar os autores a continuar a criar, e faz isso através da concessão de uma exclusividade que é dada a esse autor. Portanto, o que é direito autoral? Ao mesmo tempo é garantido um prazo no qual apenas o autor decide como explorar a sua obra. Ele possui exclusividade para decidir se divulga a sua obra, se a deixa na gaveta, se lê em voz alta no meio da praça, ou se leva para uma editora ou gravadora, ou mesmo se a disponibiliza gratuitamente para download na Internet. Fonte: Souza Direito autoral E COMO É QUE O AUTOR FAZ TUDO ISSO? Através da exclusividade que lhe é concedida. E de onde provém essa exclusividade? Da lei de direitos autorais, Lei nº 9.610/98, mais especificamente dos artigos 28 e 29. Fonte: Souza ALTERNATIVAS A PROPRIEDADE INTELECTUAL Copyleft Creative Commons GNU - Software Livre COPYLEFT X DOMÍNIO PUBLICO Direito de cópia é uma forma de usar a legislação de proteção dos direitos autorais com o objetivo de retirar barreiras à utilização, difusão e modificação de uma obra criativa devido à aplicação clássica das normas de propriedade intelectual Ele difere assim do domínio público, que não apresenta tais exigências; enquanto o domínio público permite qualquer utilização de uma obra, o copyleft, tem, via de regra, a única exigência de se poder copiar e distribuir uma obra.[1] O copyleft também não proíbe a venda da obra pelo autor, mas implica a liberdade de qualquer pessoa fazer a distribuição não comercial da obra.[2] CREATIVE COMMONS Organização sem fins lucrativos que permite o compartilhamento e uso da criatividade e do conhecimento através de instrumentos jurídicos gratuitos. Licenças de direitos autorais fornecer uma maneira simples, padronizado para dar ao público permissão para compartilhar e utilizar o seu trabalho criativo - sobre as condições de sua escolha. As licenças CC permitem alterar facilmente os seus termos de direitos de autor a partir do padrão de "todos os direitos reservados" para "alguns direitos reservados". Se a maior parte das utilizações de uma obra passam pela necessidade de se pedir autorização, como será que o interessado em se valer da obra obtém autorização? Fonte: Souza E pelo lado do autor, como será que ele deve conceder essa autorização? Fonte: Souza É preciso definir quem é o cliente dentro dos modelos comerciais para as instituições de memória e guardiãs do conhecimento Existem 5 tipos diferentes de clientes: 1. Consumidor: Pessoas físicas. Representam o grupo consumidor mais comum nas relações comerciais com instituições de arquivo e memória. 2. Indústrias criativas: Pessoas jurídicas ou profissionais liberais que compram bens culturais ou históricos como matéria prima na elaboração de outros trabalhos (como remix, ou citação em filmes, músicas, jogos eletrônicos, etc.). Fonte: TADDEI, 2010 3. Profissionais: Pessoas jurídicas em geral. Podem se interessar pelos conteúdos e bens das instituições culturais e de memória para associar a marca aos serviços e conteúdos das instituições por meio de patrocínios ou merchandising, entre outros. 5. Governos: Para a grande maioria das instituições, o governo é o cliente mais óbvio, embora frequentemente o mais esquecido. Os governos federais, estaduais e municipais provêem as instituições com fundos necessários para o funcionamento, além de empréstimos, financiamentos e isenções fiscais. 4. Educação e pesquisa: Professores, instituições de ensino e pesquisadores interessados em utilizar material das instituições com fins lucrativos ou que caiam no terreno coberto pelo direito autoral. Fonte: TADDEI, 2010 EM BIBLIOTECAS DIGITAIS... Aos envolvidos direta ou indiretamente com publicações nos seus diferentes formatos, recomenda-se estudar claramente a abrangência e profundidade da legislação que aborda os direitos autorais EM BIBLIOTECAS DIGITAIS... Cabe conhecer profundamente os aspectos referentes: a autoria, a autorização prévia e expressa do autor para a utilização da obra, por quaisquer modalidades, tais como: reprodução parcial ou integral; edição; adaptação, o arranjo musical e quaisquer outras transformações; a tradução para qualquer idioma; a distribuição, quando não intrínseca ao contrato firmado pelo autor com terceiros para uso ou exploração da obra; A distribuição para a oferta de obras ou produções mediante cabo, fibra ótica, satélite Nos diferentes artigos da Lei n. 9.610 Fonte: Blatmann NECESSIDADE DE ADEQUAÇÕES A LEI Fonte: LEI Nº 9.610 O Ministério da Cultura submeteu à Consulta Pública, entre 14 de junho e 28 de julho de 2010, o anteprojeto de lei que moderniza a Lei de Direitos Autorais (9.610/98). A proposta está baseada na necessidade de harmonizar a proteção dos direitos dos 1)autores e artistas, com o 2)acesso do cidadão ao conhecimento e à cultura e a 3)segurança jurídica dos investidores da área cultural Qual é base da proposta? MUDANÇAS PROPOSTAS NA MODERNIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO Maior controle da própria obra: o novo texto torna explícito o conceito de licença (autorização para uso sem transferência de titularidade). A cessão de direitos terá de ser feita em contrato específico para isso. Reconhecimento de autoria: arranjadores e orquestradores, na música, e diretores, roteiristas e compositores da trilha sonoraoriginal, nas obras audiovisuais, passam a ser reconhecidos de forma mais clara como autores das obras. Fonte: Brasil, MinC, 2010 MUDANÇAS PROPOSTAS NA MODERNIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO Obra encomendada: o criador poderá recobrar o direito em certos casos; terá garantia de participação em usos futuros não previstos; e poderá publicá-la em obras completas. Prazo de proteção das obras: continua de 70 anos. Nas obras coletivas, será de 70 anos a partir de sua publicação. Fonte: Brasil, MinC, 2010 MUDANÇAS PROPOSTAS NA MODERNIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO Supervisão das entidades de gestão coletiva: associações de todas as categorias e o escritório central de arrecadação e distribuição de direitos de execução musical devem buscar eficiência operacional, por meio da redução dos custos administrativos e dos prazos de distribuição dos valores aos titulares de direitos; Instância para resolução de conflitos: será criada uma instância voluntária de resolução de conflitos no âmbito do Ministério da Cultura. Hoje, conflitos relacionados aos direitos autorais só podem ser resolvidos na justiça comum. Fonte: Brasil, MinC, 2010 MUDANÇAS PROPOSTAS NA MODERNIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO Acesso à cultura e ao conhecimento: haverá novas permissões para uso de obras sem necessidade de pagamento ou autorização. Entre elas: para fins didáticos; cineclubes passam a ter permissão para exibirem filmes quando não haja cobrança de ingressos; adaptar e reproduzir, sem finalidade comercial, obras em formato acessível para pessoas com deficiência. Reprodução de obra esgotada: está permitida a reprodução, sem finalidade comercial, das obras com a última publicação esgotada e também que não têm estoque disponível para venda. Fonte: Brasil, MinC, 2010 O que muda para os cidadãos: MUDANÇAS PROPOSTAS NA MODERNIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO Reprografia de livros: haverá incentivo para autores e editoras disponibilizarem suas obras para reprodução por serviços reprográficos comerciais, como as copiadoras das universidades. Cria-se para isso a exigência de que haja o licenciamento das obras com a garantia de pagamento de uma retribuição a autores e editores. Cópias para usos privados: autorizadas as cópias para utilização individual e não comercial das obras. Por exemplo, as cópias de segurança (backup); as feitas para tornar o conteúdo perceptível em outro tipo de equipamento, isto é, para fins de portabilidade e interoperabilidade de arquivos digitais. Medidas tecnológicas de proteção (dispositivos que impedem cópias) não poderão bloquear esses atos. MUDANÇAS PROPOSTAS NA MODERNIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO Segurança para o patrimônio histórico e cultural: instituições que cuidam desse patrimônio poderão fazer reproduções necessárias à conservação, preservação e arquivamento de seu acervo e permitir o acesso a essas obras em suas redes internas de informática. Não se trata de colocar as obras disponíveis na internet para acesso livre. Fonte: Brasil, MinC, 2010 Outras iniciativas para a divulgação de documentos ou acervos digitais com respeito à Lei de Direitos Autorais (Creative Commons, Open Archives) No Brasil o projeto Creative Commons é sediado pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas, com sede no Estado do Rio de Janeiro, coordenado pelo advogado Ronaldo Lemos. Fonte: Tammaro & Salarelli Outra iniciativa nacional que merece nota é a adotada pela cidade de Olinda (Pernambuco). Por meio dos recursos do Creative Commons o poder público municipal propõe um novo modelo de política de incentivo à cultura local, abrangendo as áreas da música, artes plásticas, teatro popular e patrimônio histórico. Fonte: Brittes; Pereira, 2007 As licenças Creative Commons são utilizadas pela Open Archives Iniciative (OAI); .....neste modelo as licenças Creative Commons destinam-se a declarar os usos permitidos dos objetos digitais e foram estudados para comunicar com os usuários finais, com patrocinadores e com as máquinas; Consistem num esquema de metadados e são utilizados junto com uma linguagem de máquina denominada ODRL (Open Digital Rights Language) Fonte: Tammaro & Salarelli OUTRAS QUESTÕES IMPORTANTES PROTEÇÃO DOS DADOS PESSOAIS Solicitar autorização para uso de dados pessoais em formato eletrônico Em caso de bibliotecas: dados utilizados como OPAC’s, dados de bases bibliográficos, periódicos eletrônicos,os sítios da Rede visitados, dados s/empréstimo, empréstimo entre bibliotecas, etc.... Importante: informar-se s/ a legislação vigente Fonte: Tammaro & Salarelli, 2008 Garantia da autenticidade do recurso autenticidade : que o recurso digital se mantenha inalterado em relação ao original...; ...Que seja aquilo que realmente afirma ser; ...Que sua representação seja fidedigna e respeite determinadas regras Fonte: Tammaro & Salarelli, 2008 Outras questões importantes Proteção dos dados pessoais Garantia da autenticidade do recurso Fonte: Tammaro & Salarelli, 2008 Outras questões importantes Proteção dos dados pessoais Métodos de certificação pública como a criação de repositórios de materiais protegidos pelo direito autoral; Definição de metadados para a declaração de autenticação; Métodos “secretos” ligados a aplicação de marca d’água (watermarking), á criptografia, as assinaturas digitais; Métodos funcionais como a encapsulação física Depósito legal Artigo 8º - [. . .] Como elemento chave para a política de preservação nacional, a legislação de arquivos e depósito legal ou voluntário em bibliotecas, arquivos, museus, e outros repositórios públicos deveria adotar o patrimônio digital. Legislações de direitos autorais e outros direitos relacionados deveriam permitir que os processos de preservação fossem legalmente assumidos por tais instituições. A UNESCO na Carta sobre a preservação do patrimônio digital determina que os Estados membros devem adotar medidas para a proteção do patrimônio digital incluindo o depósito legal: Fonte: Pinto, 2008, Finalidade: garantir a preservação e a acessibilidade do recurso por um longo período Domínio público é a extinção dos direitos autorais – principalmente os patrimoniais, que garantem a exclusividade para exploração econômica da obra Domínio público Domínio público é o conjunto de obras nas quais não mais incide a proteção patrimonial do direito de autor, e que, em virtude disto, seu uso é livre, independente de autorização ou pagamento. Fonte: LACORTE; ARENHART Domínio público Não é possível licenciar uma obra em domínio público. Mas há alternativas, como a licença CC0, da organização Creative Commons, que sinaliza que o autor abriu mão de todos os direitos. • Uma vez em domínio público, não é possível aos detentores recuperarem os direitos sobre a obra. Fonte: LACORTE; ARENHART Qual a função do Domínio público? “O domínio público é uma forma de ‘devolução’ ao seio da sociedade de algo que ela mesma propiciou ao criador da obra, um resgate ou pagamento, seja como for.” Domínio público efetivo é aquele que garante que as obras que o compõem possam ser amplamente acessadas, utilizadas por todos, quer reproduzindo-as, explorando-as, estudando-as, ou modificando-as para criar novas obras. A partir da possibilidade de múltiplos usos, o domínio público deve ser um referencial cada vez mais fortalecido e eficaz. Fonte: LACORTE; ARENHART Atividade em sala de aula avaliativa Visita técnica a bibliotecas arquivos e museus Digitais. Siga o roteiro disponibilizado no moodle Valor 10 pts. http://www.dominiopublico.gov.br/ Para visitar e analisar... Apresentar a biblioteca; Informações disponíveis(coleção, infor, s/uso? Outras informações de interesse, políticas? Idiomas?) É fácil navegar? É possível fazer pesquisa? Como é a tela de pesquisa? Fazer a simulação de 1 pesquisa Metade da turma vai acessar e navegar em: http://www.wdl.org/pt/ Para visitar e analisar... Apresentar a biblioteca; Informações disponíveis(coleção, infor, s/uso? Outras informaçõesde interesse, políticas? Idiomas?) É fácil navegar? É possível fazer pesquisa? Como é a tela de pesquisa? Fazer a simulação de 1 pesquisa Metade da turma vai acessar e navegar em: Referências BRASIL. Ministério da Cultura. Direitos autorais. Disponível em http://www.cultura.gov.br. Acessado em 13/04/12 Brittes,Juçara; Pereira,Joanicy Leandra. Tecnologias da informação e da comunicação e a polêmica sobre direito autoral: o caso Google Book Search. Ci. Inf., Brasília, v. 36, n. 1, p. 167-174, jan./abr. 2007. LACORTE, Christiano; ARENHART, Gabriela. Domínio Público Fortalecido: acesso ao conhecimento e fonte de criações. UFSC. Disponível em: www.direitoautoral.ufsc.br/gedai/?dl_id=7 PINTO, Mônica Rizzo Soares. Preservar o digital ou não, a questão do depósito legal . In:CIPECC - Conferência Ibero-Americana de Publicações Eletrônicas no Contexto da Comunicação Cientifica, 2. Rio de Janeiro, 17 a 21 de novembro de 2008 SOUZA, Carlos Affonso Pereira de. Considerações introdutórias sobre direito autoral e acesso ao conhecimento. Cultura livre. Disponível em: http://www.Culturalivre.org.br/artigos/Carlos-Affonso-DA-A2K.pdf TADDEI, ROBERTO. Políticas públicas para acervos digitais propostas para o Ministério da Cultura e para o setor. SÃO PAULO, 15 DE JUNHO DE 2010. 41p. disponível em http://www.direitoautoral.ufsc.br/gedai/wp- content/uploads/artigos/PoliticasPublicasparaAcervosDigitais.pdf. Acessado em 13/04/12. Notas de aula – Tatiana Kreme e Profa. Celila da Consolação
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