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CONCEITO É o processo de formação e desenvolvimento das células germinativas especializadas, os gametas, que ocorre em organismos dotados de reprodução sexuada. A formação desses gametas acontece por meio da meiose. Esse processo acontece nas gônadas, sendo elas testículos e ovários. Que são glândulas que também exercem função endócrina pela liberação de hormônios. ESPERMATOGÊNESE É a sequência de eventos, através dos quais a célula precursora masculina, a espermatogônia torna-se um espermatozoide, o gameta masculino. 1 - As espermatogônias permanecem quiescentes (baixa atividade metabólica) nos túbulos seminíferos dos testículos desde o período fetal até na puberdade, quando aumentam de número e sofrem maturação que continua até a velhice. 2 - Nesse momento, sofrem várias divisões mitóticas, crescem e se diferenciam, formando os espermatócitos primários, que são as maiores células desse processo. 3 - Cada espermatócitos primários sofre a primeira divisão meiótica para formar dois espermatócitos secundários haploides. 4 - Em seguida sofrem a segunda divisão meiótica para formar quatro espermátides haploides. 5 – Essas espermátides passam por um processo chamado espermiogênese, no qual essa célula se diferencia formando um espermatozoide. ESPERMIOGÊNESE Formação do acrossomo: Fusão de vesículas do complexo de Golgi. Condensação e alongamento do núcleo, com maior compactação do material genético a partir da substituição de estonas por protaminas. Centríolos migram para a região posterior a fim de formar o flagelo. Migração das mitocôndrias para a região posterior, na peça intermediária. Perda de parte do citoplasma para facilitar a locomoção. (Esses corpos residuais são degradados pelas células de Sertoli que estão nos túbulos seminíferos) ONDE ACONTECE A ESPERMATOGÊNESE? Esse processo ocorre nos testículos, mais especificamente em uma estrutura chamada de túbulos seminíferos. Essa sequência de eventos ocorre de modo centrípeto, iniciando periferia/lâmina basal dos túbulos com as espermatogônias e células de Sertoli e termina na luz desses túbulos, liberando os espermatozoides. No interior dos túbulos seminíferos encontramos células de Sertoli que são responsáveis por controlar a maturação e migração das células germinativas, além de ser o responsável por formar a barreira hemato-testicular que nutre os túbulos seminíferos, produzem também fluido testicular, fatores inibidores dos ductos de Muller, produção de inibina (feedback com o FSH) e também tem função fagocitária. Além disso, encontramos na região intersticial, células de Leydig que produzem testosterona que é fundamental para a espermatogênese. Os flagelos dos espermatozoides são projetados para o lúmen, enquanto o núcleo encontra-se na base do epitélio germinativo. Após produzidos os espermatozoides, eles são conduzidos dos túbulos seminíferos até o epidídimo, onde são armazenados, pelos canalículos eferentes. Os espermatozoides ficam armazenados na calda do epidídimo. Em caso de ejaculação, a camada muscular presente no canal deferente se contrai “empurrando” esses espermatozoides, onde posteriormente são acrescentados de demais secreções provenientes da próstata da vesícula seminal e das glândulas bulboretal, formando o sêmen. Obs: A barreira hematotesticular são zônulas de oclusão entre células de Sertoli adjacente formando um ambiente imunoprivilegiado para as células da zona adluminal. -O processo de espermatogênese dura em média 2 meses. -Ondas espermáticas – diferentes regiões do túbulo seminífero em fase diferentes da espermatogênese. ALTERAÇÕES ESPERMÁTICAS 72h em abstinência sexual - Exame -Oligospermia: <20 milhões de espermatozoides/mL -Em homens normais têm cerca de 100 milhões/mL -Azoospermia: ausência de espermatozoides no ejaculado -Teratospermia: >40% dos espermatozoides são defeituosos. OVOGÊNESE A formação do gameta feminina acontece apenas após a diferenciação da crista genital em ovário e essa ovogônia se multiplicam apenas durante o desenvolvimento pré-natal. O processo pode ser dividido em dois períodos: 1- Antes do nascimento 2- Puberdade à menopausa As ovogônias se dividem por mitose até povoar todo o tecido ovariano, principalmente a parte cortical. 1- Essas ovogônias se diferenciam em ovócito I (diploide) para iniciar a meiose. Esses ovócitos I param na fase de prófase I da meiose. E esse processo só retoma após a puberdade. (menarca) 2- Um (ou vários) ovócito I, após a puberdade, termina a meiose, e gera o corpúsculo polar (que é uma célula pequena e não funcional) e o ovócito II (haploide). 3- O ovócito II inicia a meiose II e para na metáfase , é ovocitado e aguarda se fecundado. 4- Se for fecundado, finaliza o processo, formando um outro corpúsculo polar e o óvulo. 5- A fusão do núcleo do espermatozoide e do óvulo gera o zigoto. FOLICULOGÊNESE Trata-se do crescimento, desenvolvimento e amadurecimento dos folículos ovarianos, que são estruturas que contêm os ovócitos. O processo depende do hormônio FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (Luteinizante, que estimula ovocitação e formação de corpo lúteo.) A célula germinativa primordial(gonócito) chega à região do ovário e após a expressão do sexo cromossômico o gonócito se transforma em ovogônia e se multiplica por mitose, até povoar a região cortical do ovário de ovogônias. Por volta do 4° mês de gestação, algumas células do córtex ovariano, chamadas de células foliculares começam a circundar um grupo dessas células, formando nichos de ovogônias, contendo ovogônias. No 7° mês, vou ter cada ovócito primário circundado por células foliculares, formando um folículo primordial. Não tem mais ovogônias. No nascimento, temos apenas folículos primordiais parados em prófase I. TIPOS DE FOLÍCULOS o Folículos primordiais – ovócito I (intrauterino) – revestidos pro células foliculares achatadas. o Folículos primários – Ovócito I (*)- revestidos por células foliculares cúbicas. o Folículos em crescimento – Ovócito I (*) – revestidos por mais de duas camadas de células foliculares e uma camada externa formando a teca(externa-estrutural e interna-receptor de LH e precursor de estrógeno) o Folículos de Graaf – Ovócito II (*) (*)Após a puberdade No folículo maduro, há uma cavidade chamada de antro, além de um “muro” chamado de teca, juntamente com células foliculares murais e mais internamente o ovócito II + zona pelúcida + células corona radiata Obs: As células foliculares produzem estrógeno que inibe o crescimento das células não dominantes. O ciclo ovariano controla o ciclo uterino FECUNDAÇÃO União entre ovulo e espermatozoide restaurando o número normal de cromossomos (46). Promove o fim da meiose do ovócito. 1- Passagem do espermatozoide pela corona radiata a- Batimento do flagelo b- Ação da hialuronidase (ñ se sabe ao certo como é liberada) 2- Ligação do espermatozoide à proteína ZP3 na zona pelúcida. (receptor espécie-específico) 3- Grânulos enzimáticos do acrossomo são liberados facilitando a passagem do espermatozoide pela zona pelúcida. 4- Reação zonal: grânulos corticais, logo abaixo da membrana plasmática, liberam enzimas que alteram ZP2 e ZP3 tornando o ovócito impermeável 5- Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide, 6- Formação dos pró-núcleos 7- Fusão dos pró-núcleos e formação do zigoto ou célula-ovo. CICLO MENSTRUAL O eixo hipotálamo-hipófise-gonadal é responsável pela produção de hormônios gonadotróficos (FSH e LH) que dão início às mudanças cíclicas no ovário na puberdade. O hipotálamo produz o hormônio liberador de gonadotrofina(GnRH), esse na hipófise anterior estimula a produção de FSH eLH. Estes hormônios por sua vez levam o ovário a secretar estrógeno e progesterona, responsável pelo ciclo uterino. O ciclo uterino e ovariano prepara o sistema reprodutor para a gravidez. O primeiro dia de sangramento vaginal marca o 1° dia do ciclo menstrual. CICLO OVARIANO Compreende a fase folicular e luteínica. 1) Fase folicular: É a fase responsável pela maturação dos folículos. Dura entre 12-16 dias. Por volta do 4° dia do ciclo menstrual, o FSH, liberado pela hipófise, acompanhado pelo aumento de estrógeno, que tem um aumento rápido e desencadeia um aumento pré-ovulatório de LH, que induz a ovulação. 2) Ovulação: Acontece por volta do 14° dia do ciclo menstrual. Acontece fundamentalmente pelo aumento de LH que aumenta o fluxo de sangue no ovário. Ocorre a uma produção de proteases que degradam colágeno da parede ovariana. As células da granulosa produzem mais ac. Hialurônico para o líquido antral, ajudando a “empurrar” o ovócito secundário para fora. 3) Fase luteínica: Dura 10-16 dias. Caracterizada por uma mudança na dominância de estrógenos para progesterona pela formação de um corpo lúteo. CICLO UTERINO Compreende a fase menstrual, proliferativa e secretora. 1) Fase menstrual: Abrange 4-5 dias durante os quais a membrana mucosa do endométrio descama e ocorre o sangramento. Os sinais ovarianos de queda do estrógeno e progesterona são essenciais, e tudo isso ocorre em decorrência da degradação do corpo lúteo em corpo albicans. A fluxo sanguíneo acontece em razão de efeitos da reparação tecidual induzido pela ação estrogênica, vasoconstrição prolongada e outros fatores hormonais. Nessa fase também ocorre a maior produção de prostaglandinas que auxiliam na contração do útero para expelir a parede do endométrio. 2) Fase proliferativa: Após a menstruação, há um aumento do estímulo estrogênico, regenerando o endométrio, a partir das glândulas uterinas da camada basal. O endométrio inicia a fase proliferativa com cerca de 2mm de espessura e termina com cerca de 10mm. Esse processo termina por volta do 14° dia do ciclo menstrual. 3) Fase secretora: Depois da ovulação, o corpo lúteo secreta progesterona e estrógeno. O estroma uterino torna-se edemaciado e as células do estroma de hipertrofiam (reação da decídua) preparando-se para uma possível gravidez.
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