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Saúde do trabalhador

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1 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
iesc - saúde do trabalhador 
- A saúde do trabalhador configura-se como um campo de práticas 
e de conhecimentos estratégicos interdisciplinares - técnicos, 
sociais, políticos, humanos -, multiprofissionais e 
interinstitucionais, voltados para analisar e intervir nas relações de 
trabalho que provocam doenças e agravos. Seus marcos 
referenciais são os da Saúde Coletiva, ou seja, a promoção, a 
prevenção e a vigilância. 
- O trabalho, ou a ausência dele, é um importante determinante das 
condições de vida e da situação de saúde dos(as) trabalhadores(as) 
e de suas famílias. O trabalho é um dos determinantes da saúde e 
do bem-estar do(a) trabalhador(a) e de sua família. Além de gerar 
renda, que viabiliza as condições materiais de vida, tem uma 
dimensão humanizadora e permite a inclusão social de quem 
trabalha, favorecendo a formação de redes sociais de apoio, 
importantes para a saúde. 
- Assim, ele pode ter um efeito protetor, ser promotor de saúde, 
mas também pode causar mal-estar, sofrimento, adoecimento e 
morte dos(a) trabalhadores, aprofundar iniquidades e a 
vulnerabilidade das pessoas e das comunidades e produzir a 
degradação do ambiente. 
 
- No cotidiano dos serviços de saúde, os(as) trabalhadores(as) 
necessitam de um olhar diferenciado, considerando as relações 
entre o trabalho que desenvolvem e/ou desenvolveram e suas 
condições de saúde-doença. Os efeitos negativos na saúde 
determinados pelo trabalho são geralmente expressos nos 
acidentes e nas doenças relacionadas ao trabalho que aparecem 
como demanda dos(as) usuários(as) nos diversos pontos da rede, 
cujas principais portas de entrada são a AB e as redes de urgência 
e emergência. 
 
- O termo Saúde do Trabalhador refere-se a um campo do saber 
que visa compreender as relações entre o trabalho e o processo 
saúde/ doença. Nesta acepção, considera a saúde e a doença como 
processos dinâmicos, estreitamente articulados com os modos de 
desenvolvimento produtivo da humanidade em determinado 
momento histórico. 
- Parte do princípio de que a forma de inserção dos homens, 
mulheres e crianças nos espaços de trabalho contribui 
decisivamente para formas específicas de adoecer e morrer. 
- Para este campo temático, trabalhador é toda pessoa que exerça 
uma atividade de trabalho, independentemente de estar inserido 
no mercado formal ou informal de trabalho, inclusive na forma de 
trabalho familiar e/ou doméstico. 
- Em relação aos trabalhadores, há que se considerar os diversos 
riscos ambientais e organizacionais aos quais estão expostos, em 
função de sua inserção nos processos de trabalho. Assim, as ações 
de saúde do trabalhador devem ser incluídas formalmente na 
agenda da rede básica de atenção à saúde. Dessa forma, amplia-se 
a assistência já ofertada aos trabalhadores, na medida em que 
passa a olhá-Ios como sujeitos a um adoecimento específico que 
exige estratégias - também específicas - de promoção, proteção e 
recuperação da saúde. 
- Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou 
desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho 
é realizado e com ele se relacione diretamente. 
- A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora 
tem como finalidade definir os princípios, as diretrizes e as 
estratégias a serem observados pelas três esferas de gestão do 
Sistema Único de Saúde (SUS), para o desenvolvimento da atenção 
integral à saúde do trabalhador, com ênfase na vigilância, visando 
a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução 
da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento 
e dos processos produtivos. 
- O compromisso do SUS com a vida e a saúde dos (as) 
trabalhadores (as) tem por referência sua inserção no processo 
produtivo/processo de trabalho, desde o início da vida laborativa, 
qualquer que seja a atividade de trabalho, incluindo os períodos de 
inatividade, desemprego, aposentadoria e velhice. Esta 
compreensão tem implicações importantes sobre as práticas de 
saúde. 
- Cabe ressaltar que, para o SUS, trabalhadores (as) são todos (as), 
homens e mulheres que trabalham na área urbana ou rural, 
independentemente da forma de inserção no mercado de trabalho, 
formal ou informal, de seu vínculo empregatício, público ou 
privado, assalariado, autônomo, avulso, temporário, 
cooperativado, aprendiz, estagiário, doméstico, aposentado e 
mesmo os desempregados. 
- Desse modo, a organização das ações de saúde direcionadas ao 
(à) trabalhador (a), nas diversas instâncias da rede SUS deve 
considerar que: 
• o processo saúde-doença dos (as) trabalhadores(as) é construído 
socialmente; 
• o(a) trabalhador(a) é sujeito da saúde e possui saberes e 
conhecimentos sobre seu trabalho e sobre as repercussões deste 
sobre sua saúde, que devem ser considerados no planejamento e 
na execução das ações de saúde; 
 
2 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
• é essencial a participação dos(as) trabalhadores(as), da 
comunidade e do controle social em todas as instâncias e etapas da 
organização das ações e serviços de saúde; 
• a integralidade das ações de saúde pressupõe que as ações 
preventivas e curativas são indissociáveis, porém com primazia das 
ações de promoção e da vigilância em saúde; 
• a articulação intra e intersetorial das políticas e práticas de saúde 
na perspectiva da transversalidadede é fundamental para a garantir 
cuidado resolutivo e de qualidade. 
- As ações de ST consideram o fenômeno saúde-doença, na sua 
relação com o trabalho, em seus aspectos individuais e coletivos, 
biológicos e sociopolíticos. De forma esquemática, elas podem ser 
organizadas em três eixos: 
a. Promoção da saúde – reconhece o trabalho como promotor de 
saúde e não apenas produtor de sofrimento, adoecimento e morte. 
Mais do que mudanças de comportamentos favoráveis à saúde, as 
ações de promoção da saúde devem buscar o empoderamento e o 
fortalecimento da autonomia dos(as) trabalhadores(as) na luta por 
condições dignas de trabalho. A articulação de políticas e práticas 
intersetoriais deve ser estimulada, especialmente aquelas com 
potencial para promover o controle e a intervenção sobre os 
determinantes de saúde, e a participação em processos 
regulatórios, e na produção conjunta de normas protetivas, entre 
outras. 
b. Assistência à saúde – começa pela identificação do(a) usuário(a) 
enquanto trabalhador(a), considerando sua inserção laboral atual e 
pregressa, para que se estabeleça a relação entre o trabalho e o 
processo saúde-doença, e se faça o diagnóstico correto e se defina 
o plano terapêutico adequado, incluindo a reabilitação física e 
psicossocial. Também deve incluir a orientação do(a) 
trabalhador(a) sobre as medidas de prevenção e direitos 
trabalhistas e previdenciários, a notificação dos agravos 
relacionados ao trabalho e, se necessário, o acionamento dos 
setores da vigilância em saúde. 
c. Visat – é um dos componentes da Vigilância em Saúde e abrange 
a vigilância epidemiológica dos agravos (acidentes, intoxicações, 
entre outros) e doenças relacionados ao trabalho e a vigilância dos 
ambientes e processos de trabalho, em estabelecimentos e 
atividades do setor público e privado, urbanos e rurais. Inclui a 
produção, a divulgação e a difusão de informações em saúde, e 
ações de educação em saúde. Deve ser realizada de forma 
articulada com a rede assistencial e com os demais componentes 
da Vigilância em Saúde: Epidemiológica, Sanitária e em Saúde 
Ambiental. 
- Todos os trabalhadores, homens e mulheres, independentemente 
de sua localização, urbana ou rural, de sua forma de inserção no 
mercado de trabalho, formal ou informal, de seu vínculo 
empregatício, público ou privado, assalariado, autônomo, avulso, 
temporário, cooperativados, aprendiz, estagiário, doméstico, 
aposentado ou desempregado são sujeitos desta Política. 
- A Política Nacional deSaúde do Trabalhador e da Trabalhadora 
observará os seguintes princípios e diretrizes: 
I - universalidade; 
II - integralidade; 
III - participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle 
social; 
IV - descentralização; 
V - hierarquização; 
VI - equidade; e 
VII – precaução. 
 
ACIDENTES DE TRABALHO 
- No cotidiano de trabalho, os sujeitos estão expostos a múltiplas 
situações e fatores de risco para a saúde, que podem atuar 
sinergicamente ou potencializar seus efeitos. Além das exposições 
nos locais de trabalho, com frequência, os(as) trabalhadores(as) e 
suas famílias estão expostos(as) a riscos decorrentes da 
contaminação e da degradação ambiental no entorno e nos locais 
de moradia, gerados pelos processos produtivos desenvolvidos no 
território. 
-O termo “acidentes de trabalho” refere-se a todos os acidentes 
que ocorrem no exercício da atividade laboral, ou no percurso de 
casa para o trabalho e vice-versa, podendo o trabalhador estar 
inserido tanto no mercado formal como informal de trabalho. 
- São também considerados como acidentes de trabalho aqueles 
que, embora não tenham sido causa única, contribuíram 
diretamente para a ocorrência do agravo. São eventos agudos, 
podendo ocasionar morte ou lesão, a qual poderá levar à redução 
temporária ou permanente da capacidade para o trabalho. 
- Arranjo físico inadequado do espaço de trabalho, falta de 
proteção em máquinas perigosas, ferramentas defeituosas, 
possibilidade de incêndio e explosão, esforço físico intenso, 
levantamento manual de peso, posturas e posições inadequadas, 
pressão da chefia por produtividade, ritmo acelerado na realização 
das tarefas, repetitividade de movimento, extensa jornada de 
trabalho com frequente realização de hora-extra, pausas 
inexistentes, trabalho noturno ou em turnos, presença de animais 
peçonhentos e presença de substâncias tóxicas nos ambientes de 
trabalho estão entre os fatores mais frequentemente envolvidos na 
gênese dos acidentes de trabalho. 
- Os principais acidentes que ocorrem com os profissionais da saúde 
nas unidades básicas são de trajeto, com material perfuro cortante 
contaminado e alergias às substâncias químicas utilizadas na 
desinfecção. 
- Acidentes fatais - devem gerar notificação e investigação 
imediata. Em se tratando de acidente ocorrido com trabalhadores 
do mercado formal, acompanhar a emissão da Comunicação de 
Acidente de Trabalho (CAT) pela empresa, que deverá fazê-Ia até 
24 horas após a ocorrência do evento. 
- Acidentes graves - acidentes com trabalhador menor de 18 anos 
independentemente da gravidade; acidente ocular; fratura 
fechada; fratura aberta ou exposta; fratura múltipla; traumatismo 
crânio-encefálico; traumatismo de nervos e medula espinhal; 
eletrocussão; asfixia traumática ou estrangulamento; 
politraumatismo; afogamento; traumatismo de 
tórax/abdome/bacia, com lesão; ferimento com menção de lesão 
visceral ou de músculo ou de tendão; amputação traumática; lesão 
 
3 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
por esmagamento; queimadura grave; traumatismo de nervos e da 
medula espinhal e intoxicações agudas. 
 
- A partir dos 15 dias não é mais atestado, deve-se procurar INSS 
para verificar se essa pessoa possui direito ao auxílio-doença. 
- A relação entre o trabalho e o processo de adoecimento dos(as) 
trabalhadores(as) pode ser melhor compreendida ao considerar a 
classificação proposta por Schilling, que combina a abordagem 
clínico-individual com a coletivo-epidemiológica e agrupa as 
doenças, segundo a contribuição ou o “papel causal” 
desempenhado pelo trabalho no adoecimento. 
- Classificação de Schilling é um método utilizado para estabelecer 
uma relação de causa e efeito entre patologias e o trabalho. 
Atualmente, a classificação criada pelo acadêmico é uma 
ferramenta relevante para confirmar casos nos quais a atividade 
ocupacional impacta a saúde de forma negativa, levando ao 
adoecimento. Isso porque o conceito de Schilling vem sendo 
aplicado como critério para um enquadramento objetivo dos males 
provocados pelo trabalho. 
- Através da divisão em um dos grupos propostos, peritos do INSS 
podem dimensionar a relação entre uma doença e o trabalho, 
decidindo se um segurado tem direito a benefícios acidentários. Se 
houver nexo entre patologia e atividade ocupacional, o INSS exigirá 
o pagamento de indenização pelo empregador, já que este não 
cumpriu o dever de zelar pela saúde de seus colaboradores. 
 
- Classificação I: Quando uma patologia é classificada como Schilling 
I, significa que o trabalho é a principal causa determinante, ou seja, 
ela não existiria sem as atividades laborais. 
- Classificação II: Faz referências aos casos nos quais o trabalho 
contribuiu para que a doença se estabelecesse, mas não foi a causa 
principal. Em outras palavras, o colaborador poderia ter adoecido 
mesmo se trabalhasse em condições diferentes. Estão, neste grupo, 
as doenças coronárias, cânceres e males que afetam a locomoção, 
entre outros. 
- Classificação III: O último grupo mencionado por Schilling se refere 
aos males latentes provocados pelo trabalho, ou àqueles agravados 
devido à atividade ocupacional. Um empregado que desenvolva 
alergia a um produto químico com o qual tenha entrado em contato 
durante o trabalho é um exemplo de Schilling III. 
- A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) deve ser feita 
quando ocorre um acidente do trabalho ou o quando o trabalhador 
desenvolve uma doença do trabalho. É importante destacar que 
essa comunicação não deverá ser feita pelo médico e sim pela 
empresa. A função do médico é de realizar um relatório médico 
afirmando que houve um acidente/doença de trabalho, feito isso é 
do trabalhador a obrigação de levar esse relatório para a empresa 
que trabalha. A empresa responsável tem o prazo de um dia útil 
para Comunicação Formal do Acidente de Trabalho (CAT). 
 
 
- Acidente de trajeto: indo ou voltando do trabalho. Percurso entre 
residência e trabalho. 
- Acidente de trabalho: acidente durante o trabalho. 
- Doença relacionada ao trabalho: ao longo do tempo do trabalho, 
vai adoecendo, sem acidente, doença agravou. 
- Doença do trabalho: doença relacionada às condições em que o 
trabalho é realizado. Ex: ambiente. 
- Doença profissional: doença relacionada a atividade realizada. 
RISCOS OCUPACIONAIS 
RISCOS FÍSICOS 
- São agentes de risco físico: ruído, calor, frio, pressão, umidade, 
radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração e quaisquer outras 
formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores. 
Para cada tipo de risco é indicada uma limitação permitida. No caso 
de ruídos, o máximo de decibéis por exemplo. 
- Ruído 
 Efeitos auditivos: surdez, zumbidos. 
 Efeitos extraauditivos: gastrite, insônia e outras 
manifestações de estresse. 
 Trabalhos com máquinas barulhentas, motores, 
britadeiras; motoristas de ônibus. 
 
 
4 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
- Temperaturas extremas 
 Desidratação, câimbras pelo calor, fadiga, alergia 
respiratória, sinusite, resfriados frequentes. 
 Trabalho na rua e a céu aberto; frigoríficos; cozinhas 
industriais; ambientes com ar condicionado 
- Iluminação 
 Problemas de visão, dor de cabeça, acidentes. 
 Várias atividades na indústria e no setor de serviços, 
costureiras e manicures, podem ter pouca iluminação ou 
iluminação em excesso, prejudicando a visão do(a) 
trabalhador(a). 
- Radiações ionizantes e não ionizantes – Ultravioleta, 
infravermelho, raios X etc. 
 Câncer de pele, anemia aplástica; leucemia; catarata. 
 Agricultores(as) e trabalhadores(as) na rua: 
trabalhadores(as) em hospitais e consultório dentários 
que operam raios X, soldadores(as) etc. 
RISCOS BIOLÓGICOS 
- São bactérias, vírus, fungos, protozoários e as medidas de 
prevenção variam de acordo com a patogenicidade ao qual o 
trabalhador está exposto em sua atividade. 
-Micro-organismos (bactérias, fungos, protozoários, vírus, entre 
outros). 
- Animais peçonhentos (cobras, escorpiões, aranhas). 
 Doenças contagiosas: hepatite, tuberculose, tétano, 
pneumonia, aids etc. Envenenamento por picada de 
cobra ou escorpião. 
 Profissionais de saúde; manicure, trabalhadores(as) 
rurais; carteiros etc. 
RISCOS QUÍMICOS 
- São substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no 
organismo do trabalhador pela via respiratória como gases, 
poeiras, fumos ou vapores, além de outros que possam ser 
absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. 
- É o nível de toxicidade do agente químico que determina o 
período máximo que o colaborador pode ter exposição. 
- Substâncias químicas que podem estar presentes nos ambientes 
de trabalho na forma de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou 
vapores. Ex.: agrotóxicos. 
 Queimaduras, náusea, vômito, cefaléia, alergia, asma 
brônquica, câncer, doenças gástricas e intestinais, 
neurológicas, hepáticas, renais, entre outras. 
 Também podem provocar acidentes decorrentes de 
explosões e incêndio. 
 Elas penetram no organismo pela via respiratória, pela 
pele ou pelo trato digestivo provocando intoxicação 
aguda ou crônica. 
 Inúmeras atividades na indústria e no setor de serviços, 
no setor agropecuário, silvicultura, madeireiro; 
empresas desinsetizadoras e da saúde pública que 
atuam no controle de endemias e de zoonoses etc. 
 
MECÂNICOS 
- Máquinas com partes móveis não protegidas; calandras e 
cilindros; guilhotinas; prensas e o uso de instrumentos cortantes ou 
perfurantes etc. 
 Acidentes diversos (quedas, fraturas, esmagamento, 
amputação; traumatismos). 
 Trabalhadores(as) da construção civil; motoristas de 
transportes coletivos; padeiros, metalúrgicos, 
trabalhadores(as) em vias públicas, profissionais de 
saúde etc. 
PSICOSSOCIAIS 
- Jornadas de trabalho longas, esforços físicos exagerados com 
posturas forçadas e carregamento de peso. Ritmo acelerado, 
trabalho repetitivo e monótono; trabalho em turnos e noturno. 
Desemprego, vínculos precários ou ausência de vínculo trabalhista. 
 Doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho 
(Dort); problemas na coluna, dores musculares e 
articulares. 
 Sofrimento mental, com manifestações de insegurança; 
desmotivação; depressão; distúrbios do sono; estresse, 
entre outros. 
 Trabalhadores(as) de linha de montagem; carregadores; 
bancários; trabalhadores(as) em teleatendimento. 
Trabalhadores(as) informais e com vínculos precários, 
terceirizados e temporários. 
RISCOS ERGONÔMICOS 
- Postura inadequada de trabalho, levantamento e transporte de 
peso, jornadas prolongadas de turno e quaisquer outras situações 
que exijam esforço físico demasiado ou que haja estresse físico. A 
avaliação desses riscos é feita por meio de um laudo ergonômico. 
RISCOS DE ACIDENTE 
- São situações perigosas que colocam o trabalhador em risco de 
acidente: iluminação ruim, operar máquinas e equipamentos sem 
proteção, estruturas de trabalho inadequadas (ferramentas 
descalibradas, armazenamento de materiais de forma incorreta) e 
situações como trabalho em altura, risco iminente de choque 
elétrico, incêndio, atmosferas explosivas e manuseio de máquinas 
pesadas. 
- Falta de EPI, Estados inadequados de higiene, Máquinas sem 
conservação, Contato com animais peçonhentos. 
BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS 
- Os benefícios previdenciários e o benefício assistencial são 
benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, a 
quem cumpre os requisitos impostos pela Previdência Social. 
- Podem ser benefícios previdenciários, quando dependem da 
contribuição prévia do segurado ao Regime Geral de Previdência 
Social (RGPS), ou o benefício assistencial previsto na Lei Orgânica 
da Assistência Social (LOAS). 
- Os benefícios previdenciários podem ser programáveis ou não. Os 
primeiros são essencialmente os voluntários, os que dependem de 
algo que se sabe que vai acontecer como: pagar contribuições, 
chegar a uma certa idade, etc. Os demais são benefícios que 
ocorrem em razão de alguma sinistralidade, como a aquisição de 
uma doença, a morte. 
 
5 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
 
 
 
 
 
 
 
- Acredita-se que o paciente possa se reabilitar ou realizar outra 
função, recebe o auxílio até uma dessas situações acontecerem, se 
não acontecerem, aposentadoria. 
LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS (LER) 
- As lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios 
osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) são um conjunto 
de doenças que afetam músculos, tendões, nervos e vasos dos 
membros superiores (dedos, mãos, punhos, antebraços, braços, 
ombro, pescoço e coluna vertebral) e inferiores (joelho e tornozelo, 
principalmente) e que têm relação direta com as exigências das 
tarefas, ambientes físicos e com a organização do trabalho. 
- Não há uma causa única para a ocorrência de LER/DORT. Há 
fatores psicológicos, biológicos e sociológicos envolvidos na gênese 
desses distúrbios. Inicialmente as LER/DORT eram reconhecidas 
como decorrentes preponderantemente das condições de 
trabalho. Com o aumento explosivo da incidência entre várias 
categorias profissionais, surgiram novas correntes explicativas. 
- Muitas vezes, os portadores de LER/DORT apresentam quadros 
clínicos onde os sintomas e a dor crônica não condizem com os 
resultados do exame clínico. Seu maior sintoma é a própria dor do 
paciente, que pode apresentar, ainda, queixas de parestesias, 
edema, perda da força muscular e/ou diminuição dos controles dos 
movimentos. 
- Ritmos intensos de trabalho, atividades repetitivas, ferramentas 
inadequadas. 
- O tratamento ideal é considerado como resultante da colaboração 
de diversos profissionais (psicólogos, terapeutas ocupacionais, 
fisioterapeutas, enfermeiros, acupunturistas, assistentes sociais, 
médicos e ergonomistas), ou seja, de uma equipe multidisciplinar, 
que deve responsabilizar-se pela avaliação de cada um dos casos 
atendidos e pela definição de um procedimento terapêutico 
individualizado correspondente. 
PERDA AUDITIVA INDUZIDA PELO RUÍDO (PAIR) 
- A perda auditiva decorrente da exposição ocupacional contínua a 
intensos níveis de ruído é denominada perda auditiva induzida pelo 
ruído (PAIR), segundo o Comitê Nacional de Ruído e Conservação 
Auditiva. Atualmente, a Portaria 19/98 do Ministério do Trabalho e 
Emprego utilizam o termo perda auditiva induzida por níveis 
elevados de pressão sonora (PAINPSE). 
- A PAIR é definida como uma diminuição gradual da acuidade 
auditiva decorrente da exposição continuada a níveis elevados de 
pressão sonora, provocando lesão nas células ciliadas externas e 
internas no órgão de Corti. 
- Hipoacusia bilateral progressiva, neurossensorial e irreversível. 
 
6 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
- É caracterizada por perda neurossensorial, irreversível, quase 
sempre bilateral e simétrica, não ultrapassando 40 dB (NA) nas 
freqüências graves e 75 dB (NA) nas frequências agudas; manifesta-
se, primeiramente, em 6000 Hz, 4000 Hz e/ou 3000 Hz, 
estendendo-se às frequências de 8000 Hz, 2000 Hz, 1000 Hz, 500 
Hz e 250Hz. 
- Entre os fatores que influenciam o risco de instalação da PAIR, 
destacam-se as características físicas do ruído (tipo, espectro e 
nível de pressão sonora), o tempo de exposição e a suscetibilidade 
individual. 
- A PAIR está entre as doenças do trabalho de maior prevalência, 
com agravante de tratar-se de uma doença irreversível. Acomete 
com mais frequência o setor metalúrgico, mecânico, gráfico, têxtil, 
químico/ petroquímico, transporte e indústria de alimento e 
bebida, atingindo, inicialmente, a frequência de 6000 Hz. 
- Afastamento do ruído, EPI. 
PNEUMOCONIOSES 
- As pneumopatias relacionadas etiologicamente à inalação de 
poeiras em ambientes de trabalho são genericamente designadas 
como pneumoconioses (do grego,conion= poeira). São excluídas 
dessa denominação as alterações neoplásicas, as reações de vias 
aéreas, como asma e a bronquite, e o enfisema. 
- Fibroses intersticiais no pulmão que decorrem em reação a 
poeiras (inalação – sílica, asbesto/amianto). 
- Apesar de esse conceito englobar a maior parte das alterações 
pulmonares envolvendo o parênquima, alguns autores apontam 
para o fato de que o termo pneumoconiose pode não ser adequado 
quando aplicado a determinadas pneumopatias mediadas por 
processos de hipersensibilidade atingindo o parênquima pulmonar, 
como as alveolites alérgicas por exposição a poeiras orgânicas e 
outros agentes, a doença pulmonar pelo berílio, ou a pneumopatia 
pelo cobalto, por exemplo. 
- As pneumoconioses podem ser causadas pode dois tipos de 
poeiras: a sílica, que desse modo o paciente desenvolve a silicose, 
e a asbesto ou amianto onde o trabalhador desenvolve a asbestose. 
- Silicose: dispneia progressiva. FR: mineração, trabalho com 
cerâmica. Afastamento definitivo. 
Abestose: dispneia. FR: mineração, cerâmica, pastilha de freio. 
Afastamento definitivo. 
DERMATOSES OCUPACIONAIS 
- As dermatoses ocupacionais representam parcela ponderável das 
doenças profissionais. Sua prevalência é de avaliação difícil e 
complexa. Grande número destas dermatoses não chega às 
estatísticas e sequer ao conhecimento dos especialistas. 
- Muitas são autotratadas, outras são atendidas no próprio 
ambulatório da empresa. Algumas chegam até o clínico e ao 
especialista nos consórcios médicos que prestam assistência em 
regime de convênio com o Instituto Nacional de Seguridade Social 
(INSS). 
- Apenas uma pequena parcela dessas dermatoses chega até os 
serviços especializados. Dermatoses causadas por agentes físicos, 
químicos e biológicos decorrentes da exposição ocupacional e das 
condições de trabalho são responsáveis por desconforto, dor, 
prurido, queimação, reações psicossomáticas e outras que geram 
até a perda do posto de trabalho. 
- Os quadros dermatológicos, com frequência acarretam 
desconforto e mal-estar para o(a) trabalhador(a), em decorrência 
dos sintomas, como o prurido (coceira, comichão), e pela 
localização em áreas ou regiões do corpo expostas produzindo 
constrangimento, vergonha, e do desvio dos padrões estéticos 
culturalmente aceitos. 
- Também podem levar à incapacidade laboral e/ou para a vida 
social e familiar, como no caso da presença de lesões na mão, ou 
nas unhas das mãos, como, por exemplo, nas onicomicoses das 
lavadeiras, dos(as) cozinheiros(as), dos lavadores de louça. Além 
disso, podem apresentar risco de transmissão a outras pessoas, 
como nas infecções bacterianas ou piodermites secundárias a 
dermatites de contato. 
- Essas condições são inerentes à organização do trabalho que 
busca atingir os objetivos de alta produtividade e qualidade do 
produto, com o dimensionamento de trabalhadores e recursos 
materiais estipulado pelas empresas, sem que o critério de 
qualidade de vida no trabalho seja de fato levado em conta. 
- A organização do trabalho, sem considerar o fator humano e seus 
limites, se estrutura nos diferentes níveis hierárquicos, tendo como 
características a inflexibilidade e alta intensidade do ritmo de 
trabalho, pressão para produtividade e impossibilidade de controle 
por parte dos trabalhadores. 
TRANSTORNOS MENTAIS 
 
Síndrome de Burnout 
- Identificado inicialmente nas áreas de cuidado/serviços (saúde, 
serviço social, assistência jurídica, atividade policial e de 
bombeiros) e da educação, o burnout foi tradicionalmente definido 
como uma síndrome psicológica composta de três dimensões: 
exaustão emocional (sensação de esgotamento de recursos físicos 
e emocionais), despersonalização ou cinismo (reação negativa ou 
excessivamente distanciada em relação às pessoas que devem 
receber o cuidado/serviço) e baixa realização pessoal (sentimentos 
de incompetência e de perda de produtividade).

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