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Contablidade Essencial para Polícia Federal - Agente de Polícia e Escrivão - rev

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CONTABILIDADE ESSENCIAL PARA POLÍCIA FEDERAL
Prof. Claúdio Zorzo
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1) SÍNTESE DAS AULAS DE CONTABILIDADE
Por meio desta síntese, apresento um resumo da matéria Contabilidade. 
Este material servirá para relembrar o conteúdo e embasar os conceitos sobre 
a Contabilidade.
Objeto da Contabilidade
A Contabilidade como ciência social tem por objeto o patrimônio.
Patrimônio: é o conjunto dos bens, direitos e obrigações. 
Do conceito de patrimônio nasce o conceito do patrimônio líquido.
Patrimônio líquido ou situação líquida: representa o resíduo da equação 
patrimonial representada pelo ativo – passivo. Representa uma origem de recurso 
dos sócios e das atividades da empresa. É o capital próprio da empresa.
O ativo, o passivo e o patrimônio líquido são mostrados em uma demonstração 
contábil chamada de balanço patrimonial, que possui a seguinte estrutura:
Balanço Patrimonial
Ativo
Passivo
Patrimônio Líquido (PL)
Equação patrimonial: ativo = passivo + patrimônio líquido.
O ativo (bens e direitos) representa uma aplicação de recursos. Tem natureza 
devedora.
O passivo e o patrimônio líquido representam origens e têm natureza credora.
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Objetivo/finalidade da Contabilidade
O objetivo da Contabilidade é controlar, administrar, gerenciar, estudar e acom-
panhar a evolução do patrimônio, de qualquer pessoa/azienda, para fornecer infor-
mações aos usuários internos (gerencial) e externos (financeiras).
Na Contabilidade se destacam as escolas italiana, americana e a internacional. 
Segundo a escola italiana, o objetivo da Contabilidade é o controle do patrimônio; 
já para a escola americana e a internacional, o objetivo da Contabilidade é o for-
necimento de informações.
As escolas se complementam. 
Funções da Contabilidade
A Contabilidade possui duas funções: administrativa e econômica.
Função econômica
A função econômica da Contabilidade está relacionada com a apuração do 
resultado (positivo, negativo ou nulo) do exercício por meio das receitas e des-
pesas.
Fluxo Econômico: receita e despesa. 
Fluxo Financeiro: entrada e saída de dinheiro.
• Resultado positivo: lucro líquido do exercício (receitas > despesas).
• Resultado negativo: prejuízo líquido do exercício (receitas < despesas).
• Resultado nulo: compensado (receitas = despesas).
As contas de resultado (receita e despesa) terão o seu saldo encerrado ao tér-
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mino do exercício social em contrapartida da conta ARE (Apuração do Resultado do 
Exercício). 
O saldo apurado na conta ARE será transferido para o patrimônio líquido na con-
ta LPA (Lucro ou Prejuízos Acumulados).
Atualmente as sociedades anônimas e as empresas de grande porte não podem 
mais manter saldo na conta lucro acumulado. Assim, todo lucro deverá ser desti-
nado para:
a) dividendos aos sócios;
b) juros sobre capital próprio;
c) reservas de lucro;
d) aumento do capital social.
Função administrativa
A função administrativa da Contabilidade é controlar o patrimônio.
Para controlar o patrimônio, a Contabilidade utiliza as técnicas contábeis, que 
são: escrituração; demonstrações contábeis, auditoria e análise financeira.
Escrituração
Consiste no registro dos fatos contábeis nos livros obrigatórios por meio dos 
lançamentos contábeis respeitando o princípio das “partidas dobradas”.
Partidas dobradas: é o princípio basilar da Contabilidade que estabelece que, 
para toda aplicação de recurso, deverá existir uma origem. 
Partindo dessa orientação, cada transação ou operação terá no mínimo duas 
contas – uma será aplicação, e a outra a origem.
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Mecanismos de débitos e créditos das contas
Grupo Natureza O que é Tipo de Conta Demonstração
Para ou quando o 
saldo da conta
Aumenta Diminui
Ativo Devedora Aplicação Patrimonial BP Debita Credita
Passivo/ PL Credora Origem Patrimonial BP Credita Debita
Receita Credora Origem Resultado DRE Credita Debita
Despesa Devedora Aplicação Resultado DRE Debita Credita
Red. Ativo Credora Origem Patrimonial BP Credita Debita
Red. Passivo/ 
PL
Devedora Aplicação Patrimonial BP Debita Credita
Demonstrações contábeis
São relatórios que buscam apresentar a situação financeira, patrimonial e eco-
nômica de uma entidade, bem como o fluxo da entrada e saída de dinheiro.
Segundo a Lei n. 6.404/1976, as demonstrações contábeis serão elaboradas 
sob a responsabilidade da diretoria da empresa e buscam atender aos usuários 
externos.
As demonstrações contábeis fazem parte dos relatórios financeiros apresenta-
dos pela empresa.
Os usuários das demonstrações são: clientes, fornecedores, governo, emprega-
dos, credores, financiadores e o público em geral.
Balanço patrimonial (BP)
Apresenta de forma estática a situação financeira-patrimonial da empresa. É 
composto por contas patrimoniais: ativo, passivo e patrimônio líquido.
Demonstração do resultado do exercício (DRE)
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Apresenta de forma dinâmica a situação econômica por meio das contas de re-
sultados (receitas e despesas). Apresenta o resultado por ação.
Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA)
Apresenta de forma dinâmica a formação dos resultados acumulados negativos 
(prejuízo acumulado), bem como a distribuição dos resultados positivos (lucro acu-
mulado).
Obs.:� Atualmente as sociedades anônimas não poderão mais manter lucro acumu-
lado no seu patrimônio líquido, ou seja, na data do balanço patrimonial todo 
lucro apurado na demonstração do resultado do exercício e transferido para 
o patrimônio líquido deverá ser distribuído para: sócios, como dividendos; 
aumento do capital social; formação de reserva de lucro.
A DLPA deverá apresentar o total dos dividendos por ação.
Demonstração do fluxo de caixa (DFC)
Tem por objetivo apresentar a variação financeira da empresa por meio do fluxo 
de dinheiro no disponível (caixa, banco e aplicação de liquidez imediata).
A demonstração do fluxo de caixa irá apresentar o fluxo de dinheiro por ativida-
des: operacional, de financiamento e de investimento.
É obrigatória para todas as sociedades anônimas de capital aberto e para as S/
As de capital fechado com patrimônio líquido igual ou maior que 2 milhões de reais, 
na data do Balanço.
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Demonstração dos valores adicionados (DVA)
Tem por objetivo apresentar a riqueza gerada pela empresa, os insumos con-
sumidos na geração da riqueza, bem como a distribuição dessa riqueza para as 
pessoas que auxiliaram na sua formação.
São beneficiados pelas riquezas da empresa: empregados, por meio de salários 
e gratificações; governo, por meio de tributos em geral; sócios, por meio dos di-
videndos e juros sobre capital próprio; financiadores, por meio de juros e aluguel. 
Também será apresentada na demonstração dos valores adicionados a parcela da 
riqueza retida pela empresa nas reservas de lucro.
É obrigatória somente para as sociedades anônimas de capital aberto (aquelas 
que negociam seus títulos no mercado de capital).
Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL)
Apresenta a variação ocorrida no capital próprio da empresa. 
A Lei n. 6.404/1976 não obriga a elaboração da DMPL, entretanto a comissão 
de valores mobiliários (CVM) obriga a elaboração da DMPL por todas as sociedades 
anônimas de capital aberto.
Auditoria
É um conjunto de procedimentos técnicos que visa à emissão de uma opinião 
sobre a exatidão e fidedignidade das demonstrações contábeis.
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www.grancursosonline.com.brAnálise financeira (análise das demonstrações)
Consiste em uma análise sobre a real situação da empresa, buscando identifi-
car, por meio de índices e quocientes, a capacidade de pagamento da empresa e os 
retornos econômicos sobre o capital aplicado.
Campo de aplicação da Contabilidade
A Contabilidade é aplicada em qualquer entidade econômico-administrativa, de-
nominada azienda. 
São tipos de azienda:
Pessoa física (autônomo ou profissional liberal) ou Jurídica;
Empresas públicas ou privadas;
Empresas de capital aberto ou fechado.
Considera-se capital aberto a sociedade anônima que negocia seus títulos no 
mercado de capital (bolsa de valores). O mercado de capital é controlado e norma-
tizado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
São títulos negociáveis:
• Ações
 – Ordinárias (compõe o capital social votante)
 – Preferenciais (vantagens no recebimento de dividendos)
• Valores mobiliários
• Instrumentos financeiros
• Derivativos
• Debêntures (título de crédito que visa captar dinheiro no mercado)
 – Emitida (gera uma obrigação – passivo)
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 – Adquirida (gera um direito – ativo) 
Balancete de verificação
É um demonstrativo contábil no qual serão relacionadas todas as contas de 
acordo com a natureza e saldo; não é uma demonstração contábil.
No balancete sempre o total dos saldos devedores será igual ao dos saldos cre-
dores. É no balancete que a equação geral da Contabilidade dá certo:
Ativo + despesa = passivo + patrimônio líquido + receita
O balancete servirá de base para a elaboração das demonstrações contábeis.
O balancete deve ser levantado mensalmente. 
Visa atender ao público interno, contudo, quando for atender o público externo, 
deverá conter assinatura do contador da empresa.
No balancete, se a escrituração estiver correta, a conta caixa não poderá ter 
saldo de natureza credora; já a conta banco, quando apresentar saldo credor, passa 
a ser um passivo.
As contas que têm natureza devedora são: ativo, despesa, redutora do passivo 
e do patrimônio líquido. As contas que têm natureza credora são: passivo, patrimô-
nio líquido, redutora do ativo e receitas.
Situação líquida
A situação líquida representa o estado do patrimônio de uma empresa encontra-
do pela seguinte equação: SL (situação líquida) = A (ativo) – P (passivo).
Existem 3 tipos de situação líquida:
• ( + ) Positiva A > P Superavitária/favorável ou ativa
• ( - ) Negativa A < P Deficitária/desfavorável ou passiva
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• ( 0 ) Nula A = P Compensada ou nula
Quando a situação líquida for negativa, denomina-se passivo a descoberto.
Não existe conta negativa, existe situação líquida negativa.
Quando a situação líquida for negativa, a equação patrimonial passa a ser a 
seguinte:
A (ativo) = P (passivo) – PL (patrimônio líquido)
Contas patrimoniais e de resultado
Constituem as contas patrimoniais: ativo, passivo e patrimônio líquido. As con-
tas patrimoniais mantêm saldo de um exercício para o outro. 
Ativo
São todos os recursos sob controle da empresa oriundos de fatos passados que 
irão gerar beneficio econômico futuro para a empresa.
Atualmente um ativo não necessita ser de propriedade da empresa, contudo 
deve estar sob o seu controle (benefícios e riscos).
O controle ser à base do registro de um ativo, não somente a propriedade, res-
peita um atributo qualitativo das demonstrações denominado “primazia da essên-
cia do fato sobre a sua forma jurídica”. O ativo deve entrar no patrimônio de quem 
se beneficia dele e não de quem detém a sua propriedade jurídica. A primazia da 
essência de um fato sobre sua forma jurídica está diretamente relacionada com o 
arrendamento mercantil (leasing), que é dividido em três tipos básicos:
• Leasing Financeiro (a essência é a compra) – pessoa física ou jurídica
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O bem entra no ativo da arrendatária (compradora), mesmo sendo de proprie-
dade legal da arrendadora (banco).
• Leasing Operacional (a essência é a locação) – pessoa física ou jurídica
O bem entra no ativo da arrendadora.
• Lease Back (a essência é o empréstimo) – pessoa jurídica
A propriedade do bem é transferida, mas a essência do fato é um empréstimo. 
Devido a isso, o bem não é baixado do ativo da empresa arrendatária. Para a Con-
tabilidade, houve empréstimo, e não venda.
Entende-se por gerar beneficio econômico a capacidade que o ativo tem, direta 
ou indiretamente, para se transformar em dinheiro.
O ativo será apresentado em ordem decrescente de liquidez ou crescente no 
prazo de liquidez (o prazo cresce).
Liquidez: capacidade que o ativo tem para se realizar, ou seja, se transformar 
em dinheiro. No ativo está o realizado e o realizável da empresa.
Atualmente o ativo é dividido em circulante e não circulante.
Para se classificar o ativo em circulante ou não circulante, deve-se avaliar o 
prazo de transformação deste ativo em dinheiro. No circulante, serão classificados 
os ativos que se realizarão até o término do exercício social seguinte (fim do ano 
que vem).
• Ativo Circulante
 – Disponível (realizado)
 – Créditos
 – Estoque
 – Despesas Antecipadas
• Ativo Não Circulante
 – Realizável a longo prazo (depois do ano que vem)
 – Investimento (bens de renda da empresa)
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 – Imobilizado (bens de uso)
 – Intangível (bens imateriais ou incorpóreos)
Obs.:� O fundo comércio produzido, criado pela empresa, não pode entrar no ativo. 
Somente poderá ser ativado (inserido no ativo) o fundo de comércio adqui-
rido, também denominado de “good-will” (expectativa de ganho futuro). O 
fundo de comércio adquirido é a diferença entre o valor pago e o valor con-
tábil de uma empresa.
• Contas redutoras do ativo (natureza credora)
 – Provisão para devedores duvidosos (PDD)/estimativa para crédito de liqui-
dação duvidosa (PCLD)
 – Provisão/estimativa para perda no estoque ou desvalorização do estoque
 – Provisão/estimativa para perda em investimento
 – Depreciação acumulada
 – Exaustão acumulada
 – Amortização acumulada
Toda provisão tem natureza credora e, como contrapartida, uma despesa; exis-
te provisão para perda, que é redutora do ativo, e existe provisão para pagamento 
que é conta normal do passivo.
 
Passivo
É uma obrigação presente oriunda de um fato passado que será liquidada no 
futuro.
Representa o exigível de uma empresa e será apresentado em ordem decres-
cente de exigibilidade ou crescente no prazo de exigibilidade (o prazo cresce).
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• Passivo Circulante
 – Contas a pagar
 – Debêntures emitidas
 – Receitas antecipadas
 – Adiantamento de clientes
 – Provisão para recuperação ambiental 
 – Provisão para FGTS
 – Provisão para contingências
 – Duplicatas descontadas 
• Passivo Não Circulante
 – Contas a pagar a longo prazo
 – Debêntures emitidas a longo prazo
 – Receitas antecipadas a longo prazo
 – Adiantamento de clientes a longo prazo
 – Provisão para pagamento a longo prazo
 – Duplicatas a pagar a longo prazo
 – Debêntures emitidas com resgate a longo prazo
• Contas redutoras do passivo (natureza devedora)
 – Deságio na emissão de debêntures a curto ou a longo prazo
 – Juros a transcorrer
 – Despesas financeiras a incorrer
 – Custo de receitas antecipadas
Patrimônio líquido
Representa a situação líquida da empresa, ou seja, o capital próprio. É formado 
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por origens de recursos dos sócios, de ganhos de capital na negociaçãode títulos 
da empresa e das atividades.
• Capital social
• Conta redutora: capital social a integralizar/a realizar
• Reserva de capital
• Ajuste da avaliação patrimonial
• Reserva de lucro
• Conta redutora: prejuízos acumulados
• Conta redutora: ações em tesouraria
Contas de resultado
As contas de resultado são representadas por receitas e despesas. 
Toda receita tem natureza credora, e toda despesa tem natureza devedora.
O resultado será apurado de acordo com o regime da competência, ou seja, 
as receitas e as despesas entrarão na apuração do resultado do exercício em que 
ocorreram, independentemente do recebimento ou do pagamento; o que importa 
é o fato gerador.
As contas de resultado terão o seu saldo encerrado ao término do exercício em 
contrapartida à conta ARE (Apuração do Resultado do Exercício).
As contas de receita serão encerradas por meio de um débito, e as de despesa 
serão encerradas por meio de um crédito em contrapartida à conta ARE – Apuração 
do Resultado do Exercício.
Receita
1.000
1.000
Ø Ø
Obs.:� O valor de 200 na conta ARE corresponde a um lucro líquido do exercício.
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Saldo da conta ARE devedor é prejuízo, credor é lucro. 
O saldo apurado na conta ARE será transferido para a conta lucro ou prejuízo 
acumulado no patrimônio líquido da empresa.
Receitas
Representam origens econômicas para a empresa que aumentam a sua situação 
líquida, ou seja, toda receita aumenta o patrimônio líquido, tendo como contrapar-
tida no patrimônio um aumento no ativo ou uma diminuição no passivo.
Exemplos de receitas: vendas (à vista ou a prazo), aluguel recebido (aluguel 
ativo), juros recebidos (juros recebidos), descontos recebidos (descontos ativos), 
comissões recebidas (comissões ativas), prescrição de dívidas, perdão de dívidas, 
doação recebida, subvenção recebida, incentivo fiscal recebido.
Despesa
A despesa é uma aplicação de recurso econômico que diminui a situação líquida 
da empresa, ou seja, toda despesa diminui o patrimônio líquido, tendo como con-
trapartida no patrimônio uma diminuição do ativo ou aumento do passivo.
Exemplos de despesas: custo da mercadoria vendida, aluguel (aluguel passi-
vo), impostos, juros (juros passivos), comissão (comissão passiva), salários, des-
contos concedidos (desconto passivo), multa, combustível, água, roubo, material 
consumido.
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2) RELAÇÃO DAS PRINCIPAIS CONTAS COBRADAS EM PROVAS 
DE CONCURSOS
Antes de se dedicar à resolução de questões de provas, é importante ter um 
conhecimento básico sobre a matéria. Entendo que este conhecimento parte da 
necessidade de saber classificar as contas, quanto à sua natureza e a seu saldo. 
Abaixo apresento uma relação de contas que já foram cobradas em provas. Quan-
do estiver estudando e ficar em dúvida com a classificação das contas, utilize o quadro.
Saldo devedor = D – Ativo, despesas e redutoras do Passivo e do PL. 
Saldo credor = C = Passivo, PL, receitas e redutoras do ativo.
CONTA Classificação
Natureza do 
saldo
Abatimentos sobre Vendas Despesa-dedução D
Abatimentos sobre Compras CMV (-) compra C
Ágio na Emissão de Ações Reserva capital – PL C
Ágio na Emissão de Debêntures Receita C
Ações de Coligadas Investimentos – ANC D
Ações de Outras Companhias Investimentos – ANC D
Ações em Tesouraria Redutora PL D
Adiantamento a Fornecedores AC D
Adiantamentos a Sócios ARLP D
Adiantamentos a Sócios – Negócio da Empresa AC D
Adiantamento de Clientes PC C
Adiantamento de Salários AC D
Ajuste da Avaliação Patrimonial PL (C/D)
Alienação de Partes Beneficiárias 
Reserva de capital – 
PL
C
Alienação de Bônus de Subscrição
Reserva de capital – 
PL
C
Aluguéis Antecipados AC D
Aluguéis Ativos Receita C
Aluguéis Ativos a Vencer Receita antecipada C
Aluguéis Passivos Despesa D
Aluguéis Passivos a Vencer Despesa antecipada D
Aluguel a Pagar PC C
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Aluguel Antecipado AC D
Amortização Despesas D
Amortização Acumulada 
Redutora do intangí-
vel
C
Aparelhos de Ar-Condicionado Imobilizado D
Aplicações Financeiras de Resgate Imediato AC D
Assinaturas a Pagar PC C
Assinaturas Antecipadas AC D
Bancos AC D
Benfeitorias em imóveis de terceiros Imobilizado – ANC D
Brindes Despesa D
Caixa AC D
Capital a Realizar/Integralizar Redutora PL D
Capital Social PL C
Combustíveis a Pagar PC C
Compras de Mercadorias CMV (+) compras D
Computadores e Periféricos Imobilizado – ANC D
Condomínios a Pagar PC C
Contas a Pagar PC C
Contas a Receber AC D
CMV Despesa D
Debêntures a Pagar PC C
Debêntures Adquiridas c/ Resgate de Longo prazo ARLP D
Debêntures emitidas com Resgate Longo Prazo PNC C
Depreciação Despesa D
Depreciação Acumulada
Redutora do Imobili-
zado
C
Deságio na Emissão de Debêntures a Curto prazo Redutora do PC D
Desconto Comercial Concedido Dedução – DRE D
Desconto Comercial Obtido CMV (-) compra C
Desconto Financeiro Concedido Despesa D
Desconto Financeiro Obtido Receita C
Despesa a Vencer AC D
Despesa de Depreciação Despesa D
Despesa de Internet Despesa D
Despesa de Salários Despesa D
Despesa de Seguros Despesa D
Despesas Antecipada de Seguros AC D
Despesas Antecipadas AC D
Despesas de Juros Despesa D
Despesas Diversas Despesa D
Devedores Duvidosos Despesa D
Devolução de Compras CMV (-) compra C
Devolução de Vendas Dedução – DRE D
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Dividendos Distribuídos Antecipadamente Redutora PL D
Disponível AC D
Doações Concedidas Despesa D
Doações Recebidas Receita C
Direitos de Uso de Concessão Intangível – ANC D
Direitos de Uso de Franquia/Marca Intangível – ANC D
Duplicatas a Pagar PC C
Duplicatas a Pagar após 5 anos PNC – ARLP C
Duplicatas a Receber AC D
Duplicatas Aceitas PC C
Duplicatas Descontadas PC C
Duplicatas Emitidas AC D
Edificações Imobilizado – ANC D
Empréstimos PC C
Empréstimos a Diretores ANC - ARLP D
Empréstimos a Pagar de Longo Prazo PNC C
Empréstimos Concedidos AC D
Estoque Final de Mercadorias AC/CMV D
Estoque Inicial de Mercadorias CMV D
Exaustão Despesa D
Exaustão Acumulada (Florestas)
Redutora do Imobili-
zado
C
Financiamentos PC C
Financiamentos a Pagar PC C
Florestas e Pastagens Imobilizado – ANC D
Fornecedores PC C
Fretes sobre Vendas Despesa operacional D
Fretes sobre Compras CMV (+) compras D
Fundo de Comércio Adquirido Intangível – ANC D
Fundos de Investimentos Permanentes Investimentos – ANC D
Ganho na Equivalência Patrimonial Receita C
Ganho na Venda de Ativos Não Circulantes Receita C
Ganho na Variação Patrimonial Receita C
Gastos em Pesquisas Despesas D
Gastos Pré-Operacionais Despesas D
Honorários Despesas D
Honorários a Pagar PC C
ICMS sobre Vendas Dedução – DRE D
ICMS sobre Compras CMV (-) Compras C
Imposto de Renda (PIR) – DRE Despesa D
Imposto de Vendas Dedução – DRE D
Imposto e Contribuição sobre o Lucro Despesa D
Impostos a Pagar PC C
Impostos a Recuperar AC D
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Impostos Antecipados AC D
Impostos e Taxas Despesa D
Impostos Despesa D
Impressoras e Aparelhos de Fax Imobilizado – ANC D
Incentivo Fiscal (pode ser reserva de lucro) Receita C
Insubsistência Ativa Receita C
Insubsistência Passiva Despesa D
Insubsistência do Ativo Despesa D
Insubsistência do Passivo Receita C
Investimento em Ações Investimentos – ANC D
Investimentos em Debêntures Investimentos – ANC D
Investimentos em Títulos Públicos Investimentos – ANC D
Investimentos em Fundos de Ações Investimentos – ANC D
Juros a Transcorrer Redutora PC D
Juros Ativos Receita C
Juros Ativos a Vencer Receita antecipada C
Juros Passivos Despesa D
Juros Passivos a Vencer Despesa antecipada D
Licença de Software Intangível – ANC D
Licença de Software Antecipada Intangível– ANC D
Lucros Acumulados – Conta Transitória PL C
Manutenção de Veículos a Pagar PC C
Marcas e Patentes Intangível D
Material Consumido Despesa D
Material de Consumo AC D
Material de limpeza AC D
Mercadorias para Revenda AC D
Nota Promissória a Receber AC D
Nota Promissória Emitida PC C
Obras em andamento Imobilizado – ANC D
Participações em Coligadas Investimentos – ANC D
PIS sobre faturamento Dedução – DRE D
Prejuízos Acumulados Redutora PL D
Prêmios de Seguro Despesa D
Provisão p/ Devedores Duvidosos Redutora AC C
Provisão p/ FGTS PC C
Provisão p/ Ajuste do Estoque ao Valor de Mercado Redutora AC C
Provisão p/ Perdas em Investimentos
Redutora Investi-
mentos
C
Provisão para Contingências Judiciais PC C
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Redutora AC C
Provisão para Desvalorização de Estoques Redutora AC C
Receita Antecipada PC C
Receita de Vendas (Receita Bruta de Vendas) Receita C
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Receita Financeira Receita C
Receita Operacional Bruta Receita C
Receitas Diferidas PC C
Reserva de Capital PL C
Reservas PL C
Salários Despesa D
Salários a Pagar PC C
Seguros a Pagar PC C
Seguros antecipados AC D
Seguros sobre Compras CMV (+) compras D
Serviços de Internet a Pagar PC C
Serviços Prestados a Prazo AC D
Suprimentos de Informática (Estoque) AC D
Superveniência do Ativo Receita C
Superveniência Ativa Receita C
Superveniência do Passivo Despesa D
Superveniência Passiva Despesa D
Telefones a Pagar PC C
Telefones Pré-Pagos AC D
Títulos Descontados Redutora AC C
Títulos a Pagar de Longo Prazo PNC C
Títulos a Receber de Longo Prazo ANC – ARLP D
Variação Monetária Ativa Receita C
Variação Monetária Passiva Despesa D
Vendas Receita C
Veículos Imobilizado D

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