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Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 0 www.operacaofederal.com.br Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 1 www.operacaofederal.com.br SUMÁRIO PORTUGUÊS ............................................................................................................................................................................................... 2 INFORMÁTICA ........................................................................................................................................................................................... 6 APLICATIVOS PARA SEGURANÇA ..................................................................................................................................................... 6 INTERNET E INTRANET ........................................................................................................................................................................ 6 REDES DE COMPUTADORES ................................................................................................................................................................ 7 DIREITO PENAL ........................................................................................................................................................................................ 7 CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA ......................................................................................................................................................... 7 CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ............................................................................................................................ 7 DIREITO PROCESSUAL PENAL ............................................................................................................................................................. 9 INQUÉRITO POLICIAL ........................................................................................................................................................................... 9 PROVAS .................................................................................................................................................................................................... 9 PRISÃO EM FLAGRANTE .................................................................................................................................................................... 11 DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................................................................................................................... 11 DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ..................................................................................................................................... 11 DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS .................................................................................................... 12 ORDEM SOCIAL .................................................................................................................................................................................... 13 DIREITO ADMINISTRATIVO ................................................................................................................................................................ 14 ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA .......................................................................................................................................... 14 ATOS ADMINISTRATIVOS .................................................................................................................................................................. 15 LEI N° 8.112/1990 ................................................................................................................................................................................... 15 LEGISLAÇÃO ESPECIAL ....................................................................................................................................................................... 16 LEI Nº 4.898/1965 .................................................................................................................................................................................... 16 LEI Nº 8.069/1990 .................................................................................................................................................................................... 16 LEI Nº 9.605/1998 .................................................................................................................................................................................... 16 LEI Nº 11.343/2006 .................................................................................................................................................................................. 17 GABARITO ................................................................................................................................................................................................ 19 DISTRIBUIÇÃO DAS QUESTÕES DISCIPLINA DE ATÉ TOTAL PORTUGUÊS 1 30 30 INFORMÁTICA 31 54 24 DIREITO PENAL 55 94 40 DIREITO PROCESSUAL PENAL 95 134 40 DIREITO CONSTITUCIONAL 135 204 70 DIREITO ADMINISTRATIVO 205 234 30 LEGISLAÇÃO ESPECIAL 235 285 51 Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 2 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. PORTUGUÊS Julgue as assertivas, considerando que as orações em (a) e em (b) devem estar de acordo com a norma padrão escrita, no que se refere à concordância verbal. 1. (a) Havia muitas pessoas na fila dos centros de saúde nesta semana. (b) Faziam vinte anos que o recorde de duzentos e dez dias sem mortes por acidente na SC 401 não era batido. 2. (a) Precisa-se de vendedores. (b) Consertam-se condicionadores de ar. 3. (a) A maioria das pessoas entendem que isso não se faz. (b) Vossa Excelência pediu que todos saíssem da sala. Quanto às ideias e às estruturas linguísticas empregadas no texto, julgue o item que se segue. 4. Os trechos “Que se as corda não quebrá” (linha 6) e “Os poeta sempre gosta” (linha 13) estão em desacordo com a sintaxe da língua portuguesa porque apresentam dois termos oracionais sem concordância. Julgue o item a seguir, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado. 5. Na linha 1, seria incorreto o emprego do verbo “ser” no plural — serem. Em relação aos elementos linguísticos do texto, julgue o item a seguir. 6. A forma verbal “manifestarem” (l.23) está flexionada no plural para concordar com “as pessoas” (l.22). Julgue os itens que se seguem, pertinentes a aspectos linguísticos do texto precedente. 7. Nas linhas 11 e 12, a forma verbal “convidaram” está no plural porque concorda com os termos “cientistas”, “artistas” e “professores”. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 3 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 8. No último parágrafo do texto, a expressão “era amparada” está no singular para concordar com a palavra “estrutura”, que é núcleodo sujeito. Com relação a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens a seguir. 9. Seriam mantidos o sentido e a correção do texto caso o trecho “complemento de renda dos casados com filhos e regras que privilegiavam os homens casados e com filhos” (l. 12 e 13) fosse reescrito da seguinte forma: complementar à renda dos casados com filhos e privilegiar aos homens casados e com filhos. 10. A substituição de “foram adotados” (l.8) por adotou-se preservaria a correção e o sentido do texto. Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto, julgue os itens a seguir. 11. A eliminação da vírgula empregada imediatamente após “difusos” (ℓ.25) não comprometeria a correção gramatical do texto, mas alteraria os seus sentidos originais. 12. A expressão “esse direito fundamental” (ℓ.8) refere-se a “o acesso à justiça” (ℓ.4). 13. Mantendo-se a correção gramatical do texto, o termo “caso” (ℓ.6) poderia ser substituído por se. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 4 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Julgue os itens quanto às estruturas linguísticas do texto. 14. A supressão de “para” (linha 23) mantém a correção gramatical do texto. 15. A expressão “as quais” (linha 18) pode ser substituída pelo termo que, sem prejuízo gramatical e para os sentidos originais do texto. 16. Na linha 18, as formas verbais “dadas” e “fornecem” referem‐se ao mesmo elemento textual na oração em que se inserem. 17. O vocábulo “as” (linha 9) retoma o termo “relações públicas” (linha 8), que, por sua vez, é retomado por “profissão” (linha 10). 18. A supressão das vírgulas nas linhas 1 e 3 e a mudança na flexão da forma verbal “é” para são mantêm a correção gramatical e os sentidos originais do texto. Considerando as estruturas linguísticas do texto, a correção gramatical e o emprego dos elementos de encadeamento textual, julgue os itens que se seguem. 19. É preciso haverem três elementos para que um homem veja dentro de si: olhos, espelho e luz. 20. O vocábulo “essa” (linha 12), no segmento “essa vista” (linhas 12 e 13), retoma especialmente a ideia de o homem enxergar seu âmago. Julgue os próximos itens no que se refere o emprego do sinal indicativo de crase. 21. Na oração O direito à educação é primordial, o uso do acento indicativo de crase é opcional. 22. A oração o uso excessivo de agrotóxicos na agricultura pode ser prejudicial a saúde e ao meio-ambiente está de acordo com a norma padrão escrita. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 5 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Em relação às informações e estruturas linguísticas do texto precedente, julgue o item que se segue. 23. Na linha 8, o sinal indicativo de crase em “à negativa” é empregado porque a regência de “relacionados” exige complemento regido pela preposição a e o termo “negativa” vem antecedido de artigo definido feminino. Julgue o item a seguir de acordo com o texto precedente. 24. O emprego do sinal indicativo de crase em “à tutela dos animais” (ℓ. 2 e 3) é facultativo. No que se refere às estruturas linguísticas do texto acima e às ideias nele desenvolvidas, julgue o item a seguir. 25. O sinal indicativo de crase em “proteção às redes” (l. 5 e 6) justifica-se pela contração da preposição a, exigida pelo substantivo “proteção”, com o artigo definido feminino as, que determina o vocábulo “redes”. Acerca dos aspectos linguísticos e das ideias do texto acima, julgue o item seguinte. 26. Seria mantida a correção do texto caso o trecho ‘para que seus direitos sejam garantidos’ (l. 31 e 32) fosse reescrito da seguinte forma: visando à garantia de seus direitos. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 6 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Julgue os itens a seguir, relativos às informações e estruturas linguísticas do texto acima. 27. Na linha 6, o emprego do sinal indicativo de crase em “às transformações” justifica-se porque o termo “restrições” exige complemento regido pela preposição a e a palavra “transformações” está precedida de artigo definido feminino no plural. 28. Mantém-se a correção gramatical do texto ao se substituir o trecho “a uma série” (l.4) por à uma série, dado o caráter facultativo do emprego do sinal indicativo de crase nesse caso. Com relação às informações e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir. 29. Na linha 2, o emprego do sinal indicativo de crase em “às suas” justifica-se porque o termo “vinculadas” exige complemento regido pela preposição a e o pronome possessivo “suas” vem antecedido por artigo definido feminino plural. 30. Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir “ao relacionamento” (l.12-13) por à relação. INFORMÁTICA APLICATIVOS PARA SEGURANÇA Acerca dos aplicativos para segurança, julgue os itens a seguir. 31. O IDS (Intrusion Detection System) é capaz de monitorar os arquivos de configuração do Windows. 32. O firewall é uma excelente ferramenta, destinada exclusivamente a monitorar o tráfego na rede e a detectar alguns tipos de ataque. Ele não executa funções antispoofing. 33. Um dos procedimentos de segurança é fazer uso de firewalls no computador. Além disso, é recomendável que eles sejam atualizados com frequência. 34. Os antivírus são capazes de eliminar phishing e spyware. Contudo, devido à sua rápida multiplicação no ambiente, os rootkits não são identificados nem removidos pelos antivírus atuais. 35. O antispyware é conhecido como uma ferramenta complementar ao antivírus que deve ser executada frequentemente para checagem de possíveis ameaças que possam ter contaminado o sistema. 36. Um servidor antispam possui necessariamente um ou mais sistemas antivírus para varredura de e-mails. 37. Entre as categorias de antivírus disponíveis gratuitamente, a mais confiável e eficiente é o scareware, pois os antivírus dessa categoria fazem uma varredura nos arquivos e são capazes de remover 99% dos vírus existentes. 38. Mateus tem em seu computador o Windows 10 e um firewall pessoal instalado que funciona corretamente. Nessa situação, embora esteja funcionando corretamente, o firewall não é suficiente para conter vírus e(ou) perdas de arquivos devidas a eventual falta de becape. 39. Os browsers Internet Explorer, Firefox e Chrome permitem a instalação de plugins para implementar proteção antiphishing. 40. Somente os controles Active X originários de sítios conhecidos e confiáveis devem ser executados em um computador. INTERNET E INTRANET Julgue os itens a seguir no que se refere a internet e intranet. 41. As intranets utilizam tecnologias da Internet para viabilizar a comunicação entre os empregados de uma empresa, permitindo-lhes compartilhar informações e trabalhar de forma colaborativa. 42. Google, Bing e Ask são exemplos de sistemas de busca na Internet. 43. A função filetype, do Google, permite que o usuário realize pesquisas com base no tipo de arquivo. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 7 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a suareprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 44. Instruções típicas como USER e PASS são permitidas pelo protocolo POP. 45. Nas aplicações de transferência de arquivos por fluxo contínuo, os dados são transferidos como uma série de blocos precedidos por um cabeçalho especial de controle. 46. O símbolo @ em endereços de email tem o sentido da preposição no, sendo utilizado para separar o nome do usuário do nome do provedor. 47. A Internet e a intranet, devido às suas características específicas, operam com protocolos diferentes, adequados a cada situação. 48. URL (uniform resource locator) é um endereço virtual utilizado na Web que pode estar associado a um sítio, um computador ou um arquivo. 49. Pesquisas de imagens com base em seus tamanhos não podem ser realizadas pelo Google. 50. A Internet foi projetada para ser altamente tolerante a falhas, continuando a transmitir o tráfego mesmo no caso de ocorrer ataques nucleares em várias partes da rede de computadores. REDES DE COMPUTADORES 51. A topologia de rede de computadores pode ser definida como uma forma de se classificar as redes de acordo com a quantidade de computadores existentes. Por exemplo, para que a topologia de uma rede seja definida como Estrela, ela deverá ter, no máximo, doze computadores. 52. O IP (Internet Protocol) é considerado como o principal protocolo da camada de rede da Internet. 53. As redes de difusão, uma das tecnologias de transmissão utilizadas em redes de computadores, possuem vários canais de comunicação, sendo que todos eles são compartilhados por todas as máquinas da rede. 54. Em redes de computadores, uma transmissão é considerada como assíncrona quando é sincronizada com a frequência da rede, ou seja, os dados são enviados sem intervalo de tempo entre eles. DIREITO PENAL CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA 55. De acordo com o STJ, a conduta do agente que se atribui falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa. 56. No curso de diligência para a citação pessoal de réu em processo criminal, o destinatário da citação apresentou documento de identidade de outra pessoa, em que havia substituído a fotografia original, com o objetivo de se furtar ao ato, o que frustrou o cumprimento da ordem judicial. Nesse caso, o citado praticou o crime de falsa identidade. 57. A fabricação de aparelho destinado à falsificação de moeda é fato criminoso, assim como a fabricação de objeto destinado à confecção de documentos particulares falsos. 58. Os livros mercantis são equiparados a documento público para fins penais, sendo tipificada como crime a falsificação, no todo ou em parte, de escrituração comercial. 59. Cometerá o delito de falsidade ideológica o médico que emitir atestado declarando, falsamente, que determinado paciente está acometido por enfermidade. 60. Considere que determinado servidor público, prevalecendo-se de seu cargo, tenha falsificado o teor de um testamento particular. Nesse caso, o servidor praticou o delito de falsificação de documento particular, que não se equipara a documento público, e está sujeito ao aumento da pena prevista na lei penal. 61. O agente que falsificar cartão de crédito ou débito cometerá, em tese, o crime de falsificação de documento particular previsto no CP. 62. Considera-se crime contra a fé pública fraudar concurso público para órgão da administração direta do governo federal ou vestibular para universidade particular. 63. O empresário que inserir na carteira de trabalho e previdência social de seu empregado declaração diversa da que deveria ter escrito cometerá o crime de falsidade ideológica. 64. Restituir moeda falsa à circulação, ciente de sua falsidade, é crime que admite a modalidade culposa se o agente tiver recebido a moeda, de boa-fé, como verdadeira. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 65. O crime de prevaricação, previsto no artigo 319 do Código Penal, é classificado como crime funcional impróprio, pois somente pode ser praticado por quem ostente a qualidade de funcionário público. 66. Gustavo, sabedor de um crime praticado por seu filho Cácio, procurou a autoridade policial e assumiu a autoria do delito, com o objetivo de impedir que ele fosse processado e condenado. Nessa situação, a conduta de Gustavo configura o tipo penal de autoacusação falsa. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 8 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, vende, clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade brasileira. A partir dessa situação hipotética, julgue os itens subsequentes. 67. Considere que João e sua organização criminosa utilizem transporte marítimo clandestino para fazer ingressarem no território brasileiro os cigarros contrabandeados. Nessa situação, a pena pelo crime de contrabando será aumentada pela metade. 68. O crime de contrabando, como o praticado por João e sua organização criminosa, foi tipificado no Código Penal brasileiro em decorrência do princípio da continuidade normativo-típica. 69. Constitui crime de resistência bloquear o ingresso de oficial de justiça munido de mandado de intimação no domicílio durante o período noturno do sábado. 70. Para a configuração do crime de prevaricação faz-se necessário um ajuste de vontade entre o agente do Estado e o beneficiário do seu ato. 71. O agente que falsificar cartão de crédito ou débito cometerá, em tese, o crime de falsificação de documento particular previsto no CP. 72. O crime de corrupção ativa e o de corrupção passiva são considerados crimes próprios praticados contra a administração pública. 73. O crime de peculato pode ser praticado por quem exerce emprego público, ainda que sua atividade seja transitória ou sem remuneração. 74. A distinção fundamental entre os tipos penais tráfico de influência e exploração de prestígio diz respeito à pessoa sobre a qual recairá a suposta prática delitiva. 75. As condutas subornar testemunha, coagir no curso do processo e fraudar o processo, caso tenham por escopo obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, configuram causas de aumento de pena. 76. Jonas usou de grave ameaça contra perito com o objetivo de favorecer os interesses da empresa onde trabalha, que está envolvida em contenda submetida ao juízo arbitral. Nessa situação, o crime cometido por Jonas é tipificado como coação no curso do processo. 77. O vereador que, em razão do seu cargo, solicitar parte do salário de seus assessores em benefício próprio praticará o crime de concussão. 78. Considere que o funcionário público Roberto, por indulgência, tenha deixado de responsabilizar subordinado seu que cometeu infração no exercício do cargo. Ainda assim, a infração foi descoberta e seu subordinado punido. Nessa situação, é correto afirmar que Roberto poderá ser responsabilizado por infração administrativa, mas não por prática de crime. 79. Pedro, funcionário público, solicitou a Maria a quantia de R$ 10.000 para não lavrar auto de infração decorrente de ato ilícito descoberto durante fiscalização fazendária. Ao perceber que teria que pagar uma multa de mais de R$ 20.000, Maria prontamente concordou com a proposta e realizou o pagamento. Nessa situação, Maria responderá como partícipe do delito de corrupção passiva, uma vez que, quanto ao concurso de agentes, o Código Penal adotou exclusivamente a teoria unitária do crime. 80. O agente públicoque ordena despesa sem o conhecimento de que tal despesa não era autorizada por lei incide em erro de proibição. 81. No crime de excesso de exação, previsto no art. 316, § 1°, do Código Penal, quando o funcionário emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso para exigir o tributo ou contribuição social devida, não se admite a modalidade culposa. 82. No peculato culposo, a reparação do dano antes do recebimento da denúncia incorre em extinção da punibilidade, ao passo que a reparação realizada entre o recebimento da denúncia e o trânsito em julgado da sentença condenatória possibilita a aplicação de causa de diminuição de pena. 83. Cometerá crime de prevaricação o servidor público que deixar de responsabilizar, por clemência, o seu subordinado que tenha cometido infração no exercício do cargo. 84. Considere que Eduardo, em proveito alheio, tenha desviado material do almoxarifado de um estabelecimento penal do Distrito Federal, exclusivamente em razão de sua condição funcional, que lhe permitia contar com a total confiança de seus superiores, dos demais funcionários e dos vigilantes, além de ter livre acesso ao referido setor. Nessa hipótese, Eduardo praticou o delito de concussão. 85. Praticará o crime de corrupção passiva o médico seja ele servidor público ou não que, em atendimento pelo Sistema Único de Saúde, exigir do segurado quantia em dinheiro para a realização de consulta. 86. O agente público que ordena despesa sem o conhecimento de que tal despesa não era autorizada por lei incide em erro de proibição. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 9 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 87. O crime de ordenação de despesa não autorizada é de natureza material, consumando-se no momento em que a despesa é efetuada. 88. Determinado indivíduo autorizou a assunção de obrigação, no último quadrimestre do mandato, mesmo sabendo que não haveria contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa para o pagamento de parcela que venceria no exercício seguinte. Nessa situação, o referido indivíduo praticou crime contra as finanças públicas, estando sujeito a pena de reclusão. 89. O crime de tráfico de influência, previsto no art. 332 do Código Penal, apresenta uma causa de aumento de pena em seu parágrafo único, qual seja, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário que vai praticar o ato. Referida causa de aumento determina que a pena seja aumentada da metade. 90. O delito de usurpação de função pública admite uma forma qualificada, qual seja, se do fato o agente aufere vantagem, cuja pena é de reclusão de dois a cinco anos. O delito de resistência, estabelecido no art. 329 do Código Penal, admite uma forma qualificada, qual seja, se o ato, em razão da resistência, não se executa. 91. Praticará o crime de corrupção ativa o funcionário de concessionária de serviço de energia elétrica que, para não interromper o fornecimento de energia para consumidor inadimplente, aceitar promessa de vantagem indevida. 92. Na condescendência criminosa do funcionário público, o qual, por indulgência, deixa de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo, para a configuração do crime é necessário que o subalterno seja sancionado pela transgressão cometida. 93. Cometerá crime punível com detenção o servidor público que ordenar seu subordinado no serviço público a realizar obra de reforma em sua residência particular mediante o uso de recursos estatais. 94. Incorre em crime de peculato o servidor público que, embora não tendo posse de determinado bem, concorra para sua subtração, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade proporcionada pelo cargo que ocupe. DIREITO PROCESSUAL PENAL INQUÉRITO POLICIAL 95. A autoridade policial poderá instaurar inquérito policial de ofício nos crimes cuja ação penal seja de iniciativa privada. 96. Apesar de se tratar de procedimento inquisitorial no qual não se possa exigir a plena observância do contraditório e da ampla defesa, a assistência por advogado no curso do inquérito policial é direito do investigado, inclusive com amplo acesso aos elementos de prova já documentados que digam respeito ao direito de defesa. 97. Apenas no caso em que o investigado estiver preso preventivamente, o inquérito policial deverá se encerrar em até dez dias, contados a partir do dia subsequente à execução da ordem de prisão. 98. Membro do Ministério Público que participe, ativamente, do curso da investigação criminal não poderá oferecer denúncia, devendo, ao final do inquérito policial, encaminhar os documentos cabíveis para outro membro do parquet, que decidirá acerca do oferecimento ou não de denúncia. 99. Comprovada, durante as diligências para a apuração de infração penal, a existência de excludente de ilicitude que beneficie o investigado, o delegado de polícia deverá determinar o arquivamento do inquérito policial. 100. O despacho que indefere o requerimento de abertura de inquérito é irrecorrível. 101. O inquérito policial constitui-se em um instrumento administrativo indispensável ao processamento da ação penal, sendo por meio dele que se apura a autoria e a materialidade da conduta delitiva, mediante indispensável contraditório. 102. No curso do IP, poderá ser realizado apenas o exame de corpo de delito; as demais perícias terão de ser realizadas na fase judicial. 103. São formas de instauração de IP: de ofício, pela autoridade policial; mediante representação do ofendido ou representante legal; por meio de requisição do Ministério Público ou do ministro da Justiça; por intermédio do auto de prisão em flagrante e em virtude de delatio criminis anônima, após apuração preliminar. 104. Arquivado o IP, por falta de elementos que evidenciem a justa causa, admite-se que a autoridade policial realize novas diligências, se de outras provas tiver notícia. PROVAS 105. Admitido, pelo juiz, o assistente técnico, que poderá ser indicado e pago pela parte, terá este acesso ao material probatório, no ambiente do órgão oficial e na presença do perito oficial. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 10 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 106. Provas produzidas durante o inquérito policial como, por exemplo, o reconhecimento do autor do crime podem servir de instrumento para a formação da convicção do juiz, desde que sejam confirmadas, sob o crivo do contraditório, por outros elementos colhidos em juízo. 107. De acordo com o CPP, na falta de perito oficial para realizar as perícias, o exame poderá ser realizado por uma pessoa idônea, portadora de diploma de curso superior, preferencialmente em área relacionada com a natureza do exame. 108. Não se pode alegar suspeição do perito por vínculo com a parte, no caso de este ser assistente técnico. 109. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a ausência do corpo da vítima em suposto crime de homicídio impede o ajuizamento da ação penal, haja vista a impossibilidade da realização de exame de corpo de delito, não sendo admitidos, nessa situação, outros meios de provas. 110. A confissão extrajudicial do réu e outros elementos indiciários de participação no crime nos autos do processo são subsídios suficientes para autorizar-se a prolação de sentença condenatória. 111. A consequência processual da declaração de ilegalidade de determinadaprova obtida com violação às normas constitucionais ou legais é a nulidade do processo com a absolvição do réu. 112. Crianças podem ser testemunhas em processo criminal, mas não podem ser submetidas ao compromisso de dizer a verdade. 113. A conversa telefônica gravada por um dos interlocutores não é considerada interceptação telefônica. 114. As cartas particulares poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário, para a defesa de seu direito, ainda que não haja consentimento do signatário. 115. Quando a demora na produção das provas puder prejudicar a busca pela verdade real, notadamente em razão da grande probabilidade de as testemunhas não se lembrarem precisamente dos fatos presenciados, será cabível a produção antecipada de provas. Deve o juiz, para tanto, observar a necessidade, a adequação e a proporcionalidade da medida. 116. Consideram-se ilícitas, inadmissíveis no processo penal, as provas que importem em violação de normas de direito material (Constituição ou leis), mas não de normas de direito processual. 117. Instaurado o IP por crime de ação penal pública, a autoridade policial determinou a realização de perícia, da qual foi lavrado laudo pericial firmado por dois peritos não oficiais, ambos bacharéis, que prestaram compromisso de bem e fielmente proceder à perícia na arma de fogo apreendida em poder do acusado. Nessa situação hipotética, houve flagrante nulidade, pois a presença de perito oficial é requisito indispensável para a realização da perícia. Após denúncia anônima, João foi preso em flagrante pelo crime de moeda falsa no momento em que fazia uso de notas de cem reais falsificadas. Ele confessou a autoria da falsificação, confirmada após a perícia. Com base nessa situação hipotética e nos conhecimentos específicos relativos ao direito processual penal, julgue os itens subsecutivos. 118. João poderá indicar assistente técnico para elaborar parecer, no qual poderá ser apresentada conclusão diferente da apresentada pela perícia oficial. Nesse caso, o juiz é livre para fundamentar sua decisão com base na perícia oficial ou na particular. 119. A confissão de João, efetuada durante o inquérito policial, é suficiente para que o juiz fundamente sua condenação, pois, pela sistemática processual, o valor desse meio de prova é superior aos demais. 120. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a ausência do corpo da vítima em suposto crime de homicídio impede o ajuizamento da ação penal, haja vista a impossibilidade da realização de exame de corpo de delito, não sendo admitidos, nessa situação, outros meios de provas. 121. O exame caligráfico ou grafotécnico visa certificar, por meio de comparação, que a letra inserida em determinado escrito pertence à pessoa investigada. Esse exame pode ser utilizado como parâmetro para as perícias de escritos envolvendo datilografia ou impressão por computador. 122. Consoante a interpretação doutrinária da legislação penal, as buscas e apreensões são consideradas não só meios de prova, mas também providências acautelatórias da atividade probante (medida cautelar), podendo ser executadas em qualquer fase da persecução penal. 123. De acordo com o sistema processual penal brasileiro, qualquer pessoa poderá ser testemunha e a ninguém que tenha conhecimento dos fatos será dado o direito de se eximir da obrigação de depor, com exceção das pessoas proibidas de depor porque, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se desobrigadas pela parte interessada, e dos doentes e deficientes mentais e menores de quatorze anos de idade. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 11 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 124. Caso haja contradição entre os depoimentos das testemunhas, as confissões dos acusados e as conclusões técnicas dos peritos, o testemunho das pessoas envolvidas, quando estas estiverem sob juramento, deve prevalecer sobre as conclusões técnicas dos peritos. PRISÃO EM FLAGRANTE 125. A prisão em flagrante do autor de crime de ação penal pública condicionada à representação substitui a necessidade de manifestação do ofendido para instauração de inquérito policial. 126. A falta de testemunhas da infração obsta que se lavre o auto de prisão em flagrante, salvo se existirem testemunhas da apresentação do preso à autoridade, que, juntamente com o condutor, deverão assinar o auto de prisão. 127. Após a lavratura do auto de prisão em flagrante, com as comunicações e demais formalidades de praxe, não sendo o caso de arbitramento de fiança, exaure-se a responsabilidade da autoridade policial, transferindo-se ao juiz a manutenção da custódia, por meio da conversão em prisão preventiva ou pela imediata imposição de outra medida cautelar, diversa da prisão. 128. Considere que, no curso de investigação policial para apurar a prática de crime de extorsão mediante sequestro contra um gerente do Banco X, agentes da Polícia Federal tenham perseguido os suspeitos, que fugiram com a vítima, por dois dias consecutivos. Nessa situação, enquanto mantiverem a privação da liberdade da vítima, os suspeitos poderão ser presos em flagrante, por se tratar de infração permanente. 129. Vinte e quatro horas após a prisão em flagrante, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão acompanhado de todas as oitivas colhidas e, em qualquer caso, cópia integral para a defensoria pública. 130. É irrelevante a existência, ou não, de fundamentação cautelar para a prisão em flagrante por crimes hediondos ou equiparados. 131. Por completa falta de amparo legal, não se admite o flagrante forjado, que constitui, em tese, crime de abuso de poder, podendo ser penalmente responsabilizado o agente que forjou o flagrante. 132. A prisão em flagrante é a modalidade de prisão cautelar, de natureza administrativa, realizada no instante em que se desenvolve ou termina de se concluir a infração penal (crime ou contravenção penal). Com base exclusivamente em interceptação telefônica autorizada judicialmente, a polícia judiciária, no curso de inquérito policial, teve conhecimento dos preparativos para a ocorrência de determinado crime. Por ordem da autoridade policial, então, agentes de polícia passaram a acompanhar os investigados e, sem que em nada influenciassem na conduta ou provocassem a ação dos criminosos, tiveram oportunidade de presenciar a prática do crime, momento em que deram ordem de prisão e conseguiram prender dois dos perpetradores, no momento em que cometiam a infração penal, após o que iniciaram perseguição a um terceiro autor do mesmo crime, o qual foi detido apenas horas depois, após perseguição contínua e ininterrupta da polícia, da qual, em tempo algum, conseguiu fugir ou se desvencilhar. No momento do flagrante, foram também colhidas provas, as quais, depois, se mostraram essenciais para a denúncia e condenação. Tendo por base a situação acima narrada, julgue os itens seguintes. 133. A prisão em flagrante delito não é ato privativo das forças policiais. 134. A prisão do terceiro perpetrador foi ilegal, e deve ser relaxada, colocando-se-o em liberdade, pois não é possível falar em flagrante delito no caso de uma prisão executada horas depois do fato em tese criminoso. DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 135. O caráter livre e secreto do voto impõe‐se apenas em face do Poder Público. 136. O voto direto impõe que o voto dado pelo eleitor seja conferido a determinado candidato ou a determinado partido, sem que haja mediação por instância intermediáriaou por um colégio eleitoral. 137. O sufrágio capacitário refere‐se a critérios concernentes à qualificação ou à capacidade do eleitor, especialmente no que diz respeito ao preparo ou à habilidade intelectual. 138. A proteção do domicílio não é absoluta, sendo este passível de violação, ao dia ou à noite, nas hipóteses de flagrante delito, para prestação de socorro ou, ainda, por determinação judicial. 139. A inobservância indevida à proteção da inviolabilidade domiciliar produz ofensa à intimidade do indivíduo, fazendo surgir direito à reparação moral. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 12 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 140. No sentido constitucional, a proteção da inviolabilidade domiciliar alcança não apenas a residência do indivíduo, mas também outros locais reservados ocupados com exclusividade, como quartos de hotel e escritórios profissionais. 141. Por força da exigência constitucional de um Estado laico, é vedada a assistência religiosa em entidades civis ou militares de internação coletiva. 142. A liberdade de pensamento é exercida com ônus para o manifestante, que deverá se identificar e assumir a autoria daquilo que ele expressar. 143. Não pratica crime de desobediência aquele que reage de forma a impedir a entrada em domicílio de autoridade policial que atue fora das exceções constitucionais. 144. Caso um grupo de profissionais decida pela criação de uma associação, essa criação independerá de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento. 145. O direito à liberdade de expressão artística previsto constitucionalmente não exclui a possibilidade de o poder público exigir licença prévia para a realização de determinadas exposições de arte ou concertos musicais. 146. A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade. 147. Considere-se que Júpiter decida criar uma associação. Nesse caso, será necessária a autorização do Estado e permitida a interferência estatal em seu funcionamento. 148. É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, telefônicas e de dados, salvo, no último caso, por ordem administrativa, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. 149. Os direitos e garantias fundamentais têm como destinatários os brasileiros natos e naturalizados, não se aplicando aos estrangeiros. 150. Em 2010, João foi naturalizado brasileiro e, em 2012, se envolveu em tráfico ilícito internacional de entorpecentes. Devido a essa infração penal, determinado país requereu a sua extradição. Nessa situação, o pedido deverá ser negado, uma vez que a CF veda a extradição de brasileiro. 151. Em caso de flagrante delito no interior do domicílio de determinado indivíduo, no período noturno, a autoridade policial poderá adentrá-lo independentemente de determinação judicial. 152. O direito à vida desdobra-se na obrigação do Estado de garantir à pessoa o direito de continuar viva e de proporcionar-lhe condições de vida digna. 153. É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas às qualificações profissionais que a lei estabelecer. 154. As entidades associativas, se expressamente autorizadas, possuem legitimidade para representar seus filiados na esfera judicial. DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS 155. Para a decretação do estado de sítio, ao contrário do que ocorre com o estado de defesa, deverá haver prévia solicitação do Presidente da República de autorização do Congresso Nacional, que se manifestará pela maioria relativa de seus membros. 156. A segurança viária compreende a educação, a engenharia e a fiscalização de trânsito, vetores que asseguram ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente. 157. O policiamento naval é atribuição privativa da Marinha de Guerra, atividade de natureza meramente militar. 158. A segurança pública é direito de todos, e, nesse sentido, incumbe à polícia civil a função de polícia judiciária da União. 159. A Constituição Federal estabelece como forças auxiliares e reserva do Exército as polícias e os corpos de bombeiros. 160. De acordo com a norma constitucional, cabe exclusivamente à Polícia Federal prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, portanto a atuação da polícia militar de determinado estado da Federação no flagrante e apreensão de drogas implica a ilicitude da prova e a nulidade do auto de prisão. 161. As polícias civis, às quais incumbem ressalvadas a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares, subordinam-se aos governadores dos estados, do DF e dos territórios. 162. O Congresso Nacional deixará de funcionar enquanto vigorar o estado de defesa. 163. Admite-se a suspensão do direito de reunião quando o estado de sítio estiver vigente. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 13 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 164. Nos termos da legislação ordinária, cabe à PRF, entre outras funções, a de realizar operações relacionadas com a segurança pública, desde que em conjunto com a Polícia Federal. 165. A apuração de infrações penais cometidas contra os interesses de empresa pública federal insere-se no âmbito da competência da Polícia Federal. 166. Assinalando preceitos de eficácia plena, a Carta Federal estabelece que às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, a execução de serviços administrativos de trânsito, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. 167. À PRF destina-se, na forma da lei, o patrulhamento ostensivo das rodovias estaduais e federais. 168. Os corpos de bombeiros militares e as polícias militares são forças auxiliares do Exército, não se subordinando aos governadores de estado. 169. Os eclesiásticos estão isentos de prestar o serviço militar obrigatório em tempo de paz. 170. Os municípios devem, obrigatoriamente, constituir guardas municipais destinadas à preservação da ordem pública e à proteção de seus bens, serviços e instalações. 171. O oficial condenado, na justiça comum ou militar, por sentença transitada em julgado, a pena privativa de liberdade superior a dois anos deve ser submetido a julgamento para que seja decidido se é indigno do oficialato ou com ele incompatível, podendo perder o posto e a patente. 172. A Constituição Federal não permite que a União seja patrocinadora de entidade de previdência privada de suas empresas públicas. No entanto, em face da natureza do crime cometido, será da Polícia Federal a responsabilidade pela elaboração do inquérito para apuração da infração penal. 173. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta. 174. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio. ORDEM SOCIAL 175. A proteção garantida pelo Estado alcança, além das culturas populares, indígenas e afros brasileiras, outros grupos participantes do processocivilizatório nacional. 176. Os recursos públicos não reverterão apenas em favor das escolas públicas, podendo ainda ser direcionados às escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, na forma da lei. 177. Os estados, o Distrito Federal e os municípios organizarão seus sistemas de ensino em regime de colaboração, observando as diretrizes impostas pela União como ente uniformizador da educação. 178. Embora ostentem autonomia didático‐científica, as universidades observam controle administrativo e financeiro pelo ente a que vinculadas. 179. É possível o ensino religioso de matrícula obrigatória nas escolas da rede pública de ensino fundamental, desde que haja outras escolas, na mesma unidade da Federação, que contem com a disciplina. 180. A seguridade social encerra um conjunto integrado de ações a cargo exclusivamente do Poder Público em favor da sociedade. 181. As transferências que os estados recebem para assegurar o financiamento da cultura são consideradas despesas obrigatórias. 182. O direito das populações tradicionais dos antigos quilombos de continuar fixados em seu espaço de vivência não implica o tombamento desses sítios. 183. As pesquisas científicas e tecnológicas serão, ambas, igualmente estimuladas pelo Estado, sem distinções ou preferências. 184. Por força da regra da contrapartida, os benefícios e serviços da seguridade social somente poderão ser criados, majorados ou estendidos se existente a correspondente fonte de custeio total. 185. A autonomia didático-científica das instituições de ensino superior convive harmonicamente com o estabelecimento de diretrizes básicas pela União. 186. Também a sociedade civil é responsável ativa pela promoção e pelo incentivo da educação. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 14 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 187. As contribuições sociais incidem sobre a aposentadoria e a pensão concedidas ao trabalhador e aos demais segurados da previdência social pelo regime geral de previdência social e sobre a receita de concursos de prognósticos. 188. As contribuições sociais do empregador e da empresa incidirão sobre a folha de salários e os demais rendimentos do trabalho pagos à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício, sobre a receita ou o faturamento e sobre o lucro. 189. A seguridade social contempla o direito do idoso à livre utilização do transporte público. 190. A assistência social, parte integrante do sistema de seguridade social, será mantida mediante contribuição dos assistidos, a exemplo do que ocorre com a previdência oficial. 191. Por força da regra da contrapartida, os benefícios e serviços da seguridade social somente poderão ser criados, majorados ou estendidos se existente a correspondente fonte de custeio total. 192. A seguridade social, como competência do Estado, é por ele financiada com recursos próprios. 193. A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 194. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, tendo como base alguns objetivos, entre eles, o caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do governo nos órgãos colegiados. 195. A autonomia federativa impede que os entes participem ou interfiram nas competências uns dos outros relacionadas ao ensino e à educação. 196. A educação é um dever não apenas do Estado, mas também da família, que deverá promovê-la e estimulá-la, com a colaboração de toda a sociedade. 197. Constitui fonte de financiamento da seguridade social a arrecadação de contribuições sociais do importador de bens ou serviços do exterior. 198. A garantia, por parte do Estado, à cultura passa pela valorização e pela proteção de manifestações populares e regionais, como o folclore e as danças típicas. 199. Entidades privadas poderão substituir o Estado no conjunto de ações e serviços públicos que integrem o chamado Sistema Único de Saúde (SUS), desde que por meio de instituições filantrópicas e sem fins lucrativos. 200. A execução das ações de vigilância sanitária e de saúde do trabalhador é atribuição do SUS. 201. Pessoas físicas ou jurídicas que degradarem o meio ambiente poderão sofrer sanções penais, civis e administrativas. 202. É possível que um benefício ou serviço da seguridade social seja criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total, já que a seguridade social é considerada como matéria de relevância e urgência. 203. A CF determina que compete à lei federal regular as diversões públicas, sendo vedado ao Poder Público informar sobre a natureza delas, as faixas etárias e os locais e horários de sua apresentação, sob pena de violação ao princípio da liberdade de expressão. 204. Diante da elevação dos índices de crescimento populacional, a CF determina que compete ao Poder Público o planejamento familiar. DIREITO ADMINISTRATIVO ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA 205. Em processos contra a fazenda pública, a prescrição quinquenal abrange a administração direta e indireta, desde que pessoas jurídicas de direito público, a qualquer título. 206. A Administração Pública indireta é composta por entes descentralizados, com patrimônio próprio e autonomia administrativa. 207. Os órgãos da Administração Pública direta podem ser pessoas jurídicas de direito público ou privado. 208. As autarquias exigem lei não apenas para sua criação e extinção, mas, também, para sua organização. 209. No processo administrativo, no âmbito da Administração Federal direta e indireta, o administrado deve estar sempre assistido por advogado. 210. Mesmo pertencendo ao quadro da administração indireta, o IPHAN deve obedecer aos preceitos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 15 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 211. A empresa pública difere da sociedade de economia mista no que se refere à personalidade jurídica: aquela é empresa estatal de direito privado, esta é de direito público. 212. O Tribunal Regional Federal da 1.ª Região, um órgão classificado como autarquia em regime especial, integra a administração indireta da União. 213. As secretarias municipais de determinado município integram a administração indireta desse ente federado. 214. As entidades da administração indireta estão incluídas na estrutura administrativa da Presidência da República e dos ministérios, sendo a eles subordinadas independentemente do enquadramento de sua principal atividade. ATOS ADMINISTRATIVOS 215. O silêncio da Administração Pública sobre determinado assunto pode ser entendido como um ato administrativo. 216. O motivo do ato administrativo é a previsão abstrata de uma situação fática. 217. A forma, que não é necessariamente determinada, é o revestimento exterior do ato administrativo, o modo como este aparece e revela sua existência. 218. Os efeitos atípicos dos atos administrativos são aqueles correspondentes à tipologia específica do ato, à sua função jurídica. 219. É característica dos atos administrativos provirem ela direta e unicamente do Estado.220. Não caracteriza ato punitivo a destruição de substâncias ou objetos nocivos ao consumo ou de uso proibido por lei apreendidos pela Administração Pública. 221. Para a doutrina que os admite, os chamados atos administrativos inexistentes são aqueles que, embora reúnam todos os elementos qualificadores, são praticados com ofensa à legalidade. 222. O ato administrativo é exequível quando a Administração possui todas as condições necessárias para dar‐lhe operatividade. 223. A admissão é ato administrativo que, mediante preenchimento de certos requisitos legais, permite que o particular usufrua de determinados serviços públicos em estabelecimentos oficiais, como, por exemplo, cursar graduação em universidade pública. 224. A licença é ato administrativo discricionário, a partir do qual a Administração, exercendo poder de polícia, autoriza o desempenho de determinadas atividades pelos particulares. LEI N° 8.112/1990 225. O servidor público da administração direta, durante o exercício de mandato eletivo como vereador, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função, ainda que haja compatibilidade de horários. 226. João, servidor público responsável pelo setor financeiro de uma autarquia federal, sem observar as formalidades legais necessárias, facilitou a incorporação, ao patrimônio particular de entidade privada sem fins lucrativos, de valores a ela repassados mediante a celebração de parceria. Desta forma, a pena disciplinar máxima a que João estará sujeito é a suspensão por noventa dias. 227. Quando um servidor público federal é removido a pedido, com mudança de sede, independentemente do interesse da administração e por motivo de saúde própria, ele faz jus à ajuda de custo no valor de uma remuneração. 228. Não há vedação para que servidor público que esteja em gozo de licença para tratar de interesse particular participe da gerência ou administração de sociedade privada. 229. Os afastamentos para realização de programas de pós- doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargo efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos seis meses. 230. O servidor público, fora do serviço, poderá emprestar dinheiro a outrem e cobrar-lhe juros superiores a 15% ao ano. 231. O servidor público, mediante prévia autorização do chefe imediato, pode ausentar-se do serviço durante o expediente. 232. Sem qualquer prejuízo, o servidor público poderá se afastar do serviço por oito dias consecutivos em razão de licença gala e licença nojo. 233. É lícito ao servidor público requerer licença por motivo de doença do seu enteado, desde que este conste de seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial. 234. O valor referente ao pagamento de ajuda de custo, diárias, transporte e auxílio-moradia incorpora-se ao vencimento do servidor público para todos os efeitos. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 16 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. LEGISLAÇÃO ESPECIAL LEI Nº 4.898/1965 235. Uma das situações que se configuram como abuso de autoridade é atentar contra direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. 236. Durante fiscalização em sociedade de economia mista, policiais federais que acompanhavam a operação perceberam que um dos empregados daquela sociedade portava ilegalmente arma de fogo de uso permitido. Na delegacia de polícia, embora tenha verificado que se tratava de hipótese de arbitramento de fiança e que o flagrado se dispunha a recolhê-la, a autoridade policial preferiu não arbitrar a fiança, e remeteu o auto de prisão em flagrante delito para o juiz de direito competente. Nessa situação, a autoridade policial cometeu abuso de autoridade. 237. Conforme o entendimento do STJ, ao acusado de crime de abuso de autoridade pode ser feita proposta de transação penal. 238. De acordo com a legislação pertinente, a ação penal por crime de abuso de autoridade é pública incondicionada, devendo o MP apresentar a denúncia no prazo de quarenta e oito horas. 239. O particular que atuar em coautoria ou participação com uma autoridade pública no cometimento de crime de abuso de autoridade não responderá por esse crime porque não é agente público. 240. A Lei n. 4.898/65, que prevê os crimes de abuso de autoridade, é aplicável inclusive aos que exercem cargo, emprego ou função pública de natureza civil, ainda que transitoriamente e sem remuneração. 241. O agente que retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício para satisfazer a interesse ou sentimento pessoal cometerá o crime de abuso de autoridade. 242. No que se refere ao crime de abuso de autoridade, admitem-se as modalidades dolosa e culposa. 243. A sanção penal, em abstrato, prevista para o crime de abuso de autoridade consiste em multa, detenção ou perda de cargo e inabilitação para o exercício de função pública. 244. O ato lesivo ao patrimônio de pessoa jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal, constitui abuso de autoridade. LEI Nº 8.069/1990 245. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, excluindo as unidades de terapia intensiva, deverão proporcionar condições para a permanência, em tempo integral, de um dos pais ou responsáveis, nos casos de internação de criança ou adolescente. 246. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os dirigentes de estabelecimentos de Ensino Fundamental devem comunicar ao conselho tutelar os casos de evasão escolar, não sendo necessária tal providência na hipótese de reiteração de faltas injustificadas. 247. De acordo com o ECA, é considerada criança a pessoa com até doze anos de idade incompletos. 248. O poder público, a família, a sociedade e a comunidade devem garantir a efetivação dos direitos da criança e do adolescente. 249. O conselho tutelar é o órgão do Ministério da Justiça que tem a responsabilidade de fiscalizar o cumprimento das regras estabelecidas no Estatuto da Criança e do Adolescente. 250. O período de estada do adolescente entre doze e quinze anos de idade em programa de acolhimento pode prolongar- se até que ele complete dezoito anos de idade, caso sua família opte por acompanhá-lo na situação de acolhido. 251. Ao identificar que uma gestante deseja entregar o filho à adoção, o assistente social deve encaminhá-la diretamente ao Conselho Tutelar, que acompanhará o desenvolvimento da gestação, comunicará o nascimento da criança à justiça da infância e providenciará o seu encaminhamento para a adoção. 252. O Estatuto da Criança e do Adolescente assegura os direitos trabalhistas e previdenciários aos adolescentes maiores de catorze anos de idade que exerçam atividade laboral na condição de aprendiz. 253. O atendimento pré e pós‐natal será realizado por profissionais da atenção terciária. 254. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde. LEI Nº 9.605/1998 255. As penas restritivas de direito relativas aos crimes ambientais incluem a suspensão, parcial ou total, de atividades que não obedecerem às prescrições legais. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 17 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 256. João foi autuado por policial rodoviáriofederal, por supostamente ter praticado conduta prevista como crime contra a fauna. Nessa situação, João necessariamente responderá pela conduta praticada. 257. O desenvolvimento do projeto de pesquisa mineral, assim como a implementação das atividades de lavra ou de extração de recursos minerais sem possuir autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a legislação vigente, sujeita o infrator a pena de detenção pelo período de um ano a dois anos e a multa. 258. Em operação da Polícia Federal, um cidadão foi flagrado tentando pescar em local interditado por órgão federal. O pescador argumentou que, apesar da tentativa, não obteve êxito na pesca. Nessa situação, mesmo sem o sucesso pretendido, o pescador responderá por crime previsto na lei que tipifica os crimes ambientais. 259. Rafael resolveu entregar, espontaneamente, ao órgão ambiental competente uma ave migratória nativa da floresta amazônica que possuía em casa sem a devida anuência da autoridade competente. Nessa situação, Rafael está sujeito ao pagamento de multa, e seu ato será considerado atenuante na aplicação da penalidade. 260. Cláudio, maior e capaz, caçou e matou espécime da fauna silvestre, sem a devida autorização da autoridade competente. Segundo o atual entendimento do STJ, a competência para julgar o referido crime será da justiça federal, independentemente de a ofensa ter atingido interesse direto e específico da União, de suas entidades autárquicas ou de empresas públicas federais, pois basta que os crimes sejam contra a fauna para atrair a competência do Poder Judiciário federal. 261. Segundo a Lei n. 9.605/98: poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente; a pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional. Rafaela capturou, para sua criação doméstica de pássaros, duas jandaias amarelas, espécie que consta na lista federal de fauna ameaçada de extinção. João, fiscal do órgão ambiental competente, assistiu à captura dos animais, mas, por amizade a Rafaela, omitiu-se. Tempo depois, Rafaela, residente em Boa Vista – RR decidiu pedir autorização para a guarda dos pássaros à Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente do Município de Boa Vista. No momento da solicitação, ela relatou ter tido a permissão de João para levar para casa as duas aves. Acerca dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir à luz da lei que regulamenta crimes ambientais, do Decreto n.º 6.514/2008 e do entendimento dos tribunais superiores. 262. João, o fiscal que teve conhecimento da captura irregular dos pássaros, mas não impediu a conduta, responderá solidariamente com Rafaela. 263. De acordo com o referido decreto, Rafaela responderá por infração administrativa contra a fauna e deverá ser condenada ao pagamento de multa com valor a ser fixado em dobro por ter capturado duas jandaias amarelas. 264. Por se tratar de hipótese de guarda doméstica de espécie silvestre, o juiz poderá, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena em desfavor de Rafaela. LEI Nº 11.343/2006 265. Será isento de pena um namorado que ofereça droga a sua namorada, eventualmente e sem objetivo de lucro, para juntos eles a consumirem. 266. Considere que em uma operação da polícia federal, agentes tenham prendido em flagrante, na sala de embarque, um homem que se preparava para embarcar para os Estados Unidos da América com dois quilos de cocaína na mala, que já se encontrava dentro da aeronave. Nessa situação, segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, apesar de haver a intenção do agente de sair do país, para a caracterização da internacionalidade do delito, faz-se necessária a efetiva transposição de fronteiras. 267. O reincidente específico em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins poderá pleitear o livramento condicional após cumprir dois terços da sua pena privativa de liberdade. 268. Um homem penalmente capaz foi preso e autuado em flagrante pela prática de tráfico ilícito de entorpecentes. Ao final do processo - crime, o juiz da causa determinou a juntada do laudo toxicológico definitivo, o que não ocorreu. Nessa situação, de acordo com a jurisprudência do STJ, não poderá o juiz proferir sentença condenatória valendo-se apenas do laudo preliminar da substância entorpecente. 269. Em observância ao princípio da individualização da pena, segundo o entendimento pacificado do STF, em se tratando do delito de tráfico ilícito de entorpecentes, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por pena restritiva de direitos, preenchidos os requisitos previstos no Código Penal. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 18 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 270. Quando se tratar de crimes relativos ao tráfico de drogas, o prazo para a conclusão do inquérito policial é de 30 dias, se o indiciado estiver preso e de 90 dias, se estiver solto, podendo ser duplicados, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária. 271. As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão desapropriadas por interesse público, mediante indenização ao proprietário por meio de títulos da dívida pública resgatáveis apenas após a comprovação de que as plantações ilícitas foram eliminadas da propriedade. 272. No território nacional, é expressamente proibido produzir, extrair, fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua preparação, não havendo previsão de licença pública para tal fim. 273. O delito de associação para o tráfico é considerado crime hediondo na legislação penal brasileira. 274. Caso, em juízo, o usuário de drogas se recuse, injustificadamente, a cumprir as medidas educativas que lhe foram impostas pelo juiz, este poderá submetê-lo, alternativamente, a admoestação verbal ou a pagamento de multa. 275. O crime de tráfico de drogas é inafiançável e o acusado desse crime, insuscetível de sursis, graça, indulto ou anistia, não podendo as penas a que eventualmente seja condenado ser convertidas em penas restritivas de direitos. 276. Na Lei de Drogas, é prevista como crime a conduta do agente que oferte drogas, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa do seu relacionamento, para juntos a consumirem, não sendo estabelecida distinção entre a oferta dirigida a pessoa imputável ou inimputável. 277. Caso uma pessoa injete em seu próprio organismo substância entorpecente e, em seguida, seja encontrada por policiais, ainda que os agentes não encontrem substâncias entorpecentes em poder dessa pessoa, ela estará sujeita às penas de advertência, prestação de serviço à comunidade ou medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 278. Considere que determinado cidadão esteja sendo processado e julgado por vender drogas em desacordo com determinação legal. Nessa situação, se o réu for primário e tiver bons antecedentes, sua pena poderá ser reduzida, respeitados os limites estabelecidos na lei. 279. De acordo com a Lei n. 11.343/06, o magistrado, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a naturezae a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente; enquanto que para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. 280. O comércio ilegal de drogas envolvendo mais de um estado faz surgir o tráfico interestadual de entorpecentes, deslocando-se a competência para apuração e atuação da Polícia Federal, todavia, a competência para processar e julgar o criminoso continua a ser da justiça estadual. 281. As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão desapropriadas por interesse público, mediante indenização ao proprietário por meio de títulos da dívida pública resgatáveis apenas após a comprovação de que as plantações ilícitas foram eliminadas da propriedade. 282. O usuário e o dependente de drogas que, em razão da prática de infração penal, estiverem submetidos a medida de segurança terão garantidos os mesmos serviços de atenção à sua saúde que tinham antes do início do cumprimento de pena privativa de liberdade, independentemente da posição do respectivo sistema penitenciário. 283. As instituições que atuam nas áreas de atenção à saúde e assistência social e que atendam usuários ou dependentes de drogas devem comunicar ao órgão competente do respectivo sistema municipal de saúde os casos atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a identidade das pessoas. 284. As ações do SISNAD limitam-se ao plano interno, ou seja, aos limites do território nacional, razão pela qual esse sistema não comporta a integração de estratégias internacionais de prevenção do uso indevido de drogas. 285. O ato de montar ou desmontar uma arma de fogo, munição ou um acessório de uso restrito, sem autorização, no exercício de atividade comercial constitui crime de comércio ilegal de arma de fogo, com a pena aumentada pela metade. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 19 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. GABARITO 1. Errado. Comentário: (a). O verbo “haver” tem sentido de existir, por isso é impessoal (nunca varia, por nunca ter sujeito). (b) FAZER - quando empregado no sentido de tempo transcorrido ou quando se refere a fenômenos atmosféricos, permanece na terceira pessoa do singular. Exemplo: Faz um ano que ele chegou. 2. Certo. Comentário: (a) Precisa-se de vendedores => Quando índice de indeterminação do sujeito, o "se" acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na terceira pessoa do singular. (b) Consertam-se condicionadores de ar => Quando pronome apassivador, o "se" acompanha verbos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos (VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o verbo deve concordar com o sujeito da oração. 3. Errado. Comentário: (a) está correta, a concordância pode ser com o termo partitivo (a maioria entende) ou com o substantivo especificado (a maioria DAS PESSOAS entendem), concordância facultativa. (b) a conjugação do verbo deveria ser "saiam", visto que está no presente do subjuntivo (que todos saiam, expressando um desejo, um fato que irá ocorrer). 4. Certo. Comentário: As cordas não quebrarem; os poetas gostam (ambos os sujeitos simples com núcleo no plural, logo verbo deveria estar no plural). 5. Certo. Comentário: Devem (verbo auxiliar) - Nas locuções verbais apenas o verbo auxiliar é flexionado. Assim, o tempo, o modo, o número, a pessoa e o aspecto da ação verbal são indicados pelo verbo auxiliar. Ser (verbo principal) - Nas locuções verbais o verbo principal aparece apenas numa das formas nominais: no gerúndio, no infinitivo ou no particípio. Apenas o verbo auxiliar vai para o plural. 6. Certo. Comentário: Elas (as pessoas) se manifestarem, ou seja, entre "linhas" está anaforicamente, pois está retomando pessoas. 7. Errado. Comentário: O verbo está no plural porque concorda com o sujeito composto Darcy e Anísio. Os termos cientistas, artistas e professores formam o objeto direto da forma verbal convidaram. 8. Certo. Comentário: "A estrutura administrativa e financeira" é o sujeito, sendo a palavra "estrutura" o núcleo do sujeito. 9. Errado. Comentário: Além da regência do verbo complementar não necessitar de preposição, o sentido foi totalmente mudado quando foi retirada a parte ”regras que". 10. Errado. Comentário: Tendo em vista que quando faz a troca se trata de voz passiva sintética/pronominal, o Verbo Transitivo Direto deve concordar com o sujeito paciente. Temos a estrutura: VTD + se (pronome apassivador) e sujeito paciente. Forma errada: Adotou-se dispositivos legais. Forma correta: Adotaram-se dispositivos legais O verbo deve sempre concordar com o sujeito. Ademais, o enunciado diz que a troca iria manter o sentido, o que também caracteriza um erro, pois a linguagem empregada no trecho em análise está na voz passiva analítica (Ser + particípio do VTD) e seria alterada para voz passiva sintética/pronominal. 11. Certo. Comentário: A oração “que dizem respeito à sociedade em geral” é adjetiva explicativa, o que dá a entender que TODOS os direitos difusos dizem respeito à sociedade em geral. Retirando-se as vírgulas, a oração se torna adjetiva restritiva, dando a entender que apenas ALGUNS direitos difusos dizem respeito à sociedade em geral. Isso posto, a alteração sugerida mantém a correção gramatical, mas altera o sentido original. 12. Certo. Comentário: De um modo amplo, o acesso à justiça significa a garantia de amparo aos direitos do cidadão por meio de uma ordem jurídica justa e, caso tais direitos sejam violados, a possibilidade de ele buscar a devida reparação. Para tornar efetivo esse direito fundamental e popularizá-lo, foram feitas várias mudanças na lei ao longo dos anos [...] O pronome demonstrativo "esse" tem valor anafórico e retoma o termo "acesso à justiça", caracterizando-o como um direito fundamental. 13. Errado. Comentário: A conjunção tem o mesmo valor, condicional, porém o verbo deveria mudar: se tais direitos fossem violados. Caso tais direitos sejam violados [...] - se tais direitos sejam violados [...] 14. Certo. Comentário: Posicionem o dever para com a sociedade acima das necessidades dos clientes [...]. O dever com alguma coisa; somente a preposição "com" mantém a correção gramatical, o uso da preposição "para" é para acrescentar ênfase à ideia, logo a sua retirada não ocasiona prejuízo gramatical. 15. Errado. Comentário: ao sentir conflito, o decisor recorre a pistas dadas pelos códigos de ética, as quais fornecem argumentos a favor de uma decisão. Material exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 20 www.operacaofederal.com.br Este conteúdo é licenciado, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Originalmente o pronome relativo em destaque retoma o substantivo feminino "pistas"; se fosse substituído pelo pronome relativo "que" haveria uma ambiguidade referente ao item retomado, pois, poderia ser o substantivo masculino "códigos de éticas", logo não há prejuízo gramatical, mas sim prejuízo semântico. 16. Certo. Comentário: Ao sentir conflito, o decisor recorre a pistas dadas pelos códigos de ética, as quais fornecem argumentos a favor de uma decisão. Os termos em destaque fazem referência ao mesmo item
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