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Origem da vida e Evolução

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Cria a hipótese conhecida como geração es-
pontânea ou abiogênese, uma vez que acredi-
tava que uma força vital, o princípio ativo, era 
capaz de transformar a matéria inanimada em 
vida. 
Divulga uma receita para a produção de ca-
mundongos a partir de roupas sujas de suor e 
grãos de trigo colocados em um ambiente es-
curo. 
Percebendo que moscas sempre rodeavam 
corpos em decomposição, pousando neles, le-
vantou a hipótese de que os vermes encontra-
dos na carne em putrefação seriam estágios 
do desenvolvimento das moscas. 
Realizou, então, um experimento para explicar 
sua ideia, colocando carne em frascos: um de-
les foi hermeticamente fechado, outro foi 
coberto com gaze e o restante foi deixado 
aberto. Os vermes só foram encontrados nos 
frascos abertos, onde também foram encon-
trados ovos e moscas. Nos frascos fechados e 
cobertos com gaze não foram observados ver-
mes, ovos ou moscas, o que refutou a hipótese 
da geração espontânea e comprovou que os 
vermes eram, na realidade, larvas das moscas. 
 
Depois de falharem ao tentar explicar o surgimento de vida macroscópica por meio da abiogênese, 
tentam explicar o surgimento de vida microscópica por meio desta.
Ao ferver caldo de carne por 30 minutos, fe-
chou o frasco hermeticamente e tampou-o 
com uma rolha ainda quente. Depois de dias 
em repouso, verificou a existência de muitos 
micro-organismos, chegando à conclusão de 
que de que a geração espontânea se apli-
cava à vida microbiana. 
Refez o experimento de Needham, mas dei-
xou-o ferver por mais tempo. Depois de fechá-
lo hermeticamente e aguardar alguns dias, ve-
rificou a ausência de micro-organismos, refu-
tando a ideia da geração espontânea. 
Needham, ao ver o experimento de Spallan-
zani, alegou que a fervura demorada haveria 
destruído a força vital e a vedação hermética 
havia tornado o ar impróprio (sem O2) para o 
surgimento de vida. 
 
Adicionou caldo nutritivo a frascos com garga-
los longos. Usando um maçarico, esticou e cur-
vou os gargalos dos frascos, dando-lhes uma 
forma de pescoço de cisne. Esses frascos fo-
ram fervidos demoradamente e, depois, deixa-
dos para resfriar. Com o resfriamento, forma-
ram-se gotículas de água por condensação no 
vidro, que se acumularam na curva do gar-
galo. Como o gargalo ficou aberto, o ar pôde 
entrar e sair, porém, os micro-organismos pre-
sentes no ar ficaram retidos na água acumu-
lada no gargalo, que atuou como um filtro. A 
análise do caldo de frascos intactos mostrou 
ausência de micro-organismos. Todavia, fras-
cos que tiveram o gargalo rompido, permitindo 
a entrada de direta de ar, depois de um 
tempo, ficaram repletos de micro-organismos. 
Dessa forma, Pasteur demonstrou que os mi-
cro-organismos do caldo surgiam de outros mi-
cro-organismos existentes no ar, refutando a 
ideia da força vital e da geração espontânea. 
 
Baseada no surgimento de vida em outro pla-
neta, sendo que os cosmozoários teriam alcan-
çado a Terra através de meteoritos. 
Um ser supremo teria gerado todos os tipos de 
seres vivos. 
Como alternativa ao criacionismo, Oparin e Haldane levantaram, na década de 1920, uma hipótese 
de que a vida teria surgido como consequência da evolução química, segundo a qual a vida seria 
resultado de um processo químico, no qual compostos orgânicos se combinam, formando moléculas 
mais complexas e dando origem a estruturas com capacidade de autoduplicação (célula). 
Segundo Oparin, a atmosfera primitiva deveria ser formada por metano, amônia, H2 e vapor de água, 
sendo que não haveria O2. As descargas elétricas, provenientes de relâmpagos, eram frequentes e, 
modificando as ligações químicas entre as moléculas da atmosfera, promoviam reações químicas e 
geravam novas substâncias, como aminoácidos. Essas substâncias orgânicas produzidas na atmos-
fera caíam com a chuva, acumulando-se na superfície das rochas. A alta temperatura dessas rochas 
promovia reações entre essas moléculas, produzindo moléculas orgânicas mais complexas, como se-
quências de aminoácidos (proteinoides). 
Desenvolveram um aparelho que simularia as condições da Terra primitiva. Um fraco com água simu-
laria o oceano primitivo, o qual foi aquecido, fazendo com que a água evaporasse. Esse vapor de 
água gerado subiria por um tubo ligado a um segundo frasco, que simularia a atmosfera primitiva, 
contendo NH3, CH4 E H2. Eletrodos ligados a essa atmosfera lançariam faíscas, simulando relâmpagos. 
Um condensador ligado à parte inferior dessa atmosfera esfriaria os gases, simulando as chuvas. 
 
Além de pequenas moléculas orgânicas, houve a formação de aglomerados de moléculas proteicas 
(proteinoides) circundadas por uma camada de água, os quais se assemelhavam a uma célula. A 
esses complexos deu-se o nome de coacervados. 
 
 
Com o aparelho ligado por uma semana, 
ao final do experimento, a análise das 
amostras de água revelou a presença de 
moléculas orgânicas simples, como ureia e 
hidrocarbonetos, além de aminoácidos. 
Dessa forma, Miller e Urey demonstraram 
que seria possível, nas condições de Terra 
primitiva, a síntese abiótica de moléculas 
orgânicas a partir de moléculas inorgâni-
cas. 
Atualmente, sabe-se que a atmosfera primitiva não era composta por NH3 e nem CH4, mas provavel-
mente por N2, CO2, CO, H2 e vapor de água. 
Defende que, por serem muito simples, os pri-
meiros seres vivos não teriam sistema enzimá-
tico complexo necessário para produzir seu 
próprio alimento. Sendo assim, eles consumi-
riam a matéria orgânica presente nos mares e 
lagos primitivos. 
O aumento da quantidade desses organismos 
levou à diminuição da fonte de alimento, que 
não era produzida na mesma intensidade do 
consumo. Nesse momento, a evolução teria se-
lecionado formas de vida capazes de absorver 
energia luminosa e produzir alimento através 
da fotossíntese. Esses seres vivos autotróficos fo-
tossintetizantes liberavam oxigênio, modifi-
cando a composição química da atmosfera. 
 
Defende que os primeiros seres vivos seriam 
quimiolitoautotróficos, ou seja, produziriam seu 
alimento por quimiossíntese. Essa hipótese se 
sustenta devido às evidências de que a crosta 
terrestre primitiva seria rica em compostos de 
enxofre, como o H2S e o FeS. 
Ainda segundo essa teoria, esses organismos 
quimiossintetizantes teriam originado os seres 
heterotróficos fermentadores e, na sequência 
os autotróficos fotossintetizantes. No final, com 
a presença de O2 na atmosfera, teriam surgido 
os organismos que realizam a respiração aeró-
bica.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Após o criacionismo ter predominado no mundo ocidental até meados do século XIX, a partir da se-
gunda metade deste, a ideia de que os seres vivos se modificariam ao longo do tempo para se 
adaptarem a meio ambiente ganhou força. Essa ideia deu origem ao evolucionismo, cuja teoria é 
baseada em evidências evolutivas. 
Ajustamento que os seres vivos apresentam em relação ao ambiente em que vivem. 
Órgãos homólogos são aqueles que derivam 
de estruturas já existentes em um mesmo an-
cestral comum exclusivo. A homologia, por-
tanto, refere-se a órgãos que se desenvolvem 
de modo semelhante em embriões de espé-
cies diferentes. Exemplos: braços de seres hu-
manos, asas de morcegos e nadadeiras peito-
rais de golfinhos. 
Órgãos análogos, por outro lado, são aqueles 
que, apesar de exercerem a mesma função, 
têm origens embrionárias diferentes. Exemplos: 
asas das aves e asas de insetos. 
São órgãos atrofiados e sem função evidente, 
cuja presença indica que animais de diferentes 
espécies possuem uma ancestralidade co-
mum. Exemplo: o ceco e o apêndice cecal 
são exemplos de órgãos vestigiais em seres hu-
manos. Ambos são bem desenvolvidos em ma-
míferos herbívoros, pois neles a celulose dos ve-
getais ingeridos será digerida por bactérias que 
ali vivem. 
 
 
Restos materiais de antigos organismos ou as 
manifestaçõesde sua atividade (ovos, semen-
tes, fezes petrificados, pegadas etc.) que fica-
ram conservados em rochas ou outros materi-
ais. Mostram que as espécies que viveram em 
épocas remotas são diferentes das espécies 
atuais, porém, as semelhanças entre elas são 
indicativos de ancestralidade comum. 
Segundo a Lei de von Baer, quando maior o 
grau de parentesco entre as espécies, mais se-
melhantes são seus desenvolvimentos embrio-
nários. 
O fato de todas as espécies compartilharem o 
mesmo código genético, além do mesmo tipo 
de material genético (composto pelos quatro 
mesmos tipos de nucleotídeos), é um dos argu-
mentos mais poderosos a favor da existência 
de um ancestral comum a toda a biodiversi-
dade. 
 
 
 
 
 
 
 
das estruturas ou órgãos que se desenvolveriam e aumentariam de tamanho. Por outro lado, as estru-
turas ou órgãos menos usados atrofiariam e reduziriam de tamanho até que desaparecessem por 
completo. Também elaborou a lei da transmissão dos caracteres adquiridos, que propunha que as 
características adquiridas ou perdidas no decorrer da vida seriam transmitidas aos descendentes. 
Atualmente, sabe-se que as alterações causadas pelo uso ou desuso dos órgãos corporais não são 
transmitidas aos descendentes, invalidando a teoria de Lamarck para a evolução biológica, uma vez 
que mudanças em órgãos pelo uso e desuso não alteram os genes das células germinativas e, por 
isso, não são transmissíveis aos descendentes. 
 
Lamarck propôs que a evolução 
das espécies seria resultado das 
transformações que os seres vivos 
sofrem durante a vida para res-
ponder à necessidade de se 
adaptarem às condições ambi-
entais (para ele, o meio induziria 
mudanças). Elaborou a lei do uso 
e desuso, defendendo que, du-
rante a evolução, o ambiente 
exigiria que os organismos come-
çassem a usar mais determina-
das 
Charles Darwin defendia que todas as espécies vivas 
ou extintas seriam descendentes de um ancestral co-
mum e que o surgimento de novas espécies seria re-
sultado do acúmulo de modificações ao longo do 
tempo em resposta à ação do meio (teoria da des-
cendência com modificação). Ele também defendia 
a seleção natural ou sobrevivência dos mais aptos 
como causa da mudança evolutiva, admitindo que 
dentro de uma mesma espécie os indivíduos não são 
morfológica, fisiológica e comportamentalmente 
iguais. Sendo assim, os portadores das características 
que lhe conferissem maior probabilidade de sobrevi-
vência no ambiente em que vivem teriam maior 
chance de atingir a idade adulta e de se reproduzir. 
Como essas características seriam transmitidas de 
geração para outra, a cada geração haveria um 
maior número de indivíduos portando características 
vantajosas e, com o tempo, a população iria se mo-
dificando para ajustar-se ao meio, podendo dar ori-
gem a outras espécies. Dessa forma, o meio atuaria 
selecionando os indivíduos mais adaptados a ele. 
 
Como Darwin não conheceu os trabalhos de Mendel, ele não soube explicar a origem da variabili-
dade e nem a maneira como as características eram transmitidas aos descendentes. Somente nas 
décadas de 1930 e 1940 os conhecimentos da genética foram incorporados às ideias evolucionistas, 
explicando a origem da variabilidade genética e originando a teoria moderna da evolução ou teoria 
sintética da evolução (neodarwinismo). 
Essa teoria explica a origem da variabilidade genética dentro de uma espécie, sendo essa gerada 
por mutação e recombinação gênica. A seleção natural age sobre essa variabilidade selecionando 
os mais aptos, que tendem a atingir a idade adulta, se reproduzir e transmitir as características relaci-
onadas com a adaptação aos descendentes. 
São alterações que ocorrem na sequência de bases nitrogenadas de um gene. Além disso, são a 
única forma natural de introduzir novos alelos em uma espécie, os quais poderão conferir maior 
adaptação aos seus portadores, que serão selecionados de forma favorável e transmitirão aos des-
cendentes esse alelo mutante. 
Mistura de genes que ocorre nas espécies com reprodução sexuada, durante a meiose e fecunda-
ção. Durante a meiose, dois eventos podem ocorrer, gerando variabilidade genética: o crossing-over 
e a separação dos cromossomos homólogos. 
 Crossing-over: troca de pedaços entre cromossomos homólogos, gerando novas combina-
ções de alelos e, consequentemente, descendentes com novas combinações de característi-
cas, que aumentarão a variabilidade genética; 
 Separação dos cromossomos homólogos: responsável por gerar células com todas as combi-
nações cromossômicas possíveis, as quais irão gerar descendentes com diferentes combina-
ções de características e, consequentemente, aumentarão a variabilidade genética. 
 Seleção estabilizadora: favorece indivíduos com fenótipos intermediários; 
 Seleção direcional: por conta de mudanças ambientais, passa a favorecer fenótipos antes 
desfavoráveis; 
 Seleção disruptiva: favorece indivíduos com fenótipos extremos, eliminando aqueles com fe-
nótipos intermediários; 
 Seleção sexual: preferência que certas fêmeas têm por se acasalar com machos que apre-
sentam determinadas características. 
 
 
 
 
 
 
Formação de novas espécies de seres vivos a partir de modificações em um ancestral. 
Para que ocorra especiação, é necessário que haja o surgimento de diferenças genéticas entre os 
indivíduos que irão gerar a nova espécie e os indivíduos da espécie ancestral. Quando esses se torna-
rem espécies diferentes, não poderão mais cruzar entre eles gerando descendentes férteis, ou seja, 
não haverá mais fluxo de genes entre a nova espécie e a ancestral. 
= =
Ocorre quando há separação geográfica de duas ou mais populações da mesma espécie. O isola-
mento geográfico faz com que esses indivíduos de diferentes populações deixem de cruzar entre si. 
Assim, deixa de haver fluxo de genes entre eles e, consequentemente, mutações benéficas que ocor-
rem em uma população não são transmitidas para a outra. Dessa forma, a seleção natural agirá de 
diferente forma sobre cada população, conduzindo cada uma delas a uma adaptação particular e, 
com o passar do tempo, diferenças genéticas se acumularão nessas populações. 
Após um longo período de isolamento geográfico, as diferenças genéticas entre as populações po-
dem se tornar grandes a ponto de impossibilitarem a troca de genes entre elas. Quando isso ocorrer, 
as duas populações passarão a apresentar isolamento reprodutivo e constituirão duas espécies distin-
tas. 
= =
Não requer distância geográfica para reduzir o fluxo gênico entre as partes de uma população. A 
exploração de um novo nicho pode automaticamente reduzir o fluxo gênico com indivíduos que ex-
ploram outros nichos. Isso, ocasionalmente, pode acontecer quando, por exemplo, insetos herbívoros 
experimentarem uma nova planta hospedeira. 
A especiação completa-se com o isolamento reprodutivo, que impede que indivíduos de espécies 
diferentes troquem genes. Os mecanismos de isolamento reprodutivo podem ser: 
 Isolamento de hábitat ou ecológico: 
membros de espécies diferentes não 
trocam genes por viverem em diferentes 
hábitats; 
 Isolamento sazonal ou estacional: mem-
bros das duas espécies não cruzam por-
que os períodos de reprodução são di-
ferentes; 
 Isolamento comportamental ou etoló-
gico: membros de espécies diferentes 
não cruzam porque seus comportamen-
tos de corte são diferentes ou incompa-
tíveis; 
 Isolamento estrutural ou mecânico: a fe-
cundação torna-se impossível porque as 
estruturas reprodutoras entre as duas 
populações são muito diferentes. 
 Inviabilidade do híbrido: o embrião 
morre antes do nascimento; 
 Esterilidade do híbrido: os descendentes 
são fenotipicamente normais, porém es-
téreis; 
 Deterioração da F2: indivíduos de espé-
cies diferentes cruzam e seus 
descendentes (geração F1) são normais 
e férteis. Porém, o cruzamento entre os 
indivíduos da F1 geradescendentes fra-
cos e estéreis na F2. 
Processo evolutivo pelo qual determinados organismos não aparentados desenvolvem estratégias 
adaptativas semelhantes por estarem inseridos no mesmo tipo de habitat e obedecerem aos mesmos 
condicionamentos ecológicos. Exemplo: semelhanças morfológicas entre tubarões (peixes cartilagi-
nosos) e golfinhos (mamíferos), resultado da atuação do meio aquático, que selecionou nas duas es-
pécies a forma corporal ideal (hidrodinâmica) ajustada à natação. Forma órgãos análogos. 
Processo evolutivo que ocorre quando um grupo ancestral coloniza diferentes ambientes, passando 
por processos de adaptação que lhes permitiram a sobrevivência nesses meios. Ao colonizar novos 
ambientes, cada grupo fica submetido à diferentes condições ambientais. Forma órgãos homólogos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São aqueles capazes de mudar a frequência dos alelos ou de genótipos em uma população. 
Por meio desta, a frequência dos genes que 
geram maior capacidade de adaptação tende 
a aumentar nas populações, enquanto a fre-
quência dos genes que geram menor capaci-
dade de adaptação tende a diminuir. 
Única forma natural de introduzir novos alelos 
em uma população, sendo capaz de alterar a 
frequência genética na população e, conse-
quentemente, gerar evolução. 
 
Envolve a saída e a entrada de genes da po-
pulação. Se isso alterar a frequência gênica na 
população, estará gerando evolução. 
Mudanças que ocorrem na frequência gênica 
não relacionadas com adaptação, mas com o 
acaso. Exemplo: se uma população composta 
por dois indivíduos, um aa e outro AA, for ata-
cada e o indivíduo AA morrer, a frequência do 
alelo A vai de 50% para 0%. 
Para lembrar: esse fator evolutivo só age sobre 
populações muito pequenas. 
Se existisse uma grande população isolada que não estivesse sujeita à ação da seleção natural, 
isenta da ação de fatores evolutivos e que, portanto, não evoluiria, esta seria classificada como em 
equilíbrio de Hardy-Weinberg e nela não haveria mudança na frequência gênica com o passar das 
gerações. 
Exemplo: 
 
 
 
 
Em resumo:

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