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COVID-19, Características e Manejo

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
FACULDADE DE MEDICINA
MÓDULO DE ATUALIZAÇÃO 
 DISCENTE: VICTOR BENÍCIO SANTANA LEITE
O SARS-CoV-2 é um vírus que possui um material genético de RNA fita simples de sentido positivo (RNA +), ou seja, serve diretamente para síntese proteica, o que proporciona uma maior velocidade na multiplicação do vírus na célula. O vírus é composto por uma capa de lipoproteica, e seu tamanho é de aproximadamente 100nm. Além disso, o vírus também possui várias proteínas em sua superfície, dentre elas está a Proteína Spike, ou Proteína S, que é uma espícula glicoproteica que se liga fortemente à enzima ECA2, presente em nossas células, o que torna a sua infecção mais fácil. Vale ressaltar que o coronavírus recebe esse nome graças a essa proteína que possui o formato que lembra uma coroa (corona).
Esse vírus surgiu após um Spillover do seu hospedeiro natural o morcego e também do pangolim. Os primeiros casos do coronavírus tiveram origem em um mercado de animais da cidade de Wuhan, na China. As primeiras ocorrências foram relatadas na virada do ano 31/12/2020. O vírus possui um período de incubação de 4-14 dias e uma taxa de transmissão de 2,75. 
Para evitar a transmissão, algumas medidas como o isolamento social (com o objetivo de reduzir a taxa de transmissão), uso de máscaras para paciente infectados, seus cuidadores e profissionais de saúde (evitando a transmissão por gotículas e aerossóis) e lavagem constante das mãos com água e sabão, além do uso do álcool 70% (já que o sabão atual como solvente no envelope viral do Covid-19, onde estão inseridas as proteínas ligantes S. Sem essa camada lipoprotéica, o vírus não consegue se ligar à enzima ECA2, tornando-se “inativo”. O álcool 70% tem o mesmo efeito, ele também desestabiliza e desidrata tanto as proteínas como os lipídios.).
Dentre os sintomas gerados pela infecção com o Covid-19, destacam-se:
· Tosse: 65-80%
· Febre: 45-80%
· Dispneia: 30-40%
· Sintomas gastrointestinais: 10%
Vale ressaltar que para evitar a transmissão e a sobrecarga do sistema de saúde, a ida ao hospital deve acontecer apenas em casos de Dispneia. Em caso de sintomas mais leves o indivíduo deve acionar serviços como o 155 (vigilância epidemiológica) e manter-se em isolamento.
O protocolo de atenção aos casos de suspeita de contágio com o Covid-19 difere de acordo com a gravidade dos casos. Em casos leves, inclui medidas de suporte e conforto, isolamento domiciliar e monitoramento até a alta do isolamento. Para casos mais graves, inclui a estabilização clínica e o encaminhamento a centros de referências ou serviços de urgência/emergência hospitalares. Devido à atual conjuntura do sistema de saúde unidades de Atenção Primária à Saúde devem cuidar o mais rápido possível dos casos considerados leves, bem como deve encaminhar com agilidade os casos mais graves para as unidades hospitalares.
Devido a letalidade elevada da Covid-19 entre os idosos, deve-se priorizá-los para atendimento. Além deles, pessoas com doenças crônicas, gestantes e puérperas devem ter atendimento priorizado.
Em relação ao manejo durante o cuidado e diagnóstico de um paciente com suspeita de infecção ocasionada pelo Covid-19, é necessário seguir o seguinte protocolo:
· Identificação de caso suspeito de infecção pelo vírus. 
· Medidas para evitar contágio da UBS.
· Estratificação da gravidade da Síndrome Gripal.
· Casos leves: manejo terapêutico básico e isolamento domiciliar.
· Casos Graves: estabilização e encaminhamento a serviços de urgência/emergência ou hospitalares.
· Notificação Imediata.
· Monitoramento Clínico.
· Medidas de prevenção comunitária e apoio à vigilância ativa.
O manejo efetivo dos pacientes portadores da COVID-19 e o consequente encaminhamento correto para tratamento domiciliar ou hospitalização é essencial para a manutenção dos serviços de saúde brasileiros. A ausência de um protocolo criterioso no atendimento dos pacientes prejudica o tratamento correto desses e contenção da pandemia, além de estar correlacionada com a superlotação de Unidades de Atenção Terciária, levando ao colapso do sistema de saúde como um todo.

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