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AULÃO LINGUA PORTUGUESA
TJ-RJ
Professor: Claiton Natal
LÍNGUA PORTUGUESA: 1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros
variados. 2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. 3 Domínio da
ortografia oficial. 3.1 Emprego das letras. 3.2 Emprego da acentuação gráfica. 4
Domínio dos mecanismos de coesão textual. 4.1 Emprego de elementos de
referenciação, substituição e repetição, de conectores e outros elementos de
sequenciação textual. 4.2 Emprego/correlação de tempos e modos verbais. 5
Domínio da estrutura morfossintática do período. 5.1 Relações de coordenação
entre orações e entre termos da oração. 5.2 Relações de subordinação entre
orações e entre termos da oração. 5.3 Emprego dos sinais de pontuação. 5.4
Concordância verbal e nominal. 5.5 Emprego do sinal 33 indicativo de crase. 5.6
Colocação dos pronomes átonos. 6 Reescritura de frases e parágrafos do texto.
6.1 Substituição de palavras ou de trechos de texto. 6.2 Retextualização de
diferentes gêneros e níveis de formalidade.
TÓPICO I (VOZES)
Especialistas integram as Câmaras Temáticas. 
As Câmaras Temáticas são integradas por especialista
Integram-se as Câmaras Temáticas. 
Mudam-se os valores. 
Os valores são mudados. 
Assiste-se ao jogos em bares. 
TÓPICO II 
ORAÇÕES CONTRASTIVAS / OPOSITIVAS 
Adversativas X Concessivas
- verbo empregado no - verbo empregado no
modo indicativo modo subjuntivo 
O arrependimento previne a reincidência, mas não repara o feito. 
Embora não repare o feito, o arrependimento previne a reincidência. 
Apesar das constantes chuvas, o racionamento persiste. 
CRASE (fusão/mistura)
Regra nº 1
a + a(s) = à(s)
O professor se referiu à manifestação
O professor fez referência a manifestações. 
O professor fez referência às manifestações. 
TÓPICO III
Que = pronome relativo
1) oração subordinada adjetiva
2) admite substituição lexical por o qual ou variações
3) é um termo anafórico (referente anterior)
4) possui função sintática 
1) O governo acelerou a aprovação da "PEC da maldade", que congela despesas
públicas por 20 anos.
2) A lei de que o governador discorda será revogada.
IMPORTANTE!
Os alunos sabem o que eu fiz.
Em um rápido discurso, Temer comemorou o que considerou uma rápida
tramitação da reforma da Previdência
O QUE (o = pronome demonstrativo e que = pronome relativo)
Existem construções em que o pronome relativo “que” é antecedido pelos
pronomes demonstrativos “a, as, o, os”. Nestas construções, muitos candidatos
classificam a palavra “que” como conjunção – e não como pronome relativo.
Exemplo:
Todos sabem o que o deputado acusado fez.
Análise: no exemplo acima, o vocábulo “o” é um pronome demonstrativo – e o “que”, um
pronome relativo. Para chegar a esta classificação, devem-se seguir alguns passos:
1) Faça a substituição lexical: “Todos sabem aquilo que o deputado fez”.
2) Divida as orações entre o demonstrativo “o” e o relativo “que”: Todos sabem o | que o
deputado fez”.
3) Estabeleça a relação anafórica, ou seja, o “que” pronome relativo, como já estudamos,
retoma o termo imediatamente anterior – que, neste caso, é o pronome demonstrativo “o”
(aquilo).
4) Agora, depois da retomada do antecedente, classifique sintaticamente o pronome relativo
“que”: “o deputado fez aquilo” (aquilo = objeto direto). Ressalte-se que a função do
vocábulo “aquilo”, na oração 2, é a função sintática do pronome relativo “que” (objeto direto)
, porquanto este pronome retoma o demonstrativo “o” (aquilo).
QUESTÕES DE PROVAS
Ele é agora gerente de uma loja de sapatos. Não porque escolheu, mas foi o que lhe restou.
Perguntava-se sempre: onde está o meu erro? O erro em relação a seu destino, queria ele
dizer. Não há grandes motivos a procurar no fato de alguém ser gerente numa loja de
sapatos. Mas uma vez que ele mesmo se pergunta e estende sapatos como se não
pertencesse a esse mundo — o motivo da indagação aparece. Por que realmente? Fora, por
exemplo, o melhor aluno de história e até por arqueologia se interessava. Mas o que parecia
lhe faltar era cultura histórica ou arqueológica, ele tinha apenas a erudição, faltava-lhe a
compreensão íntima de que fora neste mundo e com esses mesmos homens que haviam
sucedido os fatos, que fora na terra em que ele pisava que houvera um dia habitantes e que
os peixes que se haviam transformado em anfíbios eram aqueles mesmos que ele comia. E
até hoje é como um erudito que ele estende sapatos — como se não fossem contato com esta
áspera terra que as solas se gastam.
Clarice Lispector. O escrito. In: A descoberta do
mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 2008.
1. (CNSDF/2020)
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto acima, assinale a alternativa
incorreta.
(A) A substituição da forma verbal “houvera” (linha 9) pela forma composta havia havido
prejudica a correção gramatical e o sentido original do texto.
(B) No trecho “Não há grandes motivos” (linhas 2 e 3), a substituição de “há” por existem
preserva a correção e o sentido do texto.
(C) O termo “a compreensão íntima” (linha 8) exerce a função de sujeito da forma verbal
“faltava” (linha 7).
(D) No trecho “Não porque escolheu, mas foi o que lhe restou” (linha 1), o emprego da
próclise relativa ao pronome “lhe” explica-se pela presença do pronome relativo.
(E) A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados caso o período “Não há
grandes motivos a procurar no fato de alguém ser gerente numa loja de sapatos” (linhas 2 e
3) fosse reescrito da seguinte forma: Não existem consideráveis razões para procurar no fato
de uma pessoa ser gerente em uma loja de sapatos.
A utilização de matrizes não renováveis tende ao esgotamento e à poluição progressiva do
meio ambiente. Para quebrar esse paradigma, mobilizam-se conceitos econômicos que
propõem um novo modo de gestão da sociedade, como a economia circular e a bioeconomia.
2. (CESPE/2019)
No texto CG1A1-I, o termo “conceitos econômicos” (R.30) é
(A) sujeito sintático de “propõem” (R.31).
(B) complemento de “mobilizam-se” (R.30).
(C) agente da ação expressa por “mobilizam-se” (R.30).
(D) sujeito sintático de “mobilizam-se” (R.30).
(E) sujeito sintático tanto de “mobilizam-se” (R.30) quanto de “propõem” (R.31).
Convivas de boa memória
Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou a
língua as publique. Um antigo dizia arrenegar de conviva que tem boa memória.
A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, não obstante a prova
de ter a memória fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal
antigo, mas era um antigo, e basta.
Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a
alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem guardar delas nem caras nem
nomes, e somente raras circunstâncias. A quem passe a vida na mesma casa de
família, com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se
lhe grava tudo pela continuidade e repetição. Como eu invejo os que não
esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a das
que enfiei ontem. Juro só que não eram amarelas porque execro essa cor; mas
isso mesmo pode ser olvido e confusão.
E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos livros 
confusos, mas tudo se pode meter nos livros omissos. Eu, quando leio algum 
desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim, é cerrar 
os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas ideias finas me 
acodem então! Que de reflexões profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas 
que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem agora com as suas águas, as suas 
árvores, os seus altares, e os generais sacam das espadas que tinham ficado na 
bainha, e os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com 
uma alma imprevista. 
É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho 
as lacunas alheias; assim podes também preencher as minhas. 
(Assis, de Machado. Dom Casmurro – Editora 
Scipione – 1994 – pág. 65)
3. (CNSDF/2020)“... e eu sou acaso um deles, não obstante o a prova de ter a memória fraca...”(linha 3); a 
oração grifada traz uma ideia de:
A) Consequência. 
B) Causa. 
C) Comparação. 
D) Condição.
E) Concessão. 
4. (CNSDF/2020)
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto 1, assinale a alternativa incorreta. 
A) A vírgula imediatamente antes de “mas” (linha 4) pode ser substituída por ponto e vírgula, 
sem provocar incorreção gramatical. 
B) A substituição de “Ao contrário” (linha 5) por Entretanto mantém a correção e o sentido 
original do texto. 
C) A forma verbal “esqueceram” (linha 9) está no plural para concordar com o referente do 
pronome relativo “que” (linha 9): “os” (linha 9). 
D) Considerando-se as regências do verbo esquecer (linha 9) prescritas para o português, 
estaria correta a seguinte reescrita para a oração “não esqueceram a cor das primeiras 
calças”: não esqueceram da cor das primeiras calças. 
E) O termo “leitor amigo” (linha 20) exerce a função de vocativo. 
5. (CNSDF/2020)
Os sentidos originais e a correção gramatical do texto 2 seriam preservados se a forma verbal 
“tinham ficado” (linha 18) fosse substituída por 
A) ficaria
B) teria ficado. 
C) ficasse. 
D) ficou. 
E) ficaram.
Se aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias são úteis, devemos
necessariamente aceitar que sábado e domingo são dias inúteis. É inútil,
portanto: ir ao cinema e ao teatro, fazer piquenique no parque com os filhos,
almoçar com a família, tomar cerveja com os amigos, ler um livro, passar a
madrugada acordado vendo séries.
De fato, todas as atividades supracitadas são inúteis se medidas pela régua
da produtividade. Claro que se podem defender filmes, séries, peças e livros
afirmando-se que o enriquecimento cultural faz de você um melhor profissional.
Também é possível defender o piquenique com os filhos ou a cerveja com os
amigos afirmando-se que pessoas que cultivam laços familiares e sociais são
mais estáveis, seguras e resilientes no trabalho. Mas a lógica que avalia as
experiências culturais e as relações afetivas por seus incrementos à carreira, que
justifica a própria felicidade por sua contrapartida laboral, é a lógica dos que
batizaram os “dias úteis”. Prefiro tentar encontrar o que há de útil no
supostamente inútil a enxergar o que há de inútil no útil.
Embora o senhor ou a senhora certamente discordem, são absolutamente
inúteis. Não se ofendam, eu também sou. Daqui a cinquenta, cem, mil, dez mil
anos, ninguém vai se lembrar de nós. Talvez, inclusive, porque, daqui a
cinquenta, cem, mil, dez mil anos, já não haja mais ninguém aqui para se
lembrar de coisa alguma, pois a humanidade pode já ter se extinguido. A
humanidade, aliás, também é inútil.
Às vezes eu penso no cara que inventou o aramezinho de fechar pacote de
pão. Imagino-o esbaforido pelos corredores de uma de suas fábricas, dizendo
para a secretária ligar para a sua esposa e avisar que não volta para jantar, tem
uma reunião crucial para seu império de aramezinho de fechar pão. Um gênio
ele devia se achar. E cada um de nós tem seu aramezinho de fechar pão e se
dedica de segunda a sexta a essa missão tão crucial e inútil para o futuro do
cosmos.
Cristina Tardáguila. Ruínas eletrônicas. Internet:
(com adaptações)
6. (CNSDF/2020)
Sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, as relações de sentido e a 
correção do segmento “Embora o senhor ou a senhora certamente discordem, 
são absolutamente inúteis” (linha 14) estarão preservadas caso se substitua o 
conectivo “Embora” por
(A) Contudo
(B) Porquanto
(C) Posto que
(D) Apesar de 
(E) Como
"Prezado Parlamentar.
A minha indignação é que me traz a você. São muitos os que me aconselham a
nada dizer a respeito dos episódios que atingiram diretamente a minha honra.
Mas para mim é inadmissível. Não posso silenciar. Não devo silenciar.
Tenho sido vítima desde maio de torpezas e vilezas que pouco a pouco, e agora
até mais rapidamente, têm vindo à luz.
Jamais poderia acreditar que houvesse uma conspiração para me derrubar da
Presidência da República. Mas os fatos me convenceram. E são incontestáveis.
Começo pelo áudio da conversa entre os dirigentes da JBS. Diálogo sujo, imoral,
indecente, capaz de fazer envergonhar aqueles que o ouvem. Não só pelo
vocabulário chulo, mas pelo conteúdo revelador de como se deu toda a
trajetória que visava a impedir a prisão daqueles que hoje, em face desse áudio,
presos se encontram.
Quem o ouviu verificou uma urdidura conspiratória dos que dele participavam
demonstrando como se deu a participação do ex-procurador-geral da República,
por meio de seu mais próximo colaborador, Dr. Marcello Miller.
7. (CNSDF/2018)
que atingiram diretamente a minha honra. (linha 2)
que hoje, em face desse áudio, presos se encontram. (linha 11)
que dele participavam. (linha 12)
Os pronomes sublinhados acima referem-se respectivamente a
(A) episódios – aqueles – urdidura
(B) respeito – aqueles – urdidura
(C) muitos – prisão – os
(D) respeito – aqueles – os
(E) episódios – aqueles – os
8. (CESPE/TJPR/2019)
Cada uma das opções a seguir apresenta uma proposta de reescrita do seguinte trecho do 
texto 1A1-I: “A natureza está dizendo que a água, além de infecta, está acabando. Lemos a 
notícia e postergamos a tragédia para nossos netos.” Assinale a opção em que a proposta 
apresentada preserva os sentidos do texto. 
(A) A natureza está dizendo que a água, além de infecta, está acabando, mas lemos a notícia e 
postergamos a tragédia para nossos netos. 
(B) A natureza está dizendo que a água, além de infecta, está acabando, porque lemos a 
notícia e postergamos a tragédia para nossos netos. 
(C) A natureza está dizendo que a água, além de infecta, está acabando, se lemos a notícia e 
postergamos a tragédia para nossos netos. 
(D) A natureza está dizendo que a água, além de infecta, está acabando, logo lemos a notícia e 
postergamos a tragédia para nossos netos. 
(E) A natureza está dizendo que a água, além de infecta, está acabando, ou lemos a notícia e 
postergamos a tragédia para nossos netos
Do total arrecadado com cada veículo, 50% vão para o governo estadual e os outros 50%, 
para o município no qual o veículo tiver sido emplacado.
9. (CESPE/SEFAZ/2019)
A correção e os sentidos do texto 1A1-II seriam preservados se o termo “no qual” (R.7) fosse 
substituído por 
A) que. 
B) onde. 
C) cujo. 
D) em cujo. 
E) aonde
10. (CESPE/TCE/RO/2019)
Cada uma das opções a seguir apresenta uma proposta de reescrita para o segmento “a 
instrução, o saber e a técnica levariam, necessariamente, à felicidade coletiva” (l. 35 e 36), do 
texto CB1A1-I. Assinale a opção em que a proposta indicada mantém os sentidos e a correção 
gramatical do texto.
(A) a instrução, o saber e a técnica motivariam, necessariamente, à felicidade coletiva
(B) a instrução, o saber e a técnica implicariam, necessariamente, à felicidade coletiva
(C) a instrução, o saber e a técnica chegariam, necessariamente, à felicidade coletiva
(D) a instrução, o saber e a técnica conduziriam, necessariamente, a felicidade coletiva
(E) a instrução, o saber e a técnica proporcionariam, necessariamente, a felicidade coletiva
11.( CESPE/MPCPA/2019)
Cada uma das opções a seguir apresenta uma proposta de reescrita para o seguinte trecho do
texto CG1A1-I:
“Ela, agora, reúne todos os setores da economia que utilizam recursos biológicos.” (linha 36 e
37)
Assinale a opção em que a proposta apresentada preserva a correção gramatical e os sentidos 
do texto.
(A) Ela reúne agora, todos os setores da economia que utilizam recursos biológicos.
(B) Agora ela reúne todos os setores da economia, que utilizam recursos biológicos.
(C) Ela reúne, todos os setores da economia que agora utilizam recursos biológicos.
(D) Ela reúne todos os setores da economia que utilizam, agora, recursos biológicos.
(E) Agora ela reúne todos os setores da economia que utilizam recursos biológicos.
12. (CESPE/MPCPA/2019)
No texto CG2A1-I, seriam preservados a correção gramatical e os sentidos do trecho
“Um exemplo daextensão do problema está na declaração dada em 2017 pelo Fundo das
Nações Unidas para a Infância (UNICEF), segundo a qual 1,4 milhão de crianças, de quatro
diferentes países da África — Nigéria, Somália, Iêmen e Sudão do Sul —, corre risco iminente
de morrer de fome” (l.38 a 42) se
(A) os travessões fossem substituídos por parênteses.
(B) uma vírgula fosse empregada logo após “problema”.
(C) o segmento “segundo a qual” fosse isolado entre vírgulas.
(D) a vírgula empregada logo após “crianças” fosse suprimida.
(E) o travessão logo após “África” fosse substituído por dois-pontos.
O peso de Eurídice se estabilizou, assim como a rotina da família Gusmão
Campelo. Antenor saía para o trabalho, os filhos saíam para a escola e Eurídice
ficava em casa, moendo 4 carne e remoendo os pensamentos estéreis que
faziam da sua vida infeliz. Ela não tinha emprego, ela já tinha ido para a escola, e
como preencher as horas do dia depois de arrumar as 7 camas, regar as plantas,
varrer a sala, lavar a roupa, temperar o feijão, refogar o arroz, preparar o suflê e
fritar os bifes? Porque Eurídice, vejam vocês, era uma mulher brilhante. Se lhe
10 dessem cálculos elaborados, ela projetaria pontes. Se lhe dessem um
laboratório, ela inventaria vacinas. Se lhe dessem páginas brancas, ela escreveria
clássicos. No entanto, o que lhe 13 deram foram cuecas sujas, que Eurídice
lavou muito rápido e muito bem, sentando-se em seguida no sofá, olhando as
unhas e pensando no que deveria pensar.
E foi assim que concluiu 16 que não deveria pensar, e que, para não pensar,
deveria se manter ocupada todas as horas do dia, e que a única atividade
caseira que oferecia tal benefício era aquela que apresentava o 19 dom de ser
quase infinita em suas demandas diárias: a culinária. Eurídice jamais seria uma
engenheira, nunca poria os pés em um laboratório e não ousaria escrever
versos, mas essa 22 mulher se dedicou à única atividade permitida que tinha
um certo quê de engenharia, ciência e poesia. Todas as manhãs, depois de
despertar, preparar, alimentar e se livrar do marido 25 e dos filhos, Eurídice
abria o livro de receitas da Tia Palmira
13. (CESPE/TJPA/2020)
A correção gramatical e o sentido original do texto CG4A1-I seriam preservados caso
I os dois-pontos imediatamente após “diárias” (l. 14) fossem substituídos por uma vírgula. II o
vocábulo “estéreis” (l 3) fosse substituído por desnecessários.
III se inserisse, no trecho “nunca poria os pés em um laboratório e não ousaria escrever
versos” (linhas 14 e 15), uma vírgula logo após “laboratório” e o vocábulo “não” fosse
substituído por nem.
Assinale a opção correta. 
A) Nenhum item está certo. 
B) Apenas o item I está certo. 
C) Apenas o item II está certo. 
D) Apenas o item III está certo. 
E) Todos os itens estão certos
14. (CESPE/TJPA/2020)
A correção gramatical e o sentido do texto CG4A1-I seriam mantidos caso se suprimisse do 
texto 
A) a partícula “se” (linha 17). 
B) a vírgula imediatamente após “para não pensar” (linha 12). 
C) o vocábulo “já” (linha 4). 
D) o vocábulo “ela”, em “ela já tinha ido para a escola” (linha 4). 
E) o acento do vocábulo “quê” (linha 16).
Em Juazeiro tinha gente, a cidade era viva. E no meio daquele povo todo sempre se
encontrava uma alma boa como a de sua mãe, uma moça bonita, um amigo animado.
Candeia era morta.
15. (CESPE/2019)
Na linha 13 do texto CB1A1-I, o vocábulo “se” 
A) poderia ser suprimido, sem alteração dos sentidos do texto.
B) encontra-se em próclise devido à presença do advérbio “sempre”. 
C) indetermina o sujeito da forma verbal “encontrava”. 
D) retoma a palavra “povo” (R.12). E indica reciprocidade.
O direito tributário brasileiro depara-se com grandes desafios, principalmente em tempos de 
globalização e interdependência dos sistemas econômicos.
16. (CESPE/SEFAZ/RS/2019) 
Mantendo-se a correção gramatical e o sentido original do trecho “O direito tributário 
brasileiro depara-se com grandes desafios” (linhas 1 e 2), do texto 1A1-I, o segmento “depara-
se com” poderia ser substituído por 
A) depara-se a. 
B) confronta com. 
C) depara-se diante de. 
D) confronta-se a. 
E) depara com.
Segundo o filósofo francês Dany-Robert Dufour, a pós-modernidade produz um sujeito não
engendrado, o que significa um sujeito que se vê na posição de não dever mais nada à
geração precedente. Trata-se de uma condição que comporta riscos, pois, segundo Dufour,
desaparece o motivo geracional.
17. (CESPE/TJPA/2020)
Cada uma das opções a seguir apresenta uma proposta de reescrita para o seguinte trecho do 
texto CG1A1-I: “Trata-se de uma condição que comporta riscos, pois, segundo Dufour, 
desaparece o motivo geracional.” (R. 33 a 35). 
Assinale a opção em que a proposta de reescrita apresentada mantém os sentidos originais e 
a correção gramatical do texto. 
A) Isso se trata de uma condição que comporta riscos, pois, segundo Dufour, desaparece o 
motivo geracional. 
B) Segundo Dufour, trata-se de uma condição que comporta riscos, pois desaparece o motivo 
geracional. 
C) Trata-se de uma condição que comporta riscos pois, segundo Dufour, desaparece o motivo 
geracional. 
D) Trata-se de uma condição que comporta riscos, visto que o motivo geracional, segundo 
Dufour, desaparece. 
E) Se trata de uma condição que redunda em riscos, pois, segundo Dufour, o motivo 
geracional desaparece.

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