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AULA 2 e3- ECLETISMO_revisto 20181

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Ecletismo no Brasil
Panorama da arquitetura do século XIX
DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA - THA
DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
PROFª DRA. ANA PAULA GURGEL
SUMÁRIO
1. Contextualização
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
3. Reforma urbana de Pereira Passos
4. As transformações residenciais 
5. O ecletismo em São Paulo 
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Considerações finais
Referências 
ECLETISMO NO BRASIL - DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROF.ª DRª ANA PAULA GURGEL
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1790
1804
Máquina a vapor usada para 
puxar vagão
Invenção do barco à vapor
1808
Iluminação à gás usada em 
Londres
1819
Fundada a École de Beaux-
Arts
1825
Inaugurada a primeira 
estrada de ferro para 
passageiros na Inglaterra
1844 Morse envia a primeira 
mensagem telegráfica
1851
Construído o Palácio de 
Cristal em ferro e vidro na 
Inglaterra
1852 Otis inventa o elevador
1871 Grande incêndio de Chicago
1850
1871
Paris é transformada por 
Haussman
ILLINOIS
• Tradição eliminada por um 
grande incêndio em 1871 
que destruiu a maior parte 
da cidade;
1879
1885
Edison inventa a luz elétrica
Produção em larga escala de 
aço laminado
1886 Primeiro arranha-céu em 
estrutura metálica
1888 Abolição da escravidão
1889
Proclamação da República no 
Brasil
1900
Inaugurado o Palácio Rio 
Branco em Salvador/BA
Inaugurado o Theatro da Paz 
em Belém/PA
Construção da Torre Eiffel
1906 Gaudí constrói a casa Millá
em Barcelona
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
• O uso do termo Ecletismo é introduzido na 
historiografia da arte no século XVIII pelo 
teórico alemão Johann Joachim Winckelmann
(1717-1768) para designar uma espécie de 
sincretismo consciente.
• A expressão “Ecletismo Historicizante 
Acadêmico” designa aquela mobília produzida 
entre 1850 e 1900. 
• O termo “Historicizante” resume a tendência 
geral de pegar como fonte de inspiração fases 
históricas e estilísticas do passado, enquanto o 
termo “Acadêmico” indica como os objetos 
produzidos nesse período chegam a receber o 
consenso das Academias de Arte, gozando da 
aprovação da crítica da época.
Retrato de Johann Joachim Winckelmann
Data entre 1761 e 1762 (shortly after 1755)
Óleo sobre tela (64 × 49 cm) Metropolitan Museum of Art 
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
•Não se trata de uma atitude de 
simples copista, mas da habilidade de 
combinar as características superiores 
desses estilos em construções que 
satisfaçam a demandas da época por 
todo tipo de edificação. 
•Na segunda metade do século XIX, o 
Ecletismo tem forte presença na 
Europa. 
•O estilo Segundo Império ou 
Napoleão III é caracterizado pela 
realização de importantes edifícios 
ecléticos, como o Teatro Ópera de 
Paris, projetado por Charles Garnier 
(1825-1898).
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Segundo Fabris (1987) trazendo uma 
leitura de Pevsner (1970):
• O ecletismo foi um rebatimento 
da Revolução Industrial, na 
ascensão de uma nova classe em 
busca de status, no crescente 
individualismo, na nostalgia do 
"longínquo" posta em voga pelo
Romantismo.
• O elemento determinante do 
ecletismo é a vontade do 
proprietário, em geral novo 
rico, despido de qualquer marca 
daquela cultura aristocrática que 
caracterizara o século anterior.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Segundo Fabris (1987) trazendo uma leitura de 
Pevsner (1970):
• Antecedentes: a postura investigativa do 
lIuminismo, sua concepção da cultura 
como conquista, troca e mensagem, sua 
necessidade de rever os estilos do 
passado, inclusive o clássico, à luz do 
presente que permitirão a disponibilidade 
e a multiplicidade que caracterizarão o 
século seguinte – arqueologia, estudos do 
passado e divulgação por meio de revistas, 
encicopledias. 
• Os arquitetos experimentam os novos 
materiais e os novos programas da 
sociedade industrial e descobrirem ao 
mesmo tempo os valores arquitetônicos 
do passado, adaptados às exigências 
contemporâneas
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
“O Ecletismo era a cultura arquitetônica própria de 
uma classe burguesa que dava primazia ao 
conforto, amava o progresso, amava as novidades, 
mas rebaixava a produção artística e arquitetônica 
ao nível da moda e do gosto.” 
PATETTA, Luciano. Considerações sobre o ecletismo. In: Arquitetura 
brasileira, São Paulo:Nobel/Edusp, 1987. – p.13 
TRÊS CORRENTES ESTILÍSTICAS:
1º-Composição Estilística imita as formas do 
passado (neogregos, neoegípcio e neogótico)
2°-Historicismo Tipológico relação estilo-
função
3°-Pastiches Compositivos libertos inventavam 
soluções estilísticas. 
O pudor dos costumes burgueses 
impedem a “rude e vergonhosa” nudez 
estrutural que deveria está 
completamente escondida se revestidas 
por motivo de decoro.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
• O ecletismo arquitetônico europeu difunde-se também pelas Américas, marcando as
construções do mundo novo.
• No Brasil, no período de transição para o século XX, o Ecletismo é acorrente
dominante na arquitetura e nos planos de reurbanização das grandes cidades.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
E no Brasil ? 
• 1888 Abolição da escravatura
• 1889 Proclamação da república 
 Derrubada da Monarquia por golpe 
militar sem participação popular
 Grupos atuantes: militares, 
cafeicultores, e profissionais liberais
“Revolução?”
• Sem transformação radical na estrutura 
social
• Defesa da “ordem pública” e 
preservação da propriedade tal qual era 
característico no regime monárquico
• Garantia dos compromissos e dívidas 
internacionais firmadas pela monarquia
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Mas quais os estilos do passado que representam
a nacionalidade do Brasil?
2 pontos são importantes nessa resposta: 
•No Rio imigrantes da Missão Francesa e em São Paulo os
trabalhadores italianos.
•Os cariocas e paulistas abastados, que iam com frequência ao Velho
Mundo, admiravam em seu contexto natural, os chalés suíços, as velhas
casas normandas, os palácios venezianos, mas não compreendiam que o
encanto dessas casas provinha de sua autenticidade, de sua perfeita
adaptação às condições do meio e, não raro, de sua inserção num
conjunto do qual não podiam ser desvinculadas.
presença dos imigrantes 
gosto da elite local
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
• Passados alguns anos da morte do
grande patrono Grandjean de Montigny
e com os abalos sentidos no país da
efervescência revivalista ocorrida na
Europa, o Brasil absorveu o Ecletismo.
• Podemos ainda dizer que a passagem do
Neoclassicismo para o Ecletismo é um
processo gradual, gerado no interior da
Academia.
• Até os anos 1870, ainda podemos ver
edifícios rigorosamente neoclássicos.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
• Durante o século XIX, no Brasil o
ecletismo foi apoiado e
influenciado de maneira
acadêmica pela Academia
Imperial de Belas Artes , e pela
Escola Nacional de Belas Artes
no Rio de Janeiro.
• A partir daí, o ecletismo vai
aparecer, de maneira quase
absoluta, até os anos 1930,
deixando pouco espaço para
outras manifestações como o Art
Nouveau, o Neocolonial e as
poéticas pré-modernas do
Classicismo Tardio e do Art Déco.
CONTEXTO SOCIAL
• Mudança de hábitos e comportamentos;
• Nova burguesia crescente se muda para o centro, 
abandonando a chácara para viver mais próximos 
dos negócios;
• Segregação de funções: atividades ditas 
“insalubres”, que atentassem à estética e a saúde 
pública precisaram se mudar do centro – início de 
zoneamento urbano;
• A higiene entendida pela elite dizia respeito 
sobretudo à aparência;
• Essas práticas passaram a se associar à moral e ao 
bom costume, aumentando a barreira social aos 
pobres e “sujos”;
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
ECLETISMO NO BRASIL - DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROF.ª DRª ANA PAULA GURGEL
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2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
• Opondo-se à sobriedade do neoclássico, o ecletismo abarcava inúmeras variações de 
fantasia estilística que, nas primeiras décadas do século XX, pontificaram em 
importantes edifícios e intervenções urbanísticas da capital federal: oRio de Janeiro. 
http://www.histeo.dec.ufms.br/
1858: Antigo Palácio do Catete (Museu da República). Projeto Carl F. G. Waehneldt
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
1858: Antigo Palácio do Catete (Museu da República). Projeto Carl F. G. Waehneldt
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
Segundo França:
• No ano de 1854, Antonio Clemente Pinto, rico fazendeiro da região de Cantagalo e 
Campos, no Rio de Janeiro, recebe do Imperador o título de Barão de Nova Friburgo 
pelos serviços prestados à região norte fluminense. 
• Em 1858, compra a casa de número 159 da Rua do Catete e um terreno de fundos que 
vai até o número 18-A da Praia do Flamengo e encomenda ao arquiteto alemão Carl 
Friedrich Gustav Waehneldt (1830-1873) a construção de sua nova residência. 
• Traz influência da arquitetura italiana, mais precisamente dos palácios urbanos de 
Florença do final do século XV e dos palácios à beira do Grande Canal de Veneza.
• O prédio é concluído em 1867, mas o Barão muda-se para lá em 1 de julho de 1866, 
ainda em obras de acabamento.
1858: Antigo Palácio do Catete (Museu da República). Projeto Carl F. G. Waehneldt
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
1858: Antigo Palácio do Catete (Museu da República). Projeto Carl F. G. Waehneldt
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
1858: Antigo Palácio do Catete (Museu da República). Projeto Carl F. G. Waehneldt
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
1858: Antigo Palácio do Catete (Museu da República). Projeto Carl F. G. Waehneldt
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
1858: Antigo Palácio do Catete (Museu da República). Projeto Carl F. G. Waehneldt
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
1858: Antigo Palácio do Catete (Museu da República). Projeto Carl F. G. Waehneldt
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
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• Jardins do Palácio do Catete - Auguste 
Marie Francisque Glaziou
 Em 1858, Glaziou veio para o 
Rio de Janeiro, onde durante 
longo período acumulou os 
cargos de Diretor dos Parques e 
Jardins da Casa Imperial e 
Inspetor dos Jardins 
Municipais, além de integrar a 
Associação Brasileira de 
Aclimação. 
 Seus postos, e sua ligação com 
o imperador, lhe permitiram 
estar ligado à maior parte de 
projetos paisagísticos 
acontecidos na Corte durante o 
Segundo Império. 
1858: Antigo Palácio do Catete (Museu da República). Projeto Carl F. G. Waehneldt
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
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• Jardins do Palácio do Catete - Auguste 
Marie Francisque Glaziou
1887: Real Gabinete de Leitura projetado por Raphael de Castro
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
• O Gabinete de Leitura (depois elevado a 
Real) foi fundado em 1837 por um grupo 
de 43 portugueses. 
• Inspiração para os Gabinetes nos remete à 
França revolucionária, às chamadas 
“boutiques a lire”, que apareceram após a 
revolução de 1789. 
• O lançamento da pedra fundamental do 
prédio, assistido por D.Pedro II, ocorreu 
em 1880 durante a celebração dos 300 
anos do autor de “Os Lusíadas”. 
• O edifício, em estilo neomanuelino, foi 
projetado por Rafael da Silva e Castro, 
inspirado em uma das alas do Mosteiro 
dos Jerônimos, de Lisboa. 
1887: Real Gabinete de Leitura projetado por Raphael de Castro
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
“Projectado por Diogo de 
Boitaca, que iniciou os 
trabalhos no começo do 
século XVI, foi continuado por 
João de Castilho a partir de 
1517 e concluído por Diogo 
de Torralva entre 1540 e 
1541. Pelo seu valor e 
simbologia, o claustro do 
Mosteiro dos Jerónimos 
representa um dos 
monumentos mais 
significativos da arquitectura
manuelina.”
http://www.mosteirojeronimos.pt
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1887: Real Gabinete de Leitura projetado por Raphael de Castro
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
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Gabinete Português de Leitura de Salvador
1887: Real Gabinete de Leitura projetado por Raphael de Castro
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
Representa o 
espírito romântico 
em que o 
historicismo e o 
patriotismo 
português se 
apresentavam de 
mãos dadas.
“Os Gabinetes Portugueses de Leitura no Brasil apresentam-se como referenciais 
urbanos, conformados às aspirações sociais da época, expressos nos novos centros de 
convívio, cultura e lazer. A sociedade formava-se, os homens aproximavam-se para 
trocar idéias, e uma nova vida associativa se viu desabrochar, resgatando, por meio de 
seus edifícios, a memória e a formação da identidade nacional, preservando uma 
história cuja experiência vivida o tempo poderia pôr a perder.”(MATOS, 2007)
1887: Real Gabinete de Leitura projetado por Raphael de Castro
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
“A cantaria da fachada aparelhada em pedra 
de lioz, foi contratada em Lisboa com o “canteiro” 
e marmorista Germano José Salles, pela qual 
recebeu onze contos de réis (TAVARES, 1977, p.80). 
As estátuas e os medalhões ornamentais foram 
contratados em Lisboa, com o escultor José Simões 
de Almeida Junior, para representarem o Infante 
D.Henrique, Luís de Camões, Vasco da Gama e 
Pedro Álvares Cabral; nos medalhões, os bustos de 
Fernão Lopes, Gil Vicente, Alexandre Herculano e 
Almeida Garrett.”
(MATOS, 2007)
TAVARES, A. R. (Dir); SILVA, P. F. (Coord). Fundamentos e Actualidades do Real 
Gabinete Português de Leitura. Edição comemorativa do 140º aniversário de 
Fundação. Rio de Janeiro: Real Gabinete Português de Leitura, 1977.
1887: Real Gabinete de Leitura projetado por Raphael de Castro
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
1887: Real Gabinete de Leitura projetado por Raphael de Castro
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
1887: Real Gabinete de Leitura projetado por Raphael de Castro
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
1889: Pavilhão da Ilha Fiscal. Neogótico. Projeto Adolfo José del Vecchio.
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
Depois de ter percorrido em 
todos os sentidos e de ter 
apreciado o belo panorama que 
se descortina de todos os seus 
pontos, o imperador de cabeça 
descoberta, recebendo o ar 
fresco que vinha do lado da 
Barra, parou, e depois de alguns 
instantes de
contemplação, disse-me: Seu De 
Vecchi- era assim que ele 
costumava chamar-me, 
confundindo meu nome com o 
de outra família que ele tinha 
conhecido- isto é um delicado 
estojo digno de uma brilhante 
jóia. (Citado em DEL BRENNA, 
1987, p. 45)
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
1889: Pavilhão da Ilha Fiscal. Neogótico. Projeto Adolfo José del Vecchio.
1889: Pavilhão da Ilha Fiscal. Neogótico. Projeto Adolfo José del Vecchio.
2. A Introdução do Ecletismo no Brasil 
ECLETISMO NO BRASIL - DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROF.ª DRª ANA PAULA GURGEL
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3. Reforma urbana de Pereira Passos
• No início do século XX, o Rio de Janeiro passava por graves problemas sociais, decorrentes, em
grande parte de seu rápido e desordenado crescimento, alavancado pela imigração europeia e
pela transição do trabalho escravo para o trabalho livre.
• Na ocasião em que Pereira Passos assume a Prefeitura da cidade, o Rio de Janeiro, com sua
estrutura de cidade colonial, possuía quase um milhão de habitantes carentes de transporte,
abastecimento de água, rede de esgotos, programas de saúde e segurança.
• No centro do Rio de janeiro – a Cidade Velha e adjacências – eclodiam habitações coletivas
insalubres (cortiços), epidemias de febre amarela, varíola, cólera, conferindo à cidade a fama
internacional de porto sujo ou "cidade da morte", como se tornara conhecida.
• A reforma urbana de Pereira Passos, período conhecido popularmente como “Bota-abaixo”, visou
o saneamento, o urbanismo e o embelezamento, dando ao Rio de Janeiro ares de cidade moderna
e cosmopolita.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
• O engenheiro Francisco Pereira Passos (1836-
1913) estudou nas mais expressivas escolas 
de engenharia do Brasil e da França. 
• Acompanhou, entre 1857 até 1860, areforma 
urbana de Haussmann de Paris. 
• Na passagem do Império para a República, foi 
um das expressivas figuras da 
tecnologia brasileira. 
• Realizou a sua obra máxima como prefeito da 
Capital Federal entre 1902 até 1906 quando 
deu outra feição para a antiga capital colonial 
e imperial.
Foram, entre 1903 e 1906, duas grandes reformas:
uma modernização da zona portuária degradada ,
e em seguida uma intervenção maior no Centro histórico.
Ruas estreitas e insalubres sumiram do mapa, cortiços e casas pobres foram postas
abaixo, e surgiu no Centro a Avenida Central (atual Avenida Rio Branco), assim como a
Francisco Bicalho, a Rodrigues Alves, a Avenida Maracanã e a Avenida Beira-Mar, que se
propunham a facilitar a ligação entre o Centro e os bairros residenciais mais abastados.
Destacam-se também nessa época que revolucionou a malha urbana do Rio os
alargamentos de vias como a Marechal Floriano, a Rua do Catete, a Uruguaiana, a Rua da
Carioca, entre tantas outras; e a construção de obras importantíssimas como o Theatro
Municipal, uma das marcas da administração de Pereira Passos.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Nesse período 
inúmeros 
moradores do 
Centro receberam 
ordens de 
despejo, e seus 
cortiços foram 
postos abaixo para 
a construção de 
avenidas, praças e 
novos edifícios.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
3. Reforma urbana de Pereira Passos
3. Reforma urbana de Pereira Passos
3. Reforma urbana de Pereira Passos
3. Reforma urbana de Pereira Passos
3. Reforma urbana de Pereira Passos
3. Reforma urbana de Pereira Passos
3. Reforma urbana de Pereira Passos
3. Reforma urbana de Pereira Passos
3. Reforma urbana de Pereira Passos
3. Reforma urbana de Pereira Passos
3. Reforma urbana de Pereira Passos
A periferização da população pobre ocorreu através da autoconstrução (feita em placas e
chapas de madeira, em geral resíduos da demolição de cortiços e da construção de novos
edifícios) nas bases dos morros impôs seu contraste em meio às elegantes avenidas traçadas
pelos engenheiros e urbanistas a serviço de Pereira Passos.
Morro da Providência (então Morro da Favela) no início de sua ocupação, 
no fim do século XIX
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Vista do Morro da Favela (Morro da Providência), Centro. Rio de 
Janeiro, década de 1920.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
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3. Reforma urbana de Pereira Passos
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PORTO MARAVILHA PRA 
QUEM?
“A segregação socioespacial é um 
processo vivenciado no espaço carioca a 
partir da especulação imobiliária e 
injusta distribuição dos equipamentos 
urbanos, cujo principal agente condutor 
é o Estado. No Morro da Providência, a 
renovação, modernização e criação de 
novos equipamentos no espaço em 
questão irão agregar valor às moradias e 
acabarão culminando na marginalização 
da população mais pobre, impotente de 
arcar com os “benefícios” da 
urbanização, cujo ônus será ver sua 
favela e sua identidade anuladas. Os fins 
turísticos pensados para a comunidade 
são alguns dos mecanismos capazes de 
provocar o impacto negativo descrito.”
(RAINHA; FONSECA, 2013. )
3. Reforma urbana de Pereira Passos
REVOLTA DA VACINA 
• Ocorreu na cidade do Rio de 
Janeiro entre os dias 10 e 16 
de novembro de 1904. 
• A principal causa foi a 
campanha de vacinação 
obrigatória contra a varíola, 
realizada pelo governo 
brasileiro e comandada pelo 
médico sanitarista Dr. 
Oswaldo Cruz. 
• O clima de 
descontentamento popular 
com outras medidas como a 
reforma urbana da cidade 
que desalojou milhares de 
pessoas para que cortiços e 
habitações populares fossem 
colocados abaixo
3. Reforma urbana de Pereira Passos
• a Escola e Museu Nacional de Belas Artes - MNBA (1908), obra de Adolfo Morales
de Los Rios (1858 - 1928), cuja pluralidade de estilos remete às construções
francesas ecléticas, no caso diretamente à fachada do Louvre.
• O Teatro Municipal, projetado por Francisco de Oliveira Passos e edificado na
Avenida Central, entre 1903 e 1909, é claramente inspirado na Ópera de Paris e
aparece como o maior símbolo do ecletismo no Brasil.
• Destaca-se também na época a atuação do engenheiro militar Souza Aguiar,
responsável pelo projeto da Biblioteca Nacional (1910) na mesma avenida, e de
Heitor de Mello, em atividade no Rio de Janeiro de 1898 a 1920, autor de diversos
projetos de edifícios públicos e residências particulares, como o Derby Clube (1914)
e o prédio da Prefeitura (1920), na praça Floriano.
EM TERMOS DE EDIFÍCIOS:
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Teatro 
MNBA
Biblioteca
Prefeitura
• Arquiteto espanhol que estudou em Paris.
• Sua produção arquitetônica ocorre em meio
a muitas atividades.
• Projeta em Salvador, Recife, Maceió e Rio de
Janeiro grande número de edifícios residenciais,
comerciais, institucionais, educacionais, religiosos,
industriais, hospitalares, monumentos públicos e
funerários, além de cartazes, ilustrações e capas de
livros.
• Entre seus projetos se destacam a - Enba, 1906/1908
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Adolpho Morales de los Rios
Adolpho Morales de los Rios
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Escola Nacional de Belas Artes – Adolfo M. de los Rios
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Segundo Bruand:
“construído em 1908 
para abrigar a 
venerável instituição 
acadêmica e suas 
coleções, que já não 
cabiam no elegante 
palácio neoclássico de 
Grandjean de 
Montigny, a nova 
edificação era uma 
imitação do Louvre 
de Visconti e Lefeul, 
imitação 
especialmente visível 
na ala principal, cuja 
fachada dá para 
Avenida Rio Branco.” 
(p.34)
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Escola Nacional de Belas Artes – Adolfo M. de los Rios
mansardas
Arcadas em 
arco pleno
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Escola Nacional de Belas Artes – Adolfo M. de los Rios
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Escola Nacional de Belas Artes – Adolfo M. de los Rios
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Escola e Museu Nacional de Belas Artes 
Escola Nacional de Belas Artes – Adolfo M. de los Rios
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Escola e Museu Nacional de Belas Artes 
Escola Nacional de Belas Artes – Adolfo M. de los Rios
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Francisco de Oliveira Passos 
• Nasceu no Rio de Janeiro, então capital do Império, no dia 2 de julho de 1878, filho de Francisco 
Pereira Passos e de Maria Rita de Andrade Passos. 
• Estudou na Alemanha, onde se formou engenheiro civil em março de 1901 pela Real Escola 
Superior Politécnica da Saxônia, em Dresden. 
• De volta ao Brasil, trabalhou como engenheiro na Leopoldina Railway e, mais tarde, na Estrada de 
Ferro Central do Brasil. 
• De 1904 a 1908, foi consultor técnico da Prefeitura do Distrito Federal. Seus dois primeiros anos 
de consultoria ocorreram durante a gestão de Pereira Passos, seu pai, cuja administração 
transformou profundamente a cidade. 
• Sob o pseudônimo de Áquila, obteve o primeiro lugar na concorrência efetuada pela prefeitura 
para a escolha do projeto do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Seu projeto, com algumas 
alterações, foi finalmente aprovado em novembro de 1904. Em julho de 1909, já no governo de 
Nilo Peçanha, inaugurou-se o Teatro Municipal. 
http://www.theatromunicipal.rj.gov.br/sobre/historia/
Theatro Municipal - Projeto Francisco de Oliveira Passos. 1905-9.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
• O Theatro Municipal foi inaugurado 
em 14 de julho de 1909 na Praça 
Floriano, conhecida como Cinelândia.
• Em 1903, o prefeito Pereira Passos, 
nomeado pelo presidente Rodrigues 
Alves, lançou um edital com um 
concurso para a apresentação de 
projetos para a construção do Theatro
Municipal – o filho dele “ganha”
• O resultado deste concurso foi motivo 
para uma longa polêmica na Câmara 
Municipal e como decisão final 
resolveu-se pela fusão de dois 
projetos pois, na verdade, os dois 
projetos ganhadores correspondiam a 
uma mesma tipologia.3. Reforma urbana de Pereira Passos
Projeto de Victor Dubugras
• o estilo fortemente Art-
Noveau do projeto de 
Dubugras era de difícil 
digestão para um corpo 
julgador, que saia da 
cidade colonial rumo às 
reformas de Napoleão III.
• O Art-Noveau era um 
estilo industrial, uma 
semente da arquitetura 
moderna e certamente 
suas formas não eram 
palatáveis aos julgadores 
que escolheriam um 
prédio público de 
tamanha importância 
numa cidade que queria 
ser francesa.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Theatro Municipal - Projeto Francisco de Oliveira Passos. 1905-9.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Theatro Municipal - Projeto Francisco de Oliveira Passos. 1905-9.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Theatro Municipal - Projeto Francisco de Oliveira Passos. 1905-9.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Theatro Municipal - Projeto Francisco de Oliveira Passos. 1905-9.
O vão palco é vencido por tesouras de telhado de 32 m e a boca de cena 
possui as dimensões de 32 x 22m, considerada uma das maiores do 
mundo. A capacidade inicial foi de 1739 espectadores, mas em 1934, 
esse número aumentou para 2205 espectadores com a ampliação da 
sala. Atualmente, após outras modificações, possui 2361 lugares.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Theatro Municipal - Projeto Francisco de Oliveira Passos. 1905-9.
Biblioteca Nacional 
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Biblioteca Nacional 
3. Reforma urbana de Pereira Passos
• O arquiteto carioca que ocupou o 1° plano 
foi sem dúvida Heitor de Mello (1875-1920)
• Sua atividade profissional desenvolve-se 
desde sua diplomação pela Escola Nacional 
de Belas Artes no início desse século até sua 
morte prematura em 15 de agosto de 1920.
• Em seus 22 anos de atuação produziu 83 
projetos. 
• Foi responsável pelo Palácio da Justiça e a 
Prefeitura do Rio e do Jockey e Derby Club 
da mesma cidade.
• recebeu o Grande Prêmio de Arquitetura da 
Exposição Internacional de 1908
3. Reforma urbana de Pereira Passos
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Palácio Pedro Ernesto
foi construído entre 
1919 e 1923, sendo 
projetado pelo 
arquiteto Heitor de 
Mello e 
desenvolvido, após a 
sua morte, por 
Archimedes Memória 
e Francisco Couchet.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Sede do Jóquei Clube Brasileiro
Polícia Central, atualmente é a sede do 
Museu da Polícia Civil do Estado do Rio de 
Janeiro
3. Reforma urbana de Pereira Passos
3. Reforma urbana de Pereira Passos
projeto do Palácio do Congresso Nacional, Rio, 1907, (não realizado)
Todos os tipos estilísticos são aqui representados, havendo uma predominância do
Barroco francês, que se constata no centro monumental eclético da cidade do Rio de
Janeiro – a Praça Marechal Floriano –, e em outros edifícios importantes como o Palácio
Tiradentes e o Palácio das Laranjeiras.
Além disso, todos os programas – residências, equipamentos públicos como teatros,
escolas, bibliotecas, museus e quartéis, edifícios comerciais e estações – foram projetados
e construídos segundo os princípios ecléticos, principalmente nas grandes metrópoles,
onde ainda se conseguiu preservar um grande acervo desta arquitetura.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Palácio Tiradentes – Neobarroco francês.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Palácio Tiradentes – Neobarroco francês.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Palácio Tiradentes – Neobarroco francês.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
1904: Palácio Monroe. Projeto: Mal. Francisco Marcelino de Souza Aguiar
3. Reforma urbana de Pereira Passos
1904: Palácio Monroe. Projeto: Mal. Francisco Marcelino de Souza Aguiar
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Entregue aos cariocas e ao 
Brasil em 1906 por ocasião da 
Terceira Conferencia Pan 
Americana que foi sediada 
nele. 
Em 1925, foi transformado em 
sede do Senado Federal. Com a 
transferência da capital federal 
do Rio para Brasília, o Monroe 
passou a sediar o Estado Maior 
das Forças Armadas.
1904: Palácio Monroe. Projeto: Mal. Francisco Marcelino de Souza Aguiar
3. Reforma urbana de Pereira Passos
1904: Palácio Monroe. Projeto: Mal. Francisco Marcelino de Souza Aguiar
3. Reforma urbana de Pereira Passos
1904: Palácio Monroe. Projeto: Mal. Francisco Marcelino de Souza Aguiar
3. Reforma urbana de Pereira Passos
1904: Palácio Monroe. Projeto: Mal. Francisco Marcelino de Souza Aguiar
3. Reforma urbana de Pereira Passos
1904: Palácio Monroe. Projeto: Mal. Francisco Marcelino de Souza Aguiar
3. Reforma urbana de Pereira Passos
1906-11 : Estação das Barcas.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
aproveitou-se o arcabouço da velha estação das 
barcas Ferry, tendo o arquiteto Adolpho José Dell 
Vecchio, que projetou anos antes o palacete da Ilha 
Fiscal, refeito a fachada em estilo eclético, com 
vistosa cúpula bulbosa e pavilhões anexos no mesmo 
estilo. Foi inaugurada em 1911, tornando-se logo 
ponto de referência na Praça XV.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
1906-11 : Estação das Barcas.
Fundação Oswaldo Cruz. Arquiteto Luiz Moraes Junior. c. 1904.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
O Conjunto Arquitetônico Histórico 
de Manguinhos foi construído no 
início do século XX. Seu fundador, 
Osvaldo Cruz contratou o arquiteto 
Luiz de Moraes Júnior para projetar 
o “Pavilhão”. Moraes era português, 
nascido em Faro, e acostumado ao 
modismo Europeu, do então estilo 
neo-mourisco. 
O processo de projeto do “Pavilhão” 
teve início em 1904 e sua construção 
em 1908, sofrendo alterações que 
partiram de ideias conjuntas e 
discussões entre arquiteto e cliente, 
durante todo seu período de 
concepção até sua conclusão em 
1918.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Fundação Oswaldo Cruz. Arquiteto Luiz Moraes Junior. c. 1904.
Fundação Oswaldo Cruz. Arquiteto Luiz Moraes Junior. c. 1904.
Pavilhão Mourisco, como é 
mais conhecido o prédio central
da Fiocruz, começou a ser 
construído em 1905, pelo 
arquiteto português Luiz 
Moraes Júnior, com base em 
desenhos do próprio Oswaldo 
Cruz.
Nenhum recurso foi poupado 
na construção. 
Com 50 metros de altura e 45 
de largura, assenta-se sobre 
uma base de granito negro
3. Reforma urbana de Pereira Passos
O mourisco
era um dos 
muitos estilos 
que, surgidos 
no século XIX, 
estavam 
relacionados 
a uma 
estética do 
insólito e a 
ideias exóticas 
e românticas 
de 
ambientação.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Fundação Oswaldo Cruz. Arquiteto Luiz Moraes Junior. c. 1904.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Fundação Oswaldo Cruz. Arquiteto Luiz Moraes Junior. c. 1904.
As varandas são revestidas com azulejos portugueses e mosaicos franceses nos pisos que imitam tapetes 
orientais. O hall da escada principal possui painéis de madeira e gesso trabalhados em baixo relevo, 
originalmente folhados a ouro.
• O seu principal objetivo, entretanto, era o de apresentar a nova capital da República -
urbanizada pelo então Prefeito Francisco Pereira Passos e saneada pelo 
cientista Oswaldo Cruz - às diversas autoridades nacionais e estrangeiras que a 
visitaram.
• O mandato de Pereira Passo com prefeito já havia passado. 
• As feiras mundiais estavam na ordem do dia de todos os recantos do planeta - moda e 
glória foi até 1914.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
EXPOSIÇÃO CENTENÁRIO DA ABERTURA DOS PORTOS 1908
Com a Exposição 
Nacional de 1908 
que aconteceria 
ali, novas obras 
tiveram de ser 
realizadas para 
aumentar a área, 
originalmente 
acanhada: foi 
iniciado o aterro 
entre a pedreira 
da Urca e a atual 
Avenida Pasteur
3. Reforma urbana de Pereira Passos
EXPOSIÇÃO CENTENÁRIO DA ABERTURA DOS PORTOS 1908
Pavilhão São Paulo
“faz pirraça lá do alto ao embasamento de estilo híbrido” na expressão de 
Morales de los Rios. 
• Pirraça entre tendências estéticas as mais contraditórias possíveis. Pirraça que não
encontrava outra lógica ou função além do o efêmero de uma exposição que deseja
impressionar pela forma, artesanato e pelo gasto suntuário para o poder originário e
para o gáudio dos fornecedores.• Estes, além disto, encontravam um ótimo meio para a propaganda e o marketing
dos seus produtos e técnicas para todo mundo e especialmente para o Brasil.
• Neste, as cidades movidas pelas fortunas acumuladas pelo café, borracha, fumo,
cacau e algodão, foram ávidos em seguir esta moda de aparência de acumulação.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
EXPOSIÇÃO CENTENÁRIO DA ABERTURA DOS PORTOS 1908
EXPOSIÇÃO CENTENÁRIO DA ABERTURA DOS PORTOS 1908
3. Reforma urbana de Pereira Passos
EXPOSIÇÃO CENTENÁRIO DA ABERTURA DOS PORTOS 1908
3. Reforma urbana de Pereira Passos
3. Reforma urbana de Pereira Passos
EXPOSIÇÃO CENTENÁRIO DA ABERTURA DOS PORTOS 1908
EXPOSIÇÃO CENTENÁRIO DA ABERTURA DOS PORTOS 1908
3. Reforma urbana de Pereira Passos
EXPOSIÇÃO CENTENÁRIO DA ABERTURA DOS PORTOS 1908
3. Reforma urbana de Pereira Passos
EXPOSIÇÃO CENTENÁRIO DA ABERTURA DOS PORTOS 1908
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Pavilhão do Estado da Bahia
Pavilhão do Estado de Minas Gerais
Pavilhão da Fábrica de Tecidos Bangu
3. Reforma urbana de Pereira Passos
EXPOSIÇÃO CENTENÁRIO DA ABERTURA DOS PORTOS 1908
Pavilhão dos Estados
3. Reforma urbana de Pereira Passos
EXPOSIÇÃO CENTENÁRIO DA ABERTURA DOS PORTOS 1908
Em novembro de 
1909, um ano após 
o término da 
Exposição Nacional 
o Serviço 
Geológico 
instalou-se, junto 
com outros órgãos 
do Ministério da 
Agricultura. Hoje 
Museu de Ciências 
da Terra
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Depois da 1° Guerra Mundial, a influência francesa 
foi reforçada pela presença, no Rio, de vários 
arquitetos vindos da França. É dessa época o Hotel 
Copacabana Palace projetado por Joseph Gire 
(1872-1933), ex-aluno da Beaux-Arts de Paris. Veio 
ao Brasil a convite de Eduardo Guinle (cuja família 
tornou-se uma de suas principais clientes), que lhe 
encomendou uma casa, depois transformada no 
Palácio Laranjeiras. 
São dele:
• Palácio Laranjeiras (1909) e o palacete Lineu de 
Paula Machado (1912), em Botafogo – em ambos, 
Armando da Silva Telles assina as plantas com o 
construtor 
• Palácio de Brocoió (1930), na Ilha de Brocoió, 
usado pelo governador como residência de férias.
• Edifício Joseph Gire, mais conhecido como “A 
Noite”, arranha-céu localizado na Praça Mauá
1909-12: Palácio das Laranjeiras. Neobarroco francês. 
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Atual residência oficial dos 
governadores do Estado 
do Rio de Janeiro, situado 
no Parque Guinle, no 
bairro das Laranjeiras.
foi construído entre os 
anos de 1909 e 1914 para 
servir de residência à 
família de Eduardo Guinle, 
um empresário da 
Primeira República que 
almejava projetar-se na 
alta sociedade carioca e 
afirmar-se socialmente 
entre seus pares. 
(CARMO, 2011)
1909-12: Palácio das Laranjeiras. Neobarroco francês. 
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Embora as intervenções da 
reforma urbana tenham se 
concentrado basicamente na 
velha área central da cidade, elas 
tiveram um importante efeito 
na dinâmica espacial da 
cidade ao reafirmarem o 
sentido centro-sul como área 
privilegiada da expansão do 
tecido urbano. Os bairros dessa 
área, Catete, Santa Tereza, 
Flamengo, Laranjeiras, Botafogo, 
e mais tarde Copacabana, 
Ipanema e Leblon, tornar-se-iam 
gradativamente os endereços 
mais nobres da cidade, onde as 
classes mais ricas afixariam 
residência.(CARMO, 2011)
1909-12: Palácio das Laranjeiras. Neobarroco francês. 
3. Reforma urbana de Pereira Passos
1909-12: Palácio das Laranjeiras. Neobarroco francês. 
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Palacete Lineu de Paula Machado, em Botafogo
3. Reforma urbana de Pereira Passos
A casa é composta por dois 
volumes prismáticos, o 
primeiro de maior porte e 
melhor acabamento, ao 
qual está adossado o 
menor, menos visível, do 
lado dos fundos do 
terreno. O bloco principal 
possui cobertura em 
mansarda, com um 
torreão central, e a porte-
cochère com terraço 
projetada em relação à 
fachada principal. O acesso 
à casa se dá através da 
porte-cochère, por uma 
escada central e duas 
rampas laterais.
Palacete Lineu de Paula Machado, em Botafogo
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Armando Carlos da Silva Telles 
(arquiteto construtor) e Joseph 
Gire.
• Mansão eclética de feições 
neorrenascentistas ao estilo 
francês, com porte-cochère
aterraçada, telhado em mansarda 
e um torreão central coberto de 
telhas de ardósia.
• O conjunto era composto pela 
casa principal, por uma edícula 
com cocheira e serviços, e pelo 
jardim e pomar. 
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Hotel Copacabana Palace
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Hotel Copacabana Palace
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Hotel Copacabana Palace
A planta, perfeitamente acadêmica e simétrica, resolvia de modo prático os principais 
problemas funcionais do complexo programa, dado que era um hotel e cassino.
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Hotel Copacabana Palace
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Hotel Copacabana Palace
3. Reforma urbana de Pereira Passos
Hotel Copacabana Palace
ECLETISMO NO BRASIL - DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROF.ª DRª ANA PAULA GURGEL
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4. As transformações residenciais 
Segundo Reis Filho (2004):
• Com a decadência do trabalho escravo
e o início da imigração europeia,
desenvolveu-se o trabalho
remunerado e aperfeiçoaram-se as
técnicas construtivas.
• As cidades e as residências são dotadas
de serviços de água e esgoto, valendo-
se de equipamentos importados.
• Surgem nessa época as casas urbanas
com novos esquemas de implantação:
Afastados dos vizinhos e com jardins
laterais.
• As primeiras transformações verificadas nas
soluções de implantação visavam à
libertação das construções dos limites do
terreno.
• O esquema consistia em recuar o edifício
dos limites laterais, conservando-o
frequentemente sobre o alinhamento da via
pública.
• Comumente o recuo era apenas de um dos
lados; do outro, quando existia, reduzia-se
ao mínimo.
4. As transformações residenciais 
• As residências maiores eram enriquecidas com um
jardim do lado.
• Esta novidade, que vinha introduzir um elemento
paisagístico na arquitetura residencial, oferecia
amplas possibilidades de arejamento e de
iluminação, até então desconhecidas nas tradições
construtivas do Brasil.
predominância de 
assimetria (exceto nos 
casos de forte influência 
neoclassicista) e de 
linhas e planos verticais. 
4. As transformações residenciais 
Desaparece a uniformidade – marcante 
no período colonial – na tentativa de 
acompanhar as transformações das 
tecnologias e dos costumes
4. As transformações residenciais 
4. As transformações residenciais 
“o aperfeiçoamento dos
hábitos higiênicos
coincidia com a instalação
dos primeiros banheiro
com água corrente e com
o aparecimento das
venezianas.
O emprego de madeiras
serradas, com junções
mais perfeitas, difundiu o
uso de assoalhos
encerados[...] iniciando-se,
em decorrência o uso de
tapetes e móveis mais
finos” (REIS FILHO, 2004,
p. 50)
4. As transformações residenciais 
Entre finais do séc. XIX e inicio do XX fundem-se duas tradições:
a chácara + o sobrado = chalé
isolado no centro do terreno e com aguas para as laterais (REIS FILHO, 2004, p. 50/51)
4. As transformações residenciais 
4. As transformações residenciais 
4. As transformações residenciais 
4. As transformações residenciais 
Palacete Franco de Mello – São Paulo, 1905
A residência é obra do construtor português Antônio Fernandes Pinto. Sua fachada possui influências francesas do 
período, de Luís XV nos enfeites do frontão e no caixilho das janelas, além de uma mansarda renascentista. 
O palacete burguês 
• Semelhantes aos antigos solares 
aristocráticos, moradias do tipo chácara, 
erguidas pela elite imperial.
• As casas apalacetadas construídas nas 
primeiras décadas do século XX, símbolos 
da ascensão econômica e social dos “novos 
homens” da república, representam a 
fusão de duas tradições construtivas:a do 
sobrado urbano e a da chácara (FILHO, 
2002: p. 56).
4. As transformações residenciais 
Palacete do Parque Lage – Rio de Janeiro, 1927
O palacete foi projetado pelo arquiteto Italiano Mario Vodret
em 1927. Foi residência de um casal formado por um rico 
empresário brasileiro e uma cantora de ópera italiana. O 
palacete possui um pátio interno com piscina ao centro e um 
terraço aberto sobre o mesmo.
O palacete burguês 
• apresentavam uma nova implantação, em 
centro de terreno, com a fachada principal 
distante da testada do terreno, o que 
assegurava a privacidade dos moradores, 
longe dos olhos indiscretos vindos da rua. 
• Cercadas por jardins, estas casas herdaram 
das chácaras uma grande área de serviços 
nos fundos, com telheiros, edículas, 
galinheiros, hortas e pomares.
• A maioria dos palacetes republicanos 
reproduzia também os programas de 
necessidades dos hôtels privés e villas
francesas.
4. As transformações residenciais 
Palacete do Parque Lage – Rio de Janeiro, 1927
4. As transformações residenciais 
O palacete burguês 
“Fundamentados nas noções de 
privacidade e higiene, 
popularizadas ao longo do século 
XIX, estes programas evidenciam 
o aprofundamento da cisão entre 
dois espaços domésticos: a “zona 
de representação”, destinada ao 
convívio em sociedade e onde –
como o próprio termo informa –
os proprietários e seus convidados 
representam os papéis sociais 
estabelecidos; e a área privativa, 
íntima, destinada ao convívio 
estritamente familiar.”
(CARMO, 2014)
Palacete Scholz (Manaus, 1903)
Construído pelo arquiteto italiano Antonio Jannuzzi (1855-1949) para 
alemão Waldemar Scholz, considerado o "Barão da Borracha". Teve o nome 
alterado para Palácio Rio Negro em 1918 após autorizada a compra pelo 
governador do Amazonas
ECLETISMO NO BRASIL - DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROF.ª DRª ANA PAULA GURGEL
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5. O Ecletismo em São Paulo
CONTEXTUALIZAÇÃO
• Cidade do café
• Os modelos classicizantes chegam mais 
tarde – até 1880 a cidade tinha o 
aspecto colonial
• Grande influência italiana – imigrações 
• Inspiração na renascença e no 
maneirismo 
• Em São Paulo o ecletismo arquitetônico 
teve em Ramos de Azevedo seu 
principal nome
5. O Ecletismo em São Paulo
• As casas que projetou são algo novo e 
estranho ao padrão vigente até 
então.
• A noção de habitar que Ramos de 
Azevedo trouxe de sua formação 
europeia: hábitos, necessidades, 
ideias, aspirações e costumes 
burgueses.
• Em seus projetos, Ramos de Azevedo 
utiliza o zoneamento, a 
compartimentação, as peças e a 
denominação que são encontrados 
nas residências projetadas por 
arquitetos europeus na segunda 
metade do século XIX
Ramos de Azevedo 
5. O Ecletismo em São Paulo
Ramos de Azevedo “o repertório da habitação 
burguesa europeia: na 
composição do programa, na 
implantação dos edifícios, nos 
desenhos de plantas, na 
organização das áreas social, 
íntima e de serviço; nas 
volumetrias, nos desenhos de 
fachadas e nos detalhes de 
decoração. Está nos materiais 
utilizados e no modo do seu 
emprego. Está, ainda, na 
atmosfera, que tanto pode ser 
entendida como a marca do 
estrangeirismo como a 
assinatura do arquiteto que os 
projetou”
(CARVALHO, 1996)
5. O Ecletismo em São Paulo
Ramos de Azevedo 
Palacete Marquesa de Itu
5. O Ecletismo em São Paulo
Ramos de Azevedo 
Palacete Marquesa de Itu
5. O Ecletismo em São Paulo
Ramos de Azevedo 
Palacete Marquesa de Itu
• No volume principal cúbico, o corpo 
saliente da frente, em semicírculo, se 
projetava para o alto terminando em 
uma cúpula
• A planta térrea mostra um arranjo quase 
simétrico a partir de um eixo central 
dividindo ao meio os espaços do terraço, 
da loggia, do salão, da sala de jantar e 
do, jardim de inverno, numa sucessão de 
formas diferenciadas em ampliação.
5. O Ecletismo em São Paulo
Ramos de Azevedo 
Palacete do Conde Alexandre Siciliano – 1896
5. O Ecletismo em São Paulo
Ramos de Azevedo 
Residência de Maria Augusta Borges Figueiredo – 1915
5. O Ecletismo em São Paulo
Ramos de Azevedo 
Residência de Mário Dias de Castro – 1923
5. O Ecletismo em São Paulo
Ramos de Azevedo 
Residência de Horácio Espíndola – 1925
5. O Ecletismo em São Paulo
Ramos de Azevedo 
Projeto da 
fachada do 
edifício do Liceu 
de Artes e 
Ofícios (atual 
Pinacoteca do 
Estado), 
realizado pelo 
escritório técnico 
de Ramos de 
Azevedo e 
executado por 
Domiciano Rossi, 
c. 1897. - Acervo 
do Liceu de Artes 
e Ofícios de São 
Paulo.
5. O Ecletismo em São Paulo
Ramos de Azevedo 
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Entre 1994 e 1998, a 
Pinacoteca do Estado 
passou por uma grande 
reforma, orçada em 
aproximadamente dez 
milhões de reais, para 
adaptar-se aos padrões 
museológicos 
internacionais. 
O projeto da reforma foi 
concebido por Paulo 
Mendes da Rocha, com o 
qual o arquiteto ganhou 
o Prêmio Internacional 
Mies van der Rohe para a 
América Latina, em 
junho de 2000. 
5. O Ecletismo em São Paulo
Ramos de Azevedo 
Vista exterior do Theatro
Municipal e arredores
1917 - Acervo FAU-USP
5. O Ecletismo em São Paulo
Ramos de Azevedo 
5. O Ecletismo em São Paulo
Ramos de Azevedo 
5. O Ecletismo em São Paulo
Ramos de Azevedo 
5. O Ecletismo em São Paulo
Ramos de Azevedo 
• Francês, criado em Buenos Aires, esteve em São 
Paulo até 1902 
• Dubugras muda-se para São Paulo, e trabalha até 
1894 na carteira imobiliária do Banco União, 
dirigida por Ramos de Azevedo (1851-1928), e, em 
1894, 1895 e 1897, no Departamento de Obras 
Públicas de São Paulo - DOP 
• As referências ao gótico foram usadas em igrejas, 
casas, escolas e até em presídios 
5. O Ecletismo em São Paulo
Victor Dubugras
5. O Ecletismo em São Paulo
Victor Dubugras
“Victor Dubugras é representativo das 
várias etapas e transformações 
pelas quais passou a arquitetura dos 
países latino-americanos entre 1890 
e o início da década de 1930 e não 
apenas do Protomodernismo. 
O modo como vivenciou essas mudanças nos 
obriga a reconhecê-las não como um salto 
súbito mas como um lento processo de 
experimentação, gerado por uma 
contínua preocupação com a racionalidade e 
modernização.” 
(REIS FILHO, 2005, p.14)
5 residência José Tomaselli, 
1916, São Paulo
6 residência Elias Calfat, 
1916, São Paulo
7 projeto para Prefeitura 
(perspectiva), 1903, Santos-
SP
5. O Ecletismo em São Paulo
Victor Dubugras
5. O Ecletismo em São Paulo
Victor Dubugras
Residência Tomaselli – 1904, engenheiro Eduardo Loschi e 1916 reforma e ampliação por 
Victor Dubugras
5. O Ecletismo em São Paulo
5. O Ecletismo em São Paulo
5. O Ecletismo em São Paulo
No início da década de 
1980, Ruy Ohtake, 
então presidente do 
Condephaat, 
confirmou 
publicamente que 
estava em andamento 
um projeto para 
tombar os 31 casarões 
que ainda resistiam na 
avenida Paulista. 
Vários proprietários se 
juntaram e começaram 
a demolir suas 
propriedades, antes 
que fossem protegidas 
pelo tombamento. O 
gesto triste, porém 
não ilegal, deferido 
pelos donos dos 
imóveis levou a 
mudanças na lei de 
tombamento.
5. O Ecletismo em São Paulo
Catedral Metropolitana de São Paulo
arquiteto alemão Maximilian Emil Hehl –
estilo neogótico
5. O Ecletismo em São Paulo
Catedral Metropolitana de São Paulo
arquiteto alemão Maximilian Emil Hehl –
estilo neogótico
5. O Ecletismo em São Paulo
Palacete Tereza Toledo Lara – arquiteto alemão August Fried (1910)
ECLETISMO NO BRASIL - DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROF.ª DRª ANA PAULA GURGEL
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6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Sudeste 
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Belo Horizonte
• Projetada por Aarão Reis (Belém/PA 1853 - Rio de 
Janeiro/RJ 1936), Belo Horizonte foi fundada em 1897 
• Com as limitações que a sede administrativa, Ouro Preto, 
tem para atender às recentes necessidades econômicas e 
políticas decorrentes da cafeicultura e da proclamaçãoda 
república, em 1889, a nova capital começa a ser 
concebida quando, em 1891, Aarão Reis assume a 
direção da Comissão d'Estudo das Localidades Indicadas 
para a Nova Capital,
• O planejamento da cidade recebeu grandes influências 
europeias, especialmente francesas, com características 
modernas para a época, como: criação de grandes 
boulevards e divisão das zonas central, suburbana e rural 
da cidade.
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
http://jornalistabrunomoreno.blogspot.com.br/
“[...] absorção, 
pelos nossos 
engenheiros, do 
urbanismo 
monumental 
embelezador de 
origem barroca” 
(p.178) 
Não possui a 
componente de 
“continuidade 
de ação” 
Muito 
recorrente no 
Brasil
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Belo Horizonte
Praça da Liberdade
Reynaldo Dierberger
• Vindo de uma família de paisagistas, é um dos 
nomes mais atuantes em SP no início do século XX
• Em 1928 publica o livro “Arte e jardim”
• Entendia a pratica paisagística como exercício 
profissional autônomo e especializado. 
• Para ele , os jardins deviam ser entendidos como 
uma representação simbólica da cultura do povo ou 
do proprietário (para jardins privados)
Principais projetos
• Jardins de residências, como a do Conde Crespi, 
Henrique Villares
• parques como Araxá, Poços de Caldas, 
• Jardim do Ipiranga, 
• Palácio da Guanabara, 
• Praça da Liberdade em Belo Horizonte.
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
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6. A difusão do Ecletismo no Brasil
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6. A difusão do Ecletismo no Brasil
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Belo Horizonte
Palácio da Liberdade (1897) 
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Belo Horizonte
Palácio da Liberdade (1897) 
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Belo Horizonte
Palácio da Liberdade (1897) 
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Belo Horizonte
Atual CCBB
O prédio foi 
projetado pelo 
arquiteto Luiz 
Signorelli no 
ano de 1926, 
foi a antiga 
Secretaria de 
Segurança e 
Assistência 
Pública.
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Belo Horizonte
Theatro Municipal (1909)
Funcionou até 
1940, quando foi 
vendido à empresa 
Cine teatral Ltda., 
que o transformou 
em Cine-Teatro
Metrópole. 
Até sua demolição 
em outubro de 
1983, várias 
tentativas 
frustradas de 
manter o prédio do 
nosso teatro 
aconteceram.
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Belo Horizonte
Palacete Dantas - arquiteto Luís Signorelli (1915)
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Belo Horizonte
Palacete Dantas - arquiteto Luís Signorelli (1915)
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Belo Horizonte
Centro de Referência da Moda de Belo Horizonte
Localizado no centro de Belo Horizonte. O 
prédio neogótico, em estilo manuelino foi 
construído em 1914, já abrigou instituições de 
grade importância, como o Museu de 
Mineralogia Professor Djalma Guimarães, hoje 
CRModa Centro Cultural.
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Belo Horizonte
Igreja Nossa Senhora da Boa viagem
inaugurada em 
1923
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Belo Horizonte
Igreja Nossa Senhora da Boa viagem
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Belo Horizonte
Basílica Nossa Senhora de Lourdes
• Localizada na Rua da Bahia, com seu 
estilo neogótico é uma igreja 
católica, ela é composta por três 
naves e possui 47 metros de 
comprimento e 17 de largura.
• Sua construção foi concluída em 
1923 e elevada a categoria Basílica 
por ato Papa Pio XII. 
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Belo Horizonte
Basílica Nossa Senhora de Lourdes
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Belo Horizonte
Basílica Nossa Senhora de Lourdes
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Norte e Nordeste
De acordo com o Inventário de uma herança ameaçada: registro e estudo de centros históricos do Seridó, 
as características exteriores dominantes no Nordeste para este estilo são:
• construção recuada em relação à testada do lote, os recuos podendo ser FRONTAL-LATERAL, FRONTALBILATERAL ou, menos 
frequentemente apenas FRONTAL
• caixa mural apresenta volumetria SIMPLES ou COMPOSTA por AJUNTAMENTO, INTERPENETRAÇÃO e/ou JUSTAPOSIÇÃO;
• coberturas, em DUAS, QUATRO ÁGUAS, recobertas de telhas cerâmicas planas, as chamadas "telhas francesas" ou de "capa e 
canal"; com empenas FRONTAIS, LATERAIS ou ENCOBERTAS por platibandas; destacam-se, elementos decorativos nas platibandas 
que são frequentemente recortadas em linhas sinuosas e, mais tardiamente, em recortes escalonados;
• na modenatura das fachadas predominam CHEIOS sobre VAZIOS, embora a presença de elementos decorativos, geralmente 
adornos em massa ou estuque, contribua para disfarçar a continuidade dos cheios;
• vãos SEMELHANTES ou DISTINTOS, dispostos a intervalos regulares ou irregulares nas fachadas;
• vergas RETAS, em ARCO PLENO, em ARCO OGIVAL, RECORTADAS, MISTAS; molduras em reboco acompanhando o contorno do vão 
ou a eles acrescentando elementos decorativos no topo e laterais;
• superfícies da fachada entre os vãos, preenchidas com adornos segundo a(s) inspiração(ções) estilística(s) adotada(s);
• predominância de assimetria (exceto nos casos de forte influência neo-clacissista) e de linhas e planos verticais.
(TRIGUEIRO & CAVALCANTI, [s.d]; s.p)
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
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6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Casario 
–
Quixadá
/CE
Foto: acervo 
NIPHAS, 2012
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Chalé da pedra –
Quixadá/CE Foto: Ana Paula Gurgel, 2012
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6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Museu –
Quixadá/CE
Foto: Ana Paula Gurgel, 2012
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Casa – Crato/CE
Foto: Ana Paula Gurgel, 2008
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Casa –
Crato/CE
Foto: Ana Paula Gurgel, 2008
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Prefeitura- Paus dos Ferros/RN
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Loja (atualmente) –
Caruaru/PE
Foto: Rodrigo Macedo, gentilmente cedido por Amanda Casé
Podemos ainda dizer que a passagem do Neoclassicismo para o Ecletismo
é um processo gradual, gerado no interior da Academia.
Até os anos 1870, ainda podemos ver edifícios rigorosamente
neoclássicos.
Durante o século XIX, no Brasil o ecletismo foi apoiado e influenciado de
maneira acadêmica pela Academia Imperial de Belas Artes , e pela Escola
Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro.
A partir daí, o ecletismo vai aparecer, de maneira quase absoluta, até os
anos 1930, deixando pouco espaço para outras manifestações como o Art
Nouveau, o Neocolonial e as poéticas pré-modernas do Classicismo
Tardio e do Art Déco
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Teatro Amazonas (Manaus - 1896)
• Símbolo do apogeu do ciclo da
borracha, situa-se na transição do
neoclássico para o ecletismo.
• Edificado numa época em que
Manaus contava com apenas cem
mil habitantes e vivia um período de
rara prosperidade, pode-se perceber
as dificuldades na obtenção de
materiais nobres pela pintura
ilusionista que, em fingimento de
mármore, recobre diversos
elementos de estuque ou reboco na
construção.
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Teatro Amazonas (Manaus - 1896)
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Teatro Amazonas (Manaus - 1896)
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
• O Projeto do 
Frontispício do 
TEATRO, de autoria de 
Crispim do Amaral. 
• O grupo do elevado do 
frontão não foi 
colocado por excesso 
de peso e os florões 
dos acrotérios 
desapareceram. 
Teatro Amazonas (Manaus - 1896)
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Teatro Amazonas (Manaus - 1896)
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Salvador
Palácio Rio Branco
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Salvador
Palácio Rio Branco
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Salvador
Palácio da Aclamação
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Salvador
Palácio da Aclamação
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Fortaleza
Catedral metropolitana- arquiteto francês George Maunier
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Fortaleza - Theatro José de Alencar 
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Fortaleza - Theatro José de Alencar 
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
Fortaleza - Theatro José de Alencar 
• O conjunto original do Teatro 
José de Alencar é de autoria 
do engenheiro militar 
Bernardo José de Melo, e foi 
construído entre os anos 
1908 - 1910
• O conjunto é formado por 
duas construções: a primeira 
trata-se de um "foyer" com 
dois pavimentos, construído 
em alvenaria e pedra; e a 
construção localizada na 
parte posterior é formada 
pela sala de espetáculos 
propriamente dita.
• sua estrutura constituída de 
peças de ferro fundido 
importadas de Glasgow, na 
Escócia
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
A Reforma Urbana no bairro do Recife (1909-1913) 
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
A Reforma Urbana no bairro do Recife (1909-1913) 
A execução das obras 
resultou em grandes 
demolições, inclusive de 
monumentos históricos.
A proposição de facilitar o 
acesso ao porto seria 
realizada com o 
alargamento da rua lateral 
à igreja do Corpo Santo, 
destruindo os sobrados 
que perfilavam-se junto ao 
monumento. 
A ideia central do projeto 
era criar duas avenidas 
convergentes à faixa 
portuária.
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
A Reforma Urbana no bairro do Recife (1909-1913) 
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
6. A difusão do Ecletismo no Brasil
ECLETISMO NO BRASIL - DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROF.ª DRª ANA PAULA GURGEL
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No Brasil este período tem início em 1889, 
com a Proclamação da República, e vai até 
1922, quando explode o Movimento 
Modernista, com a realização da Semana da 
Arte Moderna na cidade de São Paulo. 
A Belle Époque brasileira é, no entanto, 
instaurada lentamente no país, por meio de 
uma breve introdução que começa em meados 
de 1880, e depois ainda sobrevive até 1925, 
sendo aos poucos minada por novos 
movimentos culturais.
No Brasil este período tem início em
1889, com a Proclamação da
República, e vai até 1922, quando
explode o Movimento Modernista, com
a realização da Semana da Arte
Moderna na cidade de São Paulo.
A Belle Époque brasileira é, no entanto,
instaurada lentamente no país, por
meio de uma breve introdução que
começa em meados de 1880, e depois
ainda sobrevive até 1925, sendo aos
poucos minada por novos movimentos
culturais.
PALAVRAS- CHAVE:
EMBELEZAMENTO URBANO
Reformas urbanas
ECLÉTICO 
ECLETISMO NO BRASIL - DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROF.ª DRª ANA PAULA GURGEL
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REFERÊNCIAS 
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BRUAND, Yves. Arquitetura contemporânea no Brasil. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1981.
CARMO, Gustavo Reinaldo Alves do. O Palácio das Laranjeiras e a Belle Époque no Rio de Janeiro (1909-1914) / Gustavo Reinaldo Alves do 
Carmo In: A Casa Senhorial em Lisboa e no Rio de Janeiro : Anatomia dos Interiores / coord. Isabel Mendonça, Hélder Carita, Marize
Malta. - Lisboa : Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Instituto de História da Arte, 2014. - p. 292-317
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n. 1, jan. 2008. Disponível em: <http://www.dezenovevinte.net/arte%20decorativa/ad_palacio_friburgo.htm>.
HARRIS, Ana Lúcia N. C.; MONASTERIO, Clélia Maria C. T.. O Pavilhão Mourisco da Fiocurz no Rio de Janeiro - Aspectos históricos, 
levantamento fotográfico e catálogo da arte geométrica aplicada na arquitetura. 19&20, Rio de Janeiro, v. V, n. 3, jul. 2010. Disponível em: 
<http://www.dezenovevinte.net/arte%20decorativa/fiocruz_mourisco.htm> 
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MATTOS, Maria de Fátima da Silva Costa Garcia de. Da ideologia à arquitetura, um projeto além mar: os Gabinetes Portugueses de Leitura 
no Brasil. 19&20, Rio de Janeiro, v. II, n. 2, abr. 2007. Disponível em: 
<http://www.dezenovevinte.net/arte%20decorativa/gabinete_portugues.htm>.
RAINHA, F.; FONSECA, P. Morro da Providência e Porto Maravilha: caminhando entre a realidade e a ilegalidade jurídica. In: Anais do XV 
Encontro da ANPUR, Recife, 2013. 
REIS FILHO, Nestor Goulart. Victor Dubugras: precursor da arquitetura moderna na América Latina. São Paulo: Edusp, 2005.
SILVA, Geraldo Gomes. Arquitetura eclética em Pernambuco. In: Arquitetura brasileira, São Paulo: Nobel/Edusp, 1987.

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